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RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO CIENTÍFICO

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RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO CIENTÍFICO INTITULADO: CONSTRUÇÕES 
SUSTENTÁVEIS NA ENGENHARIA CIVIL E A RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 
 
Resenhado por: Brena Michaele Brasil Santana 
Acadêmica de Engenharia Civil do Centro Universitário de Caratinga - MG 
 
QUEIROZ, Neucy Teixeira. Construções sustentáveis na Engenharia Civil e a 
responsabilidade socioambiental. Revista Brasileira de Gestão Ambiental e 
Sustentabilidade. Vol. 3, N°6, p.255-263, 31 dez. 2016. Disponível em: 
http://dx.doi.org/10.21438/rbgas.030601. Acesso em 10 Out. 2021. 
 
Neucy Teixeira Queiroz, graduada em Ciências Biológicas pela Universidade 
Estadual de Montes Claros - UNIMONTES (2014) é a autora do artigo intitulado: 
construções sustentáveis na Engenharia Civil e a responsabilidade socioambiental, que foi 
publicado na Revista Brasileira de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, no Volume 3, n°6, 
nas páginas de 255 a 263, no dia 31 de dezembro de 2016. Possui especializações em 
Gestão Ambiental pela Universidade Católica Dom Bosco - UCDB (2016) e em Recursos 
Hídricos e Ambientais pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG (2017). Além 
disso, possui mestrado em Biologia Animal pela Universidade Federal dos Vales do 
Jequitinhonha e Mucuri (2019), segundo informações do seu Currículo Lattes. 
O artigo científico trata a ideia de construção sustentável no espaço urbano, o que é 
uma preocupação com a sustentabilidade, haja vista que se chama atenção para a extração 
dos recursos que são utilizados no projeto, bem como o resíduo formado e seu descarte na 
natureza. O texto discorre sobre o impacto causado pela elevada urbanização, construções 
e projetos urbanos para um determinado espaço, o qual beneficia a população na sua 
finalidade, exemplo hospitais, indústrias, escolas, aeroportos, praças, entre outras estruturas 
que ajudam no crescimento de um centro urbano. 
Por outro lado esse desenvolvimento provoca danos ao meio ambiente e seus 
recursos, como poluição de rios próximos as indústrias, emissão de gases do efeito estufa, 
favorecendo o aquecimento global e formação de “ilhas de calor” nas grandes cidades. O 
objetivo desse artigo buscou analisar a aplicação de construções sustentáveis na 
engenharia civil e verificar de que forma a responsabilidade socioambiental se manifesta. 
Utilizou como metodologia a pesquisa bibliográfica. O artigo é completo e fez uso de uma 
figura e uma tabela para melhor exposição das ideias. 
A