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O PLANEJAMENTO E O PLANO DE ESTÁGIO - reflexões críticas na formação profissional em Serviço Social.

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O PLANEJAMENTO E O PLANO DE ESTÁGIO: reflexões críticas na 
formação profissional em Serviço Social. 
 
Ana Carolina Vidigal
1
 
Mariana Patrício Richter Santos 
2
 
 
Resumo: Este trabalho busca discutir os instrumentos do planejamento e do plano de estágio 
enquanto balizadores no processo de formação profissional em Serviço Social, formação 
profissional essa, que se queria crítica. Diante desta premissa, o objetivo deste trabalho foi 
compreender os instrumentos de planejamento e plano de estágio enquanto potenciais 
balizadores neste processo. Para tanto, utilizou-se da metodologia de pesquisa bibliográfica e 
pesquisa documental, que embasaram e fundamentaram teoricamente o estudo e sua análise. 
As reflexões giram em torno de uma formação profissional crítica, entendendo o planejamento 
como instrumento que não é um fim em si mesmo, mas perpassa os demais instrumentos que 
compõem o fazer profissional. Compreendeu-se também, o planejamento enquanto 
instrumento técnico e político, indicando suas potencialidades. Relacionou-se ainda o Plano de 
Estágio, referendando os diferentes sujeitos sociais pertencentes a este processo. Refletiu-se 
acerca da importância destes instrumentos enquanto materializadores do projeto ético político 
da profissão. 
 
Palavras-chave: Planejamento, Plano de Estágio, Projeto Ético Político. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O pensar sobre processo de formação profissional, sob o viés crítico – 
reflexivo é tarefa fundamental quando se fala em processos de ensino – 
aprendizagem. Compreender este lugar de aprendizagem, o lugar de 
compreender as dimensões da vida real emanadas no cotidiano profissional; 
compreender ainda, os papéis sociais que diferentes sujeitos reverberam 
quando da formação profissional em Serviço Social, se faz de suma relevância. 
E foi com base nestas reflexões que se construiu a proposta deste artigo: 
entendendo a importância do processo de formação profissional, da 
fundamental relevância dos papéis dos diferentes sujeitos sociais envolvidos 
nesta relação, bem como, a escolha por dois instrumentos que caracterizam, 
diretamente, a possibilidade de materialização (mesmo que relativa) do projeto 
ético político do Serviço Social nos mais variados espaços sócio ocupacionais. 
 
1
 Ana Carolina Vidigal - Professor com formação em Serviço Social - Uninter – Uninter - E-mail: 
vidigal.anacarolina@gmail.com 
2
 Mariana Patrício Richter Santos - Professor com formação em Serviço Social - Uninter - Uninter 
 
Objetivou-se, então, compreender os instrumentos de planejamento e plano de 
estágio enquanto potenciais balizadores no processo de uma formação 
profissional crítica. 
O processo de formação profissional, desvelado em toda sua 
caracterização (seja no ensino, na pesquisa e na extensão), na realização das 
disciplinas, nas atividades complementares e, em especial, nos campos de 
estágio, identifica as tangentes reflexões que se fazem necessárias. Refletir 
acerca dos debates relacionados à compreensão do Serviço Social e suas 
mediações quando em campo de estágio, localizam os instrumentos do 
Planejamento e do Plano de Estágio como balizadores do compromisso 
profissional na relação de ensino – aprendizagem. Neste sentido, coloca-se 
neste artigo que o Planejamento é instrumento que perpassa todas as relações 
sociais nas quais o assistente social está presente, em especial no que diz 
respeito aos campos de estágio; enquanto que o Plano de Estágio materializa o 
compromisso profissional dos sujeitos envolvidos (sejam supervisores de 
campo, supervisores acadêmicos) com o projeto ético político profissional do 
Serviço Social. 
Para tanto, utilizou-se da metodologia de pesquisa bibliográfica, que 
segundo Lakatos e Markoni (2001, p.43): “Trata-se de levantamento de toda a 
bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas e 
imprensa escrita”. Trata ainda, de pesquisa documental, pois a fonte de coleta 
de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se 
denomina de fontes primárias (MARCONI; LAKATOS; 2003), possuindo como 
exemplos as legislações e resoluções utilizadas. 
 
