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Instituto de Ciências da Saúde FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO – 6N Professor Rafael Machado Curso de Educação Física Novo Hamburgo, 20 de maio de 2020 Artigo de revisão: ANAEROBIOSE INTEGRANTES DO GRUPO: Lucas Roos, Tauan Lyra, Tauana Guimarães e William Gomes INTRODUÇÃO O presente trabalho utilizou-se do tema limiar anaeróbio para elaboração de um artigo de revisão. O tópico abrangeu como palavras-chave os próprios conceitos temáticos e também metabolismo e treino anaeróbico, bem como anaerobiose, as quais foram digitadas no site de busca Scholar Google. A pesquisa resultou em 9.860 resultados de artigos relacionados, porém, utilizou-se 22 destes em específico para a construção do documento proposto. O limiar anaeróbio, na forma que adotamos chamá-lo, “tem sido definido como a intensidade de exercício físico na qual a produção de energia pelo metabolismo anaeróbio predomina em relação ao metabolismo aeróbio, refletindo um aumento na concentração de lactato sanguíneo e na razão lactato/piruvato no músculo ou sangue arterial” (POZZI et al. 2006). Vale ainda considerar que, além disso, de acordo com os autores (WASSERMAN e MCILROY, 1964) citados por MARQUEZI (2006), o conceito baseia- se na relação causa-efeito entre limiares distintos (metabólico e ventilatório; LM + LV, respectivamente) determinada pelo aumento da hipóxia tecidual local. Nesse sentido, essa entrada em anaerobiose tem sido determinada, segundo PITHON et al. (2006) por meio da concentração sanguínea de lactato, pela determinação de alterações nas trocas gasosas, chamado de limiar de anaerobiose ventilatório (LAV), pela resposta da frequência cardíaca e/ou pela eletromiografia de superfície. O que pode ser percebido como principal dificultador nesse processo todo de análise e identificação do limiar anaeróbio é, portanto, a carência quanto a definição de conceitos. Apesar de já haver uma certa quantidade de literaturas a respeito desse assunto, o mesmo se encontra em uma posição ainda muito crítica quanto a posicionamentos consistentes e respostas de estudos concretas. Tema central de inúmeras pesquisas realizadas nas últimas décadas, o “Limiar Anaeróbio”, apresenta-se como um dos assuntos mais polêmicos e controvertidos dentro da história da Fisiologia do Exercício, como bem aponta DENADAI (1995). Contudo, ainda que tal situação mereça ressalva, uma vez que existem até mesmo autores que criticam a existência do limiar anaeróbio, não há como negar sua aparição cada vez mais frequente na prática diária de preparadores físicos, fisiologistas, médicos, entre outros profissionais que envolvem-se no campo da saúde humana, corpo e movimento. Diante Rosemary Fernandes . Rosemary Fernandes m Rosemary Fernandes f do referido quadro, fica evidente a necessidade de maiores aprofundamentos na busca de concordância entre os pesquisadores do assunto quanto a seus mecanismos básicos. SISTEMA ENERGÉTICO ANAERÓBIO Antes de apresentar as relações do referido tema com os subtítulos estipulados, faz-se importante explanar sobre como ocorre o processo de produção de energia no corpo humano para a prática de exercícios, uma vez que, segundo PEREIRA e SOUZA (2010) as atividades físicas são estímulos que promovem estresse em vários sistemas do corpo e em diferentes graus. Como resultado, podem causar modificações específicas de acordo com o tipo, a intensidade e a duração do exercício físico realizado. A principal fonte de energia para a realização da maioria dos processos celulares no corpo humano é uma molécula chamada ATP (Adenosina trifosfato). A quebra da molécula de ATP durante o processo metabólico funciona como combustível para a contração muscular. Nesse sentido, por meio da respectiva energia, é que as células corporais são supridas para a realização de exercícios físicos. Contudo, a produção dessa energia pode acontecer de maneiras