Buscar

Anaerobiose Fisiologia do exercício

Prévia do material em texto

Instituto de Ciências da Saúde 
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO – 6N 
Professor Rafael Machado 
Curso de Educação Física 
Novo Hamburgo, 20 de maio de 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artigo de revisão: 
 
ANAEROBIOSE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTEGRANTES DO GRUPO: 
Lucas Roos, Tauan Lyra, Tauana Guimarães e William Gomes 
INTRODUÇÃO 
 O presente trabalho utilizou-se do tema limiar anaeróbio para elaboração de um 
artigo de revisão. O tópico abrangeu como palavras-chave os próprios conceitos temáticos 
e também metabolismo e treino anaeróbico, bem como anaerobiose, as quais foram 
digitadas no site de busca Scholar Google. A pesquisa resultou em 9.860 resultados de 
artigos relacionados, porém, utilizou-se 22 destes em específico para a construção do 
documento proposto. 
 O limiar anaeróbio, na forma que adotamos chamá-lo, “tem sido definido como a 
intensidade de exercício físico na qual a produção de energia pelo metabolismo anaeróbio 
predomina em relação ao metabolismo aeróbio, refletindo um aumento na concentração 
de lactato sanguíneo e na razão lactato/piruvato no músculo ou sangue arterial” (POZZI 
et al. 2006). Vale ainda considerar que, além disso, de acordo com os autores 
(WASSERMAN e MCILROY, 1964) citados por MARQUEZI (2006), o conceito baseia-
se na relação causa-efeito entre limiares distintos (metabólico e ventilatório; LM + LV, 
respectivamente) determinada pelo aumento da hipóxia tecidual local. 
 Nesse sentido, essa entrada em anaerobiose tem sido determinada, segundo 
PITHON et al. (2006) por meio da concentração sanguínea de lactato, pela determinação 
de alterações nas trocas gasosas, chamado de limiar de anaerobiose ventilatório (LAV), 
pela resposta da frequência cardíaca e/ou pela eletromiografia de superfície. O que pode 
ser percebido como principal dificultador nesse processo todo de análise e identificação 
do limiar anaeróbio é, portanto, a carência quanto a definição de conceitos. Apesar de já 
haver uma certa quantidade de literaturas a respeito desse assunto, o mesmo se encontra 
em uma posição ainda muito crítica quanto a posicionamentos consistentes e respostas de 
estudos concretas. 
Tema central de inúmeras pesquisas realizadas nas últimas décadas, o “Limiar 
Anaeróbio”, apresenta-se como um dos assuntos mais polêmicos e controvertidos dentro 
da história da Fisiologia do Exercício, como bem aponta DENADAI (1995). Contudo, 
ainda que tal situação mereça ressalva, uma vez que existem até mesmo autores que 
criticam a existência do limiar anaeróbio, não há como negar sua aparição cada vez mais 
frequente na prática diária de preparadores físicos, fisiologistas, médicos, entre outros 
profissionais que envolvem-se no campo da saúde humana, corpo e movimento. Diante 
Rosemary Fernandes
.
Rosemary Fernandes
m
Rosemary Fernandes
f
do referido quadro, fica evidente a necessidade de maiores aprofundamentos na busca de 
concordância entre os pesquisadores do assunto quanto a seus mecanismos básicos. 
 
SISTEMA ENERGÉTICO ANAERÓBIO 
 Antes de apresentar as relações do referido tema com os subtítulos estipulados, 
faz-se importante explanar sobre como ocorre o processo de produção de energia no corpo 
humano para a prática de exercícios, uma vez que, segundo PEREIRA e SOUZA (2010) 
as atividades físicas são estímulos que promovem estresse em vários sistemas do corpo e 
em diferentes graus. Como resultado, podem causar modificações específicas de acordo 
com o tipo, a intensidade e a duração do exercício físico realizado. 
A principal fonte de energia para a realização da maioria dos processos celulares 
no corpo humano é uma molécula chamada ATP (Adenosina trifosfato). A quebra da 
molécula de ATP durante o processo metabólico funciona como combustível para a 
contração muscular. Nesse sentido, por meio da respectiva energia, é que as células 
corporais são supridas para a realização de exercícios físicos. Contudo, a produção dessa 
energia pode acontecer de maneiras diferentes, através do sistema metabólico aeróbio ou 
através do sistema metabólico anaeróbio. 
O sistema aeróbio utiliza-se de gordura, ácidos graxos, como substrato energético 
durante a prática de exercícios físicos. Nesse processo, são recrutadas fibras musculares 
do tipo 1 (vermelhas e de contração mais lenta), sendo que, a ativação desse tipo de 
metabolismo ocorre durante exercícios prolongados, com mais repetições, menos ou 
nenhum intervalo e menor carga. Em contrapartida, o sistema anaeróbio utiliza-se, 
principalmente, de glicose como substrato energético, em uma perspectiva de 
macronutrientes. As fibras musculares recrutadas nesse processo são as do tipo 2 (brancas 
e de contração rápida), sendo que, a ativação desse tipo de metabolismo ocorre durante 
exercícios físicos de alta intensidade, com menos repetições, mais intervalo e maior carga. 
 
