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UNIDADE 2

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UNIDADE 2
Nessa unidade são desenvolvidos os conteúdos para você se preparar para a prova NP2. Além disso, na unidade 3, você deverá responder os exercícios de 16 a 30 para completar sua preparação. Eu sei que eu já mencionei, mas pode ser que você não viu, ou que não deu bola... Não se esqueça que ler as referências sugeridas também é muito importante.
Bons estudos!
7 MÉTODOS BÁSICOS DE TREINAMENTO
Chamamos de métodos básicos de treinamento aqueles mais comumente utulizados na prática do treinamento e que já são bastante popularizados.
7.1 MÉTODO DE DURAÇÃO OU CONTÍNUO
O método de trabalho contínuo é muito utilizado por indivíduos que desejam desenvolver a resistência aeróbia de longa duração, como corredores de distância, ciclistas, e nadadores. Nessa forma de trabalho, o exercício não é interrompido até que o sujeito complete a tarefa programada. Por exemplo, correr 10 km na velocidade de 9 km/h é um exemplo de uso desse método.
Esse método o trabalho é feito de tal forma que o organismo realiza um esforço ininterrupto, quase sempre em steady state, quer  dizer, em estado de equilíbrio entre a demanda de oxigênio do exercício e o consumo pelo organismo, assim como em equilíbrio todas as  funções orgânicas. No trabalho de duração, as cargas devem ser  aumentadas gradualmente, através das seguintes possibilidades:
a) aumentar a duração (volume); a distância ou o tempo de corrida aumenta e a velocidade permanece a mesma;
b) aumentar a intensidade, ou seja, manter a mesma distância e percorrê-la com uma velocidade maior;
c) aumentar a duração e a intensidade; aumenta-se a distância ou o tempo de corrida e ao mesmo tempo a velocidade da corrida.
O método continuo pode ser realizado com de diferentes maneiras:
Método Contínuo de Ritmo Uniforme
Nesse método o objetivo é que o atleta/ aluno cumpra uma longa distância mantendo o mesmo ritmo durante toda o percurso. Para isso, pode-se prescrever a intensidade do exercício (corrida/ nado/ ciclismo, por exemplo) através da velocidade. Por exemplo, correr 12 Km na velocidade de 10 km/h, ou pedalar 30 km na velocidade de 25 km/h.  Alternativamente, é possível prescrever a intensidade do esforço pelo ritmo. Por exemplo, correr 14 Km, mantendo o ritmo de 4 minutos e 30 segundos por Km.
Como a intensão desse método  é fazer com que o ritmo seja mantido constante durante todo o trajeto, não é apropriado que a intensidade do exercício seja determinada pela resposta da frequencia cardíaca (FC), já que a FC tende a aumentar conforme o exercício se estende. Assim, para manter uma determinada frequência cardíaca, o atleta teria que diminuir sua velocidade de deslocamento, o que vai contra o princípio dessa variante do método.
Método Contínuo de Ritmo Variado Progressivo (MCRVP)
Nessa variante do Método Contínuo o atleta cumpre uma determinada distância com ritmo progressivamente mais elevado. Por exemplo: o atleta deverá correr 8 Km. Nos primeiros 2 km o suejito manterá a velocidade de 9km/h; no segundo trecho de 2 km, a valeocidade será de 10 km/h; no terceiro trecho de 2 km, a valeocidade será de 10,5 Km/h, e no ultimo trecho de 2 km, a velocidade será de 11km/h.
A distância total a ser percorrida, a distência ser percorrida em cada trecho, o número de variações de ritmo, e as variações de velocidade, devem ser determinadas conforme a modalidade que o atleta pratica (corrida/ natação/ ciclismo), seu nível de desempenho (iniciante/  experiente), e a especialidade da prova (corredor de 10km/ meia-maratona/ maratona).
Método Contínuo de Ritmo Variado Regressivo (MCRVR)
Nessa variante deve-se percorrer uma determinada distância de maneira initerrupta, porém diminuindo o ritmo conforme o exercício se estende. Por exemplo: pedalar 30 km, sendo que o primeiro trecho de 10 km será percorrido na velocidade de 25 km/h; o segundo trecho, a 22 km/h; e o terceiro trecho a 20 km/h.
