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Irene Souza ATM 2024/2
PROVA DE SAÚDE COLETIVA
Prof. Clauceane
Fundamentos da Medicina de Família e Comunidade 
 • Homologa a Portaria CME nº 1/2018, que atualiza a relação de especialidades e áreas de atuação médicas 
aprovadas pela Comissão Mista de Especialidades 
•Publicação no diário Oficial da União em 24 de janeiro de 2019 
APS = atenção primária à saúde -“Lugar” 
MFC = medicina de família e comunidade -“Especialidade” 
ESF = estratégia saúde da família -“Estratégia de Estado” 
•Problemas da especialização: •Fragmentação da profissão médica •Deterioração da relação entre pessoa e 
médico •Aumento de processos por erro médico •Baixa resolutividade no âmbito populacional 
•Novas necessidades: •De um novo tipo de generalista •Não mais definido pela falta de treinamento e 
qualificação mas com um conjunto de habilidades 
•Era do clínico geral: •Século XIX •1892 surge a pediatria •1889: marco do desenvolvimento da educação 
médica pela fundação John Hopkins 
•Era da especialização: •1910: relatório de Flexner 
•MFC tem sua origem no Brasil na década de 1970 
•A MFC até 2002 era chamada medicina geral comunitária 
•A ESF deu impulso ao mercado de trabalho do MFC 
•Pela Lei dos Mais Médicos: passa a se chamar medicina geral familiar e comunitária 
•O MFC é especialista em pessoas! No seu contexto familiar, social, cultural e ambiental! Na comunidade 
onde vivem! O médico de família é, então, um médico especializado nos cuidados de saúde das pessoas, 
que pertencem a uma família e vivem numa determinada comunidade 
•A MFC é definida como a especialidade médica que presta assistência à saúde de forma continuada, integral 
e abrangente para pessoas, suas famílias e a comunidade 
•Integra ciências biológicas, clínicas e comportamentais, abrange todas as idades, ambos os sexos, cada 
sistema orgânico e cada doença, trabalha com sinais e sintomas e problemas de saúde 
•Forte senso de responsabilidade para o atendimento 
•Compaixão e empatia, com sincero interesse pela pessoa e na família 
•Atitude constantemente curiosa 
•Entusiasmo com os problemas médicos indiferenciados e sua resolução 
•Interesse no amplo espectro da medicina clínica 
•Habilidade para lidar com múltiplos problemas que ocorrem ao mesmo tempo em uma pessoa 
•Ajudar as pessoas a lidar com os problemas do cotidiano e na manutenção da estabilidade da família e da 
comunidade 
•Capacidade para atuar como coordenador de todos os recursos de saúde no atendimento de uma pessoa 
 •Desejo de identificar os problemas o mais cedo possível ou prevenir a doença inteiramente 
•O aspecto essencial da MFC é clínico, com foco principal na assistência à saúde em seus diversos modelos 
de implementação 
•É o profissional médico com vocação e formação específica para prestar cuidados na APS 
•É especialista em manejar os problemas de saúde mais frequentes que acometem a população sob sua 
responsabilidade 
1.Foco na pessoa de modo integral e não apenas na doença que ela traz 
2.Continuidade dos cuidados 
3.Estilo diagnóstico: queixas e problemas de saúde inespecíficos 
4.Classificação diagnóstica: classificação internacional de atenção primária – CIAP 
5.Verifica os problemas em seus estágios iniciais o que exige um raciocínio clínico apurado 
Resolução CFM nº 2.221/18
Surgimento da MFC
Era do clínico geral X Era da especialização
Características desejáveis para o MFC
Características da Medicina de Família e Comunidade
Irene Souza ATM 2024/2
1.O MFC é um clínico qualificado 
2.A atuação do MFC é influenciado pela comunidade 
3.O MFC é recurso de uma população definida 
4.A relação médico-pessoa é fundamental para o desempenho do MFC 
•Porta de entrada para a saúde 
•Primeiro e vital contato com os cuidados envolvendo avaliação, diagnóstico, triagem e manejo ou resolução 
de problemas definidos 
•Acesso aos serviços secundários por meio de encaminhamentos seletivos 
•Continuidade do cuidado 
•Oferecida por meio de equipes multidisciplinares com o MFC no coração dessas equipes 
•MFCs são médicos com treinamento especializado que tratam doenças agudas e crônicas e que fornecem 
