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Anatomia do Aparelho Reprodutor

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Anatomia do Aparelho Reprodutor
· Anatomia das mamas: 
· A mama é anatomicamente dividida em 4 partes por uma linha longitudinal e outra horizontal no mamilo. Assim, a mama fica dividida em quadrantes superiores e inferiores, lateral e medial.
Obs.: A maior parte das lesões tumorais na mama acontecem no QSL.
· A mama possui parênquima mamário (tecido glandular em si) e gordura. Com o passar da idade a mulher pode passar a ter a troca de parênquima mamário por gordura (liposubstituição), acompanhado de uma flacidez dos ligamentos suspensores mamários devido a uma perda de colágeno. 
· Vale destacar que os alvéolos mamários se encontram dentro dos lóbulos mamários, que se encontram dentro dos lobos mamários. Esses drenam o leite materno para os ductos lactíferos, que drenam tal conteúdo para os mamilos, por onde o leite será ejetado.
· A mama tem relação anatômica muito intima com a face do musculo peitoral maior e menor, uma vez que esses se encontram retro glandulares. Além de se relacionar com os arcos costais (da 1° até a 6° costela se tem relação anatômica com a mama). 
Obs.: Geralmente ao se drenar o tórax de uma mulher se olha aonde fica o sulco mamrio, pois na maioria das vezes ali se encontra o 5° espaço intercostal.
· A irrigacao das mamas se dá pela artéria torácica lateral e artéria torácica interna/mamária, ambas ramos da artéria subclavia. O mesmo acontece com a drenagem venosa, que se dá por meio da veia toracica lateral e média/mamária, que desaguam na artéria subclavia.
· A drenagem linfática da mama é muito importante uma vez que a cadeia linfática é a principal via de disseminação de tumores de mama (pode se ter também uma disseminação hematogênica). Dessa forma, os linfonodos axilares (principalmente), os linfonodos paraesternais e os supraclaviculares são os 3 tipos de cadeia de drenagem linfática da mama.
Obs.: Vale destacar que o tumor de mama no homem pode acontecer. 
Obs.: A linfadenectomia pode gerar linfedemas nos braços devido a complicacao da drenagem do mesmo.
 
· Anatomia do aparelho reprodutor feminino:
· Os órgãos genitais femininos externos são os órgãos vistos na ectoscopia, como: O monte do púbis, os lábios maiores do pudendo/grandes lábios (que circundam a rima do pudendo), os lábios menores do pudendo/pequenos lábios (que circundam o vestíbulo da vagina), o clitóris, glândulas bulbo vestibulares, o vestíbulo ou espaço interlabial e as glândulas vestibulares maiores e menores. 
· Os sinônimos vulva e pudendo incluem todas essas partes; o termo vulva é usado com frequência na clínica. O pudendo feminino serve: Como tecido sensitivo e erétil para excitação e relação sexual, para direcionar o fluxo de urina e para evitar a entrada de material estranho nos sistemas genital e urinário.
· Monte do púbis: O monte do púbis é a eminência adiposa, arredondada, anterior à sínfise púbica, tubérculos púbicos e ramo superior do púbis. A eminência é formada por massa de tecido adiposo subcutâneo. A quantidade de tecido adiposo aumenta na puberdade e diminui após a menopausa. A superfície do monte é contínua com a parede anterior do abdome. Após a puberdade, o monte do púbis é coberto por pelos pubianos encrespados.
· Lábios maiores do pudendo: Os lábios maiores do pudendo são pregas cutâneas proeminentes que proporcionam proteção indireta para o clitóris e para os óstios da uretra e da vagina. Cada lábio maior do pudendo é preenchido principalmente por um “prolongamento digital” de tecido subcutâneo frouxo contendo músculo liso e a extremidade do ligamento redondo do útero. Os lábios maiores do pudendo seguem em sentido inferoposterior a partir do monte do púbis em direção ao ânus.
· Os lábios maiores situam-se nas laterais de uma depressão central (uma fenda estreita quando as coxas são aduzidas), a rima do pudendo, no interior da qual estão os lábios menores do pudendo e o vestíbulo da vagina. As faces externas dos lábios maiores da mulher adulta são cobertas por pele pigmentada contendo muitas glândulas sebáceas e por pelos pubianos encrespados. As faces internas dos lábios são lisas, rosadas e não têm pelos.
· Os lábios maiores do pudendo são mais espessos anteriormente, onde se unem para formar a comissura anterior. Posteriormente, em mulheres nulíparas (que nunca tiveram filhos), fundem-se para formar uma crista, a comissura posterior, que está situada sobre o corpo do períneo e é o limite posterior da vulva. Essa comissura geralmente desaparece após o primeiro parto vaginal.
· Lábios menores do pudendo: Os lábios menores do pudendo são pregas arredondadas de pele sem pelos e sem tecido adiposo. Estão situados na rima do pudendo, circundam imediatamente e fecham o vestíbulo da vagina, no qual se abrem os óstios externo da uretra e da vagina. Eles têm um núcleo de tecido conjuntivo esponjoso contendo tecido erétil em sua base e muitos pequenos vasos sanguíneos. Anteriormente, os lábios menores formam duas lâminas. 
· As lâminas mediais de cada lado se unem e formam o frênulo do clitóris. As lâminas laterais unem-se anteriormente à glande do clitóris (ou muitas vezes anterior e inferiormente, assim superpondo-se à glande e encobrindo-a), e formam o prepúcio do clitóris. Nas mulheres jovens, sobretudo as virgens, os lábios menores estão unidos posteriormente por uma pequena prega transversal, o frênulo dos lábios do pudendo. Embora a face interna de cada lábio menor seja formada por pele fina e úmida, tem a cor rosa típica da túnica mucosa e contém muitas glândulas sebáceas e terminações nervosas sensitivas.
· Clitóris: O clitóris é um órgão erétil localizado no ponto de encontro dos lábios menores do pudendo anteriormente. O clitóris consiste em uma raiz e um pequeno corpo cilíndrico, formados por dois ramos, dois corpos cavernosos e a glande do clitóris. Os ramos fixam-se aos ramos inferiores do púbis e à membrana do períneo, profundamente aos lábios do pudendo. O corpo do clitóris é coberto pelo prepúcio.
· Ao contrário do pênis, o clitóris não tem relação funcional com a uretra ou a micção. Atua apenas como órgão de excitação sexual. O clitóris é muito sensível e aumenta de tamanho à estimulação tátil. A glande do clitóris é a parte mais inervada do clitóris e tem densa provisão de terminações sensitivas.
· Vestíbulo da vagina: O vestíbulo da vagina é o espaço circundado pelos lábios menores do pudendo no qual se abrem os óstios da uretra e da vagina e os ductos das glândulas vestibulares maiores e menores. O óstio externo da uretra está localizado 2 a 3 cm posteroinferiormente à glande do clitóris e anteriormente ao óstio da vagina. De cada lado do óstio externo da uretra há aberturas dos ductos das glândulas uretrais. As aberturas dos ductos das glândulas vestibulares maiores estão localizadas nas faces mediais superiores dos lábios menores do pudendo. 
