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DIREITO PENAL ESPECIAL

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§ Código Penal Brasileiro é bipartido: 
dividido em parte geral (utilizados 
por todo ordenamento) e parte 
especial (destinada aos crimes em 
espécie). 
 
TIPOS DE NORMAS PENAIS 
1. NORMAS PENAIS INCRIMINADORAS: 
normas que indicam comportamentos 
proibidos pelo legislador, configurando as 
infrações penais. 
 
A) PRECEITO PRIMÁRIO: Descrição 
precisa/plena da conduta proibida. 
B) PRECEITO SECUNDÁRIO: Pena em 
abstrato imposta pela violação do 
preceito primário, ou seja, é a pena 
imputada quando da prática da 
conduta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. NORMAS PENAIS PERMISSIVA: 
normas que permitem determinados 
comportamentos/condutas, 
estabelecendo gerar causa de licitude, 
inculpabilidade ou em alguns casos até a 
impunidade. Podem gerar 3 
consequências: 
 
- Licitude; 
- Inculpabilidade; e 
-Impunidade. 
 
Importante: Lembrar que o crime é um 
fato típico, ilícito, culpável e punível. 
 
3. NORMAS PENAIS EXPLICATIVAS: 
normas de natureza penal que visam 
esclarecer o conteúdo de outra norma ou 
delimitar seu campo de ação, ou seja, 
explicam algo que seja relevante ao 
direito penal. 
Ex. Art. I50, parágrafo 4º e 5º. 
 
ELEMENTOS QUE CONSTITUEM 
A NORMA PENAL 
INCRIMINADORA (TIPO PENAL) 
1. OBJETIVIDADE JURÍDICA (OBJETO 
JURÍDICO): Configuração do bem 
jurídico protegido pelo Direito Penal, ou 
seja, interesse maior. 
Ex. Patrimônio das pessoas. 
 
Homicídio Simples 
 
PRECEITO PRIMÁRIO: 
Art. 121. Matar alguém: 
 
PRECEITO SECUNDÁRIO 
Pena – reclusão, de seis a vinte anos. 
2. OBJETO MATERIAL: Bem da vida 
sobre o qual recai a conduta do autor. 
Importante: Não se confunde com o 
sujeito passivo! 
Ex. Furto de coisa móvel, o objeto 
material é a coisa móvel. 
 Em um homicídio, o sujeito 
material é a pessoa. 
 
 
3. ELEMENTO OBJETIVO: Elementos 
que descrevem aspectos materiais do 
crime/conduta, não dependendo de 
integração/valorização jurídica. 
Normalmente, corresponde ao núcleo 
do tipo. 
Obs.: Baseada na leitura ou 
conhecimento geral. 
Ex. Núcleo em um furto é a subtração. 
 
 
4. ELEMENTO NORMATIVO: Elemento 
que exige um juízo de valor, ou seja, 
uma atividade de integração jurídica, 
para obtenção de seu significado. 
Ex. furto de coisa “alheia” móvel: para 
definição de alheia é necessário 
conhecimento de Direito Civil para 
determinar a propriedade/posse. 
 
 
5. ELEMENTO SUBJETIVO: ligado a 
ideia intelectual do crime, ou seja, a 
vontade do agente. 
Ex. dolo e culpa. 
 
Importante: Se não foi doloso e nem 
culposo, o fato é atípico. 
 
6. ELEMENTO SUBJETIVO 
ESPECIFICO: Vontade direcionada a 
uma determinada finalidade (o tipo que 
vai existir). Nem todo crime tem, é a 
vontade direcionada do agente à uma 
especifica finalidade, o agente quer 
produzir um determinado resultado. 
Antigamente se tratava de dolo 
especifico, atualmente não mais. 
 
Importante: Todo tipo de crime que 
tem elemento subjetivo especifico é 
chamado tipo incongruente. 
Ex. Artigo 155, furto quando subtraio 
pra mim ou pra outrem, se não tiver 
esses requisitos falta o elemento 
subjetivo especifico (uma pessoa subtrai 
um celular de outrem e joga fora: não é 
furto, pois não subtraiu para si ou 
outrem, trata-se de crime de dano ao 
patrimônio. 
 
ESTUDO ANALÍTICO DOS 
ELEMENTOS ESSENCIAIS DO 
FURTO 
§ Objetividade jurídica: proteção do 
patrimônio; 
§ Objetividade material: a coisa móvel 
subtraída; 
§ Elemento objetivo: subtrair; 
§ Elemento normativo: coisa alheia; 
§ Elemento subjetivo: solo; 
§ Elemento subjetivo especifico: 
incongruente, pois é necessário 
subtrair para si ou outrem. 
 
SUJEITOS DO CRIME 
1. ATIVO: Aquele que realiza a conduta 
direta ou indiretamente. 
 
A) Diretamente: porque ele efetivamente 
transgride o núcleo (autor e co-autor). 
B) Indiretamente: porque atuam para o 
crime, mas não praticam a conduta 
(partícipe: aquele que adere a conduta e 
responde pelo crime mesmo sem ter 
praticado a conduta). 
 
2. PASSIVO: quem titula o bem jurídico 
violado/protegido. 
Ex. No crime furto é quem possui o 
patrimônio. 
 
A) Secundário: aquela pessoa que embora 
não seja titular do bem jurídico violado, 
ela sofre com a conduta. 
Ex. desacato de funcionário público o 
agente passivo é o Estado e o funcionário 
agente passivo segundaria. 
 
 
 
 
TIPICIDADE 
A tipicidade é um elemento do fato 
típico, e é ligada a ideia de previsão 
normativa da conduta. 
 
 
 
 
Se divide em: 
1. Tipicidade formal (legal) – pleno 
enquadramento da conduta 
praticada ao modelo típico 
normativo (pleno do que está em 
lei); 
 
2. Tipicidade material – ligada ao 
juízo de reprovabilidade da 
conduta, ou seja, a tipicidade de 
condutas que não atinjam o bem 
jurídico de maneira insignificante 
(atípica) 
Ligada ao principio da ultima 
ratio, instruções de intervenção 
mínima. 
 
3. Tipicidade conglobante: ligada ao 
principio da razoabilidade, criada 
como forma de harmonização do 
sistema, visando trazer um 
direcionamento logico e coeso ao 
sistema. Não pode ser típico tudo 
aquilo que o sistema incentiva ou 
determina. 
 
 
 
CRIMES CONTRA VIDA 
 
§ INICIO DA VIDA 
Há 11 teorias diferentes sobre o inicio da 
vida humana, sendo a mais aceita 
juridicamente a da NIDAÇÃO (intra 
ulterina). 
A vida começa com a nidação, ou seja, 
quando o óvulo se fixa na parede uterina, 
iniciando-se de 5 a 13 dias (após a 
fecundação); tudo que vier antes da 
nidação não é vida; da nidação até o 
nascimento fala-se do feto; a vida intra 
ulterina se inicia com o rompimento do 
saco amniótico; 
 
Importante: É ABORTAMENTO se o 
crime é cometido ANTES do 
rompimento do saco amniótico. 
É HOMICIDIO se o crime é cometido 
DEPOIS do rompimento do saco 
amniótico. 
 
