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Começaram a dividir as atividades para a evolução e sobrevivência ➖ A propriedade antes de ser privada era propriedade comum. ➡ O processo histórico e evolutivo de como era a propriedade antes de ser conhecida nos moldes atuais. △ Elementos de propriedade inerente a religião doméstica ➖ Alguns povos proibiam a venda da propriedade. ➡ Estava a casa e o solo presos a família ➡ Isso constitui os elementos de propriedade da família.. △ Individualização a subsistência propiciou a conquista de terras ➖ Veio com o advento das especializações de produção de subsistência, prática de atividades agrícolas, domínio de terras por conquistadores, entre outros fatores. ➡ Começaram a se aperfeiçoar na agricultura, estabelecendo domínio de terras entre aqueles que as conquistam. ➡ Começaram a produzir seus próprios instrumentos de trabalho. △ Direito Romano ➖ O direito Romano estrutura a propriedade em seu aspecto individualista. △ Sistema Feudal Idade média ➖ Sistema hereditário de terras. ➡ As terras passavam de pais para filhos, escravos passavam de pais para filhos. △ Idade Moderna a propriedade começou a ser fim em si mesma ➖ Hoje não pode ser fim em si mesma, pois tem uma função social a ser atendida. ➡ Mercantilismo, Iluminismo e Revolução Instrução. ➖ Processo de transformação muito grande. ➡ A propriedade servia para regar mais capital. △ Idade Contemporânea fim dos privilégios ➖ Revolução francesa. ➡ Fim dos privilégios de direito de propriedade. ➡ Propriedade intelectual, direito de laje, propriedade digital, etc. função social ➖ Além de evoluir o conceito de propriedade individual, com fim em si mesma, como fonte de riqueza, também passa a ter uma finalidade social; ➡ O direito de propriedade tem dois tipos de defesa que se contrapõem: Artigo 5° caput; artigo 5°, XXII. O do caput: é um direito social. Todo ser humano tem direito a um mínimo existencial. Um mínimo de patrimônio que lhe garanta a sobrevivência enquanto pessoa humana. Por exemplo, o usucapião. Quando o proprietário não atende a função social de sua propriedade, pode ser perdida face a alguém que, com esse direito mínimo de patrimônio, deu função social, função econômica e, por isso, tem direito de transformar aquela posse em sua propriedade. O direito de propriedade é assegurado no inciso XXII. Nesse caso, se trata de um direito individual. Que é o direito de propriedade. Não pode ser um fim em si mesma .É preciso atender a função social da propriedade. Se isso não ocorrer, o direito de propriedade pode dar direito à propriedade de outro. Artigo 1228, § 1° O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞA Bíblia ➖ A bíblia apresenta as primeiras formas de contrato. A primeira união estável, a primeira forma de propriedade. ➡ Todo direito humano, se fizer uma leitura bíblica, está lá presente. ➖ Direito ao uso da terra, acúmulo de bens e proíbe sua violação. △ Livro de Mateus 19,18 - ‘’E disse jesus: não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não darás falso testemunho’’. ➖ Contempla as situações da preservação do direito de propriedade. △ Livro de Êxodo 20, 17-‘’Não cobiçarás a casa do teu próximo; não desejarás a tua mulher; nem teu servo; nem teu jumento; nem coisa alguma que lhe pertença”. ➖ Proteção legislativa ➡ Por exemplo, mulher não é propriedade, não existem mais servos. ➡ é proibido maltratar animais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞFunção Social ➖ Artigo 1228 do CC. Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha ➖ Conjunto de normas constitucionais sobre a propriedade revela que ela não pode mais ser considerada como mero instituto de direito privado, devido a sua constitucionalização, atuando como direito fundamental e como princípio. ➡ Além disso, as facetas da função social, as limitações e a interferência estatal demonstram a perda do caráter absoluto de outrora, relativizando-se seu conceito e aplicação, passando a ser considerada como instrumentos capaz de assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social (artigo 5°, inc. XXII, CF). ➖ Interferência do Estado ➡ Sofre limitações, é assegurada e protegida constitucionalmente e infraconstitucionalmente. ➖ Não tem caráter imutável, erga omnes ou oponível contra todos. ➡ Estará resguardado e protegido desde que seja exercido no limite das exigências das normas. ➖ Normas e regulamentos que interferem no direito de propriedade ➡ A propriedade é sua, respeita a sua propriedade, mas não pode botar fogo no terreno. Não pode construir do jeito que você quiser, como quiser ou onde quiser. ➡ Por exemplo, construir uma fábrica em um bairro residencial, não é permitido pelo Plano Diretor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞConceito e Natureza Jurídica △ Direito real por excelência é preciso ter o domínio para que se possa instituir os demais direitos reais ➖ A propriedade é o direito real por excelência por abranger a coisa em todos os seus aspectos, sujeitando-a totalmente ao seu titular. ➖ É a plenitude do direito sobre a coisa, composta pela unicidade de poderes interligados. △ Direito civil e público Subjetivo. ➖ A doutrina é confusa a respeito do tema, que acabara por admitir que a propriedade privada se configura sob dois aspectos: ➖ Direito Civil Subjetivo ➖ Direito Público Subjetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞAtributos do Direito de Propriedade △ Oponibilidade erga omnes caráter absoluto ➖ O direito de propriedade é oposto contra qualquer pessoa da sociedade humana que o viole ➡ Relação particular sobre a coisa que se opõe a todos indistintamente. ➡ Por exemplo, esse copo é meu, de minha propriedade. Se a propriedade for violada, pode garantir a sua posse sobre a coisa. △ Publicidade É preciso que se faça o registro, pois ele dá publicidade À Propriedade ➖ Direito de ter conhecimento para todos. ➡ O direito de propriedade só é oponível quando se torna público, e a propriedade se torna pública pelo registro. ➖ A propriedade se transfere pelo registro ou pela tradição. ➡ O registro é para os bens imóveis e a tradição para os bens móveis. △ Perpetuidade o direito de propriedade é perpétuo ➖Não é obrigatório, só desaparece pela vontade da parte ou por determinação legal. ➡ A coisafica com o proprietário até o momento que ele quiser estar com ela. ➡ Pode ser abandonada ou transferida. ➡ Por uma decisão administrativa a propriedade pode ser desapropriada. Vem com força de lei, por determinação legal. ➖ A exceção é a propriedade resolúvel. ➡ Constitui-se enquanto não houver a quitação total da obrigação e a coisa continua com a propriedade do vendedor. ➡ A propriedade resolúvel ocorre, por exemplo, na alienação fiduciária ou na promessa de compra e venda. ➡ Por exemplo, um financiamento em um banco, a compra de um carro parcelado. A transferência só ocorre com o implemento da condição. △ Exclusividade é um atributo da propriedade ➖ Não é um princípio absoluto ➖ A única exceção é o condomínio. ➡ Por exemplo, um condomínio edilício de fazenda para seis filhos após a morte do pai. ➡ todos são igualmente donos de uma porção daquela propriedade. Enquanto não se dividir, todos poderão usar, gozar e fruir, dispor da coisa somente se todos concordarem.. △ Elasticidade a propriedade pode se distender ao máximo ou comprimir ao máximo À vontade do proprietário ➖ Quando o proprietário detém todos os poderes, há a propriedade plena. ➡ Quando um dos poderes é retirado do proprietário, chama-se propriedade limitada, o mesmo que direito reais sobre coisas alheias. ➡ Por exemplo, super�ície, usufruto, hipoteca, etc. ➖ Capacidade de se desprender do proprietário, algumas das qualidades do domínio. ➡ O proprietário tem direito de usar, gozar, dispor e fruir do bem. relação subjetiva com a coisa ➖ Na elasticidade, esses elementos podem se desprender. ➡ Por exemplo, um proprietário estabeleceu usufruto, transferindo para outrem o direito de usar e fruir a coisa por um determinado tempo, sob uma determinada condição. ➡ Por exemplo, passei o usufruto do meu apartamento pra Jéssica. Contudo, dei a condição de que ela deveria passar na OAB. Enquanto ela estiver com o usufruto (direito real que precisa ter registro em cartório), constitui ônus reais. ela tem direito a ação de reintegração de posse. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞComponentes do Direito de Propriedade △ Usar ➖ Utilizar-se da coisa no seu próprio interesse, ou seja, extrair da coisa todos os benefícios ou vantagens que ela puder prestar, sem alterar-lhe a substância. ➡ Por exemplo, Pedro vai morar no apartamento. ➖ O direito de propriedade não exige o uso (faculdade). Mesmo que o proprietário não use, não se perde a propriedade. ➡ O bene�ício é pessoal. △ Gozar (fruir) ➖ O proprietário pode retirar da coisa as suas utilidades econômicas (frutos naturais, industriais e civis), além dos produtos. ➡ Por exemplo, Pedro que mora no apartamento pode fruir dele como quiser, como frutos naturais ou civis que aquele apartamento possuir. ➖ É uma faculdade do proprietário ➡ Por exemplo, uma chácara com plantação de manga. É um fruto natural. Pode tirar a manga e fazer suco para vender . É um fruto industrial. Pode alugar o pomar para outra pessoa. É um fruto civil o dinheiro. △ Dispor é a faculdade de alienar a coisa ➖ Pode ser onerosa ou gratuita ➡ A alienação da coisa significa transferir a propriedade. ➖ Se for de forma onerosa será por meio de uma compra e venda. ➡ Se for de forma gratuita, pode ser uma doação. △ Reivindicar não é uma faculdade, é um direito subjetivo ➖ Concede ao proprietário o direito de recuperar a coisa que lhe foi injustamente retirada, para restaurar o seu patrimônio. ➡ Por exemplo, o direito de super�ície pode ser vendido. O superficiário irá transferir nas medidas e nas condições em que recebeu. ➖ A posse deve estar violada ou maculada. ➡ Se houver esbulho, reintegração. Se houve turbação, manutenção. Ameaça, interdito proibitório. ➡ É do proprietário e se alarga para aquele que tem a posse da coisa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞFormas de Aquisição de Propriedade △ Originária não tem vínculo anterior ➖ Quando a propriedade é adquirida sem vínculo com o dono anterior, de modo que o proprietário sempre vai adquirir propriedade plena. ➡ Não existia qualquer tipo de relação jurídica que antecede a propriedade. ➖ Não haverá nenhuma restrição, nenhum ônus ou vícios existentes ➡ Se dá sem que se tenha ocorrido qualquer vínculo com o dono anterior, de modo que o proprietário vai adquirir a propriedade plena, sem nenhuma restrição, ônus ou vício anterior. Adquire a propriedade como se fosse a primeira vez. ➡ Por exemplo, acessão natural, usucapião e desapropriação. △ Derivada tem vínculo anterior entre o dono atual com o dono anterior ➖ Quando decorre do relacionamento entre pessoas. ➡ Por exemplo, contrato de compra e venda, sucessão hereditária ➖ O novo dono vai adquirir nas mesmas condições do anterior. ➡ Por exemplo, uma hipoteca, uma servidão de passagem, usufruto. ➡ Por exemplo, um apartamento que foi dado em usufruto precisa ser vendido pelo proprietário. ➡ Propriedade com algum ônus não passa para aquele que adquiriu por usucapião. Ela será adquirida sem vício e sem ônus. ➡ Por exemplo, um herdeiro que recebe um bem com usufruto. Está recebendo um bem de forma derivada. ➖ Registro e tradição ocorre a transmissão ➡ Certidão de existência ou inexistência de ônus reais. Irá dizer todas as relações jurídicas daquele bem, com todos os seus gravames. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞRegra Geral △ Artigo 108 do CC ‘’não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial À validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferÊncia, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no país ➖ Exigência de formalidade legal ➡ Qualquer modificação que venha ser feita ➖ Sempre que for superior a 30 salários mínimos deve ser feito por Escritura Pública ➡ A lei dispensa a Escritura Pública se o imóvel for inferior a trinta mil salários mínimos ➡ A escritura pública deve ser registrada em cartório, na matrícula do imóvel. △ Registro de Imóveis são feitos a matrícula, o registro e a averbação ➖ De atos referentes a imóveis ou há direitos a ele relacionados ➡ Abrange transcrição e a inscrição de atos que venha a transferir o domínio ou instituir ônus reais. ➖ Pedir Inteiro Teor do imóvel é importante ➡ Por exemplo, fiz o financiamento na Caixa e recebi a declaração de baixa da alienação fiduciária. ➡ Para saber quantos proprietários, os antecedentes do imóvel, cada Registro, etc. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞAquisição pelo Registro ➖ Artigos 1238, 1245, 1246 e 1247 do CC △ Artigo 1238 do CC ➖ Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. ➡ A sentença que reconhece o usucapião, que é uma forma de aquisição originária de propriedade, ela vai servir de titular para fazer o registro. △ Artigo 1245 do CC ➖ Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante o registro do título translativo no Registro de Imóveis ➡ § 1 o Enquanto não se registrar o título translativo, o alienante continua a ser havido como dono do imóvel. ➡ Por exemplo, o bem está no nome de Ana. Fez o contrato de compra e venda com Caio. Enquanto não se fizer o registro da Escritura, a propriedade será de Ana. Já não terá mais a posse, mas continuará com a propriedade. ➡ § 2o Enquanto não se promover, por meio de ação própria, a decretação de invalidade do registro, e o respectivo cancelamento, o adquirente continuaa ser havido como dono do imóvel. ➡ Por exemplo, compra de um bem que é duplamente vendido. Enquanto não se comprovar, será declarado como o verdadeiro dono daquela coisa. ‘’ vender sem ser dono’’. Alguém que vende uma propriedade que não lhe pertence. Negócio jurídico celebrado de forma putativa. Até que se declare a validade ou nulidade, reconhecendo o direito, é sempre importante agir de boa - fé. ➖ A propriedade só se transfere e só se adquire com o registro. ➡ Se não houver registro, não haverá propriedade, somente haverá posse. △ Artigo 1246 do CC ➖ Art. 1.246. O registro é eficaz desde o momento em que se apresentar o título ao oficial do registro, e este o prenotar no protocolo. ➡ O casamento tem efeitos jurídicos diretos pois está dentro das formalidades legais. Já nasce chamando o direito para proteção. Já nasce de forma institucionalizada. ➡ A união estável está no mundo dos fatos. O Direito preserva e resguarda os seus efeitos, sua existência e sua proteção. △ Artigo 1247 do CC E ➖ Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule. ➡ Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o proprietário reivindicar o imóvel, independentemente da boa-fé ou do título do terceiro adquirente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞAcessão ➖ É o direito em virtude do qual o proprietário de um bem adquire o domínio de tudo aquilo que se aderir inseparavelmente ao seu bem, alterando, quantitativa ou qualitativamente a coisa, podendo configurar forma de aquisição originária ou derivada (Maria Helena Diniz). △ Dois ou mais pedidos de registro ➖ De um mesmo imóvel observará o que deu entrada primeiro no cartório. ➡ Artigo 1246 do CC e artigo 182 da Lei 6015/73 ➖ Havendo duas transcrições do mesmo imóvel, prevalece a mais antiga, enquanto não invalidada por ação competente. △ Cartório de Imóveis se registra não só a propriedade, mas qualquer direito real ➖ Antes do registro do contrato, não há direito real, não há propriedade, não há sequela, ainda que em favor do comprador. (artigo 1245 , parágrafo primeiro do CC) ➡ Por exemplo, hipoteca, servidão, super�ície, usufruto, etc. ➖ Apenas direito pessoal, de modo que se o vendedor desiste, a regra é o contrato se resolver em perdas e danos. △ Naturais há a incorporação da coisa acessória à principal dispensa a atividade humana ➖ Não tem intervenção humana na sua ocorrência ➡ Decorre de acontecimento natural (aquisição originária) ➖ Permite a