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014 Caso final

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AO JUÍZO DA ____ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE BLUMENAU – SANTA CATARINA
Erico Veríssimo, brasileiro, solteiro, escritor, CPF 890.103.609-41, e RG ____, residente e domiciliado a rua São Paulo, n 89, ap 456, Centro, Blumenau, vem respeitosamente a vossa excelência, por intermédio de seu advogado infra subscrito, com procuração especifica, ajuizar:
QUEIXA CRIME SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
em face de Rui Barbosa, brasileiro, solteiro, advogado, residente e domiciliado a Rua Quinta da Bocaiuva, n 25, Badenfurt, Blumenau
DOS FATOS 
O Autor, embora atue na profissão de escritor, recentemente teve sua aprovação no exame da OAB, afim fim de se tornar advogado.
Afim de comemorar sua aprovação deslocou-se a um bar, onde veio a encontrar Clarice Lispector, onde simpatizando e com ânimo de fazerem festa juntos, começaram a dançar.
Este divertimento estendeu-se até às 02:30, quando adentrou no local o ex-namorado de Clarice, que não gostando de vê-la dançando com o autor desferiu um disparo com arma de fogo em direção de Clarice.
No entanto o réu veio a acertar o autor, que foi socorrido por terceiros presentes no bar e que também estavam a comemorar a aprovação no exame da ordem dos advogados.
Após submeter-se a cirurgia como demostrado em laudo, o autor teve o movimento do braço imobilizado por 90 dias, e após este período teve a recuperação de apenas 10% do braço atingido.
Apesar de o laudo pericial apontar que não houve pela parte do réu matar Clarice, os danos causados ao autor lesões graves, e que merecem ser reparadas, tendo o inquérito se finalizado em 10 de janeiro de 2021, acumulado com a inercia do Ministério público, o autor vem a este juízo fundado em seus direitos que segue.
DOS DIRETOS
Dada a natureza do fato, entende que trata-se de caso ilícito onde a natureza do crime torna de competência do Ministério Público ingressar com ação cabível, porém, ainda devido sua natureza subsidiaria, permite que não havendo interesse do ministério público a vítima pode sim figurar com parte autora na ação.
Conforme artigo constitucional.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; (BRASIL, 1988).
Concomitantemente ao art. 29, do CPP.
Art. 29.  Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornece elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. (BRASIL, 1941).
Tratando de ação penal pública disposta no art. 129, § 1º inciso I, do CP, correspondente a lesão corporal grave, dada ao resultado do inciso um do eludido art. que torna de natureza grave a ofensa a integridade corporal que resultar na incapacidade para ocupações habituais, por mais de trinta dias. 
Conforme laudo médico, apresentado as nas fls. 09 do inquérito policial.
Devendo ainda ser desqualificada a tese de que trata de lesão corporal culposa, uma vês que trata ainda de erro de pessoa, pois, o réu queria lesionar Clarice sua ex companheira, mas acabou por acertar o autor.
Como é possível apreciar no art. 20 do CP.
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
Ficando também evidenciado que o réu tinha a intenção de causar dano corporal, como comprovado no inquérito e reconhecida a autoria do disparo no vídeo de monitoramento do bar frequentado pelas partes.
Ainda em tempo de argumento, encontra-se oportuno momento de destaca que o réu em verdade queria atingir sua ex companheira, mesmo que sem intenção de mata-la. 
Cabendo para tanto a aplicação do CP em seu art. 129, § 9º, pelo fato de a verdadeira vitima era pessoa com que o réu tinha convivido. § 9o  Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade.
Devendo assim o juízo aumenta a pena em 1/3 no constante do § 10 do mesmo diploma legal.
O código penal busca proteger os bens jurídicos, tem como bem mais valioso a vida humana, sem atribuído aos crimes de homicídio as penas mais graves, para tanto, uma simples exposição basta para ser tipificado como ato ilícito.
Desta forma o Art. 132 do CP – “Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente. ”
Atentando ao fato eminente de não se tratar de crime de ação privada os quais possuem prescrição de seis meses da data do fato, e sim ação penal pública que neste caso está sendo subsidiaria.
Devendo para tanto submeter-se as prescrições do art. 109, inciso V, do CP. que atribui prescrição de quatro anos nos casos de crimes em que a pena máxima seja igual a um ano e inferior a dois anos.
Considerando que em ambos os crimes tem pena máxima individual a um ano não a que ser falar em prescrição por não ter transcorrido três anos da data do fato.
DOS PEDIDOS
Recebimento da queixa crime
Citação do réu
Produção das provas testemunhais
Citação das testemunhas arroladas 
A condenação mais grave do réu com fulcro nos art. 129, § 9º, majorado em 1/3 so § 10 do mesmo art.
Em não entendendo por esta condenação , pede-se ainda a condenação do réu com fulcro nos arts. 129, § 1º, inciso I, c/c 132 ambos do CP
Nestes termos pede deferimento
Blumenau 16 de junho de 2021
Advogado OAB/UF
Procuração especifica 
Rol de testemunhas 
Lígia Fagundes Telles, brasileira, solteira, estudante, residente e domiciliada a rua Pirabeiraba, n 57, Bairro escola agrícola, Blumenau.
Jorge Amado, brasileiro, casado, estilista, residente à rua Presidente Prudente, n 52, ap. 10, Ponta Aguda, Blumenau.
Fernando Becker, brasileiro, casado, contador, residente à rua Presidente Castelo Branco, n 98, ap. 1008, Ponta Aguda, Blumenau.

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