1 DESENVOLVIMENTO 
O PLANEJAMENTO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL 
 
O estágio supervisionado em Serviço Social do curso de Bacharelado 
em Serviço Social é pré-requisito para o processo de formação acadêmica dos 
alunos e está em conformidade com a Lei Federal nº 11.788, de 25 de 
setembro de 2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes. 
Através do estágio o educando deve ter contato com o ambiente de 
trabalho e de atuação profissional do assistente social e deve desenvolver suas 
 
competências e habilidades em conformidade com a proposta pedagógica do 
curso de Bacharelado em Serviço Social. 
Assim, para que o processo de estágio em Serviço Social consiga aliar 
as competências e habilidades profissionais, bem como manter a unicidade das 
dimensões técnico-operativa, ético-política e teórico-metodológica faz-se 
necessário ressaltar a importância de planejar o processo de estágio. 
 
O planejamento, enquanto método e processo, é a não improvisação 
sistemática, em que pensamos e agimos de maneira permanente 
sobre uma realidade, para modificá-la, dentro de um processo de 
racionalidade, com o objetivo de antecipar melhores resultados, obter 
soluções alternativas, reduzir riscos e incertezas. Concretiza-se em 
momentos não aleatórios, não mecânicos e lineares, uma vez que 
são inter e intradependentes (FRITSCH, 1996, p. 130). 
 
Neste sentido, o estágio em Serviço Social não pode ser abordado 
enquanto atividade improvisada e desenvolvida rotineiramente focada apenas 
na dimensão técnico-operativa da profissão. O estágio enquanto um processo 
planejado visa o desenvolvimento de atividades refletidas criticamente a partir 
das três dimensões da profissão, o que repercute, diretamente, na formação de 
assistentes sociais mais críticos e comprometidos com a transformação da 
realidade e com o projeto ético político da profissão. 
Neste sentido, o planejamento das ações assume um caráter técnico e 
político, assumindo dimensões inerentes à esfera do exercício profissional. 
Como relata Bertollo (2016), o planejamento perpassa em sua dupla 
caracterização: a caracterização técnica e a caracterização política. A sua 
dupla função demonstra seu papel: um papel técnico, que analise as condições 
efetivas de realização de atividades, recursos existentes e limitações 
presentes; e o papel político, quando a correlação de forças, relações de poder 
e conflitos de interesses comparecem no campo institucional. 
Mesmo destacando a importância do planejamento da sistematização 
do estágio em Serviço Social, esta ainda é uma ação incipiente, tanto no 
processo de estágio, como no processo do exercício profissional propriamente 
dito. O planejamento é uma atribuição essencial do assistente social, a qual 
está prevista inclusive na Lei 8.662/93, em seus artigos 4º e 5º, que 
Regulamenta a Profissão de Assistente Social. Há ainda, o Código de Ética 
 
Profissional do Assistente Social de 1993, em seu art. 2º. expressa ser direito 
do assistente social participar na elaboração e gerenciamento das políticas 
sociais, e na formulação e implementação de programas sociais. 
Destarte, o desafio contemporâneo é apreender o planejamento como 
um meio que permite ao assistente social e ao discente um processo de 
estágio que não se restringe ao aparente e às demandas imediatas e que não 
se limita ao papel técnico operacional na implementação do plano institucional. 
Mas utilizar o planejamento “[...] como um ato político, de avaliação de 
diagnóstico, que toma decisões, escolhe prioridades físicas e orçamentárias, 
define atividades entre uma série de possibilidades e de correlação de forças 
dos sujeitos e interesses em presença explicita ou implicitamente. ” (BONINE 
KRUGER, 2015, p. 69). 
O saber que desvela o planejamento está em superar o “praticismo”, as 
análises imediatas, tomando a mediação como categoria analítica no processo 
de decisões e escolhas do exercício profissional. Na perspectiva de 
materializar este processo, se tem o conhecimento da realidade como “[...] 
ponto de partida, ou seja, a apreensão e o desvelamento de como a “questão 
social” incide e se manifesta na vida dos indivíduos, bem como o entendimento 
de que a história é feita pelos sujeitos[...]”. (BERTOLLO, 2016, p. 349) 
Porém, o planejamento do estágio supervisionado ainda prevalece 
como um desafio na profissão, pois muitos assistentes sociais não planejam 
nem mesmo suas atividades e nem desenvolvem projeto profissionais em seus 
campos de atuação, o que incide diretamente no processo de estágio, que 
também não recebe a devida reflexão e planejamento. Com relação ao 
planejamento profissional por meio do projeto profissional Couto (2009, p.12) 
afirma: 
 
