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Farmacologia - Parte (3)

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AULA 1 - FARMACOLOGIA CLINICA - HEMOSTASIA E FÁRMACOS DE MODULAÇÃO:
1 - Hemostasia: meios do organismo para manter o sangue dentro do vaso de forma fluida (interrupção de sangramentos e hidrodinâmica) - se baseia em 4 etapas:
 (I) Fase vascular: pela vasoconstrição, reduzindo assim o fluxo de sangue em vazamento.
 (II) Fase plaquetária: direcionamento de plaquetas e adesão plaquetária no local lesionado - além disto as plaquetas também têm ação de quimiotaxia para outras plaquetas e fatores de coagulação
 PS: ocorre junto a fase vascular.
 (III) Coagulação sanguínea: atração de fatores de coagulação pela ação das plaquetas, ativação em cascata destes fatores (até 13 fatores participantes com co-dependencia entre eles). 
 PS1: a via de ativação pelos fatores de coagulação pode ser intrínseca ou extrínseca, sendo que cada uma tem o início por um fator de coagulação distinto: intrínseca tem início pelo fator 12 enquanto a extrínseca tem início pelo fator 7 - porem elas dividem também uma via comum a partir do fator 10.
 PS2: os fatores de coagulação são todos sintetizados no fígado.
 PS3: os fatores 2 (ou protrombina), 7, 9 e 10 necessitam ainda de ativação após a síntese, o que também ocorre no fígado (item 1.2).
 (IV) Fibrinólise: remoção da fibrina pela ação da plasmina (ação fibrinolítica) após o processo de reparação do endotélio ter ocorrido (geralmente a reparação leva de 1 a 2 dias) - esta etapa tem como função evitar a formação de êmbolos, isquemias e infartos devido a partículas de fibrina soltas na circulação
 PS: a plasmina é sintetizada no fígado, sendo inicialmente denominada plasminogênio até a sua ativação (também no fígado). 
 1.1 - Distúrbios Hemorrágicos: interferem com a capacidade de coagulação do sistema - suas possíveis causas são
 (I) Deficiência de plaquetas
 (II) Deficiência em fatores de coagulação: por exemplo a do fator 8 na síndrome de down.
 (III) Deficiência de vitamina K: esta é vital na ativação dos fatores de coagulação 2 (protrombina), 7, 9 e 10 (ver item 1.2).
 (IV) Doenças hepáticas: pode interferir com a produção de FCs (e ativação de alguns destes - 2,7, 9 e 10) e produção do plasminogênio.
 (V) Intoxicação por agentes anticoagulantes: em especial por raticidas (agentes cumarínicos) ou plantas tóxicas (samambaia) - a administração de vitamina K nestes casos pode ser uma alternativa devido ao mecanismo de atuação da substancia no sistema (está relacionada com a ativação de fatores).
 PS: em hemorragias (consequência destes distúrbios) o tratamento mais adequado é a transfusão sanguínea.
 1.2 - Ativação dos fatores (2,7,9 e 10): se dá pela ação da vitamina-K
 1ª - Os fatores de coagulação 2, 7, 9 e 10 são sintetizados no fígado em sua forma inativa (proteínas precursoras).
 2ª - A vitamina K em sua forma reduzida participa como cofator na carboxilação (ação da carboxilase) das proteínas precursoras, que recebem uma molécula adicional de COO-.
 3ª - Como produto da reação da segunda etapa se tem a formação de proteínas completas (fatores de coagulação funcionais/ativados) e a vitamina K na sua forma oxidada.
 4ª - Após a ativação a vitamina K tem de voltar a sua forma reduzida para assim ter a capacidade de ativar mais fatores de coagulação quando necessário.
 PS: os monocumaróis e dicumaróis agem sobre esta etapa, impedindo a redução da vitamina K em vitamina K oxidada.
 1.3 - Agentes hemostáticos: apresentam modulação no fluxo sanguíneo.
2 - Agentes Hemostáticos - Anticoagulantes: podem ser divididos em os de ação in vitro e os de ação in vivo:
 2.1 - De ação in vitro: utilizado em amostras e bolsas de sangue para conservação do sangue (evita a coagulação pôr o sangue estar fora do sistema devido falta de ação anticoagulante biológica normal) - compostos pela heparina, oxalato de sódio, citrato de sódio e EDTA.
 PS: a heparina é uma substancia anticoagulante naturalmente produzida nos animais (tem produção endógena).
 Mecanismo de ação: estes agentes químicos impedem o cálcio de exercer sua função pela interferência com a molécula (e ainda do fator de coagulação 5 em alguns casos, sendo que ele está altamente relacionado com a ação do cálcio), lembrando que o cálcio é vital no processo de coagulação sanguínea - o mecanismo pelo qual eles exercem esta função varia com a substancia:
 A - Oxalato de K (ou de Na ou de amônia) e Fluoreto de sódio: atuam por precipitar o íon cálcio sobre a forma de oxalato de cálcio, que é insolúvel.
 B - Citrato de sódio: forma um complexo com o cálcio, tornando sua utilização inviável.
 C - EDTA: quela o cálcio e inibem o fator V.
 D - Heparina: ver-nos de ação in vivo.
 PS1: o cálcio também participa da contração muscular e é cofator em várias reações metabólicas, sendo assim este tipo de medicamento pode também modificar estas funções em alguns casos.
 Mecanismo de ação - Ação normal do cálcio na coagulação: tanto os fatores de coagulação quanto os fosfolipídios da membrana do endotélio são naturalmente carregados negativamente, e sendo assim eles têm repulsão entre si - o cálcio tem sua atuação por servir como meio para a aproximação entre os F.Cs e a membrana, sendo este evento vital para a ocorrência da coagulação.
 2.2 - De ação in vivo: impede a coagulação em animais onde está condição está exacerbada, impedindo assim a formação ou desenvolvimento de coágulos ou trombos - representado pela heparina de baixo peso molecular e varfarina.
 Mecanismo de ação: diminuem ou anulam a ativação da protrombina e de fatores de coagulação.
 A - Monocumaróis - Varfarina e Acenocumarina: impedem o funcionamento da vitamina-K, consequentemente impedindo também a ativação dos fatores II, VII, IX e X (ver item 1.2).
 B - Dicumaróis - Bishidroxicumarina e Etilbiscumacetato: semelhantes aos monocumarois, porem mais evoluídos/recentes - tem o mesmo mecanismo de ação.
 
 C - Heparina: tem ação tanto in vitro quanto in vivo, onde atua inibindo os fatores V, VIII, IX e XI.
 PS1: ela tem ainda um antagonista que pode ser utilizado em casos de intoxicação (sulfato de protamina - 1mg a 1,5 mg de protamina para cada 1mg de heparina).
 PS2: a quantidade de heparina para efeito in vivo tem que ser muito pequena - 1mg de heparina pode impedir a coagulação de até 500mL de sangue.
 PS3: ela é metabolizada naturalmente pela heparinase no animal.
3 - Outros agentes hemostáticos:
 3.1 - Agentes antiagregantes plaquetários: comprometem a coagulação pela inibição da síntese do tromboxano nas plaquetas, sendo muito utilizado na medicina humana para a prevenção de infarto e AVC por “deixa o sangue ralo” - o principal representante e o ácido acetilsalicílico (AAS).
 3.2 - Agentes trombolíticos ou fibrinolítico: atuam aumentando a fibrinólise com o propósito de diminuir as chances de AVCs e infartos - o mecanismo de ação se dá pela ativação do plasminogênio em plasmina, que pode ser de forma direta (pelo uso de uroquinase) ou indiretamente (por estreptoquinase).
AULA 2 - FARMACOLOGIA CLINICA - AGENTES CARDIOVASCULARES:
1 - Conceitos básicos do SCV:
 Cronotropismo (ou automacidade): capacidade de gerar o próprio impulso no nó sinusal (regula sua própria frequência).
 PS: tem regulação pelo simpático e parassimpático (SNA).
 Dromotropismo (condutibilidade): capacidade de estimular células vizinhas (via junções GAP).
 Batmotropismo (excitabilidade): capacidade de se auto estimular quando chega próximo ao potencial de repouso.
 Inotropismo (contratilidade - força de contração): capacidade do musculo cardíaco se contrair quando estimulado, e logo de ejetar sangue no sistema.
 Pre carga: fatores que determinam o comprimento inicial da fibra cardíaca antes da contração - retorno venoso, enchimentoventricular e volume diastólico final - na pratica representa a “pressão da quantidade de sangue no coração”.
 Pôs carga: fatores que se opõem ao encurtamento ventricular - gerada pela pressão da aorta durante a sístole, o obstáculo valvar da aorta e da pulmonar (são todas forças contrarias a ejeção do sangue).
 Debito cardíaco: volume de sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo na aorta/tempo.
 Lei de Frank-Starling: o desempenho do coração depende do comprimento inicial da fibra cardíaca, assim o desempenho aumenta com o incremento do comprimento inicial (pre carga) - permite que o débito cardíaco se ajuste a variações moderadas do retorno venoso.
 1.1 - Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC): é um estado clínico em que o coração está inapto - decorrente de distúrbio funcional ou estrutural - de manter o equilíbrio circulatório, tornando-se incapaz de levar oxigênio aos tecidos.
 PS1: é relativamente comum na medicina veterinária - existe tratamento, porém não há cura.
