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Artigo Alfabetização e Letramento

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5
UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA PEDAGOGIA
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Leitura e Interpretação de texto nos anos iniciais do Ensino Fundamental 
SANTOS – SP
2021
RESUMO
Este artigo tem como principal objetivo apresentar o conceito de alfabetização e letramento no processo de leitura e interpretação de texto nos anos iniciais do Ensino fundamental. O ato de ler precisa ser estimulado para que seja introduzido na vivencia dos alunos como uma atividade que promove mudanças de estado e comportamentos. Um bom texto é aquele que exige do leitor o menor esforço de processamento e a escola tem a função de introduzir o aluno no mundo letrado e os gêneros textuais, presentes em todos os lugares, fazem parte desse mundo que a criança está sendo inserida. Nesta perspectiva, acredita-se que essa investigação contribuiu no sentido de compreender o processo de produção de texto e sobre a importância das estratégias de leitura, colaborando para um novo olhar para as práticas de produção de texto no Ensino Fundamental.
Palavras-chaves: Produção de texto, Leitura, Ensino Fundamental
ABSTRACT
This article has as its main objective present the concept of literacy and literacy in the process of reading and interpreting text in the early years of elementary school. The act of reading needs to be encouraged so that it can be introduced into the students' experience as an activity that promotes changes in status and behavior. A good text is one that requires the least processing effort from the reader and the school has the role of introducing the student to the literate world and textual genres, present everywhere, are part of this world in which the child is being inserted. In this perspective, it is believed that this investigation contributed towards understanding the text production process and the importance of reading strategies, contributing to a new look at text production practices in Elementary School.
Keywords: Text production, Reading, Elementary School
SUMÁRIO
 
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO	5
2 OBJETIVOS	6
 2.1 OBJETIVO GERAL	6
 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO	7
3 METODOLOGIA	7
4 REFERÊNCIAL TEORICO____________________________________________8
4.1 Alfabetização e Letramento	8
4.2 A importância da leitura e interpretação de texto nos anos iniciais do ensino fundamental_________________________________________________11
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO	10
CONSIDERAÇÕES FINAIS	14
REFERÊNCIAS	15
1 INTRODUÇÃO
A alfabetização e letramento são processos sobre os quais devemos entender como e de que maneira acontecem na escola, principalmente nos anos iniciais do ensino fundamental, com intuito de praticar hábitos de leitura e escrita desde os primeiros contatos das crianças com a escola, o presente artigo tem o objetivo de mostrar que incentivar a prática da escrita, leitura e interpretação em salas de aula deve ocorrer com as crianças em processo inicial de alfabetização. Segundo Ferreiro e Teberosk (1985, p.34), “medir a “performance” de uma criança em determinado momento de sua aprendizagem supõe, não somente uma teoria sobre a natureza do processo de aprendizagem, senão também hipóteses sobre o progresso segundo uma escala ideal de rendimentos.” Segundo Koch, Elias (2010, p. 57):
[...] a leitura é uma atividade altamente complexa de produção de sentidos que se realizam, evidentemente, com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização, mas que requer a mobilização de um vasto conjunto de saberes. [...]
No entanto, possibilitar às crianças a oportunidade de estar em contato com os gêneros textuais é garantir que estas se apropriem do processo da aprendizagem. É função da escola, ensinar aos alunos a importância de se praticar a leitura e a compreensão da mesma, pois a prática da leitura além de contribuir para a formação intelectual do individuo como um todo, também contribui para a formação moral e cultural.
A leitura é um dos principais instrumentos para que o indivíduo construa seu conhecimento e aprenda a exercer cidadania, daí a importância de despertar o prazer pela leitura nas crianças das séries iniciais. Para Silva (apud Leal, 2004, p.36) “a criança precisa não só se apropriar do sistema de escrita, mas, também, desenvolver as habilidades de leitura e produção de textos orais e escritos”. Discutir sobre a leitura e a escrita na alfabetização tem se tornado, cada vez, mais uma atividade arriscada. 
Sem ler, o aluno não sabe pesquisar, resumir, resgatar a idéia principal do texto, analisar, criticar, julgar, posicionar-se. 