Ao desenhá-lo e publicizá-lo, o assistente social estabelece os 
parâmetros profissionais que demarcam o seu trabalho e o 
compromisso assumido com o projeto coletivamente construído pela 
profissão, ao longo das últimas décadas, em conjunto com as 
organizações da categoria. A vinculação desse projeto com os 
ditames da profissão fez com que o estatuto profissional conquistasse 
relevância nos últimos anos. É preciso lembrar que o projeto ético-
político profissional é materializado pela soma de todos os projetos de 
assistentes sociais na ocupação dos espaços sócio ocupacionais. 
Quanto mais qualidade ético política esses projetos encerrarem, mais 
 
a profissão terá reconhecido seu estatuto na sociedade 
contemporânea. 
 
Desta forma, destaca-se a importância do planejamento do Serviço 
Social nos diversos espaços sócio ocupacionais, realizando uma leitura crítica 
da realidade e a afirmação do assistente social na instituição, reafirmando suas 
atribuições e competências. Esta clareza no estabelecimento das atribuições e 
reflexão crítica dos espaços de trabalho refletem diretamente no planejamento 
do estágio em Serviço Social. Este passa a ser construído com criticidade 
estabelecendo as atribuições e objetivos de cada um dos atores envolvidos 
neste processo. É importante relembrar que não há que se falar em 
neutralidade no planejamento, pois que as tomadas de decisões que englobam 
este processo são repletas de intencionalidade, quando apresentam, em seu 
tensionamento, a defesa de interesses coletivos ou de sujeitos coletivos, em 
detrimento da defesa de interesses individuais. (BERTOLLO, 2016). 
Deste modo, é salutar compreender que o planejamento é instrumento 
reflexivo e operativo (embora calcado nas três dimensões da profissão) que 
perpassa todos os demais instrumentos da profissão. Neste sentido, entende-
se que, diante de um processo de formação profissional tangente ao estágio, 
relacionar esta discussão com a realização efetiva e debate singular no que 
tange ao Plano de Estágio, se faz de forma salutar, enquanto forma de 
materialização do projeto ético político da profissão. 
O planejamento, dentro dos mais variados campos de estágio, é 
elemento fundamental, uma vez que o estagiário e os supervisores precisam 
refletir sobre a instituição, os usuários, as demandas e vulnerabilidades e o 
papel do assistente social, afim de traçar caminhos para transformação da 
realidade. 
 
O PLANO DE ESTÁGIO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL 
Outro elemento de fundamental importância no processo de formação 
profissional e no planejamento da sistematização das atividades de estágio é a 
elaboração do Plano de estágio. Tal documento envolve a aproximação do 
estagiário com a realidade do campo de estágio, buscando conhecer a história 
da instituição, as relações existentes, a inserção do Serviço Social, as 
 
principais demandas atendidas, os limites e possibilidades institucionais, enfim, 
trata-se do primeiro contato do aluno com a instituição e com o supervisor de 
campo e de apreensão desta realidade. 
O Plano de estágio é uma prerrogativa prevista na Política Nacional de 
Estágio da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social 
(ABEPSS), que afirma que o estágio é 
 