diferentes, através do sistema metabólico aeróbio ou através do sistema metabólico anaeróbio. O sistema aeróbio utiliza-se de gordura, ácidos graxos, como substrato energético durante a prática de exercícios físicos. Nesse processo, são recrutadas fibras musculares do tipo 1 (vermelhas e de contração mais lenta), sendo que, a ativação desse tipo de metabolismo ocorre durante exercícios prolongados, com mais repetições, menos ou nenhum intervalo e menor carga. Em contrapartida, o sistema anaeróbio utiliza-se, principalmente, de glicose como substrato energético, em uma perspectiva de macronutrientes. As fibras musculares recrutadas nesse processo são as do tipo 2 (brancas e de contração rápida), sendo que, a ativação desse tipo de metabolismo ocorre durante exercícios físicos de alta intensidade, com menos repetições, mais intervalo e maior carga. EXERCÍCIO FÍSICO A relação da rota metabólica anaeróbia com o exercício de alta intensidade é extremamente grande, no entanto, para que possamos entender a importância e os efeitos dessa rota, devemos desmembrar algumas de suas características no que diz respeito a Rosemary Fernandes . Rosemary Fernandes . Rosemary Fernandes , Rosemary Fernandes . Rosemary Fernandes . Rosemary Fernandes . Rosemary Fernandes . Rosemary Fernandes . Rosemary Fernandes . reações fisiológicas no corpo das pessoas. Existe um ponto de troca de metabolismo chamado limiar anaeróbio. A grosso modo, isso é um ponto limite de divisão entre os metabolismos aeróbio e anaeróbio, o limar indica até que ponto o metabolismo oxidativo dá conta de gerar energia suficiente para manter uma certa atividade. Quando o mesmo não consegue mais suprir a necessidade energética, acontece a troca, migrando para o metabolismo anaeróbio. Há duas formas distintas de encontrar esse limiar e apontar onde ocorre essa troca de metabolismo em cada pessoa. O jeito mais comum e acessível, de forma prática para trabalhos diários, é através do valor estimado da frequência cardíaca, onde se calcula 220 (bpm= batimentos por minuto) menos a idade do indivíduo, para obter a frequência cardíaca máxima. Feito isso, encontra-se os 70% da frequência cardíaca máxima, por meio de um cálculo simples de regra de três. Então, estimadamente, para pessoas não atletas, esse será o limiar de lactato. Nesse sentido, o marcador de entrada no metabolismo anaeróbio corresponde a 70% da frequência cardíaca máxima do indivíduo, ou seja, para que o corpo entre em anaerobiose é necessário submetê-lo a exercícios em um grau de intensidade que conduza o coração a atingir e ultrapassar os batimentos acima dos 70% de sua frequência cardíaca máxima. Essa porcentagem diz respeito a pessoas “comuns”, já no caso de atletas de alto rendimento, esse limiar pode ser atingido em até 92% de suas frequências cardíacas máximas, visto que, a adaptação e intimidade com a prática de exercícios físicos eleva a eficiência cardíaca desses sujeitos. Os testes se concentram em duas formas mais precisas: VO2 máximo e teste invasivo de lactato. Para descobrir esse limiar exato e medido, elas são as mais utilizadas em universidades e grandes clubes de diferentes modalidades. O corpo em anaerobiose tende a sofrer grandes danos, tanto momentâneos quanto pós esforço, uma vez que o trabalho é de alta intensidade de contração, causando forças de cisalhamento e tração em regiões tendíneas e musculares. Inúmeras micro lesões se formam durante e pós treinamento. O ácido láctico, que é um substrato da contração muscular, especialmente em anaerobiose, também agride o corpo e as células, gerando inflamação crônica com o passar dos anos de treinamento. Por outro lado, o treino anaeróbio tem sua vantagem no que diz respeito ao aumento de força muscular e capacidade de explosão em exercícios de velocidade com alta intensidade. Rosemary Fernandes , Rosemary Fernandes . Rosemary Fernandes. Rosemary Fernandes . Rosemary Fernandes . Rosemary Fernandes . Rosemary