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4 FASE_UNISUL - ÂNIMA _RESUMO - NEOPLASIAS

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Neoplasias 1
🩸
Neoplasias
⚠ O câncer é uma desordem genética causada por mutações do DNA que (em sua 
maior parte) são adquiridas espontaneamente ou induzidas por agressões do 
ambiente. 
→ Além disso, os cânceres 
geralmente mostram alterações 
epigenéticas, como o aumento focal da 
metilação de DNA e alterações nas 
modificações da histona, as quais por 
sua vez se originam de mutações 
adquiridas em genes que regulam 
essas modificações. 
Essas alterações alteram a expressão 
ou função de genes-chave que 
regulam os processos celulares 
fundamentais, como crescimento, 
sobrevida e senescência.
 → Essas alterações genéticas são hereditárias e 
passadas para as células-filhas na divisão celular. 
Como resultado, as células que ancoram essas 
alterações estão sujeitas à seleção darwiniana 
(sobrevivência da mais ajustada, discutivelmente o 
conceito científico mais importante já concebido), 
em que as células que sofrem mutações 
proporcionam as vantagens de crescimento ou 
sobrevivência, passando para trás suas vizi- 
nhanças e chegando desse modo a dominar a 
população. Como as vantagens seletivas são 
conferidas a uma única célula que acaba dando 
origem ao tumor, todos os tumores são clonais 
(isto é, é a progênie de uma célula).
Características do câncer:
1. Autossuficiência nos sinais de crescimento: pelos quais o crescimento dos cânceres se 
torna autônomo e não é regulado por indícios fisiológicos; 
2. Ausência de resposta aos sinais inibidores de crescimento: os quais controlam as 
proliferações celulares não neoplásicas, como a hiperplasia; 
Neoplasias 2
3. Evasão da morte celular: permitindo que as células cancerosas sobrevivam sob condições 
que induzam apoptose em células normais; 
4. Potencial replicativo ilimitado: tornando, portanto, as células cancerosas imortais; 
5. Desenvolvimento da angiogênese: para sustentar o crescimento das células cancerosas; 
6. Capacidade de invadir tecidos: locais e disseminar-se para locais distantes; 
7. Reprogramação das vias metabólicas — especificamente, uma alteração para a glicólise 
aeróbica, mesmo quando há abundante oxigênio; 
8. Capacidade de escapar do sistema imune: As alterações genéticas que dão origem a essas 
características dos cânceres são sustentadas e permitidas pelo desenvolvimento de 
instabilidade genômica, acrescentando mais combustível à fogueira. As confirmações 
moleculares dessas características são discutidas em detalhes em seção posterior.
Nomenclatura:
Neoplasias 3
Neoplasia: Massa com crescimento 
que excede os tecidos normais, 
persistindo após o termino do 
estimulo que induziu a alteração.
Tumor: Intumescimento
Câncer: Tumor maligno
Oncologia: Estudo dos tumores
Sarcoma: Mesenquimal
Carcinoma: Epitelial
Parênquima: Células neoplásicas 
proliferantes. Comportamento 
biológico
Estroma: Tecido conectivo, vasos 
sanguíneos e células inflamatórias 
derivadas do hospedeiro. 
Crescimento
A divisão de neoplasias em categorias benigna e maligna baseia-se no julgamento do 
comportamento clínico potencial de um tumor.
Tumor Benigno 
Quando suas características micro e macroscópicas são consideradas relativamente 
inocentes, indicando que permanecerá localizado, e é tratável com a remoção cirúrgica; 
geralmente o paciente sobrevive.
Nota-se, porém, que os tumores benignos podem produzir mais do que massas localizadas e, as 
vezes, são responsáveis por doença grave.
A designação dos tumores benignos é feita acrescentando-se o sufixo -oma ao tipo celular 
do qual eles surgem. 
tecido fibroso é um fibroma; 
tecido cartilaginoso é um condroma;
tecido osseo é um osteoma;
tecido epitelial é um adenoma (geralmente);
Papilomas são neoplasias epiteliais benignas, que crescem em qualquer superfície, 
produzem frondes micro ou macroscópicas semelhantes a dedos. 
Um pólipo é uma massa que se projeta acima de uma superfície mucosa, como no intestino, 
para formar uma estrutura macroscopicamente visível. 
Neoplasias 4
Cistadenomas são massas císticas ocas que surgem tipicamente no ovário.
🚩 Tumor Maligno
O termo maligno aplica-se a uma neoplasia indicando que a lesão pode invadir e destruir 
estruturas adjacentes e disseminar-se para locais distantes (metástases) para causar morte. 
Nem todos os cânceres prosseguem em um curso tão mortal. Os mais agressivos também são 
alguns dos mais curáveis, mas a designação maligno constitui uma bandeira vermelha.
A nomenclatura dos tumores malignos segue essencialmente a dos tumores benignos, com 
certos acréscimos e exceções.
tecidos mesenquimais (“sólidos”) ou seus derivados são chamadas de sarcomas;
Os sarcomas são designados pelo tipo celular de que são compostos, sua célula de 
origem. Assim, um câncer com origem no tecido fibroso é um fibrossarcoma, enquanto 
uma neoplasia maligna composta por condrócitos é um condrossarcoma.
células mesenquimais sanguíneas são chamadas de leucemias ou linfomas. 
as neoplasias malignas das células epiteliais são chamadas de carcinomas, 
independentemente do tecido de origem. 
Assim, uma neoplasia maligna que surge no epitélio tubular renal (mesoderma) é um 
carcinoma, como o são os cânceres que surgem na pele (ectoderma) e no epitélio do 
revestimento intestinal (endoderma). 
Além disso, o mesoderma pode dar origem a carcinomas (epiteliais), sarcomas 
(mesenquimais) e tumores hematolinfoides (leucemias e linfomas).