[...] uma atividade curricular obrigatória que se configura a partir da 
inserção do aluno no espaço sócio-institucional objetivando capacitá-
lo para o exercício do trabalho profissional, o que pressupõe 
supervisão sistemática. A supervisão será feita pelo professor 
supervisor e pelo profissional do campo, através da reflexão, 
acompanhamento e sistematização com base em planos de estágio, 
elaborados em conjunto entre unidade de ensino e unidade campo de 
estágio, tendo como referência a Lei 8662/93 (Lei de 
Regulamentação da Profissão) e o Código de Ética do Profissional 
(1993). O estágio supervisionado é concomitante ao período letivo 
escolar (ABESS/CEDEPSS, 1997, p. 71). 
 
Neste sentido, toda a atividade que o aluno desenvolverá no campo de 
estágio estará prevista neste plano, que será construído com o auxílio do 
supervisor de campo e do supervisor acadêmico. Trata-se do planejamento das 
ações do estagiário dentro da instituição concedente do estágio, traçando as 
diretrizes e conectando o mesmo a unidade temática de ensino que o aluno 
está cursando. Assim, o aluno conseguirá compreender o estágio a partir das 
três dimensões do Serviço Social: teórico-metodológico, ético-política e técnico-
operativa, desenvolvendo assim um estágio comprometido com a qualidade de 
seu processo de formação. 
Importa mencionar que o Plano de Estágio transparece o compromisso 
profissional dos sujeitos envolvidos quando do seu exercício profissional: seja o 
supervisor de campo, seja o supervisor acadêmico. Neste plano, como orienta 
a Resolução nº 533/08 do CFESS, inciso II: “aos supervisores acadêmico e de 
campo e pelo estagiário construir plano de estágio onde constem os papéis, 
funções, atribuições e dinâmica processual da supervisão, no início de cada 
semestre/ano letivo. ” Este processo salienta o projeto ético político da 
profissão, que é composto pelo “[...] Código de Ética Profissional/1993, a Lei de 
Regulamentação da Profissão - Lei n. 8.662/93 - e as Diretrizes Curriculares 
 
para a Formação Profissional em Serviço Social – ABEPSS/1993. (AVILLA, 
2017, p. 07) 
O plano de Estágio deve conter alguns elementos essenciais que 
permitam a aproximação com a realidade do campo de estágio, tais como: 
identificação do aluno e da instituição (nome, endereço, CNPJ e responsável 
pela instituição); apresentação da(o) assistente social supervisor(a) de campo, 
que deve atuar como assistente social na instituição e possuir CRESS ativo; 
exposição do período e carga horária de estágio dentro da unidade temática e 
respeitando as limitações da Lei Nacional de Estágio (carga horária diária, 
semanal e mensal e data de início e fim do estágio). O plano ainda deve 
apresentar a caracterização da instituição para que o aluno se aproxime e 
compreenda a construção histórica da mesma e o espaço institucional no qual 
está inserido. 
O histórico da instituição com a origem, cultura organizacional, 
símbolos, a finalidade e objetivos da instituição, as principais demandas 
atendidas, principais características da população atendida pela instituição, 
estrutura e funcionamento da organização: hierarquia, organograma, 
departamentalização, políticas socioadministrativas, recursos humanos, 
financeiros e outros necessários para o alcance dos objetivos da instituição e 
as parcerias e relações interinstitucionais. 
No plano de estágio ainda será apresentado o objetivo do serviço 
social na instituição, no qual será descrita a trajetória do mesmo desde sua 
implantação, a estrutura e funcionamento: número de assistentes sociais, 
estrutura física disponível, pessoal de apoio, bem como sua finalidade. 
Ainda serão apresentadosno plano de estágio a população alvo do 
serviço social, descrevendo as principais características desta população. 
Outro elemento essencial é a descrição das atividades do serviço social na 
instituição, que objetiva descrever as atividades técnicas, objeto/especificidade, 
conhecimentos específicos necessários para o desenvolvimento da prática 
profissional, demandas do serviço social, respostas institucionais e o serviço 
social frente às demandas: política(s) social desenvolvida (s), plano (s), 
programa(s), projeto (s) e ações, recursos financeiros/materiais disponíveis 
para o serviço social, o instrumental técnico utilizado pelo profissional: visitas 
 
