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Câncer de Mama 1 - Discorra sobre o desenvolvimento e maturação mamária É muito importante conhecermos a anatomia da mama, pois através dela conseguimos entender a evolução e o comportamento das lesões mamárias. Além disso, é primordial na abordagem cirúrgica de doenças mamárias. Anatomia da mama As mamas são anexos da pele e do sistema reprodutivo humano. São constituídas por: Parênquima do tecido glandular; Estroma do tecido conectivo; Pele. ORIGEM DA MAMA A glândula mamária desenvolve-se no embrião a partir de dois espessamentos ectodérmicos verticais, as CRISTAS MAMÁRIAS, na parte ventrolateral do tronco. O tecido conectivo vascularizado que irá sustentar e nutrir o epitélio deriva do mesoderma. LOCALIZAÇÃO DAS MAMAS Glândula mamária localiza-se na parede torácica anterior, ventralmente aos músculos grande peitoral, serrátil anterior e oblíquo externo. É muito importante ressaltar que as mamas de uma mesma paciente costumam ser assimétricas, quase sempre deferindo em tamanho. Os limites da mama são assim definidos, podendo variar em função de seu tamanho e sua forma: Limite superior: 2a ou 3a costela Limite inferior: 6a ou 7a costela, em que se localiza o sulco inframamário Limite medial: borda do osso esterno Limite lateral: linha axilar média ou borda anterior do músculo grande dorsal Limite posterior: fáscia do músculo grande peitoral, serrátil anterior e oblíquo externo com a bainha do músculo reto abdominal. DIVISÃO DA MAMA Didaticamente, divide-se a mama em quatro quadrantes, o que possibilita a descrição da localização das lesões mamárias: Quadrante superior externo ou lateral (QSE/QSL) Quadrante inferior externo ou lateral (QIE/QIL) Quadrante superior interno ou medial (QSI/QSM) Quadrante inferior interno ou medial (QII/QIM). COMPOSIÇÃO DA MAMA A mama da mulher adulta compõe-se de três principais tecidos: Epitélio glandular; o Lobular (lobos: glândulas produtoras de leite) o Ductal. (ductos - pequenos tubos que transportam o leite dos lobos ao mamilo) Tecido conectivo; Tecido adiposo. ESTROMA e confere sustentação à mama. A separação dos dois tecidos do estroma não é possível durante a dissecção cirúrgica. Essa divisão é de suma importância, pois o quadrante superoexterno ou superolateral da mama contém a maior porção de tecido glandular e é o local de maior incidência de tumores mamários. TECIDO CONECTIVO + TECIDO ADIPOSO = ESTROMA Tais sistemas são envolvidos e entremeados por tecido adiposo e tecido conectivo de sustentação (estroma mamário), por onde passam vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. O estroma mamário é hormonalmente responsivo, mixomatoso e contém inúmeros linfócitos. Todo esse conjunto compõe o parênquima mamário. O parênquima da mama é constituído de 15 a 20 lobos de tecido glandular tubuloalveolar que convergem para o mamilo em direção radial. Os lobos são separados uns dos outros por projeções de tecido fibroso que envolvem o parênquima mamário. São formados por 20 a 40 lóbulos. Cada lóbulo é formado por 10 a 100 alvéolos (ácinos). Múltiplos lóbulos dispersos coalescem e drenam ductos que se unem no ducto e desembocam na superfície do mamilo. Durante o procedimento cirúrgico, não é possível definir anatomicamente os limites de um lobo com relação a outro, pois eles se entrelaçam, apesar de não se comunicarem. O lóbulo é a unidade morfofuncional da mama. O alvéolo é a unidade secretora. O ácino é a unidade secretora desenvolvida totalmente na gravidez e na lactação. Aproximadamente 75% dos lóbulos localizam-se na periferia da mama. Cada lóbulo apresenta seu respectivo ducto principal, com suas ramificações, seguindo até o mamilo. A aréola é a porção central da mama. Tem forma circular e apresenta tamanhos variados, de acordo com a dimensão da mama. É desprovida de pelos. A localização costuma ser no nível do quarto espaço intercostal. A coloração costuma ser rósea. No entanto, pode apresentar pigmentação mais escura, dependendo da etnia e de estímulo hormonal gravídico. A aréola contém glândulas sudoríparas e glândulas sebáceas formadoras de tubérculos que aumentam durante a gravidez. – se hipertrofiam e garantem a lubrificação do tecido areolar. Do centro da aréola, emerge o mamilo (ou papila mamária), de formato cilíndrico, comumente situado sobre o quarto espaço intercostal. A papila mamária é uma proeminência constituída, em sua maior parte, de fibras musculares lisas, dispostas circularmente. Ao se contraírem, comprimem os ductos, produzindo ereção da papila. Não tem glândulas sebáceas. EVOLUÇÃO DA MAMA AO LONGO DA IDADE O desenvolvimento mamário envolve processos dependentes de oscilações hormonais durantes as diferentes fases da vida. Durante a fase pré-puberdade verifica-se uma mama com estrutura glandular pouco desenvolvida, apresentando ductos rudimentares e ausência de alvéolos mamários, se assemelhando com as mamas dos homens. Durante a puberdade da mulher, as mamas crescem e a aréola aumenta, tornando-se mais pigmentada. Os ductos proliferam e formam lóbulos (campos glandulares). No entanto, os alvéolos secretores verdadeiros não se desenvolvem até a gravidez. É importante lembrar que os ductos que iniciam um processo de ramificação, por meio dos estímulos gerados pelo hormônio estrógeno, formando, na extremidade desses ductos, massas esféricas que são potenciais alvéolos mamários. Entretanto, é a progesterona e a prolactina que determinam o crescimento e a função final dessa estrutura, bem como dos lóbulos mamários. A glândula mamária involui após a menopausa. Os elementos glandulares diminuem ou desaparecem e são substituídos por tecido fibroso, e frequentemente também por gordura, cuja quantidade varia bastante. É o acúmulo de tecido adiposo, causado pelo fator constitucional (obesidade ou involução parenquimatosa da própria idade) que determina suas principais diferenças entre cada biotipo e suas modificações de desenvolvimento, maturidade, envelhecimento. Porque as mamas crescem durante a puberdade? Qualquer crescimento fisiológico na mulher não grávida se deve à deposição de gordura, a qual se dá decorrente do estímulo do estrógeno ao processo de diferenciação das células mesenquimais no estroma interlobar em adipócitos, sendo nesses adipócitos verificando o acúmulo de lipídios. https://anatomiaefisioterapia.com/15-anatomia-das-mamas/ Bassil, LASMAR, R. Tratado de Ginecologia. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2017. https://anatomiaefisioterapia.com/15-anatomia-das-mamas/ 2 - Sobre o câncer de mama descreva: A. Definição O câncer de mama é uma proliferação de células epiteliais malignas que revestem os ductos ou lóbulos da mama. Entre 5% a 10% das neoplasias são resultados diretos da herança de genes relacionados ao câncer, mas grande parte envolve danos ao material genético, de origem física, química ou biológica, que se acumulam ao longo da vida https://www.scielo.br/j/csp/a/ZbRRyNH4HRLXSbFNMms6RgM/?lang=pt&format=pdf B. Aspectos epidemiológicos. O câncer de mama representa um grave problema de saúde pública em todo o mundo devido à sua expressiva magnitude. O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, e sua incidência vem aumentando ao longo do tempo, concomitantemente ao aumento da industrialização e da urbanização. A neoplasia maligna de mama é responsável por cerca de 20% da incidência de câncer e por 14% do total de mortes associadas às neoplasias, entre as mulheres O câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo - 2,3 milhões de casos novos estimados em 2020. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), pelo menos um terço de casos novos de câncer que ocorrem no mundo anualmente poderiam ser prevenidos. Os países emdesenvolvimento são os mais acometidos por este tipo de câncer, observando-se cerca de 75% dos casos novos e mais da metade das mortes. ; No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. O câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ainda ocupa o primeiro lugar. Nas últimas décadas, apesar do aumento constante da incidência de carcinoma da mama, pela primeira vez demonstrou-se queda na mortalidade. O uso crescente de métodos de rastreamento, como a mamografia, tem permitido a detecção de lesões localizadas, de pequeno tamanho e até de carcinoma in situ. Além disso, o aumento do conhecimento da biologia do tumor e a introdução de novas técnicas terapêuticas têm contribuído para o decréscimo na mortalidade. https://www.scielo.br/j/csp/a/ZbRRyNH4HRLXSbFNMms6RgM/?lang=pt&format=pdf Aumenta com o passar dos anos – 50 anos. O câncer de mama é, principalmente, uma doença de mulheres de idade mais avançada., 75% de todos os cânceres de mama ocorrem em mulheres com mais de 50 anos de idade. A relação entre mulheres e homens é de cerca de 150:1. Uma em cada quatro mulheres diagnosticadas com câncer no mundo tem câncer de mama. O câncer de mama esporádico (ou seja, aquele que não está associado a fatores hereditários/genéticos– correspondem a 90% dos casos). https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/conceito-e-magnitude https://www.scielo.br/j/rbgo/a/zvzN3hBmbhsHTGGWcdbWtYt/?lang=pt https://www.univale.br/wp-content/uploads/2019/10/ENFER.-2012_-2-PERFIL-EPIDEMIOL%C3%93GICO- DO-C%C3%82NCER-DE-MAMA-EM-MULHERES.-FELIPE.-RAFAEL.pdf https://www.femama.org.br/site/br/noticia/o-cancer-de-mama-em-numeros Jameson, J. L. Medicina Interna de Harrison - 2 Volumes. Disponível em: Minha Biblioteca, (20th edição). Grupo A, 2019. https://api.grupointegrado.br/public/lms.grupointegrado.br/qrcode/5c9b646adf329f21bd077d1fdd5dd417.pdf https://www.scielo.br/j/csp/a/ZbRRyNH4HRLXSbFNMms6RgM/?lang=pt&format=pdf C. Patogênese e tipos histológicos O câncer de mama é um tumor que se origina quando as células da mama começam a se dividir e multiplicar de maneira desordenada, sendo o CARCINOMA a maioria das neoplasias malignas da mama. O desenvolvimento do câncer de mama está relacionado ao processo de interação de vários fatores, dentre os quais se destacam: genéticos, modificações no estilo de vida, hábitos reprodutivos, queda da taxa de fecundidade e maior exposição a determinados riscos ambientais. Etiologia e Patogênese Os fatores de risco principais para câncer de mama são genéticos e hormonais; portanto, os tumores podem ser divididos em: Casos hereditários associados a mutações de linha germinativa; Casos esporádicos relacionados a exposições hormonais com mutações de novo. CÂNCER DE MAMA FAMILIAR As mutações da linha germinativa representam 12% dos cânceres de mama; sugere-se uma etiologia hereditária no contexto de vários parentes de primeiro grau afetados, cânceres de pré- menopausa ou familiares com malignidades específicas. Os genes de suscetibilidade principais são supressores de tumor com funções no reparo de DNA, no controle do ciclo da célula e na regulação do apoptose. Entretanto, os genes conhecidos para alto risco de câncer de mama representam somente 25% de todos os cânceres de mama familiares. As mutações BRCA1 e BRCA2 representam 80% a 90% das malignidades da mama que podem ser atribuídas a mutações de gene único e aproximadamente 3% dos cânceres de mama. Esses tumores https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/conceito-e-magnitude https://www.scielo.br/j/rbgo/a/zvzN3hBmbhsHTGGWcdbWtYt/?lang=pt https://www.univale.br/wp-content/uploads/2019/10/ENFER.-2012_-2-PERFIL-EPIDEMIOL%C3%93GICO-DO-C%C3%82NCER-DE-MAMA-EM-MULHERES.-FELIPE.-RAFAEL.pdf https://www.univale.br/wp-content/uploads/2019/10/ENFER.-2012_-2-PERFIL-EPIDEMIOL%C3%93GICO-DO-C%C3%82NCER-DE-MAMA-EM-MULHERES.-FELIPE.-RAFAEL.pdf https://www.femama.org.br/site/br/noticia/o-cancer-de-mama-em-numeros https://api.grupointegrado.br/public/lms.grupointegrado.br/qrcode/5c9b646adf329f21bd077d1fdd5dd417.pdf https://www.scielo.br/j/csp/a/ZbRRyNH4HRLXSbFNMms6RgM/?lang=pt&format=pdf costumam ser inadequadamente diferenciados; a maioria é RE positivo - receptor de estrogênio (RE) - e HER2 negativo – receptor hormonal -. CÂNCER DE MAMA ESPORÁDICO A exposição hormonal é o principal fator de risco para cânceres esporádico; além disso, a maioria desses tumores são RE positivos e ocorrem em mulheres na pós-menopausa. A exposição hormonal aumenta o número de células-alvo ao estimular o crescimento da mama; por gerar proliferação, os hormônios também colocam as células em risco de mutações no DNA. Os metabólitos do estrógeno também podem causar mutações diretas ou gerar radicais livres que danificam o DNA. Tipos histológicos Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico. Patologia e história natural O câncer de mama pode surgir nos DUCTOS INTERMEDIÁRIOS, DUCTOS TERMINAIS ou LÓBULOS. Na maioria dos casos, o diagnóstico de carcinoma lobular e intra ductal baseia-se mais na aparência histopatológica que no local de origem. O câncer de mama pode ser: in situ (carcinoma ductal e lobular in situ); invasivo (carcinoma ductal e lobular infiltrantes). Os subtipos morfológicos de carcinoma ductal infiltrante são os carcinomas: Cirroso; Tubular; Medular; Mucinoso. O carcinoma ductal infiltrante verdadeiro representa 80% dos tumores invasivos, e os outros 20% são distribuídos uniformemente entre carcinoma lobular e variantes especiais de carcinoma ductal infiltrante. Os tipos especiais de carcinoma ductal infiltrante são incomuns e representam quase 10% dos cânceres infiltrantes. Ao exame mamográfico, os cânceres ductais infiltrantes são caracterizados por uma área densa estrelada ou por microcalcificações. Ao exame macroscópico, observam-se estrias arenosas e cretáceas (calcárias, tipo pedra de giz) no