intervenções e educação em saúde para todas as idades e ambos os sexos com o objetivo de melhorar a 
saúde individual e da comunidade 
•APS com MFC tem melhor qualidade 
•CONSTITUIÇÃO DE 1988: •Conceito ampliado de saúde •Saúde como direito do cidadão e dever do 
Estado •Instituição do SUS •Manutenção da iniciativa privada como sendo complementar ao sistema 
público: criou um sistema mix público-privado •1994 lançado Programa saúde da família •2001 passou a 
se chamar Estratégia saúde da família Em 2006 surgiu a política nacional da atenção básica: consolidar a 
ESF como modelo de atenção básica e centro ordenador das redes de atenção à saúde no SUS 
•Em 2008 criação dos NASF: avanço rumo à integralidade 
•Em 2008 criação do saúde na escola: avanço rumo a intersetorialidade 
•Em 2017 nova política nacional da atenção básica: fortalecer a ESF como estratégia de cuidado e 
fortalecimento das RAS 
•Redução da mortalidade infantil: redução de 65% entre 1990 e 2006 
•Redução da morbidade: entre 1999 e 2006 as ICSAP diminuíram 20% 
•Redução das iniquidades: melhores resultados onde há maior cobertura e em municípios com IDH menor 
•Melhora no acesso, utilização de serviços de saúde e no impacto na saúde: 
•10% menos barreiras de acesso à obtenção de cuidados para as necessidades em saúde, 
•14% a mais gestantes vacinadas contra o tétano, 
•34% menos crianças com baixo peso até os 5 anos 
•Maior satisfação dos usuários 
•A vida humana e os processos a ela relacionados se dão de forma sistêmica e só acontecem e ganham 
sentido a partir da relação que estabelecem entre si 
•O ser humano é uma totalidade biológica, psicológica e social 
•O binômio saúde-adoecimento incorpora dimensões biológicas, psicológicas e socioculturais 
•A abordagem centrada na integralidade é holística: a dicotomia entre medicina preventiva e curativa é 
superada, mente e corpo são únicos, saúde individual e coletiva inseparáveis 
•A abordagem realça a importância do cuidado centrado na pessoa, na família e na comunidade, assim como 
do trabalho em equipe 
•Procura-se prevenir a eclosão de doenças e preservar a qualidade e colaborar para promover a plenitude da 
vida 
•O processo diagnóstico e terapêutico da medicina centrada no modelo da integralidade é de base sistêmica 
•O progresso científico e biotecnológico fez que houvesse uma excessiva fragmentação do cuidado médico 
•Para o MFC é fundamental que domine progressivamente conhecimentos, habilidades e atitudes coerentes 
com o progresso científico 
•A MFC é componente primordial e uma especialidade médica com foco privilegiado na APS 
•Considerada especialidade estratégica na conformação dos sistemas de saúde 
•Cabe à MFC partindo de um primeiro contato, cuidar de forma longitudinal e coordenado, da saúde de uma 
pessoa, considerando seu contexto familiar e comunitário 
•MFC faz a coordenação da atenção prestada em outros níveis de atenção 
Princípios da Medicina de Família e Comunidade
Atenção Primária à Saúde(APS)
Resultados da ESF no Brasil
Integralidade - preceitos
A MFC e a APS
Irene Souza ATM 2024/2
 •Abordagem centrada na pessoa 
•Genograma 
•Ecomapa 
•Georreferenciamento 
•Identificação de risco e vulnerabilidade 
•Formação de grupos de educação popular 
•Ações educativas e de rastreamento 
•Vínculo 
•Clínica ampliada 
•Cogestão 
•Equipes de referência e apoio matricial 
•Acolhimento 
•Projeto terapêutico singular 
Portaria 2436 de 2017: política nacional de atenção básica 
•Consultório médico e de enfermagem 
•Consultório com sanitário 
•Sala de procedimentos 
•Sala de vacinas 
•Área para assistência farmacêutica 
•Sala de inalação coletiva 
•Sala de procedimentos 
•Sala de coleta/exames 
•Sala de curativos 
•Sala de expurgo 
•Sala de esterilização 
• Sala de observação 
•Sala de atividades coletivas para os profissionais 
•Área de recepção 
•Local para arquivos e registros 
•Salamultiprofissional de acolhimento à demanda espontânea 
•Sala de administração e gerência 
•Banheiro público e para funcionários 
• UBS com carga horária mínima de 40 horas/semanais 
•No mínimo 5 (cinco) dias da semana 
•Nos 12 meses do ano, possibilitando acesso facilitado à população. 
