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→ Leva sangue desoxigenado do ventrículo direito para os alvéolos nos pulmões e retorna o sangue oxigenado dos alvéolos para o átrio esquerdo. → Ventrículo Direito ➔ Tronco pulmonar ➔ Artérias pulmonares direita e esquerda ➔ Pulmões. → Ao entrar nos pulmões, os ramos se dividem e subdividem até que por fim formam capilares em torno dos alvéolos no interior dos pulmões. O CO2 passa do sangue para os alvéolos e é expirado. O O2 inalado passa do ar dos pulmões para o sangue. → Capilares Pulmonares ➔ Vênulas ➔ Veias Pulmonares direita e esquerda ➔ Átrio esquerdo ➔ circulação sistêmica. → Ventilação Pulmonar (ou respiração): é a inspiração (inalação) e expiração (exalação) do ar e envolve a troca de ar entre a atmosfera e os alvéolos dos pulmões. → Na ventilação pulmonar, o ar flui entre a atmosfera e os alvéolos dos pulmões em decorrência das diferenças de pressão alternadas produzidas pela contração e pelo relaxamento dos músculos respiratórios. → Pressão de ar intrapulmonar < Pressão do ar na Atmosfera ➔ O ar se move para dentro dos pulmões. Pressão de ar intrapulmonar > Pressão do ar na atmosfera ➔ O ar se move para fora dos pulmões. → INSPIRAÇÃO: para o ar fluir para os pulmões, a pressão intraalveolar tem de se tornar mais baixa do que a pressão atmosférica. Esta condição é alcançada aumentando o tamanho dos pulmões (Lei de Boyle: a pressão de um gás em um recipiente fechado é inversamente proporcional ao volume do recipiente). O primeiro passo na expansão dos pulmões durante a inspiração envolve a contração do diafragma (desce aproximadamente 1 cm, produzindo uma diferença de pressão de 1 a 3 mmHg e a inspiração de aproximadamente 500 mℓ de ar, responsável por 75% do ar que entra nos pulmões), com a resistência dos intercostais externos (ao se contraírem, eles elevam as costelas, responsáveis por 25% do ar que entra nos pulmões). → Na respiração forçada, o diafragma pode descer 10 cm, o que produz uma diferença de pressão de 100 mmHg e a inspiração de 2 a 3 ℓ de ar. → Pressão Intrapleural (intratorácica): é sempre subatmosférica (inferior à pressão atmosférica). Pouco antes da inspiração, ela mede aproximadamente 4 mmHg a menos do que a pressão atmosférica (756 mmHg a uma pressão atmosférica de 760 mmHg). À medida que o tamanho global da cavidade torácica aumenta, o volume da cavidade pleural também cresce, o que faz com que a pressão intrapleural diminua para aproximadamente 754 mmHg. → EXPIRAÇÃO (exalação): é também decorrente de um gradiente de pressão, mas neste caso o gradiente é no sentido oposto: a pressão nos pulmões é maior do que a pressão atmosférica (a pressão alveolar aumenta para aproximadamente 762 mmHg). A expiração normal durante a respiração tranquila, ao contrário da inspiração, é um processo passivo, pois não há contrações musculares envolvidas. Em vez disso, a expiração resulta da retração elástica da parede torácica e dos pulmões. → A expiração torna-se ativa apenas durante a respiração forçada, como ocorre ao tocar um instrumento de sopro ou durante o exercício. Nestes momentos, os músculos expiratórios – abdominais e intercostais internos – se contraem, o que aumenta a pressão nas regiões abdominal e torácica. → Tensão superficial do líquido alveolar: faz com que os alvéolos assumam o menor diâmetro possível. Durante a respiração, a tensão superficial deve ser ultrapassada para expandir os pulmões a cada inspiração. A tensão superficial é também responsável por dois terços da retração elástica pulmonar, o que diminui o tamanho dos alvéolos durante a expiração. → Complacência dos pulmões: se refere a quanto esforço é necessário para distender os pulmões e a parede torácica. Uma complacência alta significa que os pulmões e a parede torácica se expandem facilmente, enquanto uma complacência baixa significa que eles resistem à expansão. Os