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Ramos_Diversos_II_final_v2

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RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS
REALIZAÇÃO
ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA
DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO
ASSESSORIA TÉCNICA
NELSON FLORES DUARTE – 2018
CAPA
COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS – GERÊNCIA DA ESCOLA VIRTUAL
PICTORAMA DESIGN
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da FUNENSEG
E73s Escola Nacional de Seguros. Diretoria de Ensino Técnico.
 Manual de Ramos Diversos II: riscos de engenharia e equipamentos/Supervisão e
 coordenação metodológica da Diretoria de Ensino Técnico; assessoria técnica de Nelson Flores
 Duarte. – Rio de Janeiro: ENS, 2018.
 97 p.; 28 cm
 1. Seguro de roubo. 2. Seguro de crédito. 3. Seguro garantia. 4. Fiança locatícia e
 fidelidade. 5. Riscos de engenharia. I. Duarte, Nelson Flores. II. Título.
0017-1895 CDU 368.025.6(072)
RIO DE JANEIRO 
2018
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, 
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS
A 
Escola Nacional de Seguros promove, desde 1971, diver-
sas iniciativas no âmbito educacional, que contribuem 
para um mercado de seguros, previdência complementar, 
capitalização e resseguro cada vez mais qualificado.
Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para 
profissionais que atuam nessa área, a Escola Nacional de Seguros ofe-
rece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e experiên-
cias com uma equipe formada por especialistas que possuem sólida 
trajetória acadêmica.
A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho 
para o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes 
e a competitividade é cada vez maior.
Seja bem-vindo à Escola Nacional de Seguros.
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS
SUMÁRIO
INTERATIVO
 1. SEGUROS DE RISCOS DE ENGENHARIA 7
 HISTÓRICO 8
O Seguro de Riscos de Engenharia no Brasil 9
 CARACTERIZAÇÃO 11
 CLASSIFICAÇÃO 11
 ESTRUTURA DA APÓLICE 12
Hierarquia das Cláusulas 13
 FIXANDO CONCEITOS 1 14
 2. MODALIDADE: OBRAS CIVIS EM CONSTRUÇÃO/
INSTALAÇÃO E MONTAGEM (OCC/IM) 16
 INTRODUÇÃO 17
Modalidade de Obras Civis em Construção e Instalação e Montagem – OCC/IM 17
 CONCEITOS BÁSICOS 18
Objetivo do Seguro 18
Objeto Segurado 18
Segurado 18
Bens Seguráveis 18
Riscos Cobertos – Cobertura Básica 20
Riscos Excluídos 21
Vigência do Seguro – Prazo (Plurianual) 23
Prorrogação 24
Importância Segurada ou Limite Máximo de Indenização (LMI) 25
Taxação 26
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS
Franquias 27
Indenização 28
 FIXANDO CONCEITOS 2 29
 3. COBERTURAS ADICIONAIS (OCC/IM) 33
 INTRODUÇÃO 34
 CLÁUSULAS 34
Cobertura de Despesas Extraordinárias 35
Cobertura de Tumultos, Greves e Lockout 35
Coberturas de Manutenção – Simples, Ampla e Garantia 36
Cobertura de Desentulho do Local 37
Cobertura de Equipamentos Móveis ou Estacionários Utilizados na Obra 38
Cobertura de Obras Concluídas 39
Cobertura de Riscos do Fabricante 40
Cobertura de Danos em Consequência de Erro de Projeto 40
Cobertura de Responsabilidade Civil Geral 40
Cobertura de Responsabilidade Civil Cruzada 44
Cobertura de Propriedades Circunvizinhas 44
Cobertura de Afretamento de Aeronaves 45
Honorários de Peritos 46
Cobertura Adicional de Incêndio 
 Após Entrega da Obra (Período de Cobertura de até 90 dias) 46
Cobertura de Transporte de Materiais Incorporados a Obra 46
Cobertura de Obras Temporárias 46
Cobertura de Responsabilidade Civil Empregador 47
 FIXANDO CONCEITOS 3 49
 4. SEGURO DE EQUIPAMENTOS 52
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 53
 FORMAS DE CONTRATAÇÃO DE SEGUROS DE EQUIPAMENTOS 55
 SEGUROS PARA EQUIPAMENTOS NÃO AGRÍCOLAS 55
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS
Condições Especiais – Riscos Diversos – Equipamentos Móveis 56
Condições Especiais – Riscos Diversos – Equipamentos Estacionários 60
Condições Especiais – Riscos Diversos – Equipamentos Arrendados ou Cedidos a Terceiros 62
Condições Especiais – Riscos Diversos – Seguros de Equipamentos Cinematográficos 65
 COBERTURAS ADICIONAIS PARA 
 SEGUROS DE EQUIPAMENTOS NÃO AGRÍCOLAS 68
Cobertura Adicional – Danos Elétricos 68
Cobertura Adicional – Operação do Equipamento em Proximidade à Água 69
Cobertura Adicional – Pagamento de Aluguel de Equipamento Reserva 69
Cobertura Adicional – Perda de Rendimento de Aluguel do Equipamento 70
Cobertura Adicional – Responsabilidade Civil – Equipamentos Móveis 71
Cobertura Adicional – Responsabilidade Civil Operador 73
 FIXANDO CONCEITOS 4 77
 5. SINISTRO 78
 NOÇÕES DE REGULAÇÃO E LIQUIDAÇÃO DE SINISTROS 79
 OCORRÊNCIA E LIQUIDAÇÃO DO SINISTRO 80
 TESTANDO CONHECIMENTOS 81
 ESTUDOS DE CASO 88
 ANEXO 90
Definições importantes 90
 GABARITO 95
 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 97
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 7
UNIDADE 101
SEGUROS de 
RISCOS de ENGENHARIA
 ■ Conhecer os principais aspectos, conceitos e necessidades 
que deram início ao Seguro de Riscos de Engenharia.
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de
HISTÓRICO
CARACTERIZAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
ESTRUTURA DA APÓLICE
FIXANDO CONCEITOS 1
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 8
 HISTÓRICO 
Nos primórdios da Revolução Industrial, ocorrida no século XIX, o domínio 
do conhecimento sobre máquinas era por demais rudimentar, e consequen-
temente, eram precárias as condições de manutenção e operação dessas 
máquinas, fato que se traduzia em frequentes explosões de caldeiras a 
vapor, largamente utilizadas como principal força motriz nas indústrias.
Naquela época não existia qualquer proteção financeira contra os frequen-
tes e grandes prejuízos ocasionados por este tipo de riscos na proprieda-
de industrial.
Foi então criada na Inglaterra, por um grupo de engenheiros, a apólice 
denominada Boiler Inspection and Explosion Insurance que, além de ins-
peções periódicas nas instalações industriais, visava à cobertura securitá-
ria, com a reposição de bens avariados em acidentes de explosão durante 
seu funcionamento. A Inglaterra foi, portanto, a primeira nação a implantar 
o Seguro de Riscos de Engenharia. Com o passar dos anos, esse segu-
ro sofreu diversas modificações para se tornar mais abrangente e, assim, 
atender às necessidades de garantia dos contratantes.
Em constante evolução, o seguro estendeu-se a outros tipos de máquinas 
também suscetíveis de serem danificadas, surgindo o que hoje é deno-
minado Seguro de Quebra de Máquinas (primeira modalidade criada 
no Seguro de Engenharia). Atualmente, a SUSEP, ao estabelecer regras 
e critérios para operação da carteira de Riscos de Engenharia, através da 
Circular 540/2016, promoveu alterações pontuais, e as modalidades de 
Quebra de Máquinas e Equipamentos Eletrônicos deixam de fazer parte 
dessa carteira, e suas contratações passam a ser oferecidas pelo mercado 
como coberturas adicionais do Seguro de Riscos Patrimoniais.
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 9
Naquela ocasião, os industriais começaram a perceber também que, duran-
te a instalação e montagem dessas máquinas, e principalmente no perío-
do de testes delas, ocorriam danos sem qualquer proteção securitária. Foi 
então criada a segunda modalidade dos Seguros de Riscos de Engenharia, 
conhecida como Instalações e Montagens, que garante cobertura a danos 
acidentais ocorridos durante as fases deinstalação e montagem dos equi-
pamentos nas fábricas.
Com o aumento da procura pelo seguro, foram sendo introduzidas melho-
rias nas condições das apólices, com a extensão e adequação de cober-
turas ajustadas a constante evolução da indústria, fazendo com que sur-
gisse posteriormente uma terceira modalidade: o Seguro de Obras Civis 
em Construção. Bem mais tarde, ou seja, já na era moderna (dos compu-
tadores e equipamentos eletrônicos) surgiram outras modalidades, como: 
Equipamentos Eletrônicos, Lucros Cessantes em Decorrência de Quebra 
de Máquinas, Danos na Fabricação (Work Damage), Riscos Operacionais, 
entre outros.
 — O Seguro de Riscos 
de Engenharia no Brasil
O Ramo de Riscos de Engenharia foi criado no Brasil em 1970. Até então, 
era apenas uma modalidade da carteira de Riscos Diversos. Essa alte-
ração justificou-se pelo volume bastante elevado de pedidos de con-
tratação desse tipo de seguro, já como uma consequência do enorme 
crescimento do parque industrial que o país experimentava naquela épo-
ca. Esse desenvolvimento ligado à indústria permitiu a acumulação de 
experiência suficiente para a elaboração de uma tarifa específica para os 
riscos de engenharia e o estabelecimento de critérios predefinidos para 
sua contratação.
O Seguro de Riscos de Engenharia (Obras Civis em Construção e 
Instalações e Montagens) ainda não atingiu no Brasil a plenitude de 
suas possibilidades, cujo crescimento está diretamente vinculado ao 
momento econômico do país relativamente ao desenvolvimento de 
políticas de acessibilidade, grandes projetos e evolução do mercado 
da Construção Civil.
Apesar do potencial de crescimento, estatísticas dos últimos anos indicam 
que esse ramo tem apresentado uma queda substancial de faturamento 
do prêmio emitido, principalmente em razão do cenário econômico do 
país, que afeta diretamente o Setor de Construção Civil e de Infraestrutura. 
