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1 Gravidez e Parto 1. Completar a tabela e as orientações para gestantes propostas pelo tutor. FASES DO DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO CONCEPTUAL 1. Ovo, zigoto e blastocisto 2. Embrião 3. Feto Ovo, zigoto e blastocisto O resultado da fecundação é chamado zigoto ou ovo fertilizado - formado pelas fases de desenvolvimento (fertilização em si + formação do blastocisto + sua implantação na cavidade uterina). Após o desenvolvimento das velocidades coriônicas passa a ser chamado de embrião. Embrião O período embrionário se inicia: na terceira semana após a ovulação e fertilização e tem duração de 6 semanas. A gonadotropina coriônica humana (hCG) se torna positiva - a gestante começa a sentir enjoo. É possível perceber o saco gestacional e verificar o comprimento do embrião. Feto O período fetal começa a partir: da 10ª semana. É quando acontece o crescimento e maturação de todas as estruturas originadas no período embrionário. SUPERVISÃO DE GESTAÇÃO NORMAL (280 dias | 40 semanas | ≈ 9 meses) (O primeiro dia da última menstruação é quando se inicia a formação de outro folículo, logo é quando se considera o início da gestação em si) 2 Trime stres da gesta ção Sema na de gesta ção Observações importantes Prime iro trime stre 1ª sema na O tempo de gestação é calculado pelos médicos a partir do primeiro dia da última menstruação, pois a partir dela que o corpo vai se preparar para receber o óvulo fecundado. A fecundação, porém, só ocorrerá, em média, 15 dias depois. 2ª sema na Data provável da concepção. O óvulo, já amadurecido, é liberado pelo ovário e se encontra com os espermatozoides na tuba uterina. Essas etapas são chamadas de ovulação e fecundação, respectivamente. Depois disso, o óvulo fecundado desce até o útero. Os hormônios estão atuando forte no corpo e você provavelmente vai ter altos e baixos no humor. 3ª sema na Ao chegar ao útero, o óvulo fecundado se fixa no endométrio, uma espécie de revestimento do órgão, sendo essa etapa chamada de nidação. Então, as células iniciam o processo de multiplicação que resultará no feto. A placenta também começa a se formar. É possível que você tenha um pequeno sangramento ou corrimento vaginal intenso. 4ª sema na Esta semana marca o final do primeiro mês de gravidez. É possível que as suspeitas comecem, pois notam-se os primeiros sintomas. São eles: seios inchados e doloridos, sonolência, cansaço e náuseas. Em consulta, o obstetra consegue observar uma mudança no colo do útero, que fica mais macio e muda de cor. O bebê - Ainda recebe o nome de embrião, uma vez que, por enquanto, não passa de um aglomerado de células. A placenta continua a se desenvolver, e o pequeno é alimentado via sangue materno, que chega até ele por meio do cordão umbilical. Até o final da semana, ele pode medir cerca de 2 mm. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica de 1º Trimestre ACHADOS ECOGRÁFICOS: no início da 4ª semana tem se o espessamento do endométrio e o saco gestacional ainda não é visualizado. 5ª sema na O saco gestacional é visível no ultrassom A cada 24 horas, o embrião dobra de tamanho, pois as células se multiplicam com rapidez. O esqueleto começa a se formar, assim como o sistema nervoso. Um coração minúsculo já está batendo dentro dele. Nessa semana, mede um pouco mais de 2 mm e pesa 1 grama. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica de 1º Trimestre ACHADOS ECOGRÁFICOS: saco gestacional já é visualizado 3 USG de 1º trime stre deve ser feita entre a 5ª e a 10ª sema na. 6ª sema na Os hormônios estão elevados e isso resulta em enjoos frequentes. Costumam aversão a certos alimentos. É possível que a grávida sinta azia e prisão de ventre. A placenta está pronta. O cérebro cresce mais rápido que o corpo. Diversos órgãos estão em formação (organogenese) , incluindo os olhos, a mandíbula, a faringe, o fígado, o pâncreas e o estômago. Da mesma forma, os membros começam a se desenvolver. O sangue corre pelo organismo. O bebê mede cerca de 4 mm. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica de 1º Trimestre ACHADO ECOGRÁFICOS: saco gestacional + identificação da vesícula vitelínica. 7ª sema na Embrião visível e com batimentos cardíacos O principal exame é a ultrassonografia para confirmar a idade gestacional e a data prevista para o parto. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica de 1º Trimestre ACHADOS ECOGRÁFICOS: embrião visível e identificação dos batimentos cardíacos (FC entre 100 a 130 bpm) 8ª sema na A placenta assume a função de nutrir o embrião. Já é possível saber o sexo do bebê por meio do sangue materno no exame de SEXAGEM FETAL Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica de 1º Trimestre ACHADOS ECOGRÁFICOS: embrião com 0 a 15 mm + diferenciação cabeça/ tronco + FC entre 130 a 150 bpm 9ª sema na As genitálias externas masculina e feminina parecem semelhantes até o fim da 9ª semana. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica de 1º Trimestre ACHADOS ECOGRÁFICOS: embrião com 16 a 22 mm + visualização dos esboços dos membros inferiores e superiores + FC entre 150 a 170 bpm 10ª sema na Da início o período fetal Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica de 1º Trimestre ACHADOS ECOGRÁFICOS: visualização dos primeiros movimentos do embrião + pico de FC entre 150 a 170 bpm. 11ª sema na Nessa semana o feto já pode abrir a boca e engolir, e os órgãos vitais já estão totalmente formados. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica com Transluciêcia Nucal 12ª sema na A genitália dos fetos masculinos e femininos pode ser identificada na 12ª à 14ª semana. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica com Translucência Nucal + Ultrassonografia Morfológica de 1º Trimestre 13ª sema na Melhor época para fazer a Translucência nucal (exame mais simples) ou o morfológico de primeiro trimestre, já sendo possível identificar o sexo fetal com bastante acurácia. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica com Translucência Nucal + Ultrassonografia Morfológica de 1º Trimestre 4 14ª sema na A gestante pode apresentar prisão de ventre, pois o alto nível de progesterona diminui a atuação da musculatura intestinal. ‘ O bebê apresenta movimentos mais refinados e já consegue flexionar os braços e pernas além de abrir e fechar as mãos. Movimentos lentos dos olhos. Nessa etapa, ele mede entre 80 e 93mm, da cabeça ás nadegas, e pesa em torno de 80 a 100g. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica com Translucência Nucal + Ultrassonografia Morfológica de 1º Trimestre + Transvaginal (Medição do Colo) 15ª sema na O feto mede entre 14 e 15 cm em média e pesa em torno de 110 a 130g. Começam a se desenvolver mecanismo que permitem que o bebê desenvolva mais o sentido da audição - com o passar do tempo, ele passa a ouvir a voz e os batimentos cardíacos da mãe. Exames a serem feitos: Transvaginal (Medição do Colo) 16ª sema na Se não foi possível ver o sexo do bebê com 13 semanas agora já é bastante seguro para identificar o sexo do bebê. É possível que o médico peca uma ultrassonografia para verificar a anatomia detalhada do bebê. O feto mede entre 16 e 17 cm e pesa em média 150 a 170g. Exames a serem feitos: Transvaginal (Medição do Colo) 17ª sema na Placenta já está totalmente formada e é a responsável por produzir os hormônios. As alterações hormonais podem provocar mudanças na textura, na pele e no cabelo da gestante. O feto mede em torno de 17 a 19 cm e pesa 170 a 200g. Exames a serem feitos: Transvaginal (Medição do Colo) 18ª sema na A gestante pode notar um aumento da libido nessa fase, devido há uma maior liberação de estrogênio no sangue. Isso faz com que o fluxo sanguíneo na pelve aumente, o que torna a excitação mais rápida e mais frequente. Não ha problemas em manter relações sexuais, desde que mais leves. A movimentação fetal é mais intensa, o que pode serpercebido por meio da ultrassom. Ele mede entre 20 a 22cm e pesa em média 200 a 250g. Exames a serem feitos: Transvaginal (Medição do Colo) 5 Segu ndo trime stre 19ª sema na A gestante pode apresentar cloasmas (manchas escuras no rosto) devido o aumento do nível de progesterona. O bebe mede em torno de 23 cm e pesa 260 a 300g. O aparelho digestivo do bebê começa a produzir suco gástrico o que ajuda a absorver o líquido amniótico deglutido pelo bebê. Os rins fetais filtram o sangue e a urina produzida é excetas - é o que compõe o líquido amniótico. Exames a serem feitos: Transvaginal (Medição do Colo) 20ª sema na Geralmente nessa fase a mamãe começa a perceber os movimentos do bebê. As sobrancelhas e o cabelo são visíveis. O bebê mede em média 24 cm e pesa 300 a 370g. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Morfológica de 2º Trimestre + Ultrassonografia Obstétrica (Rotina) + Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Transvaginal (Medição do Colo) 21ª sema na O bebê desenvolve as papilas gustativas da língua. O desenvolvimento do cérebro e terminais nervosos já está avançado o suficiente para que ele tenha sensações de tato. Na ultrassonografia é possível ver ele tocando a face ou até mesmo chupando o polegar. Mede 25 cm e pesa 380 a 450g. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Morfológica de 2º Trimestre + Ultrassonografia Obstétrica (Rotina) + Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Transvaginal (Medição do Colo) 22ª sema na A gestante pode começar a ter uma pequena secreção espontânea a de colostro. As áreas pigmentadas das areolas tornam se maus escuras. Melhor época para fazer o exame morfológico de segundo trimestre e medir o colo uterino para previnir o trabalho de parto prematuro. Mede em torno de 26 cm e pesa 450 a 530g. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Morfológica de 2º Trimestre + Ultrassonografia Obstétrica (Rotina) + Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Transvaginal (Medição do Colo) 23ª sema na Audição mais acurada do bebe. Feto pesa em torno de 550 a 630g e mede cerca de 28cm Exames a serem feitos: Ultrassonografia Morfológica de 2º Trimestre + Ultrassonografia Obstétrica (Rotina) + Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Transvaginal (Medição do Colo) 6 24ª sema na Os pulmões do bebe estão mais desenvolvidos, porem ainda são extremamente imaturos. Se quiser fazer um ultrassom 3D/4D daqui em diante é uma época favorável (até cerca de 29 semanas) Bebê pesa entre 600 a 730g e mede em média 29 cm. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Morfológica de 2º Trimestre + Ultrassonografia Obstétrica (Rotina) + Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Transvaginal (Medição do Colo) + Ecocardiografia Fetal. 25ª sema na Pálpebras começam a se abrir. Pesa em torno de 700 a 850g e mede em média 30cm. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Transvaginal (Medição do Colo) + Ecocardiografia Fetal. 26ª sema na Mede cerca de 31 a 32 cm e pesa 800 a 950g. A audição está completamente desenvolvida. A formação interna dos pulmões (formação dos alvéolos pulmonares) está completa, porém ainda não existe maturidade pulmonar, ou seja, o bebê não está pronto para respirar espontaneamente. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Transvaginal (Medição do Colo) + Ecocardiografia Fetal. 