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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP EAD ERIK PATRICK SOUSA DA SILVA RA 0556189 JOSIMAR NETO FRAZÃO RA 0556207 MAXMIX COMÉRCIO ELETRÔNICO PROJETO INTEGRADO MULTIDISCILPLNAR – PIM VII BOA VISTA RR 2021 UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP EAD ERIK PATRICK SOUSA DA SILVA RA 0556189 JOSIMAR NETO FRAZÃO RA 0556207 MAXMIX COMÉRCIO ELETRÔNICO PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM VII Projeto integrado multidisciplinar VII apresentado à Universidade Paulista – UNIP EAD, como parte da avaliação para obtenção do título de Gestor Comercial, sob a coordenação da Prof.ª Dr.ª Solimar Garcia. Orientador: Prof.ª Ana Paula Polazzo. BOA VISTA RR 2021 RESUMO O presente estudo trata-se de um projeto interdisciplinar (PIM VII) e tem a finalidade de realizar um caso de estudo, sob o ponto de vista dos conhecimentos teóricos das disciplinas Canais de distribuição e estoques, Capital de giro e Controle de resultados e Desenvolvimento sustentável, estudadas neste semestre de 2021.2. Para tanto, serão apresentados conceitos teóricos de cada disciplina relacionando-os com as especificidades observadas no estabelecimento comercial, permitindo a aplicabilidade na prática. A empresa estudada será uma loja fictícia chamada de Maxmix Comércio Eletrônicos, criada especificamente para este projeto. Palavras-chave: contabilidade, vendas, planejamento, práticas corporativas, desenvolvimento sustentável. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 01 2. CASO DE ESTUDO: MAX MIX COMÉRCIO ELETRÔNICO ........................................... 02 3. CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUES .................................................................. 02 3.1 Canais de distribuição..................................................................... 02 3.2 Comércio eletrônico x comércio tradicional .................................... 03 4. LOGÍSTICA REVERSA ............................................................................................... 04 5. APLICAÇÕES PRÁTICAS À MAXMIX COMÉRCIO ELETRÔNICO ................................... 05 6. CONTROLE DE ESTOQUES ....................................................................................... 06 6.1 Programas e softwares que poderiam ser utilizados .................. .... 07 6.1.1 Sistema de Gestão Empresarial (ERP) .................................... 07 6.1.2 Sistemas de Roteirização ...................................................... 08 6.2 Sugestão para oferecer um serviço de qualidade superior ao cliente. 09 7. CAPITAL DE GIRO E CONTROLE DE RESULTADOS .................................................................... 09 7.1 Cálculo da NGC ............................................................................ 09 7.2 Ciclo Financeiro ............................................................................ 09 7.3 Balanço Patrimonial ..................................................................... 10 7.4 Itaú S. A ....................................................................................... 10 7.4.1 Dados da companhia .......................................................... 10 7.4.2 Demonstração do Fluxo de Caixa ......................................... 10 8. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ....................................................................... 13 9. RELATÓRIO ........................................................................................................... 15 9.1 Problema e solução por área ........................................................ 15 9.2 Escopo – contextualização ........................................................... 15 9.3 Projeto para as soluções .............................................................. 16 9.3.1 Todos os itens do plano ...................................................... 16 9.3.2 Cronograma de atividades ................................................. 18 9.4 Empresas que praticam o desenvolvimento sustentável no Brasil ... 18 9.4.1 Banco do Brasil S.A ........................................................... 19 9.4.2 Natura Cosméticos S.A ..................................................... 19 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 20 REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 21 APENDICE - A ........................................................................................................... 22 1 1. INTRODUÇÃO O comércio eletrônico pode ser entendido como o uso de tecnologias de comunicação e informação para realizar toda a negociação dos processos da empresa (ALBERTIN, 2010). Pode ser definido ainda pelo uso da internet para a compra e venda de produtos, serviços ou informações (ALBERTIN, 2010). Ou seja, o e-commerce é qualquer tipo de compra, venda de produtos, serviços ou informações realizadas através do uso da internet com o objetivo de facilitar a vida das pessoas estando sempre disponíveis a um clique dos clientes. O comercio pela internet não se dá apenas pelas transações entre consumidores e empresas. O chamado e-business ou negócios eletrônicos faz menção à utilização de tecnologia da informação e telecomunicações aplicada às transações empresariais, oferecendo produtos e serviços em uma estrutura virtual, diferente de uma estrutura física, (TEIXEIRA, 2001). A empresa que será analisada no Projeto Integrado Multidisciplinar VII é a empresa fictícia MaxMix Comércio Eletrônico, onde foi nos dados pontos a serem implementados para melhoria do seu setor logístico, observando a armazenagem e distribuição para melhorar a experiencia comercial da empresa, visando oferecer um serviço de qualidade para seus clientes. Utilizamos como referencias outras empresas que já atuam no mercado de trabalho, trazendo os benefícios da tecnologia na utilização de equipamentos e softwares que melhoram a qualidade dos serviços prestados pela empresa e otimizam o tempo e espaço necessários para o funcionamento da MaxMix. Para aplicar os conhecimentos adquiridos em Capital de giro e controle de resultado, utilizamos uma empresa de capital aberto listado na bolsa de valores, para apresentar os dados de balanço patrimonial e apresentamos a importância e as duas formas de aplicar os cálculos de necessidade do capital de giro (NCG).Em desenvolvimento sustentável ,abordamos a importância da preservação do meio ambiente e quais praticas devem ser adotadas para que a empresa esteja enquadrada dentro das normas vigentes. Para melhor compreensão,utilizamos o exemplo de empresas nas quais suas ações são voltadas para ser sustentável e ecológica. 