EXERCÍCIO FÍSICO 
A relação da rota metabólica anaeróbia com o exercício de alta intensidade é 
extremamente grande, no entanto, para que possamos entender a importância e os efeitos 
dessa rota, devemos desmembrar algumas de suas características no que diz respeito a 
Rosemary Fernandes
.
Rosemary Fernandes
.
Rosemary Fernandes
,
Rosemary Fernandes
.
Rosemary Fernandes
.
Rosemary Fernandes
.
Rosemary Fernandes
.
Rosemary Fernandes
.
Rosemary Fernandes
.
reações fisiológicas no corpo das pessoas. Existe um ponto de troca de metabolismo 
chamado limiar anaeróbio. A grosso modo, isso é um ponto limite de divisão entre os 
metabolismos aeróbio e anaeróbio, o limar indica até que ponto o metabolismo oxidativo 
dá conta de gerar energia suficiente para manter uma certa atividade. Quando o mesmo 
não consegue mais suprir a necessidade energética, acontece a troca, migrando para o 
metabolismo anaeróbio. 
Há duas formas distintas de encontrar esse limiar e apontar onde ocorre essa troca 
de metabolismo em cada pessoa. O jeito mais comum e acessível, de forma prática para 
trabalhos diários, é através do valor estimado da frequência cardíaca, onde se calcula 220 
(bpm= batimentos por minuto) menos a idade do indivíduo, para obter a frequência 
cardíaca máxima. Feito isso, encontra-se os 70% da frequência cardíaca máxima, por 
meio de um cálculo simples de regra de três. Então, estimadamente, para pessoas não 
atletas, esse será o limiar de lactato. 
Nesse sentido, o marcador de entrada no metabolismo anaeróbio corresponde a 
70% da frequência cardíaca máxima do indivíduo, ou seja, para que o corpo entre em 
anaerobiose é necessário submetê-lo a exercícios em um grau de intensidade que conduza 
o coração a atingir e ultrapassar os batimentos acima dos 70% de sua frequência cardíaca 
máxima. Essa porcentagem diz respeito a pessoas “comuns”, já no caso de atletas de alto 
rendimento, esse limiar pode ser atingido em até 92% de suas frequências cardíacas 
máximas, visto que, a adaptação e intimidade com a prática de exercícios físicos eleva a 
eficiência cardíaca desses sujeitos. Os testes se concentram em duas formas mais precisas: 
VO2 máximo e teste invasivo de lactato. Para descobrir esse limiar exato e medido, elas 
são as mais utilizadas em universidades e grandes clubes de diferentes modalidades. 
O corpo em anaerobiose tende a sofrer grandes danos, tanto momentâneos quanto 
pós esforço, uma vez que o trabalho é de alta intensidade de contração, causando forças 
de cisalhamento e tração em regiões tendíneas e musculares. Inúmeras micro lesões se 
formam durante e pós treinamento. O ácido láctico, que é um substrato da contração 
muscular, especialmente em anaerobiose, também agride o corpo e as células, gerando 
inflamação crônica com o passar dos anos de treinamento. Por outro lado, o treino 
anaeróbio tem sua vantagem no que diz respeito ao aumento de força muscular e 
capacidade de explosão em exercícios de velocidade com alta intensidade. 
Rosemary Fernandes
,
Rosemary Fernandes
.
Rosemary Fernandes.
Rosemary Fernandes
.
Rosemary Fernandes
.
Rosemary Fernandes
.
Rosemary Fernandes
.
“De acordo com observações feitas por Holloszy, há evidente 
diminuição do fluxo metabólico alático e lático das fibras 
musculares quando o treinamento aeróbio é realizado de forma 
volumosa, diminuindo as concentrações sanguíneas de amônia e 
lactato. Portanto, a consequência é que os atletas diminuem a 
capacidade de suportar altas concentrações musculares desses 
metabólitos, ou seja, têm dificuldade em ativar a via glicolítica 
anaeróbia muscular de maneira eficiente durante o jogo; 
consequentemente, desenvolvem lentidão excessiva, ou seja, 
ficam muito resistentes aos esforços de longa duração, porém, 
pouco velozes.” (SILVA et al., 1999) 
Visando a fonte energética, a rota metabólica anaeróbia utiliza mais de glicogênio 
como fonte de energia. Ele se encontra estocado, armazenado, nas fibras musculares tipo 
2A, que são de muita potência, mas de esgotamento rápido, o que significa que possuem 
grande poder de contração, mas se esgotam de energia muito rapidamente. Se a atividade 
permanece em alta intensidade acima de 100% da frequência cardíaca, o organismo utiliza 
creatina como fonte de energia, estocada na fibra tipo 2B, que é de extrema potência e 
velocidade. 
Mesmo dentro do metabolismo anaeróbio, existe um marcador que determina a 
produção de lactato no fornecimento de energia, assim como a mudança de característica 
das fibras musculares do tipo 2, fazendo distinção entre A e B. Portanto, como coloca 
URSO et al. (2013), esse metabolismo, por sua vez, é subdividido em metabolismo 
anaeróbio alático (MAA) e metabolismo anaeróbio lático (MAL). O MAA se refere à 
hidrólise dos estoques de adenosina trifosfato (ATP) e de fosfocreatina (CP), ao passo 
que o MAL se refere à degradação parcial da glicose, resultando na formação de ácido 
lático. 
Uma grande diferença quando há uma maior contribuição anaeróbia, assim então, 
entrando em anaerobiose, especificamente é quanto a capacidade respiratória de eliminar 
do dióxido de carbono (CO2) que prevalece em relação a capacidade de captação do 
oxigênio (O2), sendo verificado através do protocolo de avaliação cardiorrespiratória 
progressiva pelo método ergoespirométrico. 
Rosemary Fernandes
.
Um teste muito utilizado para determinar a auto performance é o teste invasivo de 
lactato onde os resultados são obtidos através da analise de amostras de sangue após ou 
durante intensidade de esforço diferentes, é invasivo porque existe uma invasão do 
sujeito, adentrando, ou seja, passando a camada superficial da pele. 
A avaliação consiste da seguinte forma, são coletadas amostras de sangue para 
que seja determinada a concentração de lactato em diferentes intensidades de esforço, se 
o indivíduo apresentar um acúmulo abrupto de ácido láctico acima de 2 mmol por 
decilitro de sangue, ele deixou de utilizar como fonte principal a aerobiose e começou a 
utilizar mais da rota metabólica anaeróbica. Entre uma série de exercício e outra, confere-
se o nível de lactato para determinar a hora certa de iniciar a próxima série fazendo o 
individuo render em seu 100 por cento a cada novo esforço. 
Sendo assim, o metabolismo anaeróbio lático é o primeiro a ser ativado, por meio 
da submissão do corpo a realização de exercícios de curta duração em intensidade de grau 
médio para alto, enquanto que o anaeróbio alático é estimulado indo um pouco além, ao 
realizar exercícios de curta duração, mas em intensidade extrema. 
 
