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NERVO TRIGÊMEO É o quinto par de nervo craniano; Os nervos cranianos se originam do encéfalo, sendo 10 originados do tronco encefálico e os outros 2 do cérebro (olfatório e o óptico); NOMENCLATURA: 5º Par Craniano (V) ou Nervo Trigêmeo. CLASSIFICAÇÃO: É um nervo misto: possui uma raiz sensitiva e uma raiz motora. Fibra sensitiva = AFERENTE Fibra motora = EFERENTE O trajeto da fibra sensitiva (aferente) acontece de FORA para DENTRO, ou seja, na condução nervosa, quando sentimos uma pressão na gengiva, por exemplo, essa informação é captada por receptores ali presentes e o nervo alveolar inferior conduz para o SNC a informação do tato, da pressão naquela região; Quando a fibra for motora, o trajeto é de DENTRO para FORA. A raiz motora vai para os mm para a mastigação e acompanha o n. mandibular (V3); O nervo mandibular é a ramificação do nervo trigêmeo que é sua parte motora. Entretanto, também possui uma parte sensitiva. TIPOS DE FIBRAS Aferente Somática Geral: somático quer dizer aquilo que relaciona o indivíduo com o meio ambiente (pele, ossos, músculos, articulações). Aferente e geral, significam dizer que é uma sensibilidade geral, comum em diversas partes do corpo (ex. tato) Aferente Visceral Geral: visceral se refere a parte inconsciente, em relação as vísceras. Eferente Visceral Especial: eferente se refere a fibras motoras (músculos). Assim, os músculos que se originam dos arcos faríngeos são considerados viscerais e especiais, pois sua origem se diferencia da grande maioria dos músculos do corpo, que se originam a partir dos somitos. Portanto, as fibras que inervarão os mm da mastigação e da expressão facial, serão denominadas fibras eferentes viscerais especiais. ORIGENS: Entre o corpo e o braço da ponte, emerge o nervo trigêmeo. (origem a olho nu, macroscópica, aparente) *Nervos= prolongamentos de axônios Real (microscópica): núcleos (corpos dos neurônios) no tronco encefálico; Aparente: braço da ponte; gânglio trigeminal. Passagem Craniana: Fissura Orbital Superior – n. olftalmico / Forame Redondo – n. maxilar / Forame Oval: n. mandibular TERRITÓRIOS DE INERVAÇÃO: SENSITIVO: -Meninge dura-mater (o n. trigêmeo pode estar associado a cefaleias); -Face (pele e mucosas). – porém não inerva toda pele da face, existe uma região (próx ao ângulo da mandíbula) que vai ser inervada por ramos do plexo cervical (formado pelos nervos espinais), o nervo auricular magno. MOTOR: Músculos da mastigação GLANDULAR* *O nervo trigêmeo tem a sua origem real nos núcleos do tronco encefálico, a origem aparente no tronco encefálico, mais precisamente na ponte na fossa posterior do crânio, até que ele encontra o gânglio trigeminal. GÂNGLIO TRIGEMINAL = aglomerados de corpos de neurônios sensitivos. - É o primeiro neurônio que capta da informação da dor, da temperatura, da pressão; - A partir dele, emerge o nervo oftálmico, o nervo maxilar e o nervo mandibular. DERMÁTOMOS DA CABEÇA: inervação sensitiva da face TERÇO SUPERIOR: a inervação é dada pelo nervo oftálmico. Contribui para a inervação do nariz, do couro cabeludo, até a parte mais alta do crânio (vértice). TERÇO MÉDIO: a inervação é dada pelo nervo maxilar. Lábio superior, nariz, pálpebra inferior, região mais anterior da fossa infratemporal. TERÇO INFERIOR: a inervação é dada pelo nervo mandibular. Lábio inferior, grande parte da mandíbula, ramo da mandíbula, região pré-auricular. NERVO TRIGÊMEO – ORIGEM REAL Núcleos do telencéfalo: - Núcleo pontino/principal do