Método Contínuo de Ritmo Variado Aleatório (MCRVA)
Esse método é uma adaptação do método conhecido como Fartlek. No MCRVA, o atleta deve percorrer uma deterinada distancia, de maneira ininterrupta, mas com variações totalmente aleatorizadas de velocidades, distâncias, direções, e condições de terrenos. Para isso, é necessário que o treinamento seja realizado em ambientes abertos, que proporcionem condições para essas possibilidades de variações. Por exemplo, o atleta pode ser orientado a correr num bosque que possui uma pista de corrida que inclui terchos planos, subidas e descidas. Ao longo da distância ou tempo de exercício prescrito (exemplo: 8 km ou  45 minutos), o atleta deverá correr determindos trechos em alta velocidade, e em seguida alternas trechos mais estensos, em velocidades menores. Essas vaiações podem ser previamente determnadas, com demarcações no circuito, ou podem ser completamente aleatorizadas, conforme o comando do treinador no momento da execução do exercício.
7.2 MÉTODOS DE TRABALHO INTERMITENTE
Compreendem os métodos em que os esforços de trabalho são intercalados com períodos de recuperação.Dentro desta categoria de métodos, estão os método intervalado e o método de repetição.
7.2.1 MÉTODO INTERVALADO
O  conceito de trabalho intervalado reside na alternância entre esforço e  recuperação, isto é, durante as cargas de treinamento são realizadas pausas de  recuperação. O método intervalado pode ser realziado de duas maneiras diferenrtes, conforme a intensidade e duracao de esforços. Essas variantes são chamadas de Método de Trabalho Intervalado Extensivo e Método de Trabalho Intervalado Intensivo.
Método de Trabalho Intervalado Extensivo
Nessa varainte, a intensidade dos exercícios é relativamente diminuída (média), isto é,  em corridas, usa-se 60 a 80% da intensidade máxima e, nos exercícios de  força, 50 a 60%. Permite-se muitas repetições de cada exercício e  logicamente muitas pausas. Como a intensidade é média, as pausas, entre  os exercícios são de duração relativamente curta. Ela é determinada individualmente e não deve passar o primeiro terço do tempo  total de recuperação. O ideal é esperar a pulsação cair para 120 a 130 BPM.
Essa forma de treino desenvolve  a resistência geral e especial do atleta. O sistema  cardiorrespiratório é exigido promovendo a redução da freqüência  cardíaca, aumento do volume de ejeção, aumento do volume cardíaco, aumento  da capilaridade e da caapcidade de absorção de oxigênio.
Método do trabalho intervalado intensivo
Nessa variante, as atividades são realizadas com intensidade relativamente  alta. Em corridas, usa-se de 80 a 90% da intensidade máxima. Com isso, o número de repetições é  substancialmente reduzido. As pausas entre os exercícios são  relativamente grandes devido a intensidade. Nessa pausa espera-se que a pulsação atinja valores de  110 a 120 BPM. O uso desse método tem como propósito o aperfeiçoamento da resistência de velocidade, da resistencia de Sprint. Fisiologicamente, os músculos são  obrigados a dominar em grande parte seu metabolismo anaeróbio.
7.2.2 MÉTODO DE REPETIÇÃO
A  intensidade dos exercícios executada entre 80 a 100% da capacidade  máxima. As corridas são efetuadas com 90 a 100%, e os exercícios de  força com 80 a 90%. Devido a alta intensidade as repetições são  pequenas, isto é, de 3 a 6 nas corridas, e nos exercícios de força  também de 3 a 6 repetições por série. Devido a aplicação de alta  intensidade aos exercícios, a pausa aqui aplicada será mais longa. Nesta  forma de trabalho de repetição se objetiva o desenvolvimento da  velocidade, força máxima, força rápida, resistência de velocidade. O  trabalho de repetições deverá constar de uma a duas vezes por semana,  num treinamento de 6 dias por semana. Convém ressaltar que essa forma de  treinamento só deve ser aplicada a atletas bem preparados. Com os  iniciantes aplicar ocasionalmente, e com pausas de recuperação bem  longas, utilizando a forma de velocidade variada.