pulmões normalmente têm complacência alta e se expandem facilmente porque as fibras elásticas do tecido pulmonar são facilmente distendidas e o surfactante no líquido alveolar reduz a tensão superficial. → Volumes e capacidades pulmonares: Em repouso, um adulto médio saudável respira 12 vezes por minuto, movendo a cada inspiração e expiração aproximadamente 500 mℓ de ar para dentro e para fora dos pulmões. O volume de uma respiração é chamado volume corrente (VC). A ventilação minuto (VM) – o volume total de ar inspirado e expirado a cada minuto – é dada pela frequência respiratória multiplicada pelo volume corrente. → A troca de oxigênio e dióxido de carbono entre o ar alveolar e o sangue pulmonar ocorre por meio da difusão passiva. LEI DOS GASES → Lei de Dalton: cada gás em uma mistura de gases exerce a sua própria pressão como se não houvesse outros gases. A pressão total da mistura é calculada simplesmente adicionando-se todas as pressões parciais (Px). → O ar atmosférico é uma mistura de gases – nitrogênio (N2), oxigênio (O2), argônio (Ar), dióxido de carbono (CO2), volumes variáveis de vapor de água (H2O), além de outros gases presentes em pequenas quantidades (é possível determinar a pressão parcial exercida por cada um dos componentes na mistura multiplicando a porcentagem do gás na mistura pela pressão total da mistura). → Em comparação ao ar inspirado, o ar alveolar tem menos O2 (13,6% versus 20,9%) e mais CO2 (5,2% versus 0,04%). → Lei de Henry: afirma que o volume de um gás que se dissolve em um líquido é proporcional à pressão parcial do gás e à sua solubilidade. Em comparação ao oxigênio, muito mais CO2 está dissolvido no plasma sanguíneo, porque a solubilidade do CO2 é 24 vezes maior do que a do O2. → Exemplo: narcose por nitrogênio ou “embriaguez das profundezas”, e doença por descompressão (barotrauma). → Respiração Externa (pulmonar): é a troca de gases entre os alvéolos dos pulmões e o sangue nos capilares pulmonares através da membrana respiratória. Neste processo, o sangue capilar pulmonar ganha O2 e perde CO2. → O O2 se difunde do ar alveolar, onde sua pressão parcial é de 105 mmHg, para o sangue nos capilares pulmonares, onde a PO2 é de apenas 40 mmHg em uma pessoa em repouso. → Enquanto o O2 está se difundindo do ar alveolar para o sangue desoxigenado, o CO2 está se difundindo no sentido oposto. A PCO2 do sangue venoso é de 45 mmHg em uma pessoa em repouso, e a PCO2 do ar alveolar é de 40 mmHg. → Respiração Interna (tecidual): é a troca de gases entre o sangue nos capilares sistêmicos e as células teciduais. Nesta etapa, o sangue perde O2 e ganha CO2. → Dentro das células, as reações metabólicas que consomem O2 e liberam CO2 durante a produção de ATP são denominadas respiração celular. → A PO2 do sangue bombeado para os capilares sistêmicos é maior (100 mmHg) do que a PO2 nas células teciduais (40 mmHg em repouso), porque as células usam constantemente O2 para produzir ATP. Em razão desta diferença de pressão, o oxigênio se difunde para fora dos capilares em direção às células teciduais. → Enquanto o O2 se difunde dos capilares sistêmicos para as células teciduais, o CO2 se difunde no sentido contrário. Dado que as células teciduais estão constantemente produzindo CO2, a PCO2 das células (45 mmHg em repouso) é maior do que a do sangue capilar sistêmico (40 mmHg). → A taxa de trocas gasosas pulmonar e sistêmica depende de vários fatores: diferença de pressão parcial dos gases (diferenças de pressão parcial maiores aceleram as taxas de difusão do gás, fluxo de ar para dentro e para fora dos pulmões, fármacos, altitude), área de superfície disponível para as trocas gasosas, distância de difusão (o acúmulo de líquido intersticial entre os alvéolos, como ocorre no edemapulmonar, diminui a taxa de trocas gasosas, porque aumenta a distância de difusão), Peso molecular e solubilidade dos gases. → Transporte