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Farmacologia Veterinária Apostila - Manual 2

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Prévia do material em texto

Módulo 2 
MANUALMANUAL 
DE FARMACOLOG IADE FARMACOLOG IA
VETER INÁR IAVETER INÁR IA 
JHADE MENDES BRITO
@studyvetjhade
Este material não substitui o livro, pois os
conteúdos aqui estão resumidos, não limite seus
estudos apenas por ele.
Os conteúdos deste manual não são de minha
autoria, ele foi escrito com base em referências de
livros utilizados ao longo do curso de Medicina
Veterinária.
ATENÇÃO: 
O compartilhamento a terceiros deste manual
infringe o artigo 5º, inciso XXVII da Constituição
Federal, portanto, não faça isso. Proibido a venda e
cópia deste arquivo.
Olá ! Primeiro obrigada por adquirir este material, espero
que possa te auxiliar nos estudos, antes de prosseguir, aqui
temos algumas informações:
Bem - vindo !
1
Bons estudos !
 Vias de Administração .......................................................................................................... 3
 Antiarrítmicos ............................................................................................................................. 8
Vasodilatadores ........................................................................................................................ 12
 Digitálicos ................................................................................................................................... 19
 Diuréticos ..................................................................................................................................... 22
 Anestésicos locais .................................................................................................................. 29
 Tranquilizantes ......................................................................................................................... 32
 Anestésicos intravenosos ................................................................................................... 36
 Hipnoanalgésicos .................................................................................................................... 44
 Exercícios ............................................................................................................................ 49
Gabarito ................................................................................................................................. 52
 Bônus ...................................................................................................................................... 53
 Referências .......................................................................................................................... 54
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
SumárioSumário
2
3
Vias deVias de
 administraçãoadministração
Antes da aplicação de medicamentos nos animais, eles devem ser
corretamente imobilizados para que a administração seja
conduzida sem risco, a contenção deve ser bem feita, é preciso
posicionar o animal em decúbito lateral na posição sentado ou
em estação. Em casos de medicamentos aplicados na seringa
com agulhas antes da aplicação esfregue a pele sobre o local
pretendido para injeção com algodão embebido em álcool 70%.
As principais vias de administração são:
ORAL: O medicamento é introduzido na boca
do animal com as mãos/auxílio de uma
seringa sem agulha e gentilmente empurrado
pelo esôfago até o estômago. Em relação
absorção, no caso das cápsulas e pílulas
ingeridas pela boca, a primeira parada do
princípio ativo é no estômago, depois,
chegando ao intestino onde os vasos
sanguíneos absorverão os princípios ativos do
medicamento.
Principais viasPrincipais vias
4
SUBCUTÂNEA: É a injeção do medicamento sob a pele do animal,
a qual deve ser levantada antes da aplicação. Pode ser realizada
com agulha hipodérmica curta (normalmente 25x5 mm ou mais
fina), passando apenas pela derme, o mais próximo da superfície.
As regiões de escolha podem são as áreas dorsolaterais do
pescoço, ombro e flancos. É uma via que raramente induz dor e é
realizada em animais conscientes. A absorção ocorre pelos
capilares sanguíneos e linfáticos presentes nos septos da
hipoderme.
5
INTRAMUSCULAR: É injetada no músculo
esquelético, pode ser na forma de soluções
oleosas ou suspensões. São utilizados as
regiões com os músculos de grande superfície.
Devem ser usadas agulhas de tamanho similar
às empregadas nas injeções subcutâneas e a
profundidade no tecido deve ser de
aproximadamente 5mm. Estruturas ósseas,
nervos e vasos sanguíneos devem ser
evitados. 
INTRAPERITONEAL: São injetados diretamente na circulação
através da veia porta. É mais comum seu uso em animais de
laboratório. 
INTRADÉRMICA: Esta via é mais usada para finalidade
diagnóstica. É aplicada na camada entre a derme e o tecido
subcutâneo, cerca de 2mm abaixo da área externa da pele com
pequenos volumes do medicamento.
INTRAVENOSA: A injeção do
medicamento é feita diretamente na
corrente sangüínea, por meio de vasos
superficiais. As soluções a serem
aplicadas não devem ser irritantes e do
tipo aquoso. A aplicação dessa via requer
habilidade e prática.
6
Confira as angulações necessárias
para aplicação das vias descritas:
90°
Intramuscular 
45°
Subcutânea 
25°
Intravenosa 
10°-15°
 Intradérmica 
7
Antiarrítmicos,Antiarrítmicos,
VasodilatadoresVasodilatadores
e Digitálicose Digitálicos
Arritimia cardíaca é definida como uma
condição caracterizada pela irregularidade dos
batimentos cardíacos, eles podem apresentar-
se mais lentos ou mais rápidos, ou seja, os
impulsos elétricos não estão funcionando de
forma adequada. Desta forma, medicamentos
antiarrítmicos são aqueles capazes de controlar
ou fazer cessar estas arritmias.