 •População adscrita por equipe de Atenção Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) de 2.000 a 3.500 
pessoas •Localizada dentro do seu território, garantindo os princípios e diretrizes da Atenção Básica 
•Composta no mínimo por médico, preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade 
•Enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família 
•Auxiliar e/ou técnico de enfermagem 
•Agente comunitário de saúde (ACS) 
•O número de ACS por equipe deverá ser definido de acordo com base populacional, critérios demográficos, 
epidemiológicos e socioeconômicos, de acordo com definição local 
•Em áreas de grande dispersão territorial, áreas de risco e vulnerabilidade social, recomenda-se a cobertura 
de 100% da população com número máximo de 750 pessoas por ACS 
 •Para equipe de Saúde da Família, há a obrigatoriedade de carga horária de 40 (quarenta) horas semanais 
para todos os profissionais de saúde membros da ESF •Dessa forma, os profissionais da ESF poderão estar 
vinculados a apenas 1 (uma) equipe de Saúde da Família, no SCNES vigente 
Ferramentas da MFC
Organização das Equipes de Saúde
Unidade Básica de Unidade - ambientes
Funcionamento
População por Equipe
Composição das Equipes
Carga Horária
Irene Souza ATM 2024/2
•Participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe 
•Cadastrar e manter atualizado o cadastramento e outros dados de saúde das famílias e dos indivíduos no 
sistema de informação da Atenção Básica vigente 
•Realizar o cuidado integral à saúde da população adscrita 
•Realizar ações de atenção à saúde conforme a necessidade de saúde da população local 
•Garantir a atenção à saúde da população adscrita 
•Participar do acolhimento dos usuários 
 •Responsabilizar-se pelo acompanhamento da população adscrita ao longo do tempo no que se refere às 
múltiplas situações de doenças e agravos, e às necessidades de cuidados preventivos, permitindo a 
longitudinalidade do cuidado 
•Praticar cuidado individual, familiar e dirigido a pessoas, famílias e grupos sociais 
•Responsabilizar-se pela população adscrita mantendo a coordenação do cuidado 
•Instituir ações para segurança do paciente e propor medidas para reduzir os riscos e os eventos adversos 
•Realizar busca ativa e notificar doenças e agravos de notificação compulsória 
•Realizar busca ativa de internações e atendimentos de urgência/emergência por causas sensíveis à Atenção 
Básica 
•Realizar visitas domiciliares e atendimentos em domicílio às famílias e pessoas em residências, Instituições 
de Longa Permanência (ILP), abrigos, entre outros tipos de moradia existentes em seu território 
•Realizar trabalhos interdisciplinares e em equipe 
 Articular e participar das atividades de educação permanente e educação continuada 
•Identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais 
•Realizar a atenção à saúde às pessoas e famílias sob sua responsabilidade 
•Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas que possuem condições 
crônicas no território, junto aos demais membros da equipe 
•Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE em conjunto com os outros membros 
da equipe 
•Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando 
indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações entre 
outros); em conformidade com protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, bem como outras normativas 
técnicas estabelecidas pelos gestores (federal, estadual, municipal ou Distrito Federal), observadas as 
disposições legais da profissão 
•Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas que possuem condições 
crônicas no território, junto aos demais membros da equipe 
•Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo 
sob sua responsabilidade o acompanhamento do plano terapêutico prescrito 
•Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo 
acompanhamento da pessoa 
•Gusso e Lopes: Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática – Porto 
Alegre: Artmed, 2012. Capítulos 1 a 12 
•McWhiney Ir. Freemann T. Manual de medicina de família e comunidade – Porto Alegre Artmed, 2010 
 
Prontuário Médico 
•Conjunto de documentos padronizados e ordenados, onde devem ser registrados todos os cuidados 
profissionais prestados aos pacientes e que atesta o atendimento médico a uma pessoa numa instituição 
de assistência médica ou num consultório médico 
•É também o documento repositário do segredo médico do paciente 
•O preenchimento do prontuário médico é obrigação e responsabilidade intransferíveis do médico 