n. trigêmeo: o maior núcleo e o principal; -Núcleo espinal do n. trigêmeo: parte do núcleo principal que se estende até a medula. Mais inferior; -Núcleo mesencefálico do n. trigêmeo: parte do núcleo que se encontra no mesencéfalo. Mais superior; -Núcleo motor do n. trigêmeo *Os núcleos se caracterizam por corpos de neurônios localizados profundamente ao tronco encefálico formando massas. ORIGEM APARENTE É quando a saída do nervo é possível de ser vista macroscopicamente. O nervo trigêmeo possui uma parte maior, que é a sensitiva (vem do gânglio trigeminal), e uma parte menor, que é a motora. PASSAGEM CRANIANA Nervo em azul = n. mandibular Nervo laranja = n. maxilar Nervo verde = nervo oftálmico NERVO OFTÁLMICO É sensitivo, com fibras aferentes somáticas gerais; Inerva a região frontal e de couro cabeludo; Ainda na fossa média do crânio, antes de penetrar na órbita emite o ramo meníngeo, que é destinado a inervar parte da dura-máter, passando pelo forame espinhoso; Penetra na órbita através da fissura orbital superior; Ao entrar na órbita, termina dividindo-se em 3 ramos principais: nervos lacrimais (lateral), frontal (intermédio) e nasociliar (medial) Nervo Lacrimal: -É o ramo mais lateral; -Percorre a porção lateral do teto da órbita em direção à glândula lacrimal, passando pela margem superior do m. reto lateral; -Recebe um ramo, o ramo comunicante do n. zigomático, que conduz as fibras secretomotoras do SNA parassimpático para a gl lacrimal; -INERVAÇÃO sensitiva: gl lacrimal, pele da pálpebra superior da região lateral. Nervo Frontal -Intermediário entre o lacrimal e o nasociliar; -Divide-se em 2 ramos principais; -Percorre o teto da órbita em direção ao forame/incisura supraorbital, por onde atravessa como nervo(s) supraorbital, que faz a inervação da fronte do couro cabeludo até o vértice; -Mais medialmente ao a incisura supraorbital, o n. frontal percorre o teto da orbita em direção ao forame/incisura supratroclear, por onde atravessa como nervo supratroclear, que inerva a glabela, parte da raiz do nariz. -Esses 2 nervos contribuem para a inervação do seio frontal. Nervo Nasociliar -É o mais medial; -Emite alguns ramos: N. etmoidal posterior – passa pelo forame etmoidal superior; inerva os seios etmoidais e esfenoidais; N. etmoidal anterior – passa pelo forame etmoidal anterior; emite ramos nasais (internos e externo). O externo sai abaixo dos ossos nasais em direção ao dorso do nariz. N. infratroclear – deixa a orbita próximo a seu canto medial. Pode trocar fibras com o n. supratroclear. Inerva as pálpebras, pele da raiz do nariz e o saco lacrimal. NERVO MAXILAR É um nervo sensitivo, com fibras aferentes somáticas gerais; Emite um ramo ainda no interior do crânio, o ramo meníngeo; Deixa a cavidade do crânio ao ultrapassar o forame redondo, se dirigindo para a fossa pterigopalatina; Na fossa pterigopalatina ele emite seus ramos principais; Nervo Palatino -Sai da fossa pterigopalatina e atravessa o canal palatino descendente que se abre na cavidade da boca; -Aproximando-se da cavidade da boca, se divide: Nervo palatino maior: ultrapassa o canal/forame palatino maior. Fazem a inervação da mucosa do palato duro, nos 2/3 posteriores do palato. Nervo palatino menor: são mais posteriores e ultrapassam o forame palatino menor. Fazem a inervação sensitiva da mucosa do palato mole. Nervos alveolares superiores posteriores -Descem a partir da fossa pterigopalatina, ultrapassando a fissura pterigomaxilar, tendo um trajeto descendente pelo túber da maxila, onde penetram