 Sintomas: dispneia, fadiga (pelo enfraquecimento da musculatura cardíaca e esquelética), edema e redução da sobrevida pelo comprometimento da irrigação de outros órgãos.
 Consequências: 
 (I) Diminuição do débito cardíaco;
 . Aumento da frequência cardíaca: a princípio pode auxiliar na manutenção da hemóstase, porem a longo prazo gera danos (parada cardíaca). Ocorre via adrenalina e noradrenalina.
 PS1: inicialmente e uma resposta do sistema a ICC, porem pode gerar danos quando sustentada por longos prazos.
 PS2: os medicamentos atuam nesta etapa (assim como no aumento da resistência vascular), aumentando a força de contração de tal forma a diminuir os danos no sistema.
 . Aumento da resistência vascular: vasoconstrição reflexa para se manter a pressão, adequando a perfusão miocárdica e cerebral, a longo prazo também gera danos (também via adrenalina).
 . Hemoconcentração e retenção de sódio e água: pela ativação do sistema renina angiotensina devido a estase venosa retrograda, que compromete a irrigação dos rins.
 PS: angiotensina 2 também gera vasoconstrição, intensificando ainda mais o aumento da resistência vascular.
 PS2: estase venosa também gera aumento da pressão venosa, levando a mais edemas.
 . Dilatação cardíaca (hipertrofia) e comprometimento das válvulas.
 PS: resumidamente ela gera atracações na pré carga, pós carga, débito cardíaco, inotropismo e desempenho.
 Tratamento: se dá com algum desses medicamentos (ou pela associação de 2 ou mais deles).
 (1) Inotrópicos positivos: geram aumento na força de contração, são a primeira escolha de medicamento para o tratamento, porem em alguns casos os 3 tipos são necessários (casos mais avançados). 
 (1I) Diuréticos.
 (III) Vasodilatadores.
 1.2 - Contração celular cardíaca: ocorre por 5 fases nas células contrateis dos átrios e ventrículos.
 1ª - Repouso
 2ª - Despolarização: pela entrada de sódio
 3ª - Depolarização inicial: pela saída do potássio (não e mantida).
 4ª - Platô: pela entrada de cálcio, auxilia na contração do coração.
 5ª - Depolarização: saída de potássio e entrada de sódio.
 PS: nos nodos sinoatriais e atrioventriculares (células de condução) ocorre de forma diferente
 1ª - Despolarização espontânea: não há fase de repouso, a despolarização ocorre de forma espontânea com a entrada de sódio.
 2ª - Despolarização lenta: via a entrada de cálcio.
 3ª - Depolarização: via saída de potássio.
2 - Medicamentos para ICC:
 A - Digitálicos (inotrópicos positivos) - digoxina e digitoxina: foram os primeiros a serem utilizados, tendo a origem natural de uma planta. Os dois principais representantes são a digoxina e digitoxina.
 PS1: possuem índice terapêutico muito estreito - possui alto risco de intoxicação.
 PS2: a digitoxina tem maior biodisponibilidade (100%) na absorção intestinal // maior afinidade por proteínas plasmáticas //maior taxa de reabsorção renal - por estes 3 motivos ela tem duração de efeito maior que a digoxina (até 7 dias no sistema).
 Mecanismo de ação: 
 1ª - Inibe o funcionamento da bomba de sódio potássio na membrana das células musculares cardíacas, o que leva ao acumulo intracelular de sódio.
 2ª - A alta concentração de sódio leva a ativação do trocador sodio-calcio, também na membrana muscular.
 3ª - Atividade do trocador leva a um aumento de cálcio intracelular, que atua aumentando a força de contração.
 Outras ações: 
 (I) Restabelecimento dos reflexos barorreceptores: são responsáveis pela percepção de alterações de pressão, porem são” desligados” durante o aumento de pressão prolongado.
 (II) Aumento da atividade parassimpática nos nós sinusais e atrioventriculares: o que diminui a frequência cardíaca.
 (III) Diminuição dos efeitos simpáticos.
 B - Dobutamina e Dopamina: utilizados em situações emergenciais.
 Mecanismo de ação:
 1ª - Tem ação simpatomimética quando em altas quantidades, interagindo com receptores beta 1 e logo estimulando a contração de células musculares cardíacas.
 PS: também atua nos receptores B1 nos nodos sinoatriais.
 2ª - A interação com B1 leva a ativação da proteina-G (e do AMP cíclico) tendo como consequência o aumento de cálcio no reticulo sarcoplasmático.
 PS: quando em menores quantidades no sistema, ela interage com os seus receptores naturais (D1 e D2), levando a um aumento na perfusão renal - isto acaba sendo benéfico pois o rim está comprometido nos casos de ICC.
 C.1 - Inodilatadores - Pimobendana: atua por 2 vias: (1) favorecendo a interação do cálcio com a troponina C // (2) na fosfodiesterase V, levando a inibição da degradação de AMP cíclico ou GMP cíclico, com consequente vasodilatação.
 PS: os Inodilatadores no geral são medicamentos mais novos, com função dupla (inotrópico positivo e vasodilatador).
 C.2 - Inodilatadores - Milrinona e Anrinona: atuam inibindo a fosfodiesterase III tendo como resultado (1) menor degradação de AMP e GMP cíclico // (2) aumento na concentração de cálcio devido aos altos níveis de AMP cíclico.
 D.1 - Vasodilatadores de ação direta (venosa ou arteriolar): atuam desviando o fluxo venoso ou arteriolar, visando melhorar a pré e a pós carga. 
 PS: os vasodilatadores no geral (independente da classe) atuam por reverter a vasoconstrição prolongada que ocorre na ICC (via sistema renina-angiotensina e simpático principalmente) - a escolha do grupo (de ação direta, antagonista adrenérgico ou inibidor de ECA) ocorre de acordo com o mecanismo que se deseja atuar.
 I - Nitratos (Nitroglicerina, Nitroprussiato de sódio e Dinitrato de isossorbina): aumentam a disponibilidade de NO (oxido nítrico).
 II - Hidralazinas: causam diminuição no Ca intracelular.
 D.2 - Bloqueadores α-adrenérgicos - Prazosina: principal receptor da vasoconstrição
 D.3 - Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA): inibem a conversão de angiotensina 1 a 2 (a qual é um potente vasoconstritor).
 I - Captopril: mais utilizado para esse fim, porem pode causar alergia.
 II - Enalapril.
 III - Benazepril.
 IV - Lisinopril.
3 - Antiarrítmicos: são medicamentos que controlam ou suprimem arritmias (tentam normalizar o ritmo cardíaco), com intuito da prevenção do comprometimento hemodinâmico e mortes súbitas.
 PS1: os medicamentos antiarrítmicos são utilizados com o intuito de reduzir a frequência cardíaca (ou seja, em taquicardias) - não é convencional utilizá-los em bradicardias.
 PS2: são utilizados para evitar fadiga muscular no coração, a qual pode evoluir a fibrilação.
 Arritmias: são anormalidades na frequência cardíaca (alteração na origem do impulso ou nacondução) gerando o enchimento e ejeção ineficazes do sangue ao sistema - de acordo com a origem ela pode ser classificada pela origem em:
 A - Origem no impulso (nodos sinoatriais e atrioventriculares)
 B - Origem na condução (nos feixes).
 
 Ou ainda em supraventricular ou ventricular de acordo com a área afetada, sendo que cada medicamento possui uma área de origem em que atua com maior efetividade.
 Causas de Arritmias: na maioria das vezes a arritmia é uma consequência de outra alteração, com as causas mais comuns sendo
 (1) Modificações no equilíbrio entre os sistemas simpáticos e parassimpático (pode ser temporário ou não).
 (2) Alterações iônicas - principalmente de K+ e Ca++.
 (3) Estiramento da musculatura cardíaca.
 (4) Trauma mecânico.
 (5) Hipóxia.
 (6) Isquemia e infarto do miocárdio.
 (7) Miocardites.
 (8) Distúrbios endócrinos (relacionado ao metabolismo).
 (9) Uso de medicamentos arritmogênico (digitálicos em alguns animais por exemplo).
 (10) ICC.
 Ritmo normal do coração: é determinado pela despolarização e repolarização do sistema excito-condutor do coração, que é composto por:
 (a) Nó sinusal: determina o ritmo.
 (b) Feixes internodais: fazem a ligação entre nó sinusal e nó atrioventricular.
 (c) Ramos de Backman: responsável por levar o estímulo cardíaco para o átrio esquerdo.
 (d) Nó atrioventricular: responsável pelo retardo fisiológico da condução do estímulo cardíaco.
 (e) Feixe de His: presente entrada na região do septo ventricular.
 (f) Fibras de Purking: são as terminações subendocárdicas do feixe, levando o estímulo para o músculo ventricular.
 Eletrocardiograma: o traçado eletrocardiográfico é formado pelas ondas P, Q, R, S e T, são uma representação física dos fenômenos de despolarização e repolarização ocorrendo no coração - é importante para determinar a ocorrência de arritmias e na escolha do fármaco. 
 Onda P: representa a despolarização atrial.
 Complexo QRS: representam a despolarização ventricular.
 PS: a repolarização atrial por ocorrer simultaneamente a despolarização ventricular é mascarada no eletrocardiograma.
 Onda T: representa a repolarização ventricular.