Estes medicamentos são divididos em 4 classes: 
AntiarrítmicosAntiarrítmicos
8
CLASSE I: Os medicamentos desta classe são mais utilizados
no tratamento das taquiarritmias ventriculares ou
supraventriculares. Seu mecanismo de ação consiste no
bloqueio dos canais de sódio (NA+) e estabilização da
membrana miocárdica, reduzindo a taxa de despolarização
máxima das fibras cardíacas, sem alteração do potencial de
repouso, associado a um aumento do limiar de excitabilidade
e diminuição do período refratário. Esta classe é subdivida em
classe IA, classe IB e classe IC.
Classe IA: Esta classe deprime a condução nas células
cardíacas normais e lesadas, além de prolongarem a
repolarização.
Quinidina Procainamida
9
Classe IB: Esta classe deprime a velocidade de condução
somente das células cardíacas lesadas e reduzem o potencial
de ação por acelerar a repolarização, além disso, podem
prolongar o período refratário.
Lidocaína Metilxantina
Classe IC: Esta classe diminui a condução com pouco efeito
sobre o período refratário e o potencial de ação. 
Encainamida Lorcainida Flecainida
Os efeitos da quinidina podem ser alterados pela presença de
anticonvulsivantes, hidróxido de magnésio e alumínio. São
relatados como efeitos colaterais distúrbios do sistema
gastrintestinal em cães e não deve ser usada em gatos. 
A metilxantina apresenta efeito semelhante ao da lidocaína e
possui vantagem porque pode ser utilizada por via oral nas
terapias de longa duração, quando há necessidade de
controlar as arritmias ventriculares. Efeitos adversos incluem
ataxia e desorientação, relacionadas à dose utilizada.
10
CLASSE II: Esses medicamentos são utilizados para a terapia
das taquiarritmias supraventriculares e ventriculares, eles
possuem ação antiadrenérgica e atuam na fase 4 do potencial
de ação, diminuindo a velocidade de condução. 
O propanolol não deve ser administrado
em pacientes portadores de asma e
outros distúrbios aéreos superiores, por
atuarem nos receptores β2 do sistema
respiratório e exacerbarem os sinais
clínicos destes quadros. Ele interage com
a digoxina, promovendo exacerbação do
bloqueio atrioventricular.
Propranolol Metoprolol Atenolol
Esmolol Carvedilol Carvedilol
O carvedilol é o betabloqueador
aprovado pela Food and
Drug Administration (FDA)
dos EUA para o tratamento
da insuficiência cardíaca
congestiva em sereshumanos e
bastante utilizado nos cães que
apresentam arritmias
decorrentes do quadro de
cardiomiopatia dilatada
11
CLASSE IV: São chamados de bloqueadores dos canais de
cálcio ou antagonistas de cálcio, eles deprimem a fase 4 do
potencial de ação, prolongando a condução nos nós sinusal e
atrioventricular, sendo efetivos no tratamento das
taquiarritmias supraventriculares.
O verapamil pode produzir adversos como depressão da
contratilidade cardiovascular e a vasodilatação periférica. Ele não deve
ser usados associados aos betabloqueadores devido à somatória dos
efeitos inotrópicos, cronotrópicos e dromotrópicos negativos.
O diltiazem pode provocar efeitos adversos relacionados à
superdosagem, que levanod a vasodilatação e bradicardia, que
podem evoluir para parada cardíaca. Ele não deve ser administrado
associado aos bloqueadores alfa adrenérgicos. 
Verapamil Diltiazem
O verapamil por via oral é indicado em gatos com cardiomiopatia
hipertrófica e em cães e gatos que não respondem à terapia clássica da
fibrilação atrial com digitálicos.
Na insuficiência cardíaca, ocorre redução do débito cardíaco, o
que vai gerar uma sequência de fatores compensatórios, como a
ativação do sistema renina-angiotensina- aldosterona, o aumento
do volume líquido intravascular e do tônus do sistema nervoso
autônomo simpático. Todos estes mecanismos, em conjunto, vão
melhorar a pré e a pós -carga, mas quando instalado um quadro
crônico de insuficiência cardíaca, levam ao acúmulo de líquido,
sem melhora do débito cardíaco, e ao aumento da quantidade de
energia e oxigênio necessários para a contração ventricular.
Estes medicamentos “previnem” o comprometimento progressivo
da função miocárdica, oriunda da vasoconstrição, quando há
insuficiência cardíaca, e visam principalmente controlar os efeitos
deletérios causados pela vasoconstrição decorrente do estímulo
dos receptores alfa adrenérgicos, do aumento da angiotensina II
e do aumento do tônus simpático.
VasodilatadoresVasodilatadores
12
13
Inibidores da enzima conversora de angiotensina 
Atuam por meio do bloqueio da enzima conversora de angiotensina
(ECA) que é responsável pela conversão da angiotensina I em
angiotensina II, esta última responsável pela contração das paredes
musculares das artérias e liberação do hormônio aldosterona pelas
glândulas adrenais e da vasopressina, aumentando assim a pressão
arterial. Ao utilizar estes bloqueadores a enzima não é convertida em
angiotensina II, desta forma, não ocorrendo aumento de pressão
arterial. 
