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Ramos Diversos

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RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca da FUNENSEG
E73m Escola Nacional de Seguros. Diretoria de Ensino Técnico.
 Manual de ramos diversos I: riscos diversos e garantia/Supervisão e coordenação 
 metodológica da Diretoria de Ensino Técnico; assessoria técnica de Nelson Flores Duarte. – Rio
 de Janeiro: ENS, 2018.
 79 p.; 28 cm
 1. Seguros de ramos diversos. 2. Seguro garantia. 3. Garantia estendida. I. Duarte, Nelson Flores.
 II. Título.
0017-1931 CDU 368.025.6(072
REALIZAÇÃO
ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS
SUPERVISÃO E COORDENAÇÃO METODOLÓGICA
DIRETORIA DE ENSINO TÉCNICO
ASSESSORIA TÉCNICA
NELSON FLORES DUARTE – 2018
CAPA
COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
ESCOLA NACIONAL DE SEGUROS – GERÊNCIA DA ESCOLA VIRTUAL
PICTORAMA DESIGN
RIO DE JANEIRO 
2018
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, ou de partes dele, 
sob quaisquer formas ou meios, sem permissão expressa da Escola.
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
A 
Escola Nacional de Seguros promove, desde 1971, diver-
sas iniciativas no âmbito educacional, que contribuem 
para um mercado de seguros, previdência complementar, 
capitalização e resseguro cada vez mais qualificado.
Principal provedora de serviços voltados à educação continuada, para 
profissionais que atuam nessa área, a Escola Nacional de Seguros ofe-
rece a você a oportunidade de compartilhar conhecimento e experiên-
cias com uma equipe formada por especialistas que possuem sólida 
trajetória acadêmica.
A qualidade do nosso ensino, aliada à sua dedicação, é o caminho 
para o sucesso nesse mercado, no qual as mudanças são constantes 
e a competitividade é cada vez maior.
Seja bem-vindo à Escola Nacional de Seguros.
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
SUMÁRIO
 INTRODUÇAO 7 
 1. SEGUROS DE RISCOS DIVERSOS 9 
 ASPECTOS GERAIS 10
 OBJETIVOS DO RAMO DE RISCOS DIVERSOS 11
 CARACTERÍSTICAS 12
Objeto do Seguro 12
Estrutura da Apólice – Capa, Condições Gerais, Especiais e Particulares 12
Aceitação e Renovação do Seguro 13
Vigência e Cancelamento 13
Âmbito Geográfico 14
Franquia e/ou Participação Obrigatória do Segurado (POS) 14
Formas de Contratação 15
 PRINCIPAIS CLÁUSULAS DAS CONDIÇÕES GERAIS 15
Cláusula de Reposição 15
Cláusula de Perda de Indenização 15
Cláusula de Caducidade do Seguro 16
Cláusula de Sub-rogação de Direitos 17
Aceitação, Modificação e Renovação do Seguro 17
 INSPEÇÃO DE RISCO 19
 REINTEGRAÇÃO DA IMPORTÂNCIA SEGURADA 19
 FIXANDO CONCEITOS 1 21
INTERATIVO
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 2. MODALIDADES DO RAMO DE RISCOS DIVERSOS 24 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 25
MODALIDADE – VALORES 27
Coberturas no Seguro Valores 28
COBERTURA – VALORES EM VEÍCULOS DE ENTREGA DE MERCADORIAS 29
COBERTURA – VALORES TRANSPORTADOS EM 
CARROS-FORTES SOB A GUARDA DE PORTADORES 29
MODALIDADE – JOALHERIA 30
MODALIDADE – MULTIRRISCOS DE OBRAS DE ARTE 30
MODALIDADE – FIDELIDADE 32
MODALIDADE – INSTRUMENTOS MUSICAIS E EQUIPAMENTOS DE SOM 36
MODALIDADE – MATERIAL RODANTE (VEÍCULOS FERROVIÁRIOS) 39
 MODALIDADE – ROUBO DE BENS 40
FIXANDO CONCEITOS 2 43
 3. SEGURO GARANTIA 46
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 47
DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS 48
Partes integrantes do Seguro Garantia 49
Seguro Garantia: Setor Público 50
Seguro Garantia – Setor Privado 56
CONDIÇÕES DA APÓLICE DE SEGURO GARANTIA 58
FIXANDO CONCEITOS 3 61
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 4. SEGURO DE GARANTIA ESTENDIDA 65 
PARTES INTERVENIENTES 66
COBERTURA BÁSICA 67
FORMA DE CONTRATAÇÃO DO SEGURO DE GARANTIA ESTENDIDA 67
VIGÊNCIA DO SEGURO 68
FRANQUIA 68
SINISTRO 68
FIXANDO CONCEITOS 4 70
 ESTUDOS DE CASO 72 
 GLOSSÁRIO 74 
 GABARITO 77 
 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 79 
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA 7
 INTRODUÇÃO 
A denominação Seguros de Ramos Diversos é utilizada para designar os 
seguintes ramos de seguro:
 ■ Riscos Diversos;
 ■ Equipamentos;
 ■ Garantia; e
 ■ Fiança Locatícia.
Esses ramos de seguro, exigem uma especialização maior dos profissio-
nais da área de seguros. Há corretores de seguros especializados que 
criam diferenciais de atendimento e soluções para os seus segurados jus-
tamente pelo estudo e atuação em ramos diversos.
Ramos de seguro
Designação utilizada para denominar cada uma das partes em que se subdivide o seguro. 
Apresenta as chamadas Condições Gerais, ou seja, um conjunto de cláusulas que, estabe-
lecendo obrigações e direitos do segurado e do segurador, podem ser aplicadas a todos os 
riscos da mesma natureza.
Plano de seguro
Esta nomenclatura é utilizada para definir cada produto ou cada tipo de seguro que é ou 
vier a ser comercializado pelo mercado segurador, podendo um plano de seguro abranger 
um único ou vários ramos de seguro. 
Modalidades 
Subdivisões adotadas em alguns ramos de seguro. Cada uma tem suas Condições Es-
peciais, ou seja, um conjunto de cláusulas que modificam (ampliando ou restringindo) as 
disposições das Condições Gerais do ramo.
INTRODUÇÃO
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA 8
Citando, como exemplo, o agronegócio é um dos segmentos que mais cres-
cem no país e, como consequência, a frota de equipamentos e implemen-
tos. Originariamente, antes das circulares SUSEP 395/2009 e 455/2012, 
o seguro para Equipamentos era disponibilizado como uma modalidade 
de Riscos Diversos. Após a legislação citada, tornou-se possível oferecer 
coberturas para equipamentos nos Seguros Compreensivos Patrimoniais 
(quando isto não significa um grande volume), mas, quando o interesse do 
segurado é obter seguro apenas para os Equipamentos, designou-se que 
passariam a ser emitidos em Riscos Diversos, exclusivamente, aqueles cuja 
destinação fosse não agrícola, sendo estes últimos emitidos em Benfeito-
rias ou Penhor Rural.
Os Seguros de Garantia no Brasil tiveram crescimento significativo em 
razão da explosão de obras públicas por todo o País (Obras do PAC, Copa 
do Mundo e Jogos Olímpicos); em consequência disso, as empresas con-
tratantes de tais obras passaram a exigir formas de garantias por parte dos 
contratados, ensejando, assim, a contratação de Seguros de Garantia de 
diversas modalidades, como: fiel cumprimento das obrigações contraídas, 
de desempenho contratado, aduaneira, judicial, entre outras.
Atenção
Neste Manual não trataremos dos seguros de Equipamentos nem do Seguro Fiança 
Locatícia que serão tratados como disciplinas específicas em outros Manuais.
INTRODUÇÃO
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA 9
UNIDADE 101
SEGUROS de
RISCOS DIVERSOS
 ■ Entender a finalidade da 
utilização da denominação 
Ramos Diversos.
 ■ Identificar os ramos de 
seguro agrupados como 
Ramos Diversos.
 ■ Conhecer os fatores que 
justificam o estudo desses 
ramos pelo corretor de 
seguros.
 ■ Distinguir os objetivos do 
Ramo de Riscos Diversos.
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de
ASPECTOS GERAIS
OBJETIVOS DO RAMO DE 
RISCOS DIVERSOS
CARACTERÍSTICAS
PRINCIPAIS CLÁUSULAS DAS 
CONDIÇÕES GERAIS
INSPEÇÃO DE RISCO
REINTEGRAÇÃO DA 
IMPORTÂNCIA SEGURADA
FIXANDO CONCEITOS 1
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
 ■ Entender a finalidade do 
Ramo de Riscos Diversos 
e as características que 
o distinguem de outros 
ramos deseguro.
 ■ Conhecer as principais 
cláusulas das condições 
gerais dos Seguros de 
Riscos Diversos.
10
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 ASPECTOS GERAIS 
O Ramo de Riscos Diversos (RD) tem como filosofia a ideia de que pra-
ticamente nada existe que não possa ser segurado e, como principalcaracterística, a inovação, sendo considerado, por isso, um laboratório 
de seguros. Engloba todas as modalidades de seguro que, por estarem 
ainda em fase de experiência e observação, pela diversidade de cobertu-
ras ou por ainda estarem em consolidação econômica no mercado, não se 
constituem em ramos independentes com condições e estruturas adminis-
trativas próprias. Procura atender aos segurados naquelas necessidades 
em que os demais ramos de seguro não oferecem condições satisfatórias 
de cobertura, desde que esteja configurado como seguro de danos.
Circular SUSEP 417, de 12 de janeiro de 2011
Definiu uma enorme redução de modalidades de seguro Ramo de Riscos Diversos. Moda-
lidades como Alagamento, Inundação, Desmoronamento e outras passaram a ser defini-
das como coberturas de seguros e a integrar outros ramos de seguro, principalmente 
os Seguros Compreensivos Patrimoniais. Ela estabeleceu, em seu art. 2º, que somente 
podem ser caracterizados como Seguros de Riscos Diversos os planos não padroniza-
dos cujas coberturas principais sejam relativas aos seguros de danos e não sejam típicas 
de outros ramos de seguro. Estudaremos as demais modalidades que restaram no Ramo 
de Riscos Diversos juntamente com os outros ramos assim denominados.
No exterior, são chamados de Miscellaneous Insurance, em face da diver-
sidade de possibilidades de coberturas a riscos expostos.