 •O prontuário médico corretamente preenchido é, e efetivamente tem sido, a principal peça de defesa do 
médico nos casos de denúncias por mal atendimento com indícios de imperícia, imprudência ou negligência, 
ou seja, na presunção da existência de erro médico 
Atribuições Comuns a todos os membros das Equipes que atuam na Atenção Básica
Atribuições do Médico
Bibliografia
Irene Souza ATM 2024/2
•Nele constam, de forma organizada e concisa, todos os dados relativos ao paciente, como seu histórico 
familiar, anamnese, descrição e evolução de sintomas e exames, além das indicações de 
tratamentos e prescrições 
•Apesar do termo ”prontuário médico”, este documento é de propriedade do paciente, que tem total direito de 
acesso e pode solicitar cópia 
•Ao médico e ao estabelecimento de saúde cabe a sua elaboração e a guarda 
•Depositário do conhecimento acumulado sobre a pessoa 
•Instrumento de comunicação das informações na equipe 
•Contribuição ao ensino e à pesquisa 
•Facilitar a auditoria das ações realizadas 
•Forma de registro adotada na APS 
•Todas as categorias profissionais o utilizam 
•Serve para anotar ou organizar as informações 
•Proporciona raciocínio clínico apurado, cuidado qualificado e continuado pela equipe 
•Útil para conseguir um registro de qualidade: •Claro •Breve •Organizado 
Proporcionar informação sobre a pessoa que busca cuidado, prestando atenção aos componentes biológicos, 
psicológicos, sociais e quaisquer outros aspectos relevantes ao manejo da situação 
Conter informações sobre aspectos relevantes da família, de determinada pessoa, que possam ter repercussão 
na saúde de seus componentes 
Permitir rápido acesso aos dados da pessoa 
Permitir a anotação continuada de todos os problemas 
Permitir a contabilização e a avaliação da frequência de consultas 
Permitir a obtenção de dados para planejar ações preventivas e de diagnóstico precoce 
Permitir a educação continuada do médico 
Permitir o uso de dados para pesquisas 
Identificação: 
 Idade ou data de nascimento 
Sexo 
Estado civil – se casado: nome do cônjuge e filhos 
Mora com quem? 
Ocupação atual e prévia 
Antecedentes pessoais: 
 Doenças prévias 
Acidentes 
Intervenções cirúrgicas 
Crises, perdas ou disfunção familiar 
Antecedentes familiares: 
 História familiar positiva para certas doenças de caráter hereditário ou maior incidência familiar, genograma 
Fatores de risco: Alergias, Hábitos: alimentação, fumo, álcool,drogas, sedentarismo, etc 
Exame clínico: 
 Descrição da aparência e do afeto 
 Peso, altura, IMC, circunferência abdominal 
 Pressão arterial, ausculta cardíaca e pulmonar 
 Exame orientado pelas queixas 
As anotações devem incluir todos os achados positivos, os achados negativos importantes, os diagnósticos e/
ou os problemas, os resultados de exames complementares, os planos em fase de execução, os medicamentos 
prescritos, os exames solicitadose o sumário do contexto 
Prontuário
Funções do Prontuário
Registro de Saúde Orientado por Problemas (ReSOAP)
Finalidade do ReSOAP
Objetivos do ReSOAP
Acesso Rápido aos Dados
Irene Souza ATM 2024/2
A frequência das consultas pode ser chave importante para entender a origem de um problema ou disfunção 
Importante anotar e datar todas e quaisquer visitas e atendimentos realizados 
Recomenda-se, além da data, registrar a hora do atendimento ou do contato 
Tendo conhecimento da pessoa, da família e da comunidade é possível planejar ações de caráter preventivo 
adequado às necessidades identificadas 
Através da reflexão sobre a própria experiência é possível manter-se atualizado 
Meio de autoavaliar a qualidade dos cuidados prestados 
Excelente banco de dados permitindo realização de pesquisas 
Na APS se trabalha mais com problemas do que diagnósticos 
Problema é tudo aquilo que requer ou pode requerer uma ação do médico ou da equipe de saúde, e, em 
consequência, motivará um plano de intervenção 
Base de dados 
Lista de problemas 
Evolução (SOAP) 
Fichas de resumo e fluxogramas 
É uma fotografia da situação da pessoa tanto no que se refere a antecedentes como a problemas atuais 
Idealmente deve ser realizada na primeira consulta, de uma só vez 
Principal: Capa do prontuário individual, problemas de maior relevância 
 Evolução: Descrição de cada consulta, faz parte do “A” 
Doenças relevantes 
Doenças ligadas a remissões ou recorrências 
Doenças ligadas a complicações 
Intervenções cirúrgicas maiores 
Doença que a pessoa tende a ocultar – DSTs 
Doenças que requerem tratamento médico contínuo 
Doenças com necessidade de vigilância contínua – alergias 
Doenças que afetem a função da pessoa 