· O tamanho e a aparência do óstio da vagina variam com a condição do hímen, uma prega anular fina de túnica mucosa, que proporciona oclusão parcial ou total do óstio da vagina. Após a ruptura do hímen, são visíveis as carúnculas himenais remanescentes. Esses remanescentes delimitam a vagina e o vestíbulo. O hímen não tem função fisiológica estabelecida. É considerado basicamente um vestígio do desenvolvimento. No entanto, sua condição (e a do frênulo dos lábios do pudendo) muitas vezes oferece dados decisivos em casos de abuso de crianças e de estupro.
· Bulbos do vestíbulo: Os bulbos do vestíbulo são duas massas de tecido erétil alongado, com cerca de 3 cm de comprimento. Os bulbos do vestíbulo situam-se lateralmente ao longo do óstio da vagina, superior ou profundamente aos lábios menores do pudendo (não dentro), imediatamente inferiores à membrana do períneo. São cobertos inferior e lateralmente pelos músculos bulboesponjosos que se estendem ao longo de seu comprimento. Os bulbos do vestíbulo são homólogos ao bulbo do pênis. Durante o estimulo sexual, junto com o clitóris, ficam intumescidos, cheios de sangue.
· Glândulas vestibulares: As glândulas vestibulares maiores (glândulas de Bartholin),estão situadas no espaço superficial do períneo. Situam-se de cada lado do vestíbulo da vagina, posterolateralmente ao óstio da vagina e inferiormente à membrana do períneo; assim, estão no espaço superficial do períneo. As glândulas vestibulares maiores são redondas ou ovais, sendo parcialmente superpostas posteriormente pelos bulbos do vestíbulo. Como os bulbos, são parcialmente circundadas pelos músculos bulboesponjosos. Os ductos delgados dessas glândulas seguem profundamente aos bulbos do vestíbulo e se abrem no vestíbulo de cada lado do óstio vaginal. Essas glândulas secretam muco para o vestíbulo da vagina durante a excitação sexual, lubrificando o canal vaginal.
· As glândulas vestibulares menores (glândulas de Skene) são pequenas glândulas de cada lado do vestíbulo da vagina que se abrem nele entre os óstios da uretra e da vagina. Essas glândulas secretam muco para o vestíbulo da vagina, o que umedece os lábios do pudendo e o vestíbulo da vagina. São responsáveis pela ejaculação feminina.
· Irrigação arterial e drenagem venosa do pudendo: A irrigação abundante do pudendo provém das artérias pudendas externa e interna. A artéria pudenda interna irriga a maior parte da pele, os órgãos genitais externos e os músculos do períneo. As artérias labiais e do clitóris são ramos da artéria pudenda interna.
· As veias labiais são tributárias das veias pudendas internas e veias acompanhantes da artéria pudenda interna. O ingurgitamento do tecido erétil durante a fase de excitação da resposta sexual causa aumento do tamanho e consistência do clitóris e dos bulbos do vestíbulo da vagina.
· Inervação do pudendo: A face anterior do pudendo (monte do púbis, parte anterior dos lábios do pudendo) é inervada por derivados do plexo lombar: os nervos labiais anteriores, derivados do nervo ilioinguinal, e o ramo genital do nervo genitofemoral.
· A face posterior do pudendo é inervada por derivados do plexo sacral: o ramo perineal do nervo cutâneo femoral posterior lateralmente e o nervo pudendo centralmente. Este último é o principal nervo do períneo. Seus nervos labiais posteriores (ramos superficiais terminais do nervo perineal) suprem os lábios do pudendo. Os ramos profundos e musculares do nervo perineal suprem o óstio da vagina e os músculos superficiais do períneo. O nervo dorsal do clitóris supre os músculos profundos do períneo e são responsáveis pela sensibilidade do clitóris.
· O pudendo contém uma rica rede de vasos linfáticos. A linfa da pele do períneo, inclusive da anoderme inferior à linha pectinada do anorreto e da parte inferior da vagina, óstio da vagina e vestíbulo drena inicialmente para os linfonodos inguinais superficiais. A linfa do clitóris, do bulbo do vestíbulo e da parte anterior dos lábios menores do pudendo drena para os linfonodos inguinais profundos ou diretamente para os linfonodos ilíacos internos, e a linfa da uretra drena para os linfonodos ilíacos internos ou sacrais.
· Vale destacar que a vagina e a cavidade vaginal são um locais que, assim como o anus, recebem um arcabouço musculo aponeurótico de sustentação. Tendo o musculo bulboesponjoso e o musculo isquicavernoso como principais músculos para esse processo. Além disso, se nota a presença da fáscia superficial (fáscia de Colles, passa por cima do musculo isquiocavernoso) do períneo e da fáscia profunda. Os musculos esfincter externo da uretra e uretrovaginal também são importantes.
· Fáscia de Gallaudet (fáscia profunda) se encontra intimamente relacionada com a musculatura do vestíbulo bulbar (o musculo bulboesponjoso é coberto por essa musculatura de Gallaudet).
 
· Pode se observar um compartilhamento da musculatura do aparelho reprodutor com a musculatura do aparelho perineal e retal.
· Os órgãos genitais femininos internos incluem os ovários, as tubas ou trompas uterinas, o útero e a vagina.
· Vale destacar que a vagina é um tubo membranáceo que se encontra a partir do ostio da vagina e recobre o colo uterino. Anteriormente se relaciona com a base da bexiga e da uretra. Lateralmente se relaciona com o musculo elevador do anus, fáscia visceral da pelve e ureteres. E posteriormente com o canal anal, reto e escavação retrouterina.
· A vagina, um tubo musculomembranáceo distensível (seu tamanho varia para cada mulher), estende-se do meio do colo do útero (“abraça o colo do útero”), sua extremidade superior, até o óstio da vagina, a abertura na sua extremidade inferior. O óstio da vagina, o óstio externo da uretra e os ductos da glândula vestibular maior e as glândulas vestibulares menores abrem-se no vestíbulo da vagina, a fenda entre os lábios menores do pudendo, se comunicando com o meio externo. A parte vaginal do colo do útero está localizada anteriormente na parte superior da vagina. 
· A vagina geralmente encontra-se colapsada. O óstio da vagina costuma estar colapsado em direção à linha mediana, de modo que suas paredes laterais ficam em contato de cada lado de uma fenda anteroposterior. Superiormente ao óstio, porém, as paredes anterior e posterior estão em contato a cada lado de uma cavidade virtual transversal, que tem formato de H em corte transversal , com exceção de sua extremidade superior, na qual o colo do útero as mantém afastadas. 
· A vagina situa-se posteriormente à bexiga urinária e à uretra, sendo que está se projeta ao longo da linha mediana de sua parede anteroinferior. A vagina situa-se anteriormente ao reto, passando entre as margens mediais do músculo levantador do ânus (puborretal). O fórnice da vagina, o recesso ao redor do colo, tem partes anterior, posterior e lateral. A parte posterior do fórnice da vagina é a mais profunda e tem íntima relação com a escavação retouterina. Quatro músculos comprimem a vagina e atuam como esfíncteres: pubovaginal, esfíncter externo da uretra, esfíncter uretrovaginal e bulboesponjoso.