Os carcinomas são ainda mais subdivididos: 
Os carcinomas que crescem em padrão glandular são chamados de 
adenocarcinomas, enquanto aqueles que produzem células escamosas são 
chamados de carcinomas de células escamosas. 
Algumas vezes, pode-se identificar o tecido ou órgão de origem, como na 
designação adenocarcinoma de células renais. Outras vezes, o tumor mostra pouca 
ou nenhuma diferenciação e deve ser chamado de carcinoma mal diferenciado ou 
indiferenciado.
Neoplasias 5
Nomenclatura dos Tumores 
Pode-se notar algumas inconsistências flagrantes. Por exemplo, são usados os termos linfoma, 
mesotelioma, melanoma e seminoma para neoplasias malignas. Infelizmente para os estudantes, 
essas exceções estão firmemente arraigadas na terminologia médica.
Origem celular
As células transformadas em uma neoplasia, seja benigna ou maligna, quase sempre são 
assemelhadas, como se todas tivessem derivado de uma única progenitora, compatível com a 
origem monoclonal dos tumores. Em alguns casos incomuns, porém, as células tumorais 
sofrem diferenciação divergente, criando os chamados tumores mistos.
Neoplasias 6
Diferenciação e Anaplasia
A diferenciação e a anaplasia são características observadas apenas em células 
parenquimatosas que constituem os elementos transformados das neoplasias. A diferenciação 
das células tumorais parenquimatosas refere-se à extensão em que se assemelham aos seus 
antepassados normais morfológica e funcionalmente.
Neoplasias benignas são compostas por células bem diferenciadas que se assemelham 
estreitamente a suas contrapartes normais. 
Um lipoma é constituído por células adiposas maduras carregadas com vacúolos 
lipídicos, e um condroma é constituído por células de cartilagem maduras que 
sintetizam sua matriz cartilaginosa — evidência de diferenciação funcional e 
morfológica.
 Em tumores benignos bem diferenciados, normalmente as mitoses são raras e sua 
configuração é normal.
Neoplasias malignas caracterizam-se por ampla gama de diferenciações celulares 
parenquimatosas, desde as bem diferenciadas até as completamente indiferenciadas. 
Por exemplo, adenocarcinomas bem diferenciados da tireoide podem conter folículos 
com aparência normal. Algumas vezes pode ser difícil distinguir esses tumores das 
proliferações benignas. 
Entre os dois extremos situam-se os tumores livremente referidos como moderadamente 
bem diferenciados. O estroma que contém o suprimento sanguíneo é crucial para o 
crescimento de tumores, mas não ajuda na separação dos tumores benignos dos 
malignos. A quantidade de tecido conjuntivo estromal determina, porém, a consistência 
daneoplasia. 
Certos cânceres induzem um estroma fibroso abundante (desmoplasia), tornando-
os duros, os chamados tumores cirrosos.
A falta de diferenciação, ou anaplasia, é considerada uma característica de 
malignidade. O termo anaplasia significa literalmente “formação retrógrada” — 
sugerindo desdiferenciação ou perda de diferenciação estrutural e funcional das células 
normais.
Displasia
Neoplasias 7
referindo-se à proliferação desordenada, mas não neoplásica. É encontrada 
principalmente em lesões epiteliais. É a perda de uniformidade de células individuais e em 
sua orientação arquitetural. As células displásicas exibem considerável pleomorfismo e, com 
frequência, possuem núcleos hipercromáticos que são anormalmente grandes para o 
tamanho da célula. O número de mitoses é mais abundante que o normal e frequentemente 
aparecem em localizações anormais dentro do epitélio; as mitoses não estão confinadas às 
camadas basais, onde normalmente ocorrem, mas podem ser vistas em todos os níveis e até 
nas células de superfície.
Metaplasia 
É uma alteração reversível na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou 
mesenquimal), é substituído por outro tipo celular de mesma linhagem. É um processo 
adaptativo.
Carcinogênese
É um processo de múltiplas etapas resultante do acúmulo de múltiplas 
alterações genéticas que coletivamente dão origem ao fenótipo 
transformado. 
Muitos cânceres surgem de lesões precursoras não neoplásicas, que as análises 
moleculares demonstraram que já possuem algumas das mutações necessárias para 
estabelecer um câncer plenamente. 
Presumivelmente, essas mutações proporcionam vantagens seletivas às células da lesão 
precursora. Depois de iniciados, os cânceres continuam a sofrer seleção darwiniana.
 Neoplasias malignas têm vários atributos fenotípicos, como crescimento excessivo, 
invasividade local e capacidade de formar metástases distantes. Além disso, é bem 
estabelecido que, durante algum tempo, muitos tumores se tornam mais agressivos e 
adquirem maior potencial maligno. Esse fenômeno é referido como progressão tumoral e 
não é representado simplesmente pelo aumento de tamanho do tumor. Cuidadosos estudos 
clínicos e experimentais revelam que a malignidade em crescimento muitas vezes é 
adquirida de modo incremental. 
Em nível molecular, a progressão tumoral e a heterogeneidade associada resultam, mais 
provavelmente, de múltiplas mutações que se acumulam independentemente em 
diferentes gerações de células, gerando subclones com diferentes características, como 
Neoplasias 8
capacidade de invadir, taxa de crescimento, capacidade metastática, cariótipo, 
responsividade hormonal e suscetibilidade a drogas antineoplásicas. 
Algumas das mutações podem ser letais; outras podem estimular o crescimento celular, 
afetando os proto-oncogenes ou os genes supressores de tumor. Assim, até mesmo o 
mais maligno dos tumores tem origem monoclonal, no momento em que se torna 
clinicamente evidente que as células que o constituem podem ser extremamente 
heterogêneas.

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