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Ramos Diversos

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5a edição
Rio de Janeiro
2016
SEGUROS DE RISCOS 
E RAMOS DIVERSOS
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele,
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
REALIZAÇÃO
 Escola Nacional de Seguros
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA
 Diretoria de Ensino Técnico
ASSESSORIA TÉCNICA
 Marco Aurélio de Paiva Fonseca – 2016
 Luciana de Lima Pontes – 2015/2014
 José Antônio de Azevedo Mendes – 2014
CAPA
 Coordenadoria de Comunicação Social
DIAGRAMAÇÃO
 Info Action Editoração Eletrônica
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da FUNENSEG.
E73s Escola Nacional de Seguros. Diretoria de Ensino Técnico.
 Seguros de riscos e ramos diversos/Supervisão e coordenação metodológica da Diretoria de Ensino 
Técnico; assessoria técnica de Marco Aurélio de Paiva Fonseca. -- 5. ed. -- Rio de Janeiro: Funenseg, 2016.
 152 p.; 28 cm
 1. Seguros de riscos diversos. 2. Seguros de ramos diversos. I. Fonseca, Marco Aurélio de Paiva. 
II. Título. 
0015-1622 CDU 368.025.6(072)
A Escola Nacional de Seguros promove, desde 1971, diversas iniciativas no âmbito educacional, que contribuem para um mercado de seguros, previdência complementar, capitalização 
e resseguro cada vez mais qualificado. 
Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para 
profissionais que atuam nessa área, a Escola Nacional de Seguros 
oferece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e 
experiências com uma equipe formada por especialistas que possuem 
sólida trajetória acadêmica.
A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho 
para o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes 
e a competitividade é cada vez maior. 
Seja bem-vindo à Escola Nacional de Seguros.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS4
SUMÁRIO 5
Sumário
2
3
1
INTRODUÇÃO 9
SEGUROS DE RISCOS DIVERSOS 11
Aspectos Gerais 13
Objetivos do Ramo de Riscos Diversos 14
Características 14
Objeto do Seguro 14
Estrutura da Apólice – Capa, Condições Gerais, Especiais e Particulares 14
Aceitação e Renovação do Seguro 14
Vigência e Cancelamento 15
Âmbito Geográfico 15
Franquia e/ou Participação Obrigatória do Segurado (POS) 16
Formas de Contratação 16
Principais Cláusulas das Condições Gerais 18
Cláusula de Reposição 18
Cláusula de Perda de Indenização 18
Cláusula de Caducidade do Seguro 18
Cláusula de Sub-rogação de Direitos 19
Aceitação, Modificação e Renovação do Seguro 19
Inspeção de Risco 20
Reintegração da Importância Segurada 21
Fixando Conceitos 1 23
MODALIDADES DO RAMO DE RISCOS DIVERSOS 27 
Considerações Iniciais 29
Valores 31
Valores em Veículos de Entrega de Mercadorias 32
Valores Transportados em Carros-Fortes sob a Guarda de Portadores 32
Joalheria 33
Multirriscos de Obras de Arte 33
Fidelidade 35
Instrumentos Musicais e Equipamentos de Som 38
Material Rodante (Veículos Ferroviários) 41
Fixando Conceitos 2 43
SEGUROS DE EQUIPAMENTOS 45
Formas de Contratação de Seguros de Equipamentos 48
Seguros para Equipamentos Não Agrícolas 50
Condições Especiais – Riscos Diversos – Equipamentos Móveis 51
Condições Especiais – Riscos Diversos – Equipamentos Estacionários 54
Condições Especiais – Riscos Diversos – Equipamentos Arrendados ou Cedidos a Terceiros 55
Condições Especiais – Riscos Diversos – Seguros de Equipamentos Cinematográficos 58
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS6
4
Seguros para Equipamentos Agrícolas 60
Condições Gerais para Seguro de Equipamentos Agrícolas – Benfeitorias Rurais 60
Condições Gerais para Seguro de Equipamentos Agrícolas – Penhor Rural 63
Coberturas Adicionais para Seguros de Equipamentos 68
Cobertura Adicional – Danos Elétricos 68
Cobertura Adicional – Operação do Equipamento em Proximidade à Água 69
Cobertura Adicional – Pagamento de Aluguel de Equipamento Reserva 70
Cobertura Adicional – Perda de Rendimento de Aluguel do Equipamento 70
Cobertura Adicional – Roubo e/ou Furto Qualificado 71
Cobertura Adicional – Responsabilidade Civil – Equipamentos Móveis 72
Cobertura Adicional – Responsabilidade Civil Operador 74
Fixando Conceitos 3 77
SEGURO DE CRÉDITO 79
Conceito de Crédito 81
Garantia Real 81
Garantia Pessoal 82
Objetivo do Seguro de Crédito 82
Partes Envolvidas nos Seguros de Crédito 83
Princípios Fundamentais do Seguro de Crédito 83
Seguro de Crédito Interno 84
Características e Condições da Apólice de Seguro de Crédito Interno 85
Declarações Especiais e Providências do Segurado 87
Riscos Excluídos 87
Limites de Responsabilidade 88
Regulação e Liquidação de Sinistros 89
Seguro de Crédito Interno – Riscos Comerciais 90
Acompanhamento de Riscos 90
Prêmio 90
Seguro de Crédito Interno – Quebra de Garantia 91
Seguro de Crédito Interno – Cobertura de Operações de Consórcio 92
Obrigações da Administradora de Consórcio 92
Ficha Cadastral 93
Cobrança de Prêmio 93
Riscos Excluídos Específicos para Crédito de Consórcios 93
Medidas Judiciais e Revenda do Bem Apreendido 94
Insolvência 95
Regulação e Liquidação de Sinistros 95
Seguro de Crédito Interno – Cobertura de Empréstimo Hipotecário 96
Riscos Excluídos 97
Regulação e Liquidação de Sinistros 97
Obrigações do Segurado 97
Seguro de Crédito Interno para Cobertura de Operações de Arrendamento Mercantil 98
Riscos Excluídos 98
Limite de Responsabilidade 99
Seguro de Crédito à Exportação 99
Indenização 100
Seguro de Crédito à Exportação – Cobertura para Riscos Políticos e Extraordinários 100
Seguro de Crédito à Exportação – Cobertura para Riscos Comerciais 102
Fixando Conceitos 4 105
SUMÁRIO 7
7
6
5 SEGURO GARANTIA 111
Considerações Iniciais 113
Definições e Características 114
Modalidades do Seguro Garantia 116
Descrição de Algumas Modalidades de Seguro Garantia 116
Condições da Apólice de Seguro Garantia 122
Regulação e Liquidação de Sinistros 123
Fixando Conceitos 5 125
SEGURO DE FIANÇA LOCATÍCIA 129
Condições da Apólice de Seguro de Fiança Locatícia 131
Cobertura 132
Prejuízos Indenizáveis 132
Limite de Responsabilidade 133
Riscos Excluídos 133
Regulação e Liquidação de Sinistros 134
Fixando Conceitos 6 135
SEGURO GLOBAL DE BANCOS 139
Objeto do Seguro 141
Riscos Cobertos 141
Principais Riscos Excluídos 141
Formas de Contratação 141
Critérios de Taxação 142
Franquia e/ou Participação Obrigatória do Segurado (POS) 142
Cobertura Adicional 142
Fixando Conceitos 7 143
ESTUDOS DE CASO 145
GLOSSÁRIO 147
GABARITO 149
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 151
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS8
INTRODUÇÃO 9
INTRODUÇÃO
A denominação Seguros de Ramos Diversos é de caráter meramente didático e, neste manual, está sendo empregada para designar os seguintes ramos de seguro:
• Riscos Diversos;
• Equipamentos;
• Crédito;
• Garantia;
• Fiança Locatícia; e
• Global de Bancos.
Esses ramos de seguro, por exigirem uma especialização maior dos profissionais 
da área de seguros, estão sendo apresentados neste manual de forma sintética, 
mas sem perda de conteúdo, visando permitir ao corretor de seguros conhecer 
as principais características e modalidades de cada um. Há corretores de 
seguros especializados que criam diferenciais de atendimento e soluções para 
os seus segurados justamente pelo estudo e atuação em ramos diversos.
Com o advento da Circular SUSEP 417, de 12 de janeiro de 2011, o Ramo de 
Riscos Diversos teve uma enorme redução de modalidades de seguro, as 
quais passam a integrar outros ramos de seguro, principalmente os Seguros 
Compreensivos Patrimoniais e, portanto, fazem com que modalidades como 
Alagamento, Inundação, Desmoronamento, Vidros, Fidelidade, Roubo de 
Valores e outras passem a ser estudadas nos respectivos ramos a que agora 
pertencem, como coberturas de seguros. Estudaremos as demais modalidades 
que restaram no Ramo de Riscos Diversos juntamente com os outros ramos 
que, didaticamente, denominamos Ramos Diversos.
O agronegócio é um dos segmentos que mais crescem no país e, como 
consequência, a frota de equipamentos e implementos. O mesmo acontece 
com a construção civil. Originariamente, antes da legislação acimareferenciada, 
o seguro para Equipamentos era disponibilizado como uma modalidade de 
Riscos Diversos. Após a legislação, tornou-se possível oferecer coberturas 
para equipamentos nos Seguros Compreensivos Patrimoniais (quando isto 
não significa um grande volume), mas, quando o interesse do segurado é 
obter seguro apenas para os Equipamentos, designou-se que passariam a ser 
emitidos em Riscos Diversos, exclusivamente, aqueles cuja destinação fosse 
não agrícola, sendo estes últimos emitidos em Benfeitorias ou Penhor Rural. 
Estudaremos o Seguro para Equipamentos em capítulo específico.
Ramo de seguro
Designação utilizada para 
denominar cada uma das 
partes em que se subdivide 
o seguro. Apresenta as 
chamadas Condições Gerais, 
ou seja, um conjunto 
de cláusulas que, 
estabelecendo obrigações 
e direitos do segurado e 
do segurador, podem ser 
aplicadas a todos os riscos da 
mesma natureza.
Plano de seguro
Esta nomenclatura é utilizada 
para defi nir cada produto ou 
cada tipo de seguro que é ou 
vier a ser comercializado pelo 
mercado segurador, podendo 
um plano de seguro abranger 
um único ou vários ramos 
de seguro.
Modalidades
Subdivisões adotadas em 
alguns ramos de seguro. 