tumor, prováveis indicações de reação desmoplásica. * Em geral, há invasão do estroma e do tecido adiposo adjacentes, com reação desmoplásica e fibrótica ao redor do carcinoma invasor. CARCINOMA MEDULAR Representa 5 a 8% dos carcinomas de mama; origina-se de ductos maiores da mama e apresenta um infiltrado linfocítico denso. Neoplasia maligna menos agressiva e de crescimento mais lento que outros tipos de carcinoma. Mesmo quando há doença axilar, o prognóstico do carcinoma medular é melhor que o de outras variantes de carcinoma ductal infiltrante. CARCINOMA MUCINOSO O carcinoma mucinoso (coloide); Representa 5% dos cânceres de mama; Ao exame macroscópico, áreas do tumor podem ter aparência mucinosa ou gelatinosa e, ao exame microscópico, são relativamente acelulares. COMEDOCARCINOMA O comedocarcinoma infiltrante representa menos de 1% das neoplasias malignas da mama; É um câncer invasor; Caracterizado por focos de necrose que liberam uma substância semelhante à comedonecrose quando biopsiados. Em geral, os comedocarcinomas são neoplasias malignas in situ. CARCINOMA PAPILAR O carcinoma papilar é predominantemente ductal não invasor; Quando há componentes, deve ser especificado como carcinoma papilar infiltrante. CARCINOMA TUBULAR Câncer de mama bem diferenciado; Representa 1 a 2% das neoplasias malignas da mama; Raramente metastatiza para linfonodos axilares; REAÇÃO DESMOPLÁSICA: A desmoplasia é o crescimento de tecido conjuntivo fibroso em uma área do corpoonde normalmente não aparece. O termo COMEDOCARCINOMA é frequentemente usado para descrever o carcinoma ductal in situ com muita necrose. Se um ducto mamário é preenchido com células mortas, o termo COMEDONECROSE pode ser usado. O seu prognóstico tende a ser melhor que o do carcinoma ductal infiltrante. CARCIINOMA CÍSTICO Os carcinomas císticos adenoides são tumores de mama raríssimos; Histologicamente semelhantes aos observados nas glândulas salivares; São cânceres bem diferenciados; Metastatização lenta. Metástase O câncer de mama pode metastatizar para qualquer órgão e até 85% das mulheres com doença a distância têm acometimento ósseo, pulmonar ou hepático. Além desses locais, o carcinoma lobular infiltrante dissemina-se para vísceras abdominais, útero, ovários e superfícies peritoneais. https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama http://www.oncoguia.org.br/conteudo/classificacao-do-cancer-de-mama/6572/264/ BEREK,. Tratado de Ginecologia . Disponível em: Minha Biblioteca, (15ª edição). Grupo GEN, 2014. Richard Mitchell. Robbins & Cotran Fundamentos de Patologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (9th edição). Grupo GEN, 2017. Bassil, LASMAR, R. Tratado de Ginecologia. Disponível em: Minha Biblioteca, Grupo GEN, 2017. D. Fatores de risco e fatores de proteção Fatores de Risco O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade e o sexo (feminino) é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). Outros fatores que aumentam o risco da doença são: FATORES AMBIENTAIS E COMPORTAMENTAIS o Obesidade e sobrepeso o Inatividade física o Consumo de bebida alcoólica o Exposição frequente a radiações ionizantes para tratamento (radioterapia) ou exames diagnósticos (tomografia, Raio-x, mamografia, etc) o Tabagismo - há evidências sugestivas de aumento de risco FATORES DA HISTÓRIA REPRODUTIVA E HORMONAL o Primeira menstruação antes de 12 anos o Não ter tido filhos o Primeira gravidez após os 30 anos o Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos o Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona) o Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama http://www.oncoguia.org.br/conteudo/classificacao-do-cancer-de-mama/6572/264/ FATORES GENÉTICOS E HEREDITÁRIOS o História familiar de câncer de ovário o Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos o História familiar de câncer de mama em homens o Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2 Atenção: a presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença. IDADE A aumenta com o passar dos anos, com pico na idade de 75- 80 anos. A idade média no diagnóstico é de 61 anos para mulheres brancas, 56 anos para mulheres hispânicas e 46 anos para mulheres afro-americanas. (a idade acaba variando com a etnia). Sendo muito raro antes dos 25 anos de idade. IDADE DA MENARCA E DA MENOPAUSA Mulheres que atingem a menarca antes dos 11/12 anos de idade têm um risco 20% maior, comparado ao de mulheres que tiveram a menarca acima dos 14 anos de idade. A menopausa tardia também aumenta o risco. A menarca precoce é considerada fator de risco, pois, com o estabelecimento do ciclo menstrual regular, aumenta-se a exposição acumulativa ao estrogênio. A menopausa tardia é considerada fator de risco para o câncer de mama, pois está associada à exposição ao estrogênio. IDADE DO PRIMEIRO PARTO VIVO Primeiro filho antes dos 20 anos têm metade do risco de mulheres quando comparadas a nulíparas ou das mulheres acima dos 35 anos de idade no seu primeiro parto. A idade no primeiro parto não é um forte fator de risco para mulheres afro-americanas. Supõe-se que a gestação resulte em uma diferenciação terminal das células luminais produtoras de leite, removendo-as do conjunto potencial de precursores cancerígenos. Esse efeito protetor pode ser obscurecido em mulheres idosas pela estimulação precoce, na gravidez, da proliferação das células que já sofreram alterações pré-neoplásicas. Também é possível que as alterações no estroma que permitem o crescimento e expansão dos lóbulos durante a gestação facilitem a transição entre carcinoma in situ e invasivo. Essas alterações relacionadas à gravidez podem ajudar a explicar o aumento transitório no risco de câncer que se segue a uma gravidez, um efeito que é mais pronunciado em mulheres mais velhas. PARENTES EM PRIMEIRO GRAU COM CÂNCER DE MAMA O risco de câncer de mama aumenta com o número de parentes em primeiro grau afetadas (mãe, irmã ou filha), especialmente se o câncer ocorreu em idade jovem. Cerca de 13% das mulheres com câncer de mama têm uma parenta em primeiro grau afetada, e somente 1% tem duas ou mais. Por outro lado, mais de 87% das mulheres com história familiar não desenvolverão câncer de mama. Muitos riscos familiares são provavelmente devidos à interação de genes de baixo risco susceptíveis e fatores não genéticos. RAÇA/ETNIA Mulheres brancas não hispânicas têm as mais altas taxas de câncer de mama. Entretanto, mulheres com ascendência africana ou hispânica se apresentam em um estágio mais avançado e têm taxas de mortalidade mais elevadas. As mulheres afro-americanas e hispânicas tendem a desenvolver cânceres em idade mais jovem, antes da menopausa, que são mais presumivelmente pouco diferenciados EXPOSIÇÃO ESTROGÊNICA A terapia de reposição hormonal pós-menopausa aumenta o risco