2 2. CASO DE ESTUDO: MAXMIX COMÉRCIO ELETRÔNICO A empresa Maxmix Comercio Eletrônico (fictícia), implantou novos serviços para agregar valor para o cliente final. Entre eles, fez diversas alterações na logística e distribuição de seus produtos e criou um sistema de logística reversa em parceria com os fabricantes de produtos eletrônicos vendidos em sua plataforma de e-commerce. Ao refletirmos sobre essa pequena proposta, podemos nos perguntar: a. Que ações essa pequena empresa virtual pode adotar para contemplar o comportamento responsável? b. E a distribuição e a logística, como deve funcionar com esse comportamento? c. Qual o impacto da implantação dessas ações no resultado da companhia? 3. CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUES O planejamento e o mapeamento de processos do setor de logística são cruciais para dar suporte ao gestor. Quanto maior for o domínio das informações e das atividades, mais simples será apontar fragilidades e possíveis erros. A estrutura do planejamento logístico pode ser dividida e realizada em três níveis, nível estratégico, nível tático e nível operacional. Fonte: https://www.vendasexternas.com.br/tendencias-logistica-reversa-canais-de-distribuicao-e-novas-tecnologias/ 3.1 Canais de distribuição Um Canal de Distribuição corresponde à uma ou mais empresas ou organizações que participam do fluxo de produtos e serviços desde o produtor até o cliente ou consumidor final. Normalmente, a organização pensa em entregar diretamente a seus clientes, porém nem https://www.vendasexternas.com.br/tendencias-logistica-reversa-canais-de-distribuicao-e-novas-tecnologias/ 3 sempre é possível, ou seja, muitas vezes utiliza outras organizações para distribuir todos os seus produtos ou alguns deles ao cliente final (PAOLESCHI, 2014). A Logística moderna é dividida em três grandes segmentos. O primeiro atende às necessidades da logística de suprimento (entrada) de insumos, matéria-prima, equipamentos, peças etc. Já o segundo segmento é responsável pela transformação do processo produtivo (produção) em produtos acabados ou serviços. Enquanto, que o terceiro segmento é responsável pela transferência ou distribuição física dos produtos acabados ou serviços (saída) aos diversos tipos de clientes e consumidores (RODRIGUES, 2004). Na análise do ambiente empresarial, o canal de distribuição é considerado pelo marketing como uma variável controlável da indústria, dentro do seu ambiente interno de análise. Na composição do Marketing Mix da organização, ele é avaliado no “P” de praça/ponto de venda (KOTLER, 2011). Os participantes de um canal de distribuição são os consumidores finais; os intermediários compostos por varejistas, atacadistas, distribuidores, produtores, fornecedores; e os facilitadores que são compostos por empresas de transporte, armazenamento, agências de propaganda, agencias de promoção e bancos (KOTLER, 2002). Ainda em relação à logística podemos dizer que, segundo Pozo (2010), entre as atividades primárias fazem parte a de apoio ou secundária que podem também contribuir para a disponibilidade e a condição física de bens e serviços são: Armazenagem, Manuseio de materiais, Embalagem de proteção, Obtenção, Programação de produtos e Manutenção de informação. O transporte e o armazenamento são os principais processos que compõem a distribuição física nos canais de distribuição. Há sempre a movimentação dos produtos desde o fim da produção até o mercado de clientes. Os canais de distribuição são os principais caminhos dos produtos. Eles são representados por atacadistas, varejistas, revendedores, distribuidores etc. A maior parte dos produtos vendidos no varejo chega às mãos dos consumidores através de diversos intermediários: dos fabricantes até os atacadistas ou distribuidores, seguindo aos varejistas, onde os produtos finalmente ficam disponíveis aos consumidores finais. Essa estrutura de distribuição não é fixa, havendo, outros intermediários envolvidos ou menos intermediários que os acima citados. Os produtos passam de uma organização para outra, sucessivamente, até seu ponto de venda, para tornar-se acessível ao mercado consumidor. Existem dois tipos de canais, o primeiro atende ao processo de transferência de propriedade (transação) e suas principais funções são: negociar, vender e contratar. Já o segundo canal está relacionado com a distribuição ou entrega de produtos ou serviços, ou seja, a distribuição física na prática. Esses intermediários podem desempenhar as duas funções, o que não é muito comum. Um Canal de Distribuição na Logística é muito importante na Cadeia de Suprimentos (GCM) (DIAS, 2005). Conscientes da deficiência dos sistemas de entrega, os principais grupos financiadores de projetos de Internet já fazem investimentos pesados na logística de distribuição de e-commerce. O setor deverá receber 40% do capital previsto para a Internet no Brasil este ano, de acordo com levantamento da Comexnet (Comunidade de Comércio Exterior, Transporte e Logística), entidade que congrega 4 mil empresas da área de logística na América Latina (PAOLESCHI, 2014). 4 3.2 Comércio eletrônico x comercio tradicional De acordo com Novaes (2007) os principais elementos que diferenciam o comércio eletrônico do tradicional são os seguintes: São os serviços de comunicação que dão suporte à troca de informações entre vendedores e clientes; O gerenciamento de dados possui duas principais funções: criar e manter bases de dados necessárias para fornecer diversas informações aos consumidores e levantar informações sobre os usuários à medida que navegam pelo site (como por exemplo, na implantação de cookies que permitem colher valiosas informações sobre os clientes potenciais); Mecanismos de segurança (de extrema importância para o e-commerce) autenticam a fonte de informação e garantem a integridade e privacidade na troca de informações. As relações mais ágeis entre consumidores e vendedores, a inserção instantânea no mercado, sendo que os produtos ficam imediatamente expostos no mercado brasileiro e internacional, além da redução da burocracia (o uso e guarda de papeis são reduzidos) são alguns dos fatores positivos e que podem ser apresentados como vantagens do e-commerce. 