 PS: a detecção de alterações nas amplitudes e espaçamentos entre ondas de um eletrocardiograma são importantes para a identificação de patologias, porem o método deve ser utilizado junto a auscultação, já que os 2 métodos podem identificar alterações distintas no sistema cardiovascular.
 Classificação dos fármacos: se baseia na ação eletrofisiológica dominante sobre o potencial de ação - em qual íon se tem a interferência (sódio, cálcio e potássio) ou na interferência nos receptores beta 1 - sendo que a maioria dos medicamentos pode ser classificada dentro de 4 grupos 
 3.1 - Antiarrítmicos de Classe I (anestésicos locais): é dividida ainda em 1A, 1B e 1C.
 Mecanismo: são potentes anestésicos locais - se ligam a forma inativa do canal de sódio, levando a estabilização da membrana miocárdica por aumentar o limiar de excitabilidade.
 . Reduzem a taxa de despolarização máxima das fibras cardíacas (frequência?) sem alterar o potencial de repouso - isto ocorre pelo aumento no limiar de excitabilidade e diminuição do período refratário.
 . Sua maior ação é sobre as células do marcapasso, por isso sendo utilizadas em arritmias causadas por aumento da automaticidade.
 A.1 - Classe IA - Quinidina: usada no estágio inicial de fibrilação atrial (em casos de arritmias ventriculares refratárias a lidocaína ou procainamida).
 Mecanismo (Classe IA no geral): reduzem a despolarização na fase 0 ou 4, atuando tanto em células cardíacas lesadas e normais - eles prolongam a duração do potencial de ação, principalmente quanto ao período refratário (prolongam a repolarização).
 A.2 - Classe IA - Procainamida: efetiva para arritmias ventriculares ou supraventriculares, sendo a de escolha para terapias de longa duração e refratárias a lidocaína (ou quando o proprietário deve aplicar o medicamento). 
 PS: não interage com a digoxina - importante para as situações em que a arritmia é decorrente de uma ICC e está sendo tratado com digitálicos (digoxina por exemplo).
 B.1 - Classe IB - Lidocaína: medicamento de escolha para taquicardias ventriculares em situações emergenciais.
 - Por intravenosa tem meia vida curta (90m) porem por oral e altamente toxica. 
 Mecanismo (Classe IB no geral): reduzem a despolarização na fase 0 ou 4, atuando em células cardíacas lesadas apenas - reduzem o período refratário causando a aceleração da repolarização.
 B.2 - Classe IB - Mexiletina: efeitos semelhantes à da lidocaína, porém é utilizado por via oral em tratamentos de curta duração.
 C - Classe IC: deprimem acentuadamente a despolarização da fase 0 ou 4, atuando tanto em células normais e lesadas - tem pouco efeito no período refratário e potencial de ação (sem interferência na repolarização). 
 PS: não são comumente utilizados na veterinária.
 I - Encainamida.
 II - Lorcainida.
 III - Flecainida.
 3.2 - Antiarrítmicos de Classe II: são medicamentos que exercem atividade antiadrenérgica no coração - atuam na fase 4 do potencial de ação diminuindo a velocidade de condução, sendo utilizados para taquicardia supraventriculares e ventriculares.
 Mecanismo: bloqueiam a estimulação simpática cardíaca (bloqueiam parte dos receptores beta 1 nos nós), reduzindo a atividade simpática no órgão - como consequência se tem diminuição na frequência e contratilidade cardíaca.
 A - Propranolol: um bloqueador beta não seletivo (atua em Beta 1 e 2) - administração se dá por via oral, sendo comumente utilizado junto aos da classe 1 em arritmias ventriculares refratárias.
 PS: interage com digoxina tendo como consequência a exacerbação do bloqueio atrio-ventricular.
 B - Metoprolol: um beta bloqueador seletivo - usado na terapia de arritmias ventriculares e supraventriculares.
 C - Atenolol: um beta bloqueador seletivo - comumente utilizado em gatos com cardiomiopatia hipertrófica e em cães e gatos com arritmias supraventriculares.
 D - Esmolol: um beta bloqueador seletivo - utilizado em emergências de taquicardias supraventriculares (tem meia vida muito curta - 10 minutos).
 E - Carvedilol: um beta bloqueador não seletivo - possui efeito extra de atividade bloqueadora em receptores alfa no coração gerando vasodilatação (pode ser benéfico em ICC por exemplo).
 PS: é aprovado para tratamento de ICC em humanos.
 3.3 - Antiarrítmicos de Classe III: atuam por prolongar o potencial de ação via bloqueio dos canais de potássio - aumentam o período refratário (absoluto e relativo), também atuando diretamente prolongando a condução nos nós sinusal e atrioventricular: são eficientes no tratamento de taquicardias ventriculares.
 A - Sotalol: classificada como beta bloqueador não seletivo, porém com efeito principal sendo o aumento do período refratário - efetivo em arritmias supraventriculares e ventriculares.
 B - Amiodarona: utilizado na taquicardia supraventricular (fibrilação atrial) ou em taquicardias ventriculares refratárias a lidocaína - seu uso é mais comum na medicina humana, podendo ser administrado por via oral ou I.V.
 PS: meia vida é de 3 dias - pode ter acumulo no tecido adiposo caso este período não seja respeitado (serve como reservatório).
 C - Bretílio: utilizado na fibrilação ventricular (raro na veterinária).
 3.4 - Antiarrítmicos de Classe IV: bloqueadores de canais de cálcio - leva ao estreitamento do platô do potencial de ação // prolongam a geração e condução nos nós sinusal e atrioventricular: são efetivos no tratamento de taquicardias supraventriculares.
 PS:o cálcio nas células cardíacas musculares está relacionado com o platô, porem no processo de auto estimulação nos nódulos ele está relacionado com a despolarização espontânea.
 A - Verapamil: utilizada por intravenosa em arritmias supraventriculares.
 Usos: em gatos com cardiomiopatia hipertrófica // cães e gatos no geral quando terapia clássica (digitálicos) de fibrilação atrial não é efetiva.
 PS: fármaco não deve ser associado a betabloqueadores devido ao sinergismo em efeitos negativos de inotropismo, cronotropismo e dromotropismo.
 
 B - Diltiazem: muito usado em cães e gatos em associação com digoxina (não tem interação) - não associar a outros alfa bloqueadores (gera vasodilatação muito intensa).
 3.5 - Outros antiarrítmicos: glicosídeos digitálicos, atropina e terbutalina - são antiarrítmicos importantes que não se encaixam na classificação de Vaughan-Williams.
 A - Glicosídeo: possuem efeito sobre os canais de Ca++, aumentando o inotropismo e reduzindo o cronotropismo (frequência cardíaca) - ambos efeitos ideais para fibrilação atrial.
 B - Atropina: utilizado no combate a bradicardias, por abolir a influência do SNA parassimpático sobre os nós sinusal e atrioventricular. 
 C - Terbutalina: amina simpatomimética cardioestimuladora (β1) e vasodilatadora (via β2).
 Cuidados na escolha do fármaco na Arritmia:
 . Identificação da anormalidade da frequência por sinais sugestivos.
 Sintomas: fraqueza, intolerância ao exercício, desmaios e dispneia.
 Diagnostico: auscultação meticulosa e ECG (origem e o foco pelo ECG).
 . Medicação é escolhida pela origem.
 . Utilizar e adequar a posologia (esta varia de paciente para paciente e deve ainda ser atualizada constantemente).
 . Avaliar o paciente através do desaparecimento dos sintomas e monitoração por ECG.
 . Ter conhecimento da existência de medicações que causam arritmias.
 . Ter conhecimento de efeitos adversos e interações medicamentosas (digoxina em especial)
AULA 3 - FARMACOLOGIA CLINICA - MEDICAMENTOS DIURÉTICOS:
1 - Introdução: utilizados para a modulação da excreção em um sistema - são substâncias capazes de promover aumento da diurese com o fim de controle do balanço hidráulico no sistema.
 Funções renais:
 I. Regulação do volume dos líquidos corporais/PA - especialmente pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona (renina é produzida pelo rim).
 II. Regulação do pH (via eliminação de bicarbonato ou hidrogênio)
 III. Eliminação de líquidos em caso de edemas decorrentes de alterações patológicas.
 IV. Produção de eritropoetina - em hipóxia renal com o intuito de estimular a medula para a produção de eritrócitos.
 V. Ativação da vitamina D (D3 ou 25 hidroxicolecalciferol produzida no fígado não tem função até passar pelo rim).
 Estrutura dos rins (histologia): formado pelas unidades menores - glomérulos
 1 - Cápsula de Bowman
 2 - Túbulo contorcido proximal
 3 - Alça de Henle: 
 . Segmento descendente
 . Segmento ascendente delgado
 . Segmento ascendente espesso
 4 - Túbulo contorcido distal
 5 - Ducto coletor
 . Porcão cortical
 . Porcão medular
2 - Formação da urina (excreção): devido aos fenômenos de filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular 
(ocorre com moléculas muito grandes – etapa depende de carreadores específicos).
 2.1 - Filtração: processo ocorre com parte dos 25% do debito cardíaco direcionados aos rins - a filtração no glomérulo é favorecida pela pressão hidrostática (60mmhg - maior em relação aos 18mm da capsula de bowman) e desfavorecida pela pressão coloidosmotica (32mm no vaso eferente), sendo que o produto dessa filtração é direcionada para o túbulo proximal.