Problemas sociais 
São aqueles que persistem de épocas anteriores ou que começam no momento daquele atendimento, desde 
que necessitem de medidas terapêuticas e/ou de seguimento 
Estão sob controle ou resolvidos 
 Não afetam a pessoa no momento mas devem ser levados em conta por motivos de controle, por motivo de 
reativação da doença, por serem de risco ou potencialmente incapacitantes 
 Tenha em mente: outros vão ler seus registros, buscando informações específicas 
S – subjetivo O – objetivo A - avaliação P - plano 
Atenção Continuada dos Problemas de Saúde
Anotação da Frequência de Consultas
Planejamento de Ações Preventivas
Educação Continuada
Pesquisa
O “Problema” no ReSOAP
Componentes do “Problema”
Base de Dados
Lista de Problemas
Lista de Problemas Principal
Problemas Ativos
Problemas Passivos
SOAP
Irene Souza ATM 2024/2
Coloca-se a história relatada (fala espontânea) ou referida (resposta às perguntas) pela pessoa 
Se registra o que a pessoa diz e informações qualitativas referentes a queixas e sintomas 
Identificação, queixa atual, motivo da consulta, sintomas, diagnósticos relatados, história familiar e social, 
história passada, contexto e expectativas, medos e angústias 
São descritas todas as informações objetivas 
Trata do exame da pessoa e resultado de exames e procedimentos 
Ordem de registro preconizada: 
Impressões sobre estado geral 
Sinais vitais 
Exame físico 
Resultados do laboratório e testes diagnósticos complementares 
Processo de tomada de decisão clínica 
Inclui determinar o diagnóstico e o prognóstico 
É o lugar para colocar, na evolução, a lista de problemas da consulta de acompanhamento, de preferência do 
mais relevante para o menos relevante 
Os problemas crônicos são atualizados em cada encontro 
São explicitadas as decisões tomadas: 
Alterações no manejo terapêutico 
Exames solicitados 
Encaminhamentos realizados 
Orientações e recomendações à pessoa 
Aspectos a serem revistos ou vistos na próxima consulta 
 
Necessário dar uma resposta a cada item colocado no “A” 
 
Diagnóstico: Solicitação de exames e fatos a serem revistos no retorno 
Terapêutico: Inclui indicações farmacológicas, dietéticas e de estilo de vida 
De acompanhamento: Programar retornos e frequência de exames 
Educativo: Breve descrição sobre a enfermidade da pessoa, manejo e prognóstico 
De estudo: Anotar temas necessários para estudar na busca de melhorar o desempenho no caso específico 
 
No cuidado clínico na APS: 
Avaliar rapidamente toda história clínica prévia da pessoa de modo a esclarecer o problema atual 
Realizar uma rápida revisão do processo e um fácil acesso às informações de interesse 
Tornar mais fácil a compreensão e análise da situação presente a partir da lista de problemas 
Melhorar os cuidados prestados às pessoas 
Completar o quadro clínico 
Em atividades de prevenção: 
 
Identificar pessoas em situação de vulnerabilidade 
Acompanhar doenças crônicas 
Identificar pessoas que não aderem a programas de prevenção 
Identificar pessoas com terapêutica múltipla de longa data 
Caracterizar idosos com problemas múltiplos 
Levantar fatores de risco ao recém-nascido durante o pré-natal 
Nas ações educativas: Adotar uma classificação de problemas flexível, Realizar um registro de problemas ao 
nível da compreensão de quem o faz, Ter a visão de todos os problemas de saúde envolvidos 
Em pesquisa: Uniformizar dados, facilitando assim o trabalho de pesquisa, Elaborar rapidamente relatórios 
de situação 
Subjetivo
Objetivo
Avaliação
Plano
Tipos de Planos
Vantagens do ReSOAP
Irene Souza ATM 2024/2
Entrevista Médica 
Consulta e Abordagem Centrada na Pessoa 
•O evento central da vida profissional do médico continua sendo o encontro entre pessoas representado pela 
consulta médica 
•A consulta é a principal manifestação da relação clínica que se estabelece entre o médico e a pessoa 
•As razões para uma consulta podem variar desde problemas clínicos, administrativos, sociais, até aqueles de 
difícil classificação 
•As queixas podem ser definidas ou podem ser vagas e muitas vezes inexplicáveis 
Consulta na APS 
•Representa uma prática social entre médico e pessoa, com troca de conhecimentos, com um contrato, sendo 
fundamentada na parceria, na busca de construir o cuidado mediante ações dentro e fora do consultório, de 
ambas as parte 
•É o encontro entre pessoas com expectativas, objetivos e tarefas definidas de parte a parte, em que se 
estabelece uma relação, cujos objetivos principais são o cuidado à saúde e a qualidade de vida 
Médico 
•Poderemos nos entender facilmente e trabalhar juntos? 