Cada uma tem suas Condições 
Especiais, ou seja, um conjunto 
de cláusulas que modifi cam 
(ampliando ou restringindo) 
as disposições das Condições 
Gerais do ramo.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS10
Os Seguros de Crédito ganharam relevo devido ao aumento do consumo 
de bens com pagamentos parcelados. Ainda neste segmento, vem tendo 
destaque o crescimento das operações de consórcios de automóveis, imóveis 
e motocicletas, que também têm contribuído para a contratação de novos 
seguros.
Os Seguros de Garantia estão passando por um processo de crescimento em 
razão das obras do PAC; em consequência disso, as empresas contratantes 
de tais obras estão exigindo diversas formas de garantias por parte dos 
contratados, ensejando, assim, a contratação de Seguros de Garantia 
de diversas modalidades, tais como: fiel cumprimento das obrigações 
contraídas, de desempenho contratado, aduaneira, judicial, entre outras.
O Seguro de Fiança Locatícia, recentemente padronizado pela SUSEP, é, hoje 
em dia, um excelente mercado para o corretor de seguros, embora poucas 
seguradoras atuem nesse segmento.
O Seguro Global de Bancos é contratado por bancos e instituições financeiras, 
além de empresas de factoring, cooperativas de crédito e similares, já que sua 
matéria-prima são os valores em geral, e, por isso, também vem ganhando 
espaço no mercado de seguros.
UNIDADE 1 11
SEGUROS DE 
RISCOS DIVERSOS11
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:
• Entender a finalidade da utilização da denominação Ramos Diversos.
• Identificar os ramos de seguro agrupados como Ramos Diversos.
• Conhecer os fatores que justificam o estudo desses ramos pelo corretor de seguros.
• Distinguir os objetivos do Ramo de Riscos Diversos.
• Entender a finalidade do Ramo de Riscos Diversos e as características que o distinguem de outros 
ramos de seguro.
• Conhecer as principais cláusulas das condições gerais dos Seguros de Riscos Diversos.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS12
UNIDADE 1 13
 ASPECTOS GERAIS 
O Ramo de Riscos Diversos (RD) engloba todas as modalidades de seguro 
que, por estarem ainda em fase de experiência e observação, pela sua própria 
diversidade de coberturas ou por ainda estarem em consolidação econômica 
no mercado, não se constituem em ramos independentes com condições e 
estruturas administrativas próprias.
Ele tem, como filosofia, a ideia de que praticamente nada existe que 
não possa ser segurado e, como principal característica, a inovação. 
Procura atender aos segurados naquelas necessidades em que os demais ramos 
de seguro não oferecem condições satisfatórias de cobertura, excetuando-se, 
logicamente, os atos dolosos ou onde haja culpa grave do segurado ou de 
seus prepostos – como, por exemplo, um incêndio criminoso –, que, de forma 
alguma, podem ser transferidos às seguradoras.
No exterior, são chamados de Miscellaneous Insurance (seguro de miscelânea) 
em face da diversidade de possibilidades de coberturas a riscos expostos.
Em Riscos Diversos, a situação é inversa à dos outros ramos de seguro. 
Estes, por apresentarem uma estabilização técnica, geralmente antepõem 
obstáculos para a realização de determinados seguros; já o Ramo de Riscos 
Diversos, por não ter uma linha demarcatória de atuação, é mais flexível 
por conseguir realizar o que os outros não realizam, sendo considerado, por 
isso, um laboratório de seguros. Sendo assim, sempre que o mercado de 
seguros quer estabelecer formas de cobrir algum tipo de empreendimento 
ou operação ainda não consolidada tecnicamente, opta-se por fazê-lo em 
Riscos Diversos, desde que esteja configurado como seguro de danos.
A SUSEP, por intermédio da Circular 417, de 12 de janeiro de 2011, que dispõe 
sobre os planos de Seguros do Ramo de Riscos Diversos, estabeleceu, em 
seu art. 2o, que somente podem ser caracterizados como Seguros de Riscos 
Diversos os planos não padronizados cujas coberturas principais sejam relativas 
aos seguros de danos e não sejam típicas de outros ramos de seguro. 
Com a edição dessa circular, algumas alterações significativas foram 
introduzidas, uma vez que diversas das modalidades que até então eram 
inerentes a Ramo de Riscos Diversos (como Alagamento, Inundação, Anúncios 
Luminosos, Vidros, Roubo de Valores e outras) não poderiam mais ser 
comercializadas no ramo por estarem sendo incorporadas a outros ramos de 
seguro, principalmente aos Seguros Compreensivos Residenciais, Condominiais 
e Empresariais.
Seguro padronizado 
É aquele cujas condições 
contratuais são idênticas 
àquelas constantes das 
normas técnicas determinadas 
pela SUSEP e pelo Conselho 
Nacional de Seguros Privados 
(CNSP), acessíveis nos sites 
respectivos na Internet. 
A comercialização pode 
ser realizada por qualquer 
seguradora, desde que tenha 
autorização da SUSEP. 
Exemplo: seguro incêndio 
tradicional, seguro de lucros 
cessantes, seguro de transporte. 
Seguro não padronizado
É o produto criado pela 
seguradora. As condições 
contratuais e notas técnicas 
atuariais (documento técnico 
que contém as fórmulas de 
cálculo de custo, custeio e 
obrigações, considerando os 
regimes fi nanceiros, métodos 
e benefícios avaliados) devem 
seguir os critérios mínimos 
previstos de um ramo ou plano 
de seguro. Exemplo: seguros 
compreensivos residenciais, 
seguros compreensivos 
condominiais e seguros 
compreensivos empresariais. 
Seguro singular
É desenhado pela seguradora 
para atender a uma apólice 
individual, com o objetivo de 
atender a um segurado com 
exclusividade. Devido a estas 
características, o produto 
seguro não poderá ser vendido 
para outros clientes da 
seguradora. É um seguro feito 
sob medida. 
(Fonte: Tudo Sobre 
Seguros – 2013.)
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS14
 OBJETIVOS DO RAMO DE RISCOS 
DIVERSOS
• controlar pedidos de coberturas não tarifadas;
• agrupar vários ramos ou modalidades em uma única apólice; e
• originar novos tipos de seguros a serem divulgados ao mercado.
Em razão dos objetivos deste ramo, para maior desenvolvimento e 
aperfeiçoamento do Ramo de Riscos Diversos, são fundamentais o intercâmbio 
e a troca de experiência com outros mercados, no sentido de se atingir maior 
consolidação técnica tanto no estabelecimento de condições próprias quanto 
na fixação de prêmios adequados em função dos riscos assumidos.
 CARACTERÍSTICAS
 Objeto do Seguro
O seguro tem por objetivo garantir, dentro dos limites de responsabilidade da 
seguradora, sob as Condições Gerais de Riscos Diversos, Condições Especiais 
e Particulares destacadas, o pagamento de indenização ao segurado, por 
prejuízos que este possa sofrer em consequência direta da realização de riscos 
previstos e cobertos.
 Estrutura da Apólice – Capa, Condições 
Gerais, Especiais e Particulares
O clausulado para uma apólice de Riscos Diversos tema função de abranger 
diversas situações, pois são inúmeros os riscos existentes no ramo:
• Capa ou Frontispício – identifica o segurado e o seguro, além do prêmio, 
a seguradora, o ramo, a vigência;
• Condições Gerais – conjunto das cláusulas, comuns a todas as modalidades 
e/ou coberturas de um plano de seguro, que estabelecem as obrigações 
e os direitos das partes contratantes;
• Condições Especiais e/ou Específicas – conjunto das disposições 
específicas relativas a cada modalidade e/ou cobertura de um plano de 
seguro, que eventualmente alteram as Condições Gerais; e
• Condições Particulares – conjunto de cláusulas que alteram as Condições 
Gerais e/ou Especiais de um plano de seguro, modificando ou cancelando 
disposições já existentes ou, ainda, introduzindo novas disposições e 
eventualmente ampliando ou restringindo a cobertura.
 Aceitação e Renovação do Seguro
A seguradora tem o prazo de 15 dias corridos, contados a partir do recebimento 
e imediato protocolo da proposta de seguro, para manifestar-se sobre a 
proposta. A recusa da proposta de seguro será comunicada pela seguradora 
por escrito ao proponente, com as devidas justificativas.
Observações
Na apresentação da proposta de seguro, 
as Condições Contratuais completas 
devem estar à disposição do Segurado.
Qualquer alteração restritiva ou que 
implique ônus para o Segurado, em 
quaisquer das Condições do contrato, 
deverá ser realizada por endosso ou 
aditivo ao contrato, com a concordância 
expressa e escrita do segurado.
Deverão ser apresentadas com destaque 
as obrigações e/ou restrições de direito 
do segurado
A defi nição dos termos técnicos utilizados 
no contrato deverá constar das Condições 
Gerais (sob forma de um Glossário).
• O t e r m o “ L i m i t e M á x i m o d e 
Garantia” utilizado ao longo deste 
texto, comumente, assume outras 
denominações nos contratos de seguro, 
dentre elas “importância segurada”.
UNIDADE 1 15
No caso de não aceitação da proposta de seguro por parte da sociedade 
seguradora, em que já tenha havido pagamento de prêmio, os valores pagos 
deverão ser devolvidos, atualizados de acordo com as normas em vigor, 
da data do pagamento pelo segurado até a data da efetiva restituição. 
A cobertura perdurará por mais dois dias úteis, contados a partir da data 
em que o proponente, seu representante ou o corretor de seguros tiverem 
conhecimento formal da recusa.
A renovação poderá ser feita de dois modos: de forma tácita (automática) 
ou expressa.
 Vigência e Cancelamento
Normalmente, o prazo de vigência do seguro de danos é de um ano. 
E entra em vigor a partir das 24 horas do início de vigência especificado na 
proposta. Nada impede, entretanto, que sejam contratados seguros com 
prazos inferiores ou superiores a um ano. O custo do seguro é calculado em 
função desse prazo.
Seguro a Prazo Curto é o seguro contratado por prazo inferior a um ano. 
O prêmio é calculado em função de uma tabela de prazo curto que majora, 
em termos relativos, o valor dos prêmios em relação ao prêmio anual.
Seguro a Prazo Longo (plurianual) é o seguro contratado por prazo superior 
a um ano. Nesse seguro, utiliza-se uma tabela de prazo longo que reduz, em 
termos relativos, o valor do prêmio em relação ao prêmio anual. O Seguro a 
Prazo Longo só poderá ser contratado pelo prazo máximo de cinco anos.
O contrato poderá ser rescindido, total ou parcialmente, por acordo entre 
as partes.
No caso de rescisão por iniciativa da seguradora será restituída ao segurado 
a parte do prêmio recebido proporcionalmente, ou seja, na base pro rata 
temporis, pelo tempo a decorrer. Por exemplo: se já decorreram 60% do prazo 
de vigência do seguro, a seguradora poderá reter 60% do prêmio, restituindo 
40% do prêmio ao segurado.