 2.2 - Reabsorção tubular:
 2.2.1 - No Túbulo proximal: é permeável a íons e água.
 (1) Cerca de 60 a 70% do sódio é reabsorvido - o que pode se dar por 4 formas
 A - Entrada passiva pela membrana.
 B - Pela bomba na/K ATPase.
 C - Por cotransporte (glicose, aminoácidos, cloreto, fosfato, HCO3).
 D - Contra-transporte com H+.
 (2) Cerca de 70% do potássio filtrado é reabsorvido.
 PS: reabsorção no seguimento e isosmótica (no túbulo ou no sangue a osmolaridade e a mesma).
 2.2.2 - Na Alça de henle:
 (1) Transporte ativo de sódio: 20 a 25% do Na + é reabsorvido - via co-transporte com potássio e cloreto.
 (2) Potássio: cerca de 20% é reabsorvido via co-transporte (Na+ K + 2Cl).
 PS1: local é o foco de atuação dos diuréticos mais potentes (diuréticos de alça) - apesar do sódio ser o foco do controle da diurese e o túbulo proximal ser o local com a maior reabsorção deste (de 60 a 70%) ele não é tão viável para atuação de fármacos pelo fato de possuir grande variedade de vias de transporte (4 vias - ver item 2.2.1 acima).
 PS2: as células tubulares do ramo ascendente são impermeáveis à água, atuando como um segmento diluidor - líquido tubular se torna diluído (com osmolaridade menor que a do plasma), já que os íons de sódio passam porem a água fica.
 2.2.3 - No Túbulo distal (porção inicial):
 (1) Reabsorção de Sódio: cerca de 5% do Na+ é reabsorvido - via co-transporte (Na+/Cl)
 PS: o transporte do Na pode ser inibido pelos diuréticos tiazídicos - por exemplo clorotiazida.
 PS: o líquido tubular que chega nesse segmento já diluído, é adicionalmente diluído - células tubulares também são impermeáveis à água.
 2.2.4 - Túbulo distal (porção final) e ducto coletor:
 (1) Ajuste fino do sódio: cerca de 3% do Na+ pode ser reabsorvido.
 PS1: medicamentos diuréticos poupadores de K+ (amilorida) atuam nesta etapa. 
 PS2: reabsorção pode ocorrer por 2 motivos: (1) no caso de baixa ingestão // (2) para possibilitar a secreção de K +, que é variável - mais comum dos dois.
 PS1: região é impermeável à água (a não ser que ocorra a liberação de ADH) - porem com a liberação de ADH o hormônio se liga a receptores B2, favorecendo a expressão de aquaporinas.
 PS2: este segmento sofre influência de hormônios importantes para o controle do balanço hídrico (aldosterona e ADH) - modulam o movimento de água e íons.
 Os diuréticos podem atuar nesta formação por 3 vias:
 1. Interferindo na filtração glomerular (aumentando a PA. por exemplo).
 2. Interferindo na reabsorção (foco dos diuréticos - eliminação do sódio em especial).
 3. Diminuindo a secreção de ADH liberado pela hipófise).
3 - Diuréticos: divididos nas classes
 3.1 - Mercuriais: primeiros a serem utilizados, porem são tóxicos e não são mais utilizados com este proposito atualmente.
 3.2 - Inibidores da anidrase carbônica: apesar de serem diuréticos hoje em dia são mais comumente utilizados para o tratamento de glaucoma (para a redução de formação de humor aquoso) - como desvantagens do efeito diurético (1) atuam apenas em 2 dos transportes de NA no túbulo proximal, por isso não sendo considerado tão efetivo e (2) levam a uma maior eliminação de potássio.
 Mecanismo:
 1ª - A anidrase e uma enzima presente em vários tecidos (nas células dos túbulos proximais inclusive) com papel de transformação de CO2 e H2O em ácido carbônico (H2CO3, o qual é instável).
 
 2ª - Este ácido carbônico se dissocia facilmente em H+ e CO3.
 3ª - Nas células dos túbulos próximas existem carreadores contra-transporte com H+, que utilizam o hidrogênio para a reabsorção de sódio - ou seja, inibindo a anidrase carbônica se tem como consequência uma menor reabsorção de sódio e água nos túbulos proximais e logo maior diurese.
 4ª - Nas células dos túbulos próximas o CO3 é reabsorvidoe o H+ enviado para o lúmen do túbulo sofre a ação da anidrase carbônica no meio exterior e volta a ser absorvida como CO2 e H2O.
 A - Sulfanilamida: primeira a ser utilizada, porem possui efeito colateral de acidose metabólica.
 B - Acetazolamina, Etoxzolamida, Diclorfenamida e Metozolamina: não possuem o efeito colateral da acidose. 
 3.3 - Diuréticos de Alça: são os mais potentes - atuam inibindo o simporte Na+/K+/2Cl- presente na alça de henle em especial.
 PS1: podem provocar ocorrência de alcalose metabólica - levam a perda de H+, K+, Cl- e não de HCO3-.
 PS2: diminuem a eliminação de ácido úrico, o que pode levar a gota.
 A - Furosemida: mais utilizado.
 B - Acido Etacrínico.
 C - Bumetanida.
 
 3.4 - Tiazidicos: atuam inibindo o cotransporte de sódio-cloreto no túbulo contorcido distal (5% do transporte) - atua por se ligar ao sítio de Cl no transportador.
 Efeitos:
 . Reduz a eliminação de Calcio.
 . Provoca a excreção de cloreto ao invés de bicarbonato (não causa acidose).
 . Tem ação sinérgica quando associada com diuréticos da alça.
 3.5 - Poupadores de Potássio: como único medicamento não é um diurético efetivo (atua no ajuste fino), porem possui vantagens quando associado aos de alça por diminuir a eliminação de potássio (importante para o funcionamento cardíaco, muscular, etc).
 A - Espironolactona: inibe aldosterona.
 B - Triatereno: inibidor de canal de Na+.
 C - Amilorida: inibidores de canal de Na+.
 PS1: atuam no túbulo distal e ducto coletor - interferem nos 3% da reabsorção de sódio.
 PS2: a maior reabsorção de sódio induz uma maior eliminação de potássio devido a atividade da bomba Na-K-ATPase - por este motivo estes medicamentos “poupam” o potássio indiretamente por atuarem sobre o sódio.
 
 3.6 - Osmóticos (de ação indireta): são substancias filtráveis porem com reabsorção limitada, as quais possuem capacidade de atrair moléculas de água para si própria - sendo assim quando ingeridas elas promovem a diurese de forma indireta.
 A - Manito: atua no túbulo contorcido proximal e segmento delgado da alça de Henle.
 B - Glicose: atua por toda a extensão do Néfron - a glicose pode ser reabsorvida, porem não é quando os transportadores específicos estão saturados.
 PS: por isso diabéticos tem também a diurese aumentada.
 3.7 - Inibidores da secreção de ADH (sistema endócrino apenas): o aumento da osmolaridade no sangue (muito sódio reabsorvido ou muita água eliminada) ativa osmorreceptores no hipotálamo para a estimulação de produção de ADH pela hipófise anterior - este por sua vez 
estimula a expressão de aquaporinas no túbulo distal e ducto coletor.
 PS: o álcool inibe a liberação de ADH, sendo assim após urinar pela primeira vez toda a quantidade de ADH sistêmica foi eliminada, o que leva a uma maior diurese.
AULA 4 - FARMACOLOGIA CLINICA - MEDICAMENTOS DO SISTEMA DIGESTÓRIO:
1 - Estimulante do apetite: utilizados quando há anorexia parcial ou total (o que muitas vezes é acompanhada por enfermidades).
 1.1 - Amargos ou Tônicos Amargos: foram os primeiros a serem usados - noz-vômica, amargo de genciana, quase.
 1.2 - Substâncias Ácidas (Cítricas): são mais utilizadas atualmente, tendo mecanismo semelhante ao dos amargos - vit complexo B, esteroides anabolizantes, zinco, anti-histamínico H1, benzodiazepínicos.
2 - Demulcentes, protetores de mucosa, emolientes, adsorventes e adstringentes: usados para a proteção da mucosa no geral.
 2.1 - Demulcentes: são substancias de alto peso molecular, tendo efeito nas primeiras porções do trato digestivo (boca-estômago).
 2.2 - Protetores de mucosa: são insolúveis e quimicamente inertes, atuando na porção final do trato digestivo.
 2.3 - Emolientes: substancias oleosas ou gordurosas utilizadas na pele ou na mucosa.
 2.4 - Adsorventes: substancias que atraem outras por meio de forças eletrostáticas, fixando-as sobre sua superfície - carvão ativado por exemplo (utilizado para menor absorção de substancias lipídicas principalmente).
 2.5 - Adstringentes: são capazes de precipitar a camada superficial proteica da célula formando uma superfície protetora - usado na pele e não aconselhável em mucosa, principalmente a intestinal.
3 - Carminativos, antifiséticos, antiflatulentos e antiespumantes: são medicamentos que facilitam a eliminação de gases ou dificultam a formação de espuma nos líquidos digestivos (timpanismo espumoso nos bovinos por exemplo).
4 - Antizimóticos ou antifermentativos: previnem ou diminuem a fermentação excessiva da celulose no rúmen (timpanismo bovino) ou cólon (cólica timpânica do equino) - Terebintina e Formalina por exemplo.