 
§ FIM DA VIDA 
Lei de doação de órgão (DL 943497) 
determina que a morte se dá com a 
interrupção da morte do tronco 
encefálica (Morte encefálica é o Estado 
irreversível de cessação de todo o 
encéfalo e funções neurais, resultante de 
edema e/ou maciça destruição dos 
tecidos encefálicos, apesar da atividade 
cardiopulmonar poder ser mantida por 
sistemas artificiais.) 
 
 
1. HOMICÍDIO 
121. Matar alguém: Pena - reclusão, de 
seis a vinte anos. § 1º Se o agente comete 
o crime impelido por motivo de 
relevante valor social ou moral, ou sob o 
domínio de violenta emoção, logo em 
seguida a injusta provocação da vítima, 
ou juiz pode reduzir a pena de um sexto 
a um terço. 
 
Há pelo menos 3 hipóteses em que o 
direito a vida é relativizado: 
a) Guerra declarada: No Brasil, o 
fuzilamento (pena de morte, 
CPM); 
b) Abortamento legal (Art. 128, CP); 
c) Abate legal (Art. 303, parágrafo 
2º, 7565/86): autorização dada 
pelo Código Brasileiro de 
Aeronáutica que na hipótese de 
invasão do espaço aéreo brasileiro 
por aeronave alienígena, ela seja 
abatida; 
 
1.1. Sujeitos do crime: 
a) Ativo: Classificado como crime 
comum (crime onde não exige uma 
peculiaridade por parte do sujeito 
ativo), ou seja, pode ser cometido 
por qualquer pessoa. 
 
Obs.: Crime próprio é o crime que exige 
uma condição exclusiva para o autor (Ex. 
auto aborto: tem que ser mulher). 
 
b) Passivo: Quem sofre a conduta; só 
se descobre o sujeito passivo 
analisando o crime; qualquer 
pessoa física pode ser vítima. 
 
Importante: Não são vítimas de 
homicídio: animais, cadáveres, pessoas 
jurídicas, ficções (“matou” um 
personagem de ficção). 
 
 
1.2. Objetividade jurídica: bem jurídico 
protegido é a vida humana extrauterina 
(crimes de abortamento – a vida do feto 
não é tutelada); 
 
 
1.3. Objeto material: a pessoa física (ou 
alguém, como esta na norma; 
1.4. Elemento objetivo: matar; 
 
1.5. Elemento subjetivo: dolo e culpa. Em 
geral não há elemento subjetivo 
especifico, mas em alguns casos estes 
podem gerar uma qualificadora (Art. 
121, §3º, CP); 
 
Forma tentada: O homicídio por 
ser crimepluri-subsistente: admite 
a forma tentada (Art. 14, II, CP). 
Importante: Não é causa de 
redução de pena, a natureza 
jurídica reduz a pena em abstrato 
(norma geral de extinção típica). 
 
O dolo é conhecido pela Doutrina como 
“Animus Necandi” (o que diferencia 
homicídio da lesão corporal). 
 
 * Animus Necandi: vontade 
homicida; 
 * Animus Laedendi: animus de 
lesionar. 
 
1.6 – Elemento normativo: Não há. 
 
 
2. HOMICIDIO SIMPLES 
É homicídio simples tudo que NÃO for os 
demais. Ele é residual, ou seja, não é 
qualificado. 
 
Importante: Homicídio simples não é 
crime hediondo, mas pode ser 
classificado como hediondo se for 
cometido em atividade típica de grupo 
de extermínio (Art. 1º, I, DL 8072/90). 
 
 
3. HOMICIDIO “PRIVILEGIADO” 
 
 
 
Privilegio no Direito Penal se trata do 
oposto de qualificado, logo, um crime 
privilegiado é um crime espelhado 
qualificado. O crime se torna qualificado 
quando ele tem um novo preceito 
secundário (tipo derivado). 
 
Existe 02 (dois) tipos de crime: 
 - Fundamental; 
 - Derivado: qualificado privilegiado. 
 
A pena do qualificado é maior que o 
fundamental; e o do privilegiado é 
menor que o fundamental. 
 
Não são tipos derivados as causas de 
aumento e redução da pena que são 
identificas por um QUANTUM 
(fração/porcentagem). 
 
Não se confundem com o aumento de 
pena a causa de redução (circunstâncias 
que atingem a forma fundamental e as 
formas derivadas); 
 
è NÃO CONFUNDIR QUALIFICADORA COM 
CAUSA DE AUMENTO E PRIVILEGIO COM 
DOMINUIÇÃO. 
 
O Código Penal adotou o critério 
trifásico para a fixação da pena, ou seja, 
o juiz, ao apreciar o caso concreto, 
quando for decidir a pena a ser imposta 
ao réu, deverá passar por 03 (três) fases: 
a primeira, em que se incumbirá de fixar 
a pena-base; a segunda, em que fará a 
apuração das circunstâncias atenuantes 
e agravantes; e, por fim, a terceira e 
última fase, que se encarregará da 
aplicação das causas de aumento e 
diminuição da pena para que, ao final, 
chegue ao total de pena que deverá ser 
cumprida pelo réu. 
A fixação do quantum da pena servirá 
para o juiz fixar o regime inicial de seu 
cumprimento obedecendo as regras do 
artigo 33 do CP (regimes fechado, semi-
aberto e aberto) bem como para decidir 
sobre a concessão do sursis e sobre a 
substituição da pena privativa de 
liberdade por restritiva de direitos ou 
multa. 
 
 
PRIVILEGIO X QUALIFICADO 
(pode haver apenas um tipo) 
 
A diferença entre o homicídio 
privilegiado e o qualificado é quanto à 
mensuração da pena. Pois, enquanto no 
homicídio privilegiado, somam-se ao tipo 
circunstâncias que fazem reduzir a pena, 
no homicídio qualificado, adicionam-se 
circunstâncias que enseja no aumento da 
pena. 
 
 
ATENUANTE X AGRAVANTE 
(fatores para a dosimetria da pena) 
 
Circunstâncias atenuantes são aquelas 
que permitirão ao magistrado reduzir a 
pena-base já fixada na fase anterior, e 
as circunstâncias agravantes, as quais, 
ao contrário das atenuantes, permitirão 
ao juiz aumentar a pena-base. 
 
 
CAUSA DE REDUÇÃO X AUMENTO DE 
PENA 
(circunstâncias) 
 
Causas de aumento ou de diminuição de 
pena, também chamadas de majorantes 
ou minorantes, são fatores de elevação 
ou de redução, a serem também 
observados no cálculo da pena definitiva, 
em quantidade fixa ou em patamar 
variável (quantum). 
No caso do Art. 121, §1º, CP, é o júri 
que determina a redução e o juiz aplica. 
 
• Crime Plurisubsistente (ato de 
execução do crime) é aquele que 
pode ser dividido em vários, ou 
seja, fracionado. 
Ex. Homicídio. 
 
• Crime Unisubsistentes geralmente 
não tem tentativa. 
Ex. Injúria*, crimes contra a 
honra, etc. 
 
