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UNIDADE I - TREINAMENTO DESPORTIVO

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Treinamento Desportivo
em Educação Física
TURMA: FLC 5088
Unidade I
Hemerson Lowe dos Santos
Tutor Externo
87040@tutor.uniasselvi.com.br 
1
UNIDADE 1
FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO DESPORTIVO
TÓPICO 1
OS FUNDAMENTOS DO TREINAMENTO
DESPORTIVO
O que seria Fundamentos???
Pode-se dizer, que é o conjunto de regras básicas de organização e funcionamento ou o conjunto de princípios a partir dos quais se pode fundar ou deduzir um sistema ou um conjunto de conhecimentos. 
De acordo com Bompa (2002) objetivos que estão ligados ao treinamento de forma geral são 9
• Desenvolvimento físico multilateral: desenvolvimento do corpo como um todo ( resistência, força e velocidade).
• Desenvolvimento físico específico: desenvolver ou aprimorar as qualidades físicas mais associadas ao desporto-alvo que será praticado. 
• Aspectos psicológicos: bom nível motivacional, força de vontade, confiança, perseverança e disciplina para o desenvolvimento das habilidades necessárias.
• Fatores técnicos: desenvolver as habilidades técnicas necessárias do desporto, (o gesto motor mais eficiente para determinada tarefa).
• Fatores táticos: diz que os fatores táticos são a melhoria da estratégia por meio do estudo da tática de futuros oponentes (A tática é a estratégia em ação).
• Habilidade para o trabalho em equipe 
• Fatores ligados à saúde: recuperação
• Prevenção de lesões: Aumentar o nível de flexibilidade, proporcionar aumentos da força muscular, auxiliarão na prevenção de lesões.
• Conhecimento teórico: O aluno vai precisar de um bom nível de conhecimento dos aspectos nutricionais, psicológicos, do funcionamento do organismo, da Fisiologia, do planejamento do aumento sistemático da carga de treinamento e da necessidade de uma boa recuperação.
O TREINAMENTO FÍSICO
O que vem a sua mente quando você pensa no treinamento físico? 
Esforço, cansaço, fadiga, superação, gasto energético, são vários os fatores que podemos elencar.
O treinamento físico pode ser desenvolvido na seguinte sequência:
1. Treinamento físico geral. (nos primeiros anos da infância a preocupação do professor vai estar voltada ao desenvolvimento geral e global dos alunos);
2. Treinamento físico específico. (na adolescência, durante a fase da puberdade, o professor vai trabalhar com estes indivíduos buscando o aperfeiçoamento físico específico da modalidade).
3. Aperfeiçoamento das capacidades biomotoras. (Com o final da puberdade, o jovem poderá começar o trabalho de desenvolvimento e aperfeiçoamento das capacidades biomotoras específicas).
É sugerido que o desenvolvimento desta sequência ocorra durante o planejamento anual, ou seja, aplicado com o objetivo de chegar ao final de uma temporada no melhor rendimento. 
No caso do trabalho com crianças é sempre bom lembrar da necessidade de respeitar as fases de desenvolvimento e crescimento (POWERS; HOWLEY, 2005).
PROCESSOS DE AVALIAÇÃO DO TREINAMENTO DESPORTIVO
São diversas as ferramentas que poderão ser usadas para o acompanhamento e a avaliação do rendimento esportivo de um aluno. (Simples/complexas).
Uma ferramenta de avaliação poderá ser avaliada pela sua especificidade, reprodutibilidade e validade (MATHEWS, 1980). 
Independente da ferramenta que você utilizará para avaliar seus alunos, (verificar se o instrumento faz um trabalho acurado de medição daquilo que foi designado a medir).
• Validade: uma ferramenta de avaliação pode ser considerada válida quando ela foi cientificamente testada para avaliar o que ela se propõe a medir.
• Reprodutibilidade: (reprodutível, se for aplicado duas vezes ou mais com o mesmo grupo de indivíduos na mesma situação terá que apresentar resultados idênticos ou semelhantes (MATHEWS, 1980).
• Especificidade: a avaliação do professor precisa ser específica à realidade da modalidade que ele quer testar
Todas estas ferramentas precisarão ter aplicação educacional!!!
AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS FÍSICOS
São diversas qualidades físicas que um indivíduo precisa desenvolver. (três grandes grupos: força, resistência e velocidade). 
Dentro de cada um desses grandes grupos haverá outras subdivisões. 
A força (estática, dinâmica e explosiva).