incorporação ao bem, de outro, aumentando a sua propriedade de forma natural. ➡ Por exemplo, a formação de uma ilha, força da natureza. △ Artificiais Há concorrência da ação humana para o acréscimo ao bem. ➖ Construções ou plantações realizadas por obra humana. ➡ Alguém vai lá, constrói ou planta. ➖ Tipo de aquisição derivada ➡ Por exemplo, um terreno limpo construído uma estufa. Foi alguém que fez. Se for retirado do imóvel, vai desnaturar. △ De imóvel a imóvel terras que se juntam a terras ➖ A formação de ilhas, a aluvião, a avulsão e o abandono de álveo. △ De móvel a imóvel plantações e construção se junta ao solo ➖ Plantações e construções. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞRequisitos ➖ Para que se tenha acessão △ União de duas coisas solo se junta a solo ou plantação e construção ➖ Que até então se encontrassem separadas △ A caracterização da acessoriedade aquilo que se junta e vem fazer parte ➖ De uma dessas coisas em comparação com a outra ➡ Princípio da gravitação jurídica. ➖ O acessório acompanha o principal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞAcessão por formação de Ilhas ➖ Possibilidade de uma pessoa que tem um imóvel na margem de um rio, se tornar proprietário de uma ilha. ➡ Somente se dá em rios NÃO navegáveis, pois os rios navegáveis pertencem ao Poder Público. ➡ O código civil traz essa aquisição de rios não navegáveis, onde não se passam grandes embarcações, como barco de remo, canoa, etc. ➖ Artigo 1249 do CC Art. 1.249. As ilhas que se formarem em correntes comuns ou particulares pertencem aos proprietários ribeirinhos fronteiros ➡ Por exemplo, um rio que passa entre a propriedade A , B , C e D. ➡ Por exemplo, uma pessoa que tem uma propriedade próxima a um rio, torna-se proprietário da ilha. ➖ Essa possibilidade só tem sua ocorrência possível se se der em um rio não navegável. Passa apenas barco de remo, canoas, etc. △ Artigo 1249, I I - as que se formarem no meio do rio consideram-se acréscimos sobrevindos aos terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as margens, na proporção de suas testadas, até a linha que dividir o álveo em duas partes iguais; ➖ 1 - Ilhas formadas no meio do rio ➡ Por exemplo, será um acréscimo ao terreno os que tiverem suas testadas de frente para essa ilha. ➖ Traça-se uma linha imaginária e o pedaço de terra pertencerá aos donos dos imóveis. △ Artigo 1249, II II - as que se formarem entre a referida linha e uma das margens consideram-se acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros desse mesmo lado; ➖ 2 - Ilhas surgidas na mediana do rio ➡ Por exemplo, se ficar perto do terreno de A e C, mas não de B e D. Será somente de A e C. ➖ Dependerá do lado em que a ilha nascer, sempre observando a testada. △ Artigo 1249 , III III - as que se formarem pelo desdobramento de um novo braço do rio continuam a pertencer aos proprietários dos terrenos à custa dos quais se constituíram. ➖ 3 - ilhas formadas pela abertura de terras no rio ➡ Por exemplo, se formasse uma ilha formando um braço somente em D. Por ter invadido o seu terreno, será somente de D. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞAcessão por Aluvião ➖ Artigo 1250 do CC △ Aluvião Própria Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes (Aluvião Própria), ➖ A terra se desloca e se faz a transposição por meio do rio. ➡ Por exemplo, ao longo do tempo, uma margem de terra pertencia a B e foi se deslocando e passou a pertencer a A. O leito do rio fez a transposição. Aumenta o terreno de um e diminui o terreno de outro. ➖ Ocorre de forma natural, sem nenhuma ação humana. ➡ Ocorre de forma lenta, gradual e aos poucos. △ Aluvião Imprópria Os acréscimos formados,sucessiva e imperceptivelmente,(...), ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização(Aluvião Imprópria). ➖ Não haverá indenização ➡ A terra que se desagrega e passa de um para o outro de forma lenta, gradual e por forças da natureza. △ Parágrafo único O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem. ➖ Deverá observar o tamanho que invadir o terreno de cada um. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞAcessão pela Avulsão ➖ Artigo 1251 do CC △ D ocorre pelo repentino, abrupto deslocamento de uma porção de terra que, em virtude de uma força natural violenta, desprende-se de um prédio para se juntar a outro. ➖ A propriedade da porção de terra proveniente da avulsão só será do dono do prédio a que se unir se este indenizar o proprietário lesionado ➡ Aquele que sofreu a perda da terra pela ação da natureza só terá direito a indenização se ele exigir. ➖ se, dentro do prazo decadencial de um ano, ninguém reclamar desse fato. ➡ A diferença de avulsão para aluvião é que o aluvião é lento e gradual. A avulsão é repentina, ocorre de maneira rápida. Há uma perda da propriedade, podendo EXIGIR INDENIZAÇÃO. ➖ Se não houveracordo, pode entrar com processo judicial. ➡ Desde que atendendo o requisito legal de um ano. ➖ Retificação no registro de imóvel para aumentar a área, podendo ser para sempre ou passageiro. ➡ A força da natureza pode alterar aquele quadro ao longo do tempo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞAcessão por abandono de álveo ➖ Artigo 1252 do CC O álveo abandonado de corrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo ➖ O rio, por onde transcorria a água, seca. ➡ Por exemplo, o rio que passava entre a propriedade de A,b, c e d secou. A aquisição da propriedade de forma natural se dá por Álveo abandonado para todos eles. ➖ Utiliza-se da linha imaginária para fazer a divisão. ➡ Álveo é o leito do rio. Divide-se para eles. ➖ A propriedade será sempre dos ribeirinhos. ➡ Geralmente, essas terras são férteis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞAcessão por plantações e construções ➖ Artigo 1253 do CC △ Plantado ou construído. Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até que se prove o contrário. ➖ o acessório segue o principal, razão pela qual tudo que se incorporar ao solo por consequência de qualquer ação pertencerá ao dono do solo,. ➡ Por exemplo, filho construir no terreno dos pais. ➖ cria uma presunção juris tantum de que toda construção ou plantação num determinado terreno foram feitas pelo seu proprietário e às suas custas. ➡ ‘’até que se prove o contrário’’ pertence ao dono do terreno. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞSemear, plantar ou construir com materiais alheios em terreno próprio ➖ Artigo 1254 do CC ➡ Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé. △ Boa -fé gera indenização que a semeação, plantação ou edificação em terreno próprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes, ➖ desde que pague-lhe o valor correspondente, ➡ respondendo por perdas e danos quando pautado por má-fé, ➖ estando desobrigado às perdas e danos, a contrario sensu, ➡ se tiver agido de boa-fé. ➡ Por exemplo, comprou em um depósito e usa os materiais achando que eram os seus. Agiu de boa-fé. Se ele utilizar no seu terreno, será dele. ➡ A lei não permite o enriquecimento sem causa, portanto deverá indenizar pelo valor que utilizou. ➡ Perdas e danos devem provar a existência do dano material ou moral. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞSemear, plantar ou construir com materiais próprios em terreno alheio ➖ Artigo 1255 do CC perde em proveito do proprietário do terreno, as sementes, plantas e construções, devendo, contudo, ser indenizado pelo seu valor ao tempo do pagamento quando de boa-fé ➖ terá direito de retenção quando detenha o imóvel, aplicando-lhe os princípios da benfeitoria. ➡ Por exemplo, construção no terreno do sogro, com autorização dele. Caso ele morra, o acessório segue o principal. Jhon e Marcos deverão provar e ser indenizados pelos materiais que gastaram na construção. ➖ Haverá direito de retenção ➡ Por exemplo, o casal separou. O imóvel pertence ao pai de Marcos. Jhon deverá discutir pela construção, e exigir a sua parte que foi contribuída. △ Parágrafo único cuida das hipóteses em que o valor da