pelas foraminas alveolares; -Faz a inervação dos dentes posteriores superiores (molares), com exceção da raiz mesiovestibular do primeiro molar superior; da gengiva vestibular na região dos molares, da parte posterior da mucosa do seio maxilar e do tecido ósseo da maxila dessa região. Nervo Esfenopalatino -Penetra na cavidade nasal por meio do forame esfenopalatino e divide-se em: ramos nasais superiores (inervam a parte posterior das conchas nasais superior e média) eramos nasais inferiores (inervam a parte posterior das conchas nasais média a inferior). Nervo Nasopalatino -Dirige-se anteriormente sob a mucosa do septo nasal até chegar ao canal incisivo, atravessa-o e emerge no forame incisivo, saindo posteriormente aos incisivos centrais na fossa incisiva; -Inervam a mucosa do septo nasal e do palato, de canino a canino. Nervo Zigomático -É o ramo mais lateral; -Sai da fossa pterigopalatina e se dirige para a órbita através da fissura orbital inferior e emite um ramo comunicante com o nervo lacrimal; -Corre no soalho na parte mais lateral da órbita e penetra no forame zigomático-orbital, saindo no osso zigomático; -No osso zigomático, se divide em: Nervo zigomáticofacial: deixa o osso zigomático pelo forame zigomáticofacial (face externa). Inerva o osso e a pele da proeminência da face. Nervo zigomáticotemporal: deixa o osso zigomático pelo forame zigomaticotemporal (face temporal) e alcança a fossa temporal. Inerva o osso, a pele da fronte e parte anterior da região temporal. *GÂNGLIO PTERIGOPALATINO: aglomerado de corpos de neurônios na fossa pterigopalatina. Fibras parassimpáticas do nervo facial fazem sinapse nesse gânglio. Nervo Infraorbital -Quando o nervo maxilar penetra na fissura orbital inferior, passa a ser chamado de nervo infraorbital; -Percorre o sulco e o canal infraorbital, emergindo na face pelo forame infraorbital; -Ao emergir na face, emite seus ramos terminais: ramo palpebral inferior, ramo nasal lateral e ramo labial superior; -Antes de ultrapassar o forame infraorbital, emite os ramos: alveolares superiores médios e alveolares superiores anteriores, que inervam os dentes posteriores (pré-molares e raiz mesiovestibular do primeiro molar), e os anteriores (caninos e incisivos), respectivamente; a gengiva vestibular desses dentes, tecido ósseo da maxila e parte da mucosa do seio maxilar. *COMO É FEITA A INERVAÇÃO SENSITIVA DA MUCOSA DO SEIO MAXILAR? Pelos nervos alveolares superiores, anteriores, médios e posteriores. *COMO É FEITA A INERVAÇÃO SENSITIVA DA MUCOSA DO PALATO DURO? Seu terço anterior é inervado pelo nervo nasopalatino e os 2/3 posteriores pelo nervo palatino maior. NERVO MANDIBULAR (V3) É um ramo misto do nervo trigêmeo; A maior parte de suas fibras é sensitiva – aferente somática geral – e se destinam ao gânglio trigeminal; Possuem fibras motoras – eferentes viscerais especiais; Ultrapassa o forame oval e alcança a fossa infratemporal, onde emite dois ramos: meníngeo (dentre as divisões do trigêmeo, o nervo mandibular é o único que emite esse ramo fora do crânio, o qual retorna para lá através do forame espinhoso e por isso é chamado de ramo recorrente) e nervo para o m. pterigoideo medial, n. véu palatino e n. tensor do tímpano, antes de ser dividido numa divisão anterior e na divisão posterior; A divisão Anterior é em sua grande parte motorA, com exceção do nervo bucal, que é sensitivo; A divisão postErior é em sua grande parte sEnsitiva, com exceção do nervo milo-hioideo. DIVISÃO ANTERIOR Nervo Bucal -Predominantemente