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PSA 2021_2 NOTA 10 PROVA DE SUFICIÊNCIA DE APRENDIZAGEM

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Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição Não 
comercial Sem Derivações 4.0 Internacional. 
 
 
PSA 2021_2 NOTA 10 PROVA DE SUFICIÊNCIA DE APRENDIZAGEM 
 
PERGUNTA 1 
Observe a ilustração a seguir. 
 
Disponível em <https://blogdoaftm.com.br/charge-cadastramento/>. Acesso em 13 ago. 2021. 
É correto dizer que a charge 
a. faz crítica a um tipo de auxílio governamental fornecido, que é considerado injusto, pois privilegia 
as camadas mais pobres da sociedade. 
b. tece crítica às pessoas que tentam meios ilegais para conseguir os benefícios oferecidos pelo 
governo. 
c. ilustra que a tecnologia está acessível a toda a população, em todas as faixas etárias. 
d. representa o comportamento da população brasileira, especialmente dos homens, que não 
sabem lidar com as tecnologias mais modernas nas diferentes situações do dia a dia. 
e. evidencia o fato de que as novas tecnologias não são acessíveis a todos, especialmente aos 
mais necessitados, que precisam dos auxílios governamentais. 
 
PERGUNTA 2 
Leia o meme e o texto a seguir. 
 
Disponível em <https://pt.dopl3r.com/memes/engra%C3%A7ado/as-pessoas-deveriam-antes-de-compartilhar-pesquisar-se-as-frases-atribuidasa-
pessoasfamosas-realmente-pertencem-a-elas-d-pedro/102625/>. Acesso em 21 jul. 2021. 
 
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 Fake news são notícias e informações falsas — ou modificadas — veiculadas na internet 
com o propósito de manipular pessoas e eventos. Elas também estão ligadas ao sensacionalismo, 
que visa a chamar a atenção e a obter “likes” para gerar lucro. 
 Segundo pesquisa do Instituto Reuters para o estudo do Jornalismo, as redes sociais são a 
maior fonte de notícias para os brasileiros. E isso só aumenta, já que o percentual de pessoas que 
usam as redes sociais como fonte de notícias foi de 47% em 2013 para 72% em 2016. 
 
 Isso mostra que a repercussão de uma notícia falsa pode atingir inúmeras pessoas em 
poucos minutos e acarretar prejuízos morais e até mesmo financeiros. 
 Algumas pessoas acreditam que as fake news prejudicam apenas pessoas públicas, mas 
isso não é uma regra. É o caso de uma mulher em São Paulo que foi espancada até a morte depois 
de ter sido acusada de sequestrar e matar crianças para fazer magia negra. Os boatos associavam 
seu nome e sua imagem ao crime; só após sua morte a verdade apareceu. 
 Outra situação envolvendo fake news foi a da vereadora Marielle Franco, que teve seu nome 
vinculado a mentiras com o intuito de desqualificar sua imagem. Uma das notícias foi a de que ela 
seria casada com um traficante e eleita por uma das maiores facções criminosas do país, o 
Comando Vermelho. Contudo, tais informações eram inverídicas. 
 
Disponível em <https://foconoenem.com/fake-news-redacao-enem/>. Acesso em 20 jan. 2019. 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
I. O meme, para criticar a propagação de fake news, apoia-se, ironicamente, em uma citação falsa. 
II. O meme e o texto apresentam discursos antagônicos, pois o primeiro mostra que as notícias 
falsas podem ser simples brincadeira. 
III. O texto alerta para a necessidade de se checar a fonte das informações, pois as fake news 
podem trazer prejuízo à sociedade. 
É correto o que se afirma apenas em 
a. I e II. 
b. I. 
c. I e III. 
d. III. 
e. II e III. 
 
PERGUNTA 3 
Leia o texto a seguir. 
As falhas do ensino da matemática expostas pela pandemia do coronavírus 
Nossa dificuldade em lidar com modelos e projeções evidencia 'analfabetismo de dados', diz 
especialista; como podemos melhorar o ensino de estatísticas, raciocínio lógico e de temas do 
cotidiano do século 21? 
 
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comercial Sem Derivações 4.0 Internacional. 
 
 
BBC - 06/06/2020. 
Desde projeções de novos casos de coronavírus até o chamado "achatamento da curva" de 
contágio, conceitos e modelos matemáticos entraram no noticiário e nas discussões da pandemia 
e, para alguns especialistas, a nossa dificuldade em entender e aplicar esses conceitos é mais uma 
evidência de que a forma como aprendemos matemática na escola está muito longe de nos 
preparar para usar a disciplina na vida real. 
Esse foi um dos assuntos debatidos no seminário on-line "Como ensinar a matemática do futuro?", 
realizado pelo Instituto Sidarta (dedicado a projetos e políticas no ensino da matemática) em 28 de 
maio. 
"Estamos ensinando a matemática do século 19 nas nossas escolas, e isso cria uma lacuna na 
formação que damos aos jovens para o exercício de profissões e para munir as crianças com 
ferramentas para entender o mundo à nossa volta, que é o objetivo da matemática", afirmou no 
encontro virtual Marcelo Viana, diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). 
E quais são essas ferramentas? 
Viana citou algumas: estatística e probabilidades, por exemplo, essenciais para entendermos o 
comportamento do novo coronavírus e o impacto das medidas de prevenção, são temas que o 
matemático acredita que "estavam até há pouco tempo praticamente ausentes de sala de aula", 
embora ele ache que isso esteja mudando com a adoção da nova Base Nacional Curricular Comum, 
documento que traçou novas diretrizes para o ensino público e privado do país. 
Para além da pandemia, estatística e probabilidades têm infinitos usos cotidianos, dos mais simples 
(como entender a probabilidade de chuva em um dia qualquer) aos mais complexos (como 
identificar padrões de infecções em hospitais para adotar medidas de prevenção). 
"Outra área que custa para chegar à sala de aula é a combinatória, base da ciência da computação 
e da tecnologia da informação", agregou Viana. A análise combinatória permite que se analisem 
quantas combinações diferentes podem ser feitas com um conjunto de elementos. Por exemplo, 
com as 26 letras do alfabeto e dez números, quantas combinações de senhas de 8 dígitos eu 
consigo fazer? 
(A resposta é 2,8 trilhões de senhas). 
Viana citou, por fim, o estímulo ao raciocínio lógico como algo "absolutamente negligenciado (no 
ensino da matemática), o que é trágico", por se tratar de uma habilidade considerada essencial 
para formar trabalhadores e cidadãos para o século 21. 
'Alfabetismo de dados' 
No Brasil, só 16% dos alunos concluem o ensino fundamental (9° ano) com aprendizado adequado 
em matemática, segundo os dados da Prova Brasil 2017. 
[...] 
Ser alfabetizado em dados significa ser capaz de entender números, gráficos, probabilidades ou 
questões lógicas, por exemplo, e conseguir usar esses dados para entender padrões ou mesmo 
tomar decisões. 
"São ensinados alguns conceitos (relacionados ao uso de dados), mas, no geral, é um tópico 
negligenciado", prossegue Dieckmann. Embora se ensinem conceitos básicos, como média e 
mediana, ele diz que falta, em geral, trazer uma "abordagem exploratória" para dentro da sala de 
aula, fazendo a conexão entre esses conceitos e os padrões, as conexões e os usos para eles na 
vida real dos alunos. 
[...] 
O que vai ser do ensino no pós-pandemia 
Embora haja a percepção de que a pandemia vai mudar a dinâmica das escolas e o ensino da 
matemática, a forma como isso vai acontecer ainda é uma interrogação. 
 