É preciso colocar em prática a leitura e a escrita nos diversos contextos. Para isso ocorrer, alfabetizar letrando é fundamental. Sendo assim, os professores das séries iniciais precisam estimular as crianças durante a aprendizagem com recursos didáticos diversificados que abordem a realidade delas para torná-las aptas nas práticas de leitura e de escrita.
Sendo assim, será abordado vários aspectos relacionados ao ensino-aprendizagem e analisar o letramento e a alfabetização nas séries iniciais do ensino fundamental, fazendo reflexões acerca desses processos, buscando contribuir para melhorar a qualidade da alfabetização e proceder para que o aluno tenha interesse e curiosidade para novas descobertas, podendo expandir novos horizontes.
Os autores que subsidiaram o estudo em pauta são Gil (2015), Cagliari (2007/ 2010), Soares (2004), Emilia Ferreira (2011), Carvalho (2010) dentre outros
A problematica é apresentada sobre quais métodos e recursos que o professor alfabetizador recorre para o processo de alfabetização e letramento, sendo que no cotidiano escolar observamos que a dificuldade de aprendizagem da leitura se junta à da escrita - problemas dignos de atenção, pois repercute no fracasso escolar nas séries iniciais.
O procedimento metodológico utilizado centrou-se sobre a revisão bibliográfica, na releitura das obras, dissertações, artigos e periódicos que tratam do tema, com ênfase em bancos de dados digitais.
Como hipótese norteadora tem-se a alfabetização e o letramento como elementos importantes para os alunos ampliarem suas possibilidades de inserção e de participação nas diversas práticas sociais.
2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Promover a leitura e escrita de diversos gêneros textuais, de forma que os alunos sejam motivados a ler e a escrever prazerosamente, assim como investigar, entender e discutir assuntos que compõem os livros e textos trabalhados e a interpretação e análise dos mesmos. Dessa maneira, prepará-los para a leitura e produção dos respectivos gêneros, fazendo uso da língua culta, aprimorando-a, e principalmente, despertar o gosto pela leitura.
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
· Planejar atividades lúdicas voltadas para o domínio do sistema alfabético, leitura e produções de textos;
· Aplicar atividades que melhor desenvolvem a capacidade de leitura, escrita e interpretação de texto dos alunos;
· Desenvolver o hábito de leitura;
3 METODOLOGIA
A pesquisa do artigo foi realizada com objetivo em estudos de natureza qualitativa, utilizando- se de abordagem exploratória através de pesquisas do tipo bibliográficas, artigos, revistas e tem como objetivo abordar a importância da leitura e a interpretação de texto nos anos iniciais do ensino fundamental, sendo exposta de uma maneira mais clara possível, pois é nesse período em que as crianças estão começando a desenvolver interesse por coisas novas e, sobretudo nessa ocasião qualquer novidade apresentada elas tendem a captar a informação e começar a processar seu interesse redescobrindo cada vez mais.
Entretanto, compreender a função social da linguagem escrita e a importância da produção de textos para desenvolver tal linguagem, pretende-se apreender quais são os possíveis agentes das dificuldades na produção de textos dos alunos dos primeiros anos do Ensino Fundamental. Para isso, utilizar a pesquisa qualitativa, essencialmente a revisão bibliográfica, foi primordial, à medida que possibilita a coleta de dados presentes na literaturas,considerando o que elas abordam a respeito do objeto de estudo.
O gosto pela leitura deve ser estimulado na infância, para que a criança aprenda desde pequeno que ler é algo importante e prazeroso, assim ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. É a leitura, todavia que proporciona a capacidade de interpretação dos alunos.
De acordo com Gil (2015), a importância da investigação científica a partir de análises bibliográficas reside no fato de que o pesquisador pode obter uma ampla gama de conceituações e problematizações a cerca de um tema, levando em consideração a avaliação de dados relevantes produzidos pela ciência.
A metodologia empregada consiste na exposição de pesquisas e ideias sobre o tema, refletindo a importância de se obter o hábito saudável de leitura e de escrita nos anos iniciais do ensino fundamental. A prática da leitura e da escrita é um atributo essencial na aprendizagem e na vida das crianças em sociedade, como também, fundamental para o desenvolvimento de cidadãos ativos, críticos, autônomos e, sobretudo leitores.