Seguro padronizado
É aquele cujas condições contratuais são idênticas àquelas cons-
tantes das normas técnicas determinadas pela SUSEP e pelo Con-
11
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
selho Nacional de Seguros Privados (CNSP), acessíveis nos res-
pectivos sites na Internet. A comercialização pode ser realizada 
por qualquer seguradora, desde que tenha autorização da SUSEP.
Exemplos: seguro incêndio tradicional, seguro de lucros cessan-
tes e seguro de transporte.
Seguro não padronizado
É o produto criado pela seguradora. As condições contratuais e 
notas técnicas atuariais (documento técnico que contém as fór-
mulas de cálculo de custo, custeio e obrigações, considerando os 
regimes financeiros, métodos e benefícios avaliados) devem seguir 
os critérios mínimos previstos de um ramo ou plano de seguro.
Exemplos: seguros compreensivos residenciais, seguros com-
preensivos condominiais e seguros compreensivos empresariais.
Seguro Singular
É desenhado pela seguradora para atender a uma apólice indivi-
dual, com o objetivo de atender a um segurado com exclusivida-
de, e não poderá ser vendido para outros clientes da seguradora 
(extinto pela SUSEP através da Circular 458/2012).
 OBJETIVOS DO RAMO 
 DE RISCOS DIVERSOS 
 ■ Atender aos segurados naquelas necessidades em que os demais 
ramos de seguro não oferecem condições satisfatórias de cobertura;
 ■ Agrupar vários ramos ou modalidades em uma única apólice; e
 ■ Originar novos tipos de seguros a serem divulgados ao mercado.
Circular SUSEP 458, de 19 de dezembro de 2012
Extinguiu os Seguros Singulares com o seguinte texto:
“ Caso haja interesse na continuidade da comercialização, as sociedades seguradoras 
deverão, obrigatoriamente, disponibilizar produtos não padronizados para atender neces-
sidades específicas de seus segurados, mediante disposições previstas em coberturas 
adicionais e/ou condições particulares, de contratação facultativa, nos termos da legisla-
ção vigente.” 
12
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
Em razão dos objetivos deste ramo, para maior desenvolvimento e aperfei-
çoamento do Ramo de Riscos Diversos, são fundamentais o intercâmbio e 
a troca de experiência com outros mercados, no sentido de se atingir maior 
consolidação técnica tanto no estabelecimento de condições próprias 
quanto na fixação de prêmios adequados em função dos riscos assumidos.
 CARACTERÍSTICAS 
 — Objeto do Seguro
O seguro tem por objetivo garantir, dentro dos limites de responsabilida-
de da seguradora, sob as Condições Gerais de Riscos Diversos, Condi-
ções Especiais e Particulares destacadas, o pagamento de indenização ao 
segurado, por prejuízos que este possa sofrer em consequência direta da 
realização de riscos previstos e cobertos.
 — Estrutura da Apólice – 
Capa, Condições Gerais, 
Especiais e Particulares
O clausulado para uma apólice de Riscos Diversos tem a função de abran-
ger diversas situações, pois são inúmeros os riscos existentes no ramo.
A apólice é composta dos seguintes documentos:
 ■ Proposta
Observação
Na apresentação da proposta de seguro, as Condições Contratuais completas devem estar 
à disposição do Segurado. Qualquer alteração restritiva ou que implique ônus para o 
Segurado, em quaisquer das Condições do contrato, deverá ser realizada por endosso 
ou aditivo ao contrato, com a concordância expressa e escrita do segurado.
Deverão ser apresentadas com destaque as obrigações e/ou restrições de direito do segurado. 
A definição dos termos técnicos utilizados no contrato deverá constar das Condições Gerais 
(sob forma de um Glossário).
O termo “Limite Máximo de Garantia” utilizado ao longo deste texto, comumente, assume 
outras denominações nos contratos de seguro, dentre elas “importância segurada”.
13
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
Capa ou Frontispício
Identifica o segurado e o seguro, além do prêmio, a seguradora, o 
ramo, a vigência;
Especificação
Informação sobre o bem a ser coberto;
Condições Gerais
Conjunto das cláusulas, comuns a todas as modalidades e/ou 
coberturas de um plano de seguro, que estabelecem as obriga-
ções e os direitos das partes contratantes;
Condições Especiais e/ou Específicas
Conjunto das disposições específicas relativas a cada modalidade 
e/ou cobertura de um plano de seguro, que eventualmente alte-
ram as Condições Gerais; e
Condições Particulares
Conjunto de cláusulas que alteram as Condições Gerais e/ou 
Especiais de um plano de seguro, modificando ou cancelando dis-
posições já existentes ou, ainda, introduzindo novas disposições e 
eventualmente ampliando ou restringindo a cobertura.
 — Aceitação e Renovação do Seguro
A seguradora tem o prazo de 15 dias corridos, contados a partir do rece-
bimento e imediato protocolo da proposta de seguro, para manifestar-se 
sobre a referida proposta. A recusa da proposta de seguro será comunica-
da pela seguradora por escrito ao proponente, com as devidas justificativas.
No caso de não aceitação da proposta de seguro por parte da socieda-
de seguradora, em que já tenha havido pagamento de prêmio, os valores 
pagos deverão ser devolvidos, atualizados de acordo com as normas em 
vigor, da data do pagamento pelo segurado até a data da efetiva restitui-
ção. A cobertura perdurará por mais dois dias (48 horas) úteis, contados a 
partir da data em que o proponente, seu representante ou o corretor de 
seguros tiverem conhecimento formal da recusa.
A renovação poderá ser feita de 2 (dois) modos: de forma tácita (automáti-
ca ou não escrita) ou expressa (formalizada ou escrita).
 — Vigência e Cancelamento
Normalmente, o prazo de vigência do seguro de danos é de um ano (12 
meses). E entra em vigor a partir das 24 horas do início de vigência especi-
ficado na proposta. Nada impede, entretanto, que sejam contratados segu-
14
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
ros com prazos inferiores ou superiores a um ano. O custo do seguro é 
calculado em função desse prazo.
Seguro a Prazo Curto é o seguro contratado por prazo inferior a um ano. 
O prêmio é calculado em função de uma tabela de prazo curto que majora, 
em termos relativos, o valor dos prêmios em relação ao prêmio anual.
Seguro a Prazo Longo (plurianual) é o seguro contratado por prazo supe-
rior a um ano. Nesse seguro, utiliza-se uma tabela de prazo longo que reduz, 
em termos relativos, o valor do prêmio em relação ao prêmio anual. O Seguro 
a Prazo Longo só poderá ser contratado pelo prazo máximo de cinco anos.
O contrato poderá serrescindido, total ou parcialmente, por acordo entre 
as partes.
No caso de rescisão por iniciativa da seguradora será restituída ao segu-
rado a parte do prêmio recebido proporcionalmente, ou seja, na base pro 
rata temporis, pelo tempo a decorrer. Por exemplo: se já decorreram 60% 
do prazo de vigência do seguro, a seguradora poderá reter 60% do prê-
mio, restituindo 40% do prêmio ao segurado.
Se a iniciativa tiver sido do segurado, a seguradora reterá a parte do prê-
mio recebido com base na tabela prazo curto pelo tempo decorrido. Por 
exemplo: decorridos 120 dias da vigência do contrato, com base na tabela 
prazo curto, a seguradora poderá reter 50% do prêmio.
 — Âmbito Geográfico
Define onde o seguro se aplica e, usualmente, é somente no Brasil, entre-
tanto, no caso de existir cobertura internacional, em que haja o reembol-
so de despesas efetuadas no exterior, os eventuais encargos de tradução 
ficarão totalmente a cargo da sociedade seguradora.
Definir exatamente o local onde o objeto segurado estará instalado é funda-
mental para construção de precificação analítica do seguro. Assim, em que 
pese a cobertura do seguro ser estendida a todo o território nacional, por 
exemplo, o conhecimento da atividade e do(s) local(is) é muito importante.
 — Franquia e/ou Participação 
Obrigatória do Segurado (POS)
Por ser um laboratório de seguros, o Ramo de Riscos Diversos pode neces-
sitar, no caso de alguma modalidade em fase de criação, que se inclua(m) 
uma franquia e/ou uma POS.
15
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
Sendo a franquia um valor fixado e a POS um percentual fixado como par-
ticipações do segurado nos eventuais sinistros, fica fácil entender por que 
os seguros realizados com franquia ou POS devem ter prêmios menores 
do que aqueles que não as estipulam: quanto mais o segurado participar 
no sinistro, menos prêmio deve pagar.
 — Formas de Contratação
A forma de contratação do limite máximo de indenização deverá ser esta-
belecida nas Condições Gerais do seguro. O limite máximo de garantia 
pode ser contratado sob três formas:
 ■ Risco absoluto;
 ■ Risco relativo; e
 ■ Risco total.
 PRINCIPAIS CLÁUSULAS DAS 
 CONDIÇÕES GERAIS 
 — Cláusula de Reposição
Objetivo: estabelece que a seguradora deve indenizar em dinheiro e, 
quando especificado na apólice, permitir que a indenização, até os limites 
estabelecidos na apólice, seja efetuada por meio de reparo dos bens ou 
de sua substituição, restabelecendo o estado em que se encontravam ime-
diatamente antes do sinistro.
Exemplo
Se uma locomotiva segurada ficar totalmente danificada, em consequência de sinistro 
coberto, deve ser indenizada, preferencialmente, em espécie ou substituída por outra 
similar à destruída se houver acordo entre a seguradora e o segurado.
 — Cláusula de Perda de Indenização
Objetivo: Isentar a seguradora da obrigação de pagar qualquer indenização 
quando o segurado não cumprir as obrigações previstas na apólice.
16
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
Podem ser considerados não cumprimento das obrigações previstas na 
apólice:
 ■ Declarações falsas, inexatas ou omissão de informações que pos-
sam influir direta ou indiretamente no conhecimento, análise e 
aceitação do risco e na taxa para a fixação do prêmio.
Exemplo: não mencionar ocorrências anteriores de sinistros no 
momento da vistoria prévia;
 ■ Obtenção, por qualquer meio, de benefícios ilícitos do seguro.
Exemplo: o caso de informações por parte do segurado da exis-
tência de sistemas de proteção e guarda dos bens na modalidade 
Joalherias, quando na realidade não existem ou são insuficientes, 
não atendendo às especificações exigidas pela seguradora;
 ■ Modificações ou alterações que resultem na agravação do risco 
para a seguradora, sem sua prévia e expressa anuência;
 ■ Omissão de toda e qualquer providência, por parte do segurado, 
no sentido de evitar, reduzir ou não agravar os prejuízos resultan-
tes de um sinistro.