A resistência (aeróbia, anaeróbia e resistência muscular localizada).
A velocidade (dividida em de deslocamento, de membros e de reação (WEINECK, 2005).
Veja a figura a ao lado para gravar estas informações.
Observe que na figura as conexões criam as categorias de resistência de força, resistência de velocidade e a potência.
Os testes podem ser bem específicos para a avaliação de um destes componentes físicos, por exemplo, um teste de sprint curto para avaliar a velocidade de deslocamento ou mais amplos e generalizados como um teste que vise, por exemplo, avaliar ao mesmo tempo o desempenho técnico de alguma tarefa e a exigência física do mesmo. 
Teste laboratorial, este tipo de teste é mais válido e é chamado para avaliação de determinada qualidade física. 
Por outro lado, usualmente dependem de materiais e equipamentos mais caros, não é tão específica a realidade das modalidades realizadas de maneira individual.
Nesse sentido, os testes de campo surgem buscando atender uma demanda de custo-benefício para as avaliações físicas. (fora do laboratório). 
Este tipo de teste geralmente ganha em especificidade e aplicação educacional, (custo-benefício melhor, permitem a avaliação de um grupo de indivíduos simultaneamente e não dependem de equipamentos caros, e podem avaliar também uma ou mais das qualidades físicas exigidas durante a prática). 
Um dos mais famosos e utilizados em muitos lugares é o teste de vai e vem de 20 metros proposto por Léger.
O teste de vai e vem é executado em um espaço delimitado por cones de 20 metros.
É necessária a utilização de um equipamento de som para emitir um sinal sonoro ‘beep’ que vai dar o ritmo de corrida. 
A cada ‘beep’ o indivíduo deve atingir uma das marcas. 
A cada 60 segundos, a duração entre os sinais sonoros vai diminuindo e, em consequência aumentando a velocidade. 
Existem aparelhos específicos para a avaliação do desenvolvimento das qualidades físicas relacionadas à força durante o processo de treinamento.
A avaliação em aparelhos isocinéticos e/ou dinamômetros, trás valores bem apurados da força de membros do avaliado. (A maior dificuldade neste tipo de teste é o custo e o acesso a este tipo de equipamento).
Existem outros tipos de testes para avaliar parâmetros de força com um custo mais baixo. 
Entre eles, podemos destacar os que utilizam dinamômetros mais simples para realizar o teste de força de membros inferiores e lombar ou força de preensão manual.
Outro tipo de teste que é comumente utilizado para avaliar os aspectos de força e potência muscular, principalmente de membros inferiores, são os testes de saltos verticais.
Os saltos com contramovimento (CMJ) (avalia força explosiva, são realizadas três tentativas para o CMJ, sendo considerada para análise a média das alturas obtidas.)
Os saltos contínuos (CJ). (execução de saltos com contramovimento, de modo contínuo, por um período de 15 segundos. (1 vez só) – futsal/futebol - avalia a potência muscular)
TÓPICO 2 - O TREINAMENTO DA APTIDÃO AERÓBIA E ANAERÓBIA
APTIDÃO AERÓBIA
Capacidade de realizar exercício de longa duração necessita do oxigênio (O2), (O2 é utilizada pelas células para produzir uma forma utilizável de energia e converter moléculas de carboidratos, gorduras e proteínas em moléculas de ATP) (trifosfato de adenosina) e gerar energia (POWERS; HOWLEY, 2005). 
Se o O2 tem esse importante papel no metabolismo aeróbia, qual é o caminho que ele percorre para chegar até a mitocôndria?
O caminho do ar, desde a faringe (garganta), no sistema respiratório pode ser dividido em duas etapas:
Zona de condução: traqueia, árvore brônquica, os bronquíolos e os bronquíolos terminais.
Zona respiratória: onde ocorre a troca dos gases propriamente dito. (Bronquíolos respiratórios e os sacos alveolares).
Hemoglobina: (presente no sangue) molécula de transporte do O2 no sangue;
Mioglobina: (exclusivo dos músculos cardíacose esqueléticos) molécula de transporte do O2 para o interior da mitocôndria;
O DESENVOLVIMENTO DA APTIDÃO AERÓBIA
Esta qualidade física pode ser dividida em dois aspectos, a capacidade aeróbia e a potência aeróbia. 
A capacidade aeróbia: relacionada à resistência de um indivíduo em sustentar esforços físicos por um longo período de tempo (produzir energia através das vias oxidativas). 
