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Odontologia legal (História e introdução ao estudo da deodontologia e odontologia legal, bioética em pesquisas com seres humanos, noções de direito e exercício lícito e ilícito da odontologia no Brasil, Código de Ética e Processo de Ética Odontológico e Perícias e Peritos.) 1. História e introdução ao estudo da deontologia e odontologia legal Odontologia legal: “Conjunto de normas que regulam os deveres e direitos morais e legais do Cirurgião Dentista e a aplicação desses conhecimentos ao Direito” (Doria, 1945). Especialidade odontológica criada por Luis Lustosa da Silva em 1924. A odontologia possui atualmente 23 especialidades regulamentadas pelo CFO (Conselho Federal de Odontologia), a última especialidade regulamentada até agora foi Harmonização Orofacial, em 2019, pela resolução CFO-198 de 29 de janeiro de 2019. Siglas: CFO: Conselho Federal de Odontologia CRO: Conselho Regional de Odontologia ABOL: Associação Brasileira de Ética e Odontologia Legal. 2. Bioética em pesquisa com seres humanos Princípios da bioética: Odontologia legal Odontologia legal I Deontologia Ética e legislação Odontologia legal II Prática pericial Perícias diversas Beneficiência (não maleficiência): Obrigação ética de minimizar danos e prejuízos e maximizar benefícios. Autonomia: Respeito devido aos direitos fundamentais do homem, inclusive autodeterminação. Justiça: Obrigação de dar a cada um o que lhe cabe. Bioética em pesquisa: Legislação (diretrizes nacionais) Resolução CNS 196/96 Resolução CNS 466/12: Link rápido para e lei 466/12: https://cdn.portaldominus.com.br/cdn/unef/usuarios/100/sala_arquivos/Re soluc-a-o-466-12-2.pdf I- Disposições preliminares II- Termos e definições III- Dos aspectos éticos da pesquisa envolvendo seres humanos IV- Do processo de Consentimento Livre e Esclarecido V- Dos riscos e benefícios VI- Do Protocolo de Pesquisa VII- Do sistema CEP-CONEP VIII- Dos Comitês de Ética em Pesquisa IX- Da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa X- Do procedimento de análise ética XI- Do pesquisador responsável XII- Outras disposições XIII- Das resoluções e normas específicas XIV- Das disposições finais Os comitês de ética dão suporte ao pesquisador, encaminham os projetos para a Comissão Nacional, monitoram o desenvolvimento dos projetos aprovados e fomentam a reflexão em torno da ética. Áreas temáticas especiais em pesquisa: Genética e Reprodução Humana; Fármacos, medicamentos, vacinas e testes diagnósticos; Novos equipamentos e procedimentos; População indígena; Biossegurança; Pesquisa com participação/coordenação estrangeira Para o registro das pesquisas, os pesquisadores devem se cadastrar na Plataforma Brasil. Link rápido para Manual de Usuário da Plataforma Brasil: https://cdn.portaldominus.com.br/cdn/unef/usuarios/100/sala_arquivos/1-Manual- Pesquisador-Versa-o-3.2.39-1.PDF “A Plataforma Brasil é uma base nacional e unificada de registros de pesquisas envolvendo seres humanos para todo o sistema CEP/CONEP. Ela permite que as pesquisas sejam acompanhadas em seus diferentes estágios - desde sua submissão até a aprovação final pelo CEP e pela CONEP, quando necessário - possibilitando inclusive o acompanhamento da fase de campo, o envio de relatórios parciais e dos relatórios finais das pesquisas (quando concluídas). O sistema permite, ainda, a apresentação de documentos também em meio digital, propiciando à sociedade o acesso aos dados públicos de todas as pesquisas aprovadas.” – Plataforma Brasil https://cdn.portaldominus.com.br/cdn/unef/usuarios/100/sala_arquivos/Resoluc-a-o-466-12-2.pdf https://cdn.portaldominus.com.br/cdn/unef/usuarios/100/sala_arquivos/Resoluc-a-o-466-12-2.pdf https://cdn.portaldominus.com.br/cdn/unef/usuarios/100/sala_arquivos/1-Manual-Pesquisador-Versa-o-3.2.39-1.PDF https://cdn.portaldominus.com.br/cdn/unef/usuarios/100/sala_arquivos/1-Manual-Pesquisador-Versa-o-3.2.39-1.PDF Para esse registro é necessário que o pesquisador seja cadastrado na plataforma Lattes. Diferença entre: Indenização, Ressarcimento e Remuneração: Indenização: Cobertura material Ressarcimento: Cobertura de despesas Remuneração: Gratificação. 