As perspectivas de crescimento são consequências da estabilidade eco-
nômica do país, maior conscientização do empresariado, investimentos em 
infraestrutura e mobilidade, assim como ações de programas governamen-
tais na área de energia, construção civil e tecnológica.
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 10
O desenvolvimento mais acelerado do Seguro de Riscos de Engenharia 
implica a implementação de medidas do tipo:
 ■ Divulgação do seguro (suas condições e coberturas);
 ■ Maior conscientização de mitigação de riscos por parte dos cons-
trutores;
 ■ Assistência técnica, por engenheiros especializados, na venda dos 
seguros;
 ■ Assistência técnica fornecida por engenheiros nas inspeções e 
regulações de sinistros; e
 ■ Apoio de marketing na divulgação.
Os Seguros de Riscos de Engenharia, desde a sua implantação no Brasil e 
a exemplo do já ocorrido em outros países, vêm sofrendo constantes aper-
feiçoamentos para atender às necessidades de cobertura que surgem em 
função da demanda do mercado.
Com a quebra do monopólio do resseguro no Brasil, que ocorreu em 2008 
e considerando novas resseguradoras e seguradoras entrantes no merca-
do, percebe-se sensível redução nos custos do seguro de engenharia, 
porém com condições e características ajustadas à nova realidade da 
construção e tecnologia.
No passado, constavam, na Tarifa de Seguro de Riscos de Enge-
nharia do Brasil (TSREB) do IRB (Instituto de Resseguro do Brasil), 
as modalidades chamadas de tarifadas e aquelas que, apesar de 
já possuírem bases predefinidas para contratação e serem pratica-
das pelo mercado segurador, não foram incorporadas oficialmente 
à TSREB e eram conhecidas como modalidades não tarifadas.
A SUSEP – Superintendência de Seguros Privados –, através de 
suas Circulares 256/2004 e 395/2009, permitiu que as segurado-
ras autorizadas a operar no Ramo de Riscos de Engenharia ela-
borassem seus próprios produtos, estabelecendo condições de 
coberturas e cláusulas particulares e acessórias, cujas notas técni-
cas foram aprovadas pela Superintendência. Portanto, existem hoje 
no mercado condições diferenciadas daquelas representadas pela 
TSREB, tornando, assim, o produto mais comercializável, de acordo 
com as necessidades dos segurados.
Vale a pena ler 
na íntegra
Circular SUSEP 540/2016 
que Estabelece regras e 
critérios para os Seguros de 
Riscos de Engenharia. 
www.susep.org.br
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 11
 CARACTERIZAÇÃO 
O Seguro de Riscos de Engenharia possui uma cobertura, denominada 
internacionalmente all risks, ou seja, garante todos os riscos envolvidos, 
exceto os riscos definidos como excluídos. Tal forma é utilizada para facili-
tar o trabalho de análise e compreensão, pois seria muito difícil enumerar 
todos os riscos possíveis de serem cobertos.
“Trata-se de um seguro de ‘reposição’ do bem, nas 
mesmas condições em que se encontrava imediata-
mente antes do sinistro.”
Caso um risco não esteja enumerado ou identificado claramente como 
excluído dentro das condições gerais, especiais ou particulares do ramo/
modalidade, ele estará coberto.
Deve ficar claro também que um sinistro será coberto desde que decor-
rente de qualquer acidente que possa resultar em perdas, danos e avarias 
materiais aos bens objeto da cobertura.
Aplicação prática
Há um fato curioso ocorrido com um grande clube de futebol que resolvera ampliar 
sua sede. A empreiteira “leu” a planta “ao contrário” e o resultado foi que a construção 
se apresentou invertida em relação ao projeto original. As janelas, por exemplo, que 
deveriam dar acesso às áreas externas do clube, ficaram voltadas para o seu interior e 
vice-versa. Caso essa obra possuísse apólice de Riscos de Engenharia, estaria configu-
rado erro de execução, porém, como não houve acidente, não estaria caracterizado o 
sinistro. Portanto, não caberia indenização.
 CLASSIFICAÇÃO 
O Ramo Riscos de Engenharia OCC/IM compreende uma modalidade de 
seguro enquadrada como: antes do funcionamento.
Antes do funcionamento
Garantem a cobertura aos bens segurados durante as fases de cons-
trução, instalação e testes, antes de entrarem em funcionamento.
Acidente
Podemos definir acidente, 
em Riscos de Engenharia, 
como um dano súbito e 
imprevisto a um bem segurado, 
que se manifesta através de 
uma perda material, havendo 
necessidade de reparação, 
reconstrução ou reposição do 
todo ou de parte desse bem.
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 12
Essa modalidade tem como característica comum o conceito de all 
risks, ou seja, estão cobertos todos os riscos que não estejam expres-
samente excluídos nas condições.
 ESTRUTURA DA APÓLICE 
A apólice é composta dos seguintes documentos:
 ■ Proposta;
 ■ Frontispício ou espelho;
 ■ Especificação (cláusulas particulares);
 ■ Carnê de pagamento (caso o seguro seja parcelado ou com paga-
mento em 30 dias); e
 ■ Especificação de cosseguro (caso haja cosseguro).
E, ainda, pelas condições gerais e especiais (ambas obrigatórias) e parti-
culares (caso sejam contratadas), que estarão anexadas às apólices:
Condições gerais de Riscos de Engenharia 
Compostas por cláusulas que definem riscos cobertos e excluídos, 
sinistros e outros itens inerentes a carteira de Riscos de Engenharia. 
É obrigatório estarem anexadas em todas as apólices desse ramo 
(as Condições Contratuais do seguro deverão estar à disposição do 
proponente previamente à assinatura da respectiva proposta – art. 3º 
Anexo da Circular SUSEP 256/2004);
Condições especiais
Definem, no contrato de seguro, todas as cláusulas referentes a 
Cobertura Básica da carteira de Riscos de Engenharia;
Condições particulares
Definem, no contrato de seguro, todas as cláusulas referentes às 
Coberturas Adicionais contratadas da carteira de Riscos de Enge-
nharia; e
Cláusulas particulares
Condições específicas para cada segurado, indicando situações 
especiais de cobertura, ou consideradas como particularesque 
requeiram destaques, ou cuidados acima da normalidade, ou de 
alto grau de risco.
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 13
É comum, entre empresas que possuem equipamentos arrendados, solicitar a in-
clusão de uma cláusula particular (cláusula beneficiária), estabelecendo que toda e 
qualquer indenização deverá ser paga ao proprietário do equipamento (arrendador). 
Essa cláusula, portanto, por ser mais específica, prevalecerá sobre a cláusula de in-
denização das condições gerais, a qual diz que toda indenização deverá ser paga ao 
segurado (arrendatário).
 — Hierarquia das Cláusulas
As cláusulas particulares prevalecem sobre as condições particulares, que, 
por sua vez, prevalecem sobre as condições especiais, e todas, nessa 
ordem, sobre as condições gerais.
FIXANDO CONCEITOS
RAMOS DIVERSOSRAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 14
 FIXANDO CONCEITOS 1 
Marque a alternativa correta
1. A definição de acidente em Riscos de Engenharia pode ser entendida 
como a(o):
a) Quebra súbita e imprevista de um bem ou objeto segurado, ocasio-
nando uma perda material.
b) Choque de um ou mais automóveis cobertos pela apólice.
c) Perda material previsível.
d) Quebra pura e simples de qualquer objeto ou bem garantido na apólice.
e) Perda financeira para o segurado por falta de cumprimento de prazo.
2. O Seguro de Riscos de Engenharia é um seguro de:
a) Reparo b) Reembolso c) Reposição 
d) Restauração e) Reaproveitamento
3. O princípio básico mais importante dos Seguros de Riscos de Enge-
nharia define que todas as coberturas:
a) Devem ser dadas a instalação e montagem de equipamentos.
b) Devem ser dadas somente a obras civis ou instalação e montagem.
c) Referem-se a danos acidentais de natureza súbita e imprevisível.
d) Referem-se a danos devidos à operação e utilização de equipamentos.
e) Abrangem somente os danos decorrentes de causas externas.
4. O principal objetivo da apólice Boiler Inspection and Explosion Insurance era:
a) Prevenir somente quebra de equipamentos.
b) Prevenir explosões, por meio de inspeções periódicas das caldeiras.
c) Prevenir quebra de máquinas quando da instalação.
d) Segurar o prédio do risco de incêndio.
e) Desenvolver uma mentalidade preventiva nas indústrias têxteis da 
Inglaterra.
5. A primeira modalidade de Riscos de Engenharia criada foi:
a) Equipamentos Eletrônicos.
b) Obras Civis em Construção.
c) Quebra de Máquinas.
d) Incêndio.
e) Instalação e Montagem.
FIXANDO CONCEITOS
RAMOS DIVERSOSRAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 15
6. Para maior desenvolvimento dos Seguros de Riscos de Engenharia 
devem ser considerados:
a) O período de indenização do seguro e o valor do prêmio.
b) Os elementos de apoio que ofereçam segurança financeira às segu-
radoras.
c) A divulgação do seguro, a assistência técnica por engenheiros espe-
cializados e marketing.
d) A expansão industrial das firmas montadoras e construtoras.
e) Os riscos que os segurados poderiam vir a sofrer durante o período 
da obra.
7. Marque a alternativa que preencha corretamente a(s) lacuna(s)
O Ramo _________________________________ compreende uma 
modalidade de seguro enquadrada como antes do funcionamento, pois 
garante os bens segurados ________________________________.
a) Quebra de Máquinas / no período indenitário
b) Funcionamento Operacional / exclusivamente no período previsto no 
contrato para manutenção
c) Riscos Operacionais / 90 dias após o término da obra
d) Obras Civis em Construção e Instalação e Montagem / nas fases de 
construção, instalação e testes
e) Equipamentos Eletrônicos / no período indenitário
8. O Seguro de Riscos de Engenharia garante, basicamente:
a) A reposição de bens materiais danificados por acidente.
b) A reposição de danos materiais e pessoais.
c) Os operários que trabalham na construção.
d) Somente o dono da obra.
e) Os equipamentos utilizados para a construção.
9. O Seguro de Riscos de Engenharia é uma cobertura all risks, desde 
que decorrente de qualquer:
a) Coisa ocorrida na obra.
b) Acidente.
c) Reposição.
d) Restauração.
e) Reaproveitamento.