A potência aeróbia: está relacionada a produzir em maior quantidade de energia de maneira oxidativa no menor tempo possível. (são eventos de curta duração: provas de 1500 metros e 3000 metros com obstáculo no atletismo).
É preciso destacar para vocês acadêmicos que todas as vias de produção de energia trabalhem simultaneamente.
Assim, mesmo nas atividades físicas de baixa intensidade, onde o predomínio é aeróbio, o metabolismo anaeróbio vai trabalhar, mas com uma pequena parcela de produção. 
A partir de aproximadamente três minutos de duração do exercício a predominância de produção de energia vai ser sempre aeróbia.
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO AERÓBIA
Para avaliar a capacidade e a potência aeróbia o método considerado padrão ouro na literatura é a espirometria (mensuração das trocas de gases de um indivíduo com o ambiente durante algum tipo de exercício para avaliar o VO2max). 
A mensuração direta do VO2max geralmente é realizada num laboratório utilizando-se uma esteira motorizada ou uma bicicleta ergométrica;
A mensuração do VO2max tem sido considerada o teste de escolha para a predição do sucesso em eventos de resistência, como a corrida de longa distância. 
Os testes de espirometria, além da medida do VO2max e afere os limiares ventilatório de lactato e os limiares do início de acúmulo de lactato no sangue que são variáveis relacionadas à capacidade aeróbia.
No livro de estudo tem vários exemplos de testes laboratoriais.
Importante pensarmos que a análise laboratorial não é de fácil acesso. 
Outro ponto importante é que a coleta de lactato sanguíneo é um método invasivo e que vai necessitar de matérias de alto custo e equipamentos caros. 
Além disso, se o objetivo for avaliar crianças e adolescentes pode não ser a melhor maneira de avaliar este tipo de população.
Existe O protocolo de teste de Carminatti (TCAR). (ideal para a realidade de alguns lugares onde o acesso a avaliações laboratoriais é mais difícil).
POSSIBILIDADES DE TREINAMENTO DA APTIDÃO AERÓBIA
Um dos mais importantes é a duração dos esforços e sua relação com a intensidade. (Lembrando que em esforços mais longos e de menor intensidade sempre o sistema aeróbio de produção de energia estará atuando de maneira predominante). 
Podemos dividir o treinamento aeróbio em:
esforço de longa duração em intensidades mais baixas, o chamado treinamento contínuo; 
esforços de média duração e intensidades elevadas, realizado de maneira intermitente (treinamento intervalado) . 
(HIT este tipo de treinamento é preciso quando se quer melhorar a potência aeróbia e é recomendado para uma grande gama de modalidades, como as lutas, os esportes coletivos de maneira em geral, determinadas provas da natação, como o 400 m, provas de 800 m,1500 m e 3000 m no atletismo, entre tantas outras).
APTIDÃO ANAERÓBIA 
O metabolismo anaeróbio, ao contrário do que foi estudado sobre a produção de energia de forma aeróbia, não vai necessitar da presença do O2 para produzir energia. 
Para tal, temos então o metabolismo anaeróbio alático e o anaeróbio lático, ou seja, o primeiro vai produzir o ATP sem produzir lactato e o segundo terá a produção de lactato no final da via, respectivamente.
DESENVOLVIMENTO DA APTIDÃO ANAERÓBIA
O ATP é um fosfato de alta energia, onde é armazenada a energia provinda dos alimentos (lipídeos, carboidratos ou proteínas), pode ser “quebrado” por uma enzima específica. (Essa quebra vai gerar energia necessária para que ocorra a contração muscular). 
A maior questão está na quantidade limitada de ATP, em que as células musculares possuem e por isso a necessidade do auxílio de outra via metabólica, a via do fosfato de creatina. 
O sistema do fosfato de creatina ou fosfocreatina (CP) vai atuar nos primeiros segundos do exercício (para gerar energia de forma rápida), possuindo uma limitação de estoques e poderá ter uma duração de 15 a 20 segundos. 
Existem modalidades (natação, o 100 e o 200 metros no atletismo, o levantamento de peso, o futebol americano) que dependem praticamente de forma total deste metabolismo energético (MACARDLE; KATCH; KATCH, 2003).
ATENÇÃO ACADÊMICOS!!!
Veja bem, alguns esportes de predominância aeróbia dependem da via da fosfocreatina durante sua execução, como é o caso do futebol, que durante as partidas ocorrem os esforços como o chute, que irão utilizar a fosfocreatina para auxiliar na produção de energia. 