A escolha do paciente a ser submetido à terapia
vasodilatadora deve ser feita de maneira rigorosa. Indica -
se a terapia vasodilatadora quando o objetivo for diminuir
a pré carga, diminuir a pós carga, melhorando o
desempenho cardíaco sem aumentar a contratibilidade.
Enalapril: absorvido por via oral, sendo a
desesterificação hepática, formando o enalaprilato,
sua eliminação é renal.
O benazepril: é bem absorvido por via oral e precisa
ser biotransformado no fígado em benazeprilato para
ser ativo; liga -se em até 95% às proteínas plasmáticas,
sendo eliminado por via renal (50% para cães e 15%
para gatos) e biliar (50% para cães e 85% para gatos). 
14
Captopril - podem ocorrer hipercalcemia e insuficiência renal,
principalmente nos pacientes tratados com a dose de 2 mg/kg, 3
vezes/dia.
O enalapril deve ser utilizado com cautela em insuficiência renal (ajuste
de dose) e em pacientes com hiponatremia, insuficiência vascular
cerebral e depleção de sódio. É contraindicado para gestantes. Pode
ocasionar efeitos gastrintestinais (vômito, diarreia e anorexia)
principalmente em cães além de hipotensão, hipercalemia, fraqueza e
complicações renais.
15
Bloqueadores dos canais de cálcio
Atuam por meio do bloqueio da concentração de íons cálcio nas células
musculares e arteriolares, causando vasodilatação e redução do débito
cardíaco. Podem ser divididos em derivados ou não-derivados da Di-
dropiridina.
Derivados Não - derivados
 O Anlodipino é administrado por via oral; apresenta meia‐ 
vida de 30 h para o cão, e é utilizada como agente
hipotensor, tanto nos casos de cardiomiopatia como na
insuficiência valvar mitral. Após a administração oral ou
intravenosa, cerca de 45% do medicamento é excretado via
renal biotransformado por oxidação, principalmente, e
somente 2% é excretado não biotransformado.
16
Hipotensão e inapetência geralmente são ausentes em gatos com uso
do anlodipino. Deve ser usado com cautela em pacientes com
problema no coração ou choque cardiogênico e em pacientes com
problemas hepáticos ou com risco de desenvolver hipotensão.
O verapamil é contraindicado em pacientes com insuficiência cardíaca
congestiva descompensada ou bloqueio cardíaco avançado. 
Antagonistas adrenérgicos
Atuam por meio da inibição competitiva de receptores pós sinápticos alfa 1
adrenérgicos, induzindo o relaxamento da musculatura lisa vascular e
diminuindo a resistência vascular periférica. 
17
Em pacientes nefropatas, utilizar o uso em doses mais baixas. Evitar o
uso em pacientes com histórico de narcolepsia/cartaplexia.
É pouco utilizada em Medicina Veterinária devido à dificuldade da
acomodação da dose terapêutica e à alta frequência dos efeitos tóxicos.
É biotransformada pelo fígado e excretada em
etapas, ligando -se amplamente às proteínas. 
Vasodilatadores puros
Atuam por do aumento da concentração de prostaciclina no sistema
arteriolar, fato que produz relaxamento da musculatura lisa,
principalmente dos leitos coronariano, renal, cerebral e mesentérico.
Hipotensão, taquicardia, anorexia e vômitos.
18
Outros vasodilatadores
Nitriglicerina
Nitroprutássio de
sódio
Dinitrato de
issorbida
É bem absorvida por via oral, agindo após 1 h da
administração oral, sendo biotransformada por
acetilação hepática; não é excretada por via renal,
mas sim por via hepática, porém a uremia altera sua
biotransformação
Os digitálicos possuem efeito inotrópico positivo através da
inibição da enzima Na + –K + ATPase, com consequente aumento
de Ca ++ intracelular. Esta enzima é responsável pela saída de
íons Na + que são trocados por íons K + na célula cardíaca. A
utilização dos digitálicos, diminuem a atividade da enzima e,
consequentemente, a redução da troca de Na +–K +, isso promove
aumento do Na + intracelular, que, uma vez em excesso, é
trocado por Ca ++ , que leva a um influxo maior de Ca ++ para
dentro da célula, o qual é oferecido em maior concentração às
proteínas contráteis, aumentando, assim, a intensidade de
contração do músculo cardíaco.
Eles são indicados, primordialmente, quando há disfunção
miocárdica sistólica, ou seja, quando o paciente apresenta as
chamadas taquiarritmias supraventriculares (fibrilação atrial), ou
ainda quando ambas ocorrem simultaneamente.
DigitálicosDigitálicos
19
A intoxicação por digitálicos é comum na clínica veterinária. Os sinais de
intoxicação podem ser: de origem nervosa, ocorrendo depressão do
sistema nervoso central - letargia, sintomas gastrintestinais - anorexia,
vômito e diarreia e sintomas cardíacos, levando a arritmias cardíacas.
 
20
Escolher a dose cuidadosamente, levando em
consideração fatores como obesidade, idade,
função renal, distúrbios eletrolíticos e uso
concomitante de outro medicamento. 