INJURIA*: Todos os crimes contra honra 
via de regra são subsistência (exceção são 
crimes contra a honra praticados por 
escrito). 
Ex. Bilhete para um amigo o chamando 
de bobalhão. 
 
Quanto maior a relevância motivo ou 
grave a provocação, maior a redução. 
Para o juiz é obrigatório a 
fundamentação. 1/6 a 1/3 (se 
reconheceu, reduz) 
 
PODE = DEVE: ligado a circunstâncias; 
presente o motivo, o juiz DEVE reduzir; 
 
 
Importante: quem reconhece o privilegio 
é o júri, e não o juiz em si. 
 
 
a) Relevante Valor Social: É ligado a 
ideia de interesse coletivo, isto é, de 
um agrupamento de pessoas que pode 
ser toda a sociedade ou parte dela. 
Ex. Caso da morte de Lázaro 
Ramos; cidadão mata um notório 
traficante de um bairro para 
ajudar a coletividade local. 
 
Importante: Se recebe dinheiro 
para a morte, não será mais valor 
social e sim motivação torpe; 
 
b) Relevante valor moral: É ligada ao 
interesse individual/próprio. Não se 
trata de interesse egoístico, e sim de 
um interesse nobre (compaixão, 
piedade, dor). 
Ex. Matar estuprador da filha; Filho 
que mata pai com doença terminal. 
 
 
Valor social X Atenuantes 
 
 
Impelido Influência 
 
 Matou por matou 
justiça social por dinheiro 
 
 
A atenuante do Art. 65, III, a, CP 
(cometido o crime por motivo de 
relevante valor social ou moral) é 
diferente do Art. 121, §1º, CP: 
- Aplicado um, afasta o outro; 
- O valor é impulsionador no Art. 
121, na atenuante é apenas uma 
consequência (analisa-se o estado 
anímico). 
 
c) Violenta emoção após injusta 
provocação da vitima: são três 
fatores que somam (não pode faltar 
nenhum deles): 
 
• Injusta provocação da vítima: A 
vítima por sua própria conduta 
deu causa ao resultado (quando 
tiver em desarco com o 
ordenamento). 
Ex. Bullyng. 
 
§ Domínio de violenta emoção: 
emoção que “domina” o controle 
da pessoa (se algo é violento, logo, 
será grave, tratando-se de uma 
emoção absolutamente grave). 
Ex. A pessoa que reage ao bullyng. 
 
§ Reação Celene: Trata-se do logo 
em seguida/após, reação 
imediata. 
Ex. Após o bullyng, a pessoa 
compra uma arma e dominado 
de violenta emoção, tira uma 
arma do bolso e atira no 
bullynador (famoso “bate e 
toma”). 
 
Importante: Não confundir caso de 
diminuição de pena com atenuante. 
 
Violenta emoção X Art. 65º, III, c, CP 
Influencia da violenta emoção provocada 
por ato injusto da vítima . 
Na causa de diminuição falamos de 
domínio (pessoa é dominada); na 
atenuante fala-se de influencia; 
Não fala-se sobre celeridade (Ex. cidadão 
que foi buscar a arma em casa). 
Na causa de diminuição há o 
reconhecimento pelo júri: júri deve 
reconhecer expressamente; atenuante 
pode ser reconhecida pelo juiz presidente 
 
Legítima defesa 
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa 
quem, usando moderadamente dos 
meios necessários, repele injusta 
agressão, atual ou iminente, a direito seu 
ou de outrem. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) (Vide 
ADPF 779) 
Parágrafo único. Observados os requisitos 
previstos no caput deste artigo, 
considera-se também em legítima defesa 
o agente de segurança pública que repele 
agressão ou risco de agressão a vítima 
mantida refém durante a prática de 
crimes. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) (Vide ADPF 
779) 
 
 
 
A violenta emoção trabalha com injusta 
provocação; a legitima defesa com 
injusta agressão. 
 
Violenta emoção X Legitima Defesa 
 
 
Não se mede força Uso moderado 
 dos meio 
 
 
 Trabalha c/ Trabalha c/ 
 injusta prov. injusta agressão 
 
 
Célebre Célebre 
 
 
4. HOMICIDIO QUALIFICADO 
ARTIGO 121, §2, CP (pena 12 a 30) 
 
O homicídio é qualificado quando é 
conforme a lei; é um rol taxativo, se não 
estiver nesse rol, será qualificado. 
Ex. homicídio premeditário. 
 
4.1 - TIPOS DE QUALIFICADORES: 
• Ligada aos motivos do crime: o que 
o agente buscava com o crime(intenção do agente); 
Ex. O motivo é o porquê se matou. 
- §2, I, II, VI* e VII* 
 
• Meio: como se comete o crime, ou 
seja, os instrumentos utilizados no 
crime. É ligada ao que foi usado no 
crime 
Ex. Fogo, tortura, água, etc. 
- §2, III, VIII; 
 
• Forma de execução: analisa a 
circunstância do crime. 
Ex. cenário, surpresa. 
- §2, III. 
 
• Finalidade (ou finalidade de 
conexão): cometido motivado por 
outro crime. 
Ex. ocultar um furto cometido 
- §2, V. 
 
• Proteção: protegem determinadas 
pessoas na sociedade (vulneráveis). 
Ex. Feminicídio. 
- §2, VI e VII. 
 
 
4.2 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO A 
NATUREZA QUALIFICADORA: 
• Subjetiva: Ligadas a pessoa do 
agente, ou seja, ao próprio autor. 
Diz respeito a uma condição 
particular do autor, como estado 
mental, emocional ou a finalidade 
do agente (resultantes da 
motivação e da conexão); 
- Motivo, finalidade e proteção*. 
 
Obs. Qualificadoras subjetivas não se 
comunicam. 
 
• Objetiva: qualificadoras ligadas 
objetivamente ao crime em si, ou 
seja, propriamente dito 
(resultante do meio e da forma de 
execução); 
- Meio, modo de execução e 
proteção*. 
 Majoritária 
 
Para uma segunda corrente quando 
falamos de pessoa, não se trata da 
vitima em si, mas sim da condição da 
mesma, 
 
Importante: Em um homicídio 
qualificado, pode haver apenas uma 
qualificadora subjetiva, mas posso aplicar 
quantas possíveis objetivas. 
 
 
4.3 - HOMICÍDIO QUALIFICADO: 
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
4.3.1. Motivação econômica 
Art. 121, §2º, I, 1ª parte 
 
Mediante paga ou promessa de 
recompensa. Alguns autores chamam de 
homicídio mercenário. A qualificadora é 
de quem executa o crime, pois quem 
manda executar tem motivação própria. 
 
Paga: antecede o crime 
Promessa: depois do crime 
 
Importante: não importa se o homicídio 
foi ou não consumado, JÁ EXISTE A 
QUAIFICADORA. 
 
§ Natureza: 
Nelson Hungria e Heleno Claudio 
Fragoso defendiam que para 
caracterizar a qualificadora é 
patrimonial alguém lucrar com o 
homicídio (por causa PAGA). 
Ex. pagamento à vista. 
 