Se a iniciativa tiver sido do segurado, a seguradora reterá a parte do prêmio 
recebido com base na tabela prazo curto pelo tempo decorrido. Por exemplo: 
decorridos 120 dias da vigência do contrato, com base na tabela prazo curto, 
a seguradora poderá reter 50% do prêmio.
 Âmbito Geográfico
Define onde o seguro se aplica e, usualmente, é somente no Brasil.
Entretanto, no caso de existir cobertura internacional, em que haja o reembolso 
de despesas efetuadas no exterior, os eventuais encargos de tradução ficarão 
totalmente a cargo da sociedade seguradora.
Definir exatamente o local onde o objeto segurado estará instalado é 
fundamental para construção de precificação analítica do seguro. Assim, em 
que pese a cobertura do seguro ser estendida a todo o território nacional, por 
exemplo, o conhecimento da atividade e do(s) local(is) é muito importante.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS16
 Franquia e/ou Participação Obrigatória 
do Segurado (POS)
Por ser um laboratório de seguros, o Ramo de Riscos Diversos pode necessitar, 
no caso de alguma modalidade em fase de criação, que se inclua(m) uma 
franquia e/ou uma POS.
Sendo a franquia e/ou a POS um valor ou um percentual fixado como 
participação do segurado nos eventuais sinistros, fica fácil entender por que 
os seguros realizados com franquia ou POS devem ter prêmios menores do 
que aqueles que não as estipulam: quanto mais o segurado participar no 
sinistro, menos prêmio deve pagar.
 Formas de Contratação
A forma de contratação do limite máximo de indenização deverá ser 
estabelecida nas Condições Gerais do seguro. O limite máximo de garantia 
pode ser contratado sob três formas:
• risco absoluto; 
• risco relativo; e
• risco total.
Para entendermos os possíveis modos de contratação dos limites máximos de 
indenização de cada uma das coberturas, torna-se necessário lembrar alguns 
conceitos:
• Limite Máximo de Indenização (LMI) – é livremente estipulado, pelo 
próprio segurado, para cada uma das coberturas contratadas, e representa 
o limite máximo de responsabilidade que a seguradora deverá pagar 
(indenização);
• Cláusula de rateio – condição contratual que prevê a possibilidade de o 
segurado assumir uma proporção da indenização do seguro quando o valor 
em risco declarado for inferior ao valor em risco apurado no momento do 
sinistro; e
• Valor em Risco (VR) – é o valor total de reposição dos bens segurados 
imediatamente antes da ocorrência do sinistro.
 Contratação a Risco Absoluto
Nesta forma de contratação, o segurador responde pelos prejuízos, 
integralmente, até o montante do limite máximo de garantia, deduzidas 
eventuais franquias. Não haverá, em hipótese alguma, aplicação de cláusula 
de rateio.
 Contratação a Risco Relativo
Sempre que houver a probabilidade de qualquer bem do segurado, num 
determinado local, ser atingido por um mesmo evento, sem que o dano 
seja total, é, normalmente, utilizada a forma de contratação a risco relativo. 
O seguro a primeiro risco relativo é bastante comum nos ramos patrimoniais. 
Diferença entre 
Franquia e POS
Tanto a franquia quanto a participação 
obrigatória signif icam ônus para o 
segurado, mas são entidades diferentes, 
com funções diferentes e, pelo menos 
em tese, produzem resultados distintos. 
A franquia visa reduzir o preço do seguro, 
enquanto a participação obrigatória visa 
fazer com que o segurado queira não ter 
sinistros.
A franquia evita, além do custo direto 
com a indenização de pequenos sinistros, 
os custos da operação de regulação. 
Deixando por conta dos segurados os 
custos dos sinistros menores, que são a 
imensa maioria, a seguradora economiza 
nos custos de regulação e nos valores 
totais das indenizações, podendo desta 
forma cobrar menos para indenizar os 
sinistros maiores, que são os que pesam 
no bolso. 
Com a par t ic ipação obr igatór ia, o 
segurado torna-se sócio da seguradora 
na indenização. Enquanto na franquia 
a seguradora não paga as indenizações 
abai xo de um de terminado va lor 
fixo e pré-acordado, na participação 
obrigatória, independentemente do valor 
do dano, o segurado é responsável por um 
determinado percentual da indenização, 
dividindo o prejuízo como sócio da 
seguradora. Assim, por uma questão 
de lógica, a franquiasó se aplica nas 
perdas parciais, enquanto a participação 
obrigatória é calculada em todas as 
indenizações, sem importar o tamanho.
Observações
• A nomenclatura de Primeiro Risco 
Absoluto e Primeiro Risco Relativo 
justifi ca-se por existir a possibilidade 
técnica de contratação de seguro a 
Segundo Risco, Terceiro Risco, embora 
raramente utilizada.
• Nos sinistros em que haja franquia e 
rateio, simultaneamente, calculam-se 
os prejuízos indenizáveis, aplicando-se 
as regras da franquia e depois as regras 
do rateio.
UNIDADE 1 17
Neste tipo de contratação, o segurado declara, no momento da contratação, 
o valor em risco dos bens (também chamado de Valor em Risco Declarado 
– VRD). No momento do sinistro, é apurado o valor em risco (atual) 
dos bens (VRA). Se este valor for superior ao valor em risco declarado, haverá 
aplicação da cláusula de rateio, e a indenização será reduzida na proporção 
da diferença entre o prêmio pago e aquele que seria efetivamente devido, 
conforme a fórmula a seguir:
Indenização = (VRD/VRA) × Prejuízos Incorridos
Ou, como consta da condição:
Indenização = (Prêmio Pago/Prêmio Devido) × Prejuízos Incorridos
Exemplo: Suponha que o segurado contratou um seguro e declarou o valor 
em risco (VRD) como sendo igual a R$ 90.000,00. Ocorrido o sinistro, o 
perito (regulador de sinistro) apurou o valor em risco e este valor foi igual a 
R$ 150.000,00. O prejuízo foi igual a R$ 50.000,00. Como há insuficiência, ou 
seja, VRD < VRA, será aplicada a cláusula de rateio, e o valor da indenização 
será:
Indenização = (90.000,00/150.000,00) × 50.000,00 = 30.000.00
Ou seja, o rateio foi de R$ 20.000,00.
 Contratação a Risco Total
No momento da contratação do seguro, é possível conhecer o valor dos bens 
expostos a risco, estabelecendo-se este valor como montante do limite máximo 
de indenização, que é fixado pelo segurado. Assim, esse montante será igual 
ao valor em risco atual (VRA) do bem ou múltiplo deste (LMI = k*VRA).
Cabe ressaltar que o LMI geralmente é fixado com base na Perda Máxima 
Possível, que é o pior evento de risco analisado.
Na ocorrência do sinistro, quando esse LMI é compatível com o valor 
apurado naquele momento, a seguradora arca sozinha com o prejuízo até o 
limite máximo de indenização, ou seja, não será aplicada cláusula de rateio. 
Porém, se, na data do sinistro, for constatado que o valor do objeto é superior 
ao valor segurado (LMI < VRA), haverá rateio da seguinte forma:
Indenização = (LMI/VRA) × Prejuízo
Exemplo: Suponha que o segurado contratou um seguro com limite máximo 
de indenização igual a R$ 32.000,00. Ocorrido o sinistro, o perito (regulador 
de sinistro) apurou o valor em risco, e esse valor foi igual a R$ 64.000,00. 
O prejuízo foi igual a R$ 50.000,00. Como há insuficiência, ou seja, 
LMI < VRA, será aplicada a cláusula de rateio, e o valor da indenização 
será:
Indenização = (32.000,00/64.000,00) × 50.000,00 = 25.000,00
Forma de Contratação 
das Demais Coberturas
Salvo declaração em contrário no texto da 
cláusula da cobertura adicional, quando 
houver, ou na apólice, para as demais 
coberturas, este seguro funcionará a 
Primeiro Risco Absoluto, respondendo a 
seguradora integralmente pelos prejuízos 
cobertos, independentemente dos valores 
em risco dos equipamentos segurados, 
até os Limites Máximos de Indenização 
estabelecidos na especi f icação da 
apólice, observadas as demais Cláusulas 
e Condições da apólice.
Rateio Parcial
Em algumas situações acordadas entre 
o segurado e a seguradora, o rateio 
pode ser parcial. Este tipo de rateio pode 
ser adotado tanto para seguros a risco 
relativo quanto para seguros a risco total. 
O rateio parcial é a cláusula constante 
das condições da apólice, que objetiva 
diminuir a participação do segurado nos 
prejuízos parciais quando ocorre rateio por 
insufi ciência de seguro. 
Para que isso seja possível, é defi nido um 
percentual de redução (k) que é utilizado 
na fórmula de cálculo da indenização com 
rateio como redutor do valor em risco 
apurado. Assim, tal percentual servirá 
para diminuir o valor do denominador 
da fração LMI/VRA. Logo, o valor da 
indenização aumentará. A fórmula 
da indenização fi cará da seguinte forma:
Indenização = (VRD/(VRA × k) × 
Prejuízo
A cláusula de rateio parcial será aplicada 
caso o VRD < K × VRA. E, ainda, para a 
contratação deste tipo de rateio, por conta 
do aumento do valor da indenização, a 
seguradora cobra um prêmio adicional.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS18
 PRINCIPAIS CLÁUSULAS DAS 
CONDIÇÕES GERAIS
 Cláusula de Reposição
Objetivo: estabelece que a seguradora deve indenizar em dinheiro e, 
quando especificado na apólice, permitir que a indenização, até os limites 
estabelecidos na apólice, seja efetuada por meio de reparo dos bens ou 
de sua substituição, restabelecendo o estado em que se encontravam 
imediatamente antes do sinistro.
 Cláusula de Perda de Indenização
Objetivo: isentar a seguradora da obrigação de pagar qualquer indenização 
quando o segurado não cumprir as obrigações previstas na apólice.
Podem ser considerados não cumprimento das obrigações previstas na apólice:
• declarações falsas, inexatas ou omissão de informações que possam influir 
direta ou indiretamente no conhecimento, análise e aceitação do risco e 
na taxa para a fixação do prêmio.
 Exemplo: não mencionar ocorrências anteriores de sinistros no momento 
da vistoria prévia;
• obtenção, por qualquer meio, de benefícios ilícitos do seguro.