8 CAPACIDADES MOTORAS
O movimento humano, abrangendo desde o recorde mundial em algum esporte até a realização de um simples ato cotidiano, há muito tem sido objeto de estudo de várias áreascientíficas. Tenta-se determinar as bases e os componentes do movimento, o que nos permitirá, ao tipificá-los, desenvolvê-los da melhor forma possível.
Objetivos dessa natureza são buscados mediante classificações, organizações, conceituações, etc., fundamentadas na experiência.
Na literatura da atividade física - exercícios e esportes -, não existe uniformidade nestas classificações, tampouco unidade entre os investigadores acerca destes conceitos.
Nos últimos anos, numerosos estudos procuraram determinar bases científicas para várias classificações. Em 1968, um estudioso alemão propôs a expressão "Capacidades Motoras" para substituir a usada universalmente "Qualidades Físicas", visto que este termo "qualidade" já indica um valor elevado em qualquer âmbito. O termo "capacidade" indica uma medida de potencial e por isso tem um valor amplamente modelável ou treinável.
A denominação "Capacidades Motoras" tem sido introduzida gradativamente na terminologia da Ciência do Esporte e a maior parte dos países já faz uso dela para definir os pressupostos necessários para a execução e aprendizagem das ações motoras.
Para que qualquer movimento seja executado com êxito, temos que pressupor a existência de um certo número de capacidades baseadas em predisposições genéticas e que se desenvolvem pelo treino. Não são qualidades do movimento, mas sim pressupostos para que elas existam. O termo "física" que é bastante genérico e problemático foi substituído pelo termo "motora", para reportar-se ao movimento. A expressão "Capacidades Motoras" substitui então "Qualidades Físicas", passando a ser a expressão mais correta e precisa na terminologia internacional para definir os pressupostos dos movimentos, desde os mais simples aos mais complexos. Para que qualquer atividade motora possa ser executada com êxito necessita-se das capacidades motoras, e no esporte o desenvolvimento do rendimento está intimamente ligado ao desenvolvimento das diferentes capacidades motoras. Em 1968, Gundlach, propôs uma classificação que as divide em dois grupos fundamentais: Capacidades Condicionais e as Capacidades Coordenativas.
As Capacidades Condicionais estão fundamentadas na eficiência do metabolismo energético. Elas são determinadas pelos processos que conduzem à obtenção e transformação de energia, isto é, os processos metabólicos nos músculos e sistemas orgânicos. Elas são basicamente quatro: A Capacidade de Força, a Capacidade de Resistência, a Capacidade de Velocidade e a Capacidade da Flexibilidade.
As Capacidades Coordenativas são capacidades determinadas essencialmente por componentes onde predominam os processos de condução nervosa (Hirtz & Schielke, 1986), isto é, elas possuem a capacidade de organizar e regular o movimento, constituindo-se portanto na base para o aprendizado, execução e domínio dos gestos técnicos. Aquilo que se denomina "Técnica" no Esporte apóia-se e é determinado preponderantemente pelas capacidades coordenativas.
Até recentemente, a Teoria do Treinamento usava o termo Destreza para designar a capacidade de executar movimentos complexos que exigiam alto grau de coordenação. Esse termo, embora utilizado universalmente, dificilmente identificava a enorme multiplicidade das ações motoras, tanto no Esporte como nas outras áreas de atividade física.
Com inúmeras investigações científicas sobre o tema, evidenciou-se a necessidade de uma caracterização diferenciada para facilitar o diagnóstico e o aperfeiçoamento dessas capacidades, tão imprescindíveis na formação de base do jovem esportista. Então o termo "Destreza" foi substituído por "Capacidades Coordenativas", entendidas como qualidades necessárias para a condução, regulação e execução do movimento. Elas permitem às pessoas identificar a posição do próprio corpo ou parte dele em relação ao espaço, ou ainda executar corretamente a sincronização dos movimentos de forma mais precisa e econômica.
Para vários autores, a informação visual é a mais importante na fase inicial da aprendizagem de um movimento. Logo após vem a informação acústica e verbal, para depois, quando se atinge a fase de automatização, ter maior importância o analisador sinestésico, onde o movimento pode ser "sentido".