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Como promover o ensino colaborativo da matemática e a resolução conjunta de problemas, se os 
alunos provavelmente terão de manter o distanciamento entre si, mesmo dentro de sala de aula, 
por um bom tempo? 
[...] 
"Na volta às aulas (presenciais) vai ser difícil, sem dúvida, de fazer com que os alunos se sintam 
seguros, estáveis e prontos para entender a nova realidade. No momento ainda não vemos luz no 
fim do túnel, mas temos uma oportunidade de olhar para o que pode ser melhorado e para criar um 
novo normal, em vez de voltar para o normal de antes,que não estava funcionando". 
Disponível em <https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/06/06/as-falhas-do-ensino-da-matematica-expostas-pela-pandemia-do-
coronavirus.ghtml. Acesso em 30 jun. 2021 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
O analfabetismo de dados ocorre, por exemplo, porque são ensinados alguns conceitos, como 
média e mediana, sem que se estabeleça relação do conteúdo com o cotidiano do aluno. 
No Brasil, a pandemia de coronavírus tornou o ensino de matemática descontextualizado e impediu 
os alunos de realizarem abordagens exploratórias. 
 A dificuldade de aprendizagem de índices e conceitos matemáticos é a responsável pela expansão 
do contágio de covid-19, uma vez que as projeções da doença não são compreendidas pelos 
estudantes. 
É correto o que se afirma em 
a. I e II, apenas. 
b. II e III, apenas. 
c .I e III, apenas. 
d. I, apenas. 
e. I, II e III. 
 
PERGUNTA 4 
Leia o texto a seguir. 
Capoeira 
Gustavo Pereira Côrtes 
 Dança, luta ou jogo de origem negra, a capoeira foi introduzida no Brasil pelos escravos 
bantos de Angola, tendo se difundido com grande intensidade no Nordeste do Brasil, especialmente 
nas capitanias da Bahia e de Pernambuco, durante o período colonial. Marcada por movimentos 
que imitavam animais, era utilizada como instrumento de defesa pessoal. Seu nome refere-se às 
antigas roças, conhecidas por capoeiras, onde os negros realizavam seus treinos. Após a abolição, 
a capoeira foi marginalizada, sendo reprimida pela polícia da época. 
 Em Recife e, também, no Rio de Janeiro, não há um estilo sincronizado, sendo considerada 
um jogo de rua, uma malandragem. Na Bahia, assume um caráter especial, uma vez que é marcada 
pala presença de cantigas de roda e pelo uso de berimbaus e pandeiros, o que lhe confere um 
aspecto amigável e menos ofensivo. 
 Atualmente, vulgarizou-se e pode ser encontrada em todo o país, relacionada a atividades 
ligadas ao esporte e à educação. A indumentária é simples, com calças largas e cordões amarrados 
na cintura, que indicam o estágio no qual o participante se insere. 
CORTES, Gustavo. Dança, Brasil: festas e danças populares. Belo Horizonte: Leitura, 2000. 
Com base no texto e nos seus conhecimentos, assinale a alternativa correta. 
a. O autor considera que, atualmente, embora esteja associada ao esporte e à educação, a 
capoeira pode ser considerada uma atividade vulgar, ou seja, inconveniente e inadequada. 
 
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b. A capoeira praticada na Bahia tem caráter amigável e pouco ofensivo, ao contrário das 
modalidades praticadas no Rio de Janeiro e no Recife, que têm, como principal objetivo, a defesa 
pessoal. 
c. No passado, a prática da capoeira era reprimida, por ser associada a populações que viviam à 
margem da sociedade. 
d. Segundo o autor, a capoeira é uma mistura de jogo, dança e luta que foi inventada no Brasil por 
escravos angolanos. 
e. O autor conta que, no Rio de Janeiro, aqueles que praticam a capoeira são considerados 
vagabundos. 
 
PERGUNTA 5 
Leia o texto. 
O último paradoxo da vida moderna: por que ficamos presos ao celular, mas odiamos falar 
por telefone? 
Não deixe uma ligação rápida arruinar uma longa e confusa série de mensagens de WhatsApp 
Sílvia Lopez – 01/06/2019 
 Para iniciar um texto, Hemingway dizia a si mesmo: “Escreva a frase mais verdadeira que 
você conhece”. Neste caso, seria: a psicóloga Cristina Pérez, do Siquia, respondeu por meio de 
mensagens de áudio às perguntas que lhe enviamos por e-mail. Essa curiosidade metajornalística 
não tem importância nem altera a qualidade de suas respostas, só ilustra a variedade e a fluidez 
de opções com as quais podemos nos comunicar hoje. Recebemos um e-mail? Respondemos com 
um áudio. Chegou um áudio de WhatsApp? Respondemos com um texto. Recebemos um 
telefonema? Não respondemos. Esperamos. Esperamos. E escrevemos: “Você me ligou? Não 
posso falar, é melhor me escrever”. O paradoxo do grande vício do século XXI é que estamos 
presos ao celular, mas temos fobia das ligações telefônicas. 
Voto de silêncio 
 É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas as faixas etárias: 
só na Espanha, o uso diário de aplicativos de mensagens instantâneas como WhatsApp, Telegram 
e Facebook Messenger é quase o dobro do uso de ligações por telefone fixo e celular, segundo o 
Relatório da Sociedade Digital na Espanha de 2018, da Fundação Telefónica. Não só preferimos 
as mensagens instantâneas aos telefonemas, como também preferimos essas mensagens a 
interagir com outras pessoas. Ou pelo menos foi o que 95,1% da população espanhola disse preferir 
(o cara a cara só tem 86,6% de popularidade). A ligação telefônica − que, até não muito tempo 
atrás, esperávamos com alegria ou tolerávamos com resignação, mas nunca evitávamos com uma 
rejeição universal – tornou-se uma presença intrusiva e incômoda, perturbadora e tirânica, mas por 
quê? “Uma das razões é que quando recebemos uma ligação, ela interrompe algo que estávamos 
fazendo, ou simplesmente não temos vontade de falar nesse momento”, explica a psicóloga Cristina 
Pérez. “Por outro lado, também exige de nós uma resposta imediata, ao contrário do que ocorre na 
comunicação escrita, que nos permite pensar bem no que queremos dizer. E a terceira razão seria 
o fato de não poder saber de antemão qual será a duração do telefonema”, acrescenta. 
Introvertidos e entregues às telas 
 Perder tempo em um telefonema é uma perspectiva assustadora. No entanto, segundo um 
relatório mundial da Deloitte, consultamos nossas telas mais de 40 vezes ao dia, e uma de cada 
quatro pessoas faz isso entre 100 e mais de 200 vezes. 
 Talvez a coisa mais valiosa que nosso interlocutor exija em uma ligação não seja o tempo, 
e sim a concentração. Será que o ódio de falar por telefone poderia ser sintoma de um problema 
mais profundo, como um distúrbio de déficit de atenção? “Em princípio não”, responde a psicóloga. 
Mas “sim, é possível que uma pessoa com déficit de atenção tenha dificuldade para manter uma 
 