Exemplo: ao se tomar conhecimento de um sinistro nas depen-
dências seguradas, abandonar o conteúdo recuperável (denomi-
nado salvados), evitando, assim, o aumento dos prejuízos para a 
seguradora (falta de proteção para os salvados).
 — Cláusula de Caducidade do Seguro
Objetivo: isentar a seguradora de responsabilidade quando o segurado uti-
lizar meios fraudulentos para obter vantagens com o seguro ou com o 
sinistro. A caducidade ou cancelamento do contrato se dá automaticamente.
Exemplos de situações em que a cláusula é aplicável:
 ■ Fraude ou tentativa de fraude, simulação ou agravação das conse-
quências de um sinistro;
 ■ Reclamação dolosa, sob qualquer ponto de vista, baseada em 
declarações falsas; e
 ■ Emprego de quaisquer outros meios dolosos ou simulações.
17
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
Atenção
As cláusulas de Perda de Indenização e Caducidade do Seguro, embora pareçam iguais, 
são bastante diferentes entre si. As duas cláusulas isentam a seguradora de pagar os 
prejuízos resultantes de um sinistro, porém a caducidade se dá quando se constata uma 
situação ilícita dolosa, proposital ou intencional. Já a perda de indenização ocorre nos 
casos em que uma situação deixou de ser informada e não se constata intenção ou dolo, 
tornando-a culposa ou sem intenção comprovada.
 — Cláusula de Sub-rogação de Direitos
Objetivo: facultar à seguradora a atuação, em nome do segurado, contra 
o terceiro que foi causador dos danos, a fim de obter o ressarcimento de 
indenização já paga.
O princípio da sub-rogação consiste, em geral, na faculdade que uma 
pessoa tem de substituir legalmente uma outra, assumindo os direitos 
de atuar contra uma terceira.
Em seguros, isso não só evita que o segurado seja indenizado duas 
vezes pelo segurador e pelo terceiro responsável pelos danos, produ-
zindo o enriquecimento sem causa, como também permite que a segu-
radora venha a se ressarcir dos prejuízos indenizados ao seu segurado.
É óbvio que o segurado não pode praticar qualquer ato que venha a 
prejudicar o direito de sub-rogação da seguradora, nem fazer acor-
do ou transação com terceiros responsáveis pelo sinistro, salvo com 
expressa autorização da seguradora.
 — Aceitação, Modificação e 
Renovação do Seguro
A aceitação do seguro está sujeita à análise do Risco e manifestação da 
seguradora.
O prazo da seguradora para analisar o risco e decidir sobre a aceitação da 
proposta de seguro, preenchida e assinada pelo proponente ou seu repre-
sentante legal, recebida sob protocolo ou através de meio eletrônico, para 
seguros novos ou renovações, bem como para alterações que impliquem 
modificação do risco, é de 15 (quinze) dias, contados do seu recebimento.
Na proposta de seguro, deverão ser prestadas, pelo proponente ou seu 
representante legal, todas as informações que permitirão à seguradora 
avaliar as condições para aceitação ou recusa do risco, sendo que a exis-
Atenção
A seguradora sub-rogada 
pode exigir do segurado, 
a qualquer momento, o 
instrumento de cessão e os 
documentos hábeis para o 
exercício desse direito.
18
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
tência de omissões ou de declarações inverídicas determinará a nulidade 
do contrato, conforme o disposto no artigo 766 do Código Civil Brasileiro.
O prazo de 15 (quinze) dias previsto para a aceitação da proposta será 
suspenso se a seguradora verificar que as informações contidas na Pro-
posta de Seguro são insuficientes para a tomada de decisão, podendo 
ela solicitar ao Proponente a apresentação de novos documentos. Esta 
solicitação poderá ocorrer mais de uma vez, desde que a seguradora indi-
que os fundamentos para tal pedido. A contagem do prazo de 15 (quinze) 
dias reiniciará à zero hora do dia seguinte à entrega dos documentos na 
seguradora. Os efeitos deste item se aplicam exclusivamente quando o 
proponente for pessoa jurídica. Nos casos de pessoa física,a solicitação 
de documentos complementares, para análise e aceitação do risco ou da 
alteração proposta, poderá ser feita apenas uma vez, durante o prazo pre-
visto para aceitação.
Nos casos em que a aceitação da proposta de seguro dependa de contra-
tação ou alteração da cobertura de resseguro facultativo, o prazo previsto 
também será suspenso.
Ficará a critério da sociedade seguradora a decisão de informar ou não, 
por escrito, ao proponente, ao seu representante legal ou corretor de 
seguros, sobre a aceitação da proposta, devendo, no entanto, obrigato-
riamente, proceder à comunicação formal, no caso de sua não aceitação, 
justificando a recusa.
Em caso de recusa da Proposta de Seguro dentro dos prazos previstos 
acima, a cobertura do seguro prevalecerá por mais 2 (dois) dias úteis, con-
tados a partir da data em que o Proponente, seu representante legal ou o 
corretor de seguros tiver conhecimento formal da recusa.
Ainda no caso de recusa da proposta de seguro em que já tenha sido 
efetuado o pagamento do prêmio, do valor pago será deduzido o prêmio 
correspondente ao período em que prevaleceu a cobertura na base pro 
rata temporis, e a diferença restituída ao Proponente, no prazo máximo de 
10 (dez) dias, contados após a formalização da recusa.
Caso o prazo de 10 (dez) dias seja ultrapassado, o prêmio será atualizado 
monetariamente desde a data do seu recebimento pela variação positiva 
do IPCA/IBGE – Índice de Preços ao Consumidor Amplo/Fundação Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística –, apurada entre o último índice publi-
cado antes da formalização da recusa e aquele publicado imediatamente 
antes da data da efetiva devolução do prêmio.
Na hipótese da extinção do índice pactuado, deverá ser utilizado o índice 
que vier a ser determinado pela legislação em vigor.
19
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 INSPEÇÃO DE RISCO 
A inspeção de risco é algo muito importante na atividade de seguro; por-
tanto, pode ser necessária em modalidades de Seguro de Riscos Diversos, 
principalmente quando se tratar de seguro no setor industrial ou em uma 
joalheria, por exemplo.
Em algumas modalidades, o relatório de vistoria pode ser fundamental na 
aceitação ou não do risco, bem como na fixação da taxa final para a con-
tratação do seguro, já que as condições observadas podem gerar agrava-
mentos na mesma ou mesmo franquias e POS. Daí vem a necessidade de 
a seguradora conhecer as características do risco que se propõe a segurar 
antes de sua contratação.
A inspeção prévia pode ser realizada por peritos ou especialistas que 
podem ou não pertencer ao quadro funcional das seguradoras, sendo con-
tratados, exclusivamente, quando necessário.
 REINTEGRAÇÃO DA 
 IMPORTÂNCIA SEGURADA 
É a solicitação de recomposição da importância segurada de uma cober-
tura, na mesma proporção em que foi reduzida em função de um sinistro 
indenizado.
Esta cláusula estabelece, para algumas modalidades, que a reintegração 
é válida a partir da:
 ■ Data do sinistro, se solicitada pelo segurado, até 72 horas após a 
sua ocorrência; e
 ■ Anuência formal da seguradora.
O prêmio de reintegração será sempre cobrado na base pro rata tem-
poris; seja da data do sinistro até a data de vencimento da apólice, 
seja da data da anuência formal da seguradora até a data de venci-
mento da apólice.
Se, durante a vigência do contrato de seguro, ocorrerem um ou mais 
sinistros pelos quais a seguradora seja responsável, a importância 
segurada do item sinistrado ficará reduzida da importância correspon-
dente ao valor da indenização paga, a partir da data da ocorrência 
do sinistro, não tendo o segurado direito à restituição do prêmio cor-
Importante
A reintegração é aplicada às 
modalidades de seguro em 
que se admitam as formas de 
contratação a Risco Total e/ou 
a Primeiro Risco Relativo.
20
UNIDADE 1
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
respondente àquela redução. Nesta hipótese, desde que expressamente 
solicitada pelo segurado e que haja anuência formal da seguradora, fica 
facultada a reintegração da importância segurada.
Se, por exemplo, um segurado sofreu um sinistro, cujo evento está coberto 
pela modalidade de seguro de Riscos Diversos contratada, e comunicou 
o sinistro à sua corretora, ele deve ser informado da influência da cláusula 
de rateio no caso de novos e eventuais sinistros. Portanto, é recomendá-
vel a solicitação da reintegração da importância segurada à seguradora, 
no prazo de 72 horas, previsto na respectiva cláusula de reintegração da 
Importância Segurada, de forma a não haver perda de direito do segurado.
21
FIXANDO CONCEITOS
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 FIXANDO CONCEITOS 1 
Marque a alternativa correta
1. Analise se as proposições são verdadeiras ou falsas e depois marque a 
alternativa correta
Sobre o Seguro do Ramo de Riscos Diversos, podemos afirmar que:
( ) Originar novos tipos de seguros a serem divulgados ao mercado é 
objetivo do Ramo de Riscos Diversos.
( ) Para maior desenvolvimento e aperfeiçoamento do Ramo de Riscos 
Diversos, são fundamentais o intercâmbio e a troca de experiência com 
outros mercados.
( ) Agrupar vários ramos ou modalidades em uma única apólice é obje-
tivo do Ramo de Riscos Diversos.
( ) O Ramo de Riscos Diversos (RD) engloba todas as modalidades de 
seguro que, ainda estão em fase de experiência e observação.
Agora assinale a alternativa correta:
(a) V,F,V,V (b) V,F,F,V (c) V,V,V,V (d) F,V,V,F (e)V,F,V,F
Marque a alternativa correta
2. A principal característica do Ramo de Riscos Diversos é:
(a) Possuir e manter sempre um número reduzido de modalidades de 
seguro, no máximo cinco.
(b) Seu aspecto criativo ou inovador.
(c) Adotar exclusivamente tarifas estabelecidas pelo ressegurador.
(d) Manter a estabilização técnica, evitando criar inovações.
(e) A tradicionalidade de seus produtos.
3. O Seguro de Riscos Diversos destina-se a atender às necessidades dos 
segurados para riscos seguráveis em que não haja ainda condições de 
cobertura disponíveis no mercado segurador brasileiro, caracterizando-se, 
portanto, por:
(a) Possuir sempre uma linha demarcatória de aplicação.