5 - Pro-cinéticos: tem ação direta no funcionamento do trato G.I - possuem capacidade de estimular, coordenar e restaurar a motilidade gástrica, pilórica e do intestino delgado - os medicamentos tem tendência a atuar de 3 formas (podendo atuar com os 3 ou 2 mecanismos simultaneamente).
 I - Por efeitos colinérgicos muscarínicos (receptores muscarínicos): fármacos que aumentam a motilidade via interação com receptores muscarínicos 
 PS: este tipo de medicamento não atinge somente o T.G.I - pode ter outros efeitos diversos.
 Exemplos: Colina, Betanecol (M), Carbacol (M e N) e Neostigmina.
 II - Por efeito antidopaminérgicos: fármacos que antagonizam a resposta dopaminergica via D2, gerando aumento da motilidade.
 III - Serotoninérgicos: estimulo de receptores da seratonina.
 A - Metoclopramina: é o pro-cinético mais efetivo (atua pelas 3 vias - porém com o efeito antagonista D2 sendo a principal) - tem como efeito o aumento da motilidade (até os níveis de normalidade apenas*).
 B - Domperidona: tem ação antagonista dopaminérgica, sem ação colinérgica.
 C - Cisaprida: retirada do mercado por causar arritmias fatais nos humanos.
6 - Antiácidos: atuam aumentando o PH na luz estomacal, sendo comuns no tratamento de acidose ruminal - os antiácidos tem ação direta de neutralização do ácido no estomago (ao contrário do item 7 - impede a formação do ácido).
 Síntese normal de ácido clorídrico:
 1ª - Ácido carbônico é sintetizado pela anidrase carbônica.
 PS: anidrase carbônica não é exclusiva a funções renais
 2ª - Ácido carbônico é convertido em H+ e bicarbonato na célula.
 3ª - Carreadores antiporte (bicarbonato e cloreto), simporte (cloreto e potássio), antiporte (potássio e H+) transportam o ácido clorídrico para a luz do órgão na forma desassociada (H+Cl-).
 6.1 - Antiácidos de ação sistêmica: bicarbonato de sódio1 (também gera interferência renal).
 6.2 - Antiácidos ação não sistêmica: sais de magnésio², cálcio² e alumínio³.
 PS: exponencial indica o potencial de neutralização de HCl.
7 - Bloqueadores da secreção de HCl: fármacos que impedem a liberação de H+ pelas células parietais.
 Via fisiológica de estimulo para H+:
 1.A - Gastrina (via células G) estimula células enterocromafins a liberar histamina.
 1.B - Gastrina também estimula as células parietais a liberação de H+ - via aumento de cálcio intracelular.
 2.A - Acetilcolina (via receptores muscarínicos M1 principalmente) também estimula células enterocromafins a liberar histamina.
 2.B - Acetilcolina (via receptores muscarínicos M1 principalmente) também estimula as células parietais a liberação de H+ - via aumento de cálcio intracelular.
 2.C - Histamina (via eventos de 1A ou 2A) atua por estimular as células parietais a liberação de H+ - aumenta o AMPc, e logo do cálcio.
 3 - A liberação do HCl na luz estomacal de fato se dá pela ação da bomba H-K-ATPase.
 PS: as prostaglandinas (principalmente do tipo PGE) tem ação citoprotetora por inibir a síntese de e liberação de H+ (etapas 1A, 2A e 2C).
 Sendo assim os medicamentos podem atuar de várias formas, dependendo da etapa em que interfere:7.1 - Anatomistas da histamina (anti H2): cimetidina, ranitidina, famotidina e nizatidina - interferem na etapa 2C do estimulo a liberação a H+.
 PS: cimetidina por longos períodos pode gerar ginecomastia em homens.
 7.2 - Interferindo diretamente na bomba H-K (etapa 3): omeprazol por exemplo - gera bloqueio reversível da bomba.
 7.3 - Antagonizando receptores muscarínicos: pirepenzina e telenzepina - atuam por interferir nas etapas 2A e 2B: (1) reduzem de 40 a 50% a secreção gástrica basal de HCl e (2) retardam o esvaziamento gástrico, o que permite interação mais longa entre o ácido e o antiácido (quando associados). 
 7.4 - Favorecendo a ação das prostaglandinas: misoprostol - considerando que as prostaglandinas em efeito citoprotetor.
 PS: as IGEs podem gerar efeitos colaterais em animais prenhas (contrações uterinas).
 7.5 - Protetores de mucosa: sucralfato - tem predileção por deposição em locais lesionados da mucosa - também estimula a produção de prostaglandinas e inibe a ação da pepsina.
 PS: estes medicamentos tem efeito de redução parcial, mas nunca total da secreção ou efeito do H+ e HCl.
8 - Eméticos: utilizado para a produção de êmese (vomito) em casos de intoxicações - a êmese pode ser produzida por: (1) estímulo local da mucosa gástrica, (2) estímulos sensíveis - dor, olfato e visão, (3) por distúrbio no aparelho vestibular na cinetose e (4) por infecções virais e toxemia - todas levando ao estimulo ao centro do vomito via receptores colinérgicos.
 PS1: em equino, ruminantes, roedores, cobaias e coelhos a êmese nunca ocorre - não possuem capacidade anatômica, porem tem o centro do vomito.
 PS2: medicamentos eméticos podem ser de ação local ou central.
 8.1 - Irritantes: tem ação localizada (na narina e estomago principalmente).
 A - Sulfato de cobre e sulfato de zinco.
 B - Ipeca: contem emetina e cefalina - em doses menores é expectorante.
 C - Água oxigenada (3%): gera distensão estomacal.
 8.2 - De ação central: acionam diretamente o centro do vomito.
 A - Apomorfina: um ópio sem efeito analgésico agonista de receptores dopaminérgicos, o qual atua na ZGQ - cães são mais susceptíveis que gatos devido a maior quantidade de receptores na ZGQ.
 B - Xilazina (SC ou IM): pode causar vômito por interagir com receptores α na ZGQ e no centro do vômito - presentes em maior número em gatos que em cães.
 PS1: função varia de pré-anestésico ou efeito emético de acordo com a dose.
 PS2: por atuar em receptores alfa ela tem substancia antagonista (qual msm?). 
9 - Antieméticos: deve ser avaliado a necessidade real de seu uso, já que o vomito é um mecanismo de defesa normal - pode ser utilizado em casos de desidratação, exaustão, hiponatremia, hipocloremia e alcalose (pela eliminação de ácido gástrico).
 9.1- De ação local: atuam diminuindo o estimulo irritante.
 9.2 - De ação central: atuam bloqueando receptores específicos
 A - Agentes anticolinérgicos: reduzem a secreção e a motilidade intestinal - escopolamina por exemplo.
 B - Piridoxina (vit B6): estimula a produção de GABA, que agiria inibindo o centro do vômito.
 C - Alguns anti-histamínicos H1 - Dimenidrinato e Difenidramina: diminuem impulsos provenientes do aparelho vestibular e bloqueiam receptores H1 da ZGQ - também possuem efeito sedativo.
 D - Bloqueadores de receptores dopaminérgicos - Metoclopramida, Bromoprida, Domperidona: sem efeito sedativo.
 E - Antagonista de receptores da serotonina - Ondasetrona: muito utilizado no tratamento de náuseas induzidas por antineoplásicos.
10 - Antidiarreicos ou constipantes: a diarreia também e um mecanismo de defesa, porem também é recomendado que se tome medidas de controle quando ela passa a ter efeitos deletérios, assim como tratar a causa inicial da diarreia.
 10.1 - Depressores de motilidade: 
 A - Anticolinérgicos - Atropina, Escopolamina, Homatropina, Metantelina: diminuem a motilidade e as secreções do trato digestivo.
 B - Opióides - Elixir paregórico, Difenoxilato, Loperamida: causam o aumento do tônus da musculatura circular do intestino e do esfíncter e 
redução da secreção.
 10.2 - Adsorventes e/ou protetores de mucosa: tem ação quando como medida de prevenção - pectina, caulim, sais de bismuto e carvão ativado como exemplos.
11 - Catarticos: favorecem a eliminação das fezes - há 4 grupos de medicamentos catárticos (de acordo com o método de ação):
 Tipo de efeito:
 Purgantes: leva a uma eliminação de consistência diarreica (liquida).
 Laxantes: leva a uma eliminação de consistência normal.
 A - Emolientes ou lubrificantes - Óleo mineral, Óleo vegetal e Docusatos: tem efeito laxante. 
 PS: o uso de óleos tem a desvantagem de diminuir a absorção de nutrientes - vitaminas lipossolúveis em especial (A, D, E e K).
 B - Formadores de massa e/ou colóides hidrófilos: são indigeríveis com efeito laxante - amolecem e aumentam o volume das fezes, levando a também a uma maior motilidade por distensão das fibras musculares do intestino.
 C - Osmóticos ou salinos - Glicerina, Sorbitol, Sais de magnésio, Sais de sódio e Lactose: são lentamente absorvidos, atraindo água para o lúmen intestinal e consequentemente aumentando a distensão das fibras intestinais e peristaltismo - podem ter efeito laxante ou purgante.