plantação ou da construção exceda consideravelmente o valor do terreno ➖ estabelece, neste caso, que quem, de boa-fé, tenha plantado ou edificado adquirirá a propriedade do solo, mediante justa indenização, ➡ a ser fixada judicialmente quando impossível o acordo. ➖ Trata-se de um caso de acessão invertida ➡ a obra e a plantação passam a ser considerados o bem principal. ➡ Por exemplo, um loteamento. Diego tem um terreno e Marcela também tem ao lado dele um terreno de 100 mil. Na hora de olhar a planta, confundem o terreno e Marcela confunde o dela com Diego, construindo no terreno dele por engano. Quando Diego chegou, encontrou a construção de 300 mil reais no terreno. A resolução será que o terreno ficará com Marcela, pois o valor da construção excederá o valor do terreno. A propriedade do solo será adquirida mediante negociação. Se Diego não aceitar trocar o terreno, irá para a fixação judicial do valor do terreno que será pago e não ficará em prejuízo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞMá - fé de ambas as partes ➖ Artigo 1256 do CC ambos de má-fé, o proprietário adquirirá as sementes, plantas e construções, ➖ aplicando o princípio de que o acessório segue o principal, ➡ devendo ressarcir as acessões, sendo presumida a sua má-fé (e a boa-fé do terceiro) ➖ quando o trabalho de construção ou de lavoura tenha se dado em sua presença e sem a sua impugnação. ➡ Ressarcido no valor que investiu, o que estiver no solo, fica para o dono do solo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞPlantação ou edificação em solo alheio ➖ Art. 1.257 do CC ➡ com sementes, plantas ou materiais igualmente alheios, △ Responsabilidade subsidiária perderá o dono da matéria-prima a sua propriedade, quando o terceiro estiver de boa-fé, ➖ fazendo jus, contudo, à indenização a ser paga pelo dono do terreno, ➡ hipótese do plantador ou construtor não puder pagá-la em primeiro lugar ➖ Exige indenização do dono do terreno em primeiro lugar, do plantador ou construtor em segundo lugar ➡ Por exemplo, o terceiro plantou no terreno que não lhe pertencia e o dono veio reivindicar, ele será ressarcido. Aquilo que está plantado segue o principal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞConstrução ou plantação em zona limítrofe ➖ Artigo 1258 do CC △ Boa- fé do construtor ultrapassando esta os limites do terreno e adentrando parcialmente propriedade alheia não superior à vigésima parte desta (área toda) ➖ o construtor de boa-fé fará jus à propriedade da área invadida, ➡ desde que o valor da construção ou plantação exceda o valor da parte invadida. ➖ Erroneamente pensa ser o limite no local incorreto ➡ Por exemplo, construção que adentre a propriedade de outra pessoa. Construiu ou plantou achando que fazia parte da sua área, sem conhecimento de que estava invadindo. △ Má - fé do construtor poderá adquirir a propriedade da área invadida, quando o valor da construção/plantação exceda o valor da parte do terreno que foi invadida e não seja possível o desfazimento da obra/plantação sem grave dano. ➖ o construtor ou plantador de má-fé, para obter a propriedade em questão, deverá pagar em décuplo os valores estabelecidos a título de indenização. ➡ Por exemplo, para que possa obter a propriedade invadida, deve pagar 10 vezes o valor que foi estabelecido a título de indenização. ➖ Além do cálculo da parte invadida, é preciso pagar o valor da desvalorização remanescente ➡ C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ᆞInvasão exceder a vigésima parte do terreno alheio ➖ Artigo 1259 do CC ➡ S △ D construtor de boa-fé adquirirá a propriedade da parte invadida, desde que pague indenização por perdas e danos que abranja não só o valor da área perdidae o da desvalorização do remanescente, mas também o valor que a invasão acrescer à construção. ➖ O construtor de má-fé, por seu turno, é obrigado a demolir o que construir, pagando as perdas e danos em dobro. ➡ C ➖ B ➡ C △ D E ➖ B ➡ C ➖ B
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