Fernandes . “De acordo com observações feitas por Holloszy, há evidente diminuição do fluxo metabólico alático e lático das fibras musculares quando o treinamento aeróbio é realizado de forma volumosa, diminuindo as concentrações sanguíneas de amônia e lactato. Portanto, a consequência é que os atletas diminuem a capacidade de suportar altas concentrações musculares desses metabólitos, ou seja, têm dificuldade em ativar a via glicolítica anaeróbia muscular de maneira eficiente durante o jogo; consequentemente, desenvolvem lentidão excessiva, ou seja, ficam muito resistentes aos esforços de longa duração, porém, pouco velozes.” (SILVA et al., 1999) Visando a fonte energética, a rota metabólica anaeróbia utiliza mais de glicogênio como fonte de energia. Ele se encontra estocado, armazenado, nas fibras musculares tipo 2A, que são de muita potência, mas de esgotamento rápido, o que significa que possuem grande poder de contração, mas se esgotam de energia muito rapidamente. Se a atividade permanece em alta intensidade acima de 100% da frequência cardíaca, o organismo utiliza creatina como fonte de energia, estocada na fibra tipo 2B, que é de extrema potência e velocidade. Mesmo dentro do metabolismo anaeróbio, existe um marcador que determina a produção de lactato no fornecimento de energia, assim como a mudança de característica das fibras musculares do tipo 2, fazendo distinção entre A e B. Portanto, como coloca URSO et al. (2013), esse metabolismo, por sua vez, é subdividido em metabolismo anaeróbio alático (MAA) e metabolismo anaeróbio lático (MAL). O MAA se refere à hidrólise dos estoques de adenosina trifosfato (ATP) e de fosfocreatina (CP), ao passo que o MAL se refere à degradação parcial da glicose, resultando na formação de ácido lático. Uma grande diferença quando há uma maior contribuição anaeróbia, assim então, entrando em anaerobiose, especificamente é quanto a capacidade respiratória de eliminar do dióxido de carbono (CO2) que prevalece em relação a capacidade de captação do oxigênio (O2), sendo verificado através do protocolo de avaliação cardiorrespiratória progressiva pelo método ergoespirométrico. Rosemary Fernandes . Um teste muito utilizado para determinar a auto performance é o teste invasivo de lactato onde os resultados são obtidos através da analise de amostras de sangue após ou durante intensidade de esforço diferentes, é invasivo porque existe uma invasão do sujeito, adentrando, ou seja, passando a camada superficial da pele. A avaliação consiste da seguinte forma, são coletadas amostras de sangue para que seja determinada a concentração de lactato em diferentes intensidades de esforço, se o indivíduo apresentar um acúmulo abrupto de ácido láctico acima de 2 mmol por decilitro de sangue, ele deixou de utilizar como fonte principal a aerobiose e começou a utilizar mais da rota metabólica anaeróbica. Entre uma série de exercício e outra, confere- se o nível de lactato para determinar a hora certa de iniciar a próxima série fazendo o individuo render em seu 100 por cento a cada novo esforço. Sendo assim, o metabolismo anaeróbio lático é o primeiro a ser ativado, por meio da submissão do corpo a realização de exercícios de curta duração em intensidade de grau médio para alto, enquanto que o anaeróbio alático é estimulado indo um pouco além, ao realizar exercícios de curta duração, mas em intensidade extrema. EM REPOUSO Ao nutrirmos o corpo, as moléculas de glicose presentes nos alimentos são quebradas, passando por diversos processos que modificam sua estrutura, resultando em novas moléculas, a fim de que, pela quebra destas, venham a ser produzidas ATPs como fonte de energia. Logo que entra no organismo, a glicose quebrada dentro das células resulta em moléculas piruvato. As partículas que seguem dessa quebra possuem várias possibilidades de ligações com a presença de oxigênio no ciclo de Krebs, que dará origem a molécula acetil-coa e terá fim na