27ª sema na Nesse período , há a estabilização da atividade hormonal, fazendo com que você se sinta mais relaxada e feliz, ou seja, menos propensa a alteração do humor. Começam a aparecer os cabelos do bebê. Apresenta massa muscular e depósito de gordura sob a pele. Bebê pesa mais de 1kg e mede aproximadamente 34cm Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Dopplerfluxometria Obstétrica + Perfil Biofísico Fetal Ecocardiografia Fetal + Transvaginal (Medição do Colo) 28ª sema na Época ideal para fazer o exame de ecocardiografia fetal. Entre essa e a 32ª semana, o seu médico pode solicitar exames de sangue para verificar a taxa de glicose no sangue e para avaliar se a gestante esta com anemia. Os bebês demonstram com freqüência movimentos de treinamento da respiração, contraindo e expandindo o diafragma, o que pode ser percebido por meio do ultrassom. Porém não existe troca gasosa a nível pulmonar, sendo que durante toda a gestação o oxigênio necessário para o bebê é proveniente da placenta. Nessa etapa, o bebê mede em média 35 cm e pesa aproximadamente 1,1 a 1,3 kg. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Dopplerfluxometria Obstétrica + Perfil Biofísico Fetal Ecocardiografia Fetal + Transvaginal (Medição do Colo) 7 29ª sema na O aumento da pressão das veias, causada pelo peso do útero sobre a circulação, pode provocar o aparecimento de varizes. O uso de meias elásticas próprias para a gestante pode auxiliar a evita-las. As melhores imagem 3D/4D são obtidas até 29/30 semanas, se você ainda não fez esse exame corra. Nessa fase, mede em média cerca de 37 cm e pesa entre 1,3 e 1,5 kg. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Dopplerfluxometria Obstétrica + Perfil Biofísico Fetal + Transvaginal (Medição do Colo) 30ª sema na Presença do reflexo pupilar Nessa fase, da se inicio a fase de maior ganho de peso do bebê, que continua ganhando estatura porém em uma velocidade menor. A média de peso, nessa fase, é entre 1,4 e 1,7 kg. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Dopplerfluxometria Obstétrica + Perfil Biofísico Fetal + Transvaginal (Medição do Colo) 31ª sema na É comum que a gestante apresente falta de ar devido o volume do útero e acúmulo de gases no intestino próxima a região das costelas. O bebê mede entre 39 e 40 cm em média e pesa entre 1,6 e 1,8 kg. Desse período em diante a média de ganho de peso é entre 150 e 200g por semana (20 a 30g por dia). Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Dopplerfluxometria Obstétrica + Perfil Biofísico Fetal + Transvaginal (Medição do Colo) 32ª sema na Avaliar a vitalidade fetal com o perfil biofísico fetal e a dopplervelocimetria. O bebê dorme até 90% do tempo. O peso situa-se entre 1,8 e 2kg e a estatura em média entre 41 e 42 cm. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Cardiotocogradia Anteparo + Transvaginal (Medição do Colo) 33ª sema na A maioria dos bebês já se encontram posicionado com a cabeça para baixo - posição adequada para o parto. Pesando cerca de 2 a 2,3kg e mede em média 43 cm. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Cardiotocogradia Anteparo + Transvaginal (Medição do Colo) 8 Tercei ro trime stre 34ª sema na Caso ocorra um parto prematuro daqui pra frente as chances de sobrevida do feto são muito boas e com pequenas chances de complicações. Pesa entre 2,1 e 2,5 kg e mede em média 44cm. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Cardiotocogradia Anteparo + Transvaginal (Medição do Colo) 35ª sema na O bebê mede cerca de 45 cm e pesa em média entre 2,3 e 2,7 kg. Os sistemas vitais estão quase totalmente maduros e desenvolvidos. Ele está grande o suficiente para ocupar o útero inteiro. Durante o exame de ultrassom, a visualização do bebê torna-se mais difícil, pois o espaço é mais restrito e os ossos do bebê produzem sombra, dificultando a visualização das estruturas localizadas inferiormente. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Dopplerfluxometria Obstétrica + Perfil Biofísico Fetal + CardiotocografiaAnteparto + Transvaginal (Medição do Colo) 36ª sema na Até o parto, o ideal é realizar consultas pré-natais a cada semana. Os movimentos do bebê estão mais vigorosos e mais definidos, apesar da falta de espaço. Ele mede cerca de 46 cm e pesa entre 2,5 e 2,9 kg. Exames a serem feitos: Ultrassonografia Obstétrica Tridimensional em Tempo Real (4D) + Dopplerfluxometria Obstétrica + Perfil Biofísico Fetal + Cardiotocografia Anteparto + Transvaginal (Medição do Colo) 37ª sema na Bebê a termo - pronto para o nascimento A gestante pode sentir “contrações de treinamento” (contrações de Braxton- Hicks), nas quais o seu útero enrijece por alguns segundos e relaxa, sem dor, algumas vezes ao dia, esporadicamente, sem intervalos definidos. O bebê mede cerca de 47 cm, pesando entre 2,6 e 3,1 kg, em média. Nessa fase, a maioria dos bebês já está atingindo a maturidade, ou seja, está quase pronto para nascer. Exames a serem feitos: Dopplerfluxometria Obstétrica + Perfil Biofísico Fetal + Cardiotocografia Anteparto + Transvaginal (Medição do Colo) 38ª sema na A atenção aos movimentos do bebê deve ser maior, e caso sinta que a movimentação fetal diminuiu, deve entrar em contato com seu médico. O médico pode pedir exames de ultrassom e/ou cardiotocografia para monitorar o bem-estar fetal, bem como para avaliar sinais de maturidade e a quantidade de líquido amniótico. Ele mede aproximadamente 48 a 49 cm, e o peso pode variar bastante, sendo a média entre 2,7 e 3,2 kg. Exames a serem feitos: Dopplerfluxometria Obstétrica + Perfil Biofísico Fetal + Cardiotocografia Anteparto + Transvaginal (Medição do Colo) 39ª sema na Melhor época para se marcar uma cesárea eletiva - caso esse seja o seu desejo Exames a serem feitos: Dopplerfluxometria Obstétrica + Perfil Biofísico Fetal + Cardiotocografia Anteparto + Transvaginal (Medição do Colo) 9 https://immef.com.br/semana-a-semana/ Zugaib, Marcelo, e