8.1 FORÇA MOTORA
Quando se usa o conceito de força, precisamos distinguir a força como grandeza física e força como capacidade de executar movimentos esportivos. Como grandeza física, segundo a lei de Newton, ela é o produto da massa pela aceleração: F = m x a
Se este conceito de força se referir ao movimento esportivo, pode-se distinguir a força INTERNA produzida pelos músculos, ligamentos e tendões, e força EXTERNA, que age externamente ao corpo humano, por exemplo: a gravidade, o atrito, a resistência do ar, a oposição exercida por um adversário, ou um peso que se queira levantar.
A força motora reflete a capacidade de um músculo ou grupo de músculos em desenvolver tensão, o que é determinado pelo diâmetro do músculo, ou seja sua area de corte transversal, e pela eficiencia do sistema nervoso central em ativar esse músculo.
A força muscular pode ser manifetada de diferentes maneiras. De acordo com isso, é classificada como FORÇA MÁXIMA, FORÇA RÁPIDA, e RESISTÊNCIA DE FORÇA.
A FORÇA MÁXIMA representa o nível mais alto de tensão produzido por um músculo, ou grupo de músculos, num determinado movimento, sem que haja limitação de tempo para sua expressão. O desenvolvimento da força máxima é importante para atletas de várias modalidades esportivas, mas tem uma influ6encia dirata nos desempenho dos tletas do levantamento olímpico e dos atletas basistas, provas em que o objetivo é levantar a maior carga possível num determninado movimento (levantamento olímpico: arranco e arremesso; Levantamentos básicos: supino, agahamento, e levantamento terra).
A FORÇA RÁPIDA é a manifestação do maior valor de força dentro do limite de tempo que dura um gesto. Essa manifestação da força é exigida nos movimentos de lançamentos, arremessos, chutes, rebatidas, golpes, durante a passada na corrida de velocidade, situaçoes essas em que o sujeito deve produzir a maior tensão muscular possível, num intervalo de tempo de milissegundos. Indivíduos com elevado percentual de fibras tipo II em seus músculos apresentam desempenho elevado nessas tarefas, já que essas fibras tem a propriedade de desenvolver um nível elevado de tensão em curto espaço de tempo.
A RESISTÊNCIA DE FORÇA se reflete na capacidade do sujeito sustentar um determinado nível de tensão muscular pelo maior tempo possível. A resistencia de velocidade pode ser exigida com cargas de diferentes magnitudes, e em diferentes regimes de ação muscular, e em difirentes velocidades. Por exemplo, o ginásta especialista na prova da argolas deve manifestar sua resistência de força com uma carga muito elevada (sua massa corporal) para sustentar por cerca de dois segundos na posição do exercício "cristo". Da mesma forma, o jogador de voleibol manifesta a resistência de força ao repetir saltos verticais ao longo de uma partida.
8.2 VELOCIDADE MOTORA
Entende-se a velocidade motora como uma qualidade física no movimento humano, a capacidade de executar, num espaço de tempo mínimo, ações motoras sob exigências dadas (Zaciorsky, 1972).
Tal como a força motora, a velocidade pode ser definida com precisão exata. Sua ordem de grandeza é dada pela relação entre o espaço percorrido e o tempo necessário para percorrê-lo. Com isto, pressupõe-se que as ações motoras sejam executadas o mais rápido possível.
Segundo Hollmann (1976), entende-se por velocidade "a máxima rapidez de movimento que pode ser alcançada", cujo grau de aperfeiçoamento depende dos fatores: força básica, coordenação, velocidade de contração da musculatura, viscosidade das fibras musculares, relação de alavancas extremidades-tronco e a elasticidade.
8.3 FLEXIBILIDADE
Segundo BARBANTI, 2003, é a capacidade de realizar movimentos em certas articulações com amplitude de movimento apropriada. Uma definição bastante coerente é que a flexibilidade de um indivíduo reflete o graude amplitude que ele alcançanuma determinada articulação.
Em situações práticas há a distinção entre flexibilidade estática (no espacato em ginástica artística), flexibilidade ativa ( o movimento é executado ativamente) e flexibilidade passiva (em que há influências de forças externas). Ela é um pré-requisito básico para a execução tecnicamente correta dos movimentos. Embora seja classificada como capacidade condicional, ela tem grande participação do sistema nervoso central, portanto é também uma capacidade coordenativa. Também denominada extensibilidade ou mobilidade articular.