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longa conversa telefônica e até mesmo que às vezes perca o fio da meada e volte sua atenção 
para outra coisa, assim como lhe ocorreria em uma conversa frente a frente, mas isso não quer 
dizer que desenvolva um ódio de falar por telefone”. 
 Cristina Pérez alerta: “Sim, pode ser sinal de uma personalidade introvertida. O imediatismo 
de um telefonema faz com que as pessoas introvertidas não se sintam confortáveis neles. São 
pessoas que dependem muito da observação e, por telefone, não podem examinar a expressão do 
interlocutor. Se uma interação social já é incômoda para elas, é muito pior quando não têm essa 
ajuda visual que utilizam tanto. De fato, esse tipo de personalidade prefere a comunicação escrita 
à falada”. 
Como cortar a ligação 
 Infelizmente, para esses introvertidos, não há uma fórmula que os libere de todos os 
telefonemas, embora o identificador do número que está ligando lhes dê certa autoridade. “Quando 
você recebe uma ligação, é você que decide se é o momento de atendê-la ou de deixá-la para mais 
tarde”, assinala a psicóloga. “Se você decidir atendê-la e precisar cortá-la, a melhor maneira de 
fazer isso é de forma assertiva (estabelecendo limites, embora inicialmente isso nos custe um 
pouco, já que podemos pensar que a outra pessoa ficará chateada, mas é questão de treinamento 
e paciência), só que você também deve detectar qual é o momento certo para cortar”. 
 O problema não é apenas que nosso interlocutor queira falar ad infinitum. Ele muitas vezes 
quer de nós uma resposta rápida, se for, por exemplo, um telefonema de trabalho. O terror de não 
ter tempo para pensar o que devemos responder também nos impede de atender o telefone. A 
psicóloga também tem um truquepara esses casos: “Se pedem uma resposta imediata que nesse 
momento você não pode dar, uma frase muito útil é ‘vou pensar com calma e amanhã 
conversamos’, já que se não temos certeza quanto a uma resposta, o melhor é adiá-la, porque o 
imediatismo nos faz agir impulsivamente e é possível que depois nos arrependamos da resposta 
dada”. 
Adeus à dialética? 
 A aversão à conversa da chamada “geração muda” poderia ter mais consequências do que 
apenas evitar as reuniões sociais. “O preço a pagar por nascer nesta geração é, muitas vezes, a 
falta de habilidade na hora de iniciar ou manter uma conversa, embora essas pessoas possam 
passar horas e horas no celular, porque estão mais concentradas naquilo que seu dispositivo lhes 
pode oferecer (o que às vezes será uma conversa com outra pessoa, mas não frente a frente). São 
gerações nas quais o vício por novas tecnologias está na ordem do dia, e o problema não é apenas 
que não valorizem o quanto uma boa conversa pode ser enriquecedora. Os efeitos do uso 
excessivo do celular afetam também sua personalidade, já que são pessoas com baixa tolerância 
à frustração e com necessidade de um reforço social contínuo, que ocorre através das curtidas. Em 
suma, a tecnologia é boa desde que seja usada de forma compatível com a vida cotidiana da 
pessoa, ou seja, quando não interferir em sua vida social, trabalhista ou pessoal”, destaca a 
psicóloga. 
Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/01/tecnologia/1559392400_168692.html. Acesso em 06 jul. 2021 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com a pesquisa, falar ao telefone ou encontrar alguém pessoalmente são ações 
indesejadas pela maioria da população. 
II. O paradoxo apontado no texto refere-se ao fato de as pessoas alternarem diversos formatos de 
respostas às mensagens do dia a dia. 
III. De acordo com a psicóloga, o telefonema apresenta, para muitas pessoas, a desvantagem de 
exigir uma resposta imediata e de interromper o que se está fazendo no momento. 
É correto o que se afirma em 
a. I, II e III. 
b. III, apenas. 
 
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c. I e III, apenas. 
d. II e III, apenas. 
e. I e II, apenas. 
 
PERGUNTA 6 
Leia a charge a seguir. 
 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas e a relação proposta entre elas. 
I. A charge mostra, metaforicamente, que, quanto maior o degrau, mais valoroso é o sucesso 
alcançado. 
PORQUE 
II. Os talentos são diferentes e inatos, o que valida a ideia de ascensão social natural. 
Assinale a alternativa correta. 
a. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a asserção I. 
b. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a asserção I. 
c. As asserções I e II são falsas. 
d. A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa. 
e. A asserção II é verdadeira, e a asserção I é falsa. 
PERGUNTA 7 
Leia o texto a seguir, publicado em 5 de agosto de 2021. 
Baixo nível de empatia aumenta estresse do brasileiro durante a pandemia 
 A incapacidade de se colocar no lugar do outro associada ao desgaste emocional e à falta 
de infraestrutura durante a pandemia elevou os níveis de sofrimento entre os brasileiros neste 
período — e nos colocou entre os povos mais estressados do mundo. A constatação veio com o 
resultado da primeira fase da pesquisa "Adaptação social em estresse na pandemia de covid-19: 
um estudo transcultural", coordenada pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) em 
parceria com mais 24 países. 
 O estudo revelou que houve uma percepção de aumento do individualismo por causa das 
medidas de isolamento e distanciamento social. Em contrapartida, governos que oferecem uma 
infraestrutura coletiva melhor reduzem o impacto emocional nos indivíduos. 
 A ideia é que o trabalho contribua para o desenvolvimento de intervenções no campo da 
saúde mental e ajude a sociedade a lidar com esse tipo de problema em crises futuras. 
Brasileiro e o mito da alegria contagiante 
 À primeira vista, o resultado do estudo pode parecer contraditório. Afinal, o brasileiro não é 
aquele povo alegre, sempre disposto a sorrir e ajudar o próximo na adversidade? Pois a realidade 
parece não ser bem essa. 
 