 D - Estimulantes ou irritantes - Óleo de rícino (P), Derivados do Difenilmetano, Antraquinônicos (L ou P): levam a produção de muco e aumento da motilidade - 
AULA 5 - FARMACOLOGIA CLINICA - MEDICAMENTOS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO:
1 - Introdução: doenças respiratórias tem alta incidência na medicina veterinária - as causas mais comuns (etiologias) podem ser de origem infecciosa, parasitária, alérgica ou multifatorial.
 PS1: etiologia é importante para se direcionar o tratamento.
 PS2: todos os medicamentos tem efeito paliativo (apenas controla a doença, não cura).
 Controle da respiração: se dá pelo bulbo - brônquios tem inervação principalmente pelo parassimpático (muscarínicos M1, M2 e M3 - sendo o 3 o foco da medicação, presentes na musculatura lisa e glândulas brônquicas).
2 - Expectorantes: tem a finalidade de expulsão de muco no sistema respiratório - fármacos são divididos em 3 grupos
 Ação dupla: atuam tanto diminuindo a viscosidade quanto (na maioria dos casos) quanto aumentando a quantidade do catarro - sendo que o segundo facilita a expulsão de muco em excesso.
 PS1: em certa quantidade o muco tem função fisiológica de defesa natural.
 PS2: o muco tem sua produção por células caliciformes, sendo distribuído posteriormente através da movimentação dos cílios - o conduz até a glote onde é deglutido (sendo ainda que a maior parte é reabsorvida pela mucosa neste percurso - somente 10% é deglutido).
 PS3: o muco em excesso passa a ser chamado de catarro ou esputo, possuindo ainda maior viscosidade também - este passa a ser não produtivo, podendo até mesmo levar a asfixias.
 PS4: a tosse é um mecanismo de defesa para a expulsão do muco.
 2.1 - Reflexos: estimulam terminações nervosas vagais na faringe (mucosa), esôfago e mucosa gástrica, levando ao aumento da produção de muco - são os mais utilizados.
 A - Iodeto de potássio: aumenta as secreções em até 150%.
 PS1: pode causar irritação gástrica gerando náuseas e vômitos.
 PS2: não deve se utilizar por mais de três semanas devido ao risco de gerar hipotireoidismo via desequilíbrio do iodo.
 PS3: não utilizar na prenhez e/ou lactação - pode causar disfunção da tireoide fetal.
 B - Guaifenesina (Xarope Vick): ação similar ao iodeto - porem também é um potente relaxante muscular.
 PS1: leva a diminuição da adesividade plaquetária - contraindicado em pacientes com distúrbios de coagulação e com úlceras no TGI.
 PS2: não indicado sua utilizaçãoem gatos (via da biotransformação é ineficiente).
 C - Ipeca: sua ação expectorante ocorre quando em doses baixas.
 PS1: pode ter atividade emética (devido a emetina).
 PS2: não utilizar em animais cardiopatas e/ou idosos - emetina pode levar a hipotensão, taquicardia e alterações eletrocardiográficas.
 2.2 - Mucolíticos: novo na veterinária - atua pela diminuição da viscosidade das secreções pulmonares facilitando a eliminação (geram menor aumento da secreção mucosa).
 A - Bromexina: além da ação antiexpectorante também leva ao aumento de imunoglobulinas no muco e broncodilatação - existem poucos dados sobre efeitos benéficos e maléficos nos animais, porem nos humanos pode causar náuseas.
 PS: a dembrexina (metabólito ativo da bromexina) em cavalos aumenta a produção de surfactantes.
 B - N-acetilcisteína: mesmo mecanismo, porém não é recomendado para animais hepatopatas por gerar metabólitos com enxofre (tem metabolização dificultada no fígado).
 PS: pode levar a inativação das penicilinas, tetraciclinas e peróxido de hidrogênio.
 2.3 - Inalantes: necessita de equipamento que pode causar desconforto:
 A - Benzoína.
 B - Óleo de eucalipto.
 C - Solução Fisiológica: fluidificam o catarro e diminuem a viscosidade.
 D - Dióxido de carbono 5%: remoção de secreções na parte inferior do trato. 
3 - Antitussígenos: 
 Tosse: a tosse é um mecanismo de defesa natural pela ativação de receptores sensoriais (mudança conformacional de receptores irritantes), sendo ainda que a bronquioconstricção é o principal ativador destes receptores - a tosse pode ser classificada em:
 Tosse produtiva: com muco em excesso, nunca deve ser suprimida.
 Tosse crônica: contínua e não produtiva - medicamentos podem levar ao controle deste tipo de tosse, porem nunca gera parada total.
 Origem da Tosse: quanto a origem a tosse pode ser dividida em: (1) relacionadas ao SNC: de estimulo central // (2) Tosses por estímulos locais - escolha do medicamento deve levar em conta a origem da tosse.
 PS: associação de expectorante com antitussígeno pode levar a asfixia (principalmente nos de ação central).
 3.1 - Narcóticos: são analgésicos, porem possuem também a ação antitussígena - codeína, hidrocodona e butorfanol são os mais utilizados.
 PS1: podem levar a dependência, gerar vomito, constipação e estimulo excitatório (ultimo dependendo da espécie).
 PS2: dose para efeito antitussígeno é bem menor do que a do efeito analgésico.
 3.2 - Não narcóticos:
 A - Dextrometorfano (sintético): principal utilizado na medicina humana, tendo efeito similar ao da codeína, porém com menor efeitos colaterais quanto a depressão respiratória, analgesia, tontura, narcose e irritação do TGI - não causa dependência.
 PS: utilizado mais em cães a gatos, apesar de existirem poucos estudos quanto ao seu efeito.
4 - Broncodilatadores: sendo que a bronquioconstricção se dá pelo efeito do parassimpático - são divididos em três classes:
 A - Agonistas β adrenérgicos - Salbutamol e Clembuterol: são os dois preferenciais por atuares atuarem em B2 - agem como antagonistas fisiológicos de diversos broncoconstritores endógenos como histamina e serotonina.
 PS: o clembuterol em uso prolongado pode ter efeitos adversos em equinos e morte súbita em ratos, sendo ainda proibido em vários países para animais de produção por gerar alimentos com resíduos - porem de forma geral possui poucos efeitos tóxicos: tremores e alteração na pressão arterial (queda) pelo efeito relaxante na musculatura lisa.
 B - Metilxantinas - Teofilina: pode ser encontrada associada ao etilenodiamina (aminofilina) - ela possui baixo índice terapêutico e em equinos é menos eficiente que os β agonistas // apresenta pouco efeito broncodilatador em bovinos.
 Mecanismo de ação: atuam inibindo a fosfodiesterase (que degrada o AMPc em 5'-AMP), levando ao acúmulo de AMPc - o AMPc estimula uma proteinoquinases a fosforilação da cadeia leve da miosina, responsáveis por contrair a musculatura lisa (tem como efeito o comprometimento da contração e logo da broncoconstrição).
 C - Anticolinérgicos - Atropina, Glicopirrolato e Ipratrópio: efetivos já que a broncoconstrição se dá pelo parassimpático e receptores M3. 
 PS1: na atropina o uso sistêmico é limitado - utiliza-se por aerossol, que tem foco de ação no pulmão, assim diminuindo efeitos colaterais).
 PS2: o glicopirrolato não gera efeitos no SNC.
 PS3: o ipratrópio é muito utilizado na asma em humanos e em equinos por inalação.
5 - Descongestionantes: alivia o edemaciamento das mucosas do trato respiratório.
 5.1 - Anti-histamínicos: uteis já que a histamina leva a broncoconstrição, tendo efeito de redução de edemas por processos alérgicos - difenidramina, dimenidrinato, clorfeniramida, hidroxizina.
 PS: possuem também efeito anticolinérgico (diminuindo as secreções) e anestésico local (diminuindo a sensibilidade das terminações nervosas).
 5.2 - Agonistas α1 adrenérgicos: atuam por serem vasoconstritores, causando a diminuição da mucosa intumescida do trato nasal - nafazolina, fenilpropanolamina, sinefrina, neo-sinefrina e efedrina.
 PS: a via tópica (spray nasal) é a preferencial por não causar efeitos adversos sistêmicos 
6 - Outros medicamentos: 
 A - Cromoglicato dissódico: utilizado na profilaxia e controle de asma em humanos devido ao seu mecanismo - interage com o transporte de cálcio das membranas dos mastócitos, estabilizando as membranas e evitando a degranulação e liberação de mediadores químicos. 
 PS1: também usada em equinos com doença crônica obstrutiva.
 PS2: não é um broncodilatador nem um anti-histamínico.
 B - Anti-inflamatórios: utilizados para reduzir edema na mucosa dos brônquios e bronquíolos, podendo também aliviar a tosse por inibir a síntese de mediadores da inflamação como as PG e leucotrienos que produzem broncoconstrição.
 C - Antagonista de receptor de cisteinil-leucotrienos (LTC4, LTD4 e LTE4) - Montelucaste e Zafirlucaste: sendo que estes são os receptores envolvidos nos processos inflamatórios no sistema respiratório - usado para tratamento da asma em humanos e felinos.
 PS: a inibição da lipoxigenases também pode ser uma alternativa com o mecanismo de funcionamento similar (inibe a produção de todos os leucotrienos).
AULA 6 - FARMACOLOGIA CLINICA - ANTICONVULSIVANTES:
1 - Introdução:
 Convulsão: alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível - produz manifestações motoras, sensitivas, sensoriais e psíquicas.