A flexibilidade quanto a sua atuação pode ser geral e específica. A flexibilidade é geral quando visa a movimentação global do indivíduo numa atuação conjunta de suas articulações. Dizemos que a flexibilidade é específica quando contém movimentos que localizam a articulação ou conjunto de articulações que serão solicitados na modalidade esportiva.
Obviamente, para os atletas da ginástica, que precisam realizar movimentos amplos, o desenvolvimento da flexibilidade acaba tendo importancia fundamental. Contudo, o desenvovimento da flexibilidade é importante para praticamente todos os atletas, independente da modalidade. Um jogador de voleibol com bom nível de flexibilidade na articulação do ombro será capaz de gerar golpes na bola com maior potência durante as ações de ataque, em função de seu braço ser acelerado por uma maior distância no movimento preparatório. Também é importante desenvolver a flexibilidade para diminuir o risco de lesões musculares, que podem vir a acontecer quando o atleta tenta interceptar uma bola longe de seu alcance. Além desses beneficios, o desenvolvimento da flexibilidade interfere positivamente no desenvolvimento da técnica. Atletas pouco flexíveis gastam mais energia para realizar os movimentos e a restricao pode impedi-los de realizar os moviementos de maneira precisa e eficiente.
O treinamento da flexibilidade é realizado com exercícios denominados alongamentos. Muitas pessoas de referem equivocadamente à capacidade flexibilidade pelo termo alongamento, que como acabei de mencionar, é o tipo de exercício feito para melhorar a flexbilidade.
Uma particularidade do treinamento da flexibilidade é que, diferentemente de outras capacidades, quanto maior a frequencia de treinamento da flexibilidade, maior será seu desenvolvimento.
8.3.1 O QUE AS PESQUISAS DIZEM DA FLEXIBILIDADE
Segundo SCHMIDT, as tensões psíquicas têm visíveis influências sobre a flexibilidade. O excesso de tensões psíquicas provoca um enrijecimento da musculatura, influenciando muito negativamente a flexibilidade e o movimento. STEINBACH afirma, porém, que uma excitação emocional não muito forte (como por exemplo, "a febre de vencer") eleva a capacidade de trabalho e de rendimento da musculatura, auxiliando, assim, a maior amplitude de oscilações das articulações.
ZACIORSKI, FETZ, HARRE explicam que a flexibilidade é mais facilmente desenvolvida na infância e na juventude do que na idade adulta. Dos 10 aos 17 anos é a faixa ideal para trabalhos de flexibilidade. ZACIORSKI afirma ainda que, o cansaço físico proveniente de um treinamento pesado provoca uma elevação da tensão tônica, diminuindo a capacidade de trabalho dos músculos e, com isso, prejudicando a amplitude de movimento, pela diminuição da flexibilidade.
Juntamente com OSOLIN, ZACIORSKI, concluiu que o horário de treinamento tem grande influência sobre a flexibilidade, sendo que as horas da manhã são mais desfavoráveis que as outras horas do dia. Outras pesquisas afirmam que a temperatura externa também tem influência na flexibilidade. Quanto mais frio, pior é a flexibilidade, quanto mais alta a temperatura, melhor. GROSSER realizou experiências para verificar a influência do frio e da hora do dia sobre a flexibilidade e chegou às mesmas conclusões.
 
8.3.2 IMPORTÂNCIA DA FLEXIBILIDADE
A flexibilidade permite aos movimentos de impulso e balanço uma amplitude maior de oscilação facilitando a execução técnica. Exemplo: na técnica da passagem da barreira; na técnica do rolo ventral, o "chute" da perna de oscilação estendida, na amplitude das passadas nas corridas de velocidade e na aterrissagem do salto em distância e do triplo.
A prática tem confirmado que os atletas que possuem alto grau de mobilidade são os que menos se machucam. As lesões musculares são mais freqüentes nos atletas com mobilidade débil.
Para ZACIORSKI (1974), no treinamento de flexibilidade a amplitude do movimento deveria ser um pouco maior que a solicitada no movimento da disciplina esportiva. Contudo ela não precisa ser exageradamente desenvolvida, o que garanta a boa execução dos movimentos esportivos sem prejuízos.
Após cada exercício, deve haver necessariamente uma descontração muscular (soltura da musculatura) e articulação, o que se consegue oscilando as extremidades. Essa descontração contribui para uma recuperação mais rápida depois de uma sobrecarga.