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 16
UNIDADE 202
 ■ Identificar e enquadrar os 
vários tipos de obras civis 
e instalações e montagens 
que podem ser garantidos 
pelo Seguro de Riscos de 
Engenharia.
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de
INTRODUÇÃO
CONCEITOS BÁSICOS
FIXANDO CONCEITOS 2
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
 ■ Entender os aspectos 
técnicos da garantia do 
seguro de Riscos de 
Engenharia OCC/IM.
MODALIDADE: OBRAS 
CIVIS em CONSTRUÇÃO/
INSTALAÇÃO e
MONTAGEM (OCC/IM)
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 17
UNIDADE 2
 INTRODUÇÃO 
 — Modalidade de Obras Civis em 
Construção e Instalação e 
Montagem – OCC/IM
A SUSEP, através da CIRCULAR No 540, de 14/10/2016, esta-
beleceu as novas regras e critérios para operação das cober-
turas oferecidas em quaisquer planos de seguro de Riscos de 
Engenharia.
facultada às sociedades seguradoras a estruturação de planos de 
seguros com coberturas adicionais distintas das previstas nesta cita-
da Circular, desde que os riscos cobertos estejam diretamente rela-
cionados com o ramo de Riscos de Engenharia e não sejam típicos 
de outros ramos.
Entende-se por Seguro de Riscos de Engenharia aquele em que o 
segurado contrata, obrigatoriamente, a Cobertura Básica de Obras 
Civis em Construção e/ou Instalações e Montagens.
Entende-se por Cobertura Básica de Obras Civis em Construção e/
ou Instalações e Montagens aquela que garante o interesse legítimo 
do segurado contra acidentes, de origem súbita e imprevista, com 
exceção dos riscos excluídos especificados na apólice, que resultem 
em prejuízos materiais tanto às obras expressamente descritas na 
apólice e aos materiais a serem utilizados na construção, durante o 
período da obra, como também às máquinas, equipamentos, estrutu-
ras metálicas e outros bens instalados e/ou montados de forma per-
manente durante a fase de instalação e/ou montagem destes bens.
Atenção
Essa modalidade se destina 
a garantir qualquer tipo de 
obra de Engenharia Civil e/ou 
instalação e Montagem durante 
o período de sua execução, 
como construção de edifícios 
residenciais e comerciais, 
armazéns, fábricas, silos e 
torres de concreto, pontes, 
túneis, estradas de rodagem, 
obras de terraplenagem, 
portos, aeroportos, instalação 
e montagem de caldeiras, 
compressores, turbinas, 
geradores, aparelhos de um 
modo geral, linhas aéreas 
de transmissão de energia 
elétrica, eólicas.
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 18
UNIDADE 2
 CONCEITOS BÁSICOS 
 — Objetivo do Seguro
A Cobertura Básica de Obras Civis em Construção e/ou Instalações e Mon-
tagens se aplica basicamente à garantia contra danos materiais, súbitos e 
imprevistos, decorrentes de eventos cobertos durante o prazo de execu-
ção e vigência da apólice.
Mediante o pagamento de uma quantia considerada pequena em face da 
grande exposição de riscos sujeitos a significativas perdas, o segurado 
protege seu patrimônio, objeto do seguro, contra possíveis abalos finan-
ceiros no curso de suas atividades.
 — Objeto Segurado
O objeto, no Seguro Obras Civis em Construção e/ou Instalações e Monta-
gens, a própria obra e/ou montagem. Deve ser feita a descrição detalhada 
dos serviços a serem executados durante a obra.
 — Segurado
De acordo com as Condições do Seguro de Obras Civis em Construção 
e/ou Instalações e Montagens, todos os empreiteiros e subempreiteiros 
que participam e possuem vínculo contratual na construção serão consi-
derados, em conjunto, como segurados, ou seja, todos aqueles que têm 
interesse econômico na obra.
Sendo todos considerados como segurados, não cabe ação ou recurso 
judicial ou sub-rogação de direitos, contra essas pessoas jurídicas, para 
danos materiais causados no objeto do seguro.
A apólicede seguro pode ser emitida em nome do empreiteiro ou do 
subempreiteiro, bem como em nome do proprietário/investidor/financiador 
da construção e/ou montagem.
 — Bens Seguráveis
Nos Seguros de OCC/IM, são seguráveis todos os tipos de obras:
OCC
Obras novas, reformas, reparos ou ampliação, retrofit, conforme abai-
xo destacadas (mas não limitadas) e respectivamente classificadas:
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 19
UNIDADE 2
a) Grupo I
 » Casa residencial ou comercial, prédios de escritórios, 
residenciais, comerciais, industriais, garagem, arma-
zéns, hospitais, escolas, igrejas, teatros, cinemas, pre-
sídios, hangares, pequenas quadras e ginásios despor-
tivos;
b) Grupo II (todas aquelas que não se enquadram no 
grupo I)
 » Pontes e viadutos de concreto armado;
 » Suportes e bases de concreto para equipamentos;
 » Represas, barragens, canais, lagos, cais de porto, píer, 
porto, aeroporto, túneis, sistemas de irrigação, distribui-
ção de água e esgoto/efluentes, redes de drenagem e 
emissários, e piscinas;
 » Estradas de ferro e rodovias; e
 » Usinas hidrelétricas e similares.
IM
Todos os bens que forem incorporados à obra, como:
 ■ Máquinas, instalações mecânicas, aparelhos, estruturas 
metálicas de qualquer tipo, instalações industriais completas 
ou máquinas destacadas;
 ■ Tubulações e linhas aéreas de transmissão de energia elétri-
ca, incluindo todos os trabalhos necessários à montagem; e
 ■ Máquinas usadas que se encontrem ainda em bom estado de 
utilização, com a restrição de que o seguro termine com a con-
clusão dos trabalhos de montagem, ou seja, antes de começa-
rem os testes de funcionamento, que excluem essa etapa por 
diversos motivos.
Os materiais a serem incorporados na construção/montagem e que se encontrarem arma-
zenados no canteiro de obras, durante a vigência da apólice, também estarão incluídos na 
cobertura do seguro.
Mediante fixação de verba própria e aceitação do risco, poderão ser garantidas, também, 
as obras temporárias/instalações provisórias, como: alojamentos, casas, sanitários, refei-
tórios e barracões utilizados como apoio para almoxarifados e escritórios, entre outros 
fins, dentro do canteiro pelos executantes da obra.
Não podem ser abrangidos pela cobertura de OCC/IM:
Atenção
Mediante contratação de 
cobertura adicional, podem ser 
ainda seguradas as máquinas 
utilizadas para apoio na 
execução dos trabalhos, como: 
escavadeiras, niveladoras, 
rolos compressores, bate-
estacas, vibradores, betoneiras, 
guindastes, elevadores, 
equipamentos de perfuração, 
compressores de ar, bombas, 
reboques e veículos não 
licenciados para transitar em 
vias públicas.
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 20
UNIDADE 2
 ■ Pela situação de mensuração de valores, bens de difícil reposição, 
além do fato de alguns desses bens não estarem ligados direta-
mente à execução da construção:
 » Projetos, plantas, modelos e moldes, selos, dinheiro, cheques, 
livros comerciais, títulos, ações ou quaisquer documentos que 
representem valores, escrituras, contratos.
 ■ Por já existirem ramos específicos de cobertura:
 » Vagões, locomotivas, aeronaves, navios ou embarcações 
(inclusive maquinismos transportados, armazenados ou insta-
lados neles), plataformas de petróleo, automóveis, caminhões, 
camionetas e quaisquer outros veículos licenciados para uso 
em estradas ou vias públicas, computadores e servidores usa-
dos em apoio ao projeto.
 ■ Salvo estipulação expressa na apólice:
 » Equipamentos móveis ou fixos que não estejam incorporados 
à obra ou às estruturas temporárias e quaisquer ferramentas 
ou instrumentos empregados na obra;
 » Matéria-prima e produtos inutilizados em consequência de aci-
dentes ou quebras ocorridas durante o período de testes; e
 » Os materiais refratários, durante o período de testes em que 
eles estejam envolvidos.
 — Riscos Cobertos – Cobertura Básica
O Seguro de Riscos de Engenharia se destina a indenizar as perdas e danos 
materiais decorrentes de qualquer causa de natureza súbita e imprevisível, 
com exceção dos riscos excluídos.
Com a contratação de um seguro na modalidade de OCC/IM, o segura-
do fica garantido contra diversos riscos, de origem súbita e imprevisível, e 
desde que os danos causados às obras sejam decorrentes de acidentes, 
como (mas não limitados a):
 ■ Danos da natureza ou de força maior:
 » Ventos, tempestades e raios;
 » Inundação e alagamento, enchente, chuva, neve, avalanche;
 » Queda de rocha, terremotos; e
 » Gelo e geada;
 ■ Incêndio e explosão;
 ■ Roubo e furto qualificado;
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 21
UNIDADE 2
 ■ Acidentes decorrentes da atividade de construção, como 
(mas não limitados a):
 » Danos indiretos de material defeituoso (exceto para IM);
 » Danos indiretos de erro de execução; e
 » Desmoronamento da construção e suas estruturas (exceto os 
ocasionados por erros de projeto).
 ■ Demais eventos ou danos decorrentes de:
 » Acidentes fortuitos, como: queda de objetos, quebra de equi-
pamentos incorporados à montagem ou danos nas máquinas 
em consequência de desmoronamento de partes de edifícios; e
 » Danos de negligência e imprudência, e atos maliciosos do 
operário.
 ■ Danos elétricos.
 » Curto-circuito, sobretensão, formação de arcos voltaicos e 
similares.
 ■ Testes.
Aplicação prática
Danos indiretos de erro de execução
Suponhamos que, numa determinada obra, o projeto previa a colocação de um equi-
pamento pesado sobre uma base especialmente projetada para ele.
Ocorre que, durante a execução dos trabalhos, um operário apoiou temporariamente 
esse objeto sobre parte do piso em outra posição. Após algum tempo, com a obra 
em estágio mais avançado, ocorreu o desmoronamento do piso naquele local, que 
afundou no terreno, causando danos também no equipamento.
Através de instrumento denominado cronograma físico-financeiro, em 
caso de sinistro, é possível determinar a fase da obra e o valor gasto até 
o momento do sinistro.