4 REFERÊNCIAL TEORICO 
4.1 Alfabetização e Letramento
Alfabetização e letramento são dois processos que se inter-relacionam, complementando-se, sendo que um facilita a importância do outro. No caso da alfabetização, ela é aquisição. No caso do letramento, é desenvolvimento. Entretanto, a alfabetização se inicia antes da entrada da criança na escola e se formaliza com a aquisição do código escrito, enquanto que o letramento vai além do domínio do código, pois abrange também seu uso nas diversas situações da vida do indivíduo, pré e pós escolar:
Por outro lado, também é necessário reconhecer que, embora distintos, alfabetização e letramento são interdependentes e indissociáveis: a alfabetização só tem sentido quando desenvolvida no contexto de práticas sociais de leitura e de escrita e por meio dessas práticas, ou seja, em um contexto de letramento e por meio de atividades de letramento; este, por sua vez, só pode desenvolver-se na dependência da e por meio da aprendizagem do sistema de escrita. (SOARES, 2004, p. 97)
Como foi dito, trata-se de dois processos distintos, que podem ocorrer de forma simultânea, pois ambos possuem elementos que, integrados, contribuirão não só para aquisição e domínio da língua escrita, mas, também, para que o indivíduo seja capaz de ler o mundo, desenvolvendo aptidões relacionadas à subjetividade, bem como adquirir capacidade de refletir, criticar e construir.
O processo de alfabetização e letramento inclui muitos fatores, e, quanto mais ciente estiver o professor de como se dá o processo de aquisição de conhecimento, de como a criança se situa em termos de desenvolvimento emocional, de como vem evoluindo o seu progresso de interação social, da natureza da realidade linguística envolvida no momento em que está acontecendo à alfabetização, mais condições terá esse professor de encaminhar de forma agradável e produtiva o processo da aprendizagem, sem os sofrimentos habituais (CAGLIARI, 2010).
Portanto, é importante que os alunos tenham liberdade de escolher os livros que querem ler. É necessário que eles tenham acesso a todo tipo de material de leitura, de literatura que colabora de forma significativa na formação global da natureza e força estética. Para tanto, a escola precisa abolir as práticas tradicionais de ensino da produção escrita, considerando a oralidade na produção de textos.
A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação, no entanto, a criança ao ingressar na escola já dispõe de uma bagagem de conhecimentos adquiridos no meio em que está inserida. De acordo com Ferreiro (2011, p. 63), “Estamos tão acostumados a considerar a aprendizagem da leitura e escrita como um processo de aprendizagem escolar que se torna difícil reconhecermos que o desenvolvimento da leitura e da escrita começa muito antes da escolarização”.
O processo de alfabetização se caracteriza pelo ato de ler e escrever, no entanto, para que isso ocorra é necessário o acompanhamento do aluno nesta ação. Conforme Ferreiro (2011, p. 39) “A criança recebe informação dentro, mas também fora da escola, e essa informação extraescolar se parece à informação linguística geral que se utilizou quando aprendeu a falar”. Desse modo, a reintrodução de informações é relevante uma vez que consideram alfabetização de uma maneira em que o indivíduo aceite esta reeducação.
Assim, acredita-se na necessidade de diferentes métodos e teorias que possam explicar como ocorre o processo de ensino e aprendizagem, pois assim os educadores se embasarão em metodologias e técnicas de alfabetização que trarão resultados significativos. “Para colher bons resultados na alfabetização, penso que é necessário ensinar as relações letras-sons de formas sistemáticas, mas não com rigidez, evitando que o ensino fique excessivo centrado na decodificação”. (CARVALHO, 2010, p. 45). A autora ressalta que métodos inadequados ou mal utilizados tendem a influenciar no fracasso escolar.
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto (FREIRE, 1989, p. 09).
Neste sentido isso significa dizer que a leitura de um texto começa antes do seu contato direto com o aluno. Desse modo, é preciso identificar o que não está escrito, e estabelecer a relação do mundo com o texto para que o leitor seja capaz de selecionar estratégias de leitura e construir significados enquanto ler.