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 "Nós estamos habituados a estarmos juntos na festa, no futebol, é uma cultura baseada na 
celebração, na sensação de prazer", afirma a professora Edna Ponciano, do Instituto de Psicologia 
da UERJ e coordenadora da pesquisa. 
 Segundo ela, não somos acostumados a dividir a dor, o sofrimento com os outros, e isso 
pode ser um problema. "Nossa maneira de lidar é se distrair para esquecer, mas, com isso, 
deixamos de lidar com os problemas e transformamos esses sentimentos em ansiedade, depressão 
e estresse", acredita a especialista. 
Cultura coletivista é mais resiliente 
 Ponciano lembra ainda que o Brasil pontuou muito alto no individualismo — o que também 
parece ser um contrassenso, já que o brasileiro tem fama de ser solidário e prestativo. "De fato, o 
brasileiro é solidário, mas muito mais direcionado às pessoas que ele conhece, ao seu círculo social 
e familiar", avalia. "O outro desconhecido não nos toca tanto", acredita. 
 Por outro lado, a pesquisadora lembra que as sociedades que estão passando pela crise 
sanitária de forma coletiva estão conseguindo lidar melhor com o sofrimento. Em outras palavras, 
a coletividade permite a construção de pessoas mais resilientes e satisfeitas. 
 Para Gustavo Arns, especialista em felicidade e bem-estar, o aumento do estresse tem 
relação direta com o individualismo. "Essa falta de empatia nos deixa fechados para o outro, 
fechados em nós mesmos e isolados", afirma ele, que é idealizador do primeiro Congresso 
Brasileiro de Felicidade e professor da pós-graduação em psicologia positiva da PUCRS (Pontifícia 
Universidade Católica do Rio Grande do Sul). 
 Para ele, a pandemia não vai solucionar todas as nossas relações e problemas sociais, mas 
é uma boa oportunidade para começarmos a solucionar essas questões. "Nunca se falou tanto em 
saúde mental e qualidade de vida", afirma. "Acredito que é o momento ideal para começarmos a 
refletir sobre como podemos começar a construir a nossa felicidade." 
Disponível em https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/08/05/baixo-nivel-de-empatia-aumenta-estresse-do-brasileiro-durante-a-
pandemia.htm. Acesso em 9 ago. 2021. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
O Brasil é o país da festa e do futebol, e o brasileiro, por ser naturalmente cordial e alegre, tem se 
estressado de maneira moderada com o isolamento social. 
Os resultados da pesquisa apontam que o brasileiro é individualista, apesar da fama de solidário. 
A capacidade de se colocar no lugar do outro, ou seja, a empatia, pode auxiliar as pessoas a lidar 
melhor com o sofrimento. 
É correto o que se afirma em 
a. II, apenas. 
b. I e III, apenas. 
c. II e III, apenas. 
d. I e II, apenas. 
e. I, II e III. 
 
PERGUNTA 8 
A série de tirinhas Dilbert, criada por Scott Adams, retrata as mazelas do mundo corporativo de 
forma satírica. Os personagens Dogbert (o cachorro) e Boss participam da tirinha a seguir. Nela, 
são contratados os serviços de pesquisas de Dogbert, supostamente com o intuito de comprovar a 
confiabilidade dos produtos oferecidos pela empresa de Boss. 
 
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Com base na leitura, analise as asserções e a relação proposta entre elas. 
A amostra da pesquisa retratada na tirinha é composta por apenas um elemento, o que é 
insuficiente para retratar com fidelidade a população de usuários dos produtos da empresa. 
PORQUE 
A pergunta feita por Dogbert ao entrevistado tem a intenção de gerar resultados enviesadospara 
agradar Boss e, dessa forma, não traz qualquer conclusão relevante a respeito dos produtos. 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta. 
a. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II justifica a I. 
b. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II não justifica a I. 
c. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
d. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
e. As asserções I e II são proposições falsas. 
 
PERGUNTA 9 
Leia a imagem e o texto a seguir. 
A rápida disseminação do novo coronavírus por todo o mundo, as incertezas sobre como controlar 
a doença e sobre sua gravidade, além da imprevisibilidade acerca do tempo de duração da 
pandemia e dos seus desdobramentos, caracterizam-se como fatores de risco à saúde mental da 
população geral (Zandifar & Badrfam, 2020). Esse cenário parece agravado também pela difusão 
de mitos e informações equivocadas sobre a infecção e as medidas de prevenção, assim como 
pela dificuldade da população geral em compreender as orientações das autoridades sanitárias 
(Bao, Sun, Meng, Shi, & Lu, 2020). Nesse sentido, videoclipes e mensagens alarmantes sobre a 
Covid-19 têm circulado em mídias sociais, por meio de smartphones e computadores, 
frequentemente provocando pânico (Goyal et al., 2020). Da mesma forma, notícias falsas vêm 
sendo compartilhadas (Barros-Delben et al., 2020; Shimizu, 2020), por vezes contrariando as 
orientações de autoridades sanitárias e minimizando os efeitos da doença. Isso parece contribuir 
para condutas inapropriadas e exposição a riscos desnecessários, pois os comportamentos que as 
pessoas apresentam estão ligados à compreensão que têm acerca da severidade da Covid-19 
(Shojaei & Masoumi, 2020). Pessoas com suspeita de infecção pelo novo coronavírus podem 
desenvolver sintomas obsessivo compulsivos, como a verificação repetida da temperatura corporal 
(Li et al., 2020b). A ansiedade em relação à saúde também pode provocar interpretação equivocada 
das sensações corporais, fazendo com que as pessoas as confundam com sinais da doença e se 
dirijam desnecessariamente a serviços hospitalares, conforme ocorreu na pandemia de influenza 
H1N1, em 2009 (Asmundson & Taylor, 2020). Ademais, medidas como isolamento de casos 
suspeitos, fechamento de escolas e universidades e estabelecimento de distanciamento social de 
idosos e outros grupos de risco, bem como quarentena, acabam por provocar diminuição das 
 
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conexões face a face e das interações sociais rotineiras, o que também pode consistir em um 
estressor importante nesse período (Brooks et al., 2020; Zandifar & Badrfam, 2020; Zhang, Wu, 
Zhao, & Zhang, 2020b). 
 
Disponível em <https://www.scielo.br/j/estpsi/a/L6j64vKkynZH9Gc4PtNWQng/?lang=pt>. Acesso 
em 03 ago. 2021. 
Com base na figura e no texto apresentados, avalie as afirmativas. 
A difusão de fake news e de informações incoerentes sobre o processo pandêmico do Covid-19 
colaboram para o acometimento da saúde física e mental da população. 
A suspeita de infecção pelo coronavírus pode favorecer o desenvolvimento de comportamentos 
obsessivo compulsivos, como a verificação quase contínua da temperatura corporal. 
A redução do contato interpessoal, observado pelo fechamento de escolas e universidades e pelo 
isolamento social, tem contribuído para o aumento do estresse na população em geral. 
O objetivo da figura é mostrar as atividades que podem melhorar a saúde mental, que foi afetada 
pela pandemia. 
É correto o que se afirma apenas em 
a. I, II e IV. 
b. II e III. 
c. III e IV. 
d. I e III. 
e. I, II e III. 
 
PERGUNTA 10 
Leia a charge e o texto a seguir. 
 