 — Riscos Excluídos
Apesar de terem sido citados no item anterior alguns dos riscos cobertos, 
cabe ressaltar que a cobertura do Seguro de Riscos de Engenharia é do 
tipo all risks. Sendo assim, a análise dos riscos excluídos é de suma impor-
tância para uma melhor compreensão do âmbito da cobertura do seguro.
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 22
UNIDADE 2
Em outras palavras, caso um risco não esteja expressamente excluído, 
estará automaticamente coberto.
Cabe ratificar que para o seguro de Riscos de Engenharia OCC/IM apre-
senta algumas exclusões aplicadas internacionalmente e comuns aos 
diversos ramos de seguro.
Os principais riscos excluídos são:
 ■ Danos causados, direta ou indiretamente, por guerras ou opera-
ções militares, guerra civil, requisição por ordem de qualquer auto-
ridade pública; tumultos, greves e lockout (salvo quando contrata-
da cobertura adicional);
 ■ Danos causados, direta ou indiretamente, por reações nucleares, 
radiação ou contaminação radioativa;
 ■ Influências atmosféricas normais, corrosão, oxidação e desgaste;
 ■ Perdas ou danos em consequência de ações ou ordens do pró-
prio segurado ou de seu representante devidamente autorizado 
se estas forem contrárias às regras reconhecidas pela técnica ou 
às normas e prescrições legais;
 ■ Danos emergentes: lucros cessantes, responsabilidade civil, mul-
tas em geral;
 ■ Furto simples e desaparecimento;
 ■ Perdas ou danos decorrentes de erro de projeto, defeito de mate-
rial, defeito de fabricação ou de fundição defeituosa;
 ■ Perdas ou danos devidos a ação proposital ou negligência do 
segurado ou de seus representantes; e
 ■ Perdas pelo não atendimento contratual ou multas, bem como 
reclamações de penalidades, perdas ligadas a demora, falta de 
desempenho, perda de contrato.
RESUMO DE COBERTURAS BÁSICAS
DESCRIÇÃO NOMENCLATURA ADOTADA
OUTRAS 
NOMENCLATURAS
Erro de Projeto (OCC/IM)excluídos excluídos
Defeito de Material (OCC/IM) excluídos
excluídos (IM) 
cobertos (OCC)
Defeito de Fabricação (IM) excluídos excluídos
Erro de Execução (OCC) excluídos cobertos
Observação
Os danos decorrentes 
(danos indiretos) de uso 
ou desgaste, corrosão, 
oxidação, falta de uso ou 
deterioração gradativa serão 
garantidos pelo Seguro de 
Instalação e Montagem.
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 23
UNIDADE 2
Erro de Montagem (IM) excluídos cobertos
Demais Riscos Não Excluídos cobertos cobertos
 — Vigência do Seguro – 
Prazo (Plurianual)
Diferentemente de outros seguros, o Seguro de Riscos de Engenharia 
Obras Civis em Construção/Instalação e Montagem não é contratado ape-
nas por um ano, e sim pelo período integral da construção e/ou montagem, 
ou seja, pelo prazo de duração da obra, conforme o previsto no contrato 
de execução ou no cronograma físico-financeiro.
A cobertura para Obras Civis em Construção se inicia após a descarga do 
material segurado no canteiro da obra especificado na apólice, respeitan-
do-se o início de vigência nela estipulado, e cessa concomitantemente ao 
término de vigência da apólice, ou durante a sua vigência assim, que se 
verifique a primeira das seguintes hipóteses:
I. a obra civil tenha sido aceita, mesmo que provisoriamente, pelo 
proprietário da obra, ainda que de forma parcial;
II. a obra civil e/ou os equipamentos sejam colocados em uso ou 
operação, ainda que de forma parcial ou em apoio à execução do 
projeto segurado;
III. tenha sido efetuada a transmissão de propriedade do objeto 
segurado; 
IV. termine, de qualquer modo, a responsabilidade do segurado 
sobre o objeto segurado; e
V. assim que o prazo se esgote, definido no cronograma de even-
tos submetido à seguradora, pertinente ao conjunto de atividades 
envolvendo o objeto segurado.
A cobertura de Instalações e Montagens se inicia logo após a descarga 
dos bens no local da instalação/montagem, especificado na apólice, res-
peitando-se o início de vigência nela estipulado, e cessa concomitante-
mente ao término de vigência da apólice, ou durante a sua vigência, assim 
que se verifique a primeira das seguintes hipóteses, garantido, ainda, o 
período relativo aos testes de funcionamento:
I. o objeto da instalação e montagem e/ou as obras civis tenham 
sido aceitos, mesmo que provisoriamente, pelo proprietário da 
obra, ainda que de forma parcial;
Atenção
Não são indenizáveis 
quaisquer despesas a 
título de gastos adicionais, 
correspondentes a 
modificações, ampliações, 
retificações e melhorias 
nas coisas seguradas, 
mesmo que efetuadas 
simultaneamente com outras 
despesas indenizáveis.
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 24
UNIDADE 2
II. o objeto da instalação e montagem seja colocado em uso ou 
operação, ainda que de forma parcial ou em apoio à execução do 
projeto segurado;
III. tenha sido efetuada a transmissão de propriedade do objeto 
segurado; 
IV. termine, de qualquer modo, a responsabilidade do segurado 
sobre o objeto segurado;
V. assim que o prazo se esgote, definido no cronograma de even-
tos submetido à seguradora, pertinente ao conjunto de atividades 
envolvendo o objeto segurado.
O período relativo aos testes de funcionamento deverá ser fixado na apó-
lice e ser englobado em seu prazo de vigência.
O prazo mínimo para o período de testes é de 15 dias. Poderá ser prevista 
cobertura adicional que amplie o prazo de cobertura para o período de testes.
Existe ainda a possibilidade, caso seja solicitada, de cobertura para o 
período de manutenção.
Esquematicamente, temos:
MANUTENÇÃO
CONSTRUÇÃO/
MONTAGEMARMAZENAGEM TESTES
VIGÊNCIA DA APÓLICE
 — Prorrogação
Fica evidente, então, que o Seguro de OCC/IM é um seguro não renovável, 
pois, quando terminada a obra, os riscos da construção/montagem não 
mais existem.
Podem, entretanto, ocorrer situações que causem um atraso na obra/mon-
tagem, com alteração no seu cronograma. Nesse caso, o seguro poderá 
ser prorrogado pelo período necessário à conclusão da obra/montagem, 
mediante a apresentação dos seguintes esclarecimentos:
 ■ Motivo do atraso;
 ■ Sinistralidade;
 ■ Alterações de valores ou projeto; e
 ■ Novo cronograma físico-financeiro total, atualizado com o período 
da prorrogação e porcentagem da obra já realizada.
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 25
UNIDADE 2
Com base nas informações acima, a seguradora estabelecerá o prêmio 
a ser cobrado pelo período da prorrogação. A seguradora, a seu critério, 
poderá promover nova inspeção de risco no local da obra.
 — Importância Segurada ou Limite 
Máximo de Indenização (LMI)
A importância segurada ou LMI para o Seguro de OCC/IM deverá ser igual 
ao montante previsto para a execução completa do empreendimento, 
abrangendo material, mão de obra, fretes e impostos.
Evita-se, assim, a aplicação da cláusula de rateio, prevista nas Condições 
Gerais do seguro.
Toda vez que ocorrer alteração desse montante, o segurado deverá 
comunicar o fato à seguradora para fins de emissão de endosso com 
ajuste na apólice.
As Condições Contratuais deverão esclarecer se, para estas coberturas 
(OCC/IM), estarão ou não incluídas na Cobertura Básica as obras tempo-
rárias indispensáveis à execução do projeto. Na hipótese de não inclusão 
das obras temporárias, é facultada a previsão de cobertura adicional que 
cubra os bens correlacionados.
As Condições Contratuais deverão, ainda, prever que as despesas necessá-
rias à remoção do entulho, incluindo carregamento, transporte e descarre-
gamento em local adequado, estarão sempre incluídas no Limite Máximo de 
Indenização da Cobertura Básica, até o percentual a ser estabelecido na apó-
lice, o qual em regra, deverá corresponder a, no mínimo, 5% (cinco por cento).
Em geral, os itens abaixo são suficientes para que o segurado fixe a impor-
tância segurada de maneira adequada:
OBRAS CIVIS R$
Infraestrutura (terraplenagem, fundações, bases de 
equipamentos e outros)
Edifícios
Custos de transportes
Outras despesas
Instalações e Montagem
Máquinas e/ou equipamentos
Custo da instalação
Custo de transportes até o canteiro
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 26
UNIDADE 2
Outras despesas
Obras Temporárias
Estruturas, barracões, andaimes e outros
Total da importância segurada
A importância segurada (LMI) é um valor fixo (exceto quando ajustado por 
endosso) durante toda a vigência da apólice, mas o valor em risco é crescente.
VR = Crescente
IS = FixaValor (R$)
Tempo (meses)
 — Taxação
No Seguro de Obras Civis em Construção/Instalação e Montagem, não é 
possível estabelecer uma tarifa fixa. Cada projeto de Construção/Monta-
gem deve ser considerado um risco especial, pois possui suas condições 
próprias de riscos; portanto, cada risco deve ser taxado individualmente, 
de acordo com seu projeto. Além disso, a execução técnica da obra e as 
condições locais influenciam os produtos das seguradoras.
Para analisarmos bem um risco e obtermos uma boa e justa cotação, são 
necessárias informações, como:
 ■ Ficha de informações de OCC/IM preenchida pelo segurado, inclu-
sive fichas para cada tipo de risco: túneis, viadutos, pontes, píeres;
 ■ Contrato de execução do empreendimento;
 ■ Cronograma físico-financeiro;
 ■ Plantas e cortes;
 ■ Inspeção do risco realizada pela seguradora;
 ■ Conhecimentos técnicos e experiência dos empreiteiros e subem-
Importante
Como a modalidade de OCC/
IM é contratada a Risco Total, a 
importância segurada deverá, 
sempre, cobrir o valor em risco. 
Isso para que, em caso de sinistro 
coberto o segurado não seja 
penalizado pelas disposições 
previstas na cláusula de rateio. 