4. LOGÍSTICA REVERSA Algumas tendências na área de Logística estão sendo bastante comentadas pois serão preparatórias e extremamente importantes para o sucesso financeiro. Principalmente durante, e após a Pandemia do COVID19, através do qual trouxe novos hábitos e comportamentos sobre o consumidor. O que é a Logística Reversa? É o gerenciamento do retorno de produtos, embalagens ou outros produtos desde o consumidor até a origem, por exemplo: garrafas retornáveis. De forma simples, o maior desenvolvimento da logística reversa está ligada a questões ambientais e ao déficit de reciclagem dos materiais. Além desse quesito legal, as indústrias estão buscando se conscientizar sobre questões ambientais. Para a logística reversa, o impacto ambiental é levado muito a sério e vem crescendo por meio das compras on-line. Pelo fato de não visualizar fisicamente o produto, o cliente acaba ficando inseguro para efetuar a compra e/ou fica insatisfeito com o que recebe na porta da sua casa e ocorre por limitar sistemas de trocas ou devoluções de mercadorias. Para essa situação é importante que o processo de devolução aconteça sem maiores contratempos e mais agilizado para o cliente. Para a logística, a tecnologia é fundamental e deve obrigatoriamenteestar presente no dia a dia, o que faz muita diferença pois permite a automatização dos processos na área. Além de facilitar ao atendimento das obrigações legais, tais como emissão de Conhecimento de Transporte Eletrônico, a tecnologia é essencial também no auxílio às melhorias de processos e o alcance de bons KPIs para sua empresa. Para quem faz uso da Logística de Transportes a tecnologia está em alta e vem sendo responsável por facilitar e agilizar os processos automatizados. A integração de soluções para pronta entrega e pré-venda com sistemas de gestão em uma única plataforma pode trazer resultados mais satisfatórios e desenvolvimento para a área. 5 5. APLICAÇÕES PRÁTICAS À MAXMIX COMERCIO ELETRÔNICO Considerando as informações ressaltadas anteriormente, e as informações disponibilizadas sobre a empresa MaxMix, é possível concluir que o canal de distribuição é muito importante, pois é responsável pela maior parte das ações de marketing além de determinar o preço final do produto. Desta forma, podemos responder as questões relacionadas neste projeto sobre a empresa em questão. As etapas que constituem a compra na empresa são, basicamente, as seguintes: 1. Preparação do pedido – o cliente encontra a mercadoria de interesse, obtém informações necessárias para realizar a compra, autoriza a transação financeira adequada e transmite o pedido ao site em questão; 2. Processamento de pedido – o site processa as informações sobre a compra e as repassa para as organizações envolvidas, como transportadoras, centros de distribuição, bancos, administradoras de cartões de crédito, entre outras, podendo ser um processo automatizado, aumentando a segurança e rapidez na troca de dados (e evitando distorções como trocas de endereços, nomes, produtos, etc.); 3. Atendimento de pedido - após a confirmação da transação financeira há a separação do produto ou sua encomenda no fornecedor, emissão de nota fiscal e entrega ao transportador; 4. Entrega – por fim o transporte/distribuição da mercadoria até o cliente (BRAZ, 2013). Ao optar pelas vendas online, a empresa deixa ao cliente a responsabilidade pela preparação do pedido (escolha dos produtos com base na disponibilidade ou não dos materiais em estoque, informação que é atualizada diariamente) e ao site e às organizações envolvidas (as já citadas administradoras de cartões e instituições financeiras) o processamento dos pedidos, restando à empresa em questão apenas separação e distribuição dos produtos nos prazos definidos, além de atividades como a manutenção do site, o controle de estoque e diversos outras funções de uma empresa (FERREIRA et. al. 2010; LIMA et. al, 2010; BRAZ, 2013). Após a constatação do pagamento, o pedido é impresso automaticamente na empresa e encaminhado para a expedição. Com o pedido em mãos, é realizada a separação dos produtos em estoque, que são encaminhados para serem embalados, tudo em um curto prazo de tempo. Há uma característica a ser considerada: a grande maioria das compras de produtos eletrônicos é realizada no período noturno, após as 18h (FERREIRA et. al. 2010; LIMA et. al, 2010; BRAZ, 2013). A empresa utiliza como intermediário na distribuição os Correios, pela vantagem em relação aos custos logísticos, considerando o porte da empresa. Em contratos com e- commerce os Correios determinam que os produtos devem estar prontos para serem expedidos as 14h, dessa forma, em relação aos pedidos que entram a noite, a empresa possui até as 14h para separar os pedidos e embalar os produtos. Feito isso, eles são transportados por veículo próprio até os Correios e então, distribuídos até os clientes (FERREIRA et. al. 2010; LIMA et. al, 6 2010; BRAZ, 2013). Os pedidos devem estar prontos para serem expedidos até às 14h, pois os produtos precisam estar nos Correios – de acordo com um contrato entre as empresas. Logo, o pedido entra durante a noite e a empresa, ao iniciar suas atividades pela manhã, tem até às 14h horas para separar e embalar os produtos. Feito isso, estes são transportados em veículo próprio até os Correios e daí distribuídos até os clientes (FERREIRA et. al. 2010; LIMA et. al, 2010; BRAZ, 2013). As mercadorias saem da empresa com uma etiqueta com número de rastreamento que é transmitido ao cliente (por volta das 15h) para que este possa acompanhar, passo a passo, o processo de transporte de seus produtos (um canal de distribuição vertical entre fabricante, distribuidor e consumidor final) (FERREIRA et. al. 2010; LIMA et. al, 2010; BRAZ, 2013). Em raríssimos casos (geralmente quando o comprador é da mesma cidade) a MaxMix entregará seus produtos diretamente ao consumidor final. Nessa situação, o canal de distribuição utilizado seria o canal híbrido: a empresa distribuiria seus produtos através de um operador logístico (no caso os Correios) e diretamente ao cliente final. O número de agências (espalhadas por todos os cantos do país), a quantidade de funcionários e a frota dos Correios espalhadas por todos os cantos do país possibilita uma estrutura logística muito grande e facilita a entrega das mercadorias nos prazos adequados, o que faz com que muitas empresas de e- commerce B2C optem por seus serviços (FERREIRA et. al. 2010; LIMA et. al, 2010; BRAZ, 2013). Os fornecedores da empresa, que utilizam transportadoras, às vezes atrasam suas entregas – o que ocorreria com menos frequência se optassem pelos Correios. Para quem precisa enviar mercadorias fracionadas, de