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APS ENG 6 SEMESTRE UNIP HIDRAULICA E HIDROLOGIA

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2.1 Definição e caracterização de processos hidrológicos.
Segundo Souza (1976, pág.12) a água pode ser encontrada em três tipos de estados: sólido, líquido e gasoso, tanto na atmosfera quanto na superfície da terra, em lagos, mares ou oceanos. Por sua constante movimentação esse ciclo e chamado de ciclo hidrológico ou ciclo da água.
Para se entender o ciclo da água de acordo com Souza (1976, pág 30) precisamos saber de suas cinco etapas importantes: a evaporação, condensação, precipitação, infiltração e transpiração. A evaporação ocorre devido ao calor que é irradiado pelo sol e assim aquece as águas, tanto nos rios quanto nos lagos, surgindo vapor que será transportado pelos movimentos das massas de ar na atmosfera e se condensa na forma de gotas, que irão formar as nuvens carregadas, encontramos o processo chamado precipitação. Basicamente é formado quando as gotas se tornam pesadas no ar e acaba ‘’descarregando’’ no solo, ou seja, causando a chuva.
O vapor de água que foi condensado cai na superfície terrestre, segundo Garcez (1978, pág. 8) forma-se o que chamamos de infiltração no solo e é parte desta água que alimenta os lençóis subterrâneos, e parte infiltrada no solo pode acabar sendo absorvida pelas plantas, que conseguem devolve-la no processo de transpiração, após a utilização.
A agua que se infiltra no solo movimenta-se através dos vazios existentes, por percolação, e, eventualmente, atingem uma zona totalmente saturada, formando o lençol subterrâneo. O lençol poderá interceptar uma vertente, retornando a agua a superfície, alimentando rios ou mesmo os próprios oceanos, ou poderá se formar entre camadas impermeáveis em lençóis artesianos (SOUZA, 1976, pág. 3).
Em concordância com Garcez (1978, pág. 20), o conjunto de todo esse processo faz continuar a circulação, ocorrendo através da energia solar, que mantêm o balanço entre a quantidade de água na terra, a umidade e precipitações que encontramos na atmosfera.
2.2 Características físicas de uma bacia hidrográfica
A bacia hidrográfica, segundo Lucas Ebbesen (2015), é um conceito que determina o total de uma terra que drena as águas superficiais a um ponto comum, sendo entendida como uma área em que um conjunto de suas águas superficiais converge em direção a um determinado local e sua extensão pode variar entre pequenas (100 a 200 km²) e grandes bacias (3 e 6 milhões de km²). 
 Para determinar os limites de uma bacia hidrográfica e necessário o estudo da topografia dos terrenos. Normalmente o ponto mais baixo da bacia e onde se localiza o rio principal e seus afluentes estará em seu entorno compondo assim essa porção chamada de bacia hidrográfica. O principal objetivo do mapeamento de bacias hidrográficas e o desenvolvimento de atividades para o melhor planejamento dos recursos hidrográficos e também socioeconômico. Com essa distribuição e possível o planejamento para abastecimento de cidades, regiões ou ainda de reservas.
 O tamanho dessas bacias hidrográficas é determinado, na política de recursos hidrográficos, através de cálculos tomando como base escoamento e projeções de inundações. A maior bacia hidrográfica do mundo é a do rio amazonas tendo uma área de 6.110.000 km², compreendida entre os Andes Peruanos até sua foz no oceano atlântico.			
 O comitê de bacias hidrográficas CBH é o fórum onde um grupo de pessoas se reúne para discutir um interesse comum o uso das águas na bacia. Segundo o comitê:
A diversidade de interesses em relação ao uso da água, distribuição desigual e o uso inadequado têm gerado conflitos e ameaçado a garantia desse recurso para as gerações presentes e futuras. Reverter esse quadro e estabelecer acordos entre os múltiplos usos demanda arranjos institucionais que permitem a conciliação dos diferentes interesses e a construção coletiva das soluções. (Agência nacional de águas ministério do meio ambiente, 2011).
As discussões acerca do uso dessas bacias, atingem o âmbito estadual e nacional sua discussão e feita pelo conselho nacional de recursos hídricos, pelo ministério do meio ambiente e pela agencia nacional de águas, sendo discutida no nível estadual por comitês. Ou seja, a água sendo o principal recurso natural do mundo requer diversos cuidados, não apenas sócio ambiental, como a preservação ou a não poluição, mas também na divisão ideal da mesma entre municípios, o que muitas vezes não é capaz de ser realizado e daí a importância desse mapeamento das bacias hidrográficas. 