Iniciar o tratamento com a menor dose escolhida e
monitorar o paciente com o eletrocardiograma e, se
possível, por meio da avaliação dos níveis séricos do
digitálico.
Orientar o tutor do paciente sobre os sintomas
clínicos de intoxicação, como, por exemplo,
inapetência, anorexia, vômitos ou diarreia.
Para utilização dos digitálicos com sucesso é
importante considerar: 
 
1.
2.
3.
21
DiuréticosDiuréticos
Os diuréticos são frequentemente utilizados na clínica para
diferentes afecções apresentadas pelos animais, sendo na
maioria das vezes a associação destes para o tratamento efetivo.
Os principais usos dos diuréticos incluem:
DiuréticosDiuréticos
22
Insuficiência renal
Edema cerebral
Hemorragia pulmonarSíndrome nefrótica
Insuficiência cardíaca congestiva
Hipertensão arterial sistêmica
Ascite
Glaucoma
Diabetes insípido
23
Inibidores da anidrase carbônicaInibidores da anidrase carbônica
A ação destes medicamentos ocorre através da inibição da anidrase
carbônica que está presente em toda a extensão do néfron, sendo a
responsável pela formação de ácido carbônico (H2CO3 ) e posterior geração
de íons H +. Sua ação ocorre principalmente nos túbulos contornados
proximais, inibindo a reabsorção de sódio, bem como nos túbulos
contornados distais, e também em outros segmentos do organismo que
envolvem transporte iônico de H + ou HCO3 –.
Diuréticos de alçaDiuréticos de alça
Sua atuação é na alça de Henle, no ramo ascendente, interferindo na
reabsorção ativa de Na + e Cl– , são considerados os diuréticos mais potentes.
Em consequência da oferta maior de sódio no túbulo contornado distal, pode
ocorrer maior excreção de potássio. Também em decorrência a este
mecanismo, encontra se envolvida a excreção urinária de cálcio. 
24
TiazídicosTiazídicos
A ação destes medicamentos ocorre principalmente no túbulo contornado
distal e em menor intensidade na alça de Henle (segmento diluidor do ramo
ascendente) e no túbulo contornado proximal.
Poupadores de potássioPoupadores de potássio
A ação destes medicamentos ocorre principalmente através da inibição
competitiva dos efeitos da aldosterona no túbulo contornado distal e
possivelmente nos ductos coletores da região cortical.
25
OsmóticosOsmóticos
Apresentam ações tanto no túbulo contornado proximal como no segmento
delgado da alça de Henle., onde ocorre diminuição da reabsorção de água no
ramo descendente, devido à hipotonicidade que se desenvolve na medula
renal, em decorrência ao aumento de fluxo sanguíneo medular. 
A acetazolamida é rapidamente absorvida pela via oral,
atingindo a concentração plasmática em 2 h, sendo o efeito
máximo observado entre 6 e 8 h, e é completamente
eliminada em 12 a 24 h, através do rim, por mecanismos de
secreção ativa.
26
A furosemida é eliminada através da urina (65%) e das fezes
(35%). O início da ação após administração intravenosa
ocorre em 30 min e o efeito perdura por 2 a 3 h. Já na
administração oral, o efeito do medicamento só é observado
1 a 2 h após e pode persistir, em média, por 4 h.
Em geral, os compostos tiazídicos sofrem biotransformação
hepática, eliminação hepática e principalmente renal
(filtração glomerular e secreção tubular ativa).
A absorção da espironolactona ocorre pela via oral. O
triantereno também é absorvido por esta via, mas em
quantidades variáveis, sendo eliminado por meio de filtração
glomerular e secreção tubular, com variação de 10 a 88%
A administração imprópria dos diuréticos pode causar: diurese
acentuada em pacientes portadores de doença cardíaca, causando
hipotensão sistêmica, taquicardia reflexa, má perfusão tecidual e
disfunção de órgãos (insuficiência renal, fraqueza muscular).
27
Estar atento a utilização de diuréticos em pacientes com doença
pulmonar aguda de origem não cardiogênica, pois a desidratação que
se desenvolve prejudica o mecanismo de depuração mucociliar, com
diminuição da secreção das vias respiratórias.
O manitol, por causar rápida expansão de volume intravascular,
acarreta riscos de provocar edema pulmonar, principalmente quando
a disfunção cardíaca já está presente. 
Os felinos são muito mais sensíveis à ação da furosemida e, portanto,
requerem monitoramento mais cuidadoso durante a terapia,
principalmente no que se refere a desidratação, hipopotassemia e
anorexia. 
Novos diuréticos
Esplerenona
Torasemida/ Torsemida
Bumetanida
28
Anestésicos locais,Anestésicos locais, 
 intravenosos eintravenosos e
tranquilizantestranquilizantes
Os principais usos dos anestésicos locais são:
Os anestésicos locais são agentes que bloqueiam reversivelmente
a condução nervosa, quando aplicados localmente no tecido
nervoso em concentração apropriada. Seu mecanismo de ação
consiste na interação com os canais de sódio na parte interna da
membrana celular, sob a forma iônica, bloqueando estes canais.
