Buscar

Imunodiagnóstico de Doenças Infecciosas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

IMUNODIAGNÓSTICO DA 
SÍFILIS 
A sífilis é uma doença infecciosa 
exclusiva dos seres humanos e é causada 
pela bactéria Treponema pallidum. Ela é 
transmitida sexualmente ou por via vertical 
(mãe para filho na gravidez). 
Para identificá-la, além dá microscopia, 
podem ser feitos testes treponêmicos, que 
detectam os anticorpos contra o antígeno 
bacteriano, ou não treponêmicos, que 
detectam Ac. não treponêmicos 
denominados anticardiolipinas (ou 
reagínicos e lipoídicos). 
Os testes não treponêmicos são usados 
mais como triagem pois não detectam nada 
específico da bactéria e dá doença. Entre 
eles estão a testes de floculação (VDRL, 
RPR, USR, TRUST), aglutinação (testes 
rápidos), imunoenzimáticos (ELISA) e 
imunocromatografia (testes rápidos). 
● FLOCULAÇÃO: o reagente 
contendo as partículas antigênicas 
(micelas) detecta os anticorpos não 
treponêmicos, que geralmente 
estão ligados a cardiolipina (não 
específica!) da bactéria. 
- Quando positivo os 
anticorpos se ligam as 
micelas que se agrupam 
(aglutinam) 
- Precisa fazer a diluição 
seriada da amostra para 
evitar o efeito prozona. 
- Podem ser feitos diferentes 
tipos de testes de 
floculação, eles são 
diferenciados 
principalmente pelo tipo de 
amostra utilizada. 
● IMUNOCROMATOGRAFIA DE 
FLUXO LATERAL (TESTE 
RÁPIDO): o teste vem com 
anticorpos e proteínas, basta 
colocar a amostra 
● IMUNOCROMATOGRAFIA DE 
DUPLO PERCURSO (TESTE 
RÁPIDO): igual ao teste descrito 
anteriormente porém a amostra e o 
reagente são colocados em lados 
diferentes. 
Os testes treponêmicos incluem os 
testes de imunofluorescência indireta (FTA-
abs), hemaglutinação (MHA-TP), 
aglutinação de partículas (TPPA), 
imunoenzimáticos e variações (ELISA, 
CMA), imunocromatografia (testes rápidos) 
e testes moleculares (PCR) 
● FTA-ABS: o anticorpo conjugado 
com fluorocromo detecta o 
anticorpo do paciente. Basta 
colocar a amostra em uma lâmina 
que contenha a bactéria. 
● MHA-TP e Hemaglutinação 
indireta: detecta os anticorpos 
conjugados. Caso seja positivo as 
hemácias com anticorpo vão se unir 
(aglutinar) e formar uma malha 
visível. Se for negativo as hemácias 
não aglutinam e acabam 
sedimentando no frasco. 
 
 
IMUNODIAGNÓSTICO DE 
CHAGAS 
Para o diagnóstico da Doença de 
Chagas são feitos principalmente os testes 
que detectam o anticorpo do paciente. 
● TESTE DE HEMAGLUTINAÇÃO 
INDIRETA (HAI): incuba o 
anticorpo da amostra do paciente 
com uma hemácia sensibilizada 
com antígeno, caso ocorra 
interação eles hemaglutinação. 
- Precisa fazer a diluição 
seriada da amostra 
- A interpretação é igual a do 
MHA-TP. 
● IMUNOFLUORESCÊNCIA 
INDIRETA: usado como teste 
confirmatório, ele detecta o T. cruzi 
com os antígenos do paciente. 
● ELISA: também é usado como 
confirmatório para detectar o 
anticorpo (ELISA indireto). 
 
IMUNODIAGNÓSTICO DE 
HEPATITES VIRAIS 
HEPATITE A (HAV): 
No período de viremia pode ser 
detectado nas fezes. Para o diagnóstico são 
usados principalmente os testes 
bioquímicos. 
O IgM pode surgir a partir do terceiro dia 
de infecção. 
Protocolo: em caso de suspeita de HAV 
solicitar o anti-HAV IgM, se ele for positivo 
indica hepatite A aguda, se for negativo 
deve solicitar a sorologia para HBV e HCV. 
HEPATITE B (HBV): 
Possui muitos marcadores, na fase 
aguda aparecem a transaminase, o DNA 
viral e os antígenos (HBs e HBe). 
O diagnóstico pode ser feito a partir da 
presença de anticorpos IgG, o anti-HBc 
indica que a infecção ainda está no início, o 
anti-HBe indica que já está evoluindo para 
cura, mas caso apareça um ag. junto indica 
cronificação, e o anti-HBs, que se aparecer 
sozinho indica vacinação. 
HEPATITE C (HCV): 
Mais complicado de diagnosticar porque 
possui uma janela diagnóstica longa. Nesse 
tipo de hepatite não é feita a detecção de 
antígeno. 
É feita a solicitação do anti-HCV, caso 
seja não reagente libera o paciente, caso 
seja reagente encaminhar para o HCV-RNA 
(serviço de referência). 
Para diferenciar a fase aguda da crônica 
pode analisar os sintomas ou fazer biópsia 
hepática. 
HEPATITE D (HDV): 
Necessita do HBsAg para acontecer, ou 
seja, só ocorre quando existe uma pré-
infecção de hepatite B. Uma pessoa 
vacinada para HBV possui um HBsAg 
recombinante e por isso não pode ser 
infectado por HDV. 
Os principais marcadores são o anti-
HDV, HDVag e RNA HDV, que devem ser 
procurados em pacientes HBV positivo. 
 