A prática do alfabetizar letrando requer do professor que ele tenha a clareza, o domínio e os conhecimentos acerca dos debates teóricos relacionados a essa temática, pois é ele quem está à frente da sala de aula e quem tem grande capacidade de propor ao seu alunado sua participação no uso da escrita. Como bem afirma Kleiman (2005, p.53), “[...] o professor, enquanto agente do letramento, é promotor das capacidades e recursos de seus alunos e suas redes comunicativas para que participem das práticas de uso da escrita situada nas diversas instituições”.
Conforme Santos (2007, p. 29), “O letramento como prática social de leitura do cotidiano passa a ser substituído por um letramento escolar”. Nesse sentido, a alfabetização e letramento embora diferentes se complementem, pois nenhum substitui o outro e ambos necessitam estarem ligados no processo de aprendizagem. Embora, o letramento ser um termo recente na literatura, suas práticas já eram utilizadas sem nome definido, pois seu conceito embora mais amplo envolve um processo de aquisição e domínio do conteúdo já repassado no processo de alfabetização.
O sentido de alfabetizar letrando é mais amplo, pois se deve preocupar com o contexto em que o aluno está inserido, para envolvê-lo em uma aprendizagem significativa. O resultado deste trabalho se dará pelo conhecimento adquiridos pelos alunos, pois ao entrar na escola passará a aprender de forma diferente, nova e organizada tendo assim o educador domínio sobre o processo de aprendizagem deste educando.
Um professor alfabetizador oferece além da “oferta da leitura e da escrita” aos seus aprendizes, antes, cria situações didáticas para que eles aprendam e dominem a tecnologia da escrita, e amplia os espaços para que os educandos possam refletir sobre a finalidade e funcionalidade social da escrita. Nesse sentido, para que isso aconteça, os professores precisam possibilitar aos alunos entrar em contato com os mais variados gêneros textuais que circulam socialmente, permitindo-lhes, tanto a apropriação dos domínios discursivos, quanto também no seu uso social.
Contudo, devemos compreender que alfabetizar letrando não consiste num novo método de alfabetização, e sim num processo de reconstrução da leitura e da escrita através de práticas reais, contextualizadas e significativas. Este processo exige que o professor coloque os alunos em contatocom os mais variados gêneros textuais em sala de aula, oportunizando a eles a vivência com diversas práticas sociais de leitura e escrita.
Desse modo, o professor pode possibilitar que o aluno venha adquirir conhecimento e aprender coisas novas, principalmente a descoberta do mundo letrado onde o aluno será capaz de aprender com maior facilidade e produzir textos com maior eficiência. Cabe ao professor usar de palavras e pequenos textos utilizados no cotidiano e trazer como forma de atividade onde possibilitará a interação e facilitará o processo de ensino aprendizagem.
4.2 A importância da leitura e interpretação de texto nos anos iniciais do ensino fundamental
A leitura e a escrita são práticas sociais de valiosa importância para o desenvolvimento da cognição humana. Ambas proporcionam o desenvolvimento do intelecto e da imaginação, além de promoverem a aquisição de conhecimentos. Dessa maneira, quando lemos ocorrem diversas ligações no cérebro que nos permitem desenvolver o raciocínio. Além disso, com essa atividade, aguçamos nosso senso crítico por meio da capacidade de interpretação. Nesse sentido, vale lembrar que a “interpretação” dos textos é uma das chaves essenciais da leitura. Afinal, não basta ler ou decodificar os códigos linguísticos, faz-se necessário compreender e interpretar essa leitura. Muitos são os benefícios que a leitura proporciona: desenvolvimento da imaginação, da criatividade, da comunicação, bem como o aumento do vocabulário, dos conhecimentos gerais e do senso crítico. Além desses benefícios, com a leitura exercitamos nosso cérebro, o que facilita a interpretação de textos de forma a promover competência e habilidade na escrita. Ao ler, o indivíduo adquire maior repertório, ampliando e expandindo seus horizontes cognitivos. 
 A leitura é fundamental na formação de cidadãos críticos e seletivos que buscam o melhor aprendizado sociocultural, pois abrem perspectivas e horizontes intelectuais além de ser agradável e prazeroso. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental a finalidade é desenvolver a capacidade de aprendizagem do aluno de modo que possa compreender o ambiente natural e social em que vive.
Cagliari (2007 p.169) afirma que “além de ter um valor técnico para alfabetização, a leitura é ainda uma fonte de prazer, de satisfação pessoal, de conquista, de realização que serve de grande estímulo e motivação para que a criança goste da escola e de estudar”.
