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art. 44 da Lei 11.343/2006 veda, expressamente, o sursis e a conversão da pena privativa de liberdade em pena restritiva de direitos aos condenados pelos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1.º, e 34 a 37, da nova Lei de Drogas”.7 No Supremo Tribunal Federal, as últimas orientações são favoráveis à aplicação das penas alternativas ao crime de tráfico ilícito de drogas: “Tráfico de entorpecentes. Substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Possibilidade”.8 Como se observa, no Superior Tribunal de Justiça, a questão ainda não se pacificou; enquanto no Supremo Tribunal Federal todas as últimas decisões são favoráveis à aplicação de penas alternativas ao crime de tráfico ilícito de drogas. Em síntese, atualmente, a posição majoritária orienta-se pela admissão de penas alternativas em relação ao crime de tráfico ilícito de drogas. p. 65 – No item 2.14, substituir o parágrafo “Somente pode ser concedida (...)” pelo seguinte: Somente pode ser concedida nos seguintes casos: quando imprescindível para a investigação do inquérito policial; ou quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade. Nas duas hipóteses, exige- se ainda fundadas razões de autoria ou participação do indiciado nos seguintes delitos: a) homicídio doloso; b) sequestro ou cárcere privado; c) roubo; d) extorsão; e) extorsão mediante sequestro; f) estupro; g) epidemia com resultado morte; h) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte; i) quadrilha ou bando; j) genocídio; k) tráfico de drogas; l) crimes contra o sistema financeiro nacional.25 p. 68 – Após o parágrafo “A nova Lei 12.015/2009 encerra (...)” acrescentar o seguinte: QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA! O Superior Tribunal de Justiça firmou recentemente orientação no sentido de que a majorante inserta no art. 9º da Lei 8.072/1990, nos casos de presunção de violência, consistiria em afronta ao princípio ne bis in idem. Entretanto, tratando-se de hipótese de violência real ou grave ameaça perpetrada contra criança, seria 6 Informativo 438 do STJ. 7 STJ, HC 144.915/MG, DJe 28.06.2010. 8 28.06.2010. STF, HC 103.093/RS, j. 14.09.2010. aplicável a referida causa de aumento. Em outras palavras, se for hipótese de estupro de vulnerável, não incidirá a causa de aumento de pena do art. 9.º da Lei 8.072/1990. Contudo, se o crime de estupro contra menor de 14 anos for praticado com violência ou grave ameaça, incidirá a referida causa especial de aumento de pena.9 QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA! Como a majorante do art. 9.º da Lei 8.072/1990 foi revogada parcialmente na hipótese da nova figura penal do estupro de vulnerável (art. 217-A do CP), deve retroagir, por ser mais benéfica.10 p. 69 – No item 2.19 QUESTÕES COMENTADAS, substituir a resposta da questão nº 1 pelo seguinte: Resposta: Errado. De acordo com o disposto na Lei 8.072/1990, são crimes hediondos a extorsão mediante sequestro e o estupro. O roubo somente figura como crime hediondo quando for qualificado pelo resultado morte (latrocínio). Por fim, em face da Lei 12.015/2009 (crimes contra a dignidade sexual), o atentado violento ao pudor foi revogado, passando sua hipótese de incidência a configurar crime de estupro. p. 71 – Substituir a resposta da questão nº 10 pelo seguinte: Resposta: Correto (gabarito atualizado: Errado). Atualmente, a resposta seria essa, porque não existe mais crime de estupro com violência presumida, tendo sido revogado o art. 224 do Código Penal, pela nova Lei 12.015/2009. p. 101 (1) – Na 3.ª QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA, após “exclusivamente por culpa da vítima”, acrescentar o seguinte: Trata-se, inclusive, da orientação do Superior Tribunal de Justiça: “Se o acidente se deu por culpa exclusiva da vítima, conforme bem delineado no v. acórdão vergastado, não há como se imputar ao condutor do automóvel o delito de homicídio culposo na direção de veículo automotor (art. 302 do CTB), sendo de rigor, portanto, sua absolvição”. p. 101 (2) – No item QUESTÕES POTENCIAIS DE PROVA, acrescentar o seguinte: 9 STJ, HC 122.381/SC, j. 01.06.2010. 10 STJ, REsp 1.102.005/SC, DJe 19.10.2009. 5.ª Como a antiga majorante do homicídio culposo na direção de veículo automotor pela influência de álcool ou substância tóxica ou entorpecente de efeitos análogos foi revogada pelo art. 9.º da Lei 11.705/2008, deve ser suprimida da condenação, aplicado-se o princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica. 6.ª Conforme orientação do Superior Tribunal de Justiça, “a pena de suspensão ou proibição de se obter habilitação ou permissão para dirigir veículo automotor deve guardar proporção com a gravidade do fato típico, dentre os crimes de trânsito que preveem essa penalidade, observadas as circunstâncias judiciais, atenuantes e agravantes, nos limites fixados no art. 293 do CTB, além de eventuais causas de diminuição ou aumento de pena”. No mesmo sentido: “Em respeito ao princípio da proporcionalidade, reconhecidas como favoráveis as circunstâncias do art. 59 do Código Penal, tanto que a pena pelo crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor foi fixada no piso legal, a pena de suspensão de habilitação para dirigir veículo automotor deve, também, ser fixada em seu mínimo”. 7.ª O crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor pode ser praticado em propriedade particular? Sim. Obviamente, a propriedade particular precisa ser via de trânsito. Pode ser cometido em via pública ou particular. É a orientação fi rmada pelo Superior Tribunal de Justiça: “Para a caracterização do delito previsto no art. 302 do Código de Trânsito Brasileiro, basta que alguém, na direção de veículo automotor, mate outrem culposamente, ou seja, agindo por imprudência, negligência ou imperícia, seja em via pública, seja em propriedade particular”. p. 102 – Acrescentar ao final do parágrafo “No caso de transporte de passageiro, a conduta criminosa é ...”, o texto que segue: “O disposto no inciso IV do parágrafo único do art. 302 impõe a majoração da pena quando o crime é cometido por agente no exercício de sua profissão de motorista, uma vez que, segundo Damásio Evangelista de Jesus, ‘nessa hipótese é maior o cuidado objetivo necessário, mostrando-se mais grave o seu descumprimento’ (Crimes de Trânsito, 5.ª ed., 2002, p. 91)”.7 p. 103 – Acrescentar após o parágrafo “Inclusive, a interdição constitui ainda...”, o texto que segue: NOTE! Cabe à Justiça Comum Estadual julgar homicídio decorrente de acidente automobilístico em que o acusado e a vítima, embora agentes militares, não se encontravam em exercício militar. Ademais, diante de atividade de natureza individual e particular, não se há por correto cogitar-se de atividade militar ratione materiae.11 QUESTÃO POTENCIAL DE PROVA! Conforme recente orientação do Superior Tribunal de Justiça, o crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor absorve o crime de embriaguez ao volante: “Tendo este Sodalício concedido anterior habeas corpus para determinar a exclusão da circunstância judicial negativa relativa à embriaguez do réu ao volante, haja vista o princípio da consunção, por meio do qual o crime previsto no art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro restou absorvido pelo homicídio culposo (art. 302 do mesmo Codex), não poderia o Tribunal a quo ter fixado a pena-base acima do mínimo legal pela incidência da aludida circunstância”.12 E ainda: “Em se tratando de crime de perigo, em que se busca tutelar o chamado ‘dano potencial’, não se concebe venha a conduta a ser punida de forma isolada e cumulativa, quando houver sido verificada a ocorrência do crime mais grave, no mesmo