Costa e Silva defende que qualquer 
tipo de vantagem serve para 
caracterizar a qualificadora (por 
causa da RECOMPENSA). 
 Ex. recompensa sexual. 
 
Importante: A corrente majoritária é a 
causa PAGA de Nelson Hungria e Heleno 
Claudio Fragoso. 
 
 
4.3.2. Motivação torpe (Art. 121, §2º, 
I, 2ª parte) 
Motivação mais baixa em escala de 
desvalores (motivação desprezível, 
repugnante). São ações que repugnam a 
sociedade. São descobertas via doutrina 
e jurisprudência. 
Ex. Matou os pais para ficar com a 
herança. 
 
 
 
4.3.3. Motivação fútil (Art. 121, §2º, II) 
Inverso da torpe, ou seja, banal, frívola, 
insignificante. A motivação fútil é 
desproporcional a causa da provocação. 
A absoluta desproporção entre a 
conduta e o evento motivador. 
Ex. Vizinho mata outro vizinho por que 
este não recolheu as fezes do cachorro. 
 
Problema: ausência de motivo. 
 
Discussão Doutrinária: Alguns autores 
falam que é torpe, pois não há nada mais 
insignificante do que matar alguém sem 
motivo. Contudo a corrente majoritária 
entende que é homicídio simples, pois 
não existe homicídio sem motivo. 
 
è 1ª corrente: Homicídio sem motivo 
é fútil (corrente minoritária); 
è 2ª corrente: Homicídio sem motivo 
é torpe; 
è 3ª corrente: Homicídio sem motivo 
não existe. Pela ótica Processual 
Penal este homicídio tem 
motivação indeterminada. 
 
A consequência é que como não se 
determinou o motivo, portanto, não é 
uma qualificadora e assim o homicídio 
será simples (majoritária). 
 
 
 
 
4.3.4. Ciúme 
Depende integralmente do caso 
concreto, pois deve ver como o crime 
foi desenhado para poder tipificar 
corretamente. 
 
è 1ª corrente: motivação torpe 
quando é associado a posse. Pensa 
sempre na ideia de desproporção. 
É “coisificar” o ser humano. 
 
 Ciúmes enquadrado em relevante 
valor moral (honra ofendida). 
 
§ 2ª corrente: Motivação fútil. O crime 
é um sentimento humano que 
dominava a pessoa e esta deveria se 
controlar e não ceder ao sentimento 
banal. 
X Ver HC147533/MS-STJ X 
 
 
§ 3ª corrente: o crime tornava o 
homicídio em simples; crime é uma 
parte do complexo de sentimento do 
ser humano. Ele não pode ser visto 
como algo banal, pois com a 
capacidade de turbar o raciocínio 
lógico. 
O crime não é necessariamente posse, 
pode ser medo, insegurança. 
X Ver RESP 363919PR-2013TJ X 
 
Obs.: Esta decisão do STF significa que o 
crime não é rotulável e que a sentença 
do homicídio qualificado deve ser 
verificado caso a caso. 
 
 
4.3.5. Vingança 
Ato lesivo praticado em nome próprio ou 
alheio, contra uma pessoa, para vingar-
se de dano ou ofensa por ela causada; 
desforço, desforra, represália, revanche, 
vendeta, vindita. 
 
§ 1ª corrente majoritária: Via de regra 
a vingança é torpe; 
 
§ 2ª corrente minoritária: Depende do 
caso concreto (Nucci). 
Ex. o pai que mata o estuprador da 
filha. 
 
A vingança é altamente complexa e 
depende do caso concreto. 
 
 
4.4. QUALIFICADORA QUANTO AOS 
MEIOS (Artigo 121, §2º, III) 
 
Modelo Concreto: Veneno, fogo, 
explosivo, asfixia, tortura, outros meios 
insidiosos ou cruel, ou de que possa 
resultar perigo comum. 
 
Modelo Genérico: Quando a legislação 
usa modelos genéricos, puxa ao modelo 
exemplificado que se refere (o genérico 
teria que ser próximo ao exemplificativo). 
 
Interpretação analógica: Não é analogia; 
em via de regra o direito penal não 
considera a analogia, só será usada em 
beneficio do réu. Esta é um método 
integrativo, pois a lei tem que prever 
tudo; no direito é considerado uma 
antítese. 
 
Importante: A interpretação analógica é 
diferente de analogia. A interpretação 
analógica pode ser usada, já a analogia 
só poderá ser usada em beneficio do réu. 
 
§ O direto não pode criminalizar tudo, 
por isso existe a analogia. 
 
 
4.4.1. Veneno: Qualquer substancia 
mineral, vegetal ou animal introduzida 
no organismo para causar perigo de 
morte ou danos à saúde através de uma 
ação química, bioquímica ou mecânica 
(age causando lesão física). 
O potencial letal é oculto. 
 
4.4.2. Fogo: Forma de energia; meio que 
lesiona o corpo através da troca de calor, 
atuando em forma física ou térmica de 
forma: 
1º) Superficial (epiderme – Ex. 
Vermelhidão); 
2º) Superficial (derme – ex. bolhas); 
3º) Interna (hipoderme – Ex. Escaras 
lesões pretas de queimadura na pele); 
4º) Carbonização (pode chegar até o 
osso). 
 
4.4.3. Explosivo: Artefatos que atua, com 
liberações bruscas de pressão e energia 
térmica. 
Ex. explosão de caixa eletrônico, 
terrorismo, etc. 
 
4.4.4. Asfixia: Ligada a ideia de 
obstrução das vias aéreas, ou do 
funcionamento do mecanismo 
respiratório. Pode ocorrer de forma 
mecânica ou química. 
 
4.4.4.1. Forma de asfixia mecânica: 
 
§ Enforcamento: contrição das vias 
aeres pelo peso do individuo 
(gravidade); 
 
§ Estrangulamento: contrição das 
vias aéreas por uso de 
instrumentos (corda, pedaço de 
pau, etc) (tração); 
 
§ Esganadura: Constrição das vias 
aéreas com partes do corpo; 
Ex. lutas de artes marciais. 
 
Importante: A diferença entre eles é o 
meio mecânico utilizado. 
 
§ Sufocação: Uso de corpo estranho 
para impedir a troca de ar; 
 
§ Afogamento: Submersão ou 
imersão das vias aéreas em meio 
liquido; 
 
Importante: tem-se, obrigatoriamente, 
água no pulmão. 
 
§ Soterramento: É a imersão do 
corpo em meio sólido (pedra) ou 
semi-sólido (areia); 
 
§ Impreensamento ou sufocação 
indireta: É o impedimento da 
musculatura abdominal, o que leva 
a paralização do sistema 
respiratório; 
 
§ Rarefação: É a impossibilidade de 
remoçãodo ar ambiente, e 
consequentemente, falta de 
oxigênio. 
Alguns pesquisadores a incluem 
com morte por envenenamento, e 
não asfixia. 
 
 
Xifópagos: 
1. Separação dos indivíduos; na maioria 
dos casos. 
Sendo xifópagos, sem possibilidade de 
separação cirúrgica, e comprovado que 
um deles não concorreu para o crime =s 
Não sendo possível a separação e 
comrovadi que um dos gemeaos não 
queria participar do crime, único caso de 
abolvicao previsto em nosso ordenmno 
jurídico, pois não posso prender o gêmeo 
inocente. 
 