(b) Dispensar todo e qualquer tipo de pesquisa para a criação de novos 
produtos.
(c) Tratar somente de riscos já enquadrados nas coberturas oferecidas 
por outros ramos.
22
FIXANDO CONCEITOS
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
(d) Ser um ramo de estabilidade técnica, ou seja, sem alterações em 
suas condições e disposições tarifárias.
(e) Ser o grande laboratório do mercado de seguros brasileiro.
4. O intercâmbio e a troca de experiências do mercado segurador brasilei-
ro com outros mercados são uma constante no Ramo de Seguro de Riscos 
Diversos, porque:
(a) As condições gerais do ramo são bastante abrangentes e contêm a 
relação de todos os riscos excluídos do contrato, dispensando, portan-
to, a sua menção nas condições especiais, qualquer que seja a modali-
dade de seguro contratada.
(b) As coberturas da apólice de Seguro de Riscos Diversos abrangem 
os prejuízos decorrentes de vício intrínseco, mau acondicionamento e 
insuficiência ou impropriedade da embalagem do bem ou da mercado-
ria segurada.
(c) A filosofia que norteia o Ramo de Riscos Diversos é a de que tudo 
pode ser segurado e, portanto, todas as suas modalidades de cobertura 
do tipo “todos os riscos”.
(d) Por ser criativo e inovador, o Ramo de Riscos Diversos necessita 
conhecer os novos ramos e modalidades de seguro desenvolvidos por 
outros mercados para atingir uma maior consolidação técnica e melhor 
atender ao mercado consumidor brasileiro de seguros.
(e) As bases técnicas e condições de contratação de todas as modalida-
des de Seguro de Riscos Diversos foram obtidas através de intercâmbio 
com os mercados internacionais.
5. Na apólice de Riscos Diversos, a cláusula das condições gerais que 
estabelece a transferência, paraa seguradora, de direitos e ações do 
segurado contra terceiros cujos atos tenham dado causa ao prejuízo inde-
nizado é a de:
(a) Prescrição. (d) Caducidade do seguro.
(b) Pagamento do prêmio. (e) Perda de indenização.
(c) Sub-rogação de direitos.
6. A caducidade do Seguro de Riscos Diversos é automática quando se 
atesta a existência de:
(a) Rateio. (d) Reposição de perdas.
(b) Vigência inferior a 1 (um) ano. (e) Sub-rogação de direitos.
(c) Fraude do segurado.
23
FIXANDO CONCEITOS
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
Analise as proposições a seguir e depois marque a alternativa correta:
7. São objetivos do Ramo de Riscos Diversos:
I) Controlar pedidos de coberturas não tarifadas.
II) Agrupar vários ramos ou modalidades em uma única apólice.
III) Originar novos tipos de seguros a serem divulgados ao mercado.
Agora assinale a alternativa correta:
(a) Somente I é proposição verdadeira.
(b) Somente I e II são proposições verdadeiras.
(c) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(d) Somente II e III são proposições verdadeiras.
(e) I, II e III são proposições verdadeiras.
8. Considere as disposições da Cláusula de Reintegração da Importância 
Segurada, prevista no Ramo de Riscos Diversos para algumas modalida-
des de seguro, e analise as proposições a seguir:
I) Quando cabível, a reintegração é válida a partir da data do sinistro, se 
solicitada pelo segurado até 48 horas após a sua ocorrência.
II) O prêmio da reintegração deverá ser cobrado na base pro rata temporis.
III) A reintegração é aplicada a todas as modalidades de Seguro do 
Ramo de Riscos Diversos, independentemente da forma de contratação 
do seguro.
Agora assinale a alternativa correta:
(a) Somente II é proposição verdadeira.
(b) Somente I e II são proposições verdadeiras.
(c) Somente I e III são proposições verdadeiras.
(d) Somente II e III são proposições verdadeiras.
(e) I, II e III são proposições verdadeiras.
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA 24
UNIDADE 202
MODALIDADES do
RAMO de RISCOS DIVERSOS
 ■ Conhecer as modalidades 
de seguro atualmente 
integrantes do Ramo de 
Riscos Diversos.
 ■ Entender os objetivos e 
as características de cada 
modalidade.
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
MODALIDADE – VALORES
COBERTURA – VALORES EM 
VEÍCULOS DE ENTREGA DE 
MERCADORIAS
COBERTURA – VALORES TRANS-
PORTADOS EM CARROS-FORTES 
SOB A GUARDA DE PORTADORES
MODALIDADE – JOALHERIA
MODALIDADE – MULTIRRISCOS 
DE OBRAS DE ARTE
MODALIDADE – FIDELIDADE
MODALIDADE – INSTRUMENTOS 
MUSICAIS E EQUIPAMENTOS 
DE SOM
MODALIDADE – MATERIAL 
RODANTE (VEÍCULOS 
FERROVIÁRIOS)
MODALIDADE – ROUBO DE BENS
FIXANDO CONCEITOS 2
 ■ Aprender quais os riscos 
cobertos, riscos excluídos 
e as formas de contratação 
de cada modalidade.
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA 25
UNIDADE 2
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
As seguradoras tiveram até 1º de janeiro de 2012 para encerrar a comercia-
lização, renovação e demais processos referentes a seguros de:
 ■ Equipamentos
 ■ Valores, incluindo valores no interior do estabelecimento dentro e/
ou fora de cofres-fortes ou caixas-fortes, valores transportados em 
carros-fortes e valores em trânsito em mãos de portadores
 ■ Alagamentos
 ■ Riscos de desmoronamento
 ■ Quebra de vidros
 ■ Edifícios em condomínio
 ■ Fidelidade de empregados
 ■ Joalherias
 ■ Registros e documentos (despesas de recomposição)
 ■ Tumultos
 ■ Multirrisco de obras de arte
 ■ Vendaval, furacão, ciclone, tornado, granizo, queda de aeronaves, 
impacto de veículos terrestres e fumaça
Após 1º de janeiro de 2012, as seguradoras somente puderam passar a 
comercializar seguros contra tais riscos baseados em planos de seguro 
próprios, não padronizados pela SUSEP/CNSP, mas devidamente aprova-
dos pela SUSEP.
Os seguros acima mencionados, antes classificados como Riscos Diver-
sos, foram classificados inicialmente pela Circular SUSEP 455, de 06 de 
Atenção
Equipamentos não Agrícolas 
serão abordados junto com 
Riscos de Engenharia em 
outro Manual.
Equipamentos Agrícolas 
serão abordados junto com 
Riscos Rurais.
26
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
dezembro de 2012 (atualmente revogada), e foram reclassificados de acor-
do com a regulamentação que dispõe sobre ramos de seguro através da 
Circular SUSEP 535, de 28 de abril de 2016, em seu Anexo I. O quadro a 
seguir resume a situação.
GRUPO
NOME DO 
GRUPO
IDENTIFICADOR 
DO RAMO
NOME DO 
RAMO OBSERVAÇÃO
01 Patrimonial 12 Assistência – 
Bens em Geral
Alterado. Ramo incluído pela Circular SUSEP 
395, de 2009. Engloba operações informa-
das antes da Circular SUSEP 395, de 2009, 
no Ramo Riscos Diversos (0171). Exclui as 
operações de seguro de garantia estendida/
complementação de garantia. Engloba as 
operações de seguros similares aos Serviços 
de Assistência.
01 Patrimonial 14 Compreensivo 
Residencial
Inalterado
01 Patrimonial 16 Compreensivo 
Condomínio
Inalterado
01 Patrimonial 18 Compreensivo 
Empresarial
Inalterado
01 Patrimonial 71 Riscos Diversos Alterado. Inclusão do antigo Ramo Roubo.
01 Patrimonial 73 Global de Bancos Inalterado
01 Patrimonial 95 Garantia Estendida/ 
Bens em Geral
Inalterado
01 Patrimonial 96 Riscos Nomeados 
e Operacionais
Inalterado
07 Riscos 
Financeiros
11 Riscos Diversos – 
Financeiros
Ramo Novo. Operações de seguros financei-
ros anteriormente contabilizadas no Ramo 
0171 – Riscos Diversos.
07 Riscos 
Financeiros
43 Stop Loss Inalterado. Ramo incluído pela Circular SUSEP 
no 395, de 2009. Operações informadas 
antes da Circular SUSEP no 395, de 2009, no 
Ramo Riscos Diversos (0171).
Foram classificados como riscos diversos os seguros cujas coberturas prin-
cipais fossem relativas aos seguros de danos e não sejam típicas de outros 
ramos de seguro.
Há poucos anos, havia, portanto, algumas dezenas de modalidades de Ris-
cos Diversos que acabaram migrando para outros seguros, sob forma de 
garantias adicionais ou acessórias, mas, quando se quer fazer uma apólice 
específica ou se exige uma contratação sob medida (tailor made) ou com 
27
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
LMI mais significativo, é comum que a subscrição seja direcionada de volta 
aos Riscos Diversos. Isto agora acontece para alguns seguros bastante 
específicos, como:
 ■ Equipamentos (não cobertos nos seguros compreensivos patri-
moniais)
 ■ Valores (não cobertos nos seguros patrimoniais, como é o caso de 
Valores no Interior do Estabelecimento, em Cofre ou em mãos de 
portadores)
 ■ Joalheria
 ■ Multirriscos de Obras de Arte
 ■ Fidelidade (nos casos mais significativos e específicos)
 ■ Instrumentos Musicais
 ■ Material Rodante (Veículos Ferroviários)
O Seguro de Riscos Diversos é definido pelas Condições Especiais, 
pois é nelas que se define a modalidade do seguro. Com isso, pode-
mos dizer que as Condições Gerais servem a todas as modalidades e 
é nas Condições Especiais que se define aquilo que estará segurado.
 MODALIDADE – VALORES 
Objetivo
Garantir ao segurado a indenização, em espécie, reparando ou repondo os 
valores, em virtude da ocorrência de um dos eventos cobertos pela apóli-
ce, conforme acordado nas condições da apólice.
Bens Seguráveis
 ■ Dinheiro, moedas
 ■ Metais preciosos, pedras preciosas e semipreciosas, pérolas, joias
 ■ Selos e estampilhas
 ■ Certificados de títulos, ações, cupons e todas as outras formas de 
títulos
 ■ Conhecimentos, recibos de depósitos de armazéns
 ■ Cheques, saques, ordens de pagamento
 ■ Apólices de seguro
Nota
Os seguros de Valores em 
geral migraram para os 
seguros compreensivos, 
salvo nos casos onde há 
grandes exposições a riscos. 
