interconectado e que as decisões administrativas tomadas no presente podem ter influência tanto na organização (internamente), quanto no ambiente externo. Disto resulta a necessidade de manter a sociedade informada das políticas organizacionais que podem influenciar os rumos da aldeia global. Existe uma interação indissociável entre a entidade e a sociedade e, esta interdependência provoca influências, intencionais ou não, para com ambas. Neste sentido, a Ciência Contábil pode contribuir de maneira significativa, desenvolvendo estudos e preparando demonstrações contábeis que contenham informações sociais e ecológicas, provenientes da mutação da riqueza individualizada. É possível em Contabilidade, realizar estudos das relações ambientais do patrimônio organizacional para que possam ser gerados informes úteis, que por sua vez, produzam demonstrações com visões sociais. Entretanto, a uniformidade e a coerência das práticas de Contabilidade Social entre as entidades, só serão alcançadas à medida que a experimentação e a divulgação das experiências forem permitindo definir princípios e regras, objetivos e procedimentos para medir, divulgar e interpretar a informação sócio/ecológica produzida. Por conseqüência, a maturidade metodológica e doutrinária da demonstração Balanço Social acompanha a conclusão anterior, sendo que em sua fase inicial de desenvolvimento, não será certamente desejável a imposição de um modelo único, seja por regiões, por espécie de organizações, por setores de atividade ou por qualquer outra classificação. É certo que a definição de modelos similares poderiam ter utilidade imediata, na medida em que é lógico supor que entidades com mesmas características enfrentam situações semelhantes. Conclusivamente, cumpre a comunidade acadêmica e as entidades ajustarem-se aos novos cenários e tendências, objetivando aperfeiçoar continuamente as bases culturais e 17 doutrinárias da ciência contábil, aprimorando a concepção utilitária e teórica de tal área do conhecimento, em benefício de seus usuários (internos e externo). BIBLIOGRAFIA CARVALHO, J. Eduardo. O Balanço Social da Empresa: Uma abordagem sistêmica. Portugal: Editorial Minerva, s/d. FONTOURA, José R. de Araújo, KROETZ, Cesar Eduardo S., e MATOS, Wilson C. Aplicação da Teoria Geral dos Sistemas à Contabilidade. Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília: C.F.C., a 27, n.114, pp. 20-28, nov./dez/1998. GONÇALVES, Ernesto Lima (Coord.). Balanço Social da Empresa na América Latina. São Paulo: Pioneira, 1980. KROETZ, Cesar Eduardo S. Contabilidade Social. Revista Contabilidade e Informação. Ijuí - RS: Editora/UNIJUÍ, n. 01, abr/1998. pp. 05-12. . Balanço Social: uma demonstração da responsabilidade social, ecológica e gestorial das entidades. Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília: C.F.C., a. 27, n. 113, set./out. 1998, pp. 42-51. PEREZ, Antonio Castilla. La profesion contable hoy y a futuro. Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília: a.26, n. 103, jan./fev. 97, pp. 60-73. LOPES DE SÁ, Antônio. Teoria da contabilidade. São Paulo: Atlas, 1998. . Considerações sobre a Contabilidade Social. Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília: a.27, n. 109, jan/fev/98, pp.12-14. SILVA, João Pina da, RODRIGUES, Ana Maria e JORGE, Susana. Novos Desenvolvimentos da Contabilidade: A Contabilidade Social. Revista: Revisores & Empresas. Lisboa – Portugal: a.1, n. 1, abril/jun. 1998, pp. 31- 47. TINOCO, João Eduardo P. “Meio Ambiente e a Contabilidade”. Revista Brasileira de Contabilidade. Brasília: a.24, n.89, pp. 25-31, nov/94. . Balanço Social: uma abordagem sócio-econômica da contabilidade. São Paulo: FEA- USP, 1984. 18 Currículo: Cesar Eduardo Stevens Kroetz Contador Especialista em Administração de Recursos Humanos – SETREM/UFRGS Profº da Universidade Regional do Noroeste do Estado do RGS – UNIJUÍ Mestrando em Ciências Contábeis pela Fundação Visconde de Cairu. Ijuí, RS, 28 de junho de 1999. Cesar Eduardo Stevens Kroetz