Fernando Monteiro de Barros entende 
que é caso de condenamento do gêmeo 
culpado, só que a sentença de 
cumprimento de pena estará 
condicionada a gênero. 
 
4.4.5. Tortura: Homicídio cometido com 
a imposição de sofrimento a atos 
desnecessários com a prorrogação da 
vida com o sofrimento. 
 
 
Crime de tortura X homicídios por 
tortura 
Não se confunde com Tortura (crime 
previsto na Lei 9455) com tortura 
(meio). Homicídio cometido 
A diferenças são: 
 
No crime de tortura. O crime e a 
finalidade do crime, ou seja, o objetivo. 
A morte no crime de tortura peter dolo 
 
 
4.4.6. Meio insidioso: Ligado a ideia de 
dissimulação quanto a letalidade; 
Ex. coisa perigo, mas que não parece ser 
perigosa, questões onde não se vê o 
perigo. 
Veneno, excepcionalmente o explosivo. 
 
 
 
TRAIÇÃO: 
Percidio, deslealdade. É a quebra da 
confiança depositada pela vítima. Só 
pode ser traído por quem é próximo, ou 
seja, a traição exige a exigência de 
relação pretérita entre vitima e autor. 
§ Para existir esta causa de qualificação 
a traição TEM que favorecer o crime 
de homicídio. 
 
 
DISSIMULAÇÃO: 
Engodo empregado na ocultação da 
verdadeira intenção do agente. É a 
mentira, fantasia para esconder o animo 
homicida. Pode ser: 
• Material: emprego de elementos 
físicos (documento falso, uso de 
uniforme); 
• Moral: opera-se no campo 
psicológico, ideias e mentiras. 
 
Diferença entre traição x dissimulação 
A primeira é o abuso da confiança, o 
segundo usa a mentira/Ilusão e não 
fantasia. 
Ex. Molejo: não era amor, era cilada. 
 
 
ESBOSCADA: 
Tocaia. É a conduta por parte do agente 
que busca os atos e costumes da vitima, 
estudando-os para escolher a melhor 
forma e maneira de cometer o crime. 
 
MEIO QUE DIFICULTA OU 
IMPOSSIBILITA A DEFESA (FORMA 
GENÉRICA): 
Qualquer coisa que seja semelhante a 
traição emboscada ou dissimulação, pode 
entrar neste tópico. 
Ex. O homicídio de surpresa, pois a 
vitima esta despreparada. 
 
§ A ideia central é que do resultado 
buscar maximizar a acao e reduzir a 
eficiência da defesa (diminuição da 
resistência) 
 
 
ARTIGO 121, §2º, V 
(por finalidade ou conexão) 
Assegura a execução, impunidade, 
vantagem e ocultação 
 
Exige necessariamente de outro crime, 
ou seja, um crime de referência. Fala-se 
então de 02 crimes, visto que precisa do 
crime principal. \Ex. O agente assalta 
um banco e comete homicídio em uma 
testemunha. 
 
A interpretação é restritiva: crime é no 
sentido estrito (isto é, crime é o que a lei 
diz que é). 
 
§ Lei de Introdução do Código Penal 
(DL 3914) artigo 1º. 
 
 
Assim, se for ocultar uma infração penal, 
não se aplica a qualificadora 
 
Infração Penal: 
a) Crime 
b) Contravenção penal: prisão 
simples ou multa 
 
2ooa garantir a impunidade: o crime já 
aconteceu, já é conhecido e você comete 
um homicídio para não ser punido por 
ele 
O sucesso do outro crime é irrelevante 
 
Assegurar a vantagem: 
Assegurar a ocultação: o crime já 
ocorreu e a ideia é que este não seja 
descoberto, ou seja, ninguém sabe dele. 
 
 
4.5. HOMICIDIO FINALISTICO (Artigo 
121, §2º, III) 
 
A) CRIME PUTATIVO: Classificação 
doutrinaria de uma conduta na 
qual o agente entende como 
criminosa, mas de fato não é. 
(imaginário). 
Ex. Agente pede para a garota de 
programa sair do carro quando vê 
uma blitz alegando que está 
cometendo crime de prostituição. 
 
Importante: Mesmo que exista na ideia 
dele, não existe no mundo real, logo o 
fato é atípico. 
 
CRIME IMPOSSIVEL: Impossibilidade de 
conclusão do ato ilícito, ou seja, a pessoa 
utiliza meio ineficaz ou volta-se contra 
objetos impróprios, o que 
torna impossível a consumação 
do crime. 
 
“Art. 17 - Não se pune a tentativa 
quando, por ineficácia absoluta do meio 
ou por absoluta impropriedade do 
objeto, é impossível consumar-se o 
crime.” 
Ex. Matar alguém com arma de 
brinquedo ou “fé que vai morrer”. 
 
 
5. HOMICIDIO QUALIFICADO 
PRIVILEGIADO 
 
Primeira corrente defende que não é 
aceita o homicídio qualificado 
privilegiado, pois o legislador entendeu 
por bem que o privilegio antes da 
qualificadora (o que vem antes afasta o 
que vem depois) vai prejudicar. 
Ex. Legislador deu presente e não pode 
pegar de volta. 
 
Segunda corrente majoritária fala que 
pode, é aceita, pois o direito é 
interpretado através das naturezas 
(parágrafo 1 é redução de pena; 2 é 
qualificadora) não há obstáculo 
dogmático nenhum, a única ressalva é a 
qualificadora que deve ser 
obrigatoriamente objetiva, pois todo 
privilegio é subjetivo. 
Ex. Matar com fogo o estuprador da 
filha 
 
Pacifico: reconhecido o homicídio 
qualificado privilegiado ele NÃO é 
hediondo. 
 
 
6.0. FEMINICIDIO (Artigo 121, §2º, VI, 
CP) 
Motivação é o ódio do agente contra 
mulher por razão da condição de sexo 
feminino (Condição envolve todo o 
histórico de impossibilidades, agressões, 
dificuldades, etc.) 
 
X Não existe feminicidio para homem X 
 
Art. 121, §2º A: 
- Violência domestica e familiar = Lei 
Maria da Penha. 
- Menosprezo ou discriminação à 
condição de mulher = o autor não aceita 
a mulher em posição de destaque. 
 
NATUREZA: 
a) corrente minoritária fala que é uma 
qualificadora subjetiva, pois se apega 
ao termo “em razão”: fala sobre o 
objetivo/intenção dele e se tem 
intenção é subjetivo – o grande 
problema desta corrente é que não 
pode somar com as outras 
qualificadoras; 
 
b) Segunda corrente trabalha com a 
ideia de causa objetiva (ou hibrida). 
 
*NUCCI foi o primeiro professor a 
colocar nos livros dele. 
Atualmente é posição pacifica no STJ, 
alegando que essa qualificadora tem 
raízes subjetivas e objetivas, só que, o 
lado mais forte é o objetivo, pois 
apesar de ser razão, ele leva em 
consideração a condição da vitima (o 
que qualifica o crime), de sexo 
feminino. 
 