Destacaremos aqui as 
modalidades para Valores 
em Veículos de Entrega 
de Mercadorias e Valores 
Transportados em Carros- 
Fortes sob a Guarda de 
Portadores.
28
UNIDADE 2
RAMOSDIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 ■ Quaisquer outros instrumentos ou contratos, negociáveis ou não, 
que representem dinheiro ou bens
 ■ Quaisquer documentos nos quais esteja interessado o segurado 
ou cuja custódia tenha ele assumido, ainda que gratuitamente
Estelionato
Ato de obter, para si ou para outrem, vantagem patrimonial ilícita, em prejuízo alheio, 
induzindo ou mantendo em erro alguém, por meio fraudulento.
Extorsão
Ato pelo qual alguém, mediante violência ou ameaça, é constrangido a ceder bem ou 
dinheiro.
Sequestro
Reter alguém ilegalmente, com o intuito de receber resgate em troca de sua liberdade
Esses seguros não têm franquia
Riscos Cobertos 
 ■ Destruição ou perecimento dos valores em consequência de rou-
bo ou furto qualificado (efetuado ou tentado).
 ■ Quaisquer outros eventos decorrentes de causa externa (exceto 
aqueles expressamente excluídos pelas condições da apólice).
 ■ Extorsão, sem sequestro.
Riscos Excluídos
 ■ Extorsão mediante sequestro.
 ■ Furto simples, apropriação indébita ou estelionato.
 ■ Extravio ou desaparecimento inexplicável.
 ■ Infidelidade ou ato doloso de diretores, sócios, prepostos e/ou 
empregados.
 — Coberturas no Seguro Valores
Os dois tipos de coberturas no Seguro de Valores que permanecem em Ris-
cos Diversos e cuja forma de contratação é a Primeiro Risco Absoluto são:
 ■ Valores em Veículos de Entrega de Mercadorias.
 ■ Valores Transportados em Carros-fortes.
29
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 COBERTURA – VALORES EM VEÍCULOS 
 DE ENTREGA DE MERCADORIAS 
Bens Seguráveis
Valores transportados por veículos de entrega de mercadorias do 
local de origem para outro(s) local(is) especificado(s) na apólice.
Exigência: os valores devem estar guardados em cofre de aço, com 
alçapão ou boca de lobo, dotado de fechadura de segurança e devi-
damente soldado no interior do veículo transportador.
Bens Não Compreendidos pelo Seguro
 ■ Valores guardados fora do cofre com alçapão ou boca de lobo (se, 
por exemplo, um motorista ou ajudante for assaltado com parte do 
dinheiro das mercadorias vendidas em seu poder, isto é, fora do 
cofre do veículo, a seguradora não indenizará).
 ■ Valores em trânsito, sob a responsabilidade de empresas especia-
lizadas em transporte de valores.
 COBERTURA – VALORES TRANSPORTADOS 
 EM CARROS-FORTES SOB A 
 GUARDA DE PORTADORES 
Bens Seguráveis
Valores sendo transportados, sob a guarda de portadores, em carros-for-
tes. Consideram-se portadores os componentes da guarnição dos carros-
fortes, empregados ou não do segurado.
Bens Não Compreendidos pelo Seguro
 ■ Valores transportados em veículos não especificados na apólice.
 ■ Valores deixados, durante o período em que permanecerem nos 
escritórios do segurado (empresas de transporte de valores), para 
qualquer finalidade, inclusive preparação de envelopes de paga-
mento, ainda que sob sua responsabilidade.
Saiba mais
Entende-se por valor 
extrínseco o valor atribuído 
ao bem, enquanto que o 
valor intrínseco é o valor 
de reposição do bem, sem 
qualquer valor agregado a 
título de ter o bem um valor 
estimativo ou ser uma raridade 
ou uma obra de arte ou uma 
coleção ou similares.
30
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 MODALIDADE – JOALHERIA 
Objetivo
Garantir ao segurado a indenização em espécie ou a reparação dos danos 
ou a reposição das joias e demais mercadorias similares seguradas, em 
virtude da ocorrência de um dos riscos cobertos pela apólice.
Bens Seguráveis
Joias, artigos de ouro, prata, platina, metais preciosos ou semipreciosos, 
de todos os tipos e espécies, e outras mercadorias inerentes ao ramo de 
negócio de joalherias.
Bens Não Compreendidos pelo Seguro
 ■ Bens não pertencentes ao segurado, exceto se sob sua custódia.
 ■ Mercadorias ou materiais não inerentes ao ramo de joalherias.
Riscos Cobertos
São cobertos as perdas e os danos materiais causados aos bens por quais-
quer eventos de causa externa (não expressamente excluídos), incluindo-
se o trânsito em mãos de portadores maiores de 18 anos, com vínculo 
empregatício ou com contrato de prestação de serviços com o segurado.
Riscos Excluídos
 ■ Extorsão mediante sequestro
 ■ Furto simples, apropriação indébita ou estelionato
 ■ Extravio ou desaparecimento inexplicável
 ■ Infidelidade ou ato doloso de diretores, sócios, prepostos e/ou 
empregados
 ■ Vício próprio, umidade e chuva
 MODALIDADE – MULTIRRISCOS 
 DE OBRAS DE ARTE 
Objetivo
Garantir ao segurado a indenização decorrente de roubo, furto qualifica-
do, incêndio e outros riscos capazes de danificar total, ou parcialmente, as 
obras de arte ou raridades seguradas.
31
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
Bens Seguráveis
Livros, quadros, esculturas, estatuetas, tapetes e demais bens comprova-
damente considerados obras de arte ou raridades.
Exige-se um documento de identificação com foto, valor de mercado e 
especificações da obra, elaborado por um especialista e aceito previa-
mente pela seguradora. Esses bens podem pertencer tanto à pessoa física 
quanto à pessoa jurídica.
Atenção
Os seguros multirriscos para obras de arte em geral têm condições especiais distintas 
quando se destinam à cobertura de Coleções, Museus, Marchands e Exposições. Nes-
te caso, inclui uma cobertura especial comumente chamada de “prego a prego”, que 
significa o transporte das obras de arte desde o local onde estão originalmente expos-
tas até o local da nova exposição e seu retorno.
Bens Não Compreendidos pelo Seguro
Os bens não compreendidos pelo seguro são os objetos não enquadrados 
como obras de arte ou raridades.
Riscos Cobertos
 ■ Incêndio, raio, explosão de qualquer natureza e suas consequências
 ■ Alagamento, desmoronamento, terremoto, tremores de terra e 
maremotos, vendaval, furacão, ciclone, tornado, granizo
 ■ Queda de aeronaves, impacto de veículos terrestres, máquinas ou 
qualquer outro equipamento utilizado no local
 ■ Roubo e furto qualificado, inclusive os danos provocados por sim-
ples tentativa
 ■ Tumultos, motins e riscos congêneres, inclusive atos dolosos 
 praticados por terceiros
Riscos Excluídos
Os principais riscos excluídos são:
 ■ Desgaste natural causado pelo uso, deterioração gradativa, corro-
são, incrustação
 ■ Defeito latente
 ■ Desarranjo mecânico
 ■ Ferrugem, umidade e chuva
32
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 ■ Queda, quebra, amassamento ou arranhadura, salvo se decorren-
tes de evento coberto pela apólice, devidamente caracterizado
 ■ Operações de reparo, ajustamentos, serviços em geral de manu-
tenção ou restauração
 ■ Negligência do segurado, ou de seus empregados e prepostos, na 
utilização ou no trato dos bens cobertos, assim como na adoção 
de todos os meios razoáveis para salvá-los e preservá-los durante 
ou após a ocorrência de qualquer sinistro
 ■ Subtração dolosa ou culposa, atos desonestos, fraudulentos ou 
criminosos, praticados por funcionário ou preposto do segurado, 
quer agindo isoladamente ou aliado a terceiros
 ■ Furto simples
 ■ Desaparecimento inexplicável, extravio
 ■ Prejuízos consequentes de embalagens ou acondicionamentos 
em desacordo com os padrões exigíveis pelos bens cobertos
Inspeção ou Vistoria Prévia
A inspeção ou vistoria prévia, em geral, é realizada por especialistas em 
obras de arte contratados pela seguradora.
Cobertura Acessória
Pode ser contratada a cobertura acessória de transporte para ida e/ou 
volta em caso de exposições dos bens segurados, inclusive para viagens 
internacionais.
 MODALIDADE – FIDELIDADE 
Objetivo
O Seguro Fidelidade garante indenização ao segurado pelos prejuízos que 
ele venha a sofrer em consequência de crimes contra o seu patrimônio, 
causados por seus empregados, e aplica-se somente àqueles, responsá-
veis criminalmente, contratados no Brasil sob o regime da CLT (Consoli-
dação das Leis do Trabalho) e a funcionários públicos civis regidospelo 
Estatuto dos Funcionários Públicos.
Riscos Cobertos
A cobertura abrange os prejuízos materiais, diretamente causados por cri-
33
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
me de apropriação indébita ou peculato, cometido por empregado faltoso 
durante o período de vigência da apólice de seguro, incluindo-se as des-
pesas necessárias para recuperar os bens ou valores subtraídos.
Em caso de crime continuado, ou seja, de atos sucessivos de apropriação 
indébita cometidos pelo empregado infiel, o que determina a cobertura é a 
primeira data da improbidade, isto é, a data em que se iniciou o desvio de 
bens ou valores do patrimônio do segurado.