É importante lembrar que somente as formas moleculares (não
ionizadas) são lipossolúveis e, portanto, o anestésico precisa 
 penetrar nos tecidos na forma não protonada para depois,
dentro da célula, se dissociar e interagir com os canais de sódio. 
Anestésicos locaisAnestésicos locais
29
Anestesica superficial/tópica
Anestesia por infiltração
Anestesia perineural
Anestesia intra-venosa
Anestesia espinal
Anestesia intra-articular
30
Lidocaína
Potência e duração de ação moderada ( 60 a 120 min)
Atravessa a barreira placentária, podendo desencadear problemas
cardíacos no feto
Efeito antiarrítmico
Efeitos tóxicos: sonolência, tremores musculares, hipotensão,
náuseas e vômitos
Procaína
 Curta duração (30 a 60 min), podendo ser prolongada quando se
associa um vasoconstritor
 Inibição das ações antimicrobianas das sulfonamidas
É empregada ilegalmente para melhorar o rendimento de cavalos
de corrida; no caso de claudicação, este anestésico local é
empregado para sua dissimulação
31
Tetracaína
É empregado principalmente na anestesia tópica
Sua potência e toxicidade são 10 vezes maiores do que as da
procaína
Prilocaína
A potência e a duração de ação são semelhantes às da lidocaína,
com menor toxicidade
Em altas doses, pode induzir a formação de metemoglobina, devido
ao seu metabólito o toluidina
Bupivacaína
É anestésico local de ação duradoura (2 a 4 h)
É cerca de 4 vezes mais potente que a lidocaína
Pode ser empregado em bloqueios nervosos regionais e na
anestesia epidural
A injeção acidental, assim como dose elevada, pode resultar em
hipotensão arterial e arritmias cardíacas
Estes medicamentos são empregados para auxiliar o médico
veterinário na contenção química ou como medicação pré‐ 
anestésica. Podem ser divididos em tranquilizantes maiores e
tranquilizantes menores. 
Derivados fenotiazínicos 
Derivados butirofenônicos 
São também denominados antipsicóticos, pois são empregados em
seres humanos para tratar transtornos mentais, as psicoses e a
esquizofrenia. Outras denominações incluem: Neurolépticos e
ataráxicos. Eles bloqueiam receptores dopaminérgicos e produzem
ataraxia (estado de relativa indiferença aos estímulos externos).
Podem ser classificados conforme sua estrutura química, sendo os
mais utilizados na medicina veterinária:
Clorpromazina, levomepromazina, acepromazina.
Haloperidol, droperidol, azaperona.
TranquilizantesTranquilizantes
32
Tranquilizantes maiores
- Catalepsia: perda da motilidade voluntária, com rigidez espástica
dos músculos
- Hipersecreção de prolactina e algumas alterações endócrinas.
- Efeito antiemético
- Estado de indiferença aos estímulos do meio ambiente, sem efeito
hipnótico e sem perda da consciência
- Diminuição da agressividade dos animais
- Inibição das reações vegetativas emocionais
- Potencialização dos efeitos dos hipnóticos, dos anestésicos gerais,
dos opiáceos e dos analgésicos anti inflamatórios
- Diminuição do limiar convulsivo 
33
Os principais efeitos destes medicamentos incluem :
Sonolência, apatia, excitação paradoxal em
animais predispostos
Hipotermia com participação periférica
Hipotensão com taquicardia reflexa
Contraindicados se houver administração de
epinefrina 
Benzodiazepínicos
Seu mecanismo de ação consiste na ligação dos receptore GABA,
no cérebro, abrindo o canal de cloreto. A entrada do íon para
dentro do neurônio promove a hiperpolarização da membrana
pós sináptica, impedindo a passagem do estímulo nervoso. Na
Medicina Veterinária, são usados principalmente os
benzodiazepínicos e, mais recentemente, a buspirona e os
betabloqueadores adrenérgicos
- Alprazolam
- Clonazepam
- Clorazepato
- Diazepam
- Flurazepam
- Lorazepam
- Midazolam
34
Tranquilizantes menores
Os principais efeitos destes medicamentos incluem :
- Efeito miorrelaxante
- Efeito ansiolítico
- Efeito sedativo / hipnótico- Efeito anticonvulsivante
35
 Ataxias 
Hiperatividade paradoxal em algumas raças
Aumento de vocalização 
Aumento de comportamento predatório
O diazepam, em particular, produz em felinos um quadro de
necrose hepática idiopática, cuja causa é ainda desconhecida
Buspirona
 
Em Medicina Veterinária, a buspirona
vem sendo empregada principalmente em
felinos, em quadros de ansiedade, como
no tratamento do comportamento de
urinar inapropriado (aspersão de urina e
marcação de território) e também em
quadros de agressividade entre felinos.
Em cães, pode ser utilizado para o
controle de agressividade e da
ansiedade. 