Rossana Pulcineli Vieira Francisco. Zugaib obstetrícia 4a ed.. Disponível em: Minha Biblioteca, (4th edição). Editora Manole. Aula do professor de G.O. 2. Explicar sobre o desenvolvimento fisiológico da gravidez e as mudanças psicológicas e morfológicas que a acompanham. DEFINIÇÃO DE GESTAÇÃO A gestação se define como os últimos 266 dias a partir da fecundação ou os 280 dias a partir do primeiro dia da última menstruação, se esta ocorrer em períodos regulares de 28 dias. O primeiro sinal de gestação e a razão principal pela qual as gestantes procuram o médico é o atraso menstrual. Para mulheres sexualmente ativas, em idade reprodutiva e com ciclos menstruais regulares, o ≥ 1 semana é uma evidência presumida de gestação. FISIOLOGIA A gestação causa modificações em todos os órgãos e sistemas maternos, a maioria retorna ao normal após o parto. De maneira geral as mudanças são mais drásticas em gestações múltiplas se comparadas à gestação única. Cardiovascular O débito cardíaco aumenta em 30 a 50%, com início por volta da 6ª semana e valor máximo entre a 16ª e a 28ª semana (normalmente na 24ª semana). O débito cardíaco permanece próximo dos níveis de pico até depois de 30 semanas. 40ª sema na Data limite para retirar o bebê da barriga. Depois disso é considerado pós termos. Exames a serem feitos: Dopplerfluxometria Obstétrica + Perfil Biofísico Fetal + Cardiotocografia Anteparto + Transvaginal (Medição do Colo) 10 Em seguida, o débito cardíaco se torna sensível à posição do corpo. Posições que causam aumento uterino (p. ex., posição deitada) que obstrui em parte a veia cava causam diminuição do débito cardíaco. Em média, o débito cardíaco diminui levemente da 30º semana até o parto. Durante o trabalho de parto, o débito cardíaco aumenta mais 30%. Após o parto, o útero contrai e o débito cardíaco permanece de 15 a 25% acima do normal, então diminui lentamente nas próximas 3 a 4 semanas até atingir os valores pré-gestacionais por volta da 6ª semana pós-parto. O aumento do débito cardíaco decorre principalmente de demandas da circulação uteroplacentária. Enquanto a placenta e o feto se desenvolvem, o fluxo sanguíneo para o útero deve aumentar em torno de 1 L/min (20% do DC normal) até o nascimento. As necessidades da pele (para regular a temperatura) e dos rins (para excreção de resíduos fetais) contribuem para o aumento do DC. Para elevar o DC, a frequência cardíaca aumenta do valor normal de 70 para valores que chegam a 90 bpm, e o volume sistólico também aumenta. Durante o 2º trimestre, a pressão arterial normalmente cai (e a pressão de pulso se alarga), embora o débito cardíaco e os níveis de renina e angiotensina aumentem em razão da expansão da circulação uteroplacentária (desenvolvimento dos espaços intervilosos na placenta) e a resistência vascular sistêmica diminua. A resistência diminui porque a viscosidade sanguínea e a sensibilidade à angiotensina diminuem. Durante o 3º trimestre, a pressão arterial pode voltar ao normal. Nas gestações gemelares, o DC aumenta mais e a pressão arterial diastólica é menor na 20ª semana, se comparados à gestação com feto único. O exercício físico aumenta o DC, a frequência cardíaca, o consumo de oxigênio e o volume respiratório/min mais durante a gestação do que em outras situações. A circulação hiperdinâmica da gestação aumenta a frequência de sopros funcionais e acentua os sons cardíacos. Os exames de radiografia ou ECG podem mostrar o deslocamento cardíaco para uma posição horizontal, com rotação para a esquerda, com aumento do diâmetro transverso. As extrassístoles atriais e ventriculares são 11 comuns durante a gestação. Todas essas mudanças são normais e não devem ser erroneamente diagnosticadas como uma doença cardíaca; podem ser geralmente manejadas com controle, apenas. Entretanto, paroxismos de taquicardia atrial ocorrem com mais frequência na gestante e podem necessitar de digitalização profilática ou fármacos antiarrítmicos. A gestação não afeta as indicações de segurança para cardioversão. Hematológico A volemia aumenta proporcionalmente ao débito cardíaco, mas o aumento no volume de plasma é maior do que a massa eritrocítica; assim, a hemoglobina (Hb) diminui por diluição de cerca de 13,3 para 12,1 g/dL. Essa anemia dilucional diminui a viscosidade do sangue. Em gestações gemelares, a volemia materna aumenta mai.’ O leucograma aumenta ligeiramente para 9.000 a 12.000/mcL. A leucocitose acentuada (≥ 20.000/mcL) ocorre durante o parto e nos primeiros dias do puerpério. As necessidades de ferro aumentam em um total de aproximadamente 1 g durante toda a gestação e são maiores durante a 2ª metade da gestação — 6 a 7 mg/dia. O feto e a placenta utilizam aproximadamente 300 mg de ferro e o aumento na massa eritrocítica materna requer 500 mg adicionais. A excreção é de 200 mg. A suplementação de ferro é necessária para prevenir anemia, pois a quantidade absorvida da dieta e o recrutamento dos estoques de ferro (média de 300 a 500 mg) são geralmente insuficientes para suprir a demanda da gestação. Urinário As mudanças da função renal acompanham as da função cardíaca. A taxa de filtração glomerular (TFG) aumenta de 30 a 50%, com pico entre a 16ª e a 24ª semana, e permanece nesse nível até próximo do termo, quando pode diminuir ligeiramente porque a pressão do útero sobre a veia cava costuma causar estase venosa nos membros inferiores. 