Assim, sempre que houver 
alteração, ainda que parcial, do 
valor dos bens segurados durante 
a vigência da apólice, o segurado 
deverá solicitar à seguradora o 
ajuste da importância segurada.
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIAE EQUIPAMENTOS 27
UNIDADE 2
preiteiros;
 ■ Experiência das pessoas responsáveis pela obra;
 ■ Métodos e materiais de construção/montagem previstos (novos ou 
já aproveitados);
 ■ Disponibilidade dos equipamentos e máquinas correspondentes;
 ■ Plano de trabalho e execução dos trabalhos de construção;
 ■ Montante dos preços por unidade no contrato;
 ■ Vias de acesso ao lugar de construção/montagem;
 ■ Condições geológicas e níveis de água subterrânea (possibilidade 
de aluimento do terreno);
 ■ Perigo de aumento do nível de água, terremoto, maremoto ou 
inundação por forte ressaca do mar, inundações;
 ■ Perigos climáticos (ventos, tempestade, chuvas torrenciais, geada);
 ■ Disponibilidade de sistemas protecionais; e
 ■ Detalhes sobre instalações de pré-armazenagem.
Para o cálculo do prêmio referente às coberturas básicas, são necessárias 
as informações detalhadas da obra civil, assim como do bem a ser monta-
do, do prazo total de obra e da atividade inerente ao local onde a instala-
ção e/ou montagem será realizada.
 — Franquias
As franquias são definidas com base na classe de obra e também no tipo 
de risco a ser garantido, que se dividem normalmente em:
 ■ Danos da natureza;
 ■ Demais eventos; e
 ■ Teste (e, dependendo do risco, explosão).
Essas franquias são dedutíveis por evento e não se acumulam, podendo 
ainda ser fixadas em um valor único ou combinadas com um percentual 
(POS – participação obrigatória do segurado).
As franquias do Seguro de Riscos de Engenharia são mínimas, e a fixação 
dos valores finais para elas tem como parâmetro a importância segura-
da (LMI); portanto, sempre que houver aumento da importância segurada 
(LMI), as franquias deverão ser atualizadas na mesma proporção.
Os danos da natureza e o período de testes acumulam o maior número 
de sinistros registrados nessa modalidade de seguro, sendo grandes, em 
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 28
UNIDADE 2
todo o mundo, os danos causados por alagamentos, tempestades, torna-
dos, incêndio, explosão e quebra do equipamento no período de testes. 
Por esse motivo, as franquias adotadas para esses danos são superiores às 
dos demais eventos.
 — Indenização
No caso de perda ou dano, os seguradores indenizarão o segurado pelas 
despesas necessárias para reparar o dano ocasionado à obra em constru-
ção, equipamentos de Empreiteiros, máquinas utilizadas na construção e/
ou à restauração da montagem/instalação sinistrada, respeitada a condi-
ção apresentada imediatamente anterior à ocorrência do sinistro.
Essa despesa também irá incluir custos de desmontagem, frete e custo de 
remontagem (inclusive despesas com o emprego de técnicos especiali-
zados, se necessário). O valor dos salvados é deduzido do valor apurado 
como prejuízo indenizável.
A liquidação de sinistros é feita com base nas despesas que devem ser 
realizadas para reparar o dano ocasionado à obra em construção, à res-
tauração da máquina ou à instalação e equipamentos de empreiteiros e/ou 
máquinas utilizadas na construção/montagem.
Caso seja verificado que, na data do sinistro, a importância segurada fixa-
da é inferior ao valor em risco apurado, será aplicada a cláusula de rateio, 
representada pela seguinte fórmula:
Indenização = (prejuízos indenizáveis – franquia – salvados) × importância segurada 
 valor em risco
É permitida a contratação a Risco Relativo, ou seja, o segurado 
declara o valor em Risco Total e fixa uma importância segurada ou 
limite máximo de indenização, que será o valor máximo indenizá-
vel pelo seguro em caso de sinistro.
Exemplo: Valor em risco declarado = R$ 35.000.000,00 e LMI 
(máximo indenizável) = R$ 20.000.000,00.
Em casos de eventuais sinistros, a seguradora apurará o valor em 
Risco Total, que, caso seja superior ao valor declarado, implicará 
também a aplicação da cláusula de rateio.
Indenização = (prejuízos indenizáveis – franquia – salvados) × valor em risco declarado 
 valor em risco apurado
Isto é básico
Lembre -se de que o Risco 
Relativo pressupõe um acidente 
que não vai causar uma perda 
total. Assim, podemos contratar 
o seguro por um valor menor, 
baseado na Perda Máxima 
Possível (PMP).
FIXANDO CONCEITOS
RAMOS DIVERSOSRAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 29
 FIXANDO CONCEITOS 2 
Marque a alternativa correta
1. São riscos cobertos nas apólices de Obras Civis em Construção/ Ins-
talação e Montagem:
(a) Raio, gelo e geada.
(b) Greve, motim e comoção civil.
(c) Corrosão, oxidação e desgaste.
(d) Reação, radiação e contaminação nuclear.
(e) Furto simples e desaparecimento.
2. No Seguro de Obras Civis em Construção/Instalação e Montagem, a 
importância segurada:
(a) Deve corresponder ao maior valor dos bens segurados.
(b) Não pode ser acrescida de custos relativos a frete e despesas alfandegárias.
(c) Deve corresponder ao valor da obra quando pronta.
(d) Deve ser proporcional ao tempo do seguro.
(e) Não inclui as verbas de terraplenagem e fundações.
3. É(São) considerado(s) risco(s) coberto(s) no Seguro de Obras Civis 
em Construção/Instalação e Montagem:
(a) Danos a propriedades de terceiros.
(b) Incêndio, raio e explosão.
(c) Danos a veículos licenciados para uso em via pública.
(d) Erro de projeto.
(e) Desgaste normal dos bens segurados.
4. Para o Seguro de Obras Civis em Construção/Instalação e Monta-
gem, é (são) considerado(a)(s) objeto segurado o(a)(s):
(a) Projeto
(b) Equipamentos e instalações.
(c) Própria construção/montagem.
(d) Plantas, modelos e moldes.
(e) Vagões, locomotivas e aeronaves.
5. São considerado(a)s bens seguráveis em Obras Civis em Constru-
ção/Instalação e Montagem:
(a) Vagões, locomotivas e aeronaves.
FIXANDO CONCEITOS
RAMOS DIVERSOSRAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 30
(b) Projetos, plantas e livros comerciais.
(c) Automóveis e caminhões licenciados para uso em estradas.
(d) Usinas hidroelétricas e aeroportos.
(e) Escrituras públicas ou particulares.
6. Na cobertura básica dos Seguros de OCC/Instalação e Montagem, o 
segurador NÃO responderá por danos causados:
(a) Direta ou indiretamente por ações militares ou guerras.
(b) Pela queda de raios.
(c) Pelos riscos chamados de força maior.
(d) Pela elevação do nível de água ou inundação.
(e) Pelo furto qualificado ou roubo.
7. No Seguro de Obras Civis em Construção/Instalação e Montagem, a 
franquia final é fixada levando-se em consideração (o)(a):
(a) Importância segurada. (b) Prazo do seguro.
(c) Tipo de estrutura da obra. (d) Vão livre da obra.
(e) Número de pavimentos da obra.
8. O Seguro de Obras Civis em Construção/Instalação e Montagem é 
um seguro:
(a) Renovável (b) Simples (c) Anual (d) Não renovável (e) Composto
9. No caso de a construção e/ou montagem não terminar no intervalo 
de tempo previsto, o segurado deverá solicitar que a seguradora emita 
um endosso para o prazo ser:
(a) Cancelado (b) Extinto (c) Prorrogado 
(d) Renovado (e) Encerrado
10. Para iniciar uma taxação de OCC/IM, são necessárias algumas infor-
mações básicas, como:
(a) Levantamento do faturamento da empresa construtora.
(b) Município fiscal da obra segurada.
(c) Extensão da fachada confrontante com vias públicas.
(d) Número de subempreiteiros somente na montagem.
(e) Cronograma físico-financeiro e ficha de informações preenchida 
pelo segurado.
FIXANDO CONCEITOS
RAMOS DIVERSOSRAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 31
11. Para se fazer uma boa análise do risco, são necessárias algumas 
informações, como:
(a) Número de funcionários que não trabalharão na obra.
(b) Quantidade de carros que operam após a construção.
(c) Dados climáticos (ventos, tempestades, chuvas torrenciais, geada).
(d) Nome do empreendimento.
(e) Município fiscal onde será realizada a obra.
12. O prêmio referente à cobertura básica é calculado com base inicial 
no(s)seguinte(s) fator(es):
(a) Local da montagem (estado/município).
(b) Informações detalhadas da obra civil, do bem a ser montado, do pra-
zo total da obra e da atividade inerente ao local onde a instalação e/ou 
montagem será realizada.
(c) Experiência das pessoas responsáveis pela obra.
(d) Experiência da firma a ser montada.
(e) Experiência do engenheiro responsável pela montagem.
13. Em um seguro de OCC/IM, sendo considerada apenas a parte mon-
tagem, podemos afirmar que o prazo do Seguro para Instalação e Mon-
tagem das Máquinas novas deve:
(a) Abranger, exclusivamente, o período de testes.
(b) Ser sempre igual a 12 meses.
(c) Ser igual ao período da montagem, incluindo o período de testes.
(d) Englobar apenas o período inicial da montagem.
(e) Ser escolhido pelo segurado, independentemente dos prazos de 
montagem.
14. Não são considerados riscos cobertos nas condições especiais de 
OCC/IM:
(a) Alagamento e inundação.
(b) Incêndio e explosão.
(c) Tempestade e vendaval.
(d) Erro de projeto e defeito de material e fabricação.
(e) Danos elétricos.
FIXANDO CONCEITOS
RAMOS DIVERSOSRAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 32
15. O Seguro de OCC/IM pode ser contratado:
(a) Somente pelo dono da obra.
(b) Por qualquer pessoa contratualmente vinculada à montagem do projeto.
(c) Pelos fabricantes ou fornecedores, mesmo quando não realizam o 
trabalho de montagem ou sejam por ele responsáveis.
(d) Apenas pelas firmas encarregadas do trabalho de montagem.