O educador precisa ser presença mediadora, navegando sempre, mais, junto a seus educandos no mundo das letras, pesquisa da literatura, oportunizando momentos do faz-de-conta, jogos, danças, viagens imaginárias, teatros, dramatizações, escrita espontânea, produção de texto individual e coletivo, leituras de gibis, histórias, jornais, notícias diversas, brincadeiras, curiosidades e outros. Rosa (2008 p.26).
A leitura é de fundamental importância para a construção da formação intelectual e cultural de cada pessoa, e o papel que o professor desenvolve como leitor é importante para o desenvolvimento da competência leitora dos seus alunos.
A escola é desafiada a formar estes alunos para a vida e é através do contado e exploração dos diversos tipos de textos e por meio de ações intermediadas pelo professor através da leitura, que os alunos passarão a participar com seus colegas, desenvolvendo e construindo um conhecimento compartilhado conseguindo expressar por escrito e oralmente, seu pensamento, sua experiência prévia de vida e seu conhecimento coletivo de mundo.
O educador deve trabalhar a leitura com o aluno, de modo que este se torne um leitor crítico e depois um autor crítico.
Portanto, cabe ao docente trabalhar com os alunos diversos gêneros textuais, preocupando-se com as necessidades dos mesmos, que estes possam se habituar a diversos modos de escrita. Todavia, para que isso ocorra, é preciso iniciar com aquilo que eles já sabem, com a realidade em que vivem.
O papel da escola é fundamental nesse processo, no qual o professor, sendo o principal agente no processo de melhoria da qualidade do ensino, poderá realizar uma série de atividades que favoreçam a aproximação do educando com a leitura. Para que essa prática se torne interessante ao outro, ela deve ser introduzida de maneira agradável e estimulante e não de maneira autoritária e em forma de obrigação, pois ela é a condição essencial para o bom desempenho da linguagem oral e escrita.
Desta forma, é visível que o papel dos docentes é incentivar seus alunos, que organizem atividades, deem espaço para ouvir o que as crianças têm a dizer e principalmente, que alcancem a observação que a leitura a escrita são ferramentas que utilizamos por toda a vida, que detêm de importância dentro e fora da escola.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pretende-se levantar dados qualitativos em relação aos aspectos relevantes sobre os fatores que interferem e prejudicam a alfabetização e o letramento no processo de leitura e interpretação de textos nos anos iniciais do ensino fundamental, bem como os procedimentos didáticos favoráveis para alfabetizar e letrar as crianças, fornecendo elementos de análise para subsidiar futuras intervenções. A descrição das atividades e o levantamento de dados obtidos permitirão publicações em revistas específicas, divulgação e publicações em eventos de extensão.
Ao abordamos sobre o tema alfabetização e letramento em conjunto com o processo ensino-aprendizagem em sala de aula na pratica em leitura e interpretação e produção textual, observa-se que o papel dos docentes nas escolas tem significativa importância para o bom desempenho do aprendizado no ensino do discente, que muitas vezes tem dificuldade em ler e interpretar por falta de acesso à leitura ou não serem estimulados a ler em casa ou ate mesmo no ambiente escolar.
Contudo, na perspectiva educacional, cabe ao professor propiciar situações significativas de aprendizagem, em que o saber previamente construído pelo aluno na escola ou em seu cotidiano familiar e social seja resgatado e reelaborado, contextualizando-o ao conhecimento formal. Acredita-se que esse conjunto de práticas pedagógicas, solicitando constantemente do aluno uma postura ativa, reflexiva e crítica a respeito dos temas e dos gêneros abordados, propiciem a ele uma ampliação de seu conhecimento e venha a prepará-lo para a produção de seu texto.
Entretanto, ao inserirmos a diversidade de gêneros nas práticas didáticas, colocamos o aluno em contato com gêneros textuais que são produzidos fora da escola, em diferentes áreas de conhecimento, para que ele reconheça as particularidades do maior número possível deles, e possa preparar-se para usá-los de modo competente quando estiver em espaços sociais não escolares.