As características topográficas, geológicas, geomorfológicas, pedológicas e térmicas, bem como o tipo de cobertura da bacia, desempenham papel essencial no seu comportamento hidrológico, sendo importante medir numericamente algumas dessas influências.	
 O comportamento hidrológico de uma bacia hidrográfica é função de suas características geomorfológicas (forma, relevo, área, geologia, rede de drenagem, solo, etc.) e do tipo da cobertura vegetal existente (LIMA, 1976). Assim, as características físicas e bióticas de uma bacia possuem importante papel nos processos do ciclo hidrológico, influenciando, dentre outros, a infiltração e quantidade de água produzida como deflúvio, a evapotranspiração, os escoamentos superficiais e subsuperficial. Além disso, o comportamento hidrológico de uma bacia hidrográfica também é afetado por ações antrópicas, uma vez que, ao intervir no meio natural, o homem acaba interferindo nos processos do ciclo hidrológico (TONELLO, 2005).	
 As características morfométricas do padrão de drenagem e do relevo refletem algumas propriedades do terreno, como infiltração e deflúvio das águas das chuvas, e expressam estreita correlação com a litologia, estrutura geológica e formação superficial dos elementos que compõem a superfície terrestre (PISSARA et al., 2004).	 
 Segundo Tonello (2005, pág. 10), as características morfométricas podem ser divididas em: características geométricas, características do relevo e características da rede de drenagem (TABELA 1).
TABELA 1 - Características morfométricas de bacias hidrográficas.
Fonte: Tonello, 2005.
Principais Características, segundo Tonello (2005) e Cardoso (2006):
Características Geométricas: Área topográfica de drenagem, perímetro, fator de forma (razão entre a largura média e o comprimento axial da bacia), coeficiente de compacidade círculo (constitui a relação entre o perímetro da bacia e a circunferência de um círculo de área igual ao da bacia), Índice de circularidade (tende para unidade à medida que a bacia aproxima-se a forma circular e diminui à medida que a forma torna alongada) e Densidade hidrográfica (relação existente entre o número de rios ou cursos d’água e a área da bacia hidrográfica).	
 Características de Relevo: Declividade (velocidade de escoamento superficial, afetando o tempo), Altitude (associa-se com a precipitação, evaporação e transpiração, consequentemente sobre o deflúvio médio) e Amplitude altimétrica (variação entre a altitude máxima e altitude mínima).	
 Características da rede de drenagem: Ordem dos cursos d’água: (Consiste no processo de se estabelecer a classificação de determinado curso d’água (ou da área drenada que lhe pertence) no conjunto total da bacia hidrográfica na qual se encontra) e Densidade de drenagem (correlaciona o comprimento total dos canais ou rios com a área da bacia hidrográfica). 
2.3 Impactos ambientais em bacias hidrográficas	
Os impactos geoambientais em bacias hidrográficas acontecem devido as contaminações difusas dos corpos hídricos que são as substancias orgânicas. Essas substancias orgânicas acabam gerando impactos na qualidade da água e do solo devido o uso de agroquímicos como os ânions nitrato, cloreto, mercúrio, sulfato e cloro pois são ingredientes ativos para a contaminação (Fechener, 2000). 
 Os produtos resultantes da degradação química, microbiológica ou fotoquímica dos ingredientes ativos é muito preocupante pois possuem atividades ecotoxicológica que dificultam a gestão territorialtanto em nível local como regional, com isso acaba prejudicando a agricultura que tem importância na econômica brasileira. 	
 Com os ingredientes ativos, as terras ficam inadequadas para ocupação, diminuindo a matéria orgânica, compactação, salinização, desabamento de terras, contaminação, desertificação, perda de fauna e flora que acabam resultando na rápida perda da biodiversidade da região afetada, acelerada pela ação antrópica e as alterações climáticas que acabam ficando mais frequentes (TABELA 1).
TABELA 1 – Impactos ambientais naturais e antrópicos.