 PS1: a recorrência dessas crises convulsivas é denominada epilepsia.
 PS2: dependendo do local da descarga primária e da extensão de sua disseminação se tem a determinação dos sintomas, que variam desde uma breve redução de atenção até uma crise convulsiva completa (parciais ou generalizadas).
 PS3: geralmente está associada a uma outra patologia primaria.
 PS4: dependendo da quantidade de eventos por ano não deve ser utilizada a medicação (somente em mais de 3 crises por ano).
 PS5: a epilepsia idiopática (causa desconhecida) é diagnosticada em cerca de 25-30% dos cães, sendo incomum em gatos.
 Possíveis causas de convulsões: distúrbios metabólicos (alterações hormonais por exemplo), toxinas, morfogênese defeituosa congênita, doenças degenerativas, neoplasias, doenças inflamatórias, traumas, deficiência de tiamina, dentre outras.
 Mecanismo fisiológico da convulsão: se dá por uma alteração da função da membrana neuronal, conduzindo a uma despolarização excessiva (maior excitabilidade) - é decorrente de 3 situações em especial:
 (I) Diminuição de neurotransmissores inibitórios (GABA): motivo pelo qual a grande maioria dos anticonvulsivantes atua estimulando a ação do GABA.
 (II) Aumento dos neurotransmissores excitatórios (glutamato).
 (III) Alteraçãoda concentração extracelular de potássio (atua na repolarização) e cálcio (auxilia na despolarização).
 PS1: hiperpolarização ocorre quando todos os canais de potássio estão abertos (leva a menor negatividade intracelular) e pode ser um mecanismo de atuação para anticonvulsivantes.
 PS2: os canais de sódio são o foco de anticonvulsivantes por participar ativamente da despolarização (também tendo bloqueio uso dependente - se liga aos receptores inativos).
 Neurotransmissores do SNC:
 (A) Glutamato: é um aminoácido neurotransmissor excitatório.
 Vias metabólicas: pode ser obtido de 2 formas:
 (1) Derivado da glicose pelo ciclo de Krebs nas mitocôndrias
 (2) a partir da glutamina, via glutamina sintetase presente nas células da glia.
 Mecanismo: receptor dos neurotransmissores glutamato são acoplados a canais iônicos de cátions (NMDA) e sua ligacao leva a abertura e passagem de Na+ e Ca2+.
 PS: no mesmo canal estão presentes sítios de modulação onde podem se ligar outras substancias (glicina ou polliaminas) sendo necessário a ligacao simultânea nos dois sítios para a abertura do canal.
 (B) GABA: tem efeito inibitório sobre o SNC.
 Vias metabólicas: é sintetizado a partir do glutamato, pela ação da enzima DAG (descarboxilase do ácido glutâmico).
 Mecanismo: receptor dos neurotransmissores GABA são acoplados a canais iônicos de cloreto (GABA A), a ligacao leva a abertura e passagem de cloreto no interior dos neurônios - isto aumenta a negatividade (hiperpolarização) o que tem como efeito uma menor taxa de despolarização).
 PS: no mesmo canal estão presentes sítios de modulação onde podem se ligar outras substancias (benzodiazepínicos, neuroesteroides) sendo necessário a ligacao simultânea nos dois sítios para a abertura do canal.
 
 (C) Glicina: também participa no SNC com ação inibitória (menor intensidade)
2 - Representantes dos anticonvulsivantes: geralmente tem efeito colateral de sedação; todos tem ação lesiva ao fígado (em graus variáveis);
 A - Fenobarbital: o mais utilizado (primeira escolha).
 Mecanismo:
 I - Aumenta a capacidade do GABA de induzir aumento da condutância ao íon cloreto no SNC;
 II - Reduz a condutância dos íons Na+, Ca2+ e K+ através da membrana plasmática;
 III - Perifericamente diminui a ligação e seletividade da acetilcolina na membrana pós-sináptica, levando ao relaxamento muscular.
 B - Primidona: é biotransformados no fígado em dois metabólitos ativos - fenobarbital (o mais potente) e feniletilmalonamida (FEMA - que tem o mecanismo similar ao fenobarbital) - muito utilizada em cães porem não recomendada para gatos (muito toxica na espécie).
 C - Difenil-hidantoína: possui efeito estabilizador de membranas excitáveis, incluindo neurônios e células musculares cardíacas - diminui o influxo de sódio durante o potencial de ação e limita a expansão da atividade das convulsões (caso ocorra, a convulsão não será intensa).
 . Usada em cães (raro) porém não é recomendada para gato devido a metabolização deficiente;
 . Pode levar a redução do batimento cardíaco;
 . É útil em animais de performance por não gerar sedação.
 D - Benzodiazepínicos - diazepam, clonazepam e clorazepato dipotássio: são os 3 mais utilizadas em animais, sendo os medicamento de eleição em casos emergenciais (geralmente usado por via retal nestes casos) - atuam potencializando os efeitos inibitórios da GABA, limitando a expansão da atividade convulsiva e elevando o limiar para a convulsão // bloqueiam a excitação e deprimem centralmente os reflexos espinhais.
 E - Carbamazepina e Fentoína: possuem ação semelhante nos canais de sódio - atuam através da ação bloqueadora sobre os canais de sódio voltagem dependente, que transportam a corrente para o interior da célula (necessária para a geração do potencial de ação).
 PS: a ação bloqueadora exibe a propriedade de dependência do uso - ou seja, atua nos canais na conformação inativa.
 F - Oxcarbazepina: mesmo modo de ação da carbamazepina.
 G - Ácido valproico: atua pelo acúmulo de GABA, ao estimular a atividade da glutamato descarboxilase (responsável pela sua biossíntese) e inibir a GABA-transaminase (responsável pela sua degradação) // também atua através de sua interação com os canais de sódio.
 PS: não é recomendado para gatos.
 H - Brometo de potássio: atua mimetizando a ação dos cloretos nos neurônios, alterando a excitabilidade celular e promovendo uma hiperpolarização dos neurônios - pode ser utilizado em gatos e é indicado para substituição na insuficiência hepatica.
 PS: utilizar luvas na aplicação devido ao caráter ácido.
 I - Flunarizina: atuam bloqueando os canais de cálcio, reduzindo o fluxo deste íon para dentro dos neurônios (sendo que este esta associados a um aumento da excitabilidade do neurônio).
 J - Vigabatrina: atua por ser estruturalmente semelhante ao GABA - bloqueia irreversivelmente a GABA- transaminase; ação persiste por muito tempo, mesmo após metabolização, aumentado, portando a concentração de GABA no cérebro.
 K - Lamotrigina: age em canais de sódio sensíveis a diferença de potencial, estabilizando as membranas neuronais e inibindo a liberação de neurotransmissores (principalmente o glutamato, que é considerado um do principal responsável pela geração das crises epiléticas).
 L - Gabapentina: possui espectro de ação similar a carbamazepina e a fentoína - é um aminoácido sintético semelhante ao GABA, porém exerce pouco ou nenhum efeito sobre os receptores do GABA - agem bloqueando os canais de cálcio, reduzindo o fluxo deste íon para dentro dos neurônios.
 PS: ultrapassa rapidamente a barreira hematoencefálica, o que não ocorre com o próprio GABA. 
 M - Felbamato: um novo anticonvulsivante usado em pacientes epiléticos humanos, sendo que seu uso em cães está em estudo - age como antagonista direto nos receptores do neurotransmissor excitatório (glutamato) presentes nos canais NMDA. 
 PS: é uma opção no controle de crises convulsivas em pacientes refratários a outros medicamentos, porem não e comercializado no Brasil.
 N - Tiagabina: um dos agentes antiepiléticos mais novos, atuando por inibição da recaptação neuronal da GABA (inibe o transportador GAT1) - assim, aumenta a sua concentração na fenda sináptica.
 O - Outros (novos): não são comercializados no brasil.
 O.1 - Progabide: mimetiza o GABA.
 O.2 - Topiramato: atua nos canais de sódio (no estado inativado) e no receptor em GABA A.
 O.3 - Levetiracetam: interfere na liberação de neurotransmissor glutamato.
 O.4 - Zonisamida: inibe canais de cálcio.
 O.5 - Pregabalina: AA sintético semelhante ao GABA.
 PS: pregabalina e progabide são os únicos agonistas de GABA conhecidos no momento.
 
3 - Cuidados: por ter efeito no SNC - verificar dosagem; efeitos colaterais (em utilização por longos períodos); lesões hepáticas (realizar testes periódicos); verificar a ocorrência de anemias (alguns geram interferência na medula óssea); cuidados com a nutrição (geram polifagia); respeitar os horários da medicação.
4 - Motivos de Fracasso na Terapia: 
 . Doses subclínicas (pode levar até mesmo a uma maior chance de crises convulsivas); 
 . Doenças progressivas ou metabólicas;
 . Uso de várias substâncias químicas (pode levar a alteração da absorção ou competição com proteínas plasmáticas);
 . Estro (pela interferência hormonal);
 . Diarreia e vômito (diminui a absorção do medicamento);
 . Doenças hepáticas;
 . Anfetaminas, tranquilizantes fenotiazínicos, organofosforados e invermectina (podem estimular crises em animais epiléticos);
 . Obesidade e polifagia (levam a redução da concentração do medicamento no plasma).