EM REPOUSO 
Ao nutrirmos o corpo, as moléculas de glicose presentes nos alimentos são 
quebradas, passando por diversos processos que modificam sua estrutura, resultando em 
novas moléculas, a fim de que, pela quebra destas, venham a ser produzidas ATPs como 
fonte de energia. Logo que entra no organismo, a glicose quebrada dentro das células 
resulta em moléculas piruvato. As partículas que seguem dessa quebra possuem várias 
possibilidades de ligações com a presença de oxigênio no ciclo de Krebs, que dará origem 
a molécula acetil-coa e terá fim na resolução de ATPs. Porém, no caso do metabolismo 
anaeróbio, a quebra do piruvato segue por outra rota, produzindo lactato, sem recorrer ao 
oxigênio. 
Sendo assim, enquanto o corpo apresenta-se em estado de repouso, sem a prática 
de exercício físico, produz lactato como resultado da glicólise, tendo um valor de 1,0 a 
1,8 mmol/L. O que ocorre para o surgimento do limiar anaeróbio é o acúmulo e 
concentração desse lactato no sangue, que pela aceleração do metabolismo que exige o 
suprimento de energia, porém encontra-se em carência de fornecimento de oxigênio, 
passa a entrar em contraste entre a produção de lactato e extração do mesmo durante a 
prática de exercícios físicos intensos. 
“Desde o início dos anos 30, aceita-se que o VO2 aumenta 
linearmente com o incremento de carga, mas a concentração de 
lactato no sangue altera-se muito pouco desde o repouso até 
determinadas cargas de trabalho (40 a 70% do VO2max), durante 
um exercício de intensidades progressivas. Três décadas depois, 
surgiram protocolos de avaliação para tentar identificar o 
momento da transição entre as cargas onde haveria 
predominância do metabolismo aeróbio para aquelas em que o 
metabolismo anaeróbio seria o mais importante. Ultrapassado 
este “limite” (limiar), a concentração de lactato aumentaria, com 
a ventilação (VE) e a produção de CO2 (VCO2) crescendo 
desproporcionalmente ao incremento do VO2. Isto levou 
cientistas à utilização de curvas ventilatórias e de lactato para a 
determinação destes limiares. A partir dos anos 70, avaliações 
destas curvas passaram a ser adotadas com mais frequência em 
exames de cardiopatas e portadores de insuficiência cardíaca.” 
(SILVA; TORRES, 2002) 
 Lembra-se ainda que, em períodos de repouso como intervalo entre os estresses 
físicos das cargas dos exercícios, esses números de lactato, frequência cardíaca, trocas 
ventilatórias e volume de oxigênio passam a se alterar pela colocação do corpo em 
recuperação para um próximo estímulo físico. Porém, essas alterações são bem pequenas 
e acontecem lentamente, pois o metabolismo encontra-se muito acelerado pela alta 
intensidade do exercício. Assim, os índices desses marcadores permanecem altos mesmo 
depois do exercício finalizado, demorando para voltar ao estado “normal”. Portanto, 
definir limiar anaeróbio em repouso não se faz tão cabível, já que se trata de um marcador 
visto na prática de exercícios de força explosiva e velocidade; embora, seja possível sim, 
verificar os índices das variáveis fisiológicas em repouso nos momentos de intervalo do 
treinamento, a fim de que se possa manter um controle quanto a permanência do 
metabolismo em rota anaeróbia. 
 