Vale lembrar que, como foi dito anteriormente, todas as vias de produção de energia participam em menor ou maior grau durante o exercício.
Com o estoques limitados de fosfocreatina no músculo, outra via anaeróbia começa a participar mais efetivamente por volta de 20 segundos para auxiliar na contribuição energética. (anaeróbio lático - via glicolítica).
Em síntese, os primeiros segundos de exercício são sustentados pela energia provinda da via da fosfocreatina (ATP-CP). 
Após 10 a 20 segundos, a via glicolítica começa a ser predominante para a produção de energia. 
Entre dois e três minutos o sistema aeróbio se torna predominante. 
É lógico que estes tempos citados dependem da intensidade de esforço e da aptidão física de cada indivíduo. 
AVALIAÇÃO DA APTIDÃO ANAERÓBIA
Como dito anteriormente, o metabolismo anaeróbio pode ser alático ou lático, o que podemos considerar também como potência anaeróbia e capacidade anaeróbia, respectivamente. 
Podemos perceber então que a potência anaeróbia vai estar ligada diretamente aos esforços de curtíssima duração, ou seja, poucos segundos (< 10 s). 
Enquanto que os esforços com duração entre 30 e 60 segundos estarão ligados diretamente com a capacidade anaeróbia (POWERS; HOWLEY, 2005). 
O teste de sprints repetidos é uma opção válida para este tipo de avaliação. (sprint para atletas que usam a corrida, já natação o sprint deve ser de acordo com o meio líquido). 
Teste de capacidade sprints repetidos, que terá o melhor tempo de execução dos 6 sprints de 40 metros como indicador de potência anaeróbia e o tempo total para execução do teste como indicador de capacidade anaeróbia (RAMPININI et al., 2007). 
Ainda, o teste de saltos verticais também poderá avaliar ambas qualidades físicas, no caso, o salto com contramovimento está mais relacionado à potência anaeróbia e os saltos contínuos relacionados à capacidade anaeróbia (BOSCO, 1999).
Diversas modalidades, exigem, da aptidão anaeróbica muito bem desenvolvidas para sua prática, (tênis, do vôlei, provas de velocidade na natação e no atletismo). 
É possível pensar o treinamento anaeróbio com o foco na potência anaeróbia (sistema ATP-CP) ou na capacidade anaeróbia (treinamento da via glicolítica).
O treinamento para melhorar o sistema ATP-CP envolve um tipo especial de treinamento intervalado. 
Para pressionar ao máximo a via metabólica do ATP-CP, intervalos de exercício de curta duração e alta intensidade (cinco a dez segundos de duração) que utilizam os músculos solicitados na competição são ideais. 
Em razão da curta duração deste tipo de intervalo, pouco ácido lático é produzido e a recuperação é rápida. 
O intervalo de repouso pode variar de trinta a sessenta segundos, dependendo do nível de aptidão física dos atletas (POWERS; HOWLEY, 2005, p. 431).
A outra possibilidade é pensarmos no treinamento de capacidade anaeróbia ou da via glicolítica. 
Para tal é preciso pensar em esforços máximos e com duração entre vinte a sessenta segundos, que sobrecarregarão esta via metabólica e gerar uma alta acidose. 
Este tipo de treinamento é bem exaustivo e precisa ser planejado com cautela, pois pode reduzir os estoques de glicogênio muscular (POWERS; HOWLEY, 2005). 
Geralmente após esforços únicos de maior duração (por exemplo 60 segundos)ou mais curtos e repetidos, planeja-se um intervalo de recuperação entre três e cinco minutos. 
POSSIBILIDADES DE TREINAMENTO DA APTIDÃO ANAERÓBIA
TÓPICO 3
O TREINAMENTO DESPORTIVO E A SAÚDE NA IDADE ESCOLAR
PREOCUPAÇÕES EM RELAÇÃO À SAÚDE NA ADOLESCÊNCIA
As recomendações atuais de atividade física para crianças e adolescentes são de 300 minutos semanais e/ou 60 minutos diários de atividade de intensidade moderada a vigorosa. (Devem ser de caráter aeróbio e intensidades vigorosas devem ser incorporadas, incluindo aquelas que fortaleçam a musculatura e a estrutura óssea, ao menos três vezes por semana (WHO, 2010).
Esses fatores preocupam os profissionais da área, especialistas e as autoridades políticas cada vez mais, pois existe uma relação direta do sedentarismo/sobrepeso/obesidade em adolescentes com os riscos de desenvolver doenças não contagiosas, como câncer, diabetes, doenças cardiovasculares e de desordens psicológicas.