resolução de ATPs. Porém, no caso do metabolismo anaeróbio, a quebra do piruvato segue por outra rota, produzindo lactato, sem recorrer ao oxigênio. Sendo assim, enquanto o corpo apresenta-se em estado de repouso, sem a prática de exercício físico, produz lactato como resultado da glicólise, tendo um valor de 1,0 a 1,8 mmol/L. O que ocorre para o surgimento do limiar anaeróbio é o acúmulo e concentração desse lactato no sangue, que pela aceleração do metabolismo que exige o suprimento de energia, porém encontra-se em carência de fornecimento de oxigênio, passa a entrar em contraste entre a produção de lactato e extração do mesmo durante a prática de exercícios físicos intensos. “Desde o início dos anos 30, aceita-se que o VO2 aumenta linearmente com o incremento de carga, mas a concentração de lactato no sangue altera-se muito pouco desde o repouso até determinadas cargas de trabalho (40 a 70% do VO2max), durante um exercício de intensidades progressivas. Três décadas depois, surgiram protocolos de avaliação para tentar identificar o momento da transição entre as cargas onde haveria predominância do metabolismo aeróbio para aquelas em que o metabolismo anaeróbio seria o mais importante. Ultrapassado este “limite” (limiar), a concentração de lactato aumentaria, com a ventilação (VE) e a produção de CO2 (VCO2) crescendo desproporcionalmente ao incremento do VO2. Isto levou cientistas à utilização de curvas ventilatórias e de lactato para a determinação destes limiares. A partir dos anos 70, avaliações destas curvas passaram a ser adotadas com mais frequência em exames de cardiopatas e portadores de insuficiência cardíaca.” (SILVA; TORRES, 2002) Lembra-se ainda que, em períodos de repouso como intervalo entre os estresses físicos das cargas dos exercícios, esses números de lactato, frequência cardíaca, trocas ventilatórias e volume de oxigênio passam a se alterar pela colocação do corpo em recuperação para um próximo estímulo físico. Porém, essas alterações são bem pequenas e acontecem lentamente, pois o metabolismo encontra-se muito acelerado pela alta intensidade do exercício. Assim, os índices desses marcadores permanecem altos mesmo depois do exercício finalizado, demorando para voltar ao estado “normal”. Portanto, definir limiar anaeróbio em repouso não se faz tão cabível, já que se trata de um marcador visto na prática de exercícios de força explosiva e velocidade; embora, seja possível sim, verificar os índices das variáveis fisiológicas em repouso nos momentos de intervalo do treinamento, a fim de que se possa manter um controle quanto a permanência do metabolismo em rota anaeróbia. RELAÇÃO COM A IDADE Existem duas fórmulas principais disponíveis para utilização da estimativa da frequência cardíaca máxima, que logo, estimam o limiar anaeróbio, uma vez que o aumento da frequência cardíaca é um dos fatores que conduz o corpo a entrar em anaerobiose. A primeira fórmula, mais utilizada no mundo todo, é realizada subtraindo 220 (bpm) pela idade do indivíduo. Por exemplo, uma pessoa de 35 anos deve fazer o cálculo da seguinte maneira: 220 – 35. O resultado dessa subtração será 185, assim, a frequência cardíaca máxima (FCM) de uma pessoa de 35 anos é 185 BPM (batimentos por minuto). O próximo passo para encontrar o valor de batimentos correspondente a anaerobiose é multiplicar a porcentagem da frequência cardíaca máxima que estima o perfil do indivíduo na entrada da rota metabólica anaeróbia pela sua frequência cardíaca máxima. Seguindo o exemplo anterior, de uma pessoa “comum”, não-atleta, será preciso calcular “70% de 185”, multiplicando 70 por 185. Fazendo isso, obtém-se o valor de 70x185= 12,950. Então, o resultado obtido deve ser dividido por 100. O resultado final de 12,950/100 é igual a 129 batimentos. A partir disso, considera-seque cima de 129 batimentos esse indivíduo estará em anaerobiose. Outra fórmula bastante usada é a de Tanaka, (frequência cardíaca máxima = 