Riscos Excluídos
São excluídos do seguro:
 ■ O valor estimativo de qualquer bem integrante do patrimônio do 
segurado
 ■ O sinistro que não tenha ocorrido ou iniciado durante a vigência 
da apólice
 ■ O sinistro que não tenha sido descoberto pelo segurado no prazo 
de 360 dias a partir da data de sua ocorrência ou de seu início
 ■ O sinistro que não tenha sido descoberto pelo segurado no prazo 
de 60 dias a partir da data em que, por morte, demissão, ausência 
ou qualquer outro motivo, tenha cessado a relação de emprego ou 
vínculo entre o garantido faltoso e o segurado
 ■ O sinistro resultante, direta ou indiretamente, no todo ou em par-
te, de ato ilícito ou desonesto de qualquer dirigente do segurado, 
seus ascendentes, descendentes ou cônjuge
 ■ O sinistro cuja autoria não seja determinada por confissão espon-
tânea do empregado garantido, por inquérito policial ou por sen-
tença judicial
 ■ O sinistro causado por radiações ionizantes, contaminação por 
radioatividade ou combustão de materiais nucleares
 ■ O sinistro consequente de incêndio, raio ou explosão, estado de 
guerra, invasão de potência estrangeira, guerra civil, revolução, 
rebelião, atos de terrorismo, sedição, poder militar usurpado ou 
usurpante, greves, lockout, atos do poder público para reprimir ou 
defender o segurado dos fatos citados, confiscos, sequestro de 
bens ou danos causados a eles por ordem de governo ou de auto-
ridade pública com poderes de fato para tanto
Delito de funcionário público que 
se apropria de valor ou qualquer 
outro bem móvel em proveito 
próprio ou alheio.
34
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
Modalidades de Seguro Fidelidade
O Seguro Fidelidade abrange três modalidades de contratação:
Fidelidade Funcional
Para o funcionalismo público civil;
Fidelidade Comercial Nominativa
Para os funcionários de empresas privadas, devidamente identifi-
cados; e
Fidelidade Comercial Aberta (chamada Blanket)
Para todos os funcionários de uma empresa privada, independen-
temente de sua prévia identificação.
Somente na modalidade Fidelidade Comercial Aberta (ou Blanket) se exi-
ge franquia, a qual corresponde a 5% dos prejuízos apurados.
Limite de Responsabilidade
A importância segurada de cada modalidade, mencionada na apólice, 
representa:
Fidelidade Funcional ou na Fidelidade 
Comercial Nominativa 
O limite máximo de responsabilidade assumida pela seguradora, 
em relação a cada garantido, no caso de um sinistro; e
Na Fidelidade Comercial Aberta
O limite máximo de indenização por sinistro ocorrido.
Condições da Apólice de Seguro Fidelidade
As condições contratuais da apólice de Seguro Fidelidade estabelecem 
que cabe ao segurado:
 ■ Tomar precauções para evitar a ocorrência de sinistros, como:
 » Rigorosa prestação de contas periódicas dos garantidos
 » Controle de estoques
 » Registros contábeis atualizados
 » Controles, inspeções e auditorias frequentes
 ■ Facilitar as verificações por parte da seguradora
 ■ Não contratar outro Seguro Fidelidade para garantir as mesmas 
pessoas
 ■ Em caso de sinistro, tomar as medidas possíveis para redução dos 
prejuízos
35
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 ■ Obter do faltoso confissão espontânea ou, na falta desta, fazer 
abrir o competente inquérito policial, visando à apuração das res-
ponsabilidades
 ■ Apresentar provas dos prejuízos à seguradora, relacionando por 
escrito, em 30 dias, os bens ou valores subtraídos
 ■ Não acertar acordo com o empregado (ou funcionário) sem a 
anuência da seguradora
Vigência do Seguro
Nas modalidades de Fidelidade Comercial Nominativa e Fidelidade 
Comercial Aberta, o prazo máximo de vigência do seguro é de 12 meses, 
admitindo-se seguros por prazos menores, mediante a aplicação de uma 
Tabela de Prazo Curto específica.
Na modalidade de Fidelidade Funcional, o prazo é, normalmente, de cin-
co anos, com pagamento de prêmio antecipado para cada período anual, 
devendo ser renovado quinquenalmente, de modo a vigorar enquanto o 
funcionário garantido estiver no exercício do cargo.
Partes Integrantes do Seguro Fidelidade
Segurado
É quem contrata o seguro. Pode ser uma empresa privada ou a 
União, os estados, os municípios ou o Distrito Federal;
Seguradora
É a empresa que garante ao segurado indenização por prejuízos 
materiais causados pelos garantidos ao seu patrimônio, pelo crime 
de apropriação indébita ou peculato; e
Garantidos
São os empregados do segurado, especificados nas condições 
especiais da apólice.
Para efeito das disposições da apólice do Seguro Fidelidade, são conven-
cionadas as seguintes definições:
Empregado
Toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual 
ao segurado, sob a dependência deste e mediante salário, na for-
ma estabelecida na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ou no 
Estatuto dos Funcionários Públicos Civis;
Garantidos
Os empregados do segurado ou os funcionários públicos, respon-
sáveis penalmente, referidos nas cláusulas especiais de apólice;
36
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
Patrimônio do segurado 
Todos os valores e bens de sua propriedade ou de terceiros, sob 
sua guarda e custódia, e pelos quais o segurado seja legalmente 
responsável; e
Sinistro
Ocorrência de delitos contra o patrimônio do segurado, previstos no 
Código Penal Brasileiro, representados por evento ou série de even-
tos contínuos e praticados por garantido ou garantidos coniventes.
 MODALIDADE – INSTRUMENTOS 
 MUSICAIS E EQUIPAMENTOS 
 DE SOM 
Objetivo e Riscos Cobertos
A seguradora se obriga a indenizar o segurado pelas perdas e danos mate-
riais causados aos bens identificados unitariamente na apólice por quaisquer 
acidentes decorrentes de causa externa, exceto os riscos excluídos, ficando 
entendido e concordado que a cobertura da apólice abrange os bens segura-
dos quando em depósito, em uso ou em trânsito no território brasileiro.
Riscos Excluídos
A apólice não cobre:
 ■ Lucros cessantes por paralisação parcial ou total dos aparelhos 
segurados.
 ■ Desgaste natural causado pelo uso, deterioração gradativa, vício 
próprio, defeito latente, desarranjo mecânico, corrosão, incrusta-
ção, ferrugem, umidade e chuva.
 ■ Furto qualificado, roubo, extorsão, apropriação indébita, esteliona-
to, praticados contra o patrimônio do segurado por seus funcioná-
rios ou prepostos, quer agindo por conta própria ou mancomuna-
dos com terceiros.
 ■ Operações de reparo ou ajustamento, ou serviços de manutenção 
ou reparação em geral, salvo se ocorrer incêndio ou explosão e, 
nesse caso, responderá somente por perdas e danos causados 
por tal incêndio ou explosão.
 ■ Demoras de qualquer espécie ou perda de mercado.
37
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 ■ Apropriação ou destruição por força de regulamentos alfandegários.
 ■ Riscos provenientes de contrabando, transporte ou comércio ilegais.
 ■ Acondicionamento inadequado dos aparelhos segurados durante 
depósito ou transporte.
 ■ Utilização inadequada dos aparelhos segurados, seja por funcio-
namento em condições impróprias, seja por uso excessivo em 
relação à sua capacidade normal de trabalho.
 ■ Negligencia na utilização dos aparelhos, bem como na adoção de 
todos os meios razoáveis parasalvá-los e preservá-los durante ou 
após a ocorrência de qualquer sinistro.
 ■ Curto-circuito, sobrecarga, fusão ou outros distúrbios elétricos 
causados a dínamos, alternadores, motores, transformadores, con-
dutores, chaves e demais acessórios elétricos, salvo se ocorrer 
incêndio, caso em que serão indenizáveis somente os prejuízos 
causados por tal incêndio.
 ■ Furto simples, desaparecimento inexplicável ou simples extravio.
 ■ Queda, quebra, amassamento e arranhadura, salvo se decorrentes 
de riscos cobertos.
 ■ Apagamento de fitas gravadas por ação de campos magnéticos de 
qualquer origem.
Limite Máximo de Indenização
Fica entendido e concordado que o Limite Máximo de Indenização desta 
apólice representa o máximo de responsabilidade da seguradora em um 
sinistro ou em uma série de sinistros decorrentes de um mesmo evento.
Cálculo do Prejuízo e da Indenização
Para determinação dos prejuízos indenizáveis de acordo com as condições 
expressas nesta apólice, tomar-se-á por base o custo da reparação, recupe-
ração ou substituição do aparelho sinistrado, respeitadas as suas caracterís-
ticas anteriores. A seguradora também indenizará custo de desmontagem e 
remontagem que se fizerem necessárias para efetuação dos reparos, assim 
como despesas normais de transporte até a oficina de reparos e despesas 
aduaneiras, se houver. Se os reparos forem executados em oficina do próprio 
segurado, a seguradora indenizará o custo do material e mão de obra decor-
rentes dos reparos efetuados e mais uma porcentagem razoável de despe-
sas de overhead. Para efeito de indenização, a seguradora não procederá 
a qualquer redução dos prejuízos a título de depreciação, com relação às 
partes reparadas e substituídas, entendendo-se, porém, que o valor eventual 
atribuído aos remanescentes substituídos deverá ser deduzido dos prejuízos.
Em qualquer caso, a indenização ficará limitada ao valor do bem sinistrado, 
38
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
entendendo-se como valor atual o valor do bem no estado de novo, a pre-
ços correntes em data imediatamente anterior à da ocorrência do sinistro, 
deduzida a depreciação por uso, idade e estado de conservação.
Serão incluídas no valor de novo despesas de importação e despesas nor-
mais de transporte e montagem.
Franquia
Correrão por conta do segurado os primeiros prejuízos decorrentes de 
perdas e danos derivados de uma mesma ocorrência até o limite estabele-
cido na “especificação” desta apólice.
Fica entendido e concordado, entretanto, que a franquia não será aplicada 
em caso de “perda total” do bem sinistrado.
Rateio
Se, por ocasião de sinistro, o valor atual dos bens segurados por esta apó-
lice for superior à respectiva Importância Segurada, o segurado será con-
siderado cossegurador da diferença e participará dos prejuízos na propor-
ção que lhe couber em rateio.
Cada bem segurado (se houver mais de uma apólice) ficará separadamen-
te sujeito a esta condição, não podendo o segurado alegar excesso de 
valor segurado de um bem para compensação de outro.
Reintegração
Se, durante a vigência desta apólice, ocorrerem um ou mais sinistros pelos 
quais seja a seguradora responsável, a importância segurada do item sinis-
trado ficará reduzida da importância correspondente ao valor da indeniza-
ção paga, a partir da data da ocorrência do sinistro, não tendo o segurado 
direito à restituição do prêmio correspondente àquela redução.
Nesta hipótese, desde que tenha sido expressamente solicitada pelo 
segurado e tenha havido anuência formal da seguradora, fica facultada a 
reintegração da importância segurada, observados os seguintes critérios:
 ■ A partir da data da ocorrência do sinistro: desde que a solicitação 
do segurado seja feita até 72 (setenta e duas) horas após a ocor-
rência do sinistro.