§2º-A Considera-se que há razões de 
condição de sexo feminino quando o 
crime envolve: 
I - violência doméstica e familiar; 
II - menosprezo ou discriminação à 
condição de mulher. 
 
6.6. CONDIÇÃO DE MULHER (Art. 121, 
§2º, VI, CP) 
Não se fala de sexo e sem estado, 
qualidade. Neste caso está inserida a 
mulher biológica e as pessoas que se 
identificam como tal (transexual). 
 
Importante: Travesti não se enquadra, 
pois ele somente se veste como mulher 
Importante: O autor do crime de 
feminicidio pode ser mulher, desde que 
haja condição da vitima. 
6.7. CONTRA AGENTE DE SEGURANÇA 
(Art. 121, §2º, VII, CP) 
VII – contra autoridade ou agente 
descrito nos arts. 142 e 144 da 
Constituição Federal, integrantes do 
sistema prisional e da Força Nacional de 
Segurança Pública, no exercício da 
função ou em decorrência dela, ou 
contra seu cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo até terceiro grau, 
em razão dessa condição: (Incluído 
pela Lei nº 13.142, de 2015) 
 
Agente: 
A) Autoridade: 
B) Art. 142, CF: FORCAS ARMADAS: 
Exercito, marinha, aeronáutica; 
C) Art. 144, CF: Segurança Publica: 
Policia Civil, Policia Militar, 
Guarda Civil Municipal, Polia 
Federal; 
D) Sistema Prisional; 
E) Integrantes da forca nacional de 
segurança; 
 
Natureza jurídica: 
§ 1ª Corrente é qualificadora 
objetiva (semelhante ao 
feminicidio); 
§ 2ª Corrente é qualificadora 
híbrida: 
- No exercício dafunção – 
objetiva. 
- Em decorrência da função – 
subjetiva. 
6.8. COM EMPREGO DE ARMA DE 
FOGO RESTRITO OU PROIBIDO 
Decreto 10039/19 
Arma de fogo: Arma que arremessa 
projetis empregando a força expansiva 
dos gases, geradas pela combustão de um 
propelente confinado em uma câmara, 
normalmente solidaria a um cano, que 
tem a função de dar continuidade à 
combustão de propelente, além de 
direção e estabilidade o projetil. 
 
Para a Legislação Brasileira possuímos 
03 tipos de armas: 
§ Uso permitido: liberaram energia 
até 1620 jaules (medição de 
energia); 
§ Uso restrito: liberam energia mais 
de 1620 jaules; 
§ Uso proibido: estiverem proibidas 
em tratados internacionais e 
dissimuladas de objetos inofensivos 
(“revolver guarda-chuva”). 
 
Importante: As armas de uso restrito e 
proibido tem qualificadora. 
 
7.0. CAUSA DE AUMENTO DE PENA 
7.1. Artigo 121, §4º, CP (ultima parte) 
Aumento se praticado contra pessoa 
menor de 14 anos ou maior de 60 anos. 
 
Importante: A idade se completa no 
primeiro segundo do dia do aniversario 
– não importa a hora do nascimento. 
Não permite o reconhecimento da 
agravante, caso aplicado a causa de 
aumento da pena. 
Artigo 61, II, CP 
 
7.2. Artigo 121, §6º, CP 
A pena é aumentada de 1/3 até a 
metade se for cometido por milícia 
privada. 
Neste há um problema hermenêutico, 
pois não há definição objetiva do 
legislador sobre o que é – são 
organizações coletivas consolidadas e 
organizadas com disciplina paralela a 
militar. 
 
7.3. Artigo 121, §7º, CP (Exclusiva do 
feminicidio) 
§ Durante gestação ou nos 03 (três) 
meses posterior ao parto. 
Reconhecida a causa de aumento, 
afasta a agravante; 
§ Contra pessoa menor de 14 anos 
e maior de 60, com deficiência ou 
portadora de doença 
degenerativas; 
Obs. Há um problema, pois a 
primeira parte é igual ao Art. 
121, §4º, o que, em tese, geraria 
um conflito (14 anos ou 60 anos). 
 
Deficiência ou portadora de 
doenças degenerativas: apenas 
aquela com condição limitante ou 
vulnerabilidade física ou mental. 
 
§ Na presença física ou virtual de 
descendente ou ascendente da 
vítima; 
§ Em descumprimento das medidas 
protetivas da Lei Maria da Penha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não se tem causa de aumento se o 
socorro é impossível. 
Ex. Container que caiu em cima de uma 
pessoa. 
 
(...) se não representar um risco a vida. 
 
Socorro prestado por terceiro afasta o 
seu dever de prestar socorro. 
 
8.0. INOBSERVÂNCIA DE REGRA 
TÉCNICA 
Grande critica é o conceito dela se 
confundir com o da imperícia. 
 
§ 1ª Corrente doutrinara sustenta que 
essa primeira figura é inaplicável, pois 
ela se confundiria com o próprio 
conceito de imperícia, trazendo o 
problema do bis in idem. 
 
§ 2ª Corrente entende que trabalha 
com a ideia de compatibilidade, ou 
seja, causa de aumento de pena é 
plenamente compatível com o crime 
culposo. Para essa corrente a 
imperícia é a falta de pericia, 
configurando-se pelo 
desconhecimento da regra técnica, ou 
seja, há uma má formação. 
 
Para essa corrente, a parte tinha 
conhecimento e não quis entrega-lo. 
 
 
 
9.0. PERDÃO JUDICIAL 
Artigo 121, §5º, CP 
Ocorre apenas no homicídio culposo 
O Juiz deixara de aplicar a pena quando 
as consequências dos atos forem tão 
graves que a sanção penal se torna 
desnecessário. 
Ex. pai que esquece filho dentro do carro. 
 
Requisitos: 
Homicídio culposo é o sofrimento da 
vitima com a própria conduta. 
 
Natureza Jurídica: 
§ 1ª Corrente: Sustenta que a natureza 
é condenatória, pois o juiz aplica, 
primeiramente, a pena e depois o 
perdão. A base está no artigo 120, 
CP. 
§ 2ª Corrente (majoritária): não se está 
diante de uma decisão condenatória 
sem uma decisão extintiva da 
punibilidade. Usa como base a súmula 
18 do STJ. 
O perdão judicial retira aquele fato da 
analise de aplicação do jus puniend. 
Reforma de 84 atingiu apenas a 
forma especial, inserindo o artigo 
120, inc IX. 
 
 
 
 
CRIME CONTRA 
PATRIMONIO 
DISCUSSÃO DOUTRINARIA 
Não há proteção penal para 
objetos/patrimônio, pois o Direito Penal 
é exclusivo de quem tutela o patrimônio, 
a relação jurídica do ser humano com o 
patrimônio. A ideia é proteger o esforço, 
o tempo gasto para adquirir patrimônio 
 
CONCEITO DE PATRIMÔNIO 
É o complexo de relações jurídicas 
encabeçadas por um sujeito que tem por 
objeto ultimo coisas dotadas de 
utilidade, isto é, capacidade de satisfazer 
a necessidade humana. 
 