(e) Apenas pelo comprador da máquina ou fábrica a ser montada.
16. No Seguro de OCC/IM, podem ser considerado(a)s como segurados:
I) Fabricantes ou fornecedores de máquinas ou fábricas, caso realizem 
o trabalho de montagem ou sejam por ele responsáveis.
II) Firmas encarregadas do trabalho de montagem.
III) O comprador da máquina ou fábrica a ser montada.
IV) A empresa responsável pelas obras civis.
Agora assinale a alternativa correta:
(a) Somente I é proposição verdadeira.
(b) Somente II é proposição verdadeira.
(c) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(d) Somente II e III são proposições verdadeiras.
(e) I, II, III e IV são proposições verdadeiras.
17. Nos Seguros de Riscos de Engenharia OCC/IM, ocorrendo um sinis-
tro, os gastos adicionais relacionados a modificações e melhoramentos 
na construção ou na montagem:
(a) Somente serão indenizáveis se ficar constatado que houve erro de 
projeto.
(b) Não serão indenizados.
(c) Serão indenizados até o limite da importância segurada.
(d) Somente serão indenizados se houver verba distinta para esses itens.
(e) Serão indenizados se ficar comprovado que servirão de item suplementar.
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 33
UNIDADE 3
COBERTURAS 
ADICIONAIS
03
(OCC/IM)
 ■ Conhecer as principais coberturas adicionais disponíveis, 
tanto de OCC quanto de IM, e que podem vir à complementar 
a garantia de cobertura da apólice dos seus segurados.
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de
INTRODUÇÂO
CLÁUSULAS
FIXANDO CONCEITOS 3
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 34
UNIDADE 3
 INTRODUÇÃO 
Além dos riscos cobertos pelas apólices de Seguros de Riscos de Enge-
nharia, existe uma série de coberturas adicionais não obrigatórias que 
podem ser utilizadas como ampliação das coberturas básicas, de acordo 
com a conveniência do segurado.
As coberturas adicionais são contratadas juntamente com a cobertura 
básica, mediante:
 ■ Solicitação expressa do segurado; e
 ■ Cobrança do respectivo prêmio adicional.
São admitidas a inclusão e comercialização de Coberturas Adicionais nos 
planos de Seguro de Riscos de Engenharia, desde que guardem relação 
direta com o objeto segurado e sejam contratadas em conjunto com a 
Cobertura Básica.
A SUSEP poderá determinar a exclusão de determinada Cobertura Adicio-
nal do plano de seguro na hipótese de sua inadequação.
 CLÁUSULAS 
As cláusulas que regem as coberturas adicionais oferecidas nos Seguros 
de Obra Civil em Construção/Instalação e Montagem são as seguintes:
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 35
 — Cobertura de Despesas 
Extraordinárias
A efetivação da cobertura de Despesas Extraordinárias ocorre quan-
do um bem é sinistrado e há um atraso no cronograma físico da obra 
que, se vier a retardar o término do projeto, acarretará ao construtor/
montador o ônus de multas e outros encargos financeiros, não cober-
tos pelo seguro.
Nessa hipótese, e para que seja cumprido o cronograma, torna-se 
necessária a contratação de mão de obra adicional, trabalho em feria-
dos, finais de semana, à noite e, por vezes, afretamento de um meio de 
transporte rápido para a substituição ou conserto do bem sinistrado. 
Essa cláusula só não cobre o afretamento de aeronaves (previsto em 
outro dispositivo específico).
Essa cobertura é, geralmente, contratada quando o segurado necessi-
ta cumprir prazo previsto em contrato para o término dos serviços.
Possibilita a aceleração da obra com o objetivo de cumprir os prazos 
previstos no contrato de execução, caso ocorra sinistro garantido pela 
cobertura básica.
 — Cobertura de Tumultos, 
Greves e Lockout
Amplia a cobertura da apólice ligada a perdas e danos materiais aos bens 
segurados causados por:
Tumultos
Ação de pessoas, com características de aglomeração, que pertur-
ba a ordem pública através da prática de atos predatórios, e desde 
que na repressão não haja necessidade de intervenção das Forças 
Armadas;
Greve
Ajuntamento de mais de três pessoas da mesma categoria ocupa-
cional que se recusam a trabalhar ou a comparecer onde os chama 
o dever; e
Lockout
Cessação da atividade por ato ou fato de empregador.
Atenção
É necessário que se tenha a 
cobertura básica para contratar 
as coberturas adicionais.
A vantagem principal das 
coberturas adicionais é 
ampliar a garantia necessária 
para cada tipo de risco, 
devido aos diversos fatores 
presentes numa obra, como: 
clima, topografia, tipo de solo, 
vizinhança, distância, possíveis 
despesas extras.
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 36
Os riscos enumerados acima pertencem ao grupo dos excluídos da cobertura básica 
de OCC/IM.
 — Coberturas de Manutenção – 
Simples, Ampla e Garantia
São passíveis de serem contratadas somente se nos contratos de execu-
ção das obras civis e/ou instalações e/ou montagens seguradas estiver 
previsto um período de manutenção.
A cobertura de cada uma dessas cláusulas só é iniciada após o término da 
obra e/ou instalação e/ou montagem, podendo ter prazo de 6 ou 12 meses.
Tais coberturas aumentam o prazo de vigência da apólice, mas não 
ampliam para este período as garantias do seguro, inclusive as previstas 
na cobertura básica (exemplo: Incêndio e/ou Explosão), já que só cobrem 
danos decorrentes dos serviços de Manutenção e/ou descobertos durante 
elas. Também são excluídas, ainda, quaisquer garantias oferecidas pelas 
coberturas adicionais eventualmente contratadas.
Manutenção Simples
Concede cobertura aos construtores e montadores contra quaisquer 
danos causados aos bens sob sua responsabilidade, decorrentes da exe-
cução dos trabalhos de acerto, ajuste e verificação realizados durante o 
período de manutenção fixado na apólice.
Exemplo
Apólice de OCC/IM
/_________________1__________________/___2___/____3____/
1. período de execução dos serviços conforme projeto (cobertura básica);
2. período de testes;
3. período de manutenção previsto em contrato após o término da obra.
Obs.: essa cláusula garante, exclusivamente, danos materiais decorrentes de acidentes 
ocorridos no período 3 e que tenham se originado nesse mesmo período.
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 37
Manutenção Ampla
Além da cobertura concedida pela Manutenção Simples, ou seja, para 
danos causados pelos empreiteiros segurados no curso das operações 
realizadas por eles duranteo período de manutenção (período 3), esta 
cláusula garante os danos descobertos somente nesse mesmo intervalo 
(período 3), porém estes podem ser resultantes de ocorrência durante o 
período de construção ou instalação (períodos 1 e 2).
Exemplo
Apólice de OCC/IM
/____________1____________/____2___/____3____/
1. período de execução dos serviços conforme projeto (cobertu-
ra básica);
2. período de testes;
3. período de manutenção previsto em contrato após o término 
da obra; inclui a descoberta de danos dos períodos 1 e 2.
Manutenção Garantia
A cobertura de Manutenção Garantia engloba, além da cobertura forne-
cida pela Manutenção Simples e pela Ampla, os danos indiretos conse-
quentes de erro de projeto, defeito de fabricação e de material, desde 
que sejam de responsabilidade do Segurado por força do contrato de 
venda ou fornecimento, com exclusão dos custos necessários à elimina-
ção dos próprios erros ou defeitos (danos diretos).
Além das garantias ligadas às Manutenções Simples e Ampla, essa cober-
tura abrange ainda os danos materiais que se manifestem no período de 
manutenção (período 3), mas que se tenham originado dentro do período 
de vigência original da apólice.
Essa cobertura se aplica somente aos Seguros de Instalação e Monta-
gem, sendo obrigatória a contratação da cobertura adicional de Riscos 
do Fabricante. O fabricante deve ser, obrigatoriamente, o montador e 
mantenedor do bem segurado.
 — Cobertura de Desentulho do Local
Relativamente à Cobertura Adicional para cobrir despesas de remoção 
de entulho do local segurado, deverá ser definido que esta garantirá o 
Atenção
Na realidade, a única 
diferença entre a Cláusula 
de Manutenção Ampla e a 
de Manutenção Garantia em 
IM é que esta é mais ampla, 
pois cobre adicionalmente 
os danos indiretos causados 
por erro de projeto, defeito 
de fabricação e de material 
durante o período da 
manutenção.
Os danos causados direta ou 
indiretamente por incêndio 
ou explosão, em qualquer 
hipótese, estarão excluídos 
das coberturas de Manutenção 
(Simples, Ampla e Garantia).
Atenção
É permitida a contratação da 
cobertura de incêndio para 
prédios, de até 90 dias após a 
conclusão da obra, desde que 
não sejam eventos decorrentes 
de quaisquer serviços da obra.
Esta condição foi adotada 
considerando que os 
estabelecimentos construídos 
demoram algum tempo para 
obter toda a documentação 
necessária para a contratação 
de seguro contra incêndio 
(obrigatório) – seguro 
Compreensivo ou de Riscos 
Nomeados e Operacionais.
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 38
pagamento de indenização em razão de despesas de remoção de entu-
lho que forem necessárias à reparação ou reposição de qualquer objeto 
danificado em razão de risco coberto pela apólice, independentemente 
do Limite Máximo de Indenização da Cobertura Básica, mas observado o 
Limite Máximo de Indenização estabelecido para esta Cobertura Adicional.
A presente Cobertura Adicional deverá estabelecer que, uma vez esgo-
tado o seu Limite Máximo de Indenização, eventual prejuízo restante não 
indenizado será abrangido pelo Limite Máximo de Indenização da Cober-
tura Básica até o limite estabelecido nas condições da Cobertura Básica.
No caso da utilização da Cobertura Básica para indenizar as despesas de 
remoção de entulho, não se aplica a franquia da Cobertura Básica.
Para fins de apuração de prejuízos, nesta cobertura estarão incluídos o 
carregamento, transporte e descarregamento em local adequado.
Entulho é a acumulação de escombros resultantes de partes danificadas 
do objeto/interesse segurado, ou de material estranho a este, decorren-
tes de sinistro coberto, como, por exemplo, aluviões de terra, rocha, lama, 
água, árvores, plantas e outros detritos.