 Exemplo: o caso de informações por parte do segurado da existência 
de sistemas de proteção e guarda dos bens na modalidade Joalherias, 
quando na realidade não existem ou são insuficientes, não atendendo às 
especificações exigidas pela seguradora;
• modificações ou alterações que resultem na agravação do risco para a 
seguradora, sem sua prévia e expressa anuência;
• omissão de toda e qualquer providência, por parte do segurado, no sentido 
de evitar, reduzir ou não agravar os prejuízos resultantes de um sinistro.
 Exemplo: ao se tomar conhecimento de um sinistro nas dependências 
seguradas, abandonar o conteúdo recuperável (denominado salvados), 
evitando, assim, o aumento dos prejuízos para a seguradora (falta de 
proteção para os salvados).
 Cláusula de Caducidade do Seguro
Objetivo: isentar a seguradora de responsabilidade quando o segurado utilizar 
meios fraudulentos para obter vantagens com o seguro ou com o sinistro. 
A caducidade ou cancelamento do contrato se dá automaticamente.
Exemplos de situações em que a cláusula é aplicável:
• fraude ou tentativa de fraude, simulação ou agravação das consequências 
de um sinistro;
• reclamação dolosa, sob qualquer ponto de vista, baseada em declarações 
falsas; e
• emprego de quaisquer outros meios dolosos ou simulações.
Exemplo
Se uma locomotiva segurada f icar 
totalmente danifi cada, em consequência 
de sinistro coberto, deve ser indenizada, 
preferenc ialmente, em espéc ie ou 
substituída por outra similar à destruída 
se houver acordo entre a seguradora e o 
segurado.
Atenção
As cláusulas de Perda de Indenização e 
Caducidade do Seguro, embora pareçam 
iguais, são bastante diferentes entre si. 
As duas cláusulas isentam a seguradora 
de pagar os prejuízos resultantes de um 
sinistro, porém a caducidade se dá quando 
se constata uma situação ilícita dolosa, 
proposital ou intencional. Já a perda de 
indenização ocorre nos casos em que uma 
situação deixou de ser informada e não 
se constata intenção ou dolo, tornando-a 
culposa ou sem intenção comprovada.
UNIDADE 1 19
 Cláusula de Sub-rogação de Direitos
Objetivo: facultar à seguradora a atuação, em nome do segurado, contra 
o terceiro que foi causador dos danos, a fim de obter o ressarcimento de 
indenização já paga.
O princípio da sub-rogação consiste, em geral, na faculdade que uma pessoa 
tem de substituir legalmente uma outra, assumindo os direitos de atuar contra 
uma terceira.
Em seguros, isso não só evita que o segurado seja indenizado duas vezes 
pelo seguradore pelo terceiro responsável pelos danos, produzindo o 
enriquecimento sem causa, como também permite que a seguradora venha 
a se ressarcir dos prejuízos indenizados ao seu segurado.
É óbvio que o segurado não pode praticar qualquer ato que venha a 
prejudicar o direito de sub-rogação da seguradora, nem fazer acordo ou 
transação com terceiros responsáveis pelo sinistro, salvo com expressa 
autorização da seguradora.
 Aceitação, Modificação e Renovação 
do Seguro
A aceitação do seguro está sujeita à análise do Risco e manifestação da 
seguradora.
O prazo da seguradora para analisar o risco e decidir sobre a aceitação 
da proposta de seguro, preenchida e assinada pelo proponente ou seu 
representante legal, recebida sob protocolo ou através de meio eletrônico, 
para seguros novos ou renovações, bem como para alterações que impliquem 
modificação do risco, é de 15 (quinze) dias, contados do seu recebimento.
Na proposta de seguro, deverão ser prestadas, pelo proponente ou seu 
representante legal, todas as informações que permitirão à seguradora avaliar 
as condições para aceitação ou recusa do risco, sendo que a existência de 
omissões ou de declarações inverídicas determinará a nulidade do contrato, 
conforme o disposto no artigo 766 do Código Civil Brasileiro.
O prazo de 15 (quinze) dias previsto para a aceitação da proposta será suspenso 
se a seguradora verificar que as informações contidas na Proposta de Seguro são 
insuficientes para a tomada de decisão, podendo ela solicitar ao Proponente a 
apresentação de novos documentos. Esta solicitação poderá ocorrer mais de uma 
vez, desde que a seguradora indique os fundamentos para tal pedido. A contagem 
do prazo de 15 (quinze) dias reiniciará à zero hora do dia seguinte à entrega dos 
documentos na seguradora. Os efeitos deste item se aplicam exclusivamente 
quando o proponente for pessoa jurídica. Nos casos de pessoa física, 
a solicitação de documentos complementares, para análise e aceitação do 
risco ou da alteração proposta, poderá ser feita apenas uma vez, durante o 
prazo previsto para aceitação.
Nos casos em que a aceitação da proposta de seguro dependa de contratação 
ou alteração da cobertura de resseguro facultativo, o prazo previsto também 
será suspenso.
Atenção
A seguradora sub-rogada pode exigir 
do segurado, a qualquer momento, o 
instrumento de cessão e os documentos 
hábeis para o exercício desse direito.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS20
Ficará a critério da sociedade seguradora a decisão de informar ou não, por 
escrito, ao proponente, ao seu representante legal ou corretor de seguros, 
sobre a aceitação da proposta, devendo, no entanto, obrigatoriamente, 
proceder à comunicação formal, no caso de sua não aceitação, justificando 
a recusa.
Em caso de recusa da Proposta de Seguro dentro dos prazos previstos acima, 
a cobertura do seguro prevalecerá por mais 2 (dois) dias úteis, contados a 
partir da data em que o Proponente, seu representante legal ou o corretor 
de seguros tiver conhecimento formal da recusa.
Ainda no caso de recusa da proposta de seguro em que já tenha sido 
efetuado o pagamento do prêmio, do valor pago será deduzido o prêmio 
correspondente ao período em que prevaleceu a cobertura na base pro rata 
temporis, e a diferença restituída ao Proponente, no prazo máximo de 10 (dez) 
dias, contados após a formalização da recusa.
Caso o prazo de 10 (dez) dias seja ultrapassado, o prêmio será atualizado 
monetariamente desde a data do seu recebimento pela variação positiva 
do IPCA/IBGE – Índice de Preços ao Consumidor Amplo/Fundação Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística –, apurada entre o último índice publicado 
antes da formalização da recusa e aquele publicado imediatamente antes 
da data da efetiva devolução do prêmio.
Na hipótese da extinção do índice pactuado, deverá ser utilizado o índice que 
vier a ser determinado pela legislação em vigor.
 INSPEÇÃO DE RISCO
A inspeção de risco é algo muito importante na atividade de seguro; 
portanto, pode ser necessária em modalidades de Seguro de Riscos Diversos, 
principalmente quando se tratar de seguro no setor industrial ou em uma 
joalheria, por exemplo.
Em algumas modalidades, o relatório de vistoria pode ser fundamental 
na aceitação ou não do risco, bem como na fixação da taxa final para 
a contratação do seguro, já que as condições observadas podem gerar 
agravamentos na mesma ou mesmo franquias e POS. Daí vem a necessidade 
de a seguradora conhecer as características do risco que se propõe a segurar 
antes de sua contratação.
A inspeção prévia pode ser realizada por peritos ou especialistas que podem 
ou não pertencer ao quadro funcional das seguradoras, sendo contratados, 
exclusivamente, quando necessário.
UNIDADE 1 21
 REINTEGRAÇÃO DA IMPORTÂNCIA 
SEGURADA
Esta cláusula estabelece, para algumas modalidades, que a reintegração é 
válida a partir da:
• data do sinistro, se solicitada pelo segurado, até 72 horas após a sua 
ocorrência; e
• anuência formal da seguradora.
O prêmio de reintegração será sempre cobrado na base pro rata temporis; 
seja da data do sinistro até a data de vencimento da apólice, seja da data da 
anuência formal da seguradora até a data de vencimento da apólice.
Se, durante a vigência do contrato de seguro, ocorrerem um ou mais sinistros 
pelos quais a seguradora seja responsável, a importância segurada do item 
sinistrado ficará reduzida da importância correspondente ao valor da indenização 
paga, a partir da data da ocorrência do sinistro, não tendo o segurado direito 
à restituição do prêmio correspondente àquela redução. Nesta hipótese, desde 
que expressamente solicitada pelo segurado e que haja anuência formal da 
seguradora, fica facultada a reintegração da importância segurada.
Se, por exemplo, um segurado sofreu um sinistro, cujo evento está coberto pela 
modalidade de seguro de Riscos Diversos contratada, e comunicou o sinistro 
à sua corretora, ele deve ser informado da influência da cláusula de rateio no 
caso de novos e eventuais sinistros. Portanto, é recomendável a solicitação da 
reintegração da importância segurada à seguradora, no prazo de 72 horas, 
previsto na respectiva cláusula de reintegração da Importância Segurada, de 
forma a não haver perda de direito do segurado.
Importante
A reintegração é aplicada às modalidades 
de seguro em que se admitam as formas 
de contratação a Risco Total e/ou a Primeiro 
Risco Relativo.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS22
FIXANDO CONCEITOS 1 23
Anotações:
Fixando Conceitos 1
MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA 
[1] Os Ramos de Seguro que vêm sofrendo um processo de crescimento em 
razão do incremento das operações de consórcios de automóveis, imóveis e 
motocicletas, além de exigências de garantias de prestação de serviços exigidos 
pelas empresas, são os de:
(a) Fiança Locatícia e Garantia.
(b) Global de Bancos e Crédito.
(c) Crédito e Garantia.
(d) Garantia e Roubo.
(e) Roubo e Global de Bancos.
[2] O Seguro que é contratado por bancos e instituições financeiras, além de 
empresas de factoring e similares, já que sua matéria-prima são os valores 
em geral, é o de:
(a) Fiança Locatícia.
(b) Global de Bancos.
(c) Crédito à Exportação.
(d) Garantia de Obrigações Contratuais.
(e) Roubo de Bens.
[3] ANALISE SE AS PROPOSIÇÕES SÃO VERDADEIRAS OU FALSAS E DEPOIS 
MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA
Sobre o Seguro do Ramo de Riscos Diversos, podemos afirmar que:
( ) Originar novos tipos de seguros a serem divulgados ao mercado é objetivo 
do Ramo de Riscos Diversos.
( ) Para maior desenvolvimento e aperfeiçoamento do Ramo de Riscos 
Diversos, são fundamentais o intercâmbio e a troca de experiência com 
outros mercados.
( ) Agrupar vários ramos ou modalidades em uma única apólice é objetivo 
do Ramo de Riscos Diversos.
( ) O Ramo de Riscos Diversos (RD) engloba todas as modalidades de seguro 
que, ainda estão em fase de experiência e observação.