pequeno porte, e que devem ser entregues aos clientes em um curto espaço de tempo, torna-se inviável a utilização de serviços de transportadoras (FERREIRA et. al. 2010; LIMA et. al, 2010; BRAZ, 2013). Um centro de distribuição deve ser um meio de minimização de custos, melhoria no uso dos recursos e apoio ao processo de venda e pós-venda. Os centros de distribuição de posicionamento avançado, principalmente para a entrega de bens de consumo mais imediato, constituem pontos de apoio ao rápido atendimento às necessidades dos clientes de certa área geográfica, distante dos centros de produção. Esse mecanismo permite atender adequadamente a pequenos pontos de vendas (PDV’s), tais como padarias, lanchonetes, bares e restaurantes, os quais têm uma demanda firme e constante, com rápido giro de seus produtos, normalmente de alta perecibilidade e com pequeno tempo de comercialização (FARAH, 2002, p. 45). Blessa (2003, p.16) enfatiza a importância do ponto de venda ao declarar que ele “representa o momento e o lugar para onde convergem todos os elementos que compõem a venda: o produto, o consumidor e o dinheiro”. Uma das características que resultam na importância do PDV é a necessidade de reduzir custos de distribuição da empresa (ROSENBLOOM, 2002). 6. CONTROLE DE ESTOQUES O controle de estoque é a área responsável por controlar o fluxo de entradas e saídas de itens a serem vendidos ou utilizados para prestação de serviços de uma empresa, estas 7 informações apontam informações importantes sobre vendas, bem como analisar e prever quais serão as necessidades reposição ou até mesmo adequação de produtos para a entrada de novos. A área comercial é o canal de entrada de receita das empresas, setor este considerado de extrema importância. A organização da área de vendas, o acompanhamento e lançamento corretos destas para gerar relatórios que garantem precisão na hora de ver quais produtos dão lucro, quais são mais vendidas, definição por épocas em que os produtos mais saem. A assertividade entre estoque e o comercial é essencial para o bom funcionamento da empresa e geração de lucro. Fonte: https://www.rtek.com.br/qual-a-importancia-de-ter-um-sistema-de-controle-de-estoque/6.1 Programas e softwares que poderiam ser utilizados Sim, existem softwares criados para o controle da operação, alguns mais completos e outros mais específicos como de áreas de transporte e rastreio, mas todos eles auxiliando as empresas a terem controle sobre suas operações. 6.1.1 Sistema de Gestão Empresarial (ERP) Um software com uma proposta bem completa é o ERP, que significa Enterprise Resource Planning. Essa solução já é amplamente utilizada em empresas de diversos setores e é composto por módulos. Sendo assim, é perfeitamente possível integrar outros programas https://www.rtek.com.br/qual-a-importancia-de-ter-um-sistema-de-controle-de-estoque/ 8 como o TMS ou o WMS nele e centralizar toda a gestão do negócio em uma só ferramenta. Nesse sentido, um dos seus maiores benefícios é a capacidade de integração total das áreas e processos de um empreendimento. Isso favorece a troca de informações entre setores e parceiros e viabiliza uma visão bem ampla da instituição e de todas as suas etapas. Por exemplo, com ele, um intercâmbio de dados entre o financeiro, o estoque de peças e a gestão de manutenções acontece de forma rápida e prática, garantindo uma tomada de decisão mais segura e embasada. Um software criado no ERP é o TOTVS - completo de sistemas e plataformas para gestão de empresas de segmentos de mercado, serviços financeiros e soluções de business performance. 6.1.2 Sistemas de Roteirização A consolidação do mercado de e-commerce fez com que a demanda pelo sistema de cargas fracionadas — no qual um mesmo veículo realiza as entregas para diferentes clientes em um mesmo trajeto — aumentasse consideravelmente. Ao mesmo tempo, o trânsito intenso nas grandes capitais e os crescentes perigos nas estradas são aspectos que chamam atenção dos gestores para a necessidade do planejamento de rotas. Elaborar mapas de entrega otimizados faz toda a diferença no custo e no cumprimento do prazo. Nesse sentido, sistemas conhecidos como Roteirizadores cumprem a função de calcular a quilometragem e elaborar os melhores caminhos. A empresa lança os dados sobre suas entregas no sistema e escolhe seus critérios de preferência. O programa traça rotas considerando aspectos como: a) percurso mais curto; b) gasto com combustível; c) quantidade de pedágios na via; d) histórico de assaltos e acidentes em determinadas estradas; e) volume de entregas; f) pontos de carga e descarga; g) restrições de horário e exigências dos clientes; h) custo do trajeto; entre muitos outros. Como se pode ver, o Roteirizador é um instrumento poderoso que agrega muito valor à organização de rotas, distribuição e carregamento de cargas. O gestor passa a ter mais controle sobre a sequência como as entregas serão feitas e todas as condições da viagem, podendo alocar 9 despesas e recursos com maior eficiência. Um software que utiliza o sistema de roteirização é o Rout Easy - Roterização e torre de controle em uma só plataforma para organizar sua logística e reduzir custos. Integre a RoutEasy com seu ERP, TMS ou WMS através da nossa estrutura de APIs ou ainda através de arquivo Excel. 6.2 Sugestão para oferecer um serviço de qualidade superior ao cliente Entender o negócio, conhecer o produto e a localização dos seus clientes (público-alvo) é importante para começar a planejar como vai ser a distribuição dos produtos. Diante do que foi apresentado até aqui, podemos destacar os principais pontos: I. Fazer uma análise dos resultados; II. Ter um planejamento bem estruturado; III. Ser transparente com o seu público; IV. Apostar principalmente em tecnologia. 7. CAPITAL DE GIRO E CONTROLE DE RESULTADOS O capital de giro de uma empresa consiste em todos os recursos financeiros que a empresa possui em caixa, ou em investimentos de alta liquidez, ou seja, que possam ser sacados imediatamente, para arcar com todos os custos operacionais, sejam eles contas fixas, como alugueis e salários ou fornecedores e mercadorias. Ele é de extrema importância, porém muitas empresas com potenciais deixam de crescer ou chegam à falência por não saber administrar e calcular a necessidade de capital de giro (NGC). 