· As artérias que irrigam a parte superior da vagina originam-se das artérias uterinas. As artérias que suprem as partes média e inferior da vagina são ramos das artérias vaginal e pudenda interna. Todas essas ramos da ilíaca interna. As veias vaginais formam plexos venosos vaginais ao longo das laterais da vagina e na túnica mucosa vaginal. Essas veias são contínuas com o plexo venoso uterino, formando o plexo venoso uterovaginal, e drenam para as veias ilíacas internas através da veia uterina. Esse plexo também se comunica com os plexos venosos vesical e retal.
· Já a drenagem linfática ocorre por meio dos linfonodos ilíacos internos e externos, sacrais e inguinais.
· A inervação visceral da vagina se dá por meio dos nervos viscerais e esplâncnicos lombares e pélvicos (S2 a S4). Apenas os dois quintos inferiores da vagina têm inervação somática, a inervação dessa parte da vagina provém do nervo perineal profundo, um ramo do nervo pudendo, que conduz fibras aferentes simpáticas e viscerais, mas não fibras parassimpáticas, o que confere contração voluntaria da vagina. Apenas essa parte inervada somaticamente é sensível ao toque e à temperatura, embora as fibras aferentes somáticas e viscerais tenham seus corpos celulares nos mesmos gânglios sensitivos de nervos espinais (S2–S4).
· A maior parte da vagina (três quartos a dois quintos superiores) tem inervação visceral. Os nervos para essa parte da vagina e para o útero são derivados do plexo nervoso uterovaginal, que segue com a artéria uterina na junção da base do ligamento largo (peritoneal) com a parte superior do ligamento transverso do colo do útero (fascial). O plexo nervoso uterovaginal é um dos plexos pélvicos que se estendem do plexo hipogástrico inferior até as vísceras pélvicas. Fibras aferentes simpáticas, parassimpáticas e viscerais atravessam esse plexo. 
· Relações anatômicas da vagina: Anteriormente com a base da bexiga e a uretra, lateralmente com o musculo elevador do ânus, fáscia visceral da pelve e ureteres e posteriormente com o canal anal, reto e escavação retrouterina.
Obs.: A relação muito intima entre o colo do útero, vagina e reto fazem com que o toque retal seja um dos exames a seremrealizados em algumas avaliações da vagina.
· Escavação vesicouterina e retouterina (fundo de saco de Douglas), são dobras peritoneais. 
· O útero é um órgão formado, em grande parte, por músculos e por isso é considerado um órgão muscular. Possui 3 camadas, perimetrio ou serosa, miométrio e endométrio. O útero é um órgão muscular oco, piriforme, com paredes espessas. O embrião e o feto se desenvolvem no útero. As paredes musculares adaptam-se ao crescimento do feto e garantem a força para sua expulsão durante o parto. O útero não grávido geralmente está localizado na pelve menor, com o corpo sobre a bexiga urinária e o colo entre a bexiga urinária e o reto.
· O útero é uma estrutura muito dinâmica, cujas dimensões e proporções modificam-se durante as várias fases da vida. Na mulher adulta, o útero geralmente encontra-se antevertido (inclinado anterossuperiormente em relação ao eixo da vagina) e antefletido (fletido ou curvado anteriormente em relação ao colo, criando o ângulo de flexão), de modo que sua massa fica sobre a bexiga urinária. Sendo assim, quando a bexiga urinária está vazia, o útero normalmente situa-se em um plano quase transversal. 
· A posição do útero muda com o grau de enchimento da bexiga urinária e do reto, e também com a evolução da gravidez. Embora seu tamanho varie muito, o útero tem cerca de 7,5 cm de comprimento, 5 cm de largura e 2 cm de espessura e pesa cerca de 90 g. O útero pode ser dividido em duas partes principais: o corpo e o colo.
· O corpo do útero, que forma os dois terços superiores do órgão, inclui o fundo do útero, a parte arredondada situada superiormente aos óstios uterinos. O corpo está situado entre as lâminas do ligamento largo e é livremente móvel. Tem duas faces: anterior (relacionada com a bexiga urinária) e posterior (intestinal). O corpo do útero é separado do colo pelo istmo do útero, um segmento relativamente estreitado, com cerca de 1 cm de comprimento.
· O colo do útero é o terço inferior cilíndrico e relativamente estreito do útero, que tem comprimento aproximado de 2,5 cm em uma mulher adulta não grávida. Para fins descritivos, é dividido em duas porções: uma porção supravaginal entre o istmo e a vagina, e uma porção vaginal, que se projeta para a parte superior da parede anterior da vagina (faz um prolapso pra dentro da cavidade vaginal). A porção vaginal arredondada circunda o óstio do útero e, por sua vez, é circundada por um recesso estreito, o fórnice da vagina. A porção supravaginal é separada da bexiga urinária anteriormente por tecido conjuntivo frouxo e do reto posteriormente pela escavação retouterina, após essa porção se tem o istmo do útero.
· A cavidade do útero, semelhante a uma fenda, tem cerca de 6 cm de comprimento do óstio uterino até a parede do fundo do útero. Os cornos do útero são as regiões superolaterais da cavidade do útero, onde penetram as tubas uterinas. A cavidade do útero continua inferiormente como o canal do colo do útero. O canal fusiforme estende-se de um estreitamento no interior do istmo do corpo do útero, o óstio anatômico interno, atravessa as porções supravaginal e vaginal do colo, comunicando-se com o lúmen da vagina através do óstio uterino. A cavidade do útero (em particular, o canal do colo do útero) e o lúmen da vagina juntos constituem o canal de parto que o feto atravessa ao fim da gestação.
· A parede do corpo do útero é formada por três camadas:
1. Perimétrio ou serosa do útero – a túnica serosa ou revestimento seroso externo – consiste em peritônio sustentado por uma fina lâmina de tecido conjuntivo que reveste externamente o miométrio.
2. Miométrio – a camada média de músculo liso – é muito distendido (mais extenso, porém muito mais fino) durante a gravidez. Os principais ramos dos vasos sanguíneos e nervos do útero estão localizados nessa camada. Durante o parto, a contração do miométrio é estimulada hormonalmente a intervalos cada vez menores para dilatar o óstio do colo do útero e expelir o feto e a placenta. Durante a menstruação, as contrações do miométrio podem causar cólica
3. Endométrio – a túnica mucosa interna – está firmemente aderido ao miométrio subjacente. O endométrio participa ativamente do ciclo menstrual, sofrendo modificações de sua estrutura a cada estágio do ciclo. Se houver concepção, o blastocisto implanta-se nessa camada; se não houver concepção, a face interna dessa camada é eliminada durante a menstruação. É a parte glandular do útero que se descama durante a menstruarão.
Obs.: A quantidade de tecido muscular no colo do útero é bem menor do que no corpo. O colo do útero é, em sua maior parte, fibroso e consiste principalmente em colágeno com uma pequena quantidade de músculo liso e elastina.
· Ligamentos do útero: Externamente, o ligamento útero-ovárico fixa-se ao útero posteroinferiormente à junção uterotubária. O ligamento redondo do útero (ou ligamento de teres) fixa-se anteroinferiormente a essa junção. Esses dois ligamentos são vestígios do gubernáculo ovárico, relacionados com a mudança de posição da gônada de sua posição embrionária sobre a parede abdominal posterior.