IMUNODIAGNÓSTICO DE 
HIV 
● Estagiamento da infecção FieBig 
- Fase eclipse: apenas RNA em 
concentrações muito baixas, por 
isso não detectado no plasma. 
- Fase I: possível detecção do RNA 
- Fase II: RNA e antígeno P24 
- Fase III: RNA, P24, anticorpo 
(western blot negativo) 
- Fase IV: RNA, P24, anticorpo 
(western blot indeterminado porque 
não aparecem todos os 
marcadores) 
- Fase V: RNA, P24, anticorpo 
(western blot positivo sem P31) 
- Fase VI: detecta tudo (WB e ELISA 
positivos) 
Para o diagnóstico laboratorial são feitos 
exames de triagem (imunoenzimáticos, 
quimiluminescência e testes rápidos) e 
testes complementares (imuno blot, 
imunoblot rápido, western blot e 
quantificação de carga viral). 
● Testes rápidos: detecta HIV do tipo 
1 e 2, quando um caso suspeito é 
não reagente, precisa refazer o 
teste pois pode não aparecer em 
algumas fases. 
● Imunoensaios de triagem: ELISA 
- Primeira geração: a janela 
diagnóstica do exame é 
grande porque detecta IgG. 
A placa vem com antígenos 
lisados (ou seja, não puros), 
então pode levar a falsos 
positivos. 
- Segunda geração: a janela 
diagnóstica diminui porque 
são detectados IgM e IgG, 
porém não é possível 
diferenciar. A placa também 
apresenta antígenos 
lisados, e é colocado um 
conjugado com antígenos 
recombinantes (mais 
específicos) que se ligam 
ao Ac. do paciente 
- Terceira geração: a janela 
diagnóstica é menor e são 
detectados anticorpos 
totais. A placa possui Ag. 
recombinantes ou 
peptídeos sintéticos, e é 
adicionado um conjugado 
com Ag. também 
recombinantes, o que deixa 
o teste mais específico. 
- Quarta geração: a janela 
diagnóstica é de apenas 15 
dias e detecta qualquer 
marcador, sem diferenciar. 
A placa tem antígenos 
recombinantes e 
anticorpos, e são usados 
dois tipos de conjugado 
(Ag. + enzima p ligar ao Ac. 
do paciente, e Ac. + enzima 
para ligar ao Ag. do 
paciente). 
● Imunoblot rápido: detecta os 
anticorpos contra moléculas 
específicas do HIV (GP36, GP160, 
GP120, GP41 e P24). Pode ser 
considerado reagente, não 
reagente, indeterminado ou 
invalido. 
● Western blot: detecta mais 
proteínas que o imunoblot porém a 
interpretação é muito semelhante. 
 
DIAGNÓSTICO 
LABORATORIAL DE 
EBV, CMV E RUBÉOLA 
CMV E EBV: é importante apenas em 
imunocomprometidos e gravidaz, nos outros 
é quase sempre assintomática. 
São feitos testes imunológicos e 
moleculares. 
Os testes imunológicos são usados em 
casos que o paciente produz anticorpos, e 
são eles os testes rápidos 
(imunocromatografia) e imunoensaios. 
Esses testes vão detectar IgG, IgM ou 
antígenos (CMV não tem detecção de 
antígeno). 
RUBÉOLA: é muito importante em 
gestantes pois pode passar para o bebê 
trazendo muitos problemas. 
● Testes imunoenzimáticos: detectam 
IgM e IgG. Em casos de recém-
nascidos é preciso avaliar para 
saber se os anticorpos encontrados 
são da mãe ou ele está com a 
infecção e por isso está produzindo. 
- IgM: com certeza o bebe 
está com a infecção pois 
eles não são passados da 
mãe pro feto 
- IgG de alta avidez: são 
anticorpos passados pela 
mãe 
- IgG de baixa avidez: a 
criança está infectada e 
produzindo os próprios 
anticorpos. 
● Inibição da hemaglutinação (IHA): 
detecta anticorpos. É feita a diluição 
do soro do paciente, adicionando a 
suspensão do vírus purificado e as 
hemácias fornecidas pelo 
fabricante.- A ausência de 
hemaglutinação quer dizer 
que o teste é positivo 
porque o vírus do kit foi 
bloqueado pela presença 
de anticorpos no soro 
paciente. 
- Verificar até qual diluição 
houve inibição, acima de 
1/32 existe infecção.

Continue navegando