Algumas observações a serem adotadas no treinamento da flexibilidade:
a.    Os exercícios devem ser executados diariamente.
b.    Antes de se iniciarem os exercícios é necessário um bom aquecimento.
c.    cada exercício deve ser repetido suficientemente.
d.    Após cada exercício, relaxar, "soltar" a musculatura.
e.    Executar inicialmente exercícios de flexibilidade geral e depois os exercícios de flexibilidade específica.
f.    Os exercícios de flexibilidade específica devem ser mais semelhantes possíveis às características das modalidades esportivas.
g.    Devem ser utilizados em todos os níveis de treinamento.
 
9 PLANEJAMENTO E PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO
9.1 PLANEJAMENTO DO TREINAMENTO
O planejamento do treinamento implica em uma série de medidas que o trenador deve tomar, em conjunto com os demais membros que compoem comissão técnica, para determinar os planos para a temporada que se inicia.
A concretização do planejamento se dará pelo cumprimento das seguintes tarefas:
a) Avaliação da temporada anterior
A comissão técnica deve fazer um balanço sobre a tremporada que se encerra, procurando considerar se os objetivos traçados foram atingidos, ou se os resultados esperados ficaram muito aquém do que se pretendia. Essa avaliação serve para que o treinador adeque os conteúdos do treinamento, bem como para que repense suas condutas, no caso da temporada não ter sido bem sucedida.
A avaliação da temporada deve envolver a analise do resultado esperado para a equipe nas competições que participou, e também deve envolver a avaliação individual dos atletas que a compem. Essa diferenciação deve determiar quais atletas deverão continuar a fazer parte do grupo na próxima temporada, e aqueles que serão desligados. Portanto, também serve para analisar a necessidade de novas contratações para reposição das posições mais carentes, no caso dos espoetes coletivos. Serve ainda para que a comissão e os membros da direção ajustem suas expectativas em relação ao que o grupo pode atingir de desempenho, e para que readequem esse nível de expectativa ao orçamento disponível.
b) Avaliação da condição atual do atleta
Ao inicar a temporada os membros da comissão técnica devem ter em mãos todas as informações referentes a condição clínica do atletas, como por exemplo, se estão lesionados, se estão aptos a reiniciar os treinamentos, ou se necessitarão passar por algum tratamento para curar alguma lesão que atrapalha seu empenho nos treinamentos e nas competições .
Os atletas em condições cllínicas favoráveis, devem ser submetidos a uma bateria de exames físicos e de avalições que servirão para determinar sua condição física atual. Essas avaliações físicas devem obter informações sobre os principais atributos motores que determinam o sucesso na modalidade. Assim, deve ser realizada a avaliação da composição corporal, bem como das capacidades motoras.
c) Avaliação do nível de motivação
É preciso que a comissão técnica tenha uma conversa franca com cada membro da equipe para identificar no nível de motivação do atleta para a temporada que se iniciará. Essa conversa deve procurar saber do atleta seele pretende continuar a atrabalhar no clube, ou se deseja se desligar e se transferir para um outro clube.
O término da temporada pode criar expectativas positivas em alguns atletas, mas negativa em outros. Aqueles que não foram titulares normamente pensam que uma transferência paara outro clube poderia lhes dar oportunidade de jogar o que aumentaria a visibilidade e a chace de sucesso na carreira. Por outro lado, pode acontecer de um atleta titular almejar jogar numa equipe maior, ou de maior destaque internacional. Por isso, pode desejar se desligar e a motivação para ficar mais uma temporada é pequena.
Esses casos devem ser tratados com cautela para que não haja desperdício de tempo e recursos. Insistir com um atleta desmotivado pode comprometer todo o trabalho, o que pode se voltar contra a comissão. É melhor ter no grupo atletas com níevel tecnico inferior, porém motivados. Isso deve ser lembrado quando a comissão tecnica se reunir para definir o grupo.
