RELATÓRIO - HEMAGLUTINAÇÃO

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NOME DA INSTITUIÇÃO 
NOME DO CAMPUS/UNIDADE
CENTRO/NÚCLEO 
CURSO 
NOME DO ESTUDANTE (TARCÍSIO SOUZA)
RELATÓRIO DE IMUNOLOGIA: HEMAGLUTINAÇÃO
CIDADE – UF
 2021
HEMAGLUTINAÇÃO
A hemaglutinação se trata de uma técnica qualitativa e semi-quantitativa, que utiliza hemácias, comumente de coelhos e aves, sensibilizadas com antígenos para o qual se pretende estudar a presença, em determinado soro, de anticorpos específicos para aquele patógeno. 
A realização do teste se dá com a alocação das hemácias, já sensibilizadas com o antígeno, em um pocinho em V. Posteriormente, adiciona-se o soro do paciente, procede-se com a homogeneização da amostra e aguarda por um período de uma hora. 
Com o fito de ratificar a acurácia do teste, é também realizado o teste controle, em que se adicionam em pocinhos previamente segregados um soro conhecido, e com anticorpos específicos para o patógeno, e em outro pocinho um soro sem a presença de anticorpos. O resultado observado nesses pocinhos deve ser igual aos pocinhos com soro do usuário, pois, do contrário, deve-se realizar um novo teste. 
Decorrido o prazo, caso a amostra sorológica do paciente possua os anticorpos estudados, ocorrerá a formação de um “tapete” de hemácias, que não se precipitam no pocinho. Isso se deve ao fato de que a porção Fab do anticorpo se liga a mais de uma hemácia sensibilizada, unindo-as, formando um complexo pesado, ou seja, se aglutinam. 
Não obstante, quando o soro do paciente não apresenta as imunoglobulinas específicas, ocorrerá a precipitação da hemácia ao fundo do pocinho, formando um “ponto vermelho” no fundo da placa, confirmando a negativa. 
Ademais, a hemaglutinação pode ser empenhada para mensurar o nível de anticorpos presentes em uma amostra sorológica específicos a antígenos particulados. Sob essa perspectiva, é realizada a diluição seriada da amostra, e então adicionada a pocinhos com hemácias sensibilizadas. A diluição máxima que proporciona a visibilidade da aglutinação/tapete é denominada de título, que estará associado a uma quantificação tabelada dos níveis de aglutinina.
Esse teste apresenta acurácia significativa, e por ser de baixo custo, visto não requerer equipamentos com alto valor agregado, e técnicas dispendiosas, apresenta-se com uma ferramenta útil no diagnóstico de várias doenças, como a infecção pelo parasito Trypanossoma cruzi, que causa a doença de Chagas, pelo Toxoplasma gondii, vetor da toxoplasmose, entre outras iniquidades em saúde. 
TIPAGEM SANGUÍNEA
O método de hemaglutinação para tipagem sanguínea para o sistema ABO/AB0 se baseia na análise da presença de açúcares na membrana celular das hemácias, os quais são reconhecidos por imunoglobulinas específicas para cada tipo. 
No sistema ABO, há a possibilidade de ocorrência dos tipos de sangue A, B, AB E O. Os tipos A, B e AB se diferem pelo tipo de açúcar que estará presente na hemácia, já o tipo O não possui açúcares em sua membrana. Cada um desses açúcares pode ser identificado por anticorpos específicos, que, ao reconhecê-los, se ligam às hemácias, causando a aglutinação verificada na lâmina. O sangue tipo O não sofre aglutinação. 
A título exemplificativo, ao buscar identificar um determinado tipo sanguíneo, é feita a coleta do sangue do indivíduo em estudo, aplicando sobre duas lâminas de vidro uma gota de sangue em cada uma delas. Isto posto, é então empregada uma gota do anticorpo Anti-A numa amostra e uma Anti-B em n’outra amostra, procedendo-se com a homogeneização. Se o sangue for tipo A, a primeira lâmina sofrerá a aglutinação das hemácias, pois a imunoglobulina reconhecerá os açúcares, ligando-se a eles.
 Caso seja B o tipo sanguíneo, na lâmina em que fora aplicado o anticorpo Anti-B ocorre a aglutinação, formando o complexo pesado pelo mesmo princípio anteriormente alegado. Outrossim, se o sangue for AB, em ambas as lâminas será observada a aglutinação, mas se o tipo for O, não é possível identificar o processo. 
Destarte, uma outra tipagem muito comum na clínica é a do fator RH, que difere para o sistema ABO por ser uma proteína de membrana que pode ser reconhecida por anticorpos, podendo ser RH+, quando da presença dessa proteína na hemácia, e RH-, quando não há a presença. A definição do fator se baseia, também, no princípio da hemaglutinação, em que se adiciona a uma gota de sangue a imunoglobulina Anti-D, observando-se se houve a aglutinação. Se a amostra for RH+, ocorre a hemaglutinação, pois o anticorpo reconhece a proteína, associando as hemácias, mas se for negativo, não se observa o padrão de hemaglutinação. 
VENERAL DISEASE RESEARCH LABORATORY (VDRL)
O VDRL é um teste não treponêmico, ou seja, capaz de detectar anticorpos anticardiolipínicos, sendo adotado para a detecção da sífilis, uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Esse método, da classe dos testes de floculação, é embasado na suspensão antigênica formada quando, no soro, plasma ou líquor há a presença do anticorpo contra o antígeno testado. 
A técnica se vale de uma solução antigênica, formada por cardiolipina, lectina e colesterol, que se agrupam em micelas. Essa solução é disposta em um poço de uma placa de Kline, na qual será também adicionada o soro teste, passando a homogeneizar a mistura. Após o cumprimento dessa etapa, deve-se levar a mistura para análise no microscópio óptico, em que se o teste for positivo, ou seja, se no soro houver a presença de anticorpos não treponêmicos, ocorre a formação de agregados. Do contrário, o teste será negativo. 
REFERÊNCIAS
HEMOAGLUTINAÇÃO - Aula 2. Realização de Canal do Residente Biomédico. [S.I.], 2021. (22 min.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=h_fuY9FCdKM. Acesso em: 11 maio 2021.
IMUNOLOGIA - Aulas prática de Hemaglutinação indireta, parte 2 (leitura). Realização de Antonio Canettieri. [S.I.], 2020. (6 min.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Q6LokOHItUY. Acesso em: 11 maio 2021.
IMUNOLOGIA - Aulas prática de Hemaglutinação indireta. Realização de Antonio Canettieri. [S.I.], 2020. (13 min.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=GR1tODzWpJY. Acesso em: 11 maio 2021.
IMUNOLOGIA - Reação de Aglutinação. Realização de Rodrigo Marques. [S.I.], 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LAx8ghaNtss. Acesso em: 11 maio 2021.
IMUNOLOGIA- Aula prática: VDRL. Realização de Antonio Canettieri. [S.I.], 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8_ifIUABkMw. Acesso em: 11 maio 2021.
SÍFILIS - Testes não treponêmicos. Realização de Cursos Telelab. [S.I.], 2014. P&B. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=nAWWmxLM9vg. Acesso em: 11 maio 2021.
TESTE de VDRL Reagente | Visto ao microscópio. Realização de Natricio Almeida. [S.I.], 2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qqZDkyVlnOI. Acesso em: 11 maio 2021.