Grande questão para o Direito Penal 
envolvendo o patrimônio é as coisas 
dotadas de valor sentimental (algo de 
valor incomensurável pra determinada 
pessoa). 
Ex. Uma caneta que meu pai falecido 
usava para assinar cheques que tem 
grande valor sentimental (individual) 
 
Importante: Valor de coleção é coletivo, 
tecnicamente, não há valor sentimental, 
tem valor numérico de mercado/troca. 
 
1ª Corrente: Nelson Hungria fala que a 
proteção do direito penal e destinada a 
relação da pessoa com a coisa e não a 
coisa em si. 
Coisas de valor sentimental possui forte 
carga de relação pessoa/coisa, por isso 
são dignas de proteção do Direito Penal. 
 
2ª Corrente (majoritária): Guihemrme 
Nucci diz que o Direito Penal tutela a 
relação de um bem na relação do ser 
humano, pois o nosso Direito Penal 
depende de um bem. Esse bem jurídico 
deve ser economicamente apreciável, 
pois, a proteção mesmo que da relação e 
direcionada a ideia patrimonial (esfera 
de disponibilidade de coisas). 
Obs.: O Direito Penal não está para 
tutelar moral ou sentimentos. 
 
 
Vem da ideia de proteção familiar. O 
objetivo era que questões patrimoniais 
seriam resolvidas dentro da família e não 
em um fórum/tribunal. Legislador 
adotou para a formulação desse 
dispositivo. 
 
1.0. Escusas absolutórias (imunidade 
absoluta) 
Artigo 181, CP 
Isento de pena, ou seja, não é punido. 
Legislador restringe ao titulo. 
 
Hipóteses: 
a) Escusa em relação ao cônjuge (Art. 
181, I) 
- Enquanto existir a sociedade, teremos 
a isenção. 
- Se o casal está separado, de fato, 
aplica-se a escusa; 
- Se o casal está separado judicialmente, 
não aplica-se a escusa, mas o artigo 
182, CP; 
- Aplica-se também os companheiros, 
pois a união estável é uma relação 
análoga ao casamento (tem a mesma 
dinâmica); 
- Casamento nulo não se aplica a escusa, 
pois aplica-se a regra do momento; 
- Basílio Garcia afirmava que se o casal 
estava de boa fé, mesmo com nulidade 
do casamento, mantem-se a escusa. 
 
I. Constituição equipara o 
casamento a união estável; 
II. Aplicação do Art. 181 por 
analogia (beneficio do réu) – 
casamento e união estável tem 
pequenas diferenças, contudo, 
formas de constituição de 
família e mesmo espectro. 
 
 
b) Ascendentes e descendentes (Art. 
181, II) 
Abrange todos os ascendentes e 
descendentes, exceto parentesco por 
linha transversal ou por afinidade. 
 
Natureza 
è 1ª Corrente: Condição objetiva de 
punibilidade. Se presente a causa 
(condições objetivas) não se pune 
(apesar do fato continuar sendo 
típico, antijurídico e culpável). 
Para a primeira corrente por ser 
Há a necessidade de um processo 
para então o juiz através da 
sentença deixar de aplicar a pena. 
 
è 2ª Corrente: Causa pessoal de 
exclusão da pena. Não existe crime 
sem pena, portanto esta corrente 
defende que não há crime. 
Por ser uma condição negativa, 
presente a situação de isenção, o 
processo não será iniciado. 
 
Obs.: Na pratica, na primeira corrente é 
instaurado o IP (existe o crime), na 
segunda não. 
 
 
c) Imunidade relativa (Art. 182) 
Busca a representação (ação penal 
pública condicionada). Não existe uma 
imunidade propriamente e sim uma 
modificação na ação penal. O crime 
deixa de ser de ação publica 
incondicionada para condicionada.§ Cônjuge desquitado separado 
judicialmente: Com o advento do 
divorcio este artigo está perdendo o 
sentido. Enquanto não oficializarem o 
divorcio há a imunidade relativa; 
Quem está separado de fato entra na 
absoluta; 
§ Irmãos: Aplica seja adotivo como 
biológico; 
§ Tio/sobrinho: há imunidade relativa, 
desde que, exista coabitação (morar 
junto). 
 
Natureza 
Mera regra de ação penal ou condição de 
procedibilidade. 
 
Obs.: Imunidade relativa e imunidade 
absoluta são nomes doutrinarias. 
 
 
d) Afastamento das imunidades 
§ Crimes cometidos com violência ou 
grave ameaça; 
§ Estranho (terceiro) que participa do 
crime: disposição desnecessária 
(artigo 30, CP – as circunstâncias de 
caráter pessoal só se comunicam se 
forem elementares do crime); 
§ Idade igual ou maior de 60 anos: já 
se tem a exclusão (atentar-se ao 
igual) 
 
 
e) Erro sobre a imunidade 
O autor subtrai coisas de quem 
acreditava estar isento de pena. 
 
è 1ª Corrente (majoritária): Nucci 
fala que a condição é negativa. A 
escusa é uma causa de impunidade. 
O erro do agente não está no tipo, 
portanto, ele deve ser punido. O 
erro do agente é quanto a 
consequência (punição) e não do 
tipo. Portanto, não se aplica a 
escusa, pune-se o crime. 
 
è 2ª Corrente: Para André Stefam o 
erro de punibilidade deve ser 
tratado como erro de tipo 
permissivo, pois, o agente é levado 
a farsa percepção da realidade a 
praticar uma conduta que ele não 
realizaria se soubesse a verdade. O 
erro prejudica a livre manifestação 
de vontade do agente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FURTO 
1.0. Furto bagatelar (principio da 
bagatela) 
O crime de bagatela é consequência da 
atipicidade material. 
 
Realidade brasileira dos furtos: subtrai-
se bens de pouco valor econômico. Os 
tribunais passaram a reconhecer estes 
fatos, passando a ser fatos atípicos. 
Obs.: Neste caso, a jurisprudência 
precedeu a doutrina. 
 
STF HC 84.412/SP – Decisão que mais 
se aproxima de um precedente na 
jurisdição brasileira (fixou vetores para a 
aplicação da tipicidade material). 
 
Vetores de aplicação: 
Obs.: Pode ser aplicado e, qualquer outro 
crime (90% nos crimes patrimoniais) 
 
1.1. Lesão irrelevante ao bem jurídico: 
É diferente de lesão pequena, traz 
a ideia de inexpressividade. Tem o 
condão de alterar o patrimônio 
lesado, ou seja, não se fala de valor 
da coisa, e sim da lesão; 
1.2. Grau mínimo de ofensividade: 
Todo crime ofende de forma 
mínima o lesado, logo, tem um 
grau de ofensividade (a conduta 
não foge do normal da situação). 
No caso do furto bagatelar, a 
ofensividade é mínima. 
Ex. Empurro uma prateleira 
quando furto uma cartela de 
chicletes; 
1.3. Baixo grau de reprovabilidade: 
É uma discussão de como a 
sociedade reage a conduta. Não é 
ausência de reprovabilidade Ex. 
venda de cd pirata, furto de barra 
de chocolate ou remédio. 
 