· O ligamento largo do útero é uma dupla lâmina de peritônio que se estende das laterais do útero até as paredes laterais e o assoalho da pelve (se insere na bacia e ajuda a fixar o útero na pelve). Esse ligamento ajuda a manter o útero em posição. As duas lâminas do ligamento largo são contínuas entre si em uma margem livre que circunda a tuba uterina. Lateralmente, o peritônio do ligamento largo é prolongado superiormente sobre os vasos como o ligamento suspensor do ovário. Entre as lâminas do ligamento largo de cada lado do útero, o ligamento útero-ovárico situa-se posterossuperiormente e o ligamento redondo do útero situa-se anteroinferiormente. A tuba uterina situa-se na margem livre anterossuperior do ligamento largo, dentro de um pequeno meso denominado mesossalpinge. Do mesmo modo, o ovário situa-se dentro de um pequeno meso denominado mesovário na face posterior do ligamento largo. A parte maior do ligamento largo, inferior ao mesossalpinge e ao mesovário, que serve como meso para o próprio útero, é o mesométrio.
 
· O ligamento uterossacral ou ligamento sacro liga o útero a parte sacral. Ainda temos o ligamento paracervial ou paramétrio (ligamento cardinal ou de Mackenroldt), esse pode ser acometido no câncer de colo uterino e ser avaliado através do toque retal (pois se encontra mais posterior).
 
· O útero é fixado pelos ligamentos redondo (teres), fixado no anel inguinal profundo, ligamento largo, ajuda a sustentar o útero na pelve pois se insere na bacia. Além disso, temos também o ligamento suspensor do ovário.
· O útero é uma estrutura densa situada no centro da cavidade pélvica. As principais sustentações do útero que o mantêm nessa posição são passivas e ativas ou dinâmicas. A sustentação dinâmica do útero é propiciada pelo diafragma da pelve. Seu tônus nas posições sentada e de pé e a contração ativa durante períodos de aumento da pressão intra-abdominal (espirro, tosse etc.) são transmitidos através dos órgãos pélvicos adjacentes e da fáscia endopélvica que o cercam. 
· A sustentação passiva do útero é proporcionada por sua posição – o modo como o útero normalmente antevertido e antefletido fica apoiado sobre o topo da bexiga urinária. Quando a pressão intra-abdominal aumenta, o útero é pressionado contra a bexiga urinária. O colo do útero é a parte menos móvel do órgão em razão da sustentação passiva proporcionada por condensações de fáscia parietal da pelve (ligamentos) fixadas a ele, que também contém músculo liso: Ligamentos transversos do colo (cardinais) estendem-se da porção supravaginal do colo e das partes laterais do fórnice da vagina até as paredes laterais da pelve. Ligamentos retouterinos seguem superiormente e um pouco posteroinferiormente das laterais do colo do útero até o meio do sacro; são palpáveis ao toque retal.
· Juntas, essas sustentações passivas e ativas mantêm o útero centralizado na cavidade pélvica e resistem à tendência de que o úterocaia, ou seja, empurrado através da vagina. Além disso, vale destacar que o peritônio cobre o útero anterior e superiormente, com exceção do colo do útero. O peritônio é refletido anteriormente do útero sobre a bexiga urinária e posteriormente sobre a parte posterior do fórnice da vagina até o reto. 
· Anteriormente, o corpo do útero é separado da bexiga urinária pela escavação vesicouterina, onde o peritônio é refletido do útero sobre a margem posterior da face superior da bexiga urinária. Posteriormente, o corpo do útero e a porção supravaginal do colo são separados do colo sigmoide por uma lâmina de peritônio e da cavidade peritoneal e do reto pela escavação retouterina. Lateralmente, a artéria uterina cruza o ureter superiormente, perto do colo do útero.
 
· Irrigação arterial e drenagem venosa do útero: A vascularização do útero provém principalmente das artérias uterinas (ramos da ilíaca interna), com possível irrigação colateral das artérias ovarianas e até da artéria vaginal. As artérias uterinas se encontram paralelas ao útero, correndo pelo ligamento largo. As veias uterinas penetram nos ligamentos largos com as artérias e formam um plexo venoso uterino de cada lado do colo. As veias do plexo uterino drenam para as veias ilíacas internas.
· Sua drenagem linfática se dá por diversos linfonodos, como: Linfonodos ilíacos comuns, ilíacos internos, sacrais e ilíacos externos. Esses, por sua vez drenam para os linfonodos para aórticos e paracavais.
· A inervação do útero se dá através do plexo hipogástrico inferior, gânglio lombar do tronco simpático e nervos esplâncnicos.
· As tubas uterinas possuem fimbrias na sua parte distal. Tais tubas uterinas (antigamente chamadas de ovidutos ou trompas de Falópio) conduzem o oócito, que é liberado mensalmente de um ovário durante a vida fértil, da cavidade peritoneal periovariana para a cavidade uterina. Também são o local habitual de fertilização. As tubas estendem-se lateralmente a partir dos cornos uterinos e se abrem na cavidade peritoneal perto dos ovários.
· As tubas uterinas (cerca de 10 cm de comprimento) estão em um meso estreito, o mesossalpinge, que forma as margens livres anterossuperiores dos ligamentos largos. 
Obs.: Na disposição “ideal”, normalmente mostrada pelas ilustrações, as tubas estendem-se simetricamente em direção posterolateral até as paredes laterais da pelve, onde se curvam anterior e superiormente aos ovários no ligamento largo em posição horizontal. Na realidade, observadas à ultrassonografia, muitas vezes as tubas estão dispostas assimetricamente e uma delas está em posição superior e até mesmo posterior em relação ao útero. 
· As tubas uterinas podem ser divididas em quatro partes, da região lateral para a medial:
1.Infundíbulo: A extremidade distal afunilada da tuba que se abre na cavidade peritoneal através do óstio abdominal. Os processos digitiformes da extremidade fimbriada do infundíbulo (fímbrias) abrem-se sobre a face medial do ovário; uma grande fímbria ovárica está fixada ao polo superior do ovário
2.Ampola: A parte mais larga e mais longa da tuba, que começa na extremidade medial do infundíbulo; a fertilização do ovócito geralmente ocorre na ampola
3.Istmo: A parte da tuba que tem parede espessa e entra no corno uterino
4.Parte uterina: O segmento intramural curto da tuba que atravessa a parede do útero e se abre, através do óstio uterino, para a cavidade do útero no corno do útero.
· Irrigação arterial e drenagem venosa dos ovários e das tubas uterinas: As artérias ováricas originam-se da parte abdominal da aorta e descem ao longo da parede abdominal posterior. Na margem da pelve, cruzam sobre os vasos ilíacos externos e entram nos ligamentos suspensores, aproximando-se das faces laterais dos ovários e das tubas uterinas. Os ramos ascendentes das artérias uterinas (ramos das artérias ilíacas internas) seguem ao longo das faces laterais do útero e se aproximam das faces mediais dos ovários e tubas uterinas. Tanto a artéria ovárica quanto a artéria uterina ascendente terminam bifurcando-se em ramos ováricos e tubários, que irrigam ovários e tubas uterinas das extremidades opostas e anastomosam-se entre si, criando uma circulação colateral de origem abdominal e pélvica para ambas as estruturas.