sensitivo e o maior ramo da divisão anterior; -Ultrapassa os 2 ventres do m. pterigoideo lateral e corre em direção ao m. bucinador (mas não o inerva), perfura esse músculo, cruza anteriormente o ramo da mandíbula, passa pela fossa retromolar e vai inervar a membrana mucosa da região jugal e também da gengiva vestibular da região posterior da mandíbula. DIVISÃO POSTERIOR Nervo Auriculotemporal -Ramo mais lateral da divisão posterior; -Corre em direção posterior ao deixar o n. mandibular; -É formado por 2 raízes que abraçam a artéria meníngea média; -Cruza o colo da mandíbula e penetra na gl parótida; -Contribui para a inervação da ATM, da pele da região pré-auricular, maior parte da região temporal (mais posterior). Nervo Lingual -Ramo mais medial da divisão posterior; -No espaço pterigomandibular é mais anterior e medial do que o n. alveolar inferior e o acompanha; -Corre em direção medial ao soalho da boca; -Cruza inferiormente o ducto da gl submandibular, forma um “alça” e se ramifica para a língua (gânglio submandibular); -Após cruzar o ducto, se aprofunda no m. genioglosso para inervar a língua; -Inerva a gengiva lingual, a mucosa do soalho bucal (toda) e a inervação sensitiva (aferente somática geral) da língua; -Recebe, após a sua origem, o nervo da corda do tímpano (VII) que conduz impulsos gustativos originados nos 2/3 anteriores da língua, se destinando para a inervação secretomotora das gls sublingual e submandibular; -A inervação motora da língua é dada pelo n. hipoglosso (IX); -Lesões do nervo lingual: esse nervo passa muito próximo à crista alveolar, muito superficialmente do lado lingual do terceiro molar inferior, então em cirurgias desse dente, esse nervo pode ser comprimido ou seccionado. *ESTUDAR INERVAÇÃO DA LÍNGUA: Sensibilidade geral (dor, temperatura, tato e pressão): 2/3 anteriores – n. lingual (V3) / terço posterior – n. glossofaríngeo (IX). Sensibilidade gustativa: 2/3 anteriores: n. corda do tímpano (VII) / terço posterior: n. glossofaríngeo. Inervação motora dos mm da língua: n. hipoglosso (XII) Nervo Alveolar Inferior -É o nervo intermediário da divisão posterior; -Penetra no forame mandibular e se distribui para o osso e para os dentes inferiores; -Tem trajeto descendente e passa no espaço entre o músculo pterigoideo medial e o ramo da mandíbula (espaço pterigomandibular); -Antes de penetrar no forame mandibular, emite o nervo milho-hioideo, um ramo motor para o ventre anterior do m. digástrico e o m. milo-hioideo; -O n. mandibular faz o trajeto no canal mandibular (emite diversos ramos) e na altura do forame mentual, se divide no: Nervo mentual: para a região da pele do mento, pele e mucosa da lábio inferior, pele e mucosa da gengiva vestibular anterior; Nervos incisivos: para os dentes anteriores, região anterior do osso mandibular e contribui para a inervação sensitiva da gengiva vestibular anterior. *O nervo glossofaríngeo vai fazer uma sinapse com o gânglio óptico que está localizado na fossa infratemporal e é relacionado com o n. mandibular. Assim, quando n. glossofaríngeo faz a sinapse nesse gânglio, ele vai fazer a inervação da gl parótida. *QUAL O GÂNGLIO ESTÁ RELACIONADO COM O N. MAXILAR? Gânglio pterigopalatino, que é destinado para a gl lacrimal. *O gânglio ciliar na órbita está relacionado com o n. oftálmico, com fibras parassimpáticas do n. oculomotor (III) que vão para os mm dilatadores da pupila. CONSIDERAÇÕES FINAIS *QUAIS NERVOS INERVAM CADA REGIÃO COLORIDA?
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