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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ DIREITO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA II – SULACAP TRANSAÇÃO PENAL A Transação Penal se trata de um benefício concedido a um indivíduo que esteja respondendo a um processo de jurisdição do Juizado Especial Criminal, ao qual este seja réu primário, tenha bons antecedentes, sem que haja indícios de má conduta na sociedade. É caracterizado por um acordo entre o acusado e o Ministério Público, ao qual o réu, antes de ser condenado, aceitar cumprir a pena imediatamente, podendo ser determinada por uma multa ou restrição de direitos, propondo-se através desta convenção o arquivamento do processo. Logo, não haverá a condenação, encerra-se o processo sem que o pleito seja analisado, isto posto, o acusado permanece sem anotações criminais. No entanto, é importante lembrar que, para que o benefício seja concedido, está transação deverá ser submetida ao juiz. Ainda, uma vez outorgado o benefício, o cidadão favorecido não poderá utilizar novamente dentro de 5 anos. Além disso, este benefício não pode ser aplicado em casos de violência doméstica contra a mulher. Este supracitado tem fundamentalidade pela Lei 9.099/95, em seu artigo 76, sendo este um instituto despenalizador, realizado no pré-processo, estando baseado no direito penal consensual. Ou seja, com a atenuação sobre a exigência que seria devida se segue no processo legal, a qual, requer que para a determinação da pena, é fundamental que o cidadão seja processado e tenha, contra ele, uma sentença de condenação transitada em julgado. Como já supracitado, o benefício só é cabível para o juizado de competência para crimes denominados como sendo de menor potencial ofensivo, que se enquadrem na pena máxima em abstrato de 2 anos, ou contravenções penais, independente de pena máxima decretada. Na condição da lei, para que o indivíduo tenha prerrogativa é necessário que ele preencha os requisitos, deverá observar o que está estabelecido pelo § 2º do artigo 76 da Lei n. 9.099/95 que, em seus incisos, onde expõe as impossibilidades nos casos de: I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva; II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida. Assim, antes que a ação penal seja iniciada e, ainda, após iniciativa de composição civil dos danos, que, em sentido de ações penais privadas e públicas sujeitas à representação, provoca a revogação da punibilidade, quer pela renúncia ao direito de queixa, quer pela abdicação ao direito de ser representado. Nestes casos, o Ministério Público, em condição de ação penal pública, condicionada ou incondicionada, já no caso de ação penal privada ou subordinada a pública, onde o queixoso outorga ao querelado uma pena de multa ou restritiva de liberdade. Dessa forma, este acordo é sancionado pelo juiz e a supressão da pena subordinada ao cumprimento medidas impostas. Em caso de não cumprimento do que foi condicionado, é retomado o processo, consequentemente com o oferecimento da denúncia. Contudo, uma vez que as condições sejam cumpridas, conforme acordo em transação penal, a punibilidade é extinta, não sendo possível o oferecimento da ação penal. Portanto, também, como supracitado, a transação penal não pode ser concedida ao indivíduo no prazo de 5 anos, isto é, entende-se que após prazo tem a possibilidade de licitude, entretanto, o incidente não ocorrerá em casos de reincidência ou maus antecedentes. REFERÊNCIAS: BRASIL. Lei n. 9099, de 26 de setembro de 1995. Dispõe sobre os Juizados Cíveis e Criminais e dá outras providências. Brasília: Senado, 1995. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9099.htm. Acesso em: 16/09/2022. GRINOVER, Ada Pellegrini, GOMES Filho, Antonio Magalhães, FERNANDES, Antonio Scarance e GOMES, Luiz Flávio. Juizados Especiais Criminais. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. JARDIM, Afrânio Silva. Ação Penal Pública: Princípio da Obrigatoriedade. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1998. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9099.htm ROMANO, Rogério Tadeu. A transação penal e a suspensão condicional do processo devem ser propostas pelo MP. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/43218/a-transacao-penal-e-a-suspensao-condicional-do- processo-devem-ser-propostas-pelo-mp Acesso em: 16/09/2022. https://jus.com.br/artigos/43218/a-transacao-penal-e-a-suspensao-condicional-do-processo-devem-ser-propostas-pelo-mp https://jus.com.br/artigos/43218/a-transacao-penal-e-a-suspensao-condicional-do-processo-devem-ser-propostas-pelo-mp
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