RELAÇÃO COM A IDADE 
Existem duas fórmulas principais disponíveis para utilização da estimativa da 
frequência cardíaca máxima, que logo, estimam o limiar anaeróbio, uma vez que o 
aumento da frequência cardíaca é um dos fatores que conduz o corpo a entrar em 
anaerobiose. A primeira fórmula, mais utilizada no mundo todo, é realizada subtraindo 
220 (bpm) pela idade do indivíduo. Por exemplo, uma pessoa de 35 anos deve fazer o 
cálculo da seguinte maneira: 220 – 35. O resultado dessa subtração será 185, assim, a 
frequência cardíaca máxima (FCM) de uma pessoa de 35 anos é 185 BPM (batimentos 
por minuto). 
O próximo passo para encontrar o valor de batimentos correspondente a 
anaerobiose é multiplicar a porcentagem da frequência cardíaca máxima que estima o 
perfil do indivíduo na entrada da rota metabólica anaeróbia pela sua frequência cardíaca 
máxima. Seguindo o exemplo anterior, de uma pessoa “comum”, não-atleta, será preciso 
calcular “70% de 185”, multiplicando 70 por 185. Fazendo isso, obtém-se o valor de 
70x185= 12,950. Então, o resultado obtido deve ser dividido por 100. O resultado final 
de 12,950/100 é igual a 129 batimentos. A partir disso, considera-seque cima de 129 
batimentos esse indivíduo estará em anaerobiose. 
Outra fórmula bastante usada é a de Tanaka, (frequência cardíaca máxima = 207 
– 0,7 x idade). Contudo, vale lembrar, para que fique bem claro, que essas fórmulas são 
baseadas em valor estimado, nunca precisos. Para que os números sejam precisos, deve-
se medir no espirômetro calibrado. 
Ao levar em consideração a idade na análise de variáveis na determinação do 
limiar anaeróbio de indivíduos é preciso cautela. Sob o viés do nível de lactato no sangue 
durante o exercício, um estudo realizado por TANAKA e SHINDO (1985), citado por 
DENADAI (1995), demonstraram uma correlação negativa entre o LAn e o grau de 
maturação óssea. Porém, verificaram que meninos pré-púberes (<15 anos) tinham um 
LAn maior do que indivíduos adultos (>18 anos) e semelhantes aos jovens treinados (16 
anos). 
De acordo com DENADAI (1995), (ASTRAND, 1984) também “verificou que 
crianças apresentavam uma menor concentração de lactato sanguíneo e muscular, quando 
comparadas aos adultos, durante um exercício submáximo de mesma carga relativa”. 
Porém, é necessário lembrar que, crianças tendem a ter uma atividade glicolítica inferior 
em relação a atividade enzimática aeróbia, segundo o mesmo estudo, o que, em união a 
menor concentração de testosterona em crianças, pela imaturidade fisiológica, possuindo 
menor hipertrofia nas fibras brancas do tipo 2, pode ser uma explicação para o limiar 
anaeróbio ser maior em crianças do que em adultos. 
“Os critérios para o exercício máximo descritos em adultos são 
raramente satisfeitos em crianças e adolescentes e, portanto, 
necessitam de maior especificidade e precisão. Variáveis 
cardiorrespiratórias, como ventilação pulmonar (VE), razão das 
trocas respiratórias (RTR), frequência respiratória, pulso de 
oxigênio, e frequência cardíaca (FC), medidas durante os testes 
físicos de exercício progressivo, têm valores máximos nas 
crianças e adolescentes muito diferentes dos valores apresentados 
por adultos.” (PEREZ; CARLETTI, 2011) 
Ainda assim, pela falta de estudos conclusivos sobre tal assunto, não se faz tão 
conveniente fazer afirmações nesse sentido, mesmo que os apontamentos apresentados 
sejam bastante significativos. Para maiores definições faz-se necessárias mais pesquisas, 
uma vez que o limiar de anaerobiose exige a análise também da frequência cardíaca 
durante o exercício, consumo e volume de O2, bem como das trocas ventilatórias como 
evidenciado na citação acima. 
 
RELAÇÃO COM O GÊNERO/SEXO 
Em um estudo apresentado por GOMES et al. (2013), o sistema anaeróbio com 
relação aos sexos masculino e feminino foi analisado e testado em adolescentes 
brasileiros de 10 a 14 anos, por meio do teste cardiopulmonar, com o protocolo de rampa 
em esteira ergométrica. Encontrou-se o LAV (limiar anaeróbio ventilatório) através dos 
métodos V-slope e/ou equivalente ventilatório de oxigênio. O resultado foi um consumo 
de oxigênio (VO2 LAV) maior entre meninos de 13 a 14 anos e, o VO2 LAV foi diferente 
em relação ao peso corporal entre os gêneros apenas aos 14 anos, sendo maior em 
meninos. 
“Esta aparente diferença sexual tem sido atribuída, 
principalmente, à menor concentração de hemoglobina e maior 
porcentagem de gordura corporal das mulheres. O homem, em 
geral, pode gerar mais energia aeróbia porque possui uma massa 
muscular maior (“massa metabolicamente ativa”), menos gordura 
corporal total e mais células carreadoras de oxigênio, para um 
mesmo volume sanguíneo.” (SILVA; TORRES, 2002) 
 Myers e Bellin (2000) mostraram que o teste de rampa, com aumento contínuo da 
carga de trabalho, é vantajoso quando comparado a testes tradicionais, pois apresenta boa 
previsão do consumo de oxigênio, em avaliações de respostas máximas ou submáximas 
do exercício. A vantagem para o teste de rampa também foi apresentada para crianças e 
adolescentes brasileiros (SILVA; SARAIVA; SOBRAL, 2007). 
 Sabe-se que no período da adolescência ocorrem aumentos no crescimento 
longitudinal e na estrutura dos órgãos, bem como adaptações no desenvolvimento dos 
sistemas fisiológicos, que irão refletir no consumo de oxigênio do esforço máximo e 
submáximo (ROWLAND, 2008). 
 Assim, a importância de se conhecer a aptidão cardiorrespiratória de adolescentes 
está relacionada tanto à saúde, em que uma maior aptidão pode estar correlacionada a um 
menor perfil de risco cardiovascular (RODRIGUES et al., 2006, 2007), como à prescrição 
de exercícios e ao efeito do treinamento (ROWLAND; DELANEY; SICONOLFI, 1987; 
ARMSTRONG; WELSMAN, 1994; PRADO et al., 2009, 2010). 
 Depois dos testes aplicados e a comparação de gênero, faixa etária e literatura, os 
resultados sugerem que a capacidade cardiorrespiratória obtida pelo VO2 relativo ao peso 
corporal no LAV foi semelhante entre meninos e meninas até os 13 anos. Após essa idade, 
os meninos apresentaram valores mais elevados, sugerindo uma melhora na aptidão 
aeróbica submáxima. O maior LAV nos adolescentes mais velhos do sexo masculino, não 
acompanhado de elevação no percentual do VO2máx., em comparação com o feminino, 
sugere melhorias no sistema aeróbico. 
Esse resultado é corroborado pela literatura, que atribui essas mudanças ao 
aumento das câmaras ventriculares, do tamanho pulmonar, da massa muscular, da 
capilarização dos músculos, da capacidade das enzimas oxidativas e da concentração de 
hemoglobina, resultando em maior disponibilidade no conteúdo de oxigênio plasmático, 
especialmente em meninos (ROWLAND et al., 2008). No entanto, ainda existem 
conflitos na literatura sobre os processos fisiológicos e as melhorias de aptidão aeróbica 
em relação ao processo de crescimento e maturação nessa faixa etária (ARMSTRONG; 
TOMKINSON; EKELUND, 2011). 
 De acordo com Armstrong, Tomkinson e Ekelund (2011), há elevação do pico de 
VO2 com o avanço da idade dos 8 aos 16 anos em até 150% para os meninos, e um 
aumento de 80% para as meninas até aproximadamente os 13 anos, e estabilização ou 
queda após essa idade. 
 Semelhante a estes resultados, Cooper et al. (1984) mostraram que as meninas de 
12 a 17 anos apresentaram valores mais baixos para VO2 LAV (19 ± 3 ml.kg-1.min-1) 
do que as meninas de 6 a 11 anos (23 ± 4 ml.kg-1.min-1) e quando comparadas aos 
meninos (27 ± 6 ml.kg-1.min-1) da mesma idade, sugerindo que as meninas apresentavam 
níveis mais elevados de lactato sanguíneo durante o exercício, além de pressões sociais e 
culturais que supostamente inibia a participação das adolescentes em atividades 
vigorosas, resultando em níveis de aptidão mais baixos, refletindo assim em menor 
desempenho aeróbico ao realizarem testes de esforço. 
 Toda esta analise mostrou que houve perda da aptidão aeróbica em nível 
submáximo dos adolescentes a partir dos 12 anos, apresentando uma tendência à redução 
do VO2 LAV (ml.kg-1.min-1) nas meninas e uma estabilização nos meninos. Houve 
também uma grande semelhança nos resultados para ambos os sexos até os 13 anos, após 
essa idade houve valores mais elevados para os meninos, sugerindo uma melhor aptidão 
física. 
 Assim pode-se analisar que há um equilíbrio entre os gêneros até a idade de início 
de maturação dos meninos, além da pressão psicológica e preconceito que as meninas 
sofrem para exercer atividades físicas. Tirando as questões genéticas ao longo da vida, 
vai depender dos hábitos obtidos pelas pessoas, independentes de sexo, para uma vida 
mais saudável ou não. 
 