Remoção do entulho deve ser entendida como sendo ações como bombea-
mento, escavações, desmontagens, desmantelamentos, raspagens, escora-
mentos e até simples limpeza do entulho acumulado no local segurado.
Local segurado: conjunto de áreas destinadas à execução dos trabalhos 
de construção e/ou instalação e montagem, incluindo as áreas de apoio 
e suporte.
 — Cobertura de Equipamentos Móveis 
ou Estacionários Utilizados na Obra
A cobertura de Equipamentos Móveis/Estacionários Utilizados na Obra 
visa resguardar, financeiramente, o construtor/montador de danos e ava-
rias que possam sofrer os equipamentos de sua propriedade ou sob sua 
responsabilidade, envolvidos na execução do projeto segurado. Basica-
mente, são equipamentos que servem única e exclusivamente de apoio à 
obra, nunca incorporados aos bens segurados.
Os equipamentos devem ser discriminados individualmente com o seu 
valor unitário, como no exemplo a seguir:
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 39
ITEM ESPECIFICAÇÃO IMPORTÂNCIA SEGURADA
01 Empilhadeira Hyster S-2675432 R$ 100.000,00
02 Grua Marca M.F.S. – 732754 R$ 200.000,00
 
A taxação dos equipamentos é feita nas mesmas bases da carteira de Ris-
cos Diversos, na modalidade de Equipamentos Móveis/Estacionários. 
Observe-se que as taxas, em Riscos Diversos, são anuais, enquanto a 
vigência de Riscos de Engenharia não é. Para períodos inferiores a um ano, 
aplica-se a tabela de prazo curto; caso contrário, a de prazo longo.
 — Cobertura de Obras Concluídas
A Cobertura de Obras Concluídas só é aplicável a um complexo segura-
do, onde existem setores da obra/montagem que ficam prontos antes dos 
demais e passam a servir como apoio temporário ao andamento das obras, 
não sendo utilizados, portanto, para a atividade a que se destinam. São 
exemplos: edifícios industriais que servem provisoriamente de almoxarifa-
do e, por vezes, de escritório; pontes rolantes, utilizadas para transportar e 
montar outros equipamentos; subestações de energia elétrica que forne-
cem energia à obra.
Exemplo
Considere-se uma obra civil de construção de dois galpões industriais (um para maté-
rias-primas e outro para produtos acabados). Os prazos para execução dos serviços 
são os seguintes:
1º mês 5º mês 10º mês
/____________1_____________/______________2____________/
1. período de execução do galpão de matérias-primas;
2. período de construção do galpão de produtos acabados.
Após concluído (5o mês), o galpão de matérias-primas passou a ser usado para o armaze-
namento de materiais destinados à construção do galpão de produtos acabados, em vez 
de ser utilizado para a atividade a que se destina (armazenamento de matérias-primas).
Assim, a partir do 5º mês, o futuro galpão de matérias-primas deixa de estar garantido 
pela cobertura básica, pois já está pronto, e passa a ser garantido pela Cláusula de 
Obras Concluídas.
Atenção
Ficam excluídos dessa 
cobertura quaisquer 
defeitos, ou desarranjos 
mecânicos/elétricos 
(danos internos dos 
equipamentos), sejam 
prévios ou ocorridos 
durante a vigência da 
apólice de seguro
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 40
 — Cobertura de Riscos do Fabricante
A cobertura de Riscos do Fabricante é exclusiva para a Instalação e Monta-
gem quando o equipamento segurado quebra por erro de projeto, defeito 
de fabricação ou defeito do material, tanto durante a montagem como na 
fase de testes.
Os prejuízos indenizáveis com a contratação dessa cobertura envolvem 
apenas os danos causados pelo bem defeituoso aos outros equipamentos 
e demais partes da obra. Em outras palavras, indenizam-se somente os 
danos causados a outros bens (danos indiretos) quando originários de erro 
de projeto. Ou seja, o item causador do sinistro não tem cobertura, sendo 
de responsabilidade exclusiva do fabricante.
 — Cobertura de Danos em 
Consequência de Erro de Projeto
Essa cobertura adicional não se aplica às máquinas e aos equipa-
mentos em montagem. A cobertura de Danos em Consequência de 
Erro de Projeto aplicável quando a regulação do sinistro indicar que 
houve um erro de projeto,isto é, o cálculo do projeto da construção 
teve anomalias que vieram a ocasionar o sinistro.
Deve-se contratar essa cobertura adicional para cobrir os gastos cau-
sados indiretamente pelo erro de projeto. O objeto causador do sinistro 
não tem cobertura para a modalidade de Obras Civis em Construção.
Aplicação prática
Uma determinada viga de sustentação foi mal projetada 
(erro de projeto), causando, durante a construção de um 
prédio, o desabamento de parte da obra.
A cobertura de Erro de Projeto cobrirá todas as partes 
danificadas, com exceção da viga causadora do sinistro.
 — Cobertura de Responsabilidade 
Civil Geral
A cobertura adicional de Responsabilidade Civil Geral garante aos danos 
materiais e corporais causados a terceiros em decorrência dos trabalhos 
Atenção
Na prática, também é 
possível contratar, em alguns 
mercados, uma cobertura para 
os danos diretos de Erros de 
Projeto (o chamado ITSELF), 
que, de forma sucinta, ampara 
o objeto causador dos danos 
(no exemplo, a viga), através 
da expressão “EP com itself”.
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 41
pertinentes à obra. Todos os funcionários e bens dos empreiteiros e subem-
preiteiros envolvidos na obra não estão abrangidos por essa cobertura, 
já que não são considerados terceiros. A seguradora se responsabiliza por 
indenizações até o limite estabelecido na garantia da apólice.
É, portanto, uma cobertura que garante o reembolso ao segurado das 
quantias pelas quais vier a ser responsável civilmente em sentença judi-
cial transitada em julgado ou em acordo autorizado de modo expresso 
pela seguradora, relativas a reclamações por danos corporais (é veda-
da a previsão de franquia e/ou participação obrigatória do segurado 
quando o reembolso se referir a sinistros de danos corporais causados 
a terceiros) e materiais involuntariamente causados a terceiros, decor-
rentes da execução do objeto abrangido pela cobertura básica do seguro 
e ocorridos durante o prazo de vigência da apólice.
Poderão ser oferecidas:
Cobertura Adicional 
Para cobrir os danos morais 
pelos quais o segurado seja civ-
ilmente responsável a pagar, em 
sentença judicial transitada em 
julgado ou em acordo expressa-
mente autorizado pela Segura-
dora, em decorrência de eventos 
garantidos pelas coberturas de 
Responsabilidade Civil.
Cobertura Adicional 
Que garanta indenização por 
perdas financeiras, lucros ces-
santes, lucros esperados e quais-
quer outras despesas emergen-
tes pelas quais o segurado seja 
civilmente responsável a pagar, 
em sentença judicial transitada 
em julgado ou em acordo expres-
samente autorizado pela Segura-
dora, em decorrência de eventos 
garantidos pelas coberturas de 
Responsabilidade Civil.
O critério para a taxação da cobertura leva em consideração os seguintes 
parâmetros:
 ■ A classificação do risco quanto ao afastamento da vizinhança;
 ■ A verificação, no contrato, se os serviços de execução incluem 
também os projetos ou, no caso da montagem, se está previsto o 
fornecimento de equipamentos; e
 ■ O limite de responsabilidade escolhido pelo segurado.
Caso o segurado opte por contratar garantia complementar para danos 
causados por serviços e trabalhos de fundações, devem ser considerados:
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 42
Tipos de Fundações:
Fundações diretas rasas:
 ■ Blocos e alicerces;
 ■ Sapatas:
 » Corrida;
 » Isolada;
 » Associada;
 » Alavancada; e
 ■ Radiers.
Fundações diretas profundas:
 ■ Tubulões
 » Céu aberto; e
 » Ar comprimido.
Fundações indiretas:
 ■ Brocas;
 ■ Estacas de madeira;
 ■ Estacas de aço;
 ■ Estacas de concreto pré-moldadas; e
 ■ Estacas de concreto moldadas in loco:
 » Strauss;
 » Franki;
 » Raiz; e
 » Barrete/estacão.
As fundações são as maiores causas de danos a imóveis vizinhos. Desta-
camos as fundações diretas profundas e indiretas como as maiores causa-
doras desses danos.
Também as cortinas atirantadas e paredes diafragma na periferia dos terre-
nos são causadoras de danos à vizinhança.
Outra causa de prejuízos em imóveis vizinhos é o rebaixamento de lençol 
freático, muitas vezes necessário para a construção das fundações.
Este trabalho de retirada de uma das camadas geológicas do terreno 
(água) pode provocar recalques e afundamentos dos imóveis vizinhos.
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 43
Por essa razão, as coberturas de Responsabilidade Civil Geral e Cruzada 
com fundações podem prever uma participação obrigatória do segurado 
(POS) nos casos de sinistros.
A Garantia de Responsabilidade Civil não prevê cobertura para o previsto 
no artigo 618 do Código Civil brasileiro:
“Art. 618. Nos contratos de empreitada de edifícios ou 
outras construções consideráveis, o empreiteiro de mate-
riais e execução responderá, durante o prazo irredutível de 
cinco anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim 
em razão dos materiais, como do solo.
Parágrafo único. Decairá do direito assegura-
do neste artigo o dono da obra que não propu-
ser a ação contra o empreiteiro, nos cento e oitenta 
dias seguintes ao aparecimento do vício ou defeito.” 
Aplicação prática
Uma parede de concreto em construção desaba sobre o muro do prédio vizinho, que 
fica danificado. A parede de concreto está amparada pela cobertura básica da apólice, 
e o muro do vizinho, pela cobertura de RCG.
VIZINHOS (TERCEIROS)
COBERTOS PELA GARANTIA DE 
RESPONSABILIDADE CIVIL GERAL
OBRA
VIZINHO
VIZINHO
VIZINHO
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 44
 — Cobertura de Responsabilidade 
Civil Cruzada
A cobertura de Responsabilidade Civil Cruzada se estende aos participan-
tes da apólice: segurado, empreiteiros, subempreiteiros e contratados. É 
como se cada um deles tivesse feito uma apólice em separado. Assim, 
todos são considerados como terceiros entre si. Essa cobertura tem como 
justificativa maior o fato de serem usuais as ocorrências de danos (equipa-
mentos envolvidos na execução do projeto) que os empreiteiros causam e 
sofrem durante a obra.