3. Noções de direito e exercício lícito e ilícito da odontologia no Brasil. Direito: Ciência social que busca regular a vida em sociedade com o auxílio de um conjunto de normas gerais. Conjunto de leis impostas coercitivamente pelo Estado, afim de garantir a ordem social e a paz coletiva. Divisões do direito: Direito público: Possui função de proteger o interesse público em detrimento do interesse alheio. Engloba Direito Constitucional, Direito Penal, Direito Administrativo, Direito Tributário, Direito Administrativo, Direito Processual, Direito do Trabalho, Direito Internacional, Direito Previdenciário. Direito privado: Possui a função de tratar das relações entre particulares e regular situações em que o interesse individual sobrepõe ao interesse público. Engloba Direito Civil e Direito Empresarial. Fontes do direito: Diretas ou imediatas: Lei: Texto que é escrito e editado pelo poder legislativo ou pela administração pública para regular as relações humanas. Costume: Normas não escritas adotadas de forma rotineira pela comunidade. Indiretas ou mediatas: Doutrina: Reflexão e ensinamento de grandes estudiosos do Direito. Jurisprudência: Conjunto de interpretações das leis feitas pelos tribunais superiores, com adaptação às situações. Conjunto de sentenças dos tribunais. Legislação e odontologia: Lei que regulamenta o exercício da Odontologia no Brasil: LEI 5081/66. Link rápido para a lei 5081/66: https://cdn.portaldominus.com.br/cdn/unef/usuarios/100/sala_arquivos/lei5081- 4.pdf DO CIRURGIÃO-DENTISTA: Art. 2º. O exercício da Odontologia no território nacional só é permitido ao cirurgião-dentista habilitado por escola ou faculdade oficial ou reconhecida, após o registro do diploma na Diretoria do Ensino Superior, no Serviço Nacional de Fiscalização da Odontologia, na repartição sanitária estadual competente e inscrição no Conselho Regional de Odontologia sob cuja jurisdição se achar o local de sua atividade.- Lei 5081/66. https://cdn.portaldominus.com.br/cdn/unef/usuarios/100/sala_arquivos/lei5081-4.pdf https://cdn.portaldominus.com.br/cdn/unef/usuarios/100/sala_arquivos/lei5081-4.pdf Conselhos de Odontologia: Para a inscrição nos Conselhos de Odontologia são necessários: Declaração (nome completo, filiação, data e naturalidade, nacionalidade, estado civil, endereço) Diploma RG Prova de quitação com o serviço militar e com as obrigações eleitorais. Obs.: Para que o profissional formado em odontologia possa exercer a sua profissão legalmente, é obrigatória a inscrição no conselho regional de cada jurisdição que atua. Tipos de inscrições dos conselhos: Provisória (destinada aos recém formados que ainda não receberam o diploma): Necessita apresentar declaração, duração de até 2 anos, o profissional não pode votar nem ser votado); Principal; Secundária (para quem atua também em outra jurisdição) Temporária (para estrangeiros e expira com a sua saída do país) Remida (para pessoas a partir de 70 anos que nunca praticou infração ética. É isenta de anuidade). A consulta de dentistas é aberta ao público pelo site do conselho e denúncias são feitas de forma anônima. De acordo com a Lei 5081/66: Art. 3° Poderão exercer a Odontologia no território nacional os habilitados por escolas estrangeiras, após a revalidação do diploma e satisfeitas as demais exigências do artigo anterior. Art. 6°Compete ao cirurgião-dentista: I. Praticar todos os atos pertinentes a Odontologia, decorrentes de conhecimentos adquiridos em curso regular ou em cursos de pós- graduação; II. prescrever e aplicar especialidadesfarmacêuticas de uso interno e externo, indicadas em Odontologia; III. atestar, no setor de sua atividade profissional, estados mórbidos e outros, inclusive, para justificação de faltas ao emprego; IV. proceder à perícia odontolegal em fôro civil, criminal, trabalhista e em sede administrativa; V. aplicar anestesia local e truncular; VI. empregar a analgesia e a hipnose, desde que comprovadamente habilitado, quando constituírem meios eficazes para o tratamento; VII. manter, anexo ao consultório, laboratório de prótese, aparelhagem e instalação adequadas para pesquisas e análises clínicas, relacionadas com os casos específicos de sua especialidade, bem como aparelhos de Raios X, para diagnóstico; VIII. prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de acidentes graves que comprometam a vida e a saúde do paciente; IX. utilizar, no exercício da função de perito-odontólogo, em casos de necropsia, as vias de acesso do pescoço e da cabeça. Art. 7°. É vedado ao cirurgião-dentista: a) Expor em público trabalhos odontológicos e usar de artifícios de propaganda para granjear clientela; b) anunciar cura de determinadas doenças, para as quais não haja tratamento eficaz; c) exercício de mais de duas especialidades; d) consultas mediante correspondência, rádio, televisão ou meios semelhantes; e) prestação de serviço gratuito em consultórios particulares; f) divulgar benefícios recebidos de clientes. g) anunciar preços de serviços, modalidades de pagamento e outras formas de comercialização da clínica que signifiquem competição desleal. Segundo a Lei n. 9394/96 para a revalidação do diploma estrangeiro é necessário: Revalidação em escolas brasileira de ensino superior; Exames de suficiência profissional: Equivalência de currículos (prova de conhecimentos específicos e cumprimento das disciplinas) Proficiência em Língua portuguesa. 