 
 
 
 
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Celular e tablets para crianças: passar muito tempo usando eletrônicos pode prejudicar o 
desenvolvimento 
Michelle Roberts (BBC News) 
Deixar uma criança pequena passar muito tempo usando tablets, celulares e outros eletrônicos com 
telas pode atrasar o desenvolvimento de habilidades de linguagem e sociabilidade, de acordo com 
o estudo canadense. 
A pesquisa, que acompanhou cerca de 2,5 mil crianças de 2 anos de idade, é a mais recente 
evidência no debate sobre quanto tempo de uso de telas é seguro para crianças. (...) Mães foram 
consultadas, entre 2011 e 2016, sobre o tempo de uso de telas e preencheram questionários sobre 
as habilidades e o desenvolvimento de seus filhos quando tinham 2, 3 e 5 anos. 
Isso incluiu assistir a programas de TV, filmes ou vídeos, jogar videogames e usar computador, 
tablet, celular ou qualquer aparelho com uma tela. 
Com a idade de 2 anos, as crianças passavam em média 17 horas em frente a telas por semana. 
Isso aumentou para cerca de 25 horas aos 3 anos, mas caiu para cerca de 11 horas aos 5 anos, 
quando as crianças começam a escola primária. 
As descobertas, publicadas no periódico JAMA Pediatrics, sugerem que há aumento do tempo de 
uso de telas antes que qualquer atraso no desenvolvimento seja notado (...). 
Mas não está claro se o aumento do uso de telas é diretamente responsável. O maior tempo da 
tela pode ser um aspecto simultâneo a outros ligados ao atraso no desenvolvimento, como a forma 
com que a criança é educada e o que a criança faz no restante do seu tempo de lazer. 
Os cientistas indicam que, quando as crianças pequenas estão olhando para telas, elas podem 
estar perdendo oportunidades de praticar e dominar outras habilidades importantes. 
Em teoria, isso poderia atrapalhar interações sociais e limitar o tempo com que as crianças passam 
correndo e praticando outras habilidades físicas. 
Mesmo sem provas concretas de danos, a cientista Sheri Madigan e seus colegas, autores do 
estudo, dizem que, ainda assim, faz sentido limitar o tempo de uso de telas das crianças e garantir 
que isso não atrapalhe as "interações interpessoais ou o tempo em família". 
(...) "Ainda precisamos de mais pesquisas para dizer se crianças são mais vulneráveis aos danos 
causados pelo uso de telas e qual impacto que isso pode ter na sua saúde mental", disse Bernadka 
Dubicka, do Royal College of Psychiatrists. 
"Também precisamos avaliar os efeitos de diferentes tipos de conteúdo, porque há também formas 
positivas de usar telas". 
Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/geral-47036386. Acesso em 29 jun. 2021 (com adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
O texto e a charge apresentam uma crítica acerca da influência do uso das tecnologias nas relações 
interpessoais entre as crianças. 
O objetivo da tirinha é mostrar que o uso de celulares pode ser uma brincadeira produtiva e 
interativa. 
O texto indica que o uso excessivo e inadequado das telas pode influenciar negativamente no 
desenvolvimento infantil. 
É correto o que se afirma em 
a. I e II, apenas. 
b. II e III, apenas. 
c. III, apenas. 
d. I e III, apenas. 
e. I, II e III. 
 
 
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PERGUNTA 11 
Leia o poema de Conceição Evaristo e avalie as afirmativas. 
 
Vozes-mulheres 
 
A voz de minha bisavó 
ecoou criança 
nos porões do navio 
ecoou lamentos 
de uma infância perdida. 
 
A voz de minha avó 
ecoou obediência 
aos brancos-donos de tudo. 
 
A voz de minha mãe 
ecoou baixinho revolta 
no fundo das cozinhas alheias 
debaixo das trouxas 
roupagens sujas dos brancos 
pelo caminho empoeirado 
rumo à favela 
 
A minha voz ainda 
ecoa versos perplexos 
com rimas de sangue e fome. 
 
A voz de minha filha 
recolhe todas as nossas vozes 
recolhe em si 
as vozes mudas caladas 
engasgadas nas gargantas. 
 
A voz de minha filha 
recolhe em si 
a fala e o ato. 
O ontem – o hoje – o agora. 
Na voz de minhafilha 
se fará ouvir a ressonância 
O eco da vida-liberdade. 
Poemas de recordação e outros movimentos, p. 10-11. 
Disponível em <http://www.letras.ufmg.br/literafro/24-textos-das-autoras/187-conceicao-evaristo-textos-selecionados>. Acesso em 06 set. 2021. 
O poema, por meio das vozes de gerações de mulheres, revela aspectos históricos e sociais do 
Brasil, como a escravidão e as desigualdades econômicas. 
 
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O poema afirma que a voz da atual geração expressa a liberdade, sem ecos do passado, pois a 
escravidão acabou. 
O poema exalta a importância da ancestralidade e da memória na formação da mulher negra. 
É correto o que se afirma em 
a. I, II e III. 
b. I e II, apenas. 
c. I e III, apenas. 
d. II e III, apenas. 
e. III, apenas. 
PERGUNTA 12 
Leia as informações a seguir. 
 
Ética 
Substantivo feminino 
1. parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, 
disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo especialmente a respeito da essência 
das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. 
2. conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social 
ou de uma sociedade. 
Disponível em <https://www.abecbrasil.org.br/eventos/meeting_2019/palestras/segunda/rui.pdf>. 
Acesso em 27 set. 2021. 
Com base na leitura, assinale a alternativa correta. 
a. A imagem em forma de pirâmide é a mais representativa da ética ambiental porque representa 
a superioridade humana como único ser vivo capaz de zelar pelos demais. 
b. As duas imagens são boas representações da ética ambiental, embora dependam do contexto 
econômico e social do país onde ela é desenvolvida. 
c. A imagem em forma circular não representa a ética ambiental justamente por não considerar o 
poder do ser humano como definidor da ética. 
d. A imagem triangular representa a ética ambiental de forma mais adequada porque impõe a 
hierarquia e o protagonismo representados pelo ser humano. 
e. A imagem circular representa melhor a ética ambiental porque considera o ser humano no 
mesmo nível dos demais seres, mostrando que somos parte do meio ambiente e merecemos 
respeito tanto quanto qualquer ser vivo. 
 
PERGUNTA 13 
 
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Leia a reportagem a seguir, publicada pela agência de notícias da Fundação de Amparo à Pesquisa 
do Estado de São Paulo (Agência FAPESP). 
De cada quatro imperadores romanos do Ocidente, apenas um morreu de causas naturais 
 De Otávio Augusto (63 a.C. - 19 d.C.) a Constantino XI Paleólogo (1405 - 1453), o Império 
Romano teve 175 imperadores. Nesse número, estão computados os governantes do Império 
unificado e os governantes do Ocidente e do Oriente, depois da divisão definitiva em 395 d.C. E 
estão excluídos aqueles que, sendo menores ou compartilhando o trono, não chegaram a governar 
por conta própria, embora possuíssem o título. 
 Dos 69 imperadores do Império Romano do Ocidente, apenas 24,8% chegaram 
tranquilamente ao final do reinado e morreram de causas naturais. Os outros 75,2% morreram de 
forma violenta, no campo de batalha ou em conspirações palacianas. Considerando todos os 175 
imperadores, 30% sofreram morte violenta antes do fim do reinado. 
 Estudo realizado no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de 
São Paulo (ICMC-USP), em São Carlos, investigou o padrão matemático subjacente às trajetórias 
dos imperadores. E mostrou que elas seguem aquela que, em estatística, é chamada de “lei de 
potência”. 
 