de câncer de mama em 1,2 a 1,7 vezes, e adicionando-se progesterona aumenta o risco adiante. Os contraceptivos orais não foram convincentemente demonstrados em afetar o risco de câncer de mama, mas diminuem o risco de carcinomas endometriais e ovarianos. EXPOSIÇÃO À RADIAÇÃO A radiação torácica, se devida à terapia de câncer, exposição a bomba atômica ou acidentes nucleares, resulta em taxas mais altas de câncer de mama. O risco é maior com a exposição em idade jovem e altas doses de radiação. Por exemplo, mulheres nos seus 10 anos e antes dos 20 anos, que receberam radiação torácica para linfoma de Hodgkin, têm 20% a 30% de risco de desenvolvimento de câncer de mama durante 10 a 30 anos. DIETA Grandes estudos têm falhado em achar fortes correlações entre o risco de câncer de mama e a ingestão dietética de algum tipo específico de comida. Viciados em café ficarão satisfeitos em saber que o consumo de cafeína pode diminuir o risco de câncer de mama. Por outro lado, o consumo moderado ou pesado de álcool aumenta o risco. Altos níveis de estrogênio e baixos níveis de folato podem ser a base dessa associação. OBESIDADE Existe um risco diminuído em mulheres obesas abaixo dos 40 anos, como resultado da associação a ciclos anovulatórios e baixos níveis de progesterona na fase tardia do ciclo. Em contraste, o risco aumenta para mulheres obesas pós menopausa, o que é atribuído à síntese de estrogênio nos depósitos de gordura. Fatores de Proteção As práticas de lactação e de atividade física constituem fatores de proteção para o câncer de mama. AMAMENTAÇÃO A prática da lactação é apontada pelo Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer (WCRF) e Instituto Americano de Pesquisa do Câncer (AICR) como fator protetor convincente para a neoplasia maligna de mama, tanto em mulheres na pré-menopausa quanto na pós-menopausa. Porém, ainda não há consenso sobre o tempo de amamentação que exerce esta proteção contra o câncer de mama. O efeito protetor da amamentação pode estar associado à diferenciação completa das células mamárias e ao menor tempo de exposição à ação de hormônios sexuais, que se encontram diminuídos durante a amenorréia induzida pela lactação (prolactina). Além disso, a intensa esfoliação do tecido mamário e a apoptose maciça de células epiteliais, decorrentes da amamentação,podem reduzir o risco de câncer de mama por meio da eliminação de células que tenham sofrido algum dano potencial no DNA EXERCÍCIOS A prática regular da atividade física é considerada pelo Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer (WCRF) e Instituto Americano de Pesquisa do Câncer (AICR) como fator de proteção provável para o câncer de mama na pós-menopausa. Porém, as evidências do efeito protetor desta variável ainda são limitadas para mulheres na pré menopausa. Apesar de todas as questões ainda pendentes, a prática regular de atividade física provavelmente exerce um efeito protetor para a neoplasia maligna de mama, visto que pode promover o atraso da menarca, uma maior quantidade de ciclos anovulatórios e irregulares, a redução do estrógeno sérico, o aumento de globulinas que se ligam a hormônios sexuais, a redução do processo inflamatório, a melhora da função imune, além de auxiliar no controle de peso e melhorar a sensibilidade à ação da insulina 13,18. Alguns autores também levantam a hipótese de que a atividade física pode modular a expressão de receptores de estrógeno e de progesterona (ER/PR). Mulheres mais ativas tendem a ter maior quantidade de globulinas que se ligam a receptores hormonais, menor concentração sérica de estrógeno, e, consequentemente, menor expressão de ER/PR, uma vez que esses genes são ativados em parte pelo estrogênio. MATERIAL DO CAB: https://api.grupointegrado.br/public/lms.grupointegrado.br/qrcode/5c9b646adf329f2 1bd077d1fdd5dd417.pdf https://www.univale.br/wp-content/uploads/2019/10/ENFER.-2012_-2-PERFIL-EPIDEMIOL%C3%93GICO- DO-C%C3%82NCER-DE-MAMA-EM-MULHERES.-FELIPE.-RAFAEL.pdf https://www.scielo.br/j/csp/a/ZbRRyNH4HRLXSbFNMms6RgM/?lang=pt&format=pdf E. Sinais e sintomas O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos, por meio dos seguintes sinais e sintomas: Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja Alterações no bico do peito (mamilo) Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico para que seja avaliado o risco de se tratar de câncer. https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama F. Rastreamento https://api.grupointegrado.br/public/lms.grupointegrado.br/qrcode/5c9b646adf329f2%201bd077d1fdd5dd417.pdf https://api.grupointegrado.br/public/lms.grupointegrado.br/qrcode/5c9b646adf329f2%201bd077d1fdd5dd417.pdf https://www.univale.br/wp-content/uploads/2019/10/ENFER.-2012_-2-PERFIL-EPIDEMIOL%C3%93GICO-DO-C%C3%82NCER-DE-MAMA-EM-MULHERES.-FELIPE.-RAFAEL.pdf https://www.univale.br/wp-content/uploads/2019/10/ENFER.-2012_-2-PERFIL-EPIDEMIOL%C3%93GICO-DO-C%C3%82NCER-DE-MAMA-EM-MULHERES.-FELIPE.-RAFAEL.pdf https://www.scielo.br/j/csp/a/ZbRRyNH4HRLXSbFNMms6RgM/?lang=pt&format=pdf https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama DETECÇÃO PRECOCE é uma forma de prevenção secundária e visa a identificar o câncer em estágios iniciais, momento em que a doença pode ter melhor prognóstico. É preciso diferenciar a detecção precoce das ações de prevenção primária, pois essas têm por objetivo evitar a ocorrência da doença e suas estratégias são voltadas para a redução da exposição aos fatores de risco. Por outro lado, os métodos existentes para a detecção precoce do câncer de mama não reduzem a incidência, mas podem reduzir a mortalidade pela doença. Existem duas estratégias de detecção precoce: rastreamento diagnóstico precoce. DIAGNÓSTICO PRECOCE OBJETIVO: identificar pessoas com sinais e sintomas iniciais de uma determinada doença, primando pela qualidade e pela garantia da integralidade assistencial em todas as etapas da linha de cuidado da doença. A estratégia de diagnóstico precoce do câncer de mama mais aceita mundialmente nos últimos anos é formada pelo tripé: População alerta para os sinais e sintomas suspeitos de câncer; Profissionais de saúde capacitados para avaliação dos casos suspeitos; Sistemas e serviços de saúde preparados para garantir a confirmação diagnóstica oportuna, com qualidade e garantia da integralidade da assistência em toda a linha de cuidado. RASTREAMENTO Já o rastreamento é uma estratégia baseada na realização de testes relativamente simples em pessoas sadias, com o intuito de identificar doenças em sua fase pré-clínica (assintomática). Todo teste de rastreamento apresenta uma proporção de resultados falso-positivos que devem ser descartados com o uso de testes diagnósticos de maior especificidade. Da mesma forma, todo exame de rastreamento demanda a realização de testes diagnósticos