12 A dilatação acentuada dos ureteres (hidroureter) é causada por influências hormonais (predominantemente por progesterona) e por obstrução decorrente da pressão do útero aumentado nos ureteres, que também pode causar hidronefrose. No puerpério, o sistema coletor urinário pode levar até 12 semanas para retornar ao normal. Modificações posturais afetam a função renal, mais durante a gestação do que em outras situações; isto é, a posição supina aumenta a função renal e a posição ereta diminui a função renal. A função renal também aumenta acentuadamente na posição lateral,especialmente quando deitado no lado esquerdo; essa posição alivia a pressão do útero sobre os grandes vasos quando a gestante está em supinação. O aumento posicional da função renal é uma das razões pelas quais a gestante necessita urinar com frequência enquanto tenta dormir. Respiratória A função pulmonar se altera nas gestantes, em parte pelo aumento da progesterona e em parte porque o aumento uterino interfere na expansão pulmonar. A progesterona estimula o cérebro a diminuir os níveis de dióxido de carbono (CO2). Para reduzir os níveis de CO2, o volume corrente, o volume-minuto e a frequência respiratória se elevam, o que aumenta o pH plasmático. o consumo de oxigênio cresce cerca de 20% para suprir o aumento metabólico necessário ao feto, à placenta e a vários órgãos maternos. As reservas inspiratória e expiratória, o volume e a capacidade residual e a PCO2 plasmática diminuem. A capacidade vital e a PCO2 plasmática não se alteram. A circunferência torácica aumenta em torno de 10 cm. Ocorrem hiperemia e edema consideráveis do trato respiratório. Ocasionalmente, ocorrem obstrução nasofaríngea sintomática e congestão nasal, as tubas auditivas ficam transitoriamente obstruídas, assim como o tom e o timbre da voz mudam. É comum haver dispneia moderada durante esforço e respirações profundas mais frequentes. 13 Gastrointestinais e hepatobiliares Na evolução da gestação, o útero aumentado pressiona o reto e as porções inferiores do cólon, causando constipação intestinal. A motilidade gastrintestinal diminui em decorrência dos níveis elevados de progesterona que causam relaxamento da musculatura lisa. Pirose e eructações são frequentes, possivelmente como resultado da demora do esvaziamento gástrico e do refluxo gastroesofágico, em razão do relaxamento do esfíncter esofágico inferior e do hiato diafragmático. A produção de ácido hidroclorídrico diminui; desse modo, é incomum o surgimento de úlcera péptica durante a gestação e as úlceras preexistentes tornam-se menos agressivas. A incidência de doenças da vesícula biliar aumenta um pouco. A gestação afeta sutilmente a função hepática, em especial o transporte de bile. Endócrino A gestação altera as funções da maioria das glândulas endócrinas, em parte porque a placenta produz hormônios e em parte porque a maioria dos hormônios circula sob a forma de proteínas ligadoras e essas proteínas aumentam durante a gestação. A placenta produz a subunidade da gonadotropina coriônica humana (beta-hCG), um hormônio trófico que, como os hormônios folículo- estimulantes e luteinizantes, mantém o corpo lúteo e, portanto, previne a ovulação. Níveis de estrogênio e progesterona aumentam cedo durante a gestação porque o beta-hCG estimula os ovários a produzi-los continuamente. Após 9 a 10 semanas da gestação, a própria placenta produz grandes quantidades de estrogênio e progesterona para ajudar a manter a gestação. 14 A placenta produz um hormônio (similar ao TSH) que estimula a tireoide, causando hiperplasia, aumento de vascularização e moderado aumento de seu tamanho. O estrogênio estimula os hepatócitos, causando aumento dos níveis de globulina ligadora dos hormônios tireoideos; assim, embora os níveis da tiroxina possam estar aumentados, os níveis de hormônios tireoideos livres permanecem normais. O aumento da função tireoidea pode se assemelhar ao hipertireoidismo, com taquicardia, palpitação, transpiração excessiva e instabilidade emocional. Entretanto, o hipertireoidismo verdadeiro ocorre em apenas 0,08% das gestações. A placenta produz o hormônio liberador de corticotrofina (CRH), que estimula a produção materna do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). O aumento dos níveis de ACTH eleva os níveis de hormônios adrenais, principalmente de aldosterona e cortisol, contribuindo assim para o edema. O aumento de produção de corticoides e da produção placentária de progesterona causa resistência insulínica e elevação das necessidades de insulina, da mesma forma que o estresse da gestação e, possivelmente, o aumento dos níveis de lactogênio placentário humano. Insulínase, produzida pela placenta, também pode aumentar as necessidades de insulina, de tal modo que muitas mulheres com diabetes gestacional desenvolvem outras formas mais evidentes do diabetes . A placenta produz MSH, que aumenta a pigmentação da pele durante a gestação. A glândula hipófise aumenta cerca de 135% durante a gestação. Os níveis de prolactina no plasma materno aumentam em torno de 10 vezes. A elevação da prolactina está relacionada ao aumento da produção do TRH estimulado pelo estrogênio. A função primária da elevação da prolactina é assegurar a lactação. Os níveis de prolactina retornam ao normal no pós- parto, mesmo nas mulheres que amamentam. 15 Dermatológico O aumento dos níveis de estrogênio, progesterona e MSH contribuem para as mudanças pigmentares, apesar de sua patogênese exata ser desconhecida. Essas alterações incluem • Melasma (máscara gravídica), que são manchas de pigmento acastanhado que cobre a testa e as proeminências malares - O melasma devido à gestação geralmente retrocede dentro de um ano. • Escurecimento da aréola mamária, axila e genitais. • Linea nigra, uma linha escura que aparece na parte inferior média do abdome. MELASMA LINEA NIGRA 16 ARANHA VASCULAR Aumenta a incidência de angiomas em aranha, normalmente apenas acima da cintura, e de capilares dilatados e de paredes finas, em especial na parte inferior das pernas. 