d) Determinação do principais objetivos para a atemporada
Os objetivos para a temporada precisam ser realistas, adequados ao orçamento do clube e a condição técnica atual da equipe/ atleta. Os objetivos devem ser traçados com vista nos resultados obtidos na temporada que terminou. O objetivo de uma equipe deve ser sempre o de alcaçar um nível mais alto em realção que chegou nas temporadas passadas. Mas a adequação ao momento deve ser considerada.  Uma equipe que obteve a segunda colocação numa competição deve ter como objetivo o título na próxima temporada. Mas isso é coerente apenas se o orçamento e as condições oferecidas forem semelhantes ou melhores das que se tinha na temporada que ficou em segundo lugar. Caso as condições piorem ou o orçamento dominua, os objetivos não devem ser muito otimistas.
e) Elaboração da periodização
Uma vez que esses componentes do planejamento foram contemplados, a elaboração da periodização pode ser feita. Caso contrário, sem o planejamento a periodização do treinamento não será bem sucedidada.
9.2 PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENTO
Periodizar o treinamento implica em dividir a temporada de treinamento em períodos, com o intuito de distribuir os diferentes conteúdos do treinamento de forma hamônica e organizada, a fim que um conteudo possa criar condiçõess favoráveis de desenvolvimento para o próximo conteúdo, e assim o atleta atinja o nível mais alto de desempenho no momento mais adequado, que é durante as principais competições/ provas que participará ao longo da temporada.
9.2.1 MODELO DE CLÁSSICO DE PERIODIZAÇÃO
O chamado Modelo Clássico de Periodização é também referido por Periodização Moderna. Esse modelo foi proposto pelo russo Levi Pavilovic Matvev em 1963.
Como treinador especialista em modalidades de resistência, Matveev propôs esse modelo com base nos resultados obtidos por seus atletas. Matveev observou na analise dos melhores resultados de seus atletas, que o treinamento deveria ter carater cíclico, onde em determinadas fases o organismo do atleta deveria ser submetido a um regime de treinamento de exigência crescente, o qual deveria ser seguido por um período onde seria submetido a cargas leves, de menor exigência, com o intuito de possibilitar sua regeneracao e a recuperação do estresse das etapas precedentes. Para isso, propôs a divisao anual do treinamento em três períodos, os quais chamou: Período Preparatório, Período Competitivo, e Período de Transição.
A idéia dessa divisão é permitir que o atleta trabalhe em diferentes níveis de exigência, dando enfase a diferentes conteúdos de treianamento em cada uma das fases, com o próposito de permitir que o organsmo do atleta consiga se regenerar das cargas de treinamento a que está sendo submetido.
A figura 1 ilustra as idéias centrais desse modelo. Repare que o Período Preparatório é composto pelas etapas de Preparação Geral e de Preparação Específica, enquanto o Período de Competição é dividido em Pré-competitivo e Competitivo. Essas divisões sugerem que deve haver diferença nos conteúdos desenvolvidos em cada etapa, o que é feito de acordo com alguns critérios, os quais serão descritos mais adiante. É importante observar que os períodos têm diferentes durações, e que se destinam a diferentes propósitos.
 
PERÍODO DE PREPARAÇÃO
- Proposto inicialmente para durar entre 20 e 28 semanas: 16 semanas para preparação geral; 8 semanas apra preparação específica
- Serve para criar a base geral do treinamento
 
PERÍODO DE PREPARAÇÃO GERAL
- Enfase no desenvolvimento dos componentes da preparação física
- Enfase no volume sobre a intensidade
- Enfase no uso dos exercícios gerais sobre os específicos
- Início do desenvolvimento técnico e tático
 
PERÍODO DE PREPARAÇÃO ESPECÍFICO
- Enfase no desenvolvimento dos componentes da preparação técnica e tática
 -Enfase na intensidade sobre o volume
- Enfase no uso dos exercícios específicos sobre os gerais
- Enfase no desenvolvimento técnico e tático
PERÍODO DE COMPETIÇÃO
- Duração aproximada de 12 semanas
- Manutenção da condição física adquirida
- Enfase na especificidade do treinamento
- Competição como forma de preparação
PERÍODO DE TRANSIÇÃO
- Duração de 2 a 4 semanas
- Queda intencional do desempenho
- Reduçaão acentuada das exigências do treinamento
- Objetiva regeneração organica
 
Além da divisão da temporada em períodos, o modelo Clássico propem o seguinte:
- Realização de treinamento multilateral
Independente da modalidade praticada pelo atleta, ele deveria trabalhar todos os componentes do treinamento. Ou seja, em todas as etapas do treinamento deve haver preocupação em desenvolver os componentes técnicos, táticos, físicos, psicológicos e intelectuais. Contudo, mudando a enfase no conteúdo, conforme a fase do treinamento. De acordo com isso, no periodo de preparação a principal enfase deve se dar no desenvolvimento da condição física, onde são trabalhadas, simultaneamente, a força, a velocidade, a resistência, e a flexibilidade.