7.1 Cálculo da NGC Existem duas formas de calcular a NGC: 7.2 Ciclo Financeiro Para calcular a NGC pelo ciclo financeiro de uma companhia, é preciso conhecer o que são os Prazos Médios de Pagamento e os Prazos Médios de Recebimento: Prazo Médio de Pagamento: é o tempo médio entre o momento da compra de suprimentos com fornecedores e o efetivo pagamento dessas compras; Prazo Médio de Recebimento: é o tempo médio entre o momento da venda da mercadoria ou do serviço e o efetivo recebimento do valor dos clientes. 10 Com esses dados, a fórmula para analisar a necessidade de capital de giro é: NGC = Prazos Médios de Recebimento – Prazos Médios de Pagamento 7.3 Balanço Patrimonial A fórmula da NGC, por esse método, é: NGC = Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional No que se refere ao ativo circulante operacional, temos o estoque e as contas a receber. Já dentro do passivo circulante operacional, temos as contas a pagar. Portanto, outra forma de demonstrar essa fórmula é: NGC = Contas a Receber + Estoques – Contas a Pagar Caso o resultado desse cálculo seja negativo, saberemos que o desembolso com contas a pagar é superior aos ativos operacionais disponíveis pela empresa. Por isso, a companhia poderá precisar recorrer a capital de terceiros para manter sua operação. Caso uma determinada empresa demore para identificar a sua necessidade de capital de giro, os custos com os juros de dívidas e empréstimos feitos às pressas sem dúvida serão maiores. No final, isso prejudicará os sócios e acionistas, reduzindo as margens da empresa e seus lucros. (Tiago Reis,20190). 7.4 Itaú S.A Para demonstrar os balanços financeiros para definição da necessidade do capital de giro, utilizamos a empresa Itaúsa S.A, que é uma holding que administra algumas empresas, entre elas o banco Itaú. 7.4.1 Dados companhia CNPJ: 61.532.644/0001-15 Atividade Principal: Gestão de Participações Societárias (holding) Classificação Setorial: Financeiro / Intermediários Financeiros / Bancos Site: www.itausa.com.br 7.4.2 Demonstração do Fluxo de Caixa http://www.itausa.com.br/ 11 Encerramento do Exercício: 2021 30/06 2021 31/03 2020 31/12 2020 30/09 Total do Ativo Circulante 10448 7308 8023 6719 Caixa e Investimentos de Curto Prazo 6507 3994 4360 3814 Caixa 178 255 267 175 Caixa e Equivalentes de Caixa 4889 2286 2620 2425 Investimentos de Curto Prazo 1440 1453 1473 1214 Contas a Receber, Líquido 2501 1949 2542 1858 Contas a receber - comércio ,Líquido 1355 1246 1239 1280 Inventário 1167 1119 925 893 Despesas Antecipadas 39 44 26 23 Outros Ativos Circulantes, Total 234 202 170 131 Total do Ativo 79276 73302 72600 67553 Imobilizado - Líquido 3922 3910 3964 3977 Imobilizado - Bruto 8392 8290 8270 8199 Depreciação Acumulada, Total -4470 -4380 -4306 -4222 Ágio, Líquido 324 324 324 337 Intangíveis, Líquido 414 415 415 409 Investimentos de Longo Prazo 61352 58893 57382 53453 Realizável a Longo Prazo - - - - Outros Ativos de Longo Prazo, Total 2816 2452 2492 2658 Outros Ativos, Total - - - - Total do Passivo Circulante 4838 3202 3728 2898 A Pagar/Acumulado 1241 1163 1097 870 A Recolher/Auferidos - - - - Investimentos de Curto Prazo 321 323 342 340 Notas a Receber/Empréstimos de Curto Prazo - - 1 - Parcela Circulante das Obrigações de Arrendamento Mercantil 936 568 600 816 Outros Passivos Circulantes,Total 2340 1148 1688 872 Total do Passivo 18164 14606 15257 13059 Total de Endividamento de Longo Prazo 7530 5452 5470 4192 Endividamento de Longo Prazo 7177 5105 5125 3857 Obrigações de Arrendamento Mercantil 353 347 345 335 Imposto de Renda Diferido 201 155 144 171 Participação de Acionistas Não Controladores 3576 3177 3290 3094 Outros Passivos, Total 2019 2620 2625 2704 Total do Patrimônio Líquido 61112 58696 57343 54494 Ações Preferenciais Resgatáveis - - - - Ágio, Líquido - - - - Ações Ordinárias, Total 43515 43515 43515 43515 Capital Social integralizado Adicional 4 4 4 4 12 * Em Milhões de BRL (exceto dados por ação) Fonte: Itausa PN (ITSA4) Balanço patrimonial - Investing.com TTM = Trailing de Doze Meses MRQ = Trimentre mais Recente Margem Bruta TTM34,02% Margem Operacional TTM167,26% Margem Líquida TTM161,84% Retorno Sobre Investimento TTM18,35% Receita Total Lucro Líquido Sep 20Dec 20Mar 21Jun 210B1B2B3B4B Encerramento do Exercício: 30.06.2021 31.03.2021 31.12.2020 30.09.2020 Receita Total 1974 1768 1894 1778 Lucro Bruto 721 606 618 577 Receitas Operacionais 4180 2554 3665 2002 Lucro Líquido 3514 2207 3662 1784 Liquidez Seca MRQ1,92 Liquidez Corrente MRQ2,16 Dívida de longo prazo em Capital MRQ12,32% Dívida Total em Capital MRQ13,85% Total do Ativo Total do Passivo Sep 20Dec 20Mar 21Jun 210B25B50B75B100B Jun 21 Total do Ativo79,28B Lucros Retidos (Prejuízos Acumulados) 19324 16632 15121 12297 Ações em Tesouraria - Ordinárias - - - - Garantia de Dívida de Opções de Compra de Ações - - - - Ganho/(Perda) não Realizado(a) 6 6 6 6 Outros Patrimônios Líquidos, Total -1737 -1461 -1303 -1328 Total do Passivo e Patrimônio Líquido 79276 73302 72600 67553 Ações Ordinárias em Circulação 8410,81 8410,81 8410,81 8410,81 Ações Preferenciais em Circulação - - - - https://br.investing.com/equities/itausa-pn-ej-n1-balance-sheet 13 Total do Passivo18,16B Encerramento do Exercício: 30.06.2021 31.03.2021 31.12.2020 30.09.2020 Total do Ativo 79276 73302 72600 67553 Total do Passivo 18164 14606 15257 13059 Total do Patrimônio Líquido 61112 58696 57343 54494 Fluxo de Caixa/Ação TTM1,48 Receita/Ação TTM0,88 Fluxo de Caixa Operacional 11,14% Caixa Variações Líquidas no Caixa Sep 20Dec 20Mar 21Jun 21-1B0B1B2B3B Encerramento do Exercício: 30.06.2021 31.03.2021 31.12.2020 30.09.2020 Período: 6 Meses 3 Meses 12 Meses 9 Meses Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais 539 283 1346 823 Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento 946 948 2253 3367 Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento 702 -1579 -3093 -3971 Variações Líquidas no Caixa 2180 -346 518 231 * Em Milhões de BRL (exceto dados por ação) Fonte: Itausa PN (ITSA4) Balanço patrimonial - Investing.com 8. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL O Brasil conta com a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), estabelecida em 2010, para regulamentar os processos de logística reversa e descarte ambientalmente correto. Dessa forma, a PNRS propõe a responsabilidade compartilhada entre fabricantes, distribuidores, varejistas, usuários e consumidores, estabelecendo ainda normas, multas e penalidades para cada caso. Desde 2010, a CMA (Comissão de Meio Ambiente) também desenvolve projetos de incentivo para empresas que se adaptam ao processo de logística reversa. A PNRS foi criada por meio da Lei nº 12.305 de agosto de 2010 e passou a trabalhar a priorização e compartilhamento com todas as partes envolvidas no ciclo de vida de um produto, a responsabilidade pela gestão conjunta e pelo gerenciamento de forma ambientalmente correta dos resíduos sólidos, a exemplo do que ocorre com a promoção do retorno dos produtos às indústrias depois de findo o seu ciclo de consumo (BRASIL, 2010). A estruturação e implantação de um processo de logística reversa para bens eletroeletrônicos é um desafio hoje no Brasil. A Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010, conhecida como Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) exige a criação de mecanismos que viabilizem https://br.investing.com/equities/itausa-pn-ej-n1-balance-sheet 14 a estruturação e implementação de sistemas de logística reversa por parte dos fabricantes, dos importadores, dos distribuidores e dos comerciantes de eletroeletrônicos, em consonância com os planos de gerenciamento de resíduos, desenvolvidos pelo poder público (BRASIL, 2010). Leite (2009, p. 15) afirma que “atualmente, tornou-se impossível ignorar os reflexos que o retorno dessas quantidades crescentes de produtos pós-venda e de pós-consumo causa nas operações empresariais”. O custo de implantação do processo de logística reversa nas empresas pode representar até 70% do valor de mercado para alguns produtos, transformando- se num obstáculo à obtenção de um retorno financeiro minimamente viável para o cenário atual. No entanto, as empresas que praticam a logística reversa, o fazem por considerar esta prática um diferencial 20 competitivo de mercado, conceituando-a como uma empresa de práticas sustentáveis diante da sociedade, porém com retorno financeiro difícil de ser quantificado (LEITE, 2009). De acordo com Yanyan (2010), são três as sugestões que as empresas devem acatar para obter um sistema eficiente de logística reversa no e-commerce: a) Construir um sistema compreensível de rastreamento de informação. A chave para estabelecer e melhorar o sistema logístico de rastreamento de informação é desenvolver e fazer uso de softwares relacionados com o processo e com a finalidade de se integrar o sistema de informações da empresa. O sistema de logística reversa no e-commerce requer permutações e combinações para separar as informações. Assim, se constrói um sistema de banco de dados em tempo real e desenvolvem-se softwares adequados ao sistema para incorporar operações de negócios. b) Estabelecer um retorno perfeito e sistemas de reparo no e-commerce. Tanto no comércio tradicional quanto no e-commerce esse processo é inevitável. A aplicação de um sistema computacional de informação e uma rede de relacionamentos irá aumentar sua eficiência. Através da rede de consumidores pode-se entender o canal da logística reversa e o movimento do fluxo de capital no processo de devolução. Este é um indicador importante do estado do serviço de negócio. c) As empresas devem estabelecer um sistema interno de logística reversa baseado na rede e no sistema de informação computacional. Para o estabelecimento deste sistema é necessário reduzir o tempo de processamento da logística reversa, para garantir que o consumidor que possua bens em manutenção receba-os o mais breve possível. Além de aumentar a credibilidade da empresa, pode-se economizar no custo de armazenamento. Caso o cliente tenha que devolver um produto por defeito, deve realizar a solicitação da devolução especificando o motivo. Será gerado um código de postagem, o cliente realiza o envio de volta para a empresa sem custo algum. Os trâmites dessa operação são gerenciados junto ao sistema de atendimento ao consumidor da loja e do fabricante. Esse modo concilia várias etapas da operação logística, como transporte, armazenagem e direcionamento de itens indesejados para a fábrica ou área de descarte. 15 9. RELATÓRIO 9.1 Problema e solução por área A demanda pela pesquisa surgiu a partir do momento em que a empresa estudada sinalizou a necessidade da implantação de um SGA independente, apesar do fabricante oferecer suporte em relação a logística reversa e descarte de resíduos, a política ambiental do distribuidor era inexistente, no que concernem aos seus próprios processos. O treinamento, capacitação dos colaboradores e padronização de ações é quase que inexistente. Fica evidente, portanto, a necessidadede incorporar a variável ambiental na administração da empresa, uma vez que a empresa corre riscos em relação à depreciação da imagem institucional, perda de mercado e aumento de custos. Apesar desse panorama o administrador acredita nos benefícios de se implantar o SGA, padronizando processos e conscientizando os funcionários, uma vez que além de contribuir com a preservação do meio ambiente estará reduzindo custos. Ao coletar os dados necessários para realização dessa pesquisa, a respeito da situação ambiental da empresa, a metodologia utilizada teve como intuito integrar conceitos básicos de sustentabilidade com a ISO 14001. A coleta de dados compreendeu a situação ambiental da empresa, essa metodologia procurou integrar os princípios básicos da sustentabilidade no âmbito da ISSO 14001, buscando desenvolver, dentre outros: 1. Redução do consumo de água e energia; 2. Orientação para que essa empresa possa atingir metas e vantagens competitivas e sustentáveis através de um Sistema de Gestão Ambiental. De acordo com Carbonari, Pereira e Silva (2011, p. 116), “a empresa deve agir para a manutenção e melhoria das condições ambientais, diminuindo a ação própria potencialmente agressiva ao meio ambiente e disseminando para outras empresas as práticas e conhecimentos adquiridos na experiência da gestão ambiental”. A geração de valor por meio do investimento na eco suficiência, favorecendo a valorização da biodiversidade e responsabilidade social com a sociedade em geral. Ficou indiscutivelmente visível que esta organização necessitava incorporar à variável ambiental no processo gerencial, nessa situação a organização corria riscos de elevação dos gastos com multas, recuperação de áreas contaminadas, perda de mercado e depreciação da imagem institucional. 