domiciliares, reuniões, entrevistas, e os desafios e perspectivas para o serviço 
social. 
Após apresentar o serviço social na instituição e suas principais 
atividades, o plano apresenta as atividades do estagiário, descrevendo as 
atividades que o estagiário irá desenvolver durante o período de estágio, 
conforme as competências e atribuições de acadêmico de serviço social em 
formação. 
O plano ainda aborda a avaliação do processo de estágio que será 
desenvolvida pelo supervisor acadêmico e supervisor de campo, priorizando a 
avaliação participativa na perspectiva da horizontalidade e, compreendendo 
que cada fase do estágio irá exigir um comprometimento de todos os 
envolvidos no processo de formação. A avaliação dentro do plano de estágio 
está estruturada para abranger o nível de amadurecimento, posicionamento 
crítico, ético e político do estagiário frente à realidade social e as expressões 
da questão social. 
A reflexão desse processo avaliativo perpassa por todos os sujeitos 
envolvidos, entendendo que se faz necessário dar sentido e significado 
concreto ao fazer profissional e que o aluno consiga dar materialidade e 
concentricidade na construção de suas propostas interventivas nos campos de 
estágio. 
 
2 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Diante do aqui exposto, percebeu-se a importância do processo de 
formação profissional em Serviço Social, em especial, no que tange aos 
instrumentos de planejamento e plano de estágio. Ao compreender que o 
planejamento, além de instrumento, perpassa por todos os instrumentos que 
consolidam e efetivam o fazer profissional do Assistente Social, traduziu-se, a 
partir deles, reflexões críticas que demonstrassem os necessários 
enfrentamentos pelos quais a profissão passa, no sentido de consolidar e 
materializar o projeto ético político profissional nos diferentes campos 
institucionais. Todavia, tanto o planejamento, como o plano de estágio, só 
cumpre seu papel crítico diante da formação profissional, se utilizados e 
manuseados dentro de uma perspectiva histórico crítica, que denote a 
 
intencionalidade da ação profissional nos desafios contemporâneos e 
institucionais postos à profissão. 
Os instrumentos, per se, não garantem a materialização do 
compromisso ético político da profissão – ou do próprio assistente social. É na 
dinâmica, é no movimento dialético entre a idealização do instrumento e sua 
concretude, que se faz emergir, significativamente, a reflexão e o potencial 
crítico do planejamento e do plano de estágio no processo de formação 
profissional. 
REFERÊNCIAS 
 
ABEPSS- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM 
SERVIÇO SOCIAL. Política Nacional de Estágio da Associação Brasileira 
de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – ABEPSS, maio 2010. Disponível 
em: 
http://www.abepss.org.br/briefing/documentos/lei_de_Diretrizes_Curriculares_1996.pdf 
 
___________________________. DIRETRIZES GERAIS PARA O CURSO 
DE SERVIÇO SOCIAL (Com base no Currículo Mínimo aprovado em 
Assembleia Geral Extraordinária de 8 de novembro de 1996.). Rio de Janeiro. 
08.11.1996. disponível em 
http://www.abepss.org.br/arquivos/textos/documento_2016033111381663772
10.pdf 
_____________________________. POLÍTICA NACIONAL DE ESTÁGIO 
DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO 
SOCIAL -2010. Disponível em 
http://www.cfess.org.br/arquivos/pneabepss_maio2010_corrigida.pdf 
 
ABESS/CEDEPSS. “Diretrizes gerais para o curso de Serviço Social. ” In: 
Cadernos ABESS nº 7. São Paulo: Cortez, p. 58, 1997. 
 