Porém, ao explorar a diversidade textual, o professor aproxima o aluno das situações originais de produção dos textos não escolares, como situações de produção de textos jornalísticos, científicos, literários, contos, receitas, teatrais etc. Essa aproximação proporciona condições para que o aluno compreenda como nascem os diferentes gêneros textuais, apropriando-se, a partir disso, de suas peculiaridades, o que facilita o domínio que deverá ter sobre eles.
As metas nacionais demonstram o quanto às escolas, municípios, estados e a União devem trabalhar para alcançarem esse objetivo. Infelizmente, no entanto, ainda estamos longe de alcançar as metas para 2021, principalmente nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, onde o Brasil anda praticamente estagnado.
Ao se tratar de leitura e produção textual, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN"s) argumenta que a leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes, que interajam com a leitura para a formação de escritores; não escritores profissionais e sim pessoas capazes de escrever com eficácia. A leitura fornece a matéria-prima para a escrita, desenvolvendo o ato da escrita. Isto significa que quanto mais lermos, mais capacidade teremos de desenvolver textos coesos.
Formar um leitor competente supõe formar alguém que compreenda o quelê e seja capaz de relacionar a sua leitura com outros textos. Isso só será possível se a escola compreender que o tempo da sala de aula deve ser o da produção textual e da leitura. Essas atividades devem ser o centro da ação pedagógica e o núcleo dos planejamentos de ensino.
Trabalhar a formação de escritores habilidosos e que sejam capazes de redigirem textos dentro dos padrões de coerência e coesão e seja, portanto, a prática contínua de produção de diversos tipos de texto e conjugando-se com a diversidade de textos lidos será desenvolvida no aluno um melhor conhecimento e visão de mundo.
O resultado desta pesquisa aponta a importância do professor no processo ensinoaprendizagem, e que é preciso a participação de todo corpo docente da instituição para melhoria da educação.
Desta maneira, a análise apresentada nos levou a considerar que trabalhar com os diversos tipos de textos de uma forma dinâmica, criativa, divertida, motiva a aprendizagem da leitura e escrita. No entanto, percebe-se que alguns alunos ainda tem muita dificuldade para assimilação da leitura e escrita.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O ato ler é muito mais importante do que se imagina, certamente o ato de ler, é abranger os mais diversos horizontes, as mais diversas culturas sociais na busca de conhecimentos qualitativos, críticos, autônomos, reflexivos e, sobretudo ampliados, para que se possa produzir textos com eficiência.
Ao observar o papel da alfabetização e do letramento na carreira estudantil, pode-se concluir o quanto essa fase é primordial na vida das crianças, percebendo que deve haver uma proposta pedagógica especifica para que seja garantido um aprendizado expressivo. 
Neste sentido, o processo de ensino aprendizagem deve ser desenvolvido com critério e planejamento, tendo a garantia que certas habilidades e competências sejam trabalhadas na idade certa e no nível correto.
A criança, nos anos iniciais do ensino fundamental, necessita de um direcionamento maior do professor, de uma mediação comprometida com a realidade e o ensino-aprendizagem da mesma, sendo que a mediação do professor é muito significativa no processo de aprendizagem do discente.
É importante que o professor incentive o hábito da leitura, interpretação e produção de textos diariamente na sala de aula, desde as séries iniciais, organizem um cantinho da leitura, trabalhem com filmes, diferentes gêneros textuais de circulação na sociedade, confeccionar livros com histórias locais, dramatizações de histórias infantis, contos populares, fábulas, poemas poesias, e abrir espaço para que o aluno escolha gêneros textuais de sua preferência. Com isso, é importante que os docentes conheçam seus alunos, suas especificidades e suas dificuldades, para que todos tenham acesso aos conhecimentos e oportunidades.
Portanto, conclui-se que os conteúdos, as metodologias, as estratégias de ensino-aprendizagem, o planejamento do ensino são indispensáveis nas entidades educacionais em função de uma mudança na dificuldade de leitura e produção textual pelo aluno. Com isso utilizar-se de uma pratica pedagógica coerente e de aprimoramento das capacidades sócio cognitivas não totalmente desenvolvidas.
REFERÊNCIAS
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CAGLIARI, L. C. Alfabetização &linguística. São Paulo: Scipione, 2010.
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CAVESQUIA, M. P. Letramento e alfabetização: O ensino da leitura. São Paulo: Scipione, 2014.
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