 ■ A partir da data da anuência formal da seguradora: quando a solici-
tação do segurado for feita mais de 72 (setenta e duas) horas após 
a ocorrência do sinistro.
 ■ Em qualquer hipótese, o prêmio respectivo será calculado propor-
cionalmente ao período de vigência da apólice a decorrer e cobra-
do por ocasião do pagamento da indenização.
39
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
Perda Total
Ocorrerá “perda total” quando o custo da reparação ou recuperação do 
bem sinistrado atingir ou ultrapassar 75% (setenta e cinco por cento).
Salvados
Ocorrendo sinistro que atinja bens descritos nesta apólice, o segurado não 
poderá abandonar os salvados e deverá tomar desde logo todas as provi-
dências cabíveis no sentido de protegê-los e minorar os prejuízos.
A seguradora poderá, de acordo com o segurado, providenciar no sentido 
de que haja um melhor aproveitamento dos salvados, ficando entendido e 
concordado, no entanto, que quaisquer medidas tomadas pela seguradora 
não implicarão reconhecer-se ela obrigada a indenizar os danos ocorridos.
 MODALIDADE – MATERIAL RODANTE 
 (VEÍCULOS FERROVIÁRIOS) 
Objetivo
Garantir ao segurado a indenização em espécie ou a reparação dos danos, 
ou a reposição dos bens segurados, em virtude da ocorrência de um dos 
riscos cobertos pela apólice.
Bens Seguráveis
Todo e qualquer tipo de veículo terrestre ferroviário (exemplo: vagões, vago-
netes, locomotivas, bondes) que trafegue sobre trilhos dentro do território bra-
sileiro. O seguro só poderá ser efetuado se, na apólice, forem incluídos todos 
os materiais rodantes de propriedade do segurado e por ele utilizados.
Bens Não Compreendidos pelo Seguro
Este seguro não abrange os materiais rodantes operando em locais sub-
terrâneos ou submersos, à exceção das composições ferroviárias desti-
nadas ao tráfego regular em linhas subterrâneas, como, por exemplo, as 
composições metroviárias, as quais poderão estar abrangidas por esta 
modalidade de seguro.
Riscos Cobertos
 ■ Incêndio e explosão, inclusive nas operações de reparo e manu-
tenção.
40
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 ■ Queda de raio, alagamento e inundação, terremoto, tremor de ter-
ra, vendaval, furacão, ciclone, tornado, granizo, queda de aerona-
ves e impacto de veículos terrestres.
 ■ Descarrilamento, colisão ou abalroamento.
 ■ Queda de pontes, barreiras e similares.
Riscos Excluídos
 ■ Desgaste, corrosão, ferrugem.
 ■ Desarranjo mecânico.
 ■ Danos elétricos.
 ■ Serviços de reparos ou manutenção, salvo se ocorrer incêndio ou 
explosão.
 ■ Lucros cessantes.
 ■ Tumultos, motins e riscos congêneres.
Cobertura Acessória ou Adicional
A cobertura acessória ou adicional admitida é a de Danos Elétricos.
 MODALIDADE – ROUBO DE BENS 
Perdas e danos decorrentes de roubo ou furto de mercadorias, máquinas, 
equipamentos, instalações e matérias-primas inerentes ao ramo de negó-
cios do Segurado no local do risco descrito na apólice. Respeitado o limite 
da importância segurada, a presente cobertura abrange, ainda, qualquer 
dano material diretamente causado aos bens segurados durante a prática 
ou tentativa de roubo ou furto.
Eventos Não Cobertos
 ■ Furto simples, definido no artigo 155 do Código Penal como “sub-
trair, para si ou para outrem, coisa móvel alheia”.
 ■ Extorsão mediante sequestro, definida no artigo 159 do Código 
Penal como “sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para 
outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate”.
 ■ Extorsão indireta, definida no artigo 160 do Código Penal como 
“exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação 
de alguém, documento que pode dar causa e procedimento crimi-
nal contra a vítima ou contra terceiro”.
41
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 ■ Furto qualificado, conforme definido nos incisos II, III e IV do pará-
grafo 4º do artigo 155 do Código Penal, respectivamente:
II – “com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada” ou 
“destreza”.
III – “com emprego de chave falsa”.
IV – “mediante concurso de duas ou mais pessoas” (sem que 
tenha ocorrido destruiçãoou rompimento do obstáculo à subtra-
ção da coisa).
Bens Não Compreendidos no Seguro
 ■ Automóveis, motocicletas e qualquer outro veículo de proprieda-
de do Segurado, de terceiros e de funcionários, sob guarda do 
Segurado para qualquer finalidade, como estacionamento, manu-
tenção, consertos e reparos. Estarão compreendidos, entretanto, 
os veículos do Segurado ou de terceiros em consignação que se 
destinarem exclusivamente à venda e cuja venda seja atividade 
inerente ao ramo de negócios do Segurado, devidamente compro-
vado por meio de notas fiscais ou contratos específicos.
 ■ Sem prejuízo do disposto na alínea acima, qualquer outro bem de 
terceiros em poder do Segurado, para fins de venda em consigna-
ção, reparos, consertos e revisões, salvo os devidamente compro-
vados por meio de notas fiscais ou ordem de serviços.
 ■ Componentes, peças e acessórios instalados ou existentes no inte-
rior de aeronaves, embarcações ou veículos de qualquer espécie.
 ■ Bens ao ar livre e em edificações, coberturas semiabertas (gal-
pões, alpendres, passeios públicos, barracões e semelhantes).
 ■ Equipamentos eletrônicos não relacionados na apólice.
 ■ Softwares desenvolvidos pelo Segurado ou por terceiros sob 
encomenda, estando cobertos, entretanto, os softwares comer-
cializados oficialmente (como Lotus, Windows, Office, CorelDraw, 
entre outros);
 ■ Pedras e metais preciosos, títulos e outros papéis que tenham ou 
representem valor;
 ■ Dinheiro e cheques;
 ■ Joias, relógios, quadros, objetos de arte ou de valor estimativo, 
raridades, tapetes, livros considerados raridades, excetuando-se 
os casos em que tais bens forem mercadorias inerentes ao ramo 
de negócios do Segurado.
 ■ Animais de qualquer espécie.
“subtrair, para si ou para 
outrem, coisa móvel alheia com 
destruição ou rompimento de 
obstáculo à subtração da coisa” 
(artigo 155 do Código Penal, 
parágrafo 4º, inciso I).
Roubo
“subtrair coisa móvel alheia, 
para si ou para outrem, mediante 
grave ameaça ou violência à 
pessoa, ou depois de havê-la, 
por qualquer meio, reduzido à 
impossibilidade de resistência” 
(artigo 157 do Código Penal).
42
UNIDADE 2
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 ■ Imóveis em construção, demolição, reconstrução, reformas ou 
alteração estrutural no imóvel, bem como qualquer tipo de obra, 
inclusive instalações e montagens.
 
43
FIXANDO CONCEITOS
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 FIXANDO CONCEITOS 2 
Marque a alternativa correta
1. O Seguro de Valores não cobre:
(a) Dinheiro em espécie.
(b) Joias.
(c) Objetos de arte ou raridade pelo seu valor extrínseco.
(d) Cheques nominativos.
(e) Selos e estampilhas.
2. Analise as proposições a seguir e depois marque a alternativa correta:
I) O Seguro Fidelidade garante ao segurado indenizações decorrentes de 
prejuízos materiais, causados por crime de apropriação indébita e peculato 
de seus funcionários, ocorridos durante a vigência do seguro.
II) Considerando-se as relações criadas quando da contratação do Seguro 
Fidelidade, o segurado é o empregado, o garantido é a empresa e o garan-
tidor é a seguradora.
III) Dada empresa, ao contratar o Seguro Fidelidade, poderá espaçar seus 
controles, inspeções, auditorias e rigor nas prestações de contas, já que, 
à luz do amparo jurídico, as garantias securitárias são inequívocas e de 
caráter substitutivo.
IV) O Seguro Fidelidade apresenta as modalidades Comercial Nominativa, 
Funcional e Comercial Aberta.
V) A franquia prevista no Seguro Fidelidade é aplicada somente na moda-
lidade Funcional.
Agora assinale a alternativa correta:
(a) Somente II é proposição verdadeira.
(b) Somente IV é proposição verdadeira.
(c) Somente a V é proposição verdadeira.
(d) Somente I e IV são proposições verdadeiras.
(e) Somente II e III são proposições verdadeiras.
3. Marque a alternativa que preencha corretamente a(s) lacuna(s):
Cessada a relação de emprego entre o garantido faltoso e o segurado 
por demissão dele, os delitos, eventualmente descobertos posterior-
mente à data da cessação do contrato de trabalho, somente estarão 
44
FIXANDO CONCEITOS
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
cobertos até o prazo máximo de ____________, contados a partir da 
cessação da relação trabalhista.
(a) 10 dias
(b) 30 dias
(c) 45 dias
(d) 60 dias
(e) 90 dias
Marque a alternativa correta
4. Não são amparados pelo Seguro Fidelidade:
(a) Valores ou dinheiro em espécie.
(b) Cheques nominais ao segurado.
(c) Mercadorias que representem valores.
(d) Bens que representem valores ou dinheiro em espécie.
(e) Indenização de bens pelo seu valor estimativo.
Marque a alternativa falsa 
5. O Seguro Fidelidade:
(a) Garante ao segurado o pagamento de indenização pelos prejuízos 
que ele venha a sofrer em consequência de crimes contra o seu patri-
mônio, praticados por seus empregados.
(b) Não exige que o segurado identifique o autor do prejuízo.
(c) Exige que o empregado faltoso seja réu confesso ou venha a ser 
judicialmente declarado culpado ou ter a culpa determinada em inqué-
rito judicial.
(d) É aplicável a empregados sob o regime da CLT ou do Estatuto do 
Funcionário Público Civil.
(e) Garante prejuízos que o segurado sofra em consequência de apro-
priação indébita de valores de terceiros dentro do seu estabelecimento.
Marque a alternativa correta
6. É considerado risco excluído em Riscos Diversos – Material Rodante:
(a) Incêndio.
(b) Inundação.
(c) Terremoto.
(d) Abalroamento.
(e) Reparo.