A responsabilidade da seguradora fica limitada ao valor da garantia esta-
belecida na apólice para este tipo de evento.
Essa cobertura é um complemento da cláusula de Responsabilidade Civil 
Geral (RCG) e, portanto, não pode ser contratada separadamente.
 — Cobertura de Propriedades 
Circunvizinhas
Na cobertura de Propriedades Circunvizinhas, os bens de proprie-
dade do segurado, preexistentes no canteiro de obras antes do iní-
cio delas, são considerados propriedades circunvizinhas e passíveis 
de cobertura contra os danos que possam sofrer em função da obra 
objeto do seguro.
Essa cobertura é, geralmente, utilizada para obras de ampliação, 
reforma ou substituição de parte de um complexo já existente. A 
responsabilidade da seguradora fica limitada à garantia estabele-
cida na apólice. Para que seja válida a cobertura, os equipamentos, 
os bens e as edificações devem satisfazer às seguintes condições:
 ■ Estar dentro do canteiro de obra;
 ■ Não fazer parte da obra em execução;
 ■ Pertencer ao segurado de Riscos de Engenharia (proprietário) 
ou estar sob sua guarda ou responsabilidade;
 ■ Não estar abrangidos pela cobertura adicional de Responsabili-
dade Civil ou Equipamentos Móveis/Estacionários da apólice de 
Riscos de Engenharia; e
 ■ Estar prontos ou em funcionamento antes do início da obra.
Atenção
Cuidado para não confundir 
obras temporárias 
compropriedades circunvizinhas.
Obras temporárias são as 
utilizadas como apoio ao 
empreendimento segurado 
(sanitários, abrigo de materiais, 
refeitórios) e estão garantidas 
na cobertura básica, desde que 
possuam verba discriminada. 
São desmontadas após o 
término da obra.
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 45
Aplicação prática
Um grande shopping do Rio, já em funcionamento, será ampliado com a construçãode novas dependências. As partes que se encontram em funcionamento e dentro do 
canteiro (2) terão cobertura pela Cláusula de Propriedades Circunvizinhas, e a obra de 
ampliação (3), pela cobertura básica do seguro.
SHOPPING
EXISTENTE
VIZINHOS
AMPLIAÇÃO
Vizinhos (terceiros): cobertos pela garantia de Responsabilidade Civil Geral
Parte do imóvel existente dentro do canteiro: amparada por Propriedades Circunvizinhas
Ampliação: coberta pela garantia básica
Lembre-se
Propriedades circunvizinhas são aquelas que estão no interior do local onde 
se realiza a obra e pertencem ao mesmo proprietário.
 — Cobertura de Afretamento 
de Aeronaves
Essa cobertura, como as Despesas Extraordinárias, complementa a 
garantia de indenização para as despesas adicionais de fretes em aero-
naves (voos regulares em geral), necessárias em decorrência de sinistros 
cobertos pela apólice, e limitada ao espaço aéreo nacional. Fixados um 
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 46
limite de garantia e o local, a seguradora se responsabiliza pelo custo do 
transporte aéreo até esse limite especificado, não excluída a franquia ou 
participação obrigatória do segurado, com 20% do valor de cada frete 
aéreo utilizado.
Essa cobertura somente poderá ser contratada para Instalações e Mon-
tagens.
 — Honorários de Peritos
Esta cobertura garante, em conformidade com o que estiver expresso na 
apólice, as quantias despendidas pelo segurado, com honorários de ser-
viços profissionais prestados por arquitetos, engenheiros, peritos, comis-
sários, consultores, COM EXCEÇÃO DE ADVOGADOS, necessárias e 
devidamente incorridas para a análise e investigação da causa, natureza e 
extensão dos danos garantidos por este contrato.
A fixação dos honorários deverá ser feita em consonância com os valores 
usualmente praticados no mercado e na especialidade em questão, com 
anuência e concordância expressa da Seguradora.
Esta cobertura é considerada a PRIMEIRO RISCO ABSOLUTO.
 — Cobertura Adicional de Incêndio 
Após Entrega da Obra (Período 
de Cobertura de até 90 dias)
Cobertura destinada a “Prédio e Conteúdo”, dos objetos segurados contra-
tados, durante um prazo de até 90 (noventa) dias após a entrega da obra, 
desde que apenas em caso de Incêndio, e que tal sinistro não seja, em 
hipótese alguma, originado ou decorrente de nenhum tipo de serviço de 
construção, instalação e montagem da obra.
 — Cobertura de Transporte de 
Materiais Incorporados a Obra
Cobre perdas e danos materiais causados aos bens e mercadorias sob 
sua responsabilidade, inerentes ao seu ramo de atividade, e que estejam 
relacionados à construção civil, exclusivamente durante o seu transporte, 
nos percursos terrestres dentro do território brasileiro, e não seja realizado 
por empresa transportadora ou por transportador autônomo.
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 47
 — Cobertura de Obras Temporárias
Esta cobertura garante, até o Limite Máximo de Indenização, os danos 
materiais de origem súbita e imprevista causados às obras temporárias 
(estruturas, barracões, andaimes, entre outros), utilizadas no local de risco 
especificado na apólice.
 — Cobertura de Responsabilidade 
Civil Empregador
A seguradora garantirá por esta Cobertura Adicional o reembolso ao segu-
rado, até o Limite Máximo de Indenização, das quantias pelas quais vier 
a ser responsável civilmente em sentença judicial transitada em julgado 
ou em acordo autorizado de modo expresso pela seguradora, por danos 
corporais sofridos por seus empregados ou prepostos, quando compro-
vadamente a serviço do segurado e exclusivamente no canteiro de obras 
identificado como local segurado na especificação desta apólice, devendo 
ser observado que a presente cobertura:
 ■ Abrange apenas danos que resultem em morte ou invalidez perma-
nente do empregado, resultante de acidente súbito e inesperado; e
 ■ Garantirá ao segurado a indenização correspondente à sua res-
ponsabilidade no evento, independentemente do pagamento, 
pela Previdência Social, das prestações por acidente de trabalho 
previstas na Lei 8.213, de 24/07/1991.
Riscos Excluídos:
A presente cobertura não garante quaisquer prejuízos, ônus, perdas, 
danos, avarias ou responsabilidades de qualquer natureza, causados dire-
ta ou indiretamente por, resultante de ou para os quais tenham contribuído:
 ■ Dano moral e danos punitivos ou exemplares;
 ■ Danos estéticos de qualquer natureza, ainda que decorrentes de 
eventos garantidos por esta cobertura;
 ■ Danos genéticos ou causados por infecção hospitalar, asbestos, 
talco asbestiforme, diethilstibestrol, dioxina, ureia, formaldeído, 
vacina para gripe suína, dispositivo intrauterino (DIU), contracepti-
vo oral e fumo ou derivados, bem como os resultantes de hepatite 
B ou síndrome de deficiência imunológica adquirida (“AIDS”);
 ■ Danos relacionados com a circulação de veículos licenciados de 
propriedade do estabelecimento, fora dos locais ocupados pelo 
mesmo;
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 48
 ■ Indenizações, multas ou despesas de qualquer natureza, relativas 
a ações ou processos trabalhistas, criminais ou relacionadas ao 
direito de família;
 ■ Reclamações decorrentes de ações de regresso contra o segura-
do, promovidas pela Previdência Social;
 ■ Reclamações relacionadas com doença profissional, doença do 
trabalho ou similar; e
 ■ Reclamações resultantes do descumprimento das Normas Regu-
lamentadoras de Saúde e de Segurança do Ministério do Traba-
lho e Emprego, das obrigações trabalhistas relativas à seguridade 
social, dos seguros de acidentes de trabalho, dos pagamentos de 
salários e similares.
FIXANDO CONCEITOS
RAMOS DIVERSOSRAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 49
 FIXANDO CONCEITOS 3 
Marque a alternativa correta
1. A cobertura adicional de Responsabilidade Civil Geral em OCC/IM 
cobre danos:
(a) A terceiros, somente decorrentes dos testes.
(b) A terceiros, somente decorrentes de riscos do fabricante.
(c) À própria obra civil.
(d) Corporais e materiais a terceiros, decorrentes dos serviços de obras 
civis e de instalação e montagem.
(e) Aos equipamentos que foram montados e já estão prontos.
Analise as proposições a seguir e depois marque a alternativa correta
2. No Seguro de Riscos de Engenharia envolvendo somente Instalação e 
Montagem, a cobertura adicional de Manutenção Garantia engloba perdas 
e danos indiretos, durante o período de manutenção, decorrentes de:
I) Riscos do fabricante.
II) Defeitos de montagem.
III) Erros durante as operações de manutenção. 
Agora assinale a alternativa correta:
(a) Somente II é proposição verdadeira.
(b) Somente III é proposição verdadeira.
(c) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(d) Somente II e III são proposições verdadeiras.
(e) I, II e III são proposições verdadeiras.
3. No Seguro de OCC/IM, são consideradas propriedades circunvizinhas as:
I) Propriedades do segurado que estejam em fase de construção.
II) Propriedades do segurado prontas, quando do início do seguro, e 
localizadas dentro do canteiro de obras.
III) Propriedades de terceiros próximas ao canteiro de obras. 
Agora assinale a alternativa correta:
(a) Somente I é proposição verdadeira.
(b) Somente II é proposição verdadeira.
(c) Somente III é proposição verdadeira.
(d) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(e) I, II e III são proposições verdadeiras.
FIXANDO CONCEITOS
RAMOS DIVERSOSRAMOS DIVERSOS II – RISCOS DE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS 50
Marque a alternativa correta
4. A cobertura adicional de Riscos de Engenharia OCC/IM, que não pode 
ser contratada para Instalação e Montagem, é a de:
(a) Responsabilidade Civil Cruzada.
(b) Danos Consequentes de Erro de Projeto.
(c) Manutenção Garantia.
(d) Desentulho do Local.
(e) Tumultos.
5. A cobertura adicional de Riscos do Fabricante tem como objetivo cobrir 
danos:
(a) Da natureza durante o

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