de oxigênio: O oxigênio não se dissolve facilmente em água, de modo que somente aproximadamente 1,5% do O2 inspirado está dissolvido no plasma. Aproximadamente 98,5% do O2 no sangue está ligado à hemoglobina nos eritrócitos. → A porção heme da hemoglobina contém quatro átomos de ferro, cada um capaz de se ligar a uma molécula de O2. → Quanto maior for a PO2, mais O2 se combina à Hb. → Quando a hemoglobina reduzida (Hb) é completamente convertida em oxi- hemoglobina (HbO2), diz-se que a hemoglobina está totalmente saturada. → Quando a PO2 está entre 60 e 100 mmHg, a hemoglobina está 90% ou mais saturada com O2. Assim, o sangue capta uma carga quase completa de O2 dos pulmões, mesmo quando a PO2 do ar alveolar é tão baixa quanto 60 mmHg. → Afetam a afinidade da hemoglobina pelo O2: - Acidez (pH): o aumento da acidez aumenta a descarga de oxigênio da hemoglobina (efeito Bohr). Os principais ácidos produzidos por tecidos metabolicamente ativos são o ácido láctico e o ácido carbônico. - Pressão parcial de dióxido de carbono: donforme a PCO2 sobe, a hemoglobina libera O2 mais facilmente. - Temperatura: conforme a temperatura aumenta, o mesmo acontece com a quantidade de O2 liberado da hemoglobina. O calor é um subproduto das reações metabólicas de todas as células. Células metabolicamente ativas requerem mais O2 e liberam mais ácidos e calor. - BPG: substância encontrada nos eritrócitos (em um processo chamado glicólise) chamada 2,3bisfosfoglicerato (BPG), diminui a afinidade da hemoglobina pelo O2 e, assim, ajuda a descarregar o O2 da hemoglobina. → Transporte de dióxido de carbono: Em condições normais de repouso, cada 100 mℓ de sangue venoso contêm o equivalente a 53 mℓ de CO2 gasoso, que é transportado no sangue de três maneiras principais: - CO2 dissolvido: uma pequena porcentagem – aproximadamente 7% – está dissolvida no plasma sanguíneo. - Compostos carbamino: aproximadamente 23%, combina-se aos grupos amina dos aminoácidos e proteínas no sangue para formar compostos carbamino (carbaminohemoglobina). - Íons bicarbonato: aproximadamente 70% é transportado no plasma sanguíneo como íons bicarbonato (HCO3-). Conforme o CO2 se difunde para os capilares sistêmicos e entra nos eritrócitos, ele reage com a água na presença da enzima anidrase carbônica (AC) para formar o ácido carbônico, que se dissocia em H + e HCO3–. Resumo da troca gasosa e transporte nos pulmões e tecidos → O sangue venoso que retorna aos capilares pulmonares nos pulmões contém CO2 dissolvido no plasma sanguíneo, CO2 combinado à globina como carbamino- hemoglobina (HbCO2), e CO2 incorporado ao HCO3 – dentro das hemácias. As hemácias também captaram H +, alguns dos quais se ligaram à hemoglobina e, por conseguinte, foram tamponados por ela (Hb- H). À medida que o sangue passa pelos capilares pulmonares, as moléculas de CO2 dissolvidas no plasma sanguíneo e o CO2 que se dissocia da porção globina da hemoglobina se difundem no ar alveolar e são expirados. Ao mesmo tempo, o O2 inspirado está se difundindo do ar alveolar nos eritrócitos e está se ligando à hemoglobina para formar a oxihemoglobina (HbO2). O dióxido de carbono também é liberado do HCO3 – quando o H + se combina ao HCO3 – no interior das hemácias. O H2CO3 formado a partir desta reação então se divide em CO2, que é expirado, e H2O. À medida que a concentração de HCO3 – diminui no interior das hemácias dos capilares pulmonares, o HCO3 – se difunde do plasma sanguíneo, na troca por Cl–. Em suma, o sangue oxigenado que sai dos pulmões tem um teor de O2 aumentado e quantidades reduzidas de CO2 e H +. Nos capilares sistêmicos, como as células usam O2 e produzem CO2, as reações químicas são invertidas. REFERÊNCIAS GUYTON, A.C. Hall J.E. Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 14ª. edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
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