“Apesar de parecer aleatória, essa distribuição de probabilidade é encontrada em muitos outros 
fenômenos associados a sistemas complexos, como o tamanho das crateras lunares, a intensidade 
dos terremotos, a frequência com que as palavras aparecem em um texto, o valor de mercado das 
empresas e até o número de ‘seguidores’ que as pessoas têm nas mídias sociais”, diz à Agência 
FAPESP o cientista de dados Francisco Rodrigues, professor do ICMC-USP e coordenador do 
estudo. 
 Todos esses fenômenos obedecem a um padrão que, genericamente, é chamado de “regra 
80/20”. Isso significa que, em qualquer um deles, a chance de ocorrer um evento comum é de 80%, 
enquanto a chance de ocorrer um evento raro é de 20%, aproximadamente. Assim, por exemplo, 
80% das crateras lunares são relativamente pequenas, enquanto apenas 20% são de fato grandes. 
O mesmo acontece nas mídias sociais: 80% das pessoas têm, quando muito, algumas dezenas de 
seguidores, enquanto 20% têm milhares ou até mesmo milhões. No caso dos imperadores 
romanos, o evento raro era não ser assassinado. 
 “O primeiro a observar esse tipo de relação foi o economista italiano Vilfredo Pareto (1848-
1923), ao estudar a distribuição da riqueza na Europa. Ele constatou que 80% dos recursos 
financeiros estavam nas mãos de 20% da população. Ou seja, enquanto a maioria das pessoas 
detinha poucos recursos, uma minoria concentrava grande parte da riqueza”, informa Rodrigues. 
 Além de obedecerem aproximadamente à relação 80/20, as trajetórias dos imperadores 
romanos do Ocidente apresentaram também outro tipo de padrão. “Ao examinar o tempo 
transcorrido até a morte dos imperadores, observamos que o risco é alto quando o imperador 
assume o trono. Isso poderia estar relacionado a dificuldades para lidar com as demandas que o 
cargo exige e à falta de habilidade política. Depois, o risco diminui sistematicamente, até os 13 
anos de governo. Em seguida, apresenta um súbito aumento”, conta Rodrigues. 
 Se a relação 80/20 corresponde a um padrão conhecido, essa mudança brusca na curva de 
sobrevivência por volta dos 13 anos de governo foi um achado novo do estudo. “Levantamos várias 
hipóteses para explicar esse ponto de inflexão. Pode ser que, após o ciclo de 13 anos, os rivais do 
imperador tenham se desalentado diante da dificuldade de chegar naturalmente ao poder; ou que 
os antigos inimigos tenham se reagrupado; ou que novos desafetos tenham surgido; ou que todos 
esses fatores tenham se combinado para produzir uma conjuntura crítica. O interessante é que o 
estudo mostra também que, após esse ponto de mudança, o risco volta a diminuir”, afirma 
Rodrigues. 
 
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 A inflexão aos 13 anos ainda é uma questão a ser respondida. Mas, dando sequência a toda 
uma linha de história quantitativa, o estudo mostrou que a análise estatística pode ser um recurso 
complementar importante no estudo dos fenômenos históricos. “As formações históricas são 
sistemas complexos, compostos por agentes que interagem, colaboram e competem por poder e 
recursos. E as ações imprevisíveis dos indivíduos podem produzir padrões de comportamento 
coletivos previsíveis – portanto, sujeitos à investigação matemática”, conclui Rodrigues. 
 
 
 O gráfico mostra o tempo de reinado dos imperadores romanos do Ocidente. E posiciona na 
curva a probabilidade acumulada (soma das probabilidades) de sobrevivência de quatro 
imperadores bem conhecidos. Note-se que a chance de morte violenta é muito alta assim que um 
imperador assume o trono. Decresce progressivamente até o 13º ano de governo. Apresenta um 
ponto de inflexão nessa data. E volta a diminuir ainda mais rapidamente. Calígula e Nero tiveram 
reinados curtos, sofrendo uma morte violenta. Augusto governou por mais de 40 anos e morreu de 
forma natural. A partir de Marcus Aurélio, como a curva não aumenta, a chance de sofrer uma morte 
violenta será quase nula, como ocorre com Augusto. 
Disponível em <https://agencia.fapesp.br/de-cada-quatro-imperadores-romanos-do-ocidente-apenas-um-morreu-de- causas-naturais/36643/>. 
Acesso em 23 ago. 2021 (com adaptações). 
Com base na leitura e nos dadosapresentados, avalie as afirmativas. 
I. Segundo o texto, aproximadamente 52 imperadores do Império Romano do Ocidente que 
governaram por conta própria morreram por causas violentas. 
II. A regra 80/20, observada pelo economista italiano Vilfredo Pareto, estipula que a chance de 
acontecer um evento raro é 80%. 
III. O estudo revela que 80% dos imperadores romanos morriam antes de completar 13 anos de 
governo. 
IV. O estudo revela que, após os 20 anos de governo, a probabilidade de morte violenta de um 
imperador romano cresce indefinidamente. 
É correto o que se afirma apenas em 
a. I e II. 
b. I e III. 
c. I. 
d. II e III. 
e. II, III e IV. 
 
PERGUNTA 14 
Leia o texto a seguir. 
O que é desemprego 
 
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O desemprego, de forma simplificada, refere-se às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 
anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho. Assim, para 
alguém ser considerado desempregado, não basta não possuir um emprego. 
Veja alguns exemplos de pessoas que, embora não possuam um emprego, não podem ser 
consideradas desempregadas: 
>um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos; 
>uma dona de casa que não trabalha fora; 
>uma empreendedora que possui seu próprio negócio. 
De acordo com a metodologia usada pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
Contínua – PNAD Contínua, o estudante e a dona de casa são pessoas que estão fora da força de 
trabalho; já a empreendedora é considerada ocupada. 
A PNAD Contínua é a nossa pesquisa que mostra quantos desempregados há no Brasil. Nela, o 
que é conhecido popularmente como “desemprego” aparece no conceito de “desocupação”. 
Confira, no gráfico a seguir, os dados de ocupação, desocupação e outras divisões do mercado de 
trabalho no Brasil, de acordo com os últimos resultados da PNAD Contínua. 
 
 
 
Considerando o texto, as informações apresentadas nos gráficos e seus conhecimentos, assinale 
a alternativa correta. 
a. O maior número de desempregados do Brasil está na Região Nordeste. 
b. Aproximadamente, 7% da população brasileira é formada por desocupados. 
c. Uma dona de casa que não trabalha fora é considerada desocupada. 
d. O Norte e o Sudeste têm o mesmo número de desocupados. 
e. Aproximadamente 20% da população brasileira está empregada. 
 