Tanto os derivados fenotiazínicos
como os butirofenônicos são
absorvidos pelo trato gastrintestinal e
por via parenteral. Uma vez
absorvidos, são amplamente
distribuídos pelos tecidos
(principalmente fígado, pulmões e
encéfalo), sofrendo diferentes
processos de biotransformação
(oxidação, hidroxilação, conjugação),
sendo eliminados pela urina e também
pelas fezes.
Os anestésicos intravenosos são medicamentos administrados
exclusivamente por via intravenosa. Eles são classificados em
barbitúricos, compostos imidazólicos, alquifenóis e derivados da
fenciclidina. 
Os barbitúricos possuem mecanismo de ação complexo, pois 
 alteram tanto a condutividade iônica de diversos íons como
interagem com o complexo receptor do ácido gama aminobutírico
(GABA), resultando em depressão seletiva do sistema reticular
mesencefálico e das respostas polissinápticas em todas as porções
do cérebro. Perifericamente, os barbitúricos diminuem a ligação e a
seletividade da acetilcolina na membrana pós sináptica, o que
ocasiona excelente relaxamento muscular, potencializando os
efeitos dos bloqueadores neuromusculares.
Eles podem ser divididos em 2 grupos:
 1. Tiobarbitúricos 2. Oxibarbitúricos
- Tiaminal e Tiopental - Meto - hexital e Pentobarbital
Anestésicos intravenososAnestésicos intravenosos
36
Barbitúricos
O tempo de duração são dependentes de fatores
hemodinâmicos e físico químicos. 
Na circulação, todos os anestésicos intravenosos
estão ligados a proteínas plasmáticas,
principalmente albumina, porém o grau de ligação
varia segundo o agente usado. Uma vez que apenas
os medicamentos livres, não ligados às proteínas,
podem se difundir através das membranas
celulares, a ligação com proteína diminui a captação
pelo tecido e retarda o declínio do nível plasmático
durante a fase de distribuição. 
A biotransformação hepática é o maior fator na
determinação do clearance plasmático e na
recuperação da anestesia do oxibarbiturato de
curta ação (pentobarbital). 
37
Compostos
 imidazólicos
Seu mecanismo de ação ainda não foi completamente elucidado.
Mas acredita-se que seja capaz de modular a neurotransmissão
GABAérgica, interferindo com o receptor GABA A. Além disso, 
 parece aumentar o número de receptores GABA disponíveis,
possivelmente deslocando inibidores endógenos da ligação com
este neurotransmissor. O principal fármaco utilizado é o Etomidato.
Aproximadamente 75% do etomidato liga- se, no
plasma, à albumina. São rapidamente distribuídos
para cérebro, baço, pulmão, fígado e intestino. 
A duração da anestesia depende da redistribuição
do agente e da capacidade de hidrolisar ésteres no
fígado e no plasma.
Cerca de 87% do agente administrado são
excretados na urina (3% inalterados) e 13% através
da bile. Não tem efeito cumulativo e não se observa
tolerância adquirida após doses repetidas.
38
Alquifenóis
O mecanismo de ação dos alquifenóis é semelhante ao dos
barbitúricos e benzodiazepínicos, visto que potencializa a ação do
GABA em receptores GABAA, bem como age diretamente induzindo
a corrente de cloro na ausência do GABA. Foi demonstrado que este
agente exerce ação pró GABAérgica, inibindo tanto a taxa de
disparos de neurônios dopaminérgicos quanto daqueles não
dopaminérgicos. O principal fármaco desta classe é o Propofol.
O propofol apresenta elevado grau de ligação às
proteínas plasmáticas: 97 a 98%. A depuração e a
distribuição do propofol são rápidas. Estas
características farmacocinéticas facilitam seu uso
na indução e manutenção da anestesia e, em
consequência, a recuperação da anestesia é rápida. 
Sua biotransformação é realizada por meio das vias
hepática e extra hepática, devido à depuração do
propofol ser mais rápida que o fluxo sanguíneo
hepático, o que também o torna um anestésico
indicado para pacientes hepatopatas. 
39
Derivados da
 fenciclidina
Estes agentes possuem ações complexas e não totalmente
compreendidas na neurotransmissão do sistema nervoso central.
Bloqueiam os receptores muscarínicos dos neurônios centrais e
podem potencializar os efeitos inibitórios do GABA. Estas
substâncias interferem com a neurotransmissão GABAérgica e
bloqueiam o processo de transporte neuronal da serotonina,
dopamina e norepinefrina. Os principais fármacos desta classe são
Quetamina e Tiletamina. 
Devido ao seu baixo pH, a cetamina é irritante para
os tecidos; os animais mostram sinais de dor quando
este agente é administrado pela via intramuscular,
não promovendo edema ou necrose tecidual, como
ocorre com os barbitúricos.
Possui rápido início de ação após administração
pela via intravenosa ou intramuscular, devido à sua
elevada lipossolubilidade. Gatos apresentam
decúbito lateral em 90 s após administração
intravenosa e 2 a 4 min da injeção intramuscular.
Redistribui- se subsequentemente para os tecidos
magros.