Agora assinale a alternativa correta:
(a) V,F,V,V
(b) V,F,F,V
(c) V,V,V,V
(d) F,V,V,F
(e) V,F,V,FSEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS24
Anotações:
Fixando Conceitos 1
MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA
[4] A principal característica do Ramo de Riscos Diversos é:
(a) Possuir e manter sempre um número reduzido de modalidades de 
seguro, no máximo cinco.
(b) Seu aspecto criativo ou inovador.
(c) Adotar exclusivamente tarifas estabelecidas pelo ressegurador.
(d) Manter a estabilização técnica, evitando criar inovações.
(e) A tradicionalidade de seus produtos.
[5] O Seguro de Riscos Diversos destina-se a atender às necessidades 
dos segurados para riscos seguráveis em que não haja ainda condições 
de cobertura disponíveis no mercado segurador brasileiro, caracterizando-se, 
portanto, por:
(a) Possuir sempre uma linha demarcatória de aplicação.
(b) Dispensar todo e qualquer tipo de pesquisa para a criação de novos 
produtos.
(c) Tratar somente de riscos já enquadrados nas coberturas oferecidas por 
outros ramos.
(d) Ser um ramo de estabilidade técnica, ou seja, sem alterações em suas 
condições e disposições tarifárias.
(e) Ser o grande laboratório do mercado de seguros brasileiro.
[6] O intercâmbio e a troca de experiências do mercado segurador brasileiro 
com outros mercados são uma constante no Ramo de Seguro de Riscos 
Diversos, porque:
 
(a) As condições gerais do ramo são bastante abrangentes e contêm 
a relação de todos os riscos excluídos do contrato, dispensando, 
portanto, a sua menção nas condições especiais, qualquer que seja a 
modalidade de seguro contratada.
(b) As coberturas da apólice de Seguro de Riscos Diversos abrangem 
os prejuízos decorrentes de vício intrínseco, mau acondicionamento 
e insuficiência ou impropriedade da embalagem do bem ou da 
mercadoria segurada.
(c) A filosofia que norteia o Ramo de Riscos Diversos é a de que tudo pode 
ser segurado e, portanto, todas as suas modalidades de cobertura do 
tipo “todos os riscos”.
(d) Por ser criativo e inovador, o Ramo de Riscos Diversos necessita 
conhecer os novos ramos e modalidades de seguro desenvolvidos 
por outros mercados para atingir uma maior consolidação técnica e 
melhor atender ao mercado consumidor brasileiro de seguros.
(e) As bases técnicas e condições de contratação de todas as modalidades 
de Seguro de Riscos Diversos foram obtidas através de intercâmbio 
com os mercados internacionais.
FIXANDO CONCEITOS 1 25
Anotações:
Fixando Conceitos 1
[7] Na apólice de Riscos Diversos, a cláusula das condições gerais que estabelece 
a transferência, para a seguradora, de direitos e ações do segurado contra 
terceiros cujos atos tenham dado causa ao prejuízo indenizado é a de:
(a) Prescrição.
(b) Pagamento do prêmio.
(c) Sub-rogação de direitos.
(d) Caducidade do seguro.
(e) Perda de indenização.
 
[8] A caducidade do Seguro de Riscos Diversos é automática quando se atesta 
a existência de:
(a) Rateio.
(b) Vigência inferior a 1 (um) ano.
(c) Fraude do segurado.
(d) Reposição de perdas.
(e) Sub-rogação de direitos.
ANALISE AS PROPOSIÇÕES A SEGUIR E DEPOIS MARQUE A ALTERNATIVA 
CORRETA:
[9] São objetivos do Ramo de Riscos Diversos:
I) Controlar pedidos de coberturas não tarifadas.
II) Agrupar vários ramos ou modalidades em uma única apólice.
III) Originar novos tipos de seguros a serem divulgados ao mercado.
Agora assinale a alternativa correta:
(a) Somente I é proposição verdadeira.
(b) Somente I e II são proposições verdadeiras.
(c) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(d) Somente II e III são proposições verdadeiras.
(e) I, II e III são proposições verdadeiras.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS26
Anotações:
Fixando Conceitos 1
[10] Considere as disposições da Cláusula de Reintegração da Importância 
Segurada, prevista no Ramo de Riscos Diversos para algumas modalidades 
de seguro, e analise as proposições a seguir:
I) Quando cabível, a reintegração é válida a partir da data do sinistro, se 
solicitada pelo segurado até 48 horas após a sua ocorrência.
II) O prêmio da reintegração deverá ser cobrado na base pro rata temporis.
III) A reintegração é aplicada a todas as modalidades de Seguro do Ramo de 
Riscos Diversos, independentemente da forma de contratação do seguro.
Agora assinale a alternativa correta:
(a) Somente II é proposição verdadeira.
(b) Somente I e II são proposições verdadeiras.
(c) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(d) Somente II e III são proposições verdadeiras.
(e) I, II e III são proposições verdadeiras.
UNIDADE 2 27
MODALIDADES DO 
RAMO DE RISCOS 
DIVERSOS22
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:
• Conhecer as modalidades de seguro atualmente integrantes do Ramo de Riscos Diversos.
• Entender os objetivos e as características de cada modalidade.
• Aprender quais os riscos cobertos, riscos excluídos e as formas de contratação de cada modalidade.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS28
UNIDADE 2 29
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
As seguradoras tiveram até 1o de janeiro de 2012 para encerrar a comercialização, 
renovação e demais processos referentes a seguros de:
equipamentos;• 
valores, incluindo valores no interior do estabelecimento dentro e/ou fora • 
de cofres-fortes ou caixas-fortes, valores transportados em carros-fortes 
e valores em trânsito em mãos de portadores;
alagamentos;• 
riscos de desmoronamento;• 
quebra de vidros;• 
edifícios em condomínio;• 
fidelidade de empregados;• 
joalherias;• 
registros e documentos (despesas de recomposição);• 
tumultos;• 
multirrisco de obras de arte;• 
vendaval, furacão, ciclone, tornado, granizo, queda de aeronaves, impacto • 
de veículos terrestres e fumaça; e
demais riscos diversos, na forma constante da consolidação divulgada pelo • 
Instituto de Resseguros do Brasil, através da Circular PRESI-084/1974.
Após 1o de janeiro de 2012, as seguradoras somente puderam passar a 
comercializar seguros contra tais riscos baseados em planos de seguro 
próprios, não padronizados pela SUSEP/CNSP, mas devidamente aprovados 
pela SUSEP.
Destaca-se que os seguros acima mencionados, antes classificados como 
riscos diversos, foram reclassificados de acordo com a regulamentação que 
dispõe sobre ramos de seguro (Circular SUSEP 455/12). O quadro a seguir 
resume a situação.
Grupo Nome do Grupo Identificador do Ramo Nome do Ramo Observação
01 Patrimonial 12 Assistência – 
Bens em Geral 
Ramo novo. Operações anteriormente 
informadas no Ramo Riscos Diversos 
(0171). Engloba as operações de seguro 
de garantia estendida/complementação 
de garantia, e de seguros similares aos 
Serviços de Assistência. 
01 Patrimonial 14 Compreensivo 
Residencial 
Inalterado
01 Patrimonial 15 Roubo Inalterado
01 Patrimonial 16 Compreensivo 
Condomínio 
Inalterado
01 Patrimonial 18 Compreensivo 
Empresarial 
Inalterado
01 Patrimonial 41 Lucros Cessantes Inalterado
01 Patrimonial 67 Riscos de Engenharia Inalterado
01 Patrimonial 71 Riscos Diversos Inclui os antigos Ramos Tumultos, 
Fidelidade e Vidros. 
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS30
Foram classificados como riscos diversos os seguros cujas coberturas principais 
fossem relativas aos seguros de danos e não sejam típicas de outros ramos 
de seguro.
Há poucos anos, havia, portanto, algumas dezenas de modalidades de Riscos 
Diversos que acabaram migrando para outros seguros, sob forma de garantias 
adicionais ou acessórias, mas, quando se quer fazer uma apólice específica ou se 
exige uma contratação sob medida (tailor made) ou com LMI mais significativo, 
é comum que a subscrição seja direcionada de volta aos Riscos Diversos. 
Isto agora acontece para alguns seguros bastante específicos, como:
• Equipamentos (não cobertos nos seguros compreensivos patrimoniais);
• Valores (não cobertos nos seguros patrimoniais, como é o caso de Valores no 
Interior do Estabelecimento, em Cofre ou em mãos de portadores);
• Joalheria;
• Multirriscos de Obras de Arte;
• Fidelidade (nos casos mais significativos e específicos);
• Instrumentos Musicais; e
• Material Rodante (Veículos Ferroviários).
O Seguro de Riscos Diversos é definido pelas Condições Especiais, poisé 
nelas que se define a modalidade do seguro. Com isso, podemos dizer que as 
Condições Gerais servem a todas as modalidades e é nas Condições Especiais 
que se define aquilo que estará segurado.
Notas 
• Poderíamos relacionar a modalidade 
Equipamentos como sendo uma 
das que se podem tratar em Riscos 
Diversos, mas como, após a Circular 
417/11, isso é verdade apenas para 
os equipamentos não agr ícolas, 
trataremos exclusivamente do Seguro 
para Equipamentos na Unidade 3, 
detalhando os ramos onde podem ser 
segurados e as suas características.
• Os seguros de Valores em geral 
m i g r a r a m p a r a o s s e g u r o s 
compreensivos, salvo nos casos 
onde há grandes exposições a riscos. 
Destacaremos aqui as modalidades 
para Valores em Veículos de Entrega de 
Mercadorias e Valores Transportados 
em Carros-Fortes sob a Guarda de 
Portadores.
Grupo Nome do Grupo Identificador do Ramo Nome do Ramo Observação
01 Patrimonial 73 Global de Bancos Inalterado
01 Patrimonial 95 Garantia Estendida/ 
Extensão de Garantia – 
Bens em Geral 
Inalterado
01 Patrimonial 96 Riscos Nomeados e 
Operacionais 
Inalterado
02 Riscos Especiais 34 Riscos de Petróleo Inalterado
02 Riscos Especiais 72 Riscos Nucleares Inalterado
02 Riscos Especiais 74 Satélites Inalterado
UNIDADE 2 31
 VALORES
Nesta modalidade, estão incluídas várias coberturas que têm, em comum, a 
característica de cobrir bens que representam valores e, neste manual, serão 
estudadas aquelas que não estão previstas nos planos de seguros padronizados 
(Compreensivos ou outros ramos). 
Os dois tipos de coberturas na modalidade de Seguro de Valores que 
permanecem em Riscos Diversos e cuja forma de contratação é a Primeiro 
Risco Absoluto são:
• Valores em Veículos de Entrega de Mercadorias; e
• Valores Transportados em Carros-fortes.