AVILLA, Ana Lídia Fiuza da Silva. PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO 
SOCIAL BRASILEIRO E O TRABALHO PROFISSIONAL. In: II Seminário 
Nacional de Serviço Social, Trabalho e Políticas Sociais. Universidade 
Federal de Santa Catarina Florianópolis – 23 a 25 de outubro de 
2017.Disponível em:< 
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/180160/102_00233.pdf?
sequence=1&isAllowed=y>, acesso em 04 de agosto de 2019. 
 
BERTOLLO, Kathiuça. Planejamento em Serviço Social: tensões e desafios no 
exercício profissional. In: Revista Temporalis. Brasília (DF), ano 16, n. 31, 
jan/jun. 2016. Disponível em: < 
http://periodicos.ufes.br/temporalis/article/viewFile/11943/10111>, acesso em 
04 de agosto de 2019. 
 
http://www.abepss.org.br/briefing/documentos/lei_de_Diretrizes_Curriculares_1996.pdf
http://www.abepss.org.br/arquivos/textos/documento_201603311138166377210.pdf
http://www.abepss.org.br/arquivos/textos/documento_201603311138166377210.pdf
http://www.cfess.org.br/arquivos/pneabepss_maio2010_corrigida.pdf
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/180160/102_00233.pdf?sequence=1&isAllowed=y
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/180160/102_00233.pdf?sequence=1&isAllowed=y
http://periodicos.ufes.br/temporalis/article/viewFile/11943/10111
 
BONIN, Silvana; KRUGER, Tânia Regina. Planejamento e Serviço Social. 
Revista Sociedade em Debate, V. 21 n.2, p. 63-83, 2015. 
BRASIL. Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre 
Dispõe sobre o estágio de estudantes; e dá outras providências. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm>, 
acesso em 04 de agosto de 2019. 
BRASIL, 1993. Lei N° 8.662, de 07 de julho de 1993. Dispõe sobre a 
profissão de Assistente Social e dá outras providências. Disponível em 
http://www.cfess.org.br/arquivos /legislacao_lei_8662.pdf 
 
BRASIL. CFESS. Conselho Federal de Serviço Social. Atribuições privativas 
da/o Assistente Social em questão. CFESS/CRESS, 2012. Disponível em? < 
Http://www.cfess.org.br/arquivos/atribuicoes2012-completo.pdf> Acesso em: 
abr.2017. 
 
______________. Código de ética do/a assistente social. Lei 8.668/93 de 
regulamentação da profissão. 9ª ed. Brasília. 2011. 
 
COUTO, Berenice Rojas. Formulação de projeto de trabalho profissional. 
In: CFESS/ABESS (Orgs.). Serviço social: direitos sociais e competências 
profissionais. Brasília: CFESS/Abepss, 2009. 
 
FRITSCH, Rosângela, 1996. Planejamento Estratégico: instrumental para a 
intervenção do Serviço Social. In: Revista de Serviço Social e Sociedade – 
Ano XVII, nº 52. Cortez, São Paulo. 
 
LAKATOS, Eva Maria; DE ANDRADE MARCONI, Marina. Metodologia do trabalho 
científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório 
publicações e trabalhos científicos. São Paulo, 2001. 
 
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de 
Metodologia Científica. 5ª ed. Atlas: São Paulo, 2003. 
 
RODRIGUES, Ana Carolina do Nascimento; PEREIRA, Juliana Aparecida 
Cobuci; PAULA, Luciana Gonçalves Pereira de; SILVA, Nicole Cristina Oliveira. 
A MATERIALIZAÇÃO DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL 
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Profissional da/do assistente social no Brasil e no mundo: desafios 
contemporâneos. Disponível em:< file:///C:/Users/User/Downloads/3691-13166-
1-SM.pdf>, acesso em 04 de agosto de 2019. 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm
http://www.cfess.org.br/arquivos%20/legislacao_lei_8662.pdf
file:///C:/Users/User/Downloads/3691-13166-1-SM.pdf
file:///C:/Users/User/Downloads/3691-13166-1-SM.pdf