•Poderemos concordar sobre diagnósticos e planos de tratamento? 
•Esta consulta vai requerer mais atenção? 
•Será que vou acertar? 
Pessoa 
•Posso confiar em você? 
•Você me entende, minhas forças, minhas fraquezas, meus problemas, minha dor e minha situação única? 
•Você vai fazer as perguntas certas, dar informações adequadas, explorar várias possibilidades? 
•Você é competente? 
Qualidades Específicas da Consulta em APS 
A pessoa toma decisão em consultar: pode escolher não fazer nada, tratar-se ela própria ou procurar ajuda 
 •A consulta na APS é bem definida para o que se denomina medicina da pessoa inteira 
 •MFC e as pessoas a quem atende são facilmente acessíveis um ao outro, possivelmente durante anos 
 •A consulta na APS é uma atividade central dentro do sistema de saúde 
Habilidades Envolvidas na Consulta 
•Organizar a consulta 
•Entrevistar 
•Coletar a história 
•Examinar adequadamente 
•Elaborar diagnóstico diferencial 
•Resolver problemas 
•Medicar adequadamente 
•Criar vínculos 
Aspectos essenciais para uma consulta 
•Ter controle de cena: ambiente, tempo, etc 
•Estimular a pessoa a falar, de forma orientada 
•Encorajar a pessoa a falar sobre ela e suas 
percepções 
•Enfatizar aspectos fortes apresentados ou 
identificados 
•Incorporar esse modelo de comportamento 
expresso nos itens anteriores 
Conteúdo: 
•Tarefas que estão focadas em uma consulta 
•Exemplo: definir a razão da pessoa procurar 
atendimento e chegar ao plano de manejo 
•Processo: modo como a consulta é conduzida 
•Comportamentos que ocorrem em uma 
consulta 
Papéis Dentro da Consulta 
A pessoa irá acreditar que o médico vai zelar 
pela segurança de seu corpodurante a 
prestação do cuidado 
•O médico irá comprometer-se com os 
melhores interesses para a pessoa 
 •A pessoa deve crer na competência técnica e 
na humanidade do médico 
•O médico deve focar a consulta nas ideias, nas 
crenças e nas expectativas da pessoa para ter 
resultados melhores 
Pensamentos do Médico e das Pessoas na Consulta
Irene Souza ATM 2024/2
SUCESSO NA CONSULTA: depende de preservar e melhorar a relação entre o médico e a pessoa 
•A interação entre ambos é fundamental para o sucesso do diagnóstico e do tratamento 
•Ambos devem trabalhar juntos e acordar, dividir informações sobre possibilidades e consequências 
•A afetividade na relação clínica ajuda a pessoa sentir-se melhor construindo um vínculo 
REFLEXÕES NA CONSULTA 
•Como vai sua disponibilidade e sua disposição? 
•Quais são suas concepções? 
•Seu desejo de empatia? 
•De que tempo dispõe? 
•Que pressão sofre da demanda que o espera para o atendimento? 
•Como vai a sua vida pessoal? 
•Como vai sua formação contínua, seu estudo e o seu trabalho? 
•Qual a recordação de experiência passada idêntica à que tem na sua frente? 
Método Clínico Centrado na Pessoa 
1. Explorar a doença e a experiência em estar doente 
2.Entender a pessoa como um todo, inteira 
3.Elaborar um projeto comum ao médico e à pessoa para manejar os problemas 
4.Incorporar prevenção e promoção da saúde na prática diária 
5.Intensificar a relação médico-pessoa 
6.Ser realista 
Explorando a doença e a experiência da pessoa com a doença 
“Uma determinada doença (disease) é o que todos com essa patologia tem em comum, mas a 
experiência sobre a doença (illness) de cada pessoa é única (William Osler).” 