RELAÇÃO COM A ETNIA 
 Ao considerar a fisiologia humana, de modo geral, supõem-se que especificidades 
ligadas a etnia não possuem uma relação tão forte com a determinação do limiar 
anaeróbio, uma vez que, genericamente, os estudos apontam déficit de O2 na produção 
de energia nas células musculares como principal motivador para desencadeamento da 
rota metabólica anaeróbia. Entretanto, não se faz prudente utilizar-se de tais conclusões 
de forma tão simplistapara avaliar questões ligadas ao funcionamento do corpo humano, 
já que as individualidades são inúmeras. 
 A provável correlação existente entre o tipo de fibra muscular e sua disposição 
para o acúmulo e concentração de lactato durante o esforço em exercícios de intensidade 
tem sido alvo de muitas investigações, entre as quais já têm surgido resultados 
significativos. IVY et al. (1980), citado por DENADAY (1995), verificaram que a 
porcentagem de fibras vermelhas se correlacionou com a intensidade no LL (ponto de 
inflexão do lactato), tanto expresso em valores absolutos de VO2 (r =0,74) quanto 
relativos ao VO2máx (r = 0,70) durante o exercício na bicicleta. Em função disso, os 
autores sugeriram que o LL sofre uma influência importante do fator genético. 
“Entretanto, alguns estudos demonstraram que, em indivíduos 
saudáveis, as diferenças genéticas contribuem, 
significativamente, para sua variabilidade. Portanto, a 
modificação dessa variável metabólica, pelo treinamento, tem um 
limite biológico.” (SILVA et al., 1999) 
 Em conformidade com IVY et al. (1980), GARCIA et al. (2009) também ressalta 
que “a causa do LAn não é única e exclusivamente hipóxica, sendo determinado 
também pelo tipo de fibra muscular recrutada, subtipo da mATPase, subtipo da 
LDH, ativação do sistema nervoso simpático (liberação de adrenalina) e 
disponibilidade de substrato energético”. 
“Por fim, o VO2max tem uma importante influência genética. 
Estudos iniciais estimaram que a herança genética era 
responsável por até 93% da variabilidade do VO2max. 
Posteriormente, outros trabalhos tentaram mostrar o efeito da 
hereditariedade sobre o VO2max, porém com a detecção de 
menores taxas14 (25 a 50%). Esta herança faz com que, após 
alcançado o potencial geneticamente determinado, o treinamento 
não surta mais efeito sobre o VO2max. Mesmo neste caso, é 
comum verificarem-se melhoras de desempenho, pois a 
capacidade para o trabalho prolongado também depende da 
tolerância a intensidades submáximas de esforço, num percentual 
elevado em relação ao VO2 max. O fato de atletas muito bem 
condicionados conseguirem prolongar o esforço, em intensidades 
próximas de seu VO2max, podendo independer da melhora deste 
último, é um exemplo de que o VO2max não pode justificar 
totalmente a capacidade de manutenção de um exercício.” 
(SILVA; TORRES, 2002) 
 Portanto, as particularidades fisiológicas referentes a etnia e herança genética 
devem sim ser consideradas na reflexão a respeito da determinação do limiar de 
anaerobiose em indivíduos, principalmente atletas, pela grande exigência de resultados 
mais precisos para o trabalho com treinamento de alto rendimento. Um exemplo que pode 
ser tomado quanto a isso é o destaque entre atletas quenianos corredores de meio fundo e 
fundo. 
 