45
FIXANDO CONCEITOS
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 7. A modalidade de Seguro de Equipamentos que garante a cobertura 
para veículos ferroviários no Ramo de Seguro de Riscos Diversos é a de:
(a) Equipamentos Móveis.
(b) Equipamentos Móveis – Viagens de Entrega.
(c) Material Rodante.
(d) Equipamentos Rodantes.
(e) Equipamentos Estacionários.
8. Informe qual Cobertura Acessória pode ser contratada no Seguro Multir-
riscos de Obras de Arte em caso de exposição dos bens segurados:
(a) Fidelidade.
(b) Furto simples.
(c) Extravio.
(d) Transportes de ida e volta.
(e) Restauração
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA 46
UNIDADE 303
SEGURO GARANTIA
 ■ Identificar as partes 
integrantes das operações 
do Seguro Garantia.
 ■ Conhecer as modalidades 
do Ramo de Seguro 
Garantia e suas 
aplicabilidades.
Após ler esta unidade, você deve ser capaz de
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
DEFINIÇÕES E 
CARACTERÍSTICAS
CONDIÇÕES DA APÓLICE DE 
SEGURO GARANTIA
FIXANDO CONCEITOS 3
TÓPICOS 
DESTA UNIDADE
 ■ Compreender alguns 
conceitos básicos da 
regulação e liquidação de 
sinistros deste ramo.
 ■ Conhecer as principais 
condições da apólice de 
Seguro Garantia.
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA 47
UNIDADE 3
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
O seguro garantia surgiu nos Estados Unidos através da constatação, pelo 
Governo americano, de perdas da ordem de US$ 55.000.000,00, em vir-
tude da inadimplência de construtores em contratos públicos. Em 1893, 
o Congresso americano aprovou o chamado Heard Act, estabelecendo a 
obrigatoriedade das cauções de garantias em todos os contratos governa-
mentais. Assim, transferia-se para a iniciativa privada o risco de inadimplên-
cia, como o trabalho de pré-qualificação das empresas, podendo, desta 
forma, aplicar com maior segurança os recursos públicos. Surge então, por 
força de lei, em 1895, na Filadélfia, a primeira seguradora especializada na 
modalidade de seguro garantia.
Ainda no século XIX e nas primeiras décadas do século XX, a legislação 
específica recebeu sucessivas alterações, que a aprimoraram. Até que, em 
1935, entrou em vigor o denominado Miller Act, que incorporou maior pro-
teção ao e Estado, como, por exemplo, a utilização de garantias para forne-
cedores e mão de obra contratada. Evitou-se, assim, que o Estado viesse 
a ser executado judicialmente pelo inadimplemento de seus contratados 
junto a terceiros.
No Brasil, o históricodemonstra claramente o motivo pelo qual esta moda-
lidade de seguro demorou tanto a se consolidar. Várias foram as vezes 
em que o seguro foi citado, porém sempre lhe faltou a regulamentação 
necessária para a efetiva consolidação. Além disso, sempre se identificou 
a concorrência da fiança bancária.
Observamos, então, a menção de várias leis que sugeriam o seguro garantia:
 ■ O Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, tornou o seguro 
garantia obrigatório para incorporadores e construtores de imó-
veis. Ficou pendente, porém, sua regulamentação através do Con-
selho Nacional de Seguros Privados – CNSP.
48
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
 ■ O Decreto-Lei 200, de 25 de fevereiro de 1967, já incluía o seguro 
entre as modalidades de garantia que a administração direta e as 
autarquias podiam exigir dos licitantes; contudo, nunca lhe deram 
importância.
 ■ Em substituição ao Decreto-Lei 200, entrou em vigor o Decreto-Lei 
2.300, de 21 de novembro de 1986, e mais uma vez o seguro esta-
va presente ao lado da Fiança Bancária e da Caução.
 ■ A Lei 8.666, de 21 de junho de 1993, chamada de Nova Lei das Lici-
tações, após algumas discussões políticas, teve seu texto original 
vetado em todos os artigos que faziam menção ao seguro, sendo 
promulgada sem abordar o assunto.
 ■ A Lei 8.883, de 8 de junho de 1994, resolveu parte do engano. 
Recuperou o seguro como garantia possível, deixando a cargo do 
contratado escolher entre ele, a caução e a fiança, sempre que a 
autoridade exigir prestação de garantia nas contratações de obras, 
serviços e compras.
Durante muitos anos, as exigências do IRB como ressegurador monopo-
lista fazia com que o acesso ao seguro garantia fosse limitado a grandes 
incorporadoras e empreiteiras.
 DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS 
Seguro Garantia é o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações 
contraídas pelo tomador junto ao segurado em contratos privados e/ou 
públicos, bem como em licitações, como definido pela legislação em vigor.
Por exemplo, cobre o risco de uma das partes de contratos públicos, priva-
dos ou de licitações não cumprir prazos e custos previstos.
O Seguro Garantia deve evitar as obrigações simplesmente de pagamen-
to. Estas obrigações são conhecidas como garantias financeiras e dificil-
mente obtêm cobertura no mercado de seguros.
A outorga de Seguro Garantia está mais vinculada aos negócios financei-
ros do que às operações tradicionais de seguro, uma vez que a seguradora 
deixará seu patrimônio exposto, de forma análoga à operação de um ban-
co de crédito, aos riscos de perda de liquidez e quebra dos tomadores ou 
riscos de insolvências em tempos de recessão ou depressão econômica.
Tradicionalmente, em todo o mundo, as companhias que operam essa 
modalidade de seguro são seguradoras especializadas, já que este negó-
cio, por definição, é muito diferente das operações de Seguro Tradicional.
49
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
Observações Importantes
 ■ O valor da garantia é o valor máximo nominal garantido pela apólice.
 ■ O seguro é sempre a primeiro risco absoluto.
 ■ É vedado o estabelecimento de franquias, participações obrigatórias do segurado.
 ■ Quando efetuadas alterações previamente estabelecidas no contrato principal ou no 
documento que serviu de base para a aceitação do risco pela seguradora, o valor da 
garantia deverá acompanhar essas modificações, devendo a seguradora emitir o res-
pectivo endosso.
 ■ Para alterações posteriores efetuadas no contrato principal ou no documento que ser-
viu de base para a aceitação do risco pela seguradora, em virtude das quais se faça 
necessária a modificação do valor contratual, o valor da garantia poderá acompanhar 
essas modificações, desde que seja solicitado e haja o respectivo aceite pela segura-
dora, por meio da emissão de endosso. A vigência pode ser alterada de forma a ser 
compatibilizada com as alterações.
 ■ O prazo de vigência da apólice será:
I – igual ao prazo estabelecido no contrato principal, para as modalidades nas 
quais haja vinculação da apólice a um contrato principal; e
II – igual ao prazo informado na apólice, em consonância com o estabelecido nas 
Condições Contratuais do seguro, considerando a particularidade de cada modali-
dade para os demais casos.
A Circular SUSEP 477/2013, de 30/09/2013, definiu condições padroniza-
das para o Seguro Garantia, criando dois ramos distintos: Setor Público e 
Setor Privado.
 — Partes integrantes 
do Seguro Garantia
São partes integrantes das operações do Seguro Garantia:
Tomador 
Pessoa jurídica e/ou pessoa física (pouco usual) que assume, com 
o segurado, a tarefa de construir, fornecer bens ou prestar serviços, 
por meio de um contrato contendo as obrigações estabelecidas. Ao 
mesmo tempo, torna-se cliente e parceiro da seguradora, que passa 
a garantir seus serviços. Neste tipo de seguro, é ele o risco, o inte-
ressado em cumprir o contrato e quem paga o prêmio da apólice;
50
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
Segurado
Pessoa física ou jurídica contratante da operação, credor das obri-
gações assumidas pelo tomador no contrato principal. No seguro 
Garantia: Setor Público, o segurado é a Administração Pública ou 
o Poder Concedente.
Segurador
Quem garante o contrato ou o edital de concorrência.
Sinistro
O inadimplemento das obrigações do tomador cobertas pelo seguro.
As relações entre o tomador e a seguradora regem-se pelo estabelecido 
na proposta de seguro e no contrato de contragarantia, cujas disposições 
não interferem no direito do segurado.
O contrato de contragarantia é o instrumento legal que permite obter res-
sarcimento junto ao tomador, e a seus fiadores, dos valores pagos pela 
seguradora ao segurado.
A formalização do contrato de contragarantia é feita mediante a assinatura 
dos representantes legais da empresa e da assinatura como fiadores dos 
principais acionistas da empresa.
O contrato de contragarantia relaciona-se às partes em uma operação de 
Seguro Garantia, ou seja, o segurado recebe uma apólice de seguro emi-
tida pela seguradora, garantindo as obrigações do tomador, contraídas no 
contrato principal ou no edital de licitação. Para que se conclua a operação, 
a seguradora e o tomador assinam o contrato de contragarantia, assegu-
rando o direito de regresso da seguradora contra o tomador em um even-
tual sinistro. O risco é o próprio tomador, que é quem contrata o seguro e 
paga o respectivo prêmio.
 — Seguro Garantia: Setor Público
O seguro que objetiva garantir o fiel cumprimento das obrigações assu-
midas pelo tomador perante o segurado em razão de participação em 
licitação, em contrato principal pertinente a obras, serviços, inclusive de 
publicidade, compras, concessões ou permissões no âmbito dos Poderes 
da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, ou ainda as obrigações 
assumidas em função de:
 ■ Processos administrativos;
 ■ Processos judiciais, inclusive execuções fiscais;
 ■ Parcelamentos administrativos de créditos fiscais, inscritos ou não 
em dívida ativa; e
 ■ Regulamentos administrativos.
51
UNIDADE 3
RAMOS DIVERSOS I – RISCOS DIVERSOS E GARANTIA
Encontram-se também garantidos por este seguro os valores devidos ao 
segurado, como multas e indenizações, oriundos do inadimplemento das 
obrigações assumidas pelo tomador, previstos em legislação específica, 
para cada caso.
Contrato Principal no Seguro 
Garantia – Segurado: Setor Público
No Seguro Garantia: Segurado – Setor Público, o Contrato Principal é 
todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Públi-
ca (segurado) e particulares (tomadores), em que haja um acordo de vonta-
des para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, 
seja qual for a denominação utilizada.
Modalidades do Seguro 
Garantia – Segurado: Setor Público
As Modalidades de Garantia - Segurado Setor Público, são:
 ■ Licitante

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