3. Discutir a rotina do pré-natal de risco habitual (como realizar o exame clínico, quais exames complementares solicitar e quando, avaliação da rotina de vacinação, planejamento da gestação na consulta pré-concepcional, fatores de risco para problemas na gravidez). A realização do pré natal representa um papel fundamental na prevenção e detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. DEVERÃO SER FORNECIDOS PELO SERVIÇO DE SAÚDE: • cartão da gestante com a identificação preenchida e orientação sobre o mesmo; • o calendário de vacinas e suas orientações; • a solicitação de exames de rotina; • as orientações sobre a sua participação nas atividades educativas – reuniões em grupo e visitas domiciliares; • o agendamento de consulta médica para pesquisa de fatores de risco. 17 VANTAGENS DO PRÉ-NATAL: • Identificar doenças que j[a estavam no organismo, mas evoluindo de maneira silenciosa - exemplos: HAS, diabetes, anemias, sífilis … • Detectar problemas fetais - como más formações - algumas delas quando detectadas em fases iniciais, permitem tratamento intrauterino e com isso o recém nascido terá uma vida normal. • Avaliar aspectos relativos a placenta - exemplo: localização inadequada pode gerar graves sangramentos. • Identificar precocemente a pré-eclâmpsia - ela constitui uma das principais causas de mortalidade no Br. PRINCIPAIS OBJETIVOS DO PRÉ-NATAL: • Preparar a mulher para a maternidade • Dar orientações essenciais sobre hábitos de vida e higiene pré- natal • Orientação sobre alimentação, medicamentos que devem ser evitados • Tratar de manifestações físicas próprias da gravidez • Tratar de doenças já existentes - mas que de alguma forma poderia atrapalhar ou atrapalham a gestação • Orientar psicologicamente Consulta pré convencional O aconselhamento pre concepcional se refere a um processo de identificação de riscos relacionados a aspectos social, comportamental, ambiental e biomédico em um casal com impacto na fertilidade e nos resultados gestacionais. Esse processo engloba educação, aconselhamento e intervenção, de preferência, antes da gestação, visando reduzir esses riscos e auxiliar na escolha do momento ideal para ocorrência da gestação. IMPORTÂNCIA DA CONSULTA PRE CONCEPCIONAL: prevenção das malformações congênitas. A mulherdeve receber as orientações antes da gestação visto que as primeiras 10 semanas gestacionais são as de maior risco para teratogênese e muitas grávidas só iniciam o pré- natal após essa fase. 18 Assistência Pré-Natal O objetivo da assistência pré-natal é assegurar o nascimento de uma criança saudável, reduzindo-se tanto quanto possível os riscos para a mãe. CONSULTA PRÉ-NATAL A consulta pré-natal, assim como uma consulta clínica, é composta de anamnese, exame físico e avaliação dos exames complementares. As consultas são divididas em primeira consulta e acompanhamento. A primeira consulta: é o contato inicial da paciente gestante com seu obstetra - tem como objetivos principais: ➡ Definir a condição de saúde da mãe e do concepto. ➡ Estimar a idade gestacional. ➡ Iniciar o planejamento do acompanhamento pré-natal. Nessa primeira consulta, devem ainda ser discutidos: ➡ Número e frequência das consultas pré-natais. ➡ A rotina da consulta pré-natal - (aferição do peso materno e da pressão arterial, medida da altura uterina, ausculta dos batimentos cardíacos fetais, número de ultrassonografias e necessidade de exames vaginais). ➡ Orientação sobre como localizar o médico fora do horário comercial. ➡ Orientação sobre quando procurar a emergência/pronto-socorro. ➡ Responsabilidades da gestante e expectativas em relação ao desenvolvimento gestacional e ao momento do parto. 19 A partir daí serão agendadas as consultas de retorno ou acompanhamento. ANAMNESE ➡ A história clínica da paciente inclui: ➡ Informações demográficas e pessoais. ➡ Antecedentes clínicos pessoais e familiares. ➡ Antecedentes ginecológicos e menstruais. ➡ Antecedentes obstétricos. ➡ História obstétrica atual. ` Informações e riscos psicossociais EXAME FÍSICO O exame físico completo deve ser realizado na primeira consulta da gestação. Esse exame inclui inspeção geral da pele, verificação de mucosas, temperatura, peso, estatura, ausculta cardíaca e respiratória, palpação do pescoço e abdominal e exame das extremidades. O EXAME OBSTÉTRICO inclui medida da altura uterina + ausculta dos batimentos cardíacos fetais com o sonar Doppler (9ª e 12ª semana). A ausculta com o estetoscópio de Pinard é possível (a partir de 16 ª semana). A avaliação do crescimento fetal é feita pela medida da altura uterina. A paciente deve estar em decúbito dorsal, com os membros em extensão e a bexiga vazia. A medida é realizada com fita métrica entre a sínfise púbica e o fundo uterino. A medida encontrada é colocada na curva de altura uterina de acordo com a idade gestacional. Em seguida, deve-se realizar uma avaliação para verificar se essa medida está normal. A altura uterina auxilia no rastreamento das alterações do crescimento fetal, das alterações no volume de líquido amniótico e de gestação múltipla, quando não está disponível a ultrassonografia. 20 O exame de vulva e vagina inclui inspeção, exame especular com visualização do colo uterino e toque vaginal. No exame ginecológico, devem-se avaliar possíveis lesões sexualmente transmissíveis e secreções patológicas; no toque, avaliam-se comprimento, consistência e dilatação do colo uterino. O exame das mamas também é obrigatório no pré- natal, tanto em busca de alterações patológicas mamárias quanto para avaliação e preparo do mamilo para a amamentação. Nas CONSULTAS DE ACOMPANHAMENTO, o exame clínico completo não precisa ser repetido nas gestantes de baixo risco. Rotineiramente, nas consultas de acompanhamento avaliam-se peso materno, pressão arterial e altura uterina e realiza-se ausculta dos batimentos cardíacos fetais. O exame dos demais sistemas é realizado diante de alguma queixa clínica, assim como o exame especular e o toque digital, que devem ser realizados sempre que houver queixa de perdas vaginais ou contrações, respectivamente. 