	Impactos Naturais
	Impactos antrópicos
	
- Erupções vulcânicas 
- Terremotos 
- Inundações
- Tornados
- Furacões
- Maremotos
 
	
Diminuição da matéria orgânica 
Compactação
Impermeabilização
Salinização
Desabamento de Terras
Contaminação
Fonte: Comissão das Comunidades Europeias, Bruxelas, 2006. Adaptada.
A principal causa pelo empobrecimento do solo (FIGURA 1), é a erosão, causada pela água das chuvas devido a estrutura do solo ser destruída pelo impacto da chuva que atinge a superfície do terreno. Outra grande degradação é o desmatamento devido ao mau uso de recursos naturais e o emprego de agroquímicos contaminando o solo. 
 FIGURA 1 – Solo degradado
 Fonte: http://www.atlasdasaguas.ufv.br/, 2016.
 É importante a conservação das águas de superfície, reposição das matas ciliares e retiradas de solo superficial, pois com isso, as condições naturais destes mananciais podem ser modificadas, alterando a qualidade da água e diminuindo a vida útil dos reservatórios. 	
 A ocupação desordenada das terras, o crescimento demográfico e a escassez de terras férteis, determinam a necessidade de se gerar fundamentações, estratégias, atividades e diretrizes que proporcionem ecossistemas com sistemas de ocupação, capazes de certificar produções sustentáveis em longo prazo.
2.4 Impactos da urbanização na dinâmica hidrológica	
 De acordo com Chadwick (2000, pág. 9), os seres humanos são como todos os animais, eles se adaptam ao meio natural, porém com a diferença que o homem produz fortes mudanças no meio ambiente. Mesmo sendo mudanças com fundamentos, pensadas e analisadas, elas produzem consequências imprevistas.
 Os impactos na dinâmica hidrológica pode ser observado por pontos econômicos e socioeconômicos, como mostra Mumford (1965, pág 159) “Aqui, como em toda a parte, o solo, o clima, a formatação geológica, a vegetação, a matriz regional total deixaram suas marcas até mesmo na saúde dos habitantes, bem como nas suas atividades econômicas e na sua visão geral da vida.” 	
 O crescimento desenfreado nas cidades tem sido um dos grandes motivos para que a drenagem urbana e o manejo das águas tenha sido mais solicitado nos últimos tempos, em razão das enchentes e aumento da poluição nos rios e canais que passam por esses centros urbanos. Vale ressaltar também, que não necessariamente haverá só mudança e impactos na hidrologia na área urbana, já que o cultivo de alimentos gera alterações significativas no espaço natural. 
De acordo com Serra: 
A necessidade de produzir alimentos resulta em adaptações no espaço, ainda que pelo mero arroteamento dos campos. Por isso, a presença humana implica sempre modificações no meio ambiente, embora nem sempre na forma de constrção de abrigos, uma vez que é possível viver sem eles, mas não sem alimentos (SERRA, 1936, pág. 56).	
Analisando pelo crescimento desenfreado da população (FIGURA 1), há o comparativo de que, quanto mais pessoas, maior necessidade de construção de casas e prédios, mais descarte de lixo, gerando superlotação nos locais adequados para esse descarte, consequentemente gerando uma maior poluição nas cidades, rios e ruas. Pela parte econômica, observa-se que as áreas de classe alta, por obter um maior recurso de reciclagem e serviços públicos, o nível de poluição é bem mais baixa, se comparada a uma área de classe mais baixa, já que os serviços não são tão eficientes e o número de habitantes em pouco metro quadrado é bem maior, gerando assim uma degradação 50% maior do ambiente. 
 FIGURA 1 – Poluição em áreas de moradia
 Fonte: http://catolicaweb.com.br/
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Schiavetti, Alexandre; Camargo, Antonio F. M.. Conceitos de Bacias Hidrográficas. Ed. Editus 2002.
Teodoro, Valter Luiz Lost; Teixeira, Denilson; Costa, Daniel Jadyr Leite Costa, Fuller, Beatriz Buda. O conceito de bacia hidrográfica e a importância da caracterização morfométrica para o entendimento da dinâmica ambiental local - REVISTA UNIARA. N20, 2007
Schiavetti, Alexandre; Camargo, Antonio F. M.. Cadernos de capacitação em recursos hídricos – O comitê de Bacia Hidrográfica. Volume 1 – ANA (Agência Nacional de Àguas). Ed. Tdabrasil, 2011.
Serra, Geraldo. O espaço natural e a forma urbana. Nobel. São Paulo, 1987.