O metabolismo hepático é importante para a
depuração da cetamina na maior parte das espécies
animais, já que menos de 5% do agente podem ser
recuperados na urina, na forma inalterada. Em
gatos, porém, cerca de 87% do agente são
excretados inalterados na urina.
40
Barbitúricos
Perda da consciência.
Relaxamento muscular.
Reduzem frequência respiratória .
Taquicardia e aumento da pressão arterial média e do débito
cardíaco (cães normovolêmicos).
Redução da pressão arterial, do retorno venoso e 
 inotropismo negativo quando doses excessivamente altas são
administradas em bolus (equinos).
Diminuem a pressão intracraniana.
Atravessam a barreira placentária causando efeitos
depressores no feto, sendo estes efeitos dose dependentes. 
41
Compostos imidazólicos
Efeito de ultracurta duração, desencadeando anestesia que
não ultrapassa 10 a 15 min. 
Relaxamento muscular razoável.
Não possui ação analgésica.
Dor à injeção, mioclonias, excitação e vômitos são episódios
frequentes após a administração.
Não causa qualquer alteração do ritmo cardíaco.
 Reduz o fluxo sanguíneo cerebral em até 50%, o metabolismo
e a pressão intracraniana.
ALQUIFENÓIS
Não ocorre analgesia com este agente e o grau de
relaxamento muscular é moderado.
Apneia transitória, redução do volume minuto e da frequência
respiratória com aumento da PaCO2 e diminuição da PaO2
Hipotensão sistêmica resultante da redução da resistência
vascular periférica. 
Atravessa a barreira placentária, não promovendo efeitos
teratogênicos ou depressão importante que inviabilize os
fetos.
 (incidência proporcional à dose).
42
Derivados da fenclidina
Não se verifica perda de reflexos protetores.
Os olhos permanecem abertos as pupilas midriáticas.
 Ausência de relaxamento muscular.
Hipertonia muscular.
Sialorreia é frequente, principalmente em felinos e
ruminantes.
Promovem analgesia intensa no sistema muscular esquelético.
Depressão dose dependente do sistema respiratório.
43
HipnoanalgésicosHipnoanalgésicos
Também conheceidos como opioides, eles atuam na maioria das
células nervosas, promovendo hiperpolarização, inibição da
deflagração do potencial de ação e inibição pré sináptica da
liberação de neurotransmissor. Verifica- se, em alguns neurônios,
despolarização, mas provavelmente este efeito seria indireto, por
meio da supressão de uma determinada via inibitória. A ativação
do receptor opioide causa o fechamento de canais de cálcio
voltagem sensíveis, abertura dos canais de potássio e
subsequente hiperpolarização celular. Alémdisso, causam inibição
da atividade da adenilciclase, acarretando, consequentemente, na
inibição do monofosfato cíclico de adenosina (cAMP). Estes
medicamentos possuem diferentes classes, serão destacados aqui
somente os principais utilizados na medicina veterinária.
HipnoanalgésicosHipnoanalgésicos
44
Via subcutânea
Via intramuscular
Via intravenosa
Epidural
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
45
DISTRIBUIÇÃO, BIOTRANSFORMAÇÃO E ELIMINAÇÃO
Se distribui pelos diferentes tecidos: sistema nervoso central,
fígado, rins, pulmões e músculos
No sistema microssomal hepático, é conjugada com
glicuronídeo, formando morfina -3 -glicuronídeio (75 a 85%) e
morfina -6 glicuronídeo (5 a 10%)
A maior parte da morfina biotransformada é excretada pela
urina (90%), por isto, deve -se considerar que seus metabólitos
podem se acumular em pacientes com insuficiência renal. O
restante dos metabólitos é eliminado pelas fezes (7 a 10%)
EFEITOS TERAPÊUTICOS/COLATERAIS
Analgesia
Sedação (macaco e cão)
Suscetibilidade a euforia e excitabilidade
Nâuseas e vômitos
Inibição do reflexo da tosse e respiratória
Miose/midríase 
Termorregulação:
Constipação intestinal
Bradicardia
 (gatos, cavalos, porcos, vacas, caprinos e ovinos)
- hipotermia (macaco e cão)
- hipertermia (bovinos, ovinos, caprinos, equinos e gatos)
46
DERIVADOS DA MORFINA
O uso da morfina é indicado em qualquer situação na
qual se deseje obter alívio da dor, bem como na
medicação pré- anestésica e durante o período
transoperatório. 
Codeína
Efeito analgésico bem menor do que aquele produzido pela morfina,
não é utilizado com finalidades analgésicas em animais. Ela é
amplamente utilizada para deprimir o centro da tosse, com menores
efeitos colaterais quando comparada àqueles produzidos pela
morfina; no entanto, este medicamento tem efeito constipante muito
pronunciado. Normalmente é associada a expectorantes, sendo
utilizada principalmente na clínica veterinária em cães.
Butorfanol
Atua como antagonista mais fraco ou parcial em
receptor MOP. Apresenta potente efeito
antitussígeno e não deprime o centro respiratório.