21 PERIODICIDADE DAS CONSULTAS O número de consultas preconizado pela OMS para uma boa assistência pré-natal é de seis ou mais. Nas gestantes de baixo risco, após a realização da primeira consulta, o retorno é agendado para 15 dias depois para avaliação dos exames complementares solicitados. A partir de então, as consultas têm periodicidade mensal até 28 semanas, e a cada 2 a 3 semanas até 36 semanas. A partir de 36 semanas gestacionais até a ocorrência do parto, o retorno ao pré-natal é semanal. Gestantes de alto risco necessitam de retornos mais frequentes de acordo com a doença de base. EXAMES LABORATORIAIS Os exames laboratoriais são uma forma de rastreamento e prevenção de possíveis doenças. Solicita-se na primeira consulta o perfil pré-natal, que inclui: Tipo sanguíneo ABO e fator RhD. Pesquisa de anticorpos irregulares (inclusive para pacientes RhD- positivo). ➡ Hemograma. ➡ Sorologia para rubéola. ➡ Sorologia para toxoplasmose. ➡ Sorologia para hepatites B e C. ➡ Sorologia para sífilis. ➡ Sorologia para vírus da imunodeficiência humana (HIV). ➡ Glicemia em jejum. ➡ Hormônio estimulante da tireoide (TSH). ➡ Urina tipo I. 22 ➡ Urocultura. ➡ Protoparasitológico de fezes (três amostras). ➡ Colpocitologia oncótica (Papanicolaou). ➡ Ultrassonografia No acompanhamento do pré-natal, são solicitados os seguintes exames: MENSALMENTE: – Pesquisa de anticorpos irregulares (ou Coombs indireto): é repetida mensalmente para as gestantes RhD--negativo com parceiro RhD-positivo. – Sorologia para toxoplasmose no caso de a gestante apresentar imunoglobulinas M (IgM) e G (IgG) negativas. ENTRE 24 E 28 SEMANAS DE GESTAÇÃO: – Teste de tolerância oral à glicose de 75 g se a glicemia em jejum na primeira consulta for inferior a 92 mg/dL. – Ecocardiografia fetal nas pacientes com indicação. NO TERCEIRO TRIMESTRE: – Sorologia para sífilis e para HIV. – No caso de a gestante apresentar fatores de risco para hepatite, a sorologia de hepatites B e C é repetida. – Pesquisa de colonização vaginal e perianal por Streptococcus agalactiae entre 35 e 37 semanas. 23 NUTRIÇÃO O estado nutricional da mulher deve ser avaliado no período preconcepcional, e as modificações alimentares necessárias também devem ser iniciadas antes da gestação. O estado nutricional materno adequado é considerado um fator importante na redução da morbidade e da mortalidade materno-infantil. CONTROLE PONDERAL Existem evidências de que o ganho de peso materno na gravidez influencia o peso ao nascer. A avaliação ponderal faz parte da rotina da assistência pré-na-tal. O Ministério da Saúde adota a curva do IMC de acordo com a idade gestacional (curva de Atalah): ele é calculado em cada consulta e colocado no gráfico de acordo com a idade gestacional. O ganho ponderal médio ideal da grávida é de aproximadamente 12,5 kg. O feto, a placenta e o aumento uterino e das mamas 24 representam aproximadamente 9 kg, sendo o restante tecido gorduroso materno. RESTRIÇÕES ALIMENTARES Alguns alimentos devem ser limitados ou mesmo evita-dos durante a gestação por conta de seu potencial tóxico. Entre eles, estão alguns peixes, cafeína, carnes cruas, frutas e vegetais não lavados e produtos não pasteurizados. VITAMINAS E SUPLEMENTOS DIETÉTICOS SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO A deficiência de ferro é a principal causa de anemia. Durante a gestação tem se o aumento das necessidades de ferro, por causa da captação de 15 a 20% do ferro total do plasma materno pela placenta e pelo feto, além da expansão da volemia. Os sais de ferro, provenientes apenas da dieta, passam a ser insuficientes após 20 semanas para a maioria das gestantes. Nesse caso, recomenda-se sua suplementação desde 16 semanas de gestação até 8 semanas após o parto. ACIDO FÓLICO Na gestação, observa-se também um aumento das necessidades de ácido fólico, o que pode estar relacionado aos seguintes fatores: diminuição da absorção, inadequada utilização ou maior demanda desse nutriente pelo organismo. Para prevençãodos defeitos abertos do tubo neural em pacientes sem antecedentes, recomenda-se suplementação de 400 mg/dia e, em pacientes com fatores de risco, 4 mg/dia (antecedente pessoal, uso de medicação anticonvulsivante, entre outros). 25 A suplementação deve ser iniciada 3 meses antes da gestação e continuar nos 2 primeiros meses. VITAMINA A A ingestão de polivitamínicos contendo vitamina A deve ser evitada, pois a alimentação já supre a necessidade diária da gestante. A ingestão de vitamina A em doses superiores a 10.000 UI/dia é teratogênica. SUPLEMENTAÇÃO DE CÁLCIO A suplementação na dose de 600 mg/dia apenas para gestantes que não consumam produtos lácteos. SUPLEMENTAÇÃO DE B12 E B6 E C Gestantes veganas necessitam de maiores doses de suplementação de vitaminas B12 e D. A vitamina B6 é recomendada para gestantes com nutrição inadequada (usuárias de drogas, adolescentes e nos casos de gestação múltipla). A necessidade de vitamina C na gestação é de 80 a 85 mg/dia e pode ser obtida pela alimentação. 26 IMUNIZAÇÕES Preferencialmente, as mulheres deveriam ser imunizadas antes da gestação, no entanto, muitas vezes a vacinação é feita durante a assistência pré-natal. Vacinas produzidas com vírus vivos atenuados são con- traindicadas na gestação. As pacientes não imunizadas devem ser orientadas a tomar a vacina de rubéola, caxumba e sarampo (tríplice viral) no puerpério. Mulheres não grávidas que receberam alguma dessas vacinas devem esperar um intervalo de 28 dias para uma gestação. Essa recomendação é mais uma precaução, uma vez que não foram observadas até o momento malformações fetais em gestações nas quais as mulheres receberam essas vacinas sem saberem estar grávidas. A imunização para poliomielite somente é recomendada para casos de risco de exposição aumentado. 