9.2 Escopo – contextualização Atualmente a tendência é que as empresas adotem estratégias que melhorem seu desempenho ambiental, se configurando como um diferencial em seu segmento de atuação. Isso significa adotar políticas muitas vezes, ainda mais restritivas do que as impostas pelas vias legais no país. De acordo com Venancio et. al. (2012, p. 85) a “estratégia está ligada a demanda de produtos e serviços com o segmento de mercado proposto pela empresa em determinado momento, isto é, está ligado ao ambiente em que ela se encontra”. Ou seja, qualquer empresa que tenha como objetivo a implantação do SGA, tem que relacionar adequadamente os recursos físicos, tecnológicos, financeiros e humanos buscando sempre diminuir os problemas internos relativos à questão ambiental. De acordo com Nascimento (2008, p. 128), “o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) pode ser definido como um conjunto de procedimentos para gerir ou administrar uma organização, 16 de forma a obter o melhor relacionamento com o meio ambiente”. Na visão de Thoumy e Vochon (2012, p. 26), a maneira para alcançar a sustentabilidade é através do equilíbrio, existindo assim cinco dimensões principais para a sustentabilidade: • Social – Que se entende com a criação de um processo de desenvolvimento sustentado por uma civilização com maior equidade na distribuição de renda e de bens de modo a reduzir o abismo entre ricos e pobres; • Econômica – Deve ser alcançada através do gerenciamento e da alocação mais eficiente dos recursos e de um fluxo constante de investimento público e privado; • Ecológica – Pode ser alcançada através do aumento da capacidade de utilização dos recursos, limitação do consumo de combustíveis fósseis e de outros recursos que são facilmente esgotáveis, a redução da geração de resíduos e de poluição, através da conservação de energia, recursos, reciclagem; • Espacial – Que se deve ser dirigida para a obtenção de uma configuração rural-urbana mais equilibrada e melhor distribuição territorial dos assentamentos humanos e das atividades econômicas ligados a eles; • Cultural – Incluindo a procura por raízes endógenas de processos de modernização e de sistemas agrícolas integrados que facilitem a geração de soluções especificas para o local, ecossistema, cultura e área. Sendo assim, em termos operacionais carecemos de imaginação ecológica capaz de subsidiar o pensamento sobre desenvolvimento. A meta é trazer mais de um bilhão de pessoas para o nível acima da linha da pobreza, inicialmente provendo-as em cenários culturais e ambientais diferentes de garantias de um meio de vida sustentável e enfatizando a capacidade da população local de agir de forma não agressiva em relação ao meio ambiente, uma vez que tenham sido removidos os obstáculos que os impedem de ter uma visão de longo prazo a respeito da conservação. Estes obstáculos são de natureza política e social e devem ser superados. 9.3 PROJETO PARA AS SOLUÇÕES 9.3.1 Todos os itens do plano Inicialmente, foi realizado um trabalho de conscientização sobre a necessidade de investimento no Sistema de Gerenciamento ambiental, e o sócio proprietário se demonstrou receptivo ao estabelecimento de uma política voltada para a excelência ambiental. A direção também se sensibilizou sobre a importância de assumir seu papel, que envolve extrema responsabilidade na condução da implantação do SGA Para a implantação do SGA ser viável, pretende-se discorre-lo em etapas, seguindo determinações de leis municipais, estaduais e federais, além de regulações próprias da ABNT – Associação de Normas Técnicas e CONAMA – Conselho nacional de meio ambiente. 17 Também será utilizada bibliografia disponível sobre o assunto, para embasar hipóteses e ações. Seguindo os passos estabelecidos na primeira parte do projeto, as principais ações para implementação do SGA, serão listadas a seguir: 1. Realização de palestras de educação ambiental, orientando os funcionários para que exerçam suas atividades na empresa de forma consciente; 2. Adoção de um sistema de reciclagem, para evitar o descarte incorreto de resíduos: papéis, metais e plásticos; 3. Observando a literatura disponível, identificar formas inovadoras e efetivas de gerenciar sem agredir o meio ambiente, compartilhando com a empresa novos conhecimentos e a importância do desenvolvimento sustentável; 4. Implantação de um sistema de armazenamento de água da chuva, para limpeza externa e interna; 5. Implantação de ações para economia de energia elétrica. Tabela 1. Identificação de Ações com Impacto Ambiental e Medidas para Controle PROBLEMA MEDIDA ÁGUA O intuito é realizar a captação e armazenamento de água da chuva. A água captada será 25 armazenada em tonéis e será utilizada para limpeza do ambiente interno e externo. Sugeriu-se também a instalação de dispositivos nas torneiras, para controle da saída de água, o que pode levar a uma economia de 2 a 3 litros de água por minuto. Dessa forma, pretende- se alcançar uma redução de 50% do consumo total de água. ENERGIA ELÉTRICA Será enfatizado em palestras a importância da conscientização e mudanças de hábitos. Também foi proposto a implantação de painéis solares, que podem diminuir até 25% do consumo de energia, trazendo benefícios tanto para a manutenção de recursos naturais, como benefícios econômicos para a empresa. COLETA SELETIVA DE LIXO Pode-se dizer que grande parte da quantidade de resíduos sólidos gerados em empresas, seja na produção ou no consumo de mercadorias podem ser reutilizados por meio da reciclagem. Russo (2016, p. 17) lembra que “a falta de mobilização social, despreparo de autoridades responsáveis e escassa tecnologia são alguns dos obstáculos para implantação de uma cultura de reutilização, na sociedade moderna”. Foi proposta na empresa a separação do lixo orgânico do lixo inorgânico, que será recolhido duas vezes na semana por um membro da cooperativa dereciclagem. Também foram trocadas as lixeiras para separação de materiais específicos como: metal, plástico, papel e orgânico. Foi realizada também uma palestra de orientação para os colaboradores. 18 9.3.2 Cronograma de atividades Tabela 2. Cronograma geral para implantação do SGA Descrição da atividade Prazo para análise, elaboração e implantação Ação Levantamento de Aspectos e Impactos 01 a 02 meses Definição e elaboração da política e do escopo e aprovação. Objetivos, Metas e Programas 02 a 04 meses Avaliação e definição dos objetivos e metas. Elaboração de programas específicos para o cumprimento das mesmas, bem como sua manutenção e investimentos. Adequação de áreas 06 a 12 meses Avaliação, de acordo com o cumprimento dos requisitos legais, da necessidade de adequação de áreas Programa de Treinamento e Conscientização De 02 a 06 meses (Contínuo após a implantação) Realização de palestras e treinamentos. 