207 – 0,7 x idade). Contudo, vale lembrar, para que fique bem claro, que essas fórmulas são baseadas em valor estimado, nunca precisos. Para que os números sejam precisos, deve- se medir no espirômetro calibrado. Ao levar em consideração a idade na análise de variáveis na determinação do limiar anaeróbio de indivíduos é preciso cautela. Sob o viés do nível de lactato no sangue durante o exercício, um estudo realizado por TANAKA e SHINDO (1985), citado por DENADAI (1995), demonstraram uma correlação negativa entre o LAn e o grau de maturação óssea. Porém, verificaram que meninos pré-púberes (<15 anos) tinham um LAn maior do que indivíduos adultos (>18 anos) e semelhantes aos jovens treinados (16 anos). De acordo com DENADAI (1995), (ASTRAND, 1984) também “verificou que crianças apresentavam uma menor concentração de lactato sanguíneo e muscular, quando comparadas aos adultos, durante um exercício submáximo de mesma carga relativa”. Porém, é necessário lembrar que, crianças tendem a ter uma atividade glicolítica inferior em relação a atividade enzimática aeróbia, segundo o mesmo estudo, o que, em união a menor concentração de testosterona em crianças, pela imaturidade fisiológica, possuindo menor hipertrofia nas fibras brancas do tipo 2, pode ser uma explicação para o limiar anaeróbio ser maior em crianças do que em adultos. “Os critérios para o exercício máximo descritos em adultos são raramente satisfeitos em crianças e adolescentes e, portanto, necessitam de maior especificidade e precisão. Variáveis cardiorrespiratórias, como ventilação pulmonar (VE), razão das trocas respiratórias (RTR), frequência respiratória, pulso de oxigênio, e frequência cardíaca (FC), medidas durante os testes físicos de exercício progressivo, têm valores máximos nas crianças e adolescentes muito diferentes dos valores apresentados por adultos.” (PEREZ; CARLETTI, 2011) Ainda assim, pela falta de estudos conclusivos sobre tal assunto, não se faz tão conveniente fazer afirmações nesse sentido, mesmo que os apontamentos apresentados sejam bastante significativos. Para maiores definições faz-se necessárias mais pesquisas, uma vez que o limiar de anaerobiose exige a análise também da frequência cardíaca durante o exercício, consumo e volume de O2, bem como das trocas ventilatórias como evidenciado na citação acima. RELAÇÃO COM O GÊNERO/SEXO Em um estudo apresentado por GOMES et al. (2013), o sistema anaeróbio com relação aos sexos masculino e feminino foi analisado e testado em adolescentes brasileiros de 10 a 14 anos, por meio do teste cardiopulmonar, com o protocolo de rampa em esteira ergométrica. Encontrou-se o LAV (limiar anaeróbio ventilatório) através dos métodos V-slope e/ou equivalente ventilatório de oxigênio. O resultado foi um consumo de oxigênio (VO2 LAV) maior entre meninos de 13 a 14 anos e, o VO2 LAV foi diferente em relação ao peso corporal entre os gêneros apenas aos 14 anos, sendo maior em meninos. “Esta aparente diferença sexual tem sido atribuída, principalmente, à menor concentração de hemoglobina e maior porcentagem de gordura corporal das mulheres. O homem, em geral, pode gerar mais energia aeróbia porque possui uma massa muscular maior (“massa metabolicamente ativa”), menos gordura corporal total e mais células carreadoras de oxigênio, para um mesmo volume sanguíneo.” (SILVA; TORRES, 2002) Myers e Bellin (2000) mostraram que o teste de rampa, com aumento contínuo da carga de trabalho, é vantajoso quando comparado a testes tradicionais, pois apresenta boa previsão do consumo de oxigênio, em avaliações de respostas máximas ou submáximas do exercício. A vantagem para o teste de rampa também foi apresentada para crianças e adolescentes brasileiros (SILVA; SARAIVA; SOBRAL, 2007). Sabe-se que no período da adolescência ocorrem aumentos no crescimento longitudinal e na estrutura dos órgãos, bem como adaptações no desenvolvimento dos sistemas fisiológicos, que irão refletir no consumo