4. Código de ética odontológico e código de processo ético O código de ética odontológica possui 20 páginas e 19 capítulos distribuídos da seguinte forma: Link rápido para o Código de Ética Odontológica: https://cdn.portaldominus.com.br/cdn/unef/usuarios/100/sala_arquivos/codigo_etica-4.pdf I. Disposições preliminares II. Dos direitos fundamentais III. Dos deveres fundamentais IV. Das auditorias e perícias odontológicas V. Do relacionamento (com o paciente e com a equipe de saúde) VI. Do Sigilo Profissional VII. Dos documentos odontológicos VIII. Dos honorários profissionais IX. Das especialidades X. Da odontologia Hospitalar XI. Das entidades com atividades no âmbito da odontologia XII. Do responsável técnico e proprietários inscritos XIII. Do magistério XIV. Da doação, do transplante e do banco de órgãos, tecidos e biomateriais XV. Das entidades de classe XVI. Do anuncio, propaganda e publicidade XVII. Da pesquisa científica XVIII. Das penas e suas aplicações https://cdn.portaldominus.com.br/cdn/unef/usuarios/100/sala_arquivos/codigo_etica-4.pdf XIX. Disposições finais. O código de ética odontológica regula os direitos e deveres de cirurgiões-dentistas, pessoas jurídicas e profissionais técnicos e auxiliares. O código de processo ético se trata da resolução CFO – 59/2004. Link rápido para o Código de Processo Ético Odontológico: https://cdn.portaldominus.com.br/cdn/unef/usuarios/100/sala_arquivos/codigo_proc_etico- 4.pdf 5. Perícias e peritos Conceitos de perícia segundo FRANÇA, 1998: No sentido amplo: Operações destinadas a fornecer esclarecimentos técnico- científicos a justiça. No sentido restrito: Diligência, perícia médico-legal ou odonto-legal é toda sindicância promovida por autoridade policial ou judiciária, acompanhada de exames, em que, pela natureza dos mesmos, os peritos são ou devem ser médico ou cirurgiõesdentistas, respectivamente. Importância da perícia: Sindicância policial Processos de crime Processos cíveis Processos trabalhistas. Fatos a esclarecer: Transitórios Vestígios desaparecem após serem produzidos Permanentes Maior duração: Lesão corporal grave Menor duração: Lesão corporal leve As perícias servem como auxílio dos juízes nas sentenças. Objeto das perícias: Cível (Perito nomeado pelo juiz, aplicação de sentença através de indenização e ressarcimento) Arbitramento de honorários Estimativa de idade Criminal (Perito oficial concursado e aplicação de prisão ou penas alternativas) Exame de corpo e delito (“Conjunto de elementos sensíveis do dano causado pelo fato delituoso e a base de todo o procedimento processual”. Silva, 1997). Exame no vivo (identificação, lesões corporais, conjunção carnal, erros profissionais) Exame no cadáver (Identificação, causa mortis e cronologia da morte) https://cdn.portaldominus.com.br/cdn/unef/usuarios/100/sala_arquivos/codigo_proc_etico-4.pdf https://cdn.portaldominus.com.br/cdn/unef/usuarios/100/sala_arquivos/codigo_proc_etico-4.pdf Exame no esqueleto (Identificação, sinais de fratura, projéteis de arma de fogo) Perícia de manchas (exame do local buscando manchas de sangue, saliva, esperma e outros líquidos orgânicos) Trabalhista (Perito nomeado pelo juiz, aplicação de sentença através de indenização e ressarcimento) Infortúnios do trabalho Acidentes Doenças profissionais Ético (Perito nomeado pela comissão de ética do CRO, aplicação de acórdão com advertência, censura, suspensão de 30 dias, cassação de diploma, e multas.) Penas previstas no código de ética (Advertência, cassação do diploma) Administrativo Convênios Empresas Classificação das perícias quanto ao tipo de exame: Exame médico-legal ou odonto-legal Necropsia Exumação Exames de laboratório Conceito de peritos segundo FIGINI, 2003: “ Pessoas experimentadas em determinados assuntos e que, designados pela justiça recebem a incumbência de ver e referir fatos de natureza permanente cujo esclarecimento é de interesse no processo”. Tipos de peritos: Oficiais Nomeados ou louvados Assistentes técnicos Referências Aulas de Odontologia Legal I da professora Dra. Jamilly de Oliveira Musse
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