Ele promove ligeira sedação em cães e quase nula
sedação em gatos; portanto, deve se utilizar com
um tranquilizante quando for empregado na pré‐ 
medicação. 
47
Etorfina
É um análogo semissintético da morfina. Sua grande
potência analgésica não lhe confere vantagem clínica
específica, mas vem sendo amplamente utilizada em
Medicina Veterinária para imobilizar animais
silvestres. Pode também ser utilizada na
neuroleptoanalgesia em equinos. 
Hidromorfona
É um opioide semisintético, com grande afinidade em receptores
MOP e KOP, promovendo efeito analgésico 6 a 7 vezes maior que a
morfina. Além disso, estimula o centro do vômito em um grau bem
menor. Vem sendo utilizado para produzir analgesia, sedação e
como adjunto na anestesia em cães e gatos.
Metadona
Desempenha um papel importante nas vias descendentes da dor,
inibindo a receptação de norepinefrina e serotonina. Apresenta
efeito analgésico farmacologicamente semelhante à morfina e
duração de efeito consideravelmente maior, apresentando meia
vida plasmática de 15 a 20 h. Por outro lado, este medicamento
possui menor efeito sedativo que a morfina.
É um analgésico de ação central,
exercendo seus efeitos por ser um
fraco agonista de receptores MOP,
sendo empregado em pacientes que
requerem tratamento para dores de
leves a moderadas. É considerado um
analgésico moderado, entretanto
pode ser utilizado com segurança
com outros analgésicos.
48
Fentanila
Sua vantagem é porque quando administrado por via intravenosa,
apresenta efeito quase imediato. Em Medicina Veterinária, este é
utilizado principalmente na neuroleptoanalgesia, através de bolus
intravenosa, ou por meio de infusão constante em animais para
alívio da dor ou principalmente como adjunto na anestesia. 
Tramadol
Naloxona
Naltrexona
Nalorfina
Antagonistas
Narcóticos
 
49
ExercíciosExercícios
 
1- Esta via é mais usada para finalidade diagnóstica. É aplicada
na camada entre a derme e o tecido subcutâneo, cerca de 2mm
abaixo da área externa da pele com pequenos volumes do
medicamento. Isto se refere a:
a. ( ) Subcutânea
b. ( ) Intravenosa
c. ( ) Intradérmica
d. ( ) Intraperitoneal
2- O mecanismo de ação desta classe farmacológica ainda é
complexo, pois alteram tanto a condutividade iônica de diversos
íons como interagem com o complexo receptor do ácido gama‐ 
aminobutírico (GABA):
a. ( ) Barbitúricos
b. ( ) Alquifenóis
c. ( ) Hipnoanalgésicos
d. ( ) Imidazólicos
3- Em gatos, cavalos, porcos, vacas, caprinos e ovinos possui
suscetibilidade a euforia e excitabilidade:
 
a. ( ) Tramadol
b. ( ) Butorfanol
c. ( ) Etorfina
d. ( ) Morfina
4- É um exemplo de diurético poupador de potássio:
a. ( ) Triantereno
b. ( ) Furosemida
c. ( ) Manitol
d. ( ) Acetozolamida
50
 
5- O Verapamil pertence a classe farmacológica:
a. ( ) Bloqueadores dos canais de cálcio
b. ( ) Inibidores da enzima conversora de angiotensina II
c. ( ) Vasodilatadores
d. ( ) Digitálicos
6- Os medicamentos pertencentes a classe IC de antiarritmicos
diminuem a condução com pouco efeito sobre o período
refratário e o potencial de ação, um dos medicamentos é a
Flecainida. 
a. ( ) Falso
b. ( ) Verdadeiro
7- É o anestésico local de ação duradoura (2 a 4 h):
a. ( ) Lidocaína
b. ( ) Tetracaína
c. ( ) Bupivacaína
d. ( ) Procaína
8- Qual o mecanismo de ação dos digitálicos ?
51
 
C
A
D
A
A
B
C
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
 8. 
Atuam através da inibição da enzima Na + –K + ATPase, com
consequente aumento de Ca ++ intracelular. Esta enzima é
responsável pela saída de íons Na + que são trocados por íons
K + na célula cardíaca. A utilização dos digitálicos, diminuem a
atividade da enzima e, consequentemente, a redução da troca
de Na +–K +, isso promove aumento do Na + intracelular, que,
uma vez em excesso, é trocado por Ca ++ , que leva a um
influxo maior de Ca ++ para dentro da célula, o qual é oferecido
em maior concentração às proteínas contráteis, aumentando,
assim, a intensidade de contração do músculo cardíaco.
 
52
GabaritoGabarito
53
BônusBônus
 
Spinosa, H.S.; Gorniak, S.L.; Bernardi, M.M. Farmacologia Aplicada à
Medicina Veterinária. 6 ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2017, 1420 p. 
ANDRADE, S. F. Manual de terapêutica veterinária: consulta rápida.
1ª Ed, Roca, 2017, 569p.
 
@studyvetjhade
jhademendesbrito@hotmail.com
54
ReferênciasReferências
2021

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