· As veias que drenam o ovário formam um plexo venoso pampiniforme, semelhante a uma trepadeira, no ligamento largo perto do ovário e da tuba uterina. As veias do plexo geralmente se fundem para formar uma única veia ovárica, que deixa a pelve menor com a artéria ovárica. A veia ovárica direita ascende e entra na veia cava inferior; a veia ovárica esquerda drena para a veia renal esquerda. As veias tubárias drenam para as veias ováricas e para o plexo venoso uterino (uterovaginal).
· Inervação dos ovários e das tubas uterinas: A inervação é derivada em parte do plexo ovárico, descendo com os vasos ováricos, e em parte do plexo uterino (pélvico). Os ovários e as tubas uterinas são intraperitoneais e, portanto, estão localizados acima da linha de dor pélvica. Assim, fibras de dor aferentes viscerais ascendem retrogradamente com as fibras simpáticas descendentes do plexo ovárico e dos nervos esplâncnicos lombares até os corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinais T11–L1. As fibras reflexas aferentes viscerais seguem as fibras parassimpáticas retrogradamente através dos plexos uterino (pélvico) e hipogástrico inferior e dos nervos esplâncnicos pélvicos até os corpos celulares nos gânglios sensitivos dos nervos espinais S2–S4.
 
· Os ovários são as gônadas femininas com formato e tamanho semelhantes aos de uma amêndoa/caroço de feijão, nos quais se desenvolvem os oócitos (gametas ou células germinativas femininas). Também são glândulas endócrinas que produzem hormônios sexuais. Cada ovário é suspenso por uma curta prega peritoneal, o mesovário. O mesovário é uma subdivisão de um meso maior do útero, o ligamento largo.
· Nas mulheres pré-púberes, a cápsula de tecido conjuntivo (túnica albugínea do ovário) que forma a superfície do ovário é coberta por uma lâmina lisa de mesotélio ovariano ou epitélio superficial (germinativo), uma única camada de células cúbicas que confere à superfície uma aparência acinzentada, fosca, que contrasta com a superfície brilhante do mesovário peritoneal adjacente com o qual é contínua. Depois da puberdade, há fibrose e distorção progressiva do epitélio superficial ovariano, em razão da repetida ruptura de folículos ovarianos e liberação de oócitos durante a oocitação. A fibrose é menor em usuárias de contraceptivos orais.
· Os vasos sanguíneos e linfáticos e os nervos ovarianos cruzam a margem da pelve, entrando e saindo da face superolateral do ovário dentro de uma prega peritoneal, o ligamento suspensor do ovário, que se torna contínuo com o mesovário do ligamento largo. Medialmente no mesovário, um ligamento útero-ovárico curto (ligamento próprio do ovário) fixa o ovário ao útero. Consequentemente, os ovários costumam ser encontrados lateralmente entre o útero e a parede lateral da pelve durante um exame manual ou ultrassonográfico da pelve. 
· O ligamento útero-ovárico é um remanescente da parte superior do gubernáculo ovariano do feto. O ligamento útero-ovárico une a extremidade proximal (uterina) do ovário ao ângulo lateral do útero, imediatamente inferior à entrada da tuba uterina. Como o ovário está suspenso na cavidade peritoneal e sua superfície não é coberta por peritônio, o oócito expelido na ovulação passa para a cavidade peritoneal. Entretanto, sua vida intraperitoneal é curta porque geralmente é aprisionado pelas fímbrias do infundíbulo da tuba uterina e conduzido para a ampola, onde pode ser fertilizado.
· A artéria ovariana, que irriga o ovário, é ramo direto da artéria aorta. Essa, juntamente a veia ovariana, se encontram intimamente relacionadas com o ligamento suspensor do ovário, que suspende o mesmo para o infundíbulo.
 
Obs.: Com o passar da idade os ovários sofrem atrofia por ausência de estimulo hormonal.
Obs.: Anexo uterino = Trompa + Ovário.· Anatomia do aparelho reprodutor masculino:
· A região urogenital masculina inclui os órgãos genitais externos e os músculos do períneo. Os órgãos genitais externos masculinos incluem a parte distal da uretra, o escroto e o pênis.
· O pênis é o órgão copulatório masculino e ao contrário da mulher o pênis possui um ducto urinário e ejaculatório comum. É dividido em corpo (cavernoso e esponjoso), glande e raiz. O septo intracavernoso é uma fáscia e forra o corpo cavernoso por dentro, estando em intimo contato com o corpo esponjoso. Além disso, vale destacar que a musculatura perineal está intimamente relacionada com a raiz do pênis.
· A uretra masculina é subdividida em quatro partes: intramural (pré-prostática), prostática, membranácea e esponjosa. A parte membranácea (intermédia) da uretra começa no ápice da próstata e atravessa o espaço profundo do períneo, circundada pelo músculo esfíncter externo da uretra. Em seguida, penetra a membrana do períneo, terminando quando entra no bulbo do pênis. Posterolateralmente a essa parte da uretra estão as pequenas glândulas bulbouretrais e seus ductos finos, que se abrem na região proximal da parte esponjosa da uretra no bulbo do pênis. 
· A parte esponjosa (“peniana”) da uretra começa na extremidade distal da parte membranácea e termina no óstio externo da uretra masculina, que é ligeiramente mais estreito do que as outras partes da uretra. O lúmen da parte esponjosa da uretra tem cerca de 5 mm de diâmetro; entretanto, é expandido no bulbo do pênis para formar uma dilatação intrabulbar e na glande do pênis para formar a fossa navicular. De cada lado, os finos ductos das glândulas bulbouretrais se abrem na região proximal da parte esponjosa da uretra; os óstios desses ductos são extremamente pequenos. Também existem muitas aberturas diminutas dos ductos das glândulas uretrais secretoras de muco na parte esponjosa da uretra. 
· Irrigação arterial da parte distal da uretra masculina: A irrigação arterial das partes membranácea e esponjosa da uretra provém de ramos da artéria dorsal do pênis.
· Drenagem venosa e linfática da parte distal da uretra masculina: As veias acompanham as artérias e têm nomes semelhantes. Os vasos linfáticos da parte membranácea da uretra drenam principalmente para os linfonodos ilíacos internos, enquanto a maioria dos vasos da parte esponjosa da uretra segue até os linfonodos inguinais profundos, mas parte da linfa segue para os linfonodos ilíacos externos.
· Inervação da parte distal da uretra masculina: A inervação da parte membranácea da uretra é igual à da parte prostática: inervação autônoma (eferente) através do plexo nervoso prostático, originado no plexo hipogástrico inferior. A inervação simpática provém dos níveis lombares da medula espinal através dos nervos esplâncnicos lombares, e a inervação parassimpática provém dos níveis sacrais através dos nervos esplâncnicos pélvicos. As fibras aferentes viscerais seguem as fibras parassimpáticas retrogradamente até os gânglios sensitivos dos nervos espinais sacrais. O nervo dorsal do pênis, um ramo do nervo pudendo, é responsável pela inervação somática da parte esponjosa da uretra.
 
· O pênis é o órgão masculino da cópula e, conduzindo a uretra, oferece a saída comum para a urina e o sêmen. O pênis possui uma fáscia superficial e uma fáscia profunda. Dentro da fáscia profunda se encontram o corpo cavernoso e o esponjoso. O pênis consiste em raiz, corpo e glande. É formado por três corpos cilíndricos de tecido cavernoso erétil: dois corpos cavernosos dorsalmente e um corpo esponjoso ventralmente. Em posição anatômica, o pênis está ereto; quando o pênis está flácido, seu dorso está voltado anteriormente. 