confirmatórios – por vezes invasivos – e, sempre que preciso, outras intervenções terapêuticas para a continuidade do cuidado. Entretanto, em muitos casos, tais procedimentos adicionais são realizados em pessoas não doentes (falso-positivos no rastreamento) ou com a doença assintomática que poderia nunca evoluir, acarretando sobrediagnóstico e sobretratamento. Por isso, todos os possíveis nos de se instituir uma estratégia de rastreamento devem ser cuidadosamente estudados. Sempre haverá danos, mas deve-se assegurar que os benefícios do rastreamento superarão os malefícios. Intervenções avaliadas para a detecção precoce do câncer de mama AÇÕES DE RASTREAMENTO: Mamografia. Autoexame das mamas (AEM) - No entanto, segundo o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o método, que já foi bastante preconizado, ajuda a conhecer o próprio corpo, mas não substitui o exame clínico das mamas. Exame clínico das mamas (ECM). Ressonância nuclear magnética (RNM). Ultrassonografia. Termografia. Tomossíntese. AÇÕES DE DIAGNÓSTICO PRECOCE: Estratégias de conscientização. Identificação de sinais e sintomas. Confirmação diagnóstica em um único serviço. Mamografia A mamografia é um exame de imagens das mamas, que são obtidas por meio de radiografia. Ele serve para identificar lesões, nódulos, assimetrias e diagnosticar precocemente o câncer de mamas. COMO É FEITO O EXAME DE MAMOGRAFIA? A mulher é posicionada em pé, de forma que o seio fique entre as duas placas do mamógrafo, que é onde as imagens serão capturadas. Durante o exame a mulher deverá ficar imóvel e segurando a respiração durante alguns segundos. Algumas mulheres podem sentir desconforto por conta da compressão durante o procedimento. PRÉ-REQUISITOS No dia do exame, não é recomendado o uso de produtos como desodorante ou talco na região das mamas, para que não haja o risco de interferir nas imagens capturadas durante o exame. PREPARO PARA O EXAME O exame não exige preparo prévio. A recomendação é ir vestida com roupas leves para facilitar as captações de imagens na hora do exame. TEMPO DE DURAÇÃO O tempo de duração do exame de mamografia, geralmente, é de 15 a 25 minutos. FAIXA ETÁRIA É recomendado que Mulheres de 50 A 69 ANOS façam uma mamografia a cada dois anos. A mamografia para avaliar uma alteração suspeita na mama é chamada de mamografia diagnóstica e poderá ser feita em qualquer idade. Por que a mamografia de rastreamento não é indicada para mulheres com menos de 50 anos? → Antes dessa idade as mamas são mais firmes e com menos gordura (densas), o que torna o exame limitado para identificar as alterações, gerando muitos resultados incorretos. E as mulheres com 70 anos ou mais? → Nesta faixa etária é maior o risco de revelar um tipo de câncer de mama que não causaria prejuízos à mulher. BI RADS O BI RADS consiste em uma classificação desenvolvida para ser utilizada originalmente com a mamografia, mas com a classificação similar já utilizada para a ultrassonografia. É validopontuar que ele tem sido utilizado nas mais variadas formas de exames de imagem das mamas. É uma classificação que vai de 0 a 6 Em mulheres fora da faixa etária de 50 a 69 anos as mamografias de rotina provavelmente não trarão benefício, e os riscos serão ainda maiores. OBS: geralmente em BI RADS 3 não se recomenda fazer biópsia, no entanto, existem casos que ela pode ser indicada, no caso de pacientes com antecedentes familiares e pessoas de câncer de mama e em pessoas que são extremamente ansiosas. Realizar a mamografia para fazer o acompanhamento da regressão do tumor. SUSPEITO ANUALMENTE Exame clínico das mamas O exame clínico das mamas é parte do exame físico ginecológico. Quando realizado por um profissional bem treinado, pode detectar tumor de até 1cm, se superficial. Pontos importantes antes de iniciar o exame: Consentimento; Privacidade; Iluminação; Acompanhante. ALTERAÇÕES DA MAMA A SEREM OBSERVADAS Nódulos ou zona endurecida, geralmente indolor; Alterações no mamilo – inversão, hiperemia, descamação ou ulceração; Pele hiperemiada, retraída ou aspecto com casca de laranja; Deformação ou alterações no contorno da mama; Nódulos na região das axilas ou supra/infra clavicular; Secreção cor cristalina ou sanguinolenta. ETAPAS Inspeção estática Inspeção dinâmica Palpação de gânglios Palpação das mamas Expressão (descarga papilar) INSPEÇÃO ESTÁTICA Paciente sentado, de frente para o examinador com o tórax despido. O examinador irá observar todas as características da mama, pele, mamilo, aréola, simetria e dentre outros e ver se está tudo normal. INSPEÇÃO DINÂMICA Paciente precisa realizar três manobras. 1. Elevação dos membros superiores acima da cabeça – eleva e abaixa algumas vezes 2. Compressão da mão no quadril/crista ilíaca e inclina os ombros para a frente 3. Elevação dos membros superiores em frente ao tórax e pender para frente. Na inspeção dinâmica os abaulamentos e retrações são mais evidentes. ABAULAMENTO: pode ser benigno ou maligno RETRAÇÃO: geralmente é maligno RETRAÇÃO DO MAMILO: pode ser fisiológico ou patológico. CASCA DE LARANJA: não é patognomônico, mas é muito sugestivo de CARCINOMA INFLAMATÓRIO – esse aspecto de laranja pode ser em uma região ou por toda a mama. PALPAÇÃO Palpação de gânglios 1. Supra e infra clavicular (em frente ao paciente) 2. Axilar (ao lado do paciente) Palpação das mamas 1. Paciente deitado 2. Divide a mama em quatro quadrantes 3. Sempre a direita do paciente 4. Movimentos circulares com as pontas dos dedos 5. Repete a palpação duas vezes nos quatro quadrantes (superficial e profunda) Expressão/ descarga papilar 1. Suave compressão do mamilo duas vezes – uma no sentido horizontal e outra no vertical. 2. NEGATIVO: sem secreção 3. POSITIVO: com secreção – descreve a secreção Geralmente câncer está relacionada com secreção hemorrágica Diretrizes para a Detecção Precoce de Câncer de Mama no Brasil - https://www.inca.gov.br/ sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//diretrizes_deteccao_precoce_cancer_mama_brasil.pdf CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso - https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cancer_ mama_preciso_falar_disso.pdf https://altadiagnosticos.com.br/saude/exame-de-mamografia https://sbmastologia.com.br/autoexame-da-mama-nao-substitui-exame-clinico-diz-ministerio-da-saude/ AULA DE G.O G. Marcadores tumorais Os marcadores tumorais (ou marcadores biológicos) são substâncias presentes no tumor, no sangue ou em outros líquidos biológicos, produzidos primariamente por ele ou, secundariamente pelo paciente, em resposta à presença do tumor. Alguns marcadores tumorais, que, segundo a literatura, são importantes em predizer o prognóstico do câncer de mama são: Receptores hormonais (receptores de estrogênio e receptores de progesterona); CA-15-3; CA-27.29; Antígeno Carcinoembrionário (CEA), HER2 (também chamado de erb-2). 