de oxigênio do esforço máximo e submáximo (ROWLAND, 2008). Assim, a importância de se conhecer a aptidão cardiorrespiratória de adolescentes está relacionada tanto à saúde, em que uma maior aptidão pode estar correlacionada a um menor perfil de risco cardiovascular (RODRIGUES et al., 2006, 2007), como à prescrição de exercícios e ao efeito do treinamento (ROWLAND; DELANEY; SICONOLFI, 1987; ARMSTRONG; WELSMAN, 1994; PRADO et al., 2009, 2010). Depois dos testes aplicados e a comparação de gênero, faixa etária e literatura, os resultados sugerem que a capacidade cardiorrespiratória obtida pelo VO2 relativo ao peso corporal no LAV foi semelhante entre meninos e meninas até os 13 anos. Após essa idade, os meninos apresentaram valores mais elevados, sugerindo uma melhora na aptidão aeróbica submáxima. O maior LAV nos adolescentes mais velhos do sexo masculino, não acompanhado de elevação no percentual do VO2máx., em comparação com o feminino, sugere melhorias no sistema aeróbico. Esse resultado é corroborado pela literatura, que atribui essas mudanças ao aumento das câmaras ventriculares, do tamanho pulmonar, da massa muscular, da capilarização dos músculos, da capacidade das enzimas oxidativas e da concentração de hemoglobina, resultando em maior disponibilidade no conteúdo de oxigênio plasmático, especialmente em meninos (ROWLAND et al., 2008). No entanto, ainda existem conflitos na literatura sobre os processos fisiológicos e as melhorias de aptidão aeróbica em relação ao processo de crescimento e maturação nessa faixa etária (ARMSTRONG; TOMKINSON; EKELUND, 2011). De acordo com Armstrong, Tomkinson e Ekelund (2011), há elevação do pico de VO2 com o avanço da idade dos 8 aos 16 anos em até 150% para os meninos, e um aumento de 80% para as meninas até aproximadamente os 13 anos, e estabilização ou queda após essa idade. Semelhante a estes resultados, Cooper et al. (1984) mostraram que as meninas de 12 a 17 anos apresentaram valores mais baixos para VO2 LAV (19 ± 3 ml.kg-1.min-1) do que as meninas de 6 a 11 anos (23 ± 4 ml.kg-1.min-1) e quando comparadas aos meninos (27 ± 6 ml.kg-1.min-1) da mesma idade, sugerindo que as meninas apresentavam níveis mais elevados de lactato sanguíneo durante o exercício, além de pressões sociais e culturais que supostamente inibia a participação das adolescentes em atividades vigorosas, resultando em níveis de aptidão mais baixos, refletindo assim em menor desempenho aeróbico ao realizarem testes de esforço. Toda esta analise mostrou que houve perda da aptidão aeróbica em nível submáximo dos adolescentes a partir dos 12 anos, apresentando uma tendência à redução do VO2 LAV (ml.kg-1.min-1) nas meninas e uma estabilização nos meninos. Houve também uma grande semelhança nos resultados para ambos os sexos até os 13 anos, após essa idade houve valores mais elevados para os meninos, sugerindo uma melhor aptidão física. Assim pode-se analisar que há um equilíbrio entre os gêneros até a idade de início de maturação dos meninos, além da pressão psicológica e preconceito que as meninas sofrem para exercer atividades físicas. Tirando as questões genéticas ao longo da vida, vai depender dos hábitos obtidos pelas pessoas, independentes de sexo, para uma vida mais saudável ou não. RELAÇÃO COM A ETNIA Ao considerar a fisiologia humana, de modo geral, supõem-se que especificidades ligadas a etnia não possuem uma relação tão forte com a determinação do limiar anaeróbio, uma vez que, genericamente, os estudos apontam déficit de O2 na produção de energia nas células musculares como principal motivador para desencadeamento da rota metabólica anaeróbia. Entretanto, não se faz prudente utilizar-se de tais conclusões de forma tão simplistapara avaliar questões ligadas ao funcionamento do corpo humano, já que as individualidades são inúmeras. A provável correlação existente entre o tipo de fibra muscular e sua disposição para o acúmulo e concentração de lactato