RELAÇÃO COM ESTADO DE SAÚDE E PATOLOGIA 
No mundo atual, onde cada vez mais surgem doenças e patologias, a atividade 
física se torna fundamental tanto na prevenção, quanto tratamento e reabilitação desses 
males. A atividade física se torna fundamental na prevenção de doenças, uma vez que 
esportes, exercícios, tarefas domésticas, atividade laboral e uma simples caminhada ao 
trabalho podem ser úteis, pois possuem um gasto calórico determinado, afirmam Barbosa; 
Bankoff (2008). As tecnologias dos dias atuais também tem influenciado muito em como 
cuidamos da nossa saúde, tanto na forma de postura cervical, quando mechemos no 
celular, na lombar quando estamos em uma postura errada, no isolamento de outras 
pessoas que nos deixa mais desleixado com a aparência e pode nos deixar com problemas 
psicológicos. Isso tudo ressalva o papel fundamental a profissão do Educador Físico, 
como afirmam os autores: 
“Estando em contato com outras pessoas, que na maioria das 
vezes se inter-relacionam, como consequência irá ter mais 
disposição para cumprir suas tarefas diárias, tanto em casa como 
no trabalho, um dos fatores essenciais para a mudança do estilo 
de vida e o aumento de sua qualidade. Isso trará para os grupos 
populacionais: redução e controle do peso corporal; redução do 
estresse; redução do consumo de cigarros; redução da incidência 
de doenças cardíacas; redução da pressão sanguínea; manutenção 
das funções em sujeitos com artrites, artroses e nas doenças 
pulmonares crônicas; sem contarmos com os benefícios que o 
exercício físico traz para a parte psicológica: aumento da 
segurança; o sentimento de bem-estar; a redução da tensão e da 
ansiedade; a satisfação sexual; aumento da autoestima e o 
sentimento de felicidade.” (BARBOSA; BANKOFF, 2008) 
Com isso vimos o quão importante é o profissional de educação física e os 
exercícios físicos para a sociedade, porém, quando falamos de pacientes com alguma 
patologia o cuidado e atenção deve ser muito maior, sempre com treinos prescritos 
especificamente, respeitando as diferenças. 
 As referências bibliográficas entram em acordo quando falam que o mais 
adequado para pessoas com patologias é o treinamento aeróbico de baixa intensidade e 
por um período de tempo um pouco maior, quando falam que para tratar do transtorno de 
ansiedade e pânico é melhor usar o limiar ventilatório I, sem ultrapassar o limiar de lactato 
de forma progressiva e controlada, pois treinos de alta intensidade podem ocasionar dores 
musculares levando a possíveis ataques de pânico (Araújo; Mello; Leite, 2006). 
As atividades físicas que devem ser prescritas aos doentes crônicos não 
transmissíveis devem ser de superioridade aeróbica, envolvendo grandes grupamentos 
musculares e gasto de energia moderado mantendo o corpo ativo e em equilíbrio 
(Barbosa; Bankoff , 2008). Para determinarmos o limiar de anaeróbio, o processo de 
análise ocorre da mesma forma que em pessoas saudáveis. Tendo em vista a pesquisa 
realizada com diabéticos tipo 2, a diferença ocorre mesmo em indivíduos ativos 
comparados a pessoas sedentárias, porém, a patologia não interfere em nada no limiar de 
lactato (Moreira et al, 2007). 
 
CONCLUSÕES 
 Ainda que os diferentes métodos utilizados para realizar a determinação e análise 
do limiar anaeróbio levem, em algumas circunstâncias, estudiosos e pesquisadores da área 
a divergirem em suas opiniões, não há como negar a eficiência de seu uso para a prática 
da prescrição de exercícios e avaliação das capacidades de indivíduos submetidos a 
atividade física, sejam atletas ou não. Seja por meios invasivos ou não invasivos, o ponto 
em questão é, de alguma forma, levando em consideração as possibilidades, ter acesso a 
informações desse marcador para aplicar no trabalho. 
“Através do LAn tornou-se possível, por exemplo, avaliar a 
atividade coordenada dos sistemas cardiovascular, respiratório e 
energético, uma vez que a utilização de parâmetros fisiológicos 
como indicadores da intensidade de esforço normaliza as 
adaptações decorrentes do exercício entre diferentes indivíduos e 
oferece condições para o diagnóstico de patologias e prescrição 
de treinamento.” (MARQUEZI, 2006, p.8) 
 Portanto, através do presente artigo, buscou-se esclarecer sobre o tema da rota 
metabólica anaeróbia, bem como do limiar anaeróbio, apresentando variáveis como a 
idade, características genéticas e de etnia, sexo e relação em estado de patologia ou 
saudável. Tendo em vista tudo o que foi abordado, concluiu-se que diante dos diferentes 
caminhos propostos, cabe ao profissional decidir qual o método mais viável e eficiente a 
ser utilizado, visando a saúde das pessoas para as quais destina-se. 
 