 Aspectos Comuns
Há alguns aspectos comuns a estas coberturas, começando pela definição 
dos bens enquadráveis como valores, que são:
• dinheiro, moedas;
• metais preciosos, pedras preciosas e semipreciosas, pérolas, joias;
• selos e estampilhas;
• certificados de títulos, ações, cupons e todas as outras formas de títulos;
• conhecimentos, recibos de depósitos de armazéns;
• cheques, saques, ordens de pagamento;
• apólices de seguro;
• quaisquer outros instrumentos ou contratos, negociáveis ou não, que 
representem dinheiro ou bens; e
• quaisquer documentos nos quais esteja interessado o segurado ou cuja 
custódia tenha ele assumido, ainda que gratuitamente.
 Objetivo do Seguro
Garantir ao segurado a indenização, em espécie, reparando ou repondo os 
valores, em virtude da ocorrência de um dos eventos cobertos pela apólice, 
conforme acordado nas condições da apólice. 
Esses seguros não têm franquia.
 Riscos Cobertos
• destruição ou perecimento dos valores em consequência de roubo ou 
furto qualificado (efetuado ou tentado);
• quaisquer outros eventos decorrentes de causa externa (exceto aqueles 
expressamente excluídos pelas condições da apólice); e
• extorsão, exceto se mediante sequestro.
Amplie seus 
conhecimentos
Entende-se por valor extrínseco o valor 
atribuído ao bem, enquanto que o valor 
intrínseco é o valor de reposição do bem, 
sem qualquer valor agregado a título 
de ter o bem um valor estimativo ou ser 
uma raridade ou uma obra de arte ou uma 
coleção ou similares.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS32
 Riscos Excluídos
• extorsão mediante sequestro;
• furto simples, apropriação indébita ou estelionato;
• extravio ou desaparecimento inexplicável; e
• infidelidade ou ato doloso de diretores, sócios, prepostos e/ou empregados.
 Valores em Veículos de Entrega de 
Mercadorias
 Bens Seguráveis
Valores transportados por veículos de entrega de mercadorias do local de 
origem para outro(s) local(is) especificado(s) na apólice.
Exigência: os valores devem estar guardados em cofre de aço, com alçapão 
ou boca de lobo, dotado de fechadura de segurança e devidamente soldado 
no interior do veículo transportador.
 Bens Não Compreendidos pelo Seguro
• valores guardados fora do cofre com alçapão ou boca de lobo (se, por 
exemplo, um motorista ou ajudante for assaltado com parte do dinheiro 
das mercadorias vendidas em seu poder, isto é, fora do cofre do veículo, 
a seguradora não indenizará); e
• valores em trânsito, sob a responsabilidade de empresas especializadas 
em transporte de valores.
 Valores Transportados em Carros-Fortes 
sob a Guarda de Portadores
 Bens Seguráveis
Valores sendo transportados, sob a guarda de portadores, em carros-fortes. 
Consideram-se portadores os componentes da guarnição dos carros-fortes, 
empregados ou não do segurado.
 Bens Não Compreendidos pelo Seguro
• valores transportados em veículos não especificados na apólice; e
• valores deixados, durante o período em que permanecerem nos escritórios 
do segurado (empresas de transporte de valores), para qualquer finalidade, 
inclusive preparação de envelopes de pagamento, ainda que sob sua 
responsabilidade.
Estelionato
Ato de obter, para si ou para 
outrem, vantagem patrimonial 
ilícita, em prejuízo alheio, 
induzindo ou mantendo 
em erro alguém, por meio 
fraudulento.
Extorsão
Ato pelo qual alguém, 
mediante violência ou 
ameaça, é constrangido a 
ceder bem ou dinheiro.
Sequestro
Reter alguém ilegalmente, 
com o intuito de receber 
resgate em troca de sua 
liberdade.
UNIDADE 2 33
 JOALHERIA
 Objetivo
Garantir ao segurado a indenização em espécie ou a reparação dos danos ou 
a reposição das joias e demais mercadorias similares seguradas, em virtude 
da ocorrência de um dos riscos cobertos pela apólice.
 Bens Seguráveis
Joias, artigos de ouro, prata, platina, metais preciosos ou semipreciosos, de 
todos os tipos e espécies, e outras mercadorias inerentes ao ramo de negócio 
de joalherias.
 Bens Não Compreendidos pelo Seguro
• bens não pertencentes ao segurado, exceto se sob sua custódia; e
• mercadorias ou materiais não inerentes ao ramo de joalherias.
 Riscos Cobertos
São cobertos as perdas e os danos materiais causados aos bens por quaisquer 
eventos de causa externa (não expressamente excluídos), incluindo-se o trânsito 
em mãos de portadores maiores de 18 anos, com vínculo empregatício ou 
com contrato de prestação de serviços com o segurado.
 Riscos Excluídos
• extorsão mediante sequestro;
• furto simples, apropriação indébita ou estelionato;
• extravio ou desaparecimento inexplicável;
• infidelidade ou ato doloso de diretores, sócios, prepostos e/ou empregados; e
• vício próprio, umidade e chuva.
 MULTIRRISCOS DE OBRAS DE ARTE
 Objetivo
Garantir ao segurado a indenização decorrente de roubo, furto qualificado, 
incêndio e outros riscos capazes de danificar total, ou parcialmente, as obras 
de arte ou raridades seguradas.
 Bens Seguráveis
Livros, quadros, esculturas, estatuetas, tapetes e demais bens comprovadamente 
considerados obras de arte ou raridades. 
Exige-se um documento de identificação com foto, valor de mercado e 
especificações da obra, elaborado por um especialista e aceito previamente 
pela seguradora. Esses bens podem pertencer tanto à pessoa física quanto 
à pessoa jurídica.
Atenção
Os seguros multirriscos para obras de 
arte em geral têm condições especiais 
distintas quando se destinam à cobertura 
de Coleções, Museus, Marshands e 
Exposições. Neste caso, inclui uma 
cobertura especial comumente chamada 
de “prego a prego”, que signif ica o 
transporte das obras de arte desde o local 
onde estão originalmente expostas até o 
local da nova exposição e seu retorno. 
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS34
 Bens Não Compreendidos pelo Seguro
Os bens não compreendidos pelo seguro são os objetos não enquadrados 
como obras de arte ou raridades.
 Riscos Cobertos
• incêndio, raio, explosão de qualquer natureza e suas consequências;
• alagamento, desmoronamento, terremoto, tremores de terra e maremotos, 
vendaval, furacão, ciclone, tornado, granizo;
• queda de aeronaves, impacto de veículos terrestres, máquinas ou qualquer 
outro equipamento utilizadono local;
• roubo e furto qualificado, inclusive os danos provocados por simples 
tentativa; e
• tumultos, motins e riscos congêneres, inclusive atos dolosos praticados 
por terceiros.
 Riscos Excluídos
Os principais riscos excluídos são:
• desgaste natural causado pelo uso, deterioração gradativa, corrosão, 
incrustação;
• defeito latente;
• desarranjo mecânico;
• ferrugem, umidade e chuva;
• queda, quebra, amassamento ou arranhadura, salvo se decorrentes de 
evento coberto pela apólice, devidamente caracterizado;
• operações de reparo, ajustamentos, serviços em geral de manutenção ou 
restauração;
• negligência do segurado, ou de seus empregados e prepostos, na utilização 
ou no trato dos bens cobertos, assim como na adoção de todos os meios 
razoáveis para salvá-los e preservá-los durante ou após a ocorrência de 
qualquer sinistro;
• subtração dolosa ou culposa, atos desonestos, fraudulentos ou criminosos, 
praticados por funcionário ou preposto do segurado, quer agindo 
isoladamente ou aliado a terceiros;
• furto simples;
• desaparecimento inexplicável, extravio; e
• prejuízos consequentes de embalagens ou acondicionamentos em 
desacordo com os padrões exigíveis pelos bens cobertos.
 Inspeção ou Vistoria Prévia
 
A inspeção ou vistoria prévia, em geral, é realizada por especialistas em obras 
de arte contratados pela seguradora.
 Cobertura Acessória
Pode ser contratada a cobertura acessória de transporte para ida e/ou volta em 
caso de exposições dos bens segurados, inclusive para viagens internacionais.
UNIDADE 2 35
Peculato
Delito de funcionário público 
que se apropria de valor ou 
qualquer outro bem móvel em 
proveito próprio ou alheio.
 FIDELIDADE
 Objetivo e Riscos Cobertos
O Seguro Fidelidade garante indenização ao segurado pelos prejuízos 
que ele venha a sofrer em consequência de crimes contra o seu patrimônio, 
causados por seus empregados.
O Seguro Fidelidade aplica-se somente a empregados, responsáveis 
criminalmente, contratados no Brasil sob o regime da CLT (Consolidação das 
Leis do Trabalho) e a funcionários públicos civis regidos pelo Estatuto dos 
Funcionários Públicos.
 
A cobertura abrange os prejuízos materiais, diretamente causados por crime de 
apropriação indébita ou peculato, cometido por empregado faltoso durante o 
período de vigência da apólice de seguro, incluindo-se as despesas necessárias 
para recuperar os bens ou valores subtraídos.
Note-se que, no caso de crime continuado, ou seja, de atos sucessivos de 
apropriação indébita cometidos pelo empregado infiel, o que determina 
a cobertura é a primeira data da improbidade do empregado garantido, 
isto é, a data em que se iniciou o desvio de bens ou valores do patrimônio 
do segurado.
São partes integrantes do Seguro Fidelidade:
• segurado – é quem contrata o seguro. Pode ser uma empresa privada ou 
a União, os estados, os municípios ou o Distrito Federal;
• seguradora – é a empresa que garante ao segurado indenização por 
prejuízos materiais causados pelos garantidos ao seu patrimônio, pelo 
crime de apropriação indébita ou peculato; e
• garantidos – são os empregados do segurado, especificados nas condições 
especiais da apólice.