Obs.: Magalhães Noronha relata que no 
furto famélico não há o estado de 
necessidade (risco real) e sim uma causa 
supra legal de inexigibilidade de conduta 
diversa, por falta de urgência/estado 
efetivo de necessidade. 
 
1.4. Ausência de periculosidade social: 
Consiste na avaliação dos efeitos 
causados pela conduta e por sua 
eventual descriminalização na 
sociedade como um todo. É quando 
a coletividade não foi colocada em 
risco pela conduta do agente, ou 
seja, a segurança geral da 
sociedade. 
Ex. furto de um pão francês. 
 
Importante: Os vetores supra são 
cumulativos, não são alternativos, ou 
seja, se não tem os 04, não se aplica a 
tipicidade material! 
 
 
 
2.0. Furto Simples (Art 155, CP) 
Art. 155 - Subtrair, para si ou para 
outrem, coisa alheia móvel: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e 
multa. 
 
Não é crime de menor potencial ofensivo. 
Cabe suspensão condicional do processo 
cumprindo os requisitos 
 
Multa: fundo penitenciário, Estado etc; 
Indenização: Vitima 
 
 
§ Coisa móvel: Objeto material da 
conduta; transportada sem sua 
destruição ou comprometimento 
estrutural; 
 
§ Coisa alheia: Segue as regras do 
Direito Civil de propriedade; 
 
Importante: A coisa própria não 
pode ser objeto material de crime 
mesmo em poder de terceira 
pessoa (Art 345 e 346, CP). 
 
§ Ladrão que “rouba” ladrão: não há 
posse do objeto já juntado de 
outrem. O que ocorre são furtos 
subsequentes contra o real 
proprietário. São dois furtos 
independentes; 
Ex. João furta a bicicleta de Paulo. 
Por sua vez, Carlos furta de João. 
Ambos respondem por furto. 
§ Empregado que se apodera de 
objetos no dia a dia: também 
comete furto. Não será furto e sim 
apropriação indébita quando o 
funcionário tiver a posse lícita 
(entrega livre de vigilância) do 
objeto; 
Obs.: Nos objetos de trabalho há a 
mera detenção. 
 
§ Dividas e obrigações: Trata-se de 
deveres e não de coisas moveis 
(não são objetos materiais de 
crime de furto); 
o REsp 1757.543/RS 
(julgado em recurso especial) 
 
§ Cadáver (Art 211, CP): Pode ser 
objeto material de furto quando o 
cadáver é patrimonializado. 
Ex. cadáver em Faculdade de 
Medicina. 
 
§ Saque de sepultura (Art 210, CP): 
abrir a sepultura para subtrair 
bens que estão dentro dela. 
Ex. Dente de ouro, joias, etc. 
 
è 1ª Corrente sustenta que neste caso 
não há crime de furto, pois o objeto 
enterrado junto é uma coisa 
abandonada; 
è 2ª Corrente sustenta que ela é coisa 
própria dos herdeiros deixada em 
locar certo e sabido (majoritária). 
AULA DO DIA 18 DE OUTUBRO 
 
ELEMENTO SUBJETIVO 
 
Momento consumativo 
A)Teoria do concrectatio: O furto é 
consumado quando existe o contato 
entre o autor e o objeto. 
§ A forma tentada é muito reduzida. 
 
B)Teoria do Amotio (CORRENTE 
MAJORITÁRIA STJ-STF): O furto é 
consumado com a inversão da posse do 
objeto. O objeto sai da esfera de proteção 
da vítima, não necessariamente o autor 
precisa usufruir da coisa. 
Ex. Agente furta celular e na fuga dobra 
uma esquina (consumação), e ao faze-lo 
é preso. 
§ Não importa o tempo. 
 
C)Teoria da Ablatio: O furto se consuma 
com a inversão da posse e também a 
efetivação da posse (ter o bem a sua 
disposicao), ele consegue desfrutar a 
coisa. 
§ Não há mais o ato de perseguição, 
mas há o ato de procura. 
 
D)Teoria do Ilatio: O furto se consuma 
com a inversão da posse, efetivação da 
posse e posse mansa e pacifica do objeto 
(não irá ser turbada com tranquilidade). 
 
Importante: Não confundir a posse 
mansa e pacifica com o abandono. 
 
SÚMULA 582 STJ – Esclarece o 
momento consumativo do roubo e furto. 
Esta sumula afastou as teorias do Ablatio 
e do Ilatio. 
 
Obs.: Em paralelo com as teorias, tem-
se a regra em caso de perda ou 
destruição do objeto durante o furto, 
onde é considerado consumado. 
Ex. Objeto cai no bueiro durante o furto 
(decorrente da conduta do autor) 
 
FURTO DE USO 
O agente subtrai um objeto e depois o 
restitui. Não é crime por falta do 
elemento subjetivo. O furto de uso é 
reconhecido como fato é atípico, 
portanto não é crime. 
§ 241 do CPM. 
 
Requisitos: 
1. Fruição momentânea: o uso é por 
curto momento, não sendo prolongada; 
2. Devolução rápida: Há a rápida 
devolução, ou seja, não existe vontade de 
se tornar proprietário; 
3. Restituição integral: A devolução é 
feita no mesmo local que foi retirado e 
integral, podendo o objeto ser devolvido 
nos exatos moldes em que ele foi 
retirado. 
Importante: Qualquer dano 
descaracteriza o furto de uso; 
4. Vítima não percebe a retirada do 
bem: O proprietário tem o poder de 
despor do bem, assim, a percepção da 
falta do bem caracteriza o furto. 
 
Obs.: Os requisitos supra são 
CUMULATIVOS. 
 
 
FURTO FAMÉLICO 
É o furto de bens essenciais a subsistência 
(sobrevivência) do autor. Para ser 
reconhecido basta um perigo potencial. 
Hipótese supra legal de inexigibilidadede 
conduta diversa (causa excludente de 
culpabilidade). 
Ex. O autor estava passando fome. 
 
O furto famélico não engloba apenas 
subtração de alimentos, podendo ser, 
também, remédios, logo, não se 
confunde com a bagatela. 
 
 
FURTO NO REPOUSO NOTURNO 
(PARAGRAFO 1º) 
Caso de aumento de pena de 1/3 se 
praticado durante o repouso noturno. 
 
Repouso noturno: Horário médio em que 
a vigilância é diminuída (tanto da 
vitima, como da comunidade). A 
definição depende do caso concreto. 
 
Anteriormente, era o período entre as 
22h00min e 06h00min. 
Atualmente, o horário supracitado pode 
variar conforme o caso. 
Ex.: Para o produtor rural o período de 
repouso é das 19h00min até as 
03h00min. Assim, este horário deve ser 
adaptado à rotina local. 
 
Aplicação da causa de aumento no furto 
Penal para qualquer energia com valor 
econômico será objeto de furto. 
 
Requisitos: 
A energia deverá ter valor econômico, 
ser mensurável (poder medir a 
quantidade usada) e finita, ou seja, 
passível de um fim.\

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