Foi demonstrado por Hallal et al. (2012) que mais de 80% dos adolescentes em 55 países diferentes não atingem os 60 minutos diários. 
Por sua vez, os esportes coletivos podem ser considerados uma ferramenta interessante para que crianças e adolescentes se tornem mais ativos fisicamente (ALVES; LIMA, 2008). 
Dessa forma, pela questão da sociabilização e pelos fatores motivacionais, esses tipos de modalidade apresentam-se como uma possibilidade de combater o sedentarismo para esta parcela da população.
O ESPORTE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA SAÚDE DE ADOLESCENTES
A puberdade é um período fundamental para a aquisição da massa óssea. 
O aumento da densidade mineral óssea durante a puberdade é devido primariamente à expansão do tamanho ósseo em função do crescimento físico e, posteriormente, pelo aumento da espessura da cortical (CADORE et al., 2005).
Durante a atividade física, a contração muscular promove um aumento da atividade osteoblástica (formação de tecido ósseo) na região óssea próxima aos locais onde os músculos se inserem, levando ao aumento da mineralização óssea.
Com relação ao esporte, a adolescência reveste-se de grande importância, não somente por aspectos específicos da prescrição de exercícios físicos a essa faixa de idade, como para todo o contexto biopsicossocial, que envolve esse período da vida.
Essa insatisfação com a imagem corporal pode induzir os adolescentes à busca de atividades esportivas de alta intensidade e grande volume de treinamento, com ingestão calórica inadequada, também como valorização do corpo e da imagem idealizados, a serem atingidos, muitas vezes, a qualquer custo.
Esse é um período em que o contexto é muito importante, e as amizades e os modismos ditados pela sociedade são de extrema importância para o indivíduo.
Nesse sentido, o “conceito de beleza do magro e forte” devem ser trabalhados juntamente com a inserção do adolescente nas atividades esportivas para evitar desequilíbrios entre o exercício e os hábitos nutricionais (ALVES; LIMA, 2008).
A densidade mineral óssea atinge cerca de 90% do seu pico no final da segunda década. 
Fatores endógenos e exógenos participam desse processo.
Fatores endógenos vamos destacar para vocês os seguintes: genética, raça e o aumento dos hormônios anabólicos associados à puberdade. 
Fatores exógenos (ambientais), destacam-se o exercício e a nutrição, com adequado aporte de cálcio na dieta (ALVES; LIMA, 2008).
O ESPORTE COLETIVO E OS PROCESSOS DE CRESCIMENTO DE ADOLESCENTES, POSSIBILIDADES DE INTERVENÇÃO
A interação social/ambiental nos dias de hoje é muito diferente, podendo ser facilmente constatado nas alterações do estilo de vida da população jovem, (diminuição das atividades ao ar livre; atividades sedentárias ligadas ao uso da tecnologia; aumento da ingestão calórica e perda da qualidade do sono (GUEDES et al., 2002; SEABRA et al., 2008; HALLAL et al., 2012).
Dessa forma, é preciso pensar em maneiras de incluir essa parcela da população em atividades físicas que sejam prazerosas (motivacional) para estes indivíduos (SEABRA et al., 2008),
A adolescência é uma fase de intensas transformações não só físicas, como também de valores e crenças que podem ter consequências na vida adulta. Estimular nossos alunos à prática de atividade física na idade escolar será de extrema importância contra a epidemia de inatividade física na vida adulta.
Seabra et al., (2001) ressaltam a importância da diferenciação entre idade biológica e idade cronológica no planejamento de um programa de atividade física para uma população de adolescentes. (levar em conta a avaliação dos estágios de maturação).
A idade cronológica determina diferenças nas características antropométricas e no desempenho físico de jovens atletas no meio e final da adolescência como provável resultado do processo de crescimento e maturação biológica (NASCIMENTO et al., 2014).
Os rapazes com estágios maturacionais mais avançados evidenciam, geralmente, melhores performances do que os atrasados na maturação (SEABRA et al., 2001).
Além disso, possibilita evitar que adolescentes com as mesmas idades cronológicas, mas com diferentes graus de maturidade, sejam colocados juntos.
Isso geraria um sentimento de frustração no adolescente derrotado que poderia influenciar todo seu relacionamento com os demais do seu grupo ou faixa etária.
Hemerson Lowe dos Santos
Tutor Externo
87040@tutor.uniasselvi.com.br 
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