9.4 Empresas que praticam o Desenvolvimento Sustentável no Brasil “A humanidade de hoje tem a habilidade de desenvolver-se de uma forma sustentável, entretanto é preciso garantir as necessidades do presente sem comprometer as habilidades das futuras gerações em encontrar suas próprias necessidades” – Agenda 21 O ranking das 100 empresas consideradas mais sustentáveis do mundo pela Corporate Knights. Empresas de 21 países apareceram na lista da Global 100, sendo os líderes: os Estados Unidos com 22 empresas mais sustentáveis do mundo, seguido por França (11) e Japão (8). No Brasil os destaques, são representados no ranking por 2 (duas) empresas com práticas sustentáveis de destaque: Banco do Brasil S.A. (8° lugar), Natura Cosméticos S.A. Fonte: https://qualtec.com.br/blog/2019-global-100-empresas-brasileiras-sao-destaque-em-sustentabilidade/ http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/agenda-21/agenda-21-brasileira.html 19 9.4.1 Banco do Brasil S.A O Banco do Brasil aparece pela 4ª vez na lista, liderando este ranking no setor bancário mundial. A organização tem investido cada vez mais em Economia Verde com a intenção de reduzir a emissão de carbono, aumentar a eficiência no uso de recursos naturais e buscar continuamente a inclusão social. O banco já investiu R$ 193 bilhões, incluindo recursos para o Programa Água Brasil, projeto criado em 2010 em parceria com a Fundação Banco do Brasil, o WWF-Brasil e a Agência Nacional de Águas (ANA). O objetivo do projeto é conservar a água e os rios brasileiros através de ações divididas em 4 eixos: 1. Melhorando a qualidade e quantidade de água nas bacias hidrográficas e aumentando a vegetação nativa; 2. Desenvolvendo modelos de negócios sustentáveis; 3. Criando estudos e ferramentas de boas práticas, e; 4. Conscientizando a sociedade sobre o uso inteligente da água em prol do meio ambiente. 9.4.2 Natura Cosméticos S.A A Natura, que aparece em 15° lugar no ranking, foi a primeira empresa brasileira a receber o selo “The Leaping Bunny”, da Cruelty Free International, que atesta o compromisso com a não realização de testes de produtos e ingredientes em animais. Além disso, destacou-se por, só no ano passado, ter superado a meta de volume de negócios na região amazônica (R$ 1 bilhão até 2020), com o fortalecimento das parcerias para conservação do meio ambiente e das cadeias da biodiversidade, como parte dos objetivos do Programa Amazônia. A empresa também recebeu o selo B Corp, movimento global de companhias que integram resultado financeiro à geração de resultado socioambiental. http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-01/banco-do-brasil-e-considerado-o-mais-sustentavel-do-mundo http://bbaguabrasil.com.br/ https://www.natura.com.br/blog/sustentabilidade/natura-e-15a-empresa-mais-sustentavel-do-mundo https://www.leapingbunny.org/ http://wwwdlv.natura.com.br/www/a-natura/sustentabilidade/natura-b-corp/ 20 CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo desse estudo foi de analisar, na prática, os pontos teóricos estudados no primeiro bimestre de 2021.2. Para tanto foi objeto de estudo a empresa Maxmix Comércio Eletrônico, empresa “fictícia” do segmento de eletrônicos. Em Canais de Distribuição e estoques, foi observado que para se ter um bom retorno como Gestor Comercial, é necessário termos uma ampla visão ampliada, e se familiarizar com a área de negócios, conhecendo sistemas, seus processos tecnológicos, e suas ramificações. É preciso ter uma boa gestão de logística e armazenagem. Por esta razão, foram implementadas algumas estratégias baseadas na fundamentação teórica, identificadas e aplicadas na Maxmix Comércio Eletrônico, através da exemplificação de sistemas de Controle de estoques, associados ao processo logístico como um todo, que certamente irão garantir um volume maior de vendas, como também a rentabilidade dos produtos. No que se refere à disciplina Capital de Giro e Controle de resultados, conclui-se que pra gerir um negócio de sucesso é necessário, essencialmente, planejamento e outros fatores que devem ser levados em conta, como a análise detalhada do mercado, um sistema eficiente e prático de informação, bem como, conhecer, pesquisar e aplicar estratégias sobre os produtos ou serviços que queremos inserir em um mercado tão competitivo, fazendo com que a empresa atinja seus objetivos de crescimento tendo seu cliente cada vez mais próximo e fiel. A gestão de números e capital de giro é essencial para a manutenção saudável e eficiente de qualquer empresa. No que tange ao Desenvolvimento Sustentável, o trabalho não esgota este assunto, pois são temáticas que possuem intensos debates, críticas sociais e políticas, e estão em constante mudança e evolução. Trabalhos acadêmicos executados como este é que nos prepara para sermos futuros profissionais, com visão holística sobre o mundo, capazes de lidar com os desafios do ambiente coorporativo. 21 REFERÊNCIAS BLESSA, Regina. Merchandising no Ponto-de-venda. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2003. 206p. BOWERSOX, Donald J., CLOSS, David J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010. CARBONARI, Maria E. E.; PEREIRA, Adriana C.; SILVA, Gibson Z. Sustentabilidade na Prática: Fundamentos, Experiências e Habilidades. São Paulo: Saraiva, 2011. DIAS, Philippe-Pierre; ERNST, R.; FENDER, M.; KOUVELIS, P. Logística e operações globais. São Paulo: Atlas, 2005. FARAH JR., MOISES. Os desafios da logística e os centros de distribuição física. Revista FAE Business, n. 02, junho p. 44–46, 2002. KOTLER, P. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. São Paulo: Campus Elsevier, 2011. KOTLER, Philip; ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002. NASCIMENTO, Márcio Andrey; SCHENINI, Pedro Carlos; MACHADO, Luciano. Estudo do sistema de gestão ambiental da rede de distribuição de combustíveis “alfa”. III Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2008. POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem Logística. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2010. PAOLESCHI, T. M. E-marketing: o marketing na internet com casos brasileiros. São Paulo, Saraiva, 2014. https://Itausa PN (ITSA4) Balanço patrimonial - Investing.com Acesso: 14/10/2021 https://qualtec.com.br/blog/2019-global-100-empresas-brasileiras-sao-destaque-em- sustentabilidade/ Acesso: 15/10/2021 https://br.investing.com/equities/itausa-pn-ej-n1-balance-sheethttps://qualtec.com.br/blog/2019-global-100-empresas-brasileiras-sao-destaque-em-sustentabilidade/ https://qualtec.com.br/blog/2019-global-100-empresas-brasileiras-sao-destaque-em-sustentabilidade/
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