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ANAMNESE E EXAME FÍSICO GINECOLÓGICO E OBSTÉTRICO Lara Camila – 5º Semestre - Medicina ANAMNESE Identificação: nome, idade, raça, religião, estado civil, profissão; Queixa principal História da doença atual: detalhamento da queixa principal -> início e evolução de todo o processo clínico. Antecedentes pessoais: doenças anteriores, cirurgias, medicamentos em uso? Tabagista? Etilista? Uso de drogas ilícitas? Reações alérgicas medicamentosas? Algum outro tipo de alergia? Antecedentes familiares: diabetes mellitus, neoplasias (câncer de mama? Intestinais? Ovários?), hipertensão arterial? Atenção aos parentes de 1º grau com histórico de neoplasia. Antecedentes menstruais: menarca, ciclos menstruais prévios (contendo intervalos e duração), última menstruação, ciclos menstruais atuais com intervalos e duração, sintomas pré-menstruais; ➢ Conceituar irregularidades menstruais como: Hipomenorreia: diminuição do número de dias e da quantidade do fluxo menstrual; Hipermenorreia/menorragia: aumento do número de dias e da quantidade do fluxo menstrual; Polimenorreia: diminuição do intervalo do fluxo menstrual menor de 21 até 25 dias; Oligomenorreia: aumento do intervalo do fluxo menstrual superior a 35 dias; Metrorragia: sangramento irregular e totalmente desperiodizado, sangramento irregular e acíclico. Antecedentes obstétricos: número de gestações, partos normais, cesáreos, abortamentos, data do último parto, abortamentos espontâneos, abortamentos provocados, puerpérios normais, puerpérios complicados; Antecedentes sexuais: vida sexual ativa, idade da sexarca, número de parceiros sexuais, orgasmo, libido, dispareunia (dor durante o ato sexual), sinusorragia (sangramento nas relações sexuais), anticoncepção; Antecedentes mamários: telarca (período de início do desenvolvimento das mamas), amamentação (quantas vezes, período e ou complicações), nódulos, dores, processos inflamatórios e traumas mamários prévios; já fez exames de imagens? Mamografia ou ecografia mamária? Se sim, quais e por qual motivo? Secreções vaginais: características, períodos, recorrências, número de episódios do corrimento, tratamentos anteriores; Queixas urinárias: infecções urinárias? Incontinência urinária? Urgência miccional? Queixas gastrointestinais: intolerância gástrica a alimentos ou medicamentos? Ritmo intestinal, continência fecal, sangramento ou dores durante a evacuação; EXAME FÍSICO Exame geral: peso, estatura, IMC, pulso, PA, temperatura, estado geral, cabeça, pescoço, tórax, aparelho respiratório, cardiovascular, abdome, região lombossacra, membros superiores e inferiores etc. OBS1: fazer inspeção e palpação do abdome observando as suas cicatrizes cirúrgicas, a sua distensão ou a presença de massas abdominais; OBS2: realizar exame dos MMII para detectar a presença de varizes ou de edema; OBS3: é importante examinar a coluna, principalmente suas porções dorsolombares e os pontos renoureterais. Exame ginecológico ➢ Mamas Inspeção estática: analisamos simetria, volume, retrações, áreas descamativas etc. Inspeção dinâmica: evidencia áreas de abaulamento ou retrações mamárias; A inspeção estática e dinâmica deve ser realizada com a paciente sentada e o examinador postado à sua frente e, assim, deverá avaliar: simetria, volume, mobilidade e retrações ou abaulamentos. Em seguida, realizar a palpação. A palpação deve ser realizada com a paciente deitada em decúbito dorsal, observando a presença ou não de nódulos. Se presentes, deverão ser descritos: localização, características, tamanho e mobilidade. Exame das axilas e das fossas supra e infraclaviculares Com a paciente sentada e o examinador postado à sua frente, deverá ser feita a palpação das axilas e das fossas supra e infraclaviculares, evidenciando ou não a presença de aumento dos linfonodos dessa região. Deve-se observar: número de linfonodos palpáveis, tamanho, consistência e mobilidade. OBS -> para examinar os linfonodos axilares direitos, o examinador deve suspender o braço direito do paciente utilizando o seu braço direito; em seguida, fazer uma concha com os dedos da mão esquerda, penetrando o mais alto possível em direção ao ápice da axila e depois trazer os dedos para baixo, pressionando contra a parede torácica. Expressão das mamas: evidencia se há ou não a presença de secreções serosas, lácteas ou sanguinolentas intraductais. Se for positiva a presença de descarga papilar, é necessário fazer a coleta do material para análise laboratorial. ➢ Órgãos genitais externos: grandes e pequenos lábios, clitóris, uretra, verificar se há ou não procidência das parede vaginais anterior e posterior; A manobra de valsava evidencia tais procidências e/ou presença de graus diversos de ruptura perineal ou de graus diversos de prolapso uterino. Na vulva, é necessário avaliar o monte vênus e a cadeia ganglionar inguinal bilateral; avaliar o aumento de volume das glândulas de Skene e das glândulas de Bartholin (em infecções, cistos ou tumorações, estão com volume aumentado e grande sensibilidade dolorosa). ➢ Órgãos genitais internos: exame especular (paredes vaginais, conteúdo vaginal, coleta de material vaginal ou cervical, citologia cervical, colo uterino) e toque vaginal OBS: o exame especular só pode ser realizado se a paciente manifestar que há ruptura himenal. Além de avaliar o colo uterino e propiciar a coleta de material cervical, o exame permite a análise das paredes vaginais quanto ao seu trofismo, rugosidade e coloração normal ou alterada ou presença de lesões e tumorações. O toque vaginal permite avaliar a amplitude e as características das paredes vaginais, do colo e do corpo uterino. Na sequência, realiza-se o exame bimanual com a outra mão apoiada sobre o hipogástrio e associado ao toque vaginal para determinar o posicionamento do útero. ➢ O fundo do saco de Douglas também deve ser avaliado, pois algumas massas poderão estar nele, como o útero retrovertido e fixo, nódulos tumorais peritoneais ou neoplasias ovarianas.
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