15-3 (CA 15-3) O antígeno de câncer 15-3 (CA 15-3) é uma proteína produzida por células mamárias normais. Em muitas pacientes com essa doença, observa-se aumento na produção do CA 15-3 e do antígeno cancerígeno relacionado. O CA 15-3 não causa câncer; ele é liberado pelas células tumorais e entra na corrente sanguínea, o que o torna útil como marcador tumoral para acompanhar a evolução da doença. https://www.inca.gov.br/%20sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/diretrizes_deteccao_precoce_cancer_mama_brasil.pdf https://www.inca.gov.br/%20sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/diretrizes_deteccao_precoce_cancer_mama_brasil.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cancer_%20mama_preciso_falar_disso.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cancer_%20mama_preciso_falar_disso.pdf https://altadiagnosticos.com.br/saude/exame-de-mamografia https://sbmastologia.com.br/autoexame-da-mama-nao-substitui-exame-clinico-diz-ministerio-da-saude/ O CA 15-3 encontra-se elevado em cerca de 10% das mulheres com câncer de mama localizado em fase inicial de evolução e em cerca de 70% daquelas com câncer de mama metastático (com metástase). Também pode estar aumentado em mulheres saudáveis e em indivíduos com outros tipos de câncer, ou com outros quadros clínicos e doenças, como câncer colorretal, câncer de pulmão, cirrose, hepatite e doença mamária benigna. O exame é feito por meio da coleta de amostra de sangue e o método normalmente utilizado é a eletroquimioluminescência. Valor de referência = 0,0 a 30,0 U/mL. INDICAÇÕES: Os principais usos do CA 15.3 são na detecção de câncer de mama recorrente e acompanhamento do tratamento de pacientes com câncer de mama avançado. CA 27.29 O CA 27-29 é um marcador semelhante ao CA 15-3, encontrado no sangue de pacientes de câncer de mama. A determinação dos níveis de CA 27-29 pode ser usada, junto com a mamografia e pesquisa de outros marcadores tumorais, no acompanhamento da recorrência do câncer em mulheres previamente tratadas para câncer de mama estádios II e III. Os níveis de CA 27-29 também se elevam em casos de câncer de cólon, estômago, rim, pulmão, ovário, pâncreas, útero e fígado. Também podem ser encontrados níveis elevados no primeiro trimestre da gravidez, na endometriose, cistos ovarianos, doença benigna da mama, doenças renal e hepática não cancerosas. Assim como outros antígenos de câncer, inclusive o CA15.3, o CA27.29, pertence à família MUC- 1. Como ambos têm sensibilidade e especificidade clínicas semelhantes, geralmente o uso de ambos não acrescenta na monitoração pós-tratmento. O exame CA 27-29 é feito por meio da coleta de uma pequena amostra de sangue. O valor de referência depende da metodologia de análise, que pode variar de acordo com os laboratórios, sendo a quimiluminescência o método mais utilizado e o valor normal de referência menor de 38 U/mL INDICAÇÕES: Os principais usos do CA 15.3 são na detecção de câncer de mama recorrente e acompanhamento do tratamento de pacientes com câncer de mama avançado. CEA O CEA (Antígeno Carcinoembrionário) é uma proteína normalmente encontrada em pequenas quantidades no sangue de pessoas saudáveis, mas ela se torna elevada em algumas pessoas que têm câncer. Por exemplo, um nível elevado de CEA tem sido achado em mais da metade das pessoas que têm câncer de cólon, pâncreas, estômago, pulmão ou mama. Muitas vezes, o aumento dos níveis de CEA pode sugerir que o tratamento atual não está funcionando. CA 19.9 É um marcador tumoral do trato gastrointestinal, em câncer de pâncreas e trato biliar como primeira escolha e no câncer colorretal como segunda escolha. Em menor frequência também se positiva em câncer de mama, de pulmão e de cabeça e pescoço. RECEPTORES HORMONAIS Os receptores hormonais (RH) são proteínas que se ligam aos hormônios circulantes,mediando seus efeitos celulares. Os mais estudados em carcinomas de mama são os: Receptores de estrogênio (RE); Receptores de progesterona (RP). A observação de que o crescimento de certos tumores, principalmente aqueles derivados dos órgãos reprodutivos (mama, próstata, endométrio, ovário), é regulado pelos hormônios esteróides (estrógenos e andrógenos) tem tido um impacto fundamental na abordagem terapêutica desse grupo de tumores – “terapia hormonal”. Desta forma, para avaliar a eficácia do tratamento com antagonistas do hormônio estrogênio, é preciso saber se o câncer expressa o receptor para esta proteína (RE) no seu núcleo celular e em que quantidade. Também se faz a pesquisa de receptores para progesterona. Sabe se que os cânceres de mama que expressam RE tendem a ser biologicamente menos agressivos na sua história natural. RE é expresso em cerca de 80% dos carcinomas mamários. Desde que foi demonstrado que o crescimento dos carcinomas de mama é regulado por estrógenos, a presença de receptores específicos para o estrogênio em tumores mamários e a terapia ablativa desse hormônio tem produzido remissão clínica em pacientes com carcinoma de mama. Os tumores que respondem à terapia hormonal expressam altos níveis de receptores de estrogênio, enquanto que os tumores que não respondem têm níveis baixos ou indetectáveis. HER-2 (c-erbB-2) HER-2 é uma proteína que atua como receptor de fatores de crescimento celular e que está localizada na membrana celular. Dessa forma, o HER-2 é considerado um receptor de membrana. O receptor HER-2 pode ter sua expressão aumentada em aproximadamente 25% dos casos de câncer de mama. Nesses casos, um dos estímulos para a proliferação excessiva das células tumorais decorre da ligação dos fatores de crescimento com os receptores HER-2, presentes em número aumentado nessas células. O exame para o diagnóstico da expressão aumentada de receptores HER-2 é realizado através da análise microscópica de um fragmento do tumor, empregando-se a técnica de imuno- histoquímica ou de FISH. Dennis L. Kasper, Stephen L. Hauser, J. Larry Jameson, Anthony S. Fauci, Dan L. Longo, Joseph Loscalzo. Medicina Interna de Harrison. 19. ed. Porto Alegre: AMGH, 2017. Ricardo M. Xavier, José Miguel Dora, Elvino Barros. Laboratório na prática clínica: consulta rápida. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. H. Exames diagnósticos (MINTI) Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação, além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser recomendados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. A confirmação diagnóstica só é feita, porém, por meio da biópsia, técnica que consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material retirado é analisado pelo patologista para a definição do diagnóstico. Exames de imagem para avaliação da Mama Os principais exames utilizados para avaliação da mama são: a mamografia., ultrassonografia e ressonância magnética. É valido ressaltar que não deve existir uma hierarquia entre esses métodos, mas sim, uma indicação adequada do uso de cada um, de forma a explorar sua complementariedade. A análise conjunta das informações fornecidas por cada um permite que se construa um diagnóstico preciso, e o conhecimento das indicações e das limitações de cada um desses métodos permite que se atinja uma excelente acurácia diagnóstica. MAMOGRAFIA A mamografia é um exame de imagens das mamas, que são obtidas por meio de radiografia. Ele serve para identificar lesões, nódulos, assimetrias e diagnosticar precocemente o câncer de mamas. As bases física da produção da imagem mamográfica são semelhantes às das radiografias comuns, com algumas peculiaridades. O posicionamento mamográfico é de importância crucial e as incidência mamográfica básicas rotineiramente realizadas são a craniocaudal e a mediolateral oblíqua. Em determinadas situações, podem ser necessárias incidências complementares e ainda manobras especiais quando há implantes mamários de silicone. A ANÁLISE MAMOGRÁFICA, PARA QUE SEJA BEM ORIENTADA, É DIVIDIDA EM PARTES: Começa pela simetria entre as mamas, devendo-se considerar a redução de tecido por mastoplastia, quadrantectomia, nodulectomia e biopsias, assim como seu incremento por próteses; Análise da pele, considerando-se sua regularidade e espessura do mamilo e do tecido retroareolar; Análise do estroma propriamente dito, se adiposo ou fibroglandular; de sua homogeneidade; distorção (frequente pós-mastoplastia); observação da distribuição vascular; e de áreas de assimetria, de calcificações e de nódulos; Análise da região axilar, observando-se a presença ou não de linfonodos (imagens nodulares com densidade de partes moles). ACHADOS MAMOGRÁFICO Os achados mamográfico mais frequentemente encontrados à mamografia são as calcificações e os nódulos, sendo substratos da gama de lesões que variam, de acordo com a faixa etária e, se dividem em benignos e malignos. INTERPRETAÇÃO DOS ACHADOS Para padronizar os laudos (interpretação dos achados) mamográfico, o American College of Radiology (ACR) criou um sistema, o Breast Image Reporting and Data System (BI-RADS), que conclui, por meio de 7 níveis, a categoria em que se encontra a mama e o risco de malignidade: → 0 - EXAME LIMITADO - avaliação incompleta - Não é possível estimar o risco – são indicados outros métodos para elucidação, como a magnificação e a US. → 1 - EXAME NORMAL – risco muito baixo → 2 - ALTERAÇÕES BENIGNAS – risco muito baixo → 3 - EXAME PROVAVELMENTE BENIGNO – risco de 2% → 4 - LESÃO SUSPEITA PARA CÂNCER – risco de 20% → 5 - LESÃO ALTAMENTE SUSPEITA PARA CÂNCER – risco de 95% → 6 - LESÃO JÁ COM DIAGNÓSTICO DE CÂNCER - 100% de ser câncer. ULTRASSONOGRAFIA A USG mamária apresenta diversas aplicações, destacando-se o rastreamento do câncer de mama e a avaliação de queixas clínicas ou de anormalidades vistas na mamografia ou na RM das mamas. A USG pode ser usada como um método suplementar à mamografia no rastreamento de pacientes acima de 40 anos, especialmente naquelas com mamas densas, em que a sensibilidade da mamografia é menor, aumentando a possibilidade de diagnóstico de pequenos tumores invasivos ocultos na mamografia e com linfonodos negativos. Por outro lado, a USG tem valor limitado na detecção de pequenos grupamentos de calcificações sem um nódulo associado e apresenta valor preditivo positivo baixo das biopsias realizadas, menor que 12%. Dessa forma, seu uso é, muitas vezes, associado a biópsias provavelmente desnecessárias e a ansiedade das pacientes, um sério efeito colateral do rastreamento que precisa ser constantemente monitorado e levado em conta. Pacientes com risco aumentado para câncer de mama se beneficiam de esquemas de rastreamento individualizados, muitas vezes combinando o uso de mamografia, USG e RM em intervalos diferenciados e, podem eventualmente, iniciar o rastreamento em faixa etária mais precoce. No cenário de pacientes com risco aumentado para câncer de mama e impossibilidade de realizar a RM, a USG é uma alternativa, particularmente em mamas densas. A USG mamária é útil na avaliação de todas as alterações palpáveis em todas as faixas etárias e se beneficia da peculiaridade de permitir o exame físico concomitante. Por últimos, sempre que possível, a USG é o método de escolha para orientar procedimentos intervencionistas nas mamas (EX: biópsia guiada por USG), por permitir a visualização das lesões em tempo real durante o procedimento, por não envolver o uso de radiação ionizante nem de contraste endovenoso e por ser mais confortável para a paciente. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Uma comum indicação da RM de mamas na prática clínica é a conhecida “solução deproblemas”, em casos de dúvida diagnóstica ou de conduta ainda controversa. Em alguns desses casos, o benefício do uso da RM advém principalmente de seu alto valor preditivo negativo. São raros os casos em que a mamografia e a USG associadas ao exame físico são incapazes de descartar malignidade, entretanto, a RM pode auxiliar na caracterização de lesões duvidosas, particularmente quando não há possibilidade de realização de biópsia. A RM não deve substituir a avaliação mamográfica e ultrassonográfica na avaliação de alterações mamárias, sejam estas sintomáticas ou caracterizadas na mamografia de rastreamento. A RM pode ser utilizada para estadiamento loco regional e avaliação da mama contralateral. Estudos mostram acurácia superior da RM em relação à mamografia e à USG na determinação da extensão da doença, independentemente de tipo tumoral, tamanho tumoral, densidade mamária ou idade da paciente. https://api.grupointegrado.br/public/lms.grupointegrado.br/qrcode/fd001e70b77f9dbf4fbf601a27daca57.pdf https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama I. Estadiamento Após o diagnóstico definitivo de câncer de mama, deve se avaliar o estágio clínico da doença. No passado, usava-se o Columbia Clinical Staging System, que foi substituído pelo sistema tamanho tumoral- linfonodo-metástase (TNM) do American Joint Comittee on Cancer. O sistema TNM possibilita tanto o estadiamento clínico pré-operatório quanto o estadiamento histopatológico pós-operatório. J. Tratamento (fármacos utilizados, complicações de radioterapia e quimioterapia em geral). Muitos avanços vêm ocorrendo no tratamento do câncer de mama nas últimas décadas. Há hoje mais conhecimento sobre as variadas formas de apresentação da doença e diversas terapêuticas estão disponíveis. O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra (estadiamento) e do tipo do tumor. Pode incluir: Cirurgia; Radioterapia; Quimioterapia; Hormonioterapia; Terapia biológica (terapia alvo). Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida. https://api.grupointegrado.br/public/lms.grupointegrado.br/qrcode/fd001e70b77f9dbf4fbf601a27daca57.pdf https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama Estadiamento O tratamento varia de acordo com o estadiamento da doença, as características biológicas do tumor e as condições da paciente (idade, se já passou ou não pela menopausa, doenças preexistentes e preferências). As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em: TRATAMENTO LOCAL: cirurgia e radioterapia. TRATAMENTO SISTÊMICO: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. ESTÁDIOS I E II A conduta habitual nas fases iniciais do câncer de mama é a CIRURGIA, que pode ser conservadora (retirada apenas do tumor) ou mastectomia (retirada da mama) parcial ou total, seguida ou não de reconstrução mamária. Após a cirurgia, tratamento complementar com RADIOTERAPIA pode ser indicado em algumas situações. Já a reconstrução mamária deve ser sempre considerada nos casos de retirada da mama para minimizar os danos físicos e emocionais do tratamento. O tratamento sistêmico, após o tratamento local, será indicado de acordo com a avaliação de risco de a doença retornar (recorrência ou recidiva) e considera a idade da paciente, o tamanho e o tipo do tumor e se há comprometimento dos linfonodos axilares. A mensuração (medição) dos receptores hormonais (receptor de estrogênio e progesterona) do tumor, por meio do exame de imuno-histoquímica, é fundamental para saber se a hormonioterapia pode ser indicada (tratamento de uso prolongado em forma de comprimidos para diminuir a produção dos hormônios femininos do organismo). A informação sobre a presença do HER-2 (fator de crescimento epidérmico 2) também é obtida por meio desse exame e poderá indicar a necessidade de terapia biológica anti-HER-2. Para alguns pacientes com tumores medindo entre 2,1cm e 5cm com comprometimento dos linfonodos axilares, embora sejam entendidas como estadiamento II, pode ser considerado iniciar o tratamento por TERAPIAS SISTÊMICAS (QUIMIOTERAPIA) dependendo da imuno-histoquímica. Essa decisão individualizada permite que pacientes que seriam submetidas à retirada da mama e dos linfonodos axilares possam, eventualmente, ter essas áreas preservadas. ESTÁDIO III Pacientes com tumores maiores que 5cm, porém ainda localizados, enquadram-se no estádio III. Nessa situação, o TRATAMENTO SISTÊMICO (na maioria das vezes, com quimioterapia) é a opção inicial. Após a redução do tumor promovida pela quimioterapia, segue-se com o TRATAMENTO LOCAL (cirurgia e radioterapia). ESTÁDIO IV Nessa fase, em que já há metástase (o câncer se espalhou para outros órgãos) é fundamental buscar o equilíbrio entre o controle da doença e o possível aumento da sobrevida, levando-se em consideração os potenciais efeitos colaterais do tratamento. A atenção à qualidade de vida da paciente com câncer de mama deve ser preocupação dos profissionais de saúde ao longo de todo o processo terapêutico. efeitos colaterais da quimioterapia Alguns efeitos indesejáveis podem ocorrer. Fraqueza Diarréia Perda de peso Aumento de peso Feridas na boca Queda de cabelos e outros pelos do corpo Enjôo Vômitos Tonteiras https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/quais-os-efeitos-colaterais-da-quimioterapia K. Políticas públicas No Brasil, historicamente, a saúde da mulher esteve ligada às políticas nacionais de saúde a partir das primeiras décadas do século XX, tendo como enfoque a atenção à gravidez e ao parto. Os programas de saúde da época enalteciam as ações materno-infantis, pois crianças e gestantes eram o grupo da população mais vulnerável. Esses programas não possuíam conexão com outros do governo federal e não eram específicos às necessidades de cada região do país. No início dos anos 80, o Ministério da Saúde lançou no Brasil o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, trazendo muitas inovações às mulheres, pois estava centrado no conceito da integralidade, em que as mulheres passaram a ser contempladas em todas as faixas etárias e em todos os ciclos da vida, em seus diversos papéis na sociedade e em todos os seus problemas e necessidades de saúde. Esse programa tornou-se pioneiro no cenário mundial e, a partir de então, se deu início às mudanças das políticas voltadas à saúde da mulher, deixando de ser apenas voltada para o ciclo gravídico- puerperal. Posteriormente, no final da década de 90, o Ministério da Saúde, juntamente com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), criou um projeto-piloto de um programa para controle do câncer ginecológico que foi testado em Curitiba, Brasília, Recife, Rio de Janeiro, Belém e no estado de Sergipe. Desse projeto, originou-se o Programa Viva Mulher, que foi implantado e estendido a todo o país, com o objetivo de reduzir repercussões do câncer de colo de útero nas mulheres brasileiras, disponibilizando exames para prevenção (Papanicolau) e detecção precoce e, se necessário, encaminhando as pacientes aos serviços secundário e terciário para tratamento e reabilitação. https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/quais-os-efeitos-colaterais-da-quimioterapia A partir da implantação desse programa, iniciou-se a formulação de diretrizes e a formação da rede de assistência para detecção precoce do câncer de mama, o que impulsionou o desenvolvimento de políticas públicas nessa área. Com o incremento das ações do Ministério da Saúde, lançou-se, em 2005, a Política Nacional de AtençãoOncológica, que preconiza a promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos, abrangendo todas as unidades federativas da união. Essa política foi reafirmada no ano de 2011 com o Plano de Fortalecimento das ações para prevenção e qualificação do diagnóstico e tratamento dos cânceres do colo do útero e de mama. Nos últimos anos, a organização das ações de controle desse tipo de câncer vem sendo aprimoradas devido à implantação do Sistema de Informação do Câncer de Mama- SISMAMA, ao aumento da oferta de mamografias pelo Ministério da Saúde e à publicação de documentos pelo INCA. Hoje, a perspectiva no campo da detecção precoce é promover o diagnóstico e o rastreamento em áreas com ocorrência elevada da doença. Atualmente, o controle do câncer de mama é uma prioridade da agenda de saúde do país e integra o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011-2022. https://www.inca.gov.br/mama https://www.scielo.br/j/reben/a/6TL9tKq7vNXvkQRMsWrnyNv/?lang=pt Outubro Rosa O outubro rosa, é o mês de conscientização que chama atenção para os cuidados relacionados à prevenção, diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama e do câncer de colo do útero. https://www.inca.gov.br/mama https://www.scielo.br/j/reben/a/6TL9tKq7vNXvkQRMsWrnyNv/?lang=pt
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