PERGUNTA 15 
 
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Leia o texto e o gráfico. 
Seca e fogo amplificam morte de árvores e emissões de CO2 na Amazônia 
Elton Alisson, Agência FAPESP – 20/07/2021 
As secas extremas estão se tornando cada vez mais frequentes e intensas devido às mudanças 
climáticas, o que pode ter grandes impactos na Amazônia. Entre o final de 2015 e o início de 2016, 
durante o verão, o bioma foi atingido por uma grande estiagem e incêndios florestais associados 
ao El Niño. Os efeitos do evento climático duraram pelos três anos posteriores, resultando, até 
2018, na morte de 3 bilhões de árvores e na emissão de 495 milhões de toneladas de gás carbônico 
(CO2) – superior à média anual do desmatamento em toda a Amazônia brasileira. 
(...) Em circunstâncias normais, por causa dos altos níveis de umidade, a floresta amazônica não 
queima. No entanto, a seca extrema torna a floresta temporariamente inflamável. Dessa forma, o 
fogo utilizado para queimar a floresta derrubada em uma área desmatada ou para auxiliar na 
limpeza de um pasto pode escapar do controle e se dispersar pela floresta, provocando grandes 
incêndios florestais. 
(...) A perda de árvores foi muito pior nas florestas secundárias e em outras florestas afetadas pela 
intervenção humana. As árvores com menor densidade de madeira e cascas mais finas foram mais 
propensas a morrer com a seca e os incêndios. Essas árvores menores são mais comuns em 
florestas afetadas pelo homem. 
(...) As emissões de CO2 das florestas queimadas por incêndios florestais foram quase seis vezes 
maiores do que as florestas afetadas apenas pela seca. 
(...) Após três anos, apenas cerca de um terço (37%) das emissões foi reabsorvido pelo crescimento 
das plantas na floresta. 
Disponível em <https://agencia.fapesp.br/seca-e-fogo-amplificam-morte-de-arvores-e-emissoes-
de-co2--na-amazonia/36372/>. Acesso em 14 ago. 2021 (com adaptações). 
Desmatamento da Amazônia dispara de novo em 2020 
Herton Escobar – 07.08.2020 
 
O texto afirma que o principal causador dos incêndios na floresta Amazônica em 2020 foi a seca 
decorrente das mudanças climáticas do fenômeno El Niño. 
Embora as emissões de CO2 a partir do ano de 2015 estejam associadas ao fenômeno El Niño, 
danos ambientais também são provocados por intervenção humana na floresta Amazônica. 
O gráfico mostra que a taxa de desmatamento na Amazônia em 2019/2020 aumentou mais de 50% 
em comparação com o mesmo período do ano anterior. 
É correto o que se afirma somente em 
a. I e II. 
 
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b. II e III. 
c. I e III. 
d. II. 
e. III. 
 
PERGUNTA 16 
Leia a tabela a seguir. 
 
Com base nas informações apresentadas na tabela, avalie as afirmativas. 
Observando-se a tabela, é possível concluir que, em termos de desempenho das exportações 
brasileiras de proteína animal, considerados os períodos 2019 e 2020, a carne de suíno é a que 
obteve a maior variação positiva, seguida pela carne de bovino e pela carne de frango. 
Em termos de valor, em 2019, o Oriente Médio foi responsável pela compra de exatamente metade 
das compras de carne de frango realizadas pela China, pela Ásia exceto China e pela União 
Europeia somadas. 
A maior variação percentual negativa nas compras de carne de frango observada na tabela refere-
se ao Oriente Médio, apresentando, entre 2019 e 2020, uma redução de 1.753 para 1.372 milhões 
de dólares. 
É correto o que se afirma em 
a. I, apenas. 
b. III, apenas. 
c. I e II, apenas. 
d. II e III, apenas. 
e. I, II e III. 
 
PERGUNTA 17 
Leia os textos 1 e 2 e avalie as afirmativas. 
Texto 1 
A fome é exclusão da terra, da renda, do emprego, do salário, da educação, da economia, da vida 
e da cidadania. Quando uma pessoa chega a não ter o que comer é porque tudo o mais já lhe foi 
negado. É uma espécie de cerceamento moderno ou de exílio. O exílio da Terra. Mas a alma é 
política. 
 
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A história do Brasil pode ser contada de vários modos e sob vários ângulos, mas, para a maioria, 
ela é, na verdade, a história da indústria da fome e da miséria. Um modo perverso de dividir o 
mundo em dois, produzindo um gigantesco apartheid. 
SOUZA, Herbert. A alma da fome é política. IN MEDINA, C.; GRECO, M. (Orgs). Saber plural. São 
Paulo: ECA/USP/CNPq, 1994. 
Texto 2 
No Brasil, 84,9 milhões de pessoas estão com fome ou em insegurança alimentar. Número 
corresponde a 41% da população. Na Venezuela, são 33% no patamar da insegurança, segundo 
dados do Programa Mundial de Alimentos da ONU 
Agência O Globo Brasil Econômico - 19/08/2021 
Cerca de 41% da população brasileira, ou 84,9 milhões de pessoas, convivem com fome ou com 
algum grau de insegurança alimentar. Os números são da Pesquisa de Orçamentos Familiares 
(POF), divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE, e compreendem o período entre 2017 e 2018. Para 
colocar em perspectiva, na Venezuela essa realidade assola um terço na população, segundo 
dados do Programa Mundial de Alimentos da ONU (Organização das Nações Unidas). 
Dessa parcela brasileira, 27% vivem com insegurança alimentar leve, quando há preocupação ou 
incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro, além de perda na qualidade dos alimentos, a 
fim de não comprometer a quantidade dealimentação consumida. 
Já a população residente em domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave, em que a 
qualidade e a quantidade desejadas em relação aos alimentos já estavam comprometidas, o 
percentual é de 13,9%. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no domicílio. 
Como os dados são anteriores ao período da pandemia, a tendência é que a dificuldade para 
garantir alimentação de qualidade e quantidade (segurança alimentar) esteja ainda maior. 
Isso porque o desemprego bateu recorde, e o país se recupera lentamente da sua pior recessão. 
Apesar da manutenção do auxílio emergencial às famílias, o valor menor do programa neste ano 
frente ao avanço da inflação não reduz o difícil acesso à compra de itens básicos, como alimentos, 
sobretudo pelos mais pobres. 
Disponível em <https://economia.ig.com.br/2021-08-19/fome-inseguranca-alimentar-no-
brasil.html>. Acesso em 13 set. 2021. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
De acordo com o texto 1, a fome é a condição dos exilados políticos, daqueles que deixam sua 
terra. 
Os dois textos apontam que a fome é um problema presente na realidade brasileira: o texto 1 culpa 
a indústria pela desigualdade, e o texto 2 aponta os efeitos da pandemia na falta de segurança 
alimentar. 
Segundo o texto 1, a fome é um estágio daqueles que já foram destituídos de seus direitos básicos. 
É correto o que se afirma 
a. I, II e III. 
b. I e II, apenas. 
c. II e III, apenas. 
d. I e III, apenas. 
e. III, apenas. 
 