Doença: é uma construção teórica pela qual se busca explicar os problemas das pessoas em termos 
de anormalidades de estrutura e/ou função dos órgãos e sistemas 
Experiência da doença: experiência pessoal e subjetiva da pessoa, os sentimentos, pensamentos e 
alteração do comportamento de alguém que se sente doente 
Dimensões da experiência da pessoa com a doença: 
1.Suas ideias sobre o que está errado com ela 
2.Seus sentimentos, principalmente medo sobre estar doente 
3.O impacto de seus problemas na ocupação 
4.Suas expectativas sobre o que deve ser feito 
Respostas que o médico deve obter: 
1.O que mais está preocupando você? 
2.Quanto o que você está sentindo afeta sua vida? 
3.O que você pensa sobre isso? 
4.Quanto você acredita que eu posso ajudar? 
Iniciar a consulta com questões abertas: “Em que posso ajudá-lo?” “O que trouxe você aqui hoje?” 
“O que motivou esta consulta?” 
 •Deixar a pessoa falar por 2 minutos sem interrompê-la – obtém –se grande parte das informações 
necessárias para manejar os problema 
 •Fazer perguntas objetivas para complementar as informações 
Ao entender a pessoa como um todo pode-se reconhecer o protagonismo da família em melhorar, 
agravar ou mesmo causar doenças em seus membros, sabe-se que doenças graves em um 
membro da família reverbera por todo o sistema familiar e que as crenças culturais e as atitudes 
da pessoa também influenciam em seu cuidado 
Irene Souza ATM 2024/2
•É preciso saber a posição em que a pessoa se encontra no ciclo vital. Tarefas que ela assume e o 
papel que desempenha 
•A pessoa estar doente é apenas uma dimensão dos papéis que ela desempenha ao longo da vida 
 Elaborando um projeto comum ao médico e à pessoa para manejar os problemas 
•Compromisso mútuo de encontrar um projeto comum para tratar problemas 
•Ferramenta fundamental para realizar um manejo de sucesso às pessoas com doenças crônicas 
 Natureza dos problemas e o estabelecimento das prioridades 
•Ajude a pessoa a entender a causa 
•Forneça uma ideia do que esperar em termos de evolução do problema 
•Permita dar informações sobre o prognóstico 
Definição dos objetivos do tratamento 
•As dificuldades na relação surgem quando o médico e a pessoa tem ideias diferentes sobre o 
problema ou as prioridades são diferentes OU 
 •A pessoa exerce sua autonomia de forma negativa em relação às necessidades de cuidado 
•O médico precisa ter cuidado para definir o momento de determinar o manejo 
 Caracterização dos papéis do médico e da pessoa 
•O médico precisa ser flexível em relação à abordagem que a pessoa busca ou da qual ela necessita, 
observando aspectos culturais, o tipo de problema e o perfil da pessoa 
•A participação da pessoa na tomada de decisões irá variar dependendo de suas capacidades 
emocionais e físicas 
Incorporando a prevenção e 
promoção à saúde 
•Melhorias da saúde 
•Evitar riscos 
•Redução de riscos 
•Identificação precoce 
•Redução de complicações 
Intensificando a relação médico - 
pessoa 
● Decisões conjuntas 
●Empatia 
● Compartilhar o poder 
 ● Continuidade 
● Cura 
SENDO REALISTA 
•Uso adequado dos recursos disponíveis 
 •Trabalhar em equipe 
 •Dar tempo para a pessoa entender sua doença 
RESUMO 
BIBLIOGRAFIA 
•Stewart, Moura et al; Medicina centrada na pessoa – 2ª ed.; Porto Alegre: Artmed 
•Gusso e Lopes: Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática 
– Porto Alegre: Artmed, 2012. Capítulo 13
•Individualizar a consulta 
•Não seguir regras, exceto estas: 
•Lembrar que cada pessoa é única, construir relação específica, o contato visual é 
fundamental, iniciar a consulta com perguntas abertas (“em que posso ajudar?”) e buscar 
empatia 
• Demonstrar interesse: contato visual exclusivo nos primeiros segundos da consulta 
•Detalhar e sumarizar - não deixar pontos subentendidos, detalhar fatos, esmiuçar sem ser 
inconveniente

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