Para efeito das disposições da apólice do Seguro Fidelidade, são convencionadas 
as seguintes definições:
• empregado – toda pessoa física que prestar serviços de natureza não 
eventual ao segurado, sob a dependência deste e mediante salário, na 
forma estabelecida na Consolidação das Leis do Trabalho ou no Estatuto 
dos Funcionários Públicos Civis;
• garantidos – os empregados do segurado ou os funcionários públicos, 
responsáveis penalmente, referidos nas cláusulas especiais de apólice;
• patrimônio do segurado – todos os valores e bens de sua propriedade 
ou de terceiros, sob sua guarda e custódia, e pelos quais o segurado seja 
legalmente responsável; e
• sinistro – ocorrência de delitos contra o patrimônio do segurado, previstos 
no Código Penal Brasileiro, representados por evento ou série de eventos 
contínuos e praticados por garantido ou garantidos coniventes.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS36
 Modalidades de Seguro Fidelidade
O Seguro Fidelidade abrange três modalidades de contratação:
• Fidelidade Funcional – para o funcionalismo público civil;
• Fidelidade Comercial Nominativa – para os funcionários de empresas 
privadas, devidamente identificados; e
• Fidelidade Comercial Aberta (chamada Blanket) – para todos os 
funcionários de uma Empresa privada, independentemente de sua prévia 
identificação.
 Somente na modalidade Fidelidade Comercial Aberta (ou Blanket) se exige 
franquia, a qual corresponde a 5% dos prejuízos apurados.
 Condições da Apólice de Seguro Fidelidade
As condições contratuais da apólice de Seguro Fidelidade estabelecem que 
cabe ao segurado:
• tomar precauções para evitar a ocorrência de sinistros, como:
– rigorosa prestação de contas periódicas dos garantidos;
– controle de estoques;
– registros contábeis atualizados; e
– controles, inspeções e auditorias frequentes.
• facilitar as verificações por parte da seguradora;
• não contratar outro Seguro Fidelidade para garantir as mesmas pessoas;
• em caso de sinistro, tomar as medidas possíveis para redução dos prejuízos;
• obter do faltoso confissão espontânea ou, na falta desta, fazer abrir o 
competente inquérito policial, visando à apuração das responsabilidades;
• apresentar provas dos prejuízos à seguradora, relacionando por escrito, 
em 30 dias, os bens ou valores subtraídos; e
• não acertar acordo com o empregado (ou funcionário) sem a anuência 
da seguradora.
 Limite de Responsabilidade
A importância segurada de cada modalidade, mencionada na apólice, 
representa:
• na Fidelidade Funcional ou na Fidelidade Comercial Nominativa – 
o limite máximo de responsabilidade assumida pela seguradora, em relação 
a cada garantido, no caso de um sinistro; e
• na Fidelidade Comercial Aberta – o limite máximo de indenização por 
sinistro ocorrido.
UNIDADE 2 37
 Vigência do Seguro
Nas modalidades de Fidelidade Comercial Nominativa e Fidelidade 
Comercial Aberta, o prazo máximo de vigência do seguro é de 12 meses, 
admitindo-se seguros por prazos menores mediante aplicação de uma Tabela 
de Prazo Curto específica.
Na modalidade de Fidelidade Funcional, o prazo é, normalmente, de cinco 
anos, com pagamento de Prêmio antecipado para cada período anual, devendo 
ser renovado quinquenalmente, de modo a vigorar enquanto o funcionário 
garantido estiver no exercício do cargo.
 Riscos Excluídos
São excluídos do seguro:
• o valor estimativo de qualquer bem integrante do patrimônio do 
segurado;
• o sinistro que não tenha ocorrido ou iniciado durante a vigência da 
apólice;
• o sinistro que não tenha sido descoberto pelo segurado no prazo de 360 
dias a partir da data de sua ocorrência ou de seu início;
• o sinistro que não tenha sido descoberto pelo segurado no prazo de 60 
dias a partir da data em que, por morte, demissão, ausência ou qualquer 
outro motivo, tenha cessado a relação de emprego ou vínculo entre o 
garantido faltoso e o segurado;
• o sinistro resultante, direta ou indiretamente, no todo ou em parte, de ato 
ilícito ou desonesto de qualquer dirigente do segurado, seus ascendentes, 
descendentes ou cônjuge;
• o sinistro cuja autoria não seja determinada por confissão espontânea do 
empregado garantido, por inquérito policial ou por sentença judicial;
• o sinistro consequente de incêndio, raio ou explosão, estado de guerra, 
invasão de potência estrangeira, guerra civil, revolução, rebelião, atos de 
terrorismo, sedição, poder militar usurpado ou usurpante, greves, lockout, 
atos do poder público para reprimir ou defender o segurado dos fatos 
citados, confiscos, sequestro de bens ou danos causados a eles por ordem 
de governo ou de autoridade pública com poderes de fato para tanto; e
• o sinistro causado por radiações ionizantes, contaminação por 
radioatividade ou combustão de materiais nucleares.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS38INSTRUMENTOS MUSICAIS E 
EQUIPAMENTOS DE SOM
 Riscos Cobertos
A seguradora obriga-se a indenizar o segurado pelas perdas e danos materiais 
causados aos bens identificados unitariamente na apólice por QUAISQUER 
ACIDENTES DECORRENTES DE CAUSA EXTERNA, exceto os RISCOS EXCLUÍDOS, 
ficando entendido e concordado que a cobertura da apólice abrange os 
bens segurados quando em depósito, em uso ou em trânsito no território 
brasileiro.
 Riscos Excluídos
A apólice não cobre:
a) lucros cessantes por paralisação parcial ou total dos aparelhos segurados;
b) desgaste natural causado pelo uso, deterioração gradativa, vício próprio, 
defeito latente, desarranjo mecânico, corrosão, incrustação, ferrugem, 
umidade e chuva;
c) furto qualificado, roubo, extorsão, apropriação indébita, estelionato, 
praticados contra o patrimônio do segurado por seus funcionários ou 
prepostos, quer agindo por conta própria ou mancomunados com 
terceiros;
d) operações de reparo ou ajustamento, ou serviços de manutenção ou 
reparação em geral, salvo se ocorrer incêndio ou explosão e, nesse caso, 
responderá somente por perdas e danos causados por tal incêndio ou 
explosão;
e) demoras de qualquer espécie ou perda de mercado;
f) apropriação ou destruição por força de regulamentos alfandegários;
g) riscos provenientes de contrabando, transporte ou comércio ilegais;
h) acondicionamento inadequado dos aparelhos segurados durante depósito 
ou transporte;
i) utilização inadequada dos aparelhos segurados, seja por funcionamento 
em condições impróprias, seja por uso excessivo em relação à sua 
capacidade normal de trabalho;
j) negligencia na utilização dos aparelhos, bem como na adoção de todos os 
meios razoáveis para salvá-los e preservá-los durante ou após a ocorrência 
de qualquer sinistro;
k) curto-circuito, sobrecarga, fusão ou outros distúrbios elétricos causados 
a dínamos, alternadores, motores, transformadores, condutores, chaves e 
demais acessórios elétricos, salvo se ocorrer incêndio, caso em que serão 
indenizáveis somente os prejuízos causados por tal incêndio;
UNIDADE 2 39
l) furto simples, desaparecimento inexplicável ou simples extravio;
m) queda, quebra, amassamento e arranhadura, salvo se decorrentes de riscos 
cobertos; e
n) apagamento de fitas gravadas por ação de campos magnéticos de qualquer 
origem.
 Limite Máximo de Indenização
Fica entendido e concordado que o Limite Máximo de Indenização desta 
apólice representa o máximo de responsabilidade da seguradora em um sinistro 
ou em uma série de sinistros decorrentes de um mesmo evento.
 Cálculo do Prejuízo e da Indenização
Para determinação dos prejuízos indenizáveis de acordo com as condições 
expressas nesta apólice, tomar-se-á por base o custo da reparação, recuperação 
ou substituição do aparelho sinistrado, respeitadas as suas características 
anteriores. A seguradora também indenizará custo de desmontagem e 
remontagem que se fizerem necessárias para efetuação dos reparos, assim 
como despesas normais de transporte até a oficina de reparos e despesas 
aduaneiras, se houver. Se os reparos forem executados em oficina do próprio 
segurado, a seguradora indenizará o custo do material e mão de obra 
decorrentes dos reparos efetuados e mais uma porcentagem razoável de 
despesas de overhead. Para efeito de indenização, a seguradora não procederá 
a qualquer redução dos prejuízos a título de depreciação, com relação às partes 
reparadas e substituídas, entendendo-se, porém, que o valor eventual atribuído 
aos remanescentes substituídos deverá ser deduzido dos prejuízos.
Em qualquer caso, a indenização ficará limitada ao valor do bem sinistrado, 
entendendo-se como valor atual o valor do bem no estado de novo, a preços 
correntes em data imediatamente anterior à da ocorrência do sinistro, deduzida 
a depreciação por uso, idade e estado de conservação.
Serão incluídas no valor de novo despesas de importação e despesas normais 
de transporte e montagem.
 Perda Total
Ocorrerá “perda total” quando o custo da reparação ou recuperação do bem 
sinistrado atingir ou ultrapassar 75% (setenta e cinco por cento).
 Salvados
Ocorrendo sinistro que atinja bens descritos nesta apólice, o segurado não 
poderá abandonar os salvados e deverá tomar desde logo todas as providências 
cabíveis no sentido de protegê-los e minorar os prejuízos.
A seguradora poderá, de acordo com o segurado, providenciar no sentido 
de que haja um melhor aproveitamento dos salvados, ficando entendido e 
concordado, no entanto, que quaisquer medidas tomadas pela seguradora 
não implicarão reconhecer-se ela obrigada a indenizar os danos ocorridos.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS40
 Franquia
Correrão por conta do segurado os primeiros prejuízos decorrentes de perdas 
e danos derivados de uma mesma ocorrência, até o limite estabelecido na 
“especificação” desta apólice.
Fica entendido e concordado, entretanto, que a franquia não será aplicada 
em caso de “perda total” do bem sinistrado.
 Rateio
Se, por ocasião de sinistro, o valor atual dos bens segurados por esta apólice 
for superior à respectiva Importância Segurada, o segurado será considerado 
cossegurador da diferença e participará dos prejuízos na proporção que lhe 
couber em rateio.
Cada bem segurado, se houver mais de um na apólice, ficará separadamente 
sujeito a esta condição, não podendo o segurado alegar excesso de valor 
segurado de um bem para compensação de outro.
 Reintegração
Se, durante a vigência desta apólice, ocorrerem um ou mais sinistros pelos 
quais seja a seguradora responsável, a importância segurada do item sinistrado 
ficará reduzida da importância correspondente ao valor da indenização paga, 
a partir da data da ocorrência do sinistro, não tendo o segurado direito à 
restituição do prêmio correspondente àquela redução.
Nesta hipótese, desde que tenha sido expressamente solicitada pelo segurado 
e tenha havido anuência formal da seguradora, fica facultada a reintegração 
da importância segurada, observados os seguintes critérios:
a) a partir da data da ocorrência do sinistro: desde que a solicitação do 
segurado seja feita até 72 (setenta e duas) horas após a ocorrência 
do sinistro;
b) a partir da data da anuência formal da seguradora: quando a solicitação 
do segurado for feita mais de 72 (setenta e duas) horas após a 
ocorrência do sinistro;
c) em qualquer hipótese, o prêmio respectivo será calculado proporcionalmente 
ao período de vigência da apólice a decorrer e cobrado por ocasião do 
pagamento da indenização.