AULA 7 - FARMACOLOGIA CLINICA - MODIFICADORES E ESTIMULANTES DO SNC (PSICOTRÓPICOS):1 - Modificadores do SNC: promovem alterações no comportamento animal - utilizados em contenção química (em agonistas alfa 2) e como medicação pré-anestésica.
 PS: na medicina veterinária são poucos comuns para o uso na alteração comportamental (não se tem estudos sobre efeitos colaterais) - o seu uso e feito de forma extralabel (extrapolado a partir dos efeitos e doses dos medicamentos na medicina humana).
 1.1 - Tranquilizantes Maiores: são usados para casos de psicose (antipsicóticos - problemas mais acentuados), atuando pelo bloqueio de receptores dopaminérgicos.
 PS1: geram também como resultado a “ataraxia” - deixa de ser responsável a estímulos externos, porem mantem a consciência. 
 PS2: na veterinária são utilizados como (1) pré-anestésicos // (2) potencializadores de analgesia - neuroleptoanalgesia pela associação de analgésico e tranquilizante) // (3) antieméticos.
 Representantes: os 2 mais utilizados na veterinária são os derivados fenotiazídicos e os derivados butirofênicos / /na humana outras opções são os derivados tioxantênicos e os ortopramidas (benzamidas substituídas).
 Possíveis alterações pelos tranquilizantes: catalepsia (não responsabilidade muscular); hipersecreção de prolactina; diminuição de neuro-hormônios hipotalâmicos; efeito antiemético; indiferença a estímulos externos (ataraxia); redução da agressividade; potencialização do efeito hipnótico (pouco antes de perder a consciência); diminuição do limiar convulsivo (cuidado em epiléticos) e depressão do sistema cardiovascular e respiratório pelo bloqueio de receptores alfa (pode gerar hipotensão).
 A - Acepromazina: mais utilizada como pre anestésica, tendo alto índice terapêutico - em machos equinos pode levar ao relaxamento do musculo peniano; IT e alto).
 B - Clorpromazina; Promazina; Levomepromazina; Azaperona; Droperidol.
 1.1 - Tranquilizantes Menores: utilizados com função de ansiolíticos, calmantes, psicosedativos e estabilizadores emocionais. 
 A - Benzodiazepínicos - Diazepam e Clorazepam: potencializam a ação do GABA (gera inibição no SNC) por interferir com os receptores deste NT - utilizados na redução da ansiedade, medo e fobia (não reduz agressividade porem).
 PS1: possui antagonista (flumezenil).
 PS2: retirada da medicação deve ser gradual.
 PS3: pode ser utilizado em emergências (epilepsia).
 B - Buspirona: utilizado para ansiedade - tem por ser agonista de receptores serotoninérgicos.
 PS1: reduz a agressividade, porém sem efeito sedativo.
 PS2: potencializa ligação de benzodiazepínicos (sinergismo).
 
 C - Bloqueadores β adrenérgicos - Propranolol e Pindolol: atuam pelo bloqueio dos efeitos da noradrenalina, reduzindo medo (fobia pelo barulho) e ansiedade.
 1.2 - Miorelaxantes de ação central: diferem dos periféricos por não atuarem via bloqueio de receptores nicotínicos (os centrais atuam na redução do estimulo excitatório de condução no SNC via a inibição dos neurônios) - são utilizados em tratamento de espasmos da musculatura, tétano, intoxicação por estricnina, miosites, entorse, estiramento de ligamento e ansiedade.
 A - Guaifenesina: atua por ser um agonista glicinérgico (assim como o GABA a glicina favorece a inibição no SNC) - como vantagem em relação aos periféricos não gera relaxamento do diafragma (ação central).
 PS: muito utilizada em equinos.
 B - Metocarbamol: usado em dor de origem muscular esquelética e ansiedade.
 C - Benzodiazepínicos: podem ser utilizados pela interação com o receptor GABA.
 D - Baclofeno: atuam como agonista de receptor de GABA B (reduz a liberação de neurotransmissores excitatórios - glutamato).
 PS: pode gerar retenção urinária em cão.
 1.3 - Hipoanalgésicos (analgésicos): já abordados extensivamente anteriormente.
 1.4 - Analgésicos antitérmico: também já abordados.
 1.5 - Antidepressivos: utilizados com o fim de reduzir o sofrimento psíquico dos animais, medo, ansiedade, tédio e distúrbios afetivos - atuam aumentando a disponibilidade sináptica de um ou mais neurotransmissores (noradrenalina e serotonina - resultado dentro de 2 a 4 semanas).
 A - Inibidores da MAO - Selegilina: considerando que a MAO degrada noradrenalina, seratonina, adrenalina - levam ao acúmulo de NE e serotonina na fenda sináptica. 
 Usos: utilizados na síndrome de disfunção cognitiva, hiperatividade, ansiedade, distúrbio do sono e comportamento estereotipado. 
 
 PS: a Selegilina é a mais utilizada - efeito em até 3 meses.
 B - Tricíclicos - Amitriptilina, Clomipramida, Maprotilina e Nortriptilina: grupo mais utilizado na veterinária - bloqueia a recaptação de NE e serotonina, além de ter ação anticolinérgica e sedativa (via interação com H1).
 Usos: utilizado em agressividade, ansiedade, vocalização, comportamento de urinar inapropriado e grooming. 
 C - Inibidores seletivos de recaptação da serotonina - Fluoxetina, Paroxetina, Sertralina e Citalopram: como vantagem se tem a ausência de efeitos anticolinérgicos, porem pode gerar alterações cardiovasculares. 
 Usos: utilizados em desordem obsessiva-compulsiva, ansiedade, medo, fobia, agressão pro dominância e urinação inapropriada.
 D - Atípicos - Trazadona, Mitarzapina e Nefazodona: antagonistas de receptor serotoninérgico // se tem ausência de efeito colinérgico, porem pode atuar como antagonista em alfa 1 // possui atividade anti-histamínica moderada - utilizado em fobias a trovoadas.
 
 1.6 - Agonista α2 adrenoceptores: tem efeito sedativos hipnóticos com propriedades adicionais de analgesia e relaxamento muscular - impedem a liberação de NE por meio da inibição de canais de Ca2+.
 Efeitos: causa sedação, hipnose, relaxamento muscular, ataxia, analgesia, depressão do centro vasomotor, aumento do tônus vagal - 
 Representantes: xilazina, detomidina, medetomidina e romifidina
 A - Xilazina: principal representante - mecanismo se baseia na interação com receptores alfa 2 pré-sinápticos, gerando efeito analgésico (20 minutos) e sedação (de 30 a 60ml).
 PS1: possui antagonista - o antagonista alfa 2 seletivo ioimbina.
 Usos: na contenção, promoção de analgesia, miorrelaxamento e pré-anestésico.
2 - Depressores do SNC: 
 2.1 - Anestésicos gerais: já abordados anteriormente
 2.2 - Anticonvulsivantes: já abordados anteriormente
3 - Estimulantes do SNC: são divididas em corticais, bulbares e medulares
 PS1: geralmente são drogas de abuso.
 PS2: o estímulo excitatório é sempre acompanhado de uma depressão compensatória.
 PS3: podem ser utilizados na reversão da sedação em casos muito específicos - os analépticos na recuperação em situações de emergência por exemplo.
 PS4: índice terapêutico geralmente é baixo.
 3.1 - Corticais: em altas concentrações pode levar a convulsões porem doses terapêuticas estimulam as funções psíquicas - gera maior capacidade de esforço intelectual, atenção, associação de ideias e concentração. 
 Usos: utilizados em insuficiência cardíaca, astenia muscular, fadiga, intoxicação por barbitúricos (mais comum), cólica biliar, asma bronquial e anóxia em recém-nascido.
 A - Anfetaminas: substancia simpatomimética de ação indireta (estimula liberação de N.E) - usada também no tratamento de obesidade.
 B - Metilxantinas: atuam como antagonistas competitivos de receptores de adenosina, inibindo fosfodiesterase ou liberação de neurotransmissores (NE), levando ao aumento de AMPc.
 I - Cafeína: tem efeito estimulante.
 II - Teofilina: ação de diurese e broncodilatação.
 III - Teobromina: presente no chocolate - gera intoxicação em cães.
 3.1 - Bulbares: conhecidos como analépticos, tem efeito de estimulação respiratória - possíveis usos clínicos incluem intoxicação barbitúrica,anóxia do recém-nascido e apnéia de manutenção e mialgias.
 A - Doxapram: estimula quimiorreceptores da carótida e aorta - utilizado na recuperação anestésica e antagonização do efeito depressor do sistema respiratório na xilazina, acepromazina e barbitúricos de curta ação.
 B - Niquetamina: estimula quimiorreceptores da carótida e aorta.
 C - Amifenazol: uso limitado para tratamento de insuficiência ventilatória aguda.
 D - Etamivam: semelhante a niquetamina.
 E - Picrotoxina: reverte intoxicação de barbitúricos, porem é tóxico (sem importância terapêutica)
 PS: em Collies pode ser usado na reversão intoxicação com invermectina.
 F - Pentilenotetrazol: sem importância terapêutica.
 3.3 - Medulares.
 3.4 - Psicotrópicos: tem tropismo pelo sistema nervoso central e podem em alguns casos gerar efeito de estimulação no SNC central, porém não estão nescessariamente dentro da classe - além disto não possuem aplicação medica (drogas de abuso).

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