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Gases Ideais Data: 19/07/2021 Número do Grupo: 11 Membros: Pedro Dantas Freitas – 200026011 (editor final) André Fioravante N. D. Júnior – 160112010 Wállisson José A. de Sousa – 190098490 Objetivos: Verificar experimentalmente a dependência entre o volume e a pressão de um gás inerte mantendo a temperatura constante, verificar também a dependência entre o volume e a temperatura do mesmo gás, mantendo a pressão constante, e confeccionar um gráfico que relaciona o volume com a temperatura para calcular a temperatura do zero absoluto, debatendo sobre o valor encontrado. Introdução Teórica: O gás ideal é composto de partículas puntiformes que se colidem de maneira perfeitamente elástica, não havendo então qualquer tipo de interação como forças atrativas ou repulsivas entre elas, ou seja, a energia interna desse gás é sempre igual à soma da energia cinética de todas as partículas que o constituem. São fáceis de serem estudados pois, obedecem a lei dos gases ideais, que relaciona as variáveis de estado: temperatura, pressão, volume e número de mols, onde se permite determinar o valor de uma variável quando se conhece as outras três. Matematicamente falando, segundo a equação de Clapeyron: PV = nRT, onde R é a Constante dos Gases Ideais (8,314 J·K −1mol−1), T a Temperatura (Kelvin), V o volume (L), P a pressão (atm), e n é a quantidade de mols. Contudo, tal equação é melhor obedecida quanto mais rarefeito e mais longe o gás estiver de seu ponto de liquefação. Assim sendo, é sabido que, em um ambiente fechado, o equilíbrio termodinâmico é inteiramente caracterizado por qualquer par entre as variáveis P, V e T, permitindo comprovar a veracidade da Lei de Boyle-Mariotte, a qual afirma que a pressão é sempre inversamente proporcional ao volume do gás (PV = K), e da Lei de Gay-Lussac, a qual afirma que a pressão é sempre diretamente proporcional à temperatura (P/T = K). Além disso, como o volume é uma grandeza que não pode assumir valor negativo e é comprovado pela Lei Geral dos Gases sua proporcionalidade direta com a temperatura, temos que a temperatura mínima teórica pode ser calculada extrapolando o volume para um valor nulo. Procedimentos: 1. Utilizando o aplicativo de simulação PHET, na aba do experimento de gases ideias: foram adicionadas 13 partículas roxas ao reservatório, representando as moléculas do gás, e, verificado que a temperatura correspondia a 300K, foi selecionado a opção do simulador que a mantém constante, e o volume foi variado até a pressão se igualar a 1 atm. Com essas condições alcançadas, começamos a variar a largura do reservatório, anotando sempre a largura e a pressão a ela correspondente que eram dispostos pelo simulador de tal forma a preencher uma tabela 5x2. Sabendo que que a altura e profundidade do recipiente medem ambas 10 nm, calculamos o volume para então construir um gráfico da pressão pelo inverso do volume, e, a partir do gráfico achamos a reta correspondente ao ajuste linear dos dados e calculamos sua equação geradora. 2. De forma similar, ainda no simulador, deixamos as mesmas 13 partículas porém, dessa vez deixamos a pressão constante em 1 atm e variamos a largura do recipiente para obter 5 valores de volume e temperatura correspondentes, construímos uma tabela e um gráfico com esses valores e, a partir da equação da reta do ajuste linear dos dados do gráfico (volume x temperatura) que descobrimos, calculamos a temperatura do zero absoluto substituindo na equação o valor do volume por 0. Material: 1. Simulador PHET Dados Obtidos: 1. Dados da primeira etapa: Medida Largura (nm) Pressão (atm) 1 15,0 1,0 2 12,0 1,3 3 10,0 1,5 4 8,0 1,9 5 5,0 3,0 Média 10,0 1,74 Erro instrumental 0,1 0,1 Tabela 1: Apresenta os 5 diferentes valores de largura e suas respectivas pressões, além de suas respectivas melhores médias e erros. 