REFERÊNCIAS 
POZZI, LG et al. Determinação do limiar de anaerobiose de idosos saudáveis: 
comparação entre diferentes métodos. Revista brasileira de fisioterapia, São Carlos, v. 
10, n. 3, p. 333-338, setembro de 2006. Disponível em: 
<https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-
35552006000300013&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 8 de maio de 2020. Qualis 
B1 
 
MARQUEZI,Marcelo Luis. Bases metabólicas do conceito limiar anaeróbio. Revista 
Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo, 2006. Disponível em: 
<file:///C:/Users/tauan/Downloads/1292-Texto%20do%20artigo-3810-1-10-20090811.pdf>. 
Acesso em: 07 de maio de 2020. Qualis B3 
 
PITHON, KR et al. Comparação das respostas cardiorrespiratórias entre exercício de 
carga constante e incremental abaixo, acima e no limiar de anaerobiose ventilatório. 
Revista brasileira de fisioterapia, São Carlos, v. 10, n. 2, p. 163-169, 2006. 
Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
35552006000200005&lng=en&nrm=iso >. Acesso em: 06 de maio de 2020. Qualis B1 
 
DENADAI, Benedito Sérgio. Limiar Anaeróbio: considerações fisiológicas e 
metodológicas. Revista brasileira de atividade física e saúde, Rio Claro, v. 1, N. 2, 
pág. 74 – 88, 1995. Disponível em: <file:///C:/Users/tauan/Downloads/471-
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-35552006000300013&script=sci_arttext&tlng=pt
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-35552006000300013&script=sci_arttext&tlng=pt
file:///C:/Users/tauan/Downloads/1292-Texto%20do%20artigo-3810-1-10-20090811.pdf
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552006000200005&lng=en&nrm=iso
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-35552006000200005&lng=en&nrm=iso
file:///C:/Users/tauan/Downloads/471-Texto%20do%20Artigo-822-1-10-20120828%20(1).pdf
Texto%20do%20Artigo-822-1-10-20120828%20(1).pdf>. Acesso em: 06 de maio de 2020. 
Qualis B2 
 
URSO, Rodrigo Poles et al. Determinação dos metabolismos lático e alático da 
capacidade anaeróbia por meio do consumo de oxigênio. Revista brasileira de 
cineantropometria e desempenho humano, Alagoas, 2013. Disponível em:< 
https://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/view/1980-0037.2013v15n5p616/24952>. 
Acesso em: 18 de maio de 2020. 
 
 
PEREIRA, Benedito; SOUZA, Tácito Pessoa de. Metabolismo celular e exercício 
físico: aspectos bioquímicos e nutricionais, São Paulo: Phorte Editora LTDA, 14 de 
dezembro de 2010 - 240 páginas. Disponível em: < 
https://books.google.com.br/books?id=2iSzDQAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt-
BR#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 08 de maio de 2020. 
 
ARAÚJO, Pablo Antônio Bertasso; GUIMARÃES, Samantha Nahas; GUIDARINI, 
Fernanda Christina de Souza. Exercício físico como tratamento não farmacológico das 
doenças cardiovasculares: qual a intensidade ideal? Revista Brasileira de Prescrição e 
Fisiologia do Exercício, São Paulo, v. 8, n. 44, p. 215-225. mar./abr. 2014. Acesso em: 
2020. Disponível em: <file:///C:/Users/tauan/Downloads/Dialnet-
ExercicioFisicoComoTratamentoNaoFarmacologicoDasDo-4923212%20(1).pdf>. Qualis B4 
 
ARAÚJO, Sônia Regina Cassiano; MELLO, Marco Túlio; LEITE, José Roberto. 
Transtornos de ansiedade e exercício físico. Revista Brasileira de Psiquiatria, São 
Paulo, SP, v. 29, n. 2, p. 164-171. 2007. Acesso em: 06 mai. 2020. Disponível em: 
<https://www.scielo.br/pdf/rbp/v29n2/a15v29n2.pdf>. Qualis B1 
 
GARCIA, Alex et al. Limiar anaeróbio e bioenergética: uma abordagem didática. 
Revista da Educação Física, Maringá, v. 20, n. 3, p. 453-464, 2009. Disponível em:< 
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/4743/4879>. Acesso em: 
18 de maio de 2020. Qualis B1 
 
BARBOSA, José Antônio S; BANKOFF, Antônia Dalla. Estudo do nível de 
participação num programa de atividade física e suas relações com as doenças crônicas 
não transmissíveis. Movimento & Percepção, Espírito Santo do Pinhal, SP, v. 9, n. 12, 
p. 197-220, jan./jun. 2008. Disponível em: 
<https://www.researchgate.net/publication/26517403_Estudo_do_nivel_de_participacao_nu
m_programa_de_atividade_fisica_e_suas_relacoes_com_as_doencas_cronicas_nao_transmiss
iveis>. Acesso em: 06 mai. 2020. 
 