PERGUNTA 18 
Leia o texto a seguir, retirado do artigo publicado no site da Fiocruz, complementado pelo artigo do 
Instituto Butantan. 
Entenda como acontece o estudo clínico de uma vacina 
 
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(...) 
O processo de pesquisa e desenvolvimento de uma nova vacina é constituído de diversas etapas, 
tratando-se, portanto, de um processo de alto investimento. A primeira etapa corresponde à 
pesquisa básica e é onde as novas propostas de vacinas são identificadas. Na segunda etapa, há 
a realização dos testes pré-clínicos (in vitro e/ou in vivo), que têm por objetivo demonstrar a 
segurança e o potencial imunogênico da vacina. Por fim, há a terceira etapa, composta pelos 
ensaios clínicos (fases I, II, III e IV). 
A fase I é o primeiro estudo a ser realizado em seres humanos e tem por objetivo principal 
demonstrar a segurança da vacina. A fase II tem por objetivo estabelecer a sua imunogenicidade 
(capacidade que a vacina tem de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos). A 
imunogenicidade, frequentemente, é medida por coletas de sangue, utilizando metodologias de 
análise adequadas, para avaliar a resposta imunológica à vacina administrada. A fase III é a última 
fase de estudo antes da obtenção do registro sanitário e tem por objetivo demonstrar a sua eficácia. 
Somente após a finalização do estudo de fase III e obtenção do registro sanitário é que a nova 
vacina poderá ser disponibilizada para a população. A fase IV é o estudo pós comercialização, em 
que é analisado o que ocorre já com a vacina disponível às pessoas. 
Os critérios para seleção dos participantes do ensaio dependem fundamentalmente do objetivo do 
estudo. De modo geral, os participantes devem representar o grupo de indivíduos/população para 
os quais o produto foi desenvolvido e aqueles que mais poderiam se beneficiar da intervenção. 
Além disso, é necessário selecionar áreas de maior transmissão onde o número esperado de casos 
é suficiente para a realização do estudo e interpretação dos resultados. 
Disponível em <https://www.bio.fiocruz.br/ /index.php/br/noticias/1992-entenda-como-acontece-o-
estudo-clinico-de-uma-vacina>. Acesso em 31 jul. 2021 (com adaptações). 
Ensaios clínicos 
(...) 
A Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Instituto Butantan (IB) coordena todos os 
ensaios clínicos, desde a fase I até a fase IV, para os imunobiológicos produzidos pelo instituto 
incluindo as vacinas. Com isso, ela garante a internalização do conhecimento adquirido com a 
realização desses estudos e contribui para a integração de todas as etapas do processo de 
pesquisa e desenvolvimento. Cabe ressaltar ainda que esta Divisão também realiza atividades de 
farmacovigilância para todos os soros e vacinas produzidas pelo IB, ou seja, realiza monitoramento 
contínuo da segurança desses produtos quando eles já se encontram disponibilizados e em uso 
pela população. 
Disponível em <https://butantan.gov.br/pesquisa/ensaios-clinicos>. Acesso em 31 jul. 2021 (com 
adaptações). 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
Uma nova vacina só pode ser disponibilizada à população após o registro sanitário, que ocorre 
após a fase IV dos ensaios clínicos, os quais compõem a terceira etapa do processo de sua 
pesquisa e seu desenvolvimento. 
As atividades de Farmacovigilância para vacinas são realizadas durante a fase IV dos ensaios 
clínicos. 
A avaliação da capacidade de o organismo produzir anticorpos contra um microrganismo como o 
coronavírus e o monitoramento da segurança das vacinas em uso pela população são efetuados 
durante as fases II e IV dos ensaios clínicos, respectivamente. 
É correto o que se afirma em 
a. I, apenas. 
b. III, apenas. 
c. I e II, apenas. 
 
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d. II e III, apenas. 
e. I, II e III. 
 
PERGUNTA 19 
Leia o texto e a figura a seguir, publicados na revista Pesquisa Fapesp. 
A Amazônia perde o gás 
Divulgado em dezembro passado, o mais recente relatório do Global Carbon Project estima que, 
desde a década de 1960, as plantas terrestres retiraram da atmosfera cerca de um quarto do 
dióxido de carbono (CO2), o principal gás de efeito estufa que contribui para o aumento do 
aquecimento planetário, emitido pela queima de combustíveis fósseis. Esse efeito benéfico ao clima 
ocorre porque a taxa com que os vegetais fazem fotossíntese – e, portanto, consomem o CO2 
disponível no ar para se manter vivos e crescer – é ligeiramente maior do que o ritmo de emissão 
de dióxido de carbono por meio da queima de biomassa, da decomposição de material orgânico e 
da respiração das plantas. A diferença a favor da coluna das absorções em relação à coluna das 
emissões é pequena, de cerca de 2%, mas suficiente para tornar as florestas, sobretudo as densas 
e exuberantes matas tropicais, importantes sumidouros de carbono. Esse termo é usado para 
designar as áreas em que as absorções de carbono superam as emissões. 
Por ser a maior floresta tropical, com cerca de 80% de sua área ainda preservada, a Amazônia é 
considerada um dos mais importantes sumidouros de carbono. Mas estudos feitos ao longo dos 
últimos 10 anos, com o emprego de diferentes metodologias analíticas, como dados de satélites, 
registros de crescimento e mortalidade de árvores e amostras sistemáticas do ar sobre a floresta, 
indicam que o leste da Amazônia virou uma fonte de carbono na década passada, ou seja, a 
quantidade de CO2 que saiu desse setor do bioma superou a que entrou. A situação é 
particularmente preocupante no sudeste da Amazônia, entre Pará e Mato Grosso, região em que 
fica o chamado Arco do Desmatamento, que concentra o grosso das intervenções humanas, 
sobretudo o desflorestamento, sobre a área. 
 
 
 
Disponível em <https://revistapesquisa.fapesp.br/a-amazonia-perde-o-gas/>. Acesso em 14 ago. 
2021. 
De acordo com o texto e com os seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
 
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Os vegetais têm a capacidade de emitir e de absorver o CO2. Em geral, a quantidade absorvida é 
maior do que a quantidade emitida, o que contribui indiretamente para a regulação da temperatura 
da superfície terrestre. 
Por conta do desmatamento, apenas 2% do CO2 emitidopela queima de combustíveis fósseis são 
absorvidos pelas árvores da floresta amazônica. 
Entre 2010 e 2018, a região leste da floresta amazônica emitiu aproximadamente dez vezes mais 
CO2 do que a região oeste, como consequência da diminuição da pluviosidade e do aumento da 
temperatura durante a estação seca. 
Atualmente, apenas Rio Branco e Tabatinga/Tefé, a oeste da floresta amazônica, atuam como 
sumidouros de carbono. 
É correto o que se afirma em 
a. I, apenas. 
b. II, apenas. 
c. I e II, apenas. 
d. II e III, apenas. 
e. III e IV, apenas. 
 
PERGUNTA 20 
 
A tabela a seguir mostra o número de doentes e de mortes por covid-19 nas diferentes regiões 
brasileiras, segundo dados fornecidos pelas secretarias de saúde dos estados em 15 de agosto de 
2021. 
 
 
Com base na leitura da tabela, avalie as afirmativas. 
A região Sudeste concentra o maior número de casos de covid-19 e responde por 
aproximadamente 38% do total de casos observados no país. 
A taxa de letalidade da doença no Brasil, calculada como a proporção entre o número de óbitos e 
o número de casos, é da ordem de 25%. 
Os óbitos por covid-19 na região Centro-Oeste correspondem a aproximadamente 10% do total de 
mortos pela doença. 
É correto o que se afirma em 
a. I e II, apenas. 
b. II e III, apenas. 
c. III e IV, apenas. 
 
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d. I e III, apenas. 
e. II e IV, apenas.

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