2. Dados da primeira etapa: Medida Volume (100nm³) Pressão (atm) 1 0,0 0,0 2 3,0 0,3 3 2,0 0,2 4 2,0 0,4 5 3,0 1,1 Média 2,0 0,4 Erro instrumental 0,1 0,1 Tabela 2: Apresenta os 5 diferentes valores de variação do volume e suas respectivas variações de pressão, além de suas respectivas médias e erros. 3. Dados da primeira etapa: Medida Inverso do Volume (10000/nm³) Pressão (atm) 1 6,6 0,0 2 8,3 0,3 3 10,0 0,2 4 12,5 0,4 5 20,0 1,1 Média 11,48 0,4 Erro instrumental 0,1 0,1 Tabela 3: Apresenta os 5 diferentes valores do inverso do volume e suas respectivas variações de pressão, além de suas respectivas médias e erros. 1. Dados da segunda etapa: Medida Temperatura (ºC) Largura (nm) 1 27 15,0 2 -23 12,5 3 -73 10,0 4 -123 7,5 5 -173 5,0 Média -73 10,0 Erro instrumental 1 0,1 Tabela 4: Apresenta os 5 diferentes valores de temperatura e suas respectivas larguras, além de suas respectivas médias e erros. 2. Dados da segunda etapa: Medida Temperatura (ºC) Volume (100nm³) 1 0 0,0 2 50 2,5 3 50 2,5 4 50 2,5 5 50 2,5 Média 40 2,0 Erro instrumental 1 0,1 Tabela 5: Apresenta os 5 diferentes valores de variação de temperatura e suas respectivas variações de largura, além de suas respectivas médias e erros. Análise de Dados: 1. Gráfico da pressão pelo inverso do volume construído no Excel: Gráfico 1: Apresenta as 5 coordenadas (pressão, inverso do volume) com suas barras de erro, e a reta do ajuste linear de tais coordenadas. No gráfico 1, foi realizada uma regressão linear dos dados. E com base nesse se averiguou a razão entre a variação do inverso do volume com a variação da pressão, que é A = 0,148776 e o erro associado a essa estimativa é calculado segundo a fórmula: Ea/A = Ep/P + Ev/V, onde Ea é o erro na variação, A é o valor da variação, Ep o erro da pressão, P a pressão, Ev o erro do volume e V o volume. E com esses dados calculamos a equação da reta do ajuste linear como sendo P = 0,148/V + 0,029. 2. Gráfico do volume pela temperatura: Gráfico 2: Apresenta as 5 coordenadas (volume, temperatura) com suas barras de erro, e a reta do ajuste linear de tais coordenadas. No gráfico 2, foi realizada uma regressão linear dos dados. E com base nesse se averiguou a razão entre o volume e a temperatura, que é A = 0,05 e o erro associado a essa estimativa é calculado segundo a fórmula: Ea/A = Ev/V + Et/T, onde Ea é o erro na variação, A é o valor da variação, Et o erro da temperatura, T a temperatura, Ev o erro do volume e V o volume. E com esses dados calculamos a equação da reta do ajuste linear como sendo V = 0,05T + 13,65. Com essa equação, substituímos V por 0 nm³ e calculamos a temperatura do zero absoluto como sendo igual a -273ºC: Lim = 0,05Tabs + 13,65 V ---> 0 Tabs = -13,65 / 0,05 Tabs = -273 Conforme o esperado, os valores encontrados confirmaram as ponderações teóricas e as partículas do experimento se comportaram como um gás ideal, nos permitindo linearizar os dados e calcular a temperatura do zero absoluto com facilidade. Conclusão: Nesse relatório, confirmamos a proporcionalidade inversa entre volume e pressão e a direta entre temperatura e volume assim como o previsto na teoria, sendo isso graças às medidas do simulador serem precisas e acuradas. Com isso, pudemos concluir que as partículas do simulador realmente se comportam como um gás ideal, ou seja, a pressão vezes o volume divido pela temperatura dessas partículas será sempre constante. Tendo confirmado isso, fomos capazes de estimar um valor, em Celsius, para a temperatura do zero absoluto a partir da relação entre volume e temperatura, descoberta pelo gráfico de volume por temperatura, e dos conhecimentos teóricos prévios. Bibliografia: · Site(s): https://phet.colorado.edu/sims/html/gases-intro/latest/gases-intro_pt_BR.html; https://www.infoescola.com/termodinamica/lei-de-boyle-mariotte/; https://www.todamateria.com.br/lei-dos-gases/. Pressão (atm) x Inverso do Volume (10000/nm³) Pressão (atm) 6.6666999999999996 8.333399999999999310 12.5 20 1 1.3 1.5 1.9 3 Volume (100nm³) x Temperatura (ºC) Volume (nm) 27 -23 -73 -123 -173 15 12.5 10 7.5 5
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