UNIDADE 2 41
 MATERIAL RODANTE (VEÍCULOS 
FERROVIÁRIOS)
São bens seguráveis: todo e qualquer tipo de veículo terrestre ferroviário 
(exemplo: vagões, vagonetes, locomotivas, bondes) que trafegue sobre trilhos 
dentro do território brasileiro. O seguro só poderá ser efetuado se, na apólice, 
forem incluídos todos os materiais rodantes de propriedade do segurado e 
por ele utilizados.
 Bens Não Compreendidos pelo Seguro
Este seguro não abrange os materiais rodantes operando em locais subterrâneos 
ou submersos, à exceção das composições ferroviárias destinadas ao tráfego 
regular em linhas subterrâneas, como, por exemplo, as composições metroviárias, 
as quais poderão estar abrangidas por esta modalidade de seguro.
 Riscos Cobertos
• incêndio e explosão, inclusive nas operações de reparo e manutenção;
• queda de raio, alagamento e inundação, terremoto, tremor de terra, 
vendaval, furacão, ciclone, tornado, granizo, queda de aeronaves e impacto 
de veículos terrestres;
• descarrilamento, colisão ou abalroamento; e
• queda de pontes, barreiras e similares.
 Riscos Excluídos
• desgaste, corrosão, ferrugem;
• desarranjo mecânico;
• danos elétricos;
• serviços de reparos ou manutenção, salvo se ocorrer incêndio ou explosão;
• lucros cessantes; e
• tumultos, motins e riscos congêneres.
 Cobertura Acessória ou Adicional
A cobertura acessória ou adicional admitida é a de Danos Elétricos.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS42
FIXANDO CONCEITOS 2 43
Anotações:Fixando Conceitos 2
[1] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA
O Seguro de Valores não cobre:
(a) Dinheiro em espécie.
(b) Joias.
(c) Objetos de arte ou raridade pelo seu valor extrínseco.
(d) Cheques nominativos.
(e) Selos e estampilhas.
[2] ANALISE AS PROPOSIÇÕES A SEGUIR E DEPOIS MARQUE A ALTERNATIVA 
CORRETA:
I) O Seguro Fidelidade garante ao segurado indenizações decorrentes 
de prejuízos materiais, causados por crime de apropriação indébita e 
peculato de seus funcionários, ocorridos durante a vigência do seguro.
II) Considerando-se as relações criadas quando da contratação do Seguro 
Fidelidade, o segurado é o empregado, o garantido é a empresa e o 
garantidor é a seguradora.
III) Dada empresa, ao contratar o Seguro Fidelidade, poderá espaçar seus 
controles, inspeções, auditorias e rigor nas prestações de contas, já que, 
à luz do amparo jurídico, as garantias securitárias são inequívocas e de 
caráter substitutivo.
IV) O Seguro Fidelidade apresenta as modalidades Comercial Nominativa, 
Funcional e Comercial Aberta.
V) A franquia prevista no Seguro Fidelidade é aplicada somente na 
modalidade Funcional.
Agora assinale a alternativa correta:
(a) Somente II é proposição verdadeira.
(b) Somente IV é proposição verdadeira.
(c) Somente a V é proposição verdadeira.
(d) Somente I e IV são proposições verdadeiras.
(e) Somente II e III são proposições verdadeiras.
[3] MARQUE A ALTERNATIVA QUE PREENCHA CORRETAMENTE A(S) LACUNA(S): 
Cessada a relação de emprego entre o garantido faltoso e o segurado por 
demissão dele, os delitos, eventualmente descobertos posteriormente à 
data da cessação do contrato de trabalho, somente estarão cobertos até 
o prazo máximo de __________, contados a partir da cessação da relação 
trabalhista.
(a) 10 dias
(b) 30 dias
(c) 45 dias
(d) 60 dias
(e) 90 dias
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS44
Anotações:
Fixando Conceitos 2
[4] MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA
Não são amparados pelo Seguro Fidelidade:
(a) Valores ou dinheiro em espécie.
(b) Cheques nominais ao segurado.
(c) Mercadorias que representem valores.
(d) Bens que representem valores ou dinheiro em espécie.
(e) Indenização de bens pelo seu valor estimativo.
[5] MARQUE A ALTERNATIVA FALSA
O Seguro Fidelidade:
(a) Garante ao segurado o pagamento de indenização pelos prejuízos que 
ele venha a sofrer em consequência de crimes contra o seu patrimônio, 
praticados por seus empregados.
(b) Exige que o segurado identifique o autor do prejuízo.
(c) Exige que o empregado faltoso seja réu confesso ou venha a ser 
judicialmente declarado culpado ou ter a culpa determinada em 
inquérito judicial.
(d) É aplicável a empregados sob o regime da CLT ou do Estatuto do 
Funcionário Público Civil.
(e) Garante prejuízos que o segurado sofra em consequência de apropriação 
indébita de valores de terceiros dentro do seu estabelecimento.
MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA
[6] É considerado risco excluído em Riscos Diversos – Material Rodante:
(a) Incêndio.
(b) Inundação.
(c) Terremoto.
(d) Abalroamento.
(e) Reparo.
[7] A modalidade de Seguro de Equipamentos que garante a cobertura para 
veículos ferroviários no Ramo de Seguro de Riscos Diversos é a de:
(a) Equipamentos Móveis.
(b) Equipamentos Móveis – Viagens de Entrega.
(c) Material Rodante.
(d) Equipamentos Rodantes.
(e) Equipamentos Estacionários.
[8] Informe qual Cobertura Acessória pode ser contratada no Seguro 
Multirriscos de Obras de Arte em caso de exposição dos bens segurados:
(a) Fidelidade.
(b) Furto simples.
(c) Extravio.
(d) Transportes de ida e volta.
(e) Restauração.
UNIDADE 3 45
SEGUROS DE 
EQUIPAMENTOS33
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de:
• Entender o que são seguros para equipamentos de todos os tipos.
• Compreender as alterações advindas da Circular 417/11.
• Conhecer os ramos de seguro nos quais são emitidos seguros para equipamentos agrícolas e não agrícolas, 
bem como as principais características das Condições Gerais e Especiais que regem o seguro.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS46
UNIDADE 3 47
O Brasil vem se modernizando, e, com isso, a necessidade de equipamentos de todos os tipos se torna cada vez mais uma realidade. Cada vez que se vai a um médico, por exemplo, é comum que se tenha que 
realizar exames, que invariavelmente são realizados em equipamentos, 
como é o caso de tomógrafos, equipamentos de ressonância magnética ou 
de ultrassonografia. Da mesma forma, as estradas são pavimentadas por 
equipamentos, prédios, navios e plataformas de petróleo são erguidos, e as 
lavouras são plantadas e colhidas por uma série de outros equipamentos.
Os equipamentos estão presentes na agricultura, nas indústrias e nos 
serviços.
O custo desses equipamentos, com a tecnologia embarcada é bastante 
significativo e, cada vez mais, há necessidade de financiamento bancário e, 
consequentemente, seguro para garantir que o bem objeto do financiamento 
esteja protegido.
Da mesma forma, há necessidade de seguro para os bens, financiados ou 
não, em operação.
Até o advento da Circular SUSEP 417/11, os seguros para equipamentos 
(estacionários e móveis) eram subscritos em Riscos Diversos. Cobriam-se danos 
decorrentes de causas externas a equipamentos:
• estacionários – máquinas industriais, comerciais ou agrícolas, instaladas 
em local determinado; ou
• móveis – máquinas e equipamentos localizados em canteiros de obras, 
locais de trabalho e durante a sua movimentação.
Ainda era possível cobertura para:
• equipamentos arrendados ou cedidos a terceiros;
• equipamentos cinematográficos, fotográficos e de televisão (em 
estúdios);
• equipamentos cinematográficos, fotográficos e de televisão (em estúdios 
e externas);
• equipamentos em exposição (exceto transporte);
• equipamentos em exposição (inclusive transporte); e
• equipamentos em operação sobre a água por meio de modalidades 
específicas de Riscos Diversos.
SEGUROS DE RISCOS E RAMOS DIVERSOS48
A partir da referida Circular, os bens passaram a ser segurados em ramos de 
seguros distintos, de acordo com a sua utilização e/ou tipo de financiamento. 
O quadro a seguir sintetiza a situação:
Alguns equipamentos passaram a ser cobertos por meio de cobertura 
adicional ou acessória nos seguros patrimoniais (Cobertura de Equipamentos), 
mas isso quando não constituíam Limites Máximos de Indenização 
significativos ou grande quantidade de bens, não significando o interesse 
principal do seguro.
Assim, quando se quer cobrir apenas os equipamentos a solução é recorrer 
à cobertura por meio dos ramos de Riscos Diversos (equipamentos não 
agrícolas, sejam eles Estacionários ou Móveis, sendo utilizados pelos próprios 
proprietários, em exposição ou mesmo arrendados ou cedidos a terceiros), 
Penhor Rural (quando o bem é dado em garantia em uma operação de crédito 
rural, que pode servir inclusive para financiar o próprio bem) ou em Benfeitorias 
Rurais quando o bem é usado ou se encontra financiado por outro mecanismo 
financeiro que não seja o crédito rural.
Em face da importância e do crescimento do seguro para equipamentos nos 
últimos anos, detalharemos os ramos de seguros, suas condições gerais e 
especiais, bem como as principais características desses seguros a seguir.
 FORMAS DE CONTRATAÇÃO DE 
SEGUROS DE EQUIPAMENTOS
A forma de contratação do limite máximo de indenização deverá ser 
estabelecida nas Condições Gerais do seguro, independentemente do ramo 
(Riscos Diversos, Penhor Rural ou Benfeitorias Rurais). 
O limite máximo de garantia pode ser contratado sob três formas:
• Risco Absoluto;
• Risco Relativo; e
• Risco Total.
Ramo de seguro
Utilização
Financiamento
Ramos para Emissão de
Seguros de Equipamentos
Não Agrícolas
Crédito rural Outros Outros
Penhor rural Benfeitorias rurais Riscos diversos
Agrícolas
Equipamentos
UNIDADE 3 49
Para entendermos os possíveis modos de contratação dos limites máximos 
de indenização de cada uma das coberturas, torna-se necessário lembrar 
alguns conceitos:
• Limite Máximo de Indenização (LMI) – é livremente estipulado,

Outros materiais