SILVA, Antônio Carlos da; TORRES, Fernando Carmelo. Ergoespirometria em atletas 
paraolímpicos brasileiros. Revista brasileira de medicina do esporte, v. 8, n. 3, 2002. 
file:///C:/Users/tauan/Downloads/471-Texto%20do%20Artigo-822-1-10-20120828%20(1).pdf
https://periodicos.ufsc.br/index.php/rbcdh/article/view/1980-0037.2013v15n5p616/24952
https://books.google.com.br/books?id=2iSzDQAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false
https://books.google.com.br/books?id=2iSzDQAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt-BR#v=onepage&q&f=false
file:///C:/Users/tauan/Downloads/Dialnet-ExercicioFisicoComoTratamentoNaoFarmacologicoDasDo-4923212%20(1).pdf
file:///C:/Users/tauan/Downloads/Dialnet-ExercicioFisicoComoTratamentoNaoFarmacologicoDasDo-4923212%20(1).pdf
https://www.scielo.br/pdf/rbp/v29n2/a15v29n2.pdf
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/4743/4879
https://www.researchgate.net/publication/26517403_Estudo_do_nivel_de_participacao_num_programa_de_atividade_fisica_e_suas_relacoes_com_as_doencas_cronicas_nao_transmissiveis
https://www.researchgate.net/publication/26517403_Estudo_do_nivel_de_participacao_num_programa_de_atividade_fisica_e_suas_relacoes_com_as_doencas_cronicas_nao_transmissiveis
https://www.researchgate.net/publication/26517403_Estudo_do_nivel_de_participacao_num_programa_de_atividade_fisica_e_suas_relacoes_com_as_doencas_cronicas_nao_transmissiveis
Disponível em:< https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-
86922002000300008&script=sci_arttext>. Acesso em: 19 de maio de 2020. Qualis A2 
 
LIMA, Jorge Roberto Perrout; KISS, Maria Augusta Peduti Dal'Molin. Limiar de 
variabilidade da frequência cardíaca. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, 
Florianópolis, SC, v. 4, n. 1, p. 29-38. 1999. Acesso em: 06 mai. 2020. Disponível em: 
<http://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/1020/1186>. Qualis B2 
 
MOREIRA SR, SIMÕES GC, HIYANE WC, CAMPBELL CSG E SIMÕES HG. 
Identificação do limiar anaeróbico em indivíduos com diabetes tipo-2 sedentários e 
fisicamente ativos. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v. 11, n. 4, p. 289-
296, jul./ago. 2007. Acesso em: 06 mai. 2020. Disponível em: 
<https://www.scielo.br/pdf/rbfis/v11n4/a08v11n4.pdf >. Qualis B1 
 
GOMES, Kamilla Bolonha; CARLETTI, Luciana; PEREZ, Anselmo José; 
RODRIGUES, Anabel Nunes. Limiar anaeróbico ventilatório em adolescentes 
brasileiros de ambos os sexos. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 
Florianópolis, v. 35, n. 1, p. 65-80, jan./mar. 2013. Disponível em: 
<http://rbce.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/1385>. Acesso em: 08 de maio de 
2020. Qualis B1 
 
SILVA, Paulo Roberto Santos; et al. A importância do limiar anaeróbio e do consumo 
máximo de oxigênio (VO2 máx.) em jogadores de futebol. Revista Brasileira de 
Medicina do Esporte, São Paulo, v. 5, n. 6, nov./dez. 1999. Disponível em:< 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86921999000600005&script=sci_arttext>. 
Acesso em: 18 de maio de 2020. Qualis A2 
 
 
PEREZ, Anselmo José; CARLETTI, Luciana. Identificação do limiar anaeróbio 
ventilatório em crianças e adolescentes: revisão da literatura. Revista brasileira de 
cineantropometria e desempenho humano, Alagoas, 2013. Disponível em:< 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1980-
00372012000300011&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 19 de maio de 2020. 
 
 
HAUGEN, Thomas; PAULSEN, Goran; SEILER, Stephen; SANDBAKK, Oyvind. 
New Records in Human Power. International jornal of sports physiology and 
performance, 2018. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28872385/>. 
Acesso em: 08 de maio de 2020. 
 
DEGENS, Hans; STASIULIS, Arvydas; SKURVYDAS, Albertas; STATKEVICIENE, 
Birute; VENCKUNAS, Tomas. Physiological comparison between non-athletes, 
endurance, power and team athletes. European jornal of applied physiology, 2019. 
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922002000300008&script=sci_arttext
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86922002000300008&script=sci_arttext
http://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/1020/1186
https://www.scielo.br/pdf/rbfis/v11n4/a08v11n4.pdf
http://rbce.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/1385https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-86921999000600005&script=sci_arttext
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1980-00372012000300011&script=sci_arttext&tlng=pt
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1980-00372012000300011&script=sci_arttext&tlng=pt
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28872385/
Disponível em:< https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30919126/>. Acesso em 09 de maio de 
2020. 
 
ZUPAN, Michael F.; ARATA, Alan W.; DAWSON, Letitia H.; WILE, Alfred L.; 
PAYN, Tamara L.; HANNON, Megan E. Wingate Anaerobic Test Peak Power and 
Anaerobic Capacity Classifications for Men and Women Intercollegiate Athletes. 
Journal of strength and conditioning research, 2009. Disponível em:< 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19910814/>. Acesso em: 09 de maio de 2020. 
 
VANDEWALLE, H.; PÉRÈS, G.; HONOD, H. Standard anaerobic exercise tests. 
Sports medicine, 1987. Disponível em:< https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/3306867/>. 
Acesso em: 08 de maio de 2020. 
 
GACESA, Jelena Z. Popadic; BARAK, Otto F.; GRUJIK, Nikola G. Maximal 
Anaerobic Power Test in Athletes of Different Sport Disciplines. Journal of strength 
and conditioning research, 2009. Disponível em:< 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19387405/>. Acesso em: 07 de maio de 2020. 
 
ABREU, Phablo; MENDES, Sálvio Victor Diogenes; CARDOSO, José Henrique Leal; 
CECCATTO, Vânia Marilande. Anaerobic Threshold Employed on Exercise Training 
Prescription and Performance Assessment for Laboratory Rodents: A Short Review. 
Life Sciences, 2016. Disponível em:< https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26860893/>. 
Acesso em: 07 de maio de 2020. 
 
 
 
 
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30919126/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19910814/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/3306867/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19387405/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26860893/

Continue navegando

Outros materiais