durante o esforço em exercícios de intensidade tem sido alvo de muitas investigações, entre as quais já têm surgido resultados significativos. IVY et al. (1980), citado por DENADAY (1995), verificaram que a porcentagem de fibras vermelhas se correlacionou com a intensidade no LL (ponto de inflexão do lactato), tanto expresso em valores absolutos de VO2 (r =0,74) quanto relativos ao VO2máx (r = 0,70) durante o exercício na bicicleta. Em função disso, os autores sugeriram que o LL sofre uma influência importante do fator genético. “Entretanto, alguns estudos demonstraram que, em indivíduos saudáveis, as diferenças genéticas contribuem, significativamente, para sua variabilidade. Portanto, a modificação dessa variável metabólica, pelo treinamento, tem um limite biológico.” (SILVA et al., 1999) Em conformidade com IVY et al. (1980), GARCIA et al. (2009) também ressalta que “a causa do LAn não é única e exclusivamente hipóxica, sendo determinado também pelo tipo de fibra muscular recrutada, subtipo da mATPase, subtipo da LDH, ativação do sistema nervoso simpático (liberação de adrenalina) e disponibilidade de substrato energético”. “Por fim, o VO2max tem uma importante influência genética. Estudos iniciais estimaram que a herança genética era responsável por até 93% da variabilidade do VO2max. Posteriormente, outros trabalhos tentaram mostrar o efeito da hereditariedade sobre o VO2max, porém com a detecção de menores taxas14 (25 a 50%). Esta herança faz com que, após alcançado o potencial geneticamente determinado, o treinamento não surta mais efeito sobre o VO2max. Mesmo neste caso, é comum verificarem-se melhoras de desempenho, pois a capacidade para o trabalho prolongado também depende da tolerância a intensidades submáximas de esforço, num percentual elevado em relação ao VO2 max. O fato de atletas muito bem condicionados conseguirem prolongar o esforço, em intensidades próximas de seu VO2max, podendo independer da melhora deste último, é um exemplo de que o VO2max não pode justificar totalmente a capacidade de manutenção de um exercício.” (SILVA; TORRES, 2002) Portanto, as particularidades fisiológicas referentes a etnia e herança genética devem sim ser consideradas na reflexão a respeito da determinação do limiar de anaerobiose em indivíduos, principalmente atletas, pela grande exigência de resultados mais precisos para o trabalho com treinamento de alto rendimento. Um exemplo que pode ser tomado quanto a isso é o destaque entre atletas quenianos corredores de meio fundo e fundo. RELAÇÃO COM ESTADO DE SAÚDE E PATOLOGIA No mundo atual, onde cada vez mais surgem doenças e patologias, a atividade física se torna fundamental tanto na prevenção, quanto tratamento e reabilitação desses males. A atividade física se torna fundamental na prevenção de doenças, uma vez que esportes, exercícios, tarefas domésticas, atividade laboral e uma simples caminhada ao trabalho podem ser úteis, pois possuem um gasto calórico determinado, afirmam Barbosa; Bankoff (2008). As tecnologias dos dias atuais também tem influenciado muito em como cuidamos da nossa saúde, tanto na forma de postura cervical, quando mechemos no celular, na lombar quando estamos em uma postura errada, no isolamento de outras pessoas que nos deixa mais desleixado com a aparência e pode nos deixar com problemas psicológicos. Isso tudo ressalva o papel fundamental a profissão do Educador Físico, como afirmam os autores: “Estando em contato com outras pessoas, que na maioria das vezes se inter-relacionam, como consequência irá ter mais disposição para cumprir suas tarefas diárias, tanto em casa como no trabalho, um dos fatores essenciais para a mudança do estilo de vida e o aumento de sua qualidade. Isso trará para os grupos populacionais: redução e controle do peso corporal; redução do estresse; redução do consumo de cigarros; redução da incidência de doenças cardíacas; redução da pressão sanguínea; manutenção das funções