A técnica e a tática também trabalhadas nessa fase, mas sem muita enfase no período de preparação geral. Por outro lado, a medida que o treinamento avança se aproximando do período de preparação específica, e ao longo do período de competição, a enfase na preparação tecnica e tática deve crescer progressivamente.
- Alternância entre Volume e intensidade
Ao longo desses períodos, o treinamento nesse modelo deve ser feito dando-se mais atenção aos incrementos de intensidade, com a consequente diminuição no volume, ou seja diminuindo a quantidade total de trabalho realizado.
- 
O Modelo e periodozação proposto por Matveev foi duramente criticado por vários treinadores que entendiam que esse modelo não poderia atender as necessidades de todas as modalidades. Entre as inadequações eram apontadas:
1- Longo período de treinamento dedicado a preparação geral onde os atletas treinam com exercícios pouco parecidos com os exercícios/ gestos próprios da modalidade
2- Longo período de treinamento em baixa intensidade
3- Curto período de tempo em que o atleta permanecia em condições de competor em alto nível
4- Elevado níveL de estresse acumulado pelo treinamento simultâneo de vários conteúdos (treinamento multilateral)
 
Diante dessas críticas, outros treinadores propuseram modelos de periodizacoes alternativos, que satisfizessem as necessidades das suas modalidades e que corrigissem essas inadequações do modelo Clássico. Na sequência, serão mencionadas as principais características de alguns desses modelos.
 
9.2.2 MODELO DE PERIODIZAÇÃO PENDULAR
Esse modelo foi proposto por dois russsos, Arosive e Kalinin em 1971.
A figura abaixo ilustra as coaracterísticas desse modelo, que devem ser contrastadas com as do modelo clássico:
- Predominância do uso de cargas específicas
- Uso de cargas gerais com a finalidade de promoverem a regeneracção do organismo, sobrecarregado com treinamento específico
- Diminuição progressiva do uso de carga gerais
- Nunca há predominâncias das cargas gerasi sobre as expecíficas
- Prontidão para a competição em período mais longo
 
9.2.3 MODELO DE PERIODIZAÇÃO EM BLOCOS(SEQUÊNCIA DAS CARGAS CONJUGADAS)
O modelo de periodozação em blocos foi proposto por Yuri Verkhoshanski, em 1983, o maior critico do modelo de Matveev. Verkhoshanski defendia que o treinamento voltado para o desenvolvimento de multiplos conteúdos de maneira simultanea impunha um estresse muito grande sobre o organismo do atleta, o que atrapalha seu desenvolvimento.
Segundo ele, os atletas devem treinar enfatizando no máximo dois ou três componentes do treinamento. De acordo com isso, propôs a chamada periodização em blocos, os quais inicialmente eram divididos em blocos A, B, e C.
As idéias centrasi desse modelo sao as seguintes:
- Desenvolvimento de trabalho concentrado de força no bloco A
- Realização de trabalho técnico e de velocidade de baixo volume no bloco A
- Diminuicao acentuada do volume do trabalho de força no final do bloco A
- Cresciemnto progressivo do trablaho técnico e de velocidade ao decorrer dos blocos B e C
- Prontidão para competição ao longo do bloco B e alcance da melhor forma no bloco C
 
9.2.49.2.1 MODELO DE PERIODIZAÇÃO DE ALTOS RENDIMENTOS
O Modelo dos Altos Rendimentos foi proposto por Peter Tchiene, no final dos anos 1980. A figura abaixo ilustra as ideias desse modelo, que podemos destacar como sendo:
- Treinamento com o uso exclusivo de exercícios específicos
- Treinamento com elevado volume e intensidade al logo de toda temporada
- Previsão de grande número de períodos em que acontecem oportunidades de recuperação através da redução da carga, pela redução simultanea do volume e da intensidade
- Oportunidade para competir em alto n;ivel de desempenho em ma

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