27 Fatores de risco para problemas na gravidez 1. Pressão alta e pré-eclâmpsia 2. Diabetes 3. Gravidez de gêmeos 4. Consumo de álcool, cigarro e drogas 5. Uso de remédios perigosos durante a gravidez 6. Sistema imune fraco 7. Gravidez na adolescência ou depois dos 35 anos 8. Grávida com baixo peso ou obesidade. https://bvsms.saude.gov.br/importancia-do-pre-natal/ https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-gestante.pdf Zugaib, Marcelo, e Rossana Pulcineli Vieira Francisco. Zugaib obstetrícia 4a ed.. Disponível em: Minha Biblioteca, (4th edição). Editora Manole, 4. Discutir o parto (definição a partir do exame físico, fases clínicas e mecanismo de parto, distócias de parto, indução do trabalho de parto, maturação fetal). Parto O parto é caracterizado por contrações das fibras miome-triais, cujas principais funções são a dilatação cervical e a expulsão do feto através do canal de parto. 5. Estudar o MINT (incluindo sobre ultrassonografia; incluir principais exames para avaliação da maturidade fetal). Exames de imagem para avaliação de maturidade fetal A avaliação da maturidade fetal está intimamente relacionada com a avaliação da maturidade do sistema respiratório fetal no terceiro trimestre. De maneira geral os métodos empregados para essa avaliação são invasivos e dependem de amniocentese , mas a aval iação ultrassonográfica pode auxiliar na avaliação da maturidade fetal, com baixos riscos ao feto e auxiliando na decisão do desfecho obstétrico. 28 Prevenir a prematuridade é a forma mais eficiente de prevenir a Síndrome do Desconforto Respiratório. Nesse sentido, conhecer o grau de maturidade pulmonar torna-se extremamente importante na condução das gestações com risco de trabalho de parto prematuro. Como o líquido proveniente do pulmão fetal contribui para a formação do Líquido Amniótico, a quantidade de surfactante pulmonar fetal pode ser estimada ao mensurarmos o surfactante no líquido amniótico. Vários são os métodos capazes de fazer tal avaliação. Os principais métodos utilizados para avaliar a maturidade pulmonar fetal são: ➡ Relação Lecitina/Esfingomielina (L/E) ➡ Pesquisa de corpos lamelares ➡ Relação Surfactante/Albumina ➡ Dosagem de Fosfatidilglicerol ➡ Índice de Estabilidade da Espuma e Shake Test ou Teste de Clements. Em geral, essas mensurações ou avaliações de amniocentese para coleta do líquido amniótico, o que pode levar a riscos adicionais à gestante e ao feto. Ultrassonografia A ultrassonografia na gestação é uma ferramenta indispensável na assistência pré-natal. Entre os principais benefícios da ultrassonografia obstétrica estão a datação correta da gestação, o diagnóstico da gestação não evolutiva, o diagnóstico precoce da gestação múltipla, a detecção de malformações fetais, o diagnóstico das alterações placentárias, do cordão umbilical e do crescimento fetal, além de ser um reforço psicológico aos pais com a visualização das imagens fetais. 29 Em geral a US de rotina do terceiro trimestre pode ser realizada após 27 semanas de gestação . OBJETIVO: estimar o peso do feto e seu bem-estar, por meio da observação da presença de movimentos corporais e respiratório , tônus e volume de líquido amniótico . Além disso, as estruturas orgânicas devem ser avaliadas com cuidado. CONSIGO VISUALIZAR: podemos avaliar os rins, o coração e o sistema nervoso central fetais. TERCEIRO TRIMESTRE TEM SE DIFICULDADE DE REALIZAR A USG MORFOLÓGICA: pois o feto apresenta-se ocupando toda a cavidade uterina e a quantidade de líquido amniótico é inferior à do segundo trimestre e, por isso, a avaliação da face, da coluna, das mãos e dos pés do feto encontra-se muito dificultada neste período, além de se tratar de período tardio para as complementações diagnósticas e para as principais condutas em medicina fetal. PROCESSO DE MATURAÇÃO DA PLACENTA: a avaliação ultrassonográfica poderia auxiliar no processo de identificação da 30 maturação da placenta e apresentava uma boa correlação com a bioquímica da maturidade pulmonar fetal, de forma que estabeleceu quatro graus distintos, observando-se placa corial, maciçoplacentário de placa basal: ■ Placenta grau 0: caracteriza-se por apresentar uma placa corial lisa, a substância placentária homogênea e a placa basal sem ecogenicicade subjacente; ■ Placenta grau 1: a placa corial ligeiramente ondulada e observam-se pequenos pontos ecogênicos no maciçoplacentário e a placa basal sem modificação; ■Placenta grau 2: a placa corial mais ondulada com áreas marcantes em forma de vírgula e maior quantidade de pontos ecogênicos na substância placentária. Na placa basal áreas com ecos lineares paralelos a ela; ■Placenta grau 3: placa corial marcantemente ondulada, formando verdadeiros círculos que se projetam para o maciçoplacentário, atingindo a placa basal e aumentando os pontos ecogênicos, promovendo sombra acústica. Normalmente, a placenta alcança grau I por volta das semanas 30 e 31, podendo manter-se até o final da gestação. Cerca de 45% das placentas chegam ao grau II por volta da semana 34/36 e cerca de 15% chegarão ao grau III. 31 A presença de placenta grau III não indica a necessidade de interrupção da gestação e nem tampouco aponta sofrimento fetal. Vale destacar que algumas patologias maternas promovem alterações na ecotextura da placenta (hipertensão, diabetes, pacientes fumantes etc.). Cardiovascular
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