em sujeitos com artrites, artroses e nas doenças pulmonares crônicas; sem contarmos com os benefícios que o exercício físico traz para a parte psicológica: aumento da segurança; o sentimento de bem-estar; a redução da tensão e da ansiedade; a satisfação sexual; aumento da autoestima e o sentimento de felicidade.” (BARBOSA; BANKOFF, 2008) Com isso vimos o quão importante é o profissional de educação física e os exercícios físicos para a sociedade, porém, quando falamos de pacientes com alguma patologia o cuidado e atenção deve ser muito maior, sempre com treinos prescritos especificamente, respeitando as diferenças. As referências bibliográficas entram em acordo quando falam que o mais adequado para pessoas com patologias é o treinamento aeróbico de baixa intensidade e por um período de tempo um pouco maior, quando falam que para tratar do transtorno de ansiedade e pânico é melhor usar o limiar ventilatório I, sem ultrapassar o limiar de lactato de forma progressiva e controlada, pois treinos de alta intensidade podem ocasionar dores musculares levando a possíveis ataques de pânico (Araújo; Mello; Leite, 2006). As atividades físicas que devem ser prescritas aos doentes crônicos não transmissíveis devem ser de superioridade aeróbica, envolvendo grandes grupamentos musculares e gasto de energia moderado mantendo o corpo ativo e em equilíbrio (Barbosa; Bankoff , 2008). Para determinarmos o limiar de anaeróbio, o processo de análise ocorre da mesma forma que em pessoas saudáveis. Tendo em vista a pesquisa realizada com diabéticos tipo 2, a diferença ocorre mesmo em indivíduos ativos comparados a pessoas sedentárias, porém, a patologia não interfere em nada no limiar de lactato (Moreira et al, 2007). CONCLUSÕES Ainda que os diferentes métodos utilizados para realizar a determinação e análise do limiar anaeróbio levem, em algumas circunstâncias, estudiosos e pesquisadores da área a divergirem em suas opiniões, não há como negar a eficiência de seu uso para a prática da prescrição de exercícios e avaliação das capacidades de indivíduos submetidos a atividade física, sejam atletas ou não. Seja por meios invasivos ou não invasivos, o ponto em questão é, de alguma forma, levando em consideração as possibilidades, ter acesso a informações desse marcador para aplicar no trabalho. “Através do LAn tornou-se possível, por exemplo, avaliar a atividade coordenada dos sistemas cardiovascular, respiratório e energético, uma vez que a utilização de parâmetros fisiológicos como indicadores da intensidade de esforço normaliza as adaptações decorrentes do exercício entre diferentes indivíduos e oferece condições para o diagnóstico de patologias e prescrição de treinamento.” (MARQUEZI, 2006, p.8) Portanto, através do presente artigo, buscou-se esclarecer sobre o tema da rota metabólica anaeróbia, bem como do limiar anaeróbio, apresentando variáveis como a idade, características genéticas e de etnia, sexo e relação em estado de patologia ou saudável. Tendo em vista tudo o que foi abordado, concluiu-se que diante dos diferentes caminhos propostos, cabe ao profissional decidir qual o método mais viável e eficiente a ser utilizado, visando a saúde das pessoas para as quais destina-se. REFERÊNCIAS POZZI, LG et al. Determinação do limiar de anaerobiose de idosos saudáveis: comparação entre diferentes métodos. Revista brasileira de fisioterapia, São Carlos, v. 10, n. 3, p. 333-338, setembro de 2006. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413- 35552006000300013&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 8 de maio de 2020. Qualis B1 MARQUEZI,Marcelo Luis. Bases metabólicas do conceito limiar anaeróbio. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, São Paulo, 2006. Disponível em: <file:///C:/Users/tauan/Downloads/1292-Texto%20do%20artigo-3810-1-10-20090811.pdf>. Acesso em: 07 de maio de 2020. Qualis B3 PITHON, KR et al. 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