· Cada corpo cavernoso tem um revestimento fibroso externo ou cápsula, a túnica albugínea. Superficialmente ao revestimento externo está a fáscia do pênis (fáscia de Buck), a continuação da fáscia profunda do períneo que forma um revestimento membranáceo forte dos corpos cavernosos e do corpo esponjoso, unindo-os. O corpo esponjoso contém a parte esponjosa da uretra. Os corpos cavernosos estão fundidos um ao outro no plano mediano, exceto posteriormente, onde se separam para formar os ramos do pênis. Internamente, o tecido cavernoso dos corpos é separado (em geral incompletamente) pelo septo do pênis.
· A raiz do pênis, a parte fixa, é formada pelos ramos, bulbo e músculos isquiocavernoso e bulboesponjoso. A raiz do pênis está localizada no espaço superficial do períneo, entre a membrana do períneo superiormente e a fáscia do períneo inferiormente. 
· Os ramos e o bulbo do pênis consistem em massas de tecido erétil. Cada ramo está fixado à parte inferior da face interna do ramo isquiático correspondente, anteriormente ao túber isquiático. A parte posterior aumentada do bulbo do pênis é perfurada superiormente pela uretra, continuando a partir de sua parte membranácea.
· O corpo do pênis é a parte pendular livre suspensa da sínfise púbica. Exceto por algumas fibras do músculo bulboesponjoso perto da raiz do pênis e do músculo isquiocavernoso que circundam os ramos, o corpo do pênis não tem músculos.
· O pênis é formado por pele fina, tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos, fáscia, corpos cavernosos e corpo esponjoso contendo a parte esponjosa da uretra. Na parte distal, o corpo esponjoso se expande para formar a glande do pênis cônica, ou cabeça do pênis. A margem da glande projeta-se além das extremidades dos corpos cavernosos para formar a coroa da glande. A coroa pende sobre uma constrição sulcada oblíqua, o colo da glande, que separa a glande do corpo do pênis. A abertura em fenda da parte esponjosa da uretra, o óstio externo da uretra, está localizada na extremidade da glande do pênis.
· A pele do pênis é fina, com pigmentação escura em relação à pele adjacente, e unida à túnica albugínea por tecido conjuntivo frouxo. No colo da glande, a pele e a fáscia do pênis são prolongadas como uma dupla camada de pele, o prepúcio do pênis, que em homens não circuncidados cobre a glande em extensão variável. O frênulo do prepúcio é uma prega mediana que vai da camada profunda do prepúcio até a face uretral da glande do pênis.
· Embaixo da fina pele do pênis pode se notar a presença da túnica de Dartos, uma fáscia muito superficial. Sendo superficial a fáscia de Buck inclusive. Vale destacar que a veia superficial dorsal do pênis é muito intumescida e pode ser facilmente vista por estar acima da fáscia de Buck. Já os ramos mais profundos que se encontram abaixo da fáscia de Buck, soa chamados de veia dorsal profunda e artérias dorsais do pênis. 
· O ligamento suspensor do pênis é uma condensação de fáscia superficial de revestimento que se origina na face anterior da sínfise púbica. O ligamento segue inferiormente e divide-se para formar uma alça que está fixada à fáscia profunda do pênis na junção de sua raiz e corpo. As fibras do ligamento suspensor são curtas e tensas, fixando os corpos eréteis do pênis à sínfise púbica.
· O ligamento fundiforme do pênis é uma massa ou condensação irregular de colágeno e fibras elásticas do tecido subcutâneo que desce na linha mediana a partir da linha alba superior à sínfise púbica. O ligamento divide-se para circundar o pênis e depois se une e se funde inferiormente à túnica dartos, formando o septo do escroto. As fibras do ligamento fundiforme são relativamente longas e frouxas e situam-se superficialmente (anteriormente) ao ligamento suspensor. Além disso, pode se observar o ligamento arqueado do pênis como um dos principais ligamentos de sustentação do pênis.
· Além disso, como na mulher, o homem contém a participação de toda a musculatura perineal, como: Musculo bulboesponjoso, musculo isquicavernoso, e musculo superficial do períneo.
· Irrigação arterial do pênis: O pênis é irrigado principalmente por ramos das artérias pudendas internas. Artérias dorsais do pênis seguem de cada lado da veia dorsal profunda no sulco dorsal entre os corpos cavernosos, irrigando o tecido fibroso ao redor dos corpos cavernosos, o corpoesponjoso, a parte esponjosa da uretra e a pele do pênis. Artérias profundas do pênis perfuram os ramos na parte proximal e seguem distalmente perto do centro dos corpos cavernosos, irrigando o tecido erétil nessas estruturas. Artérias do bulbo do pênis irrigam a parte posterior (bulbar) do corpo esponjoso e a uretra em seu interior, além da glândula bulbouretral.
· Durante o processo de flacidez do pênis se nota as artérias cavernosas e constrição comum. Quando ocorre o estimulo sexual, ocorre a vasodilatação das artérias cavernosas e do corpo esponjoso, o que faz com que essa região represe sangue (possui uma ampla rede de arteríolas que possibilita isso) e deixe o pênis intumescido. Assim, a ereção acontece por represamento de sangue nos corpos cavernoso e esponjoso, e pela elevação do pênis pelos ligamentos suspensores. Após a ejaculação a tendencia é que ocorra um reflexo de atenuacao dessa erecao, diminuindo a dilatação dos vasos.
· Além disso, os ramos superficiais e profundos das artérias pudendas externas irrigam a pele do pênis, anastomosando-se com ramos das artérias pudendas internas. As artérias profundas do pênis são os principais vasos que irrigam os espaços cavernosos no tecido erétil dos corpos cavernosos e, portanto, participam da ereção do pênis. Elas emitem vários ramos que se abrem diretamente para os espaços cavernosos. Quando o pênis está flácido, essas artérias encontram-se espiraladas, restringindo o fluxo sanguíneo; são denominadas artérias helicinas do pênis.
· Drenagem venosa do pênis: O sangue dos espaços cavernosos é drenado por um plexo venoso que se une à veia dorsal profunda do pênis na fáscia profunda. Essa veia passa entre as lâminas do ligamento suspensor do pênis, inferiormente ao ligamento púbico inferior e anteriormente à membrana do períneo, para entrar na pelve, onde drena para o plexo venoso prostático. O sangue da pele e da tela subcutânea do pênis drena para a(s) veia(s) dorsal(is) superficial(is), que drena(m) para a veia pudenda externa superficial. Parte do sangue também segue para a veia pudenda interna.
· Inervação do pênis: Os nervos derivam dos segmentos S2–S4 da medula espinal e dos gânglios sensitivos de nervos espinais, que darão origem aos nervos esplâncnicos pélvicos e pudendos, respectivamente. A inervação sensitiva e simpática é garantida principalmente pelo nervo dorsal do pênis, um ramo terminal do nervo pudendo, que tem origem no canal do pudendo e segue anteriormente até o espaço profundo do períneo. Depois, segue para o dorso do pênis, onde passa lateralmente à artéria dorsal. Inerva a pele e a glande do pênis. O pênis é ricamente suprido por diversas terminações nervosas sensitivas, sobretudo a glande do pênis. Os ramos do nervo ilioinguinal suprem a pele na raiz do pênis. Os nervos cavernosos, que conduzem fibras parassimpáticas em separado do plexo nervoso prostático, inervam as artérias helicinas do tecido erétil.
· Bolsa escrotal é uma formação saculiforme que envolve os testículos, o funículo espermático e os dois epidídimos. O escroto é um saco fibromuscular cutâneo contendo os testículos e estruturas associadas. Essa bolsa se forma para conferir proteção aos testículos. Situa-se posteroinferiormente ao pênis e abaixo da sínfise púbica. A formação embrionária bilateral do escroto é indicada pela rafe do escroto mediana, que é contínua na face ventral do pênis com a rafe do pênis e posteriormente ao longo da linha mediana do períneo com a rafe do períneo. Na parte interna, profundamente a sua rafe, o escroto é dividido em dois compartimentos, um para cada testículo, por um prolongamento da túnica dartos, o septo do escroto. 
· O escroto é um saco fibromuscular cutâneo revestido externamente por uma camada de pele (tecido cutâneo) e, abaixo desta, aparecem algumas túnicas como as túnicas de Dartos (responsável pela regulação térmica dos testículos os testículos sempre se encontram 1/2° abaixo da temperatura do corpo para que a produção de espermatozoides ocorra necessita de uma temperatura mais baixa por isso crianças em que o testículo desce tem que sofrer intervenção cirúrgica, caso contrário se tornam inférteis).
· Irrigação arterial do escroto. As artérias escrotais anteriores, ramos terminais das artérias pudendas externas (da artéria femoral), irrigam a face anterior do escroto. As artérias escrotais posteriores, ramos terminais dos ramos perineais superficiais das artérias pudendas internas, irrigam a face posterior. O escroto também recebe ramos das artérias cremastéricas (ramos das artérias epigástricas inferiores).
· Drenagem venosa e linfática do escroto. As veias escrotais acompanham as artérias, compartilhando os mesmos nomes, mas drenam principalmente para as veias pudendas externas. Os vasos linfáticos do escroto conduzem linfa para os linfonodos inguinais superficiais, por isso qualquer inflamação nos testículos e na bolsa escrotal pode ocasionar aumento dos linfonodos inguinais. 
· Inervação do escroto: A face anterior do escroto é inervada por derivados do plexo lombar: nervos escrotais anteriores, derivados do nervo ilioinguinal, e o ramo genital do nervo genitofemoral (face anterolateral). A face posterior do escroto é inervada por derivados do plexo sacral: nervos escrotais posteriores, ramos dos ramos perineais superficiais do nervo pudendo, e o ramo perineal do nervo cutâneo femoral posterior (face inferior). As fibras simpáticas conduzidas por esses nervos auxiliam a termorregulação dos testículos, estimulando a contração do músculo liso dartos em resposta ao frio ou estimulando as glândulas sudoríferas escrotais enquanto inibem a contração do músculo dartos em resposta ao calor excessivo.
· Reflexo cremasterico: Ocorre por meio de um reflexo do nervo posterior da coxa, que inerva a musculatura escrotal e a cremastérica.
· As fáscias que recobrem o pênis recobrem o escroto também, como a fáscia de Buck e fáscia de Dartos. Além disso, vale destacar que a musculatura cremasterica é proveniente do musculo obliquo interno.
· O funículo espermático é a estrutura que mantem o testículo suspenso no escroto. É revestido por algumas fáscias como a fáscia espermática externa (prolongamento da fáscia do musculo obliquo externo), fáscia cremasterica (prolongamento da fáscia do musculo obliquo interno) e fáscia espermática interna (continuidade da fáscia do musculo transverso do abdome). 
· Componentes do Funículo Espermático: Ducto deferente, artéria testicular (ramo da aorta), artéria do ducto deferente, artéria cremasterica, plexo pampiniforme, fibras nervosas simpáticas (artérias), ramo genital do nervo genitofemoral e vasos linfáticos. 
· Os órgãos genitais internos masculinos incluem testículos, epidídimos, ductos deferentes, glândulas seminais, ductos ejaculatórios, próstata e glândulas bulbouretrais. Os testículos e epidídimos são considerados órgãos genitais internos de acordo com sua posição no desenvolvimento e homologia com os ovários femininos, que são internos. No entanto, em razão de sua posição externa pós-natal e por serem encontrados durante a dissecção da região inguinal da parede abdominal anterior.
· Vale destacar que os espermatozoides são produzidos dentro dos túbulos seminíferos e vão na direção da rede testis, para posteriormente serem armazenados no epidídimo. Sendo o epidídimo apenas responsável pelo armazenamento dos espermatozoides. O espermatozoide irá migrar para o ducto deferente para que se misture com as secreções seminais e prostáticas, compondo o sêmen.
Obs.: Vasectomia ou deferentectomia é a ligação ou retirada de parte do ducto deferente, para que o sêmen do homem não tenha espermatozoides.
Obs.: Algumas doenças como criptorquidia, hidrocele, varicocele e orquitis (inflamações) são comuns.
Obs.: Torção de testículos é uma emergência cirúrgica que pode gerar isquemia do mesmo.
· O ducto deferente é a continuação do ducto do epidídimo. O ducto deferente tem paredes musculares relativamente espessas e um lúmen muito pequeno, o que confere a ele firmeza semelhanteà de um cordão. Começa na cauda do epidídimo, no polo inferior do testículo. Ascende posterior ao testículo, medial ao epidídimo. É o principal componente do funículo espermático e penetra a parede abdominal anterior através do canal inguinal. Cruza sobre os vasos ilíacos externos e entra na pelve e segue ao longo da parede lateral da pelve, onde se situa externamente ao peritônio parietal. Termina unindo-se ao ducto da glândula seminal para formar o ducto ejaculatório. 
· Durante a parte pélvica de seu trajeto, o ducto deferente mantém contato direto com o peritônio; sem outra estrutura interposta entre eles. O ducto cruza superiormente ao ureter perto do ângulo posterolateral da bexiga urinária, seguindo entre o ureter e o peritônio da prega uretérica para chegar ao fundo da bexiga. 
· A relação entre o ducto deferente e o ureter no homem é semelhante, embora tenha menor importância clínica, à relação entre a artéria uterina e o ureter na mulher. Posteriormente à bexiga urinária, o ducto deferente inicialmente situa-se acima da glândula seminal, depois desce medialmente ao ureter e à glândula. O ducto deferente aumenta para formar a ampola do ducto deferente antes de seu término. 
· Irrigação arterial e drenagem venosa do ducto deferente: A pequena artéria do ducto deferente geralmente origina-se de uma artéria vesical superior (às vezes inferior) e termina anastomosando-se com a artéria testicular, posteriormente ao testículo. As veias da maior parte do ducto drenam para a veia testicular, incluindo o plexo pampiniforme distal. Sua parte terminal drena para o plexo venoso vesical/prostático.
· Cada glândula/vesícula seminal é uma estrutura alongada (tem cerca de 5 cm de comprimento, mas às vezes é bem mais curta) situada entre o fundo da bexiga e o reto. As glândulas seminais encontram-se em posição oblíqua superiormente à próstata e não armazenam espermatozoides (como dá a entender o termo “vesícula”). Secretam um líquido alcalino espesso com frutose (fonte de energia para os espermatozoides) e um agente coagulante que se mistura aos espermatozoides no seu trajeto para os ductos ejaculatórios e a uretra. Tal liquido compõe o sêmen masculino. 
· As extremidades superiores das glândulas seminais são recobertas por peritônio e situam-se posteriormente aos ureteres, onde são separadas do reto pelo peritônio da escavação retovesical. As extremidades inferiores das glândulas seminais estão intimamente relacionadas ao reto e são separadas dele apenas pelo septo retovesical. O ducto da glândula seminal une-se ao ducto deferente para formar o ducto ejaculatório.
· Irrigação arterial e drenagem venosa das glândulas seminais: As artérias para as glândulas seminais originam-se nas artérias vesical inferior e retal média. As veias acompanham as artérias e têm nomes semelhantes
· Os ductos ejaculatórios são tubos delgados que se originam pela união dos ductos das glândulas seminais com os ductos deferentes. Os ductos ejaculatórios (aproximadamente 2,5 cm de comprimento) originam-se perto do colo da bexiga e seguem juntos, anteroinferiormente, atravessando a parte posterior da próstata e ao longo das laterais do utrículo prostático. Os ductos ejaculatórios convergem para se abrir no colículo seminal por meio de pequenas aberturas semelhantes a fendas sobre a abertura do utrículo prostático, ou logo dentro da abertura. Embora os ductos ejaculatórios atravessem a parte glandular da próstata, as secreções prostáticas só se juntam ao líquido seminal quando os ductos ejaculatórios terminam na parte prostática da uretra. 
· Irrigação arterial e drenagem venosa dos ductos ejaculatórios: As artérias do ducto deferente, em geral ramos das artérias vesicais superiores (mas muitas vezes das artérias vesicais inferiores), suprem os ductos ejaculatórios. As veias unem os plexos venosos prostático e vesical.
· A próstata é a principal glândula acessória do sistema genital masculino, composta por um tecido glandular e um fibromuscular. A próstata é a maior glândula acessória do sistema genital masculino. A próstata de consistência firme, do tamanho de uma noz, circunda a parte prostática da uretra. A parte glandular representa cerca de dois terços da próstata; o outro terço é fibromuscular. 
· A cápsula fibrosa da próstata é densa e neurovascular, incorporando os plexos prostáticos de veias e nervos. Tudo isso é circundado pela fáscia visceral da pelve, que forma uma bainha prostática fibrosa que é fina anteriormente, contínua anterolateralmente com os ligamentos puboprostáticos, e densa posteriormente onde se funde ao septo retovesical. É dividida em lobos relacionados a uretra, lobo anterior (anterior a uretra), posterior (posterior a uretra), laterais e médio/mediano/central (entre a uretra e os ductos ejaculatórios, fazendo intima relação com o colo da bexiga).
· A próstata tem: Uma base intimamente relacionada ao colo da bexiga, um ápice que está em contato com a fáscia na face superior dos músculos esfíncter da uretra e transverso profundo do períneo, uma face anterior muscular, cuja maioria das fibras musculares é transversal e forma um hemiesfíncter vertical, semelhante a uma depressão (rabdoesfíncter), que é parte do músculo esfíncter da uretra. A face anterior é separada da sínfise púbica pela gordura retroperitoneal no espaço retropúbico. Uma face posterior relacionada com a ampola do reto. Faces inferolaterais relacionadas com o músculo levantador do ânus. 
· A descrição tradicional da próstata inclui os lobos a seguir, embora não sejam bem distintos do ponto de vista anatômico: O istmo da próstata situa-se anteriormente à uretra. É fibromuscular, e as fibras musculares representam a continuação superior do músculo esfíncter externo da uretra para o colo da bexiga, e contém pouco ou nenhum tecido glandular.
· Os lobos direito e esquerdo da próstata, separados anteriormente pelo istmo e posteriormente por um sulco longitudinal central e pouco profundo, podem ser subdivididos, cada um, para fins descritivos, em quatro lóbulos indistintos, definidos por sua relação com a uretra e os ductos ejaculatórios, e — embora menos visível — pelo arranjo dos ductos e tecido conjuntivo: 
· Um lóbulo inferoposterior situado posterior à uretra e inferior aos ductos ejaculatórios. Esse lóbulo constitui a face da próstata palpável ao exame retal digital.
· Um lóbulo inferolateral diretamente lateral à uretra, que forma a maior parte do lobo direito ou esquerdo.
· Um lóbulo superomedial, situado profundamente ao lóbulo inferoposterior, circundando o ducto ejaculatório ipsilateral,
· Um lóbulo anteromedial, situado profundamente ao lóbulo inferolateral, diretamente lateral à parte prostática proximal da uretra.
· Um lobo médio (mediano) dá origem a (3) e (4) anteriores. Essa região tende a sofrer hipertrofia induzida por hormônio na idade avançada, formando um lóbulo médio situado entre a uretra e os ductos ejaculatórios e próximo do colo da bexiga. Acredita-se que o aumento do lobo médio seja ao menos parcialmente responsável pela formação da úvula que pode se projetar para o óstio interno da uretra. 
· Alguns médicos, principalmente urologistas e ultrassonografistas, dividem a próstata em zonas periférica e central (interna). A zona central é comparável ao lobo médio. Os ductos prostáticos (20 a 30) se abrem principalmente nos seios prostáticos, situados de cada lado do colículo seminal na parede posterior da parte prostática da uretra. 
· O líquido prostático, fino e leitoso, representa aproximadamente 20% do volume do sêmen (uma mistura de secreções produzidas pelos testículos, glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais que constitui o veículo no qual os espermatozoides são transportados) e participa da ativação dos espermatozoides. 
Obs.: A hiperplasia prostática é muito comum com o passar da idade.
Obs.: Fáscia retovesical separa a próstata do reto.
· Irrigação arterial e drenagem venosa da próstata: As artérias prostáticas são principalmente ramos da artéria ilíaca interna, sobretudo as artériasvesicais inferiores, mas também as artérias pudenda interna e retal média. As veias se unem para formar um plexo ao redor das laterais e da base da próstata. Esse plexo venoso prostático, situado entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha prostática, drena para as veias ilíacas internas. O plexo venoso prostático é contínuo superiormente com o plexo venoso vesical e comunica-se posteriormente com o plexo venoso vertebral interno. A drenagem linfática se dá por meio dos linfonodos ilíacos internos e sacrais (ilíacos externos e inguinais também, mas em menor quantidade).
 
· Sua inervação é parassimpática por meio dos nervos esplâncnicos pélvicos e simpática por meio do plexo hipogástrico inferior.
· As duas glândulas bulbouretrais (glândulas de Cowper), do tamanho de uma ervilha cada, situam-se posterolateralmente à parte membranácea da uretra, inseridas no músculo esfíncter externo da uretra. Os ductos das glândulas bulbouretrais atravessam a membrana do períneo com a parte membranácea da uretra e se abrem através de pequenas aberturas na região proximal da parte esponjosa da uretra no bulbo do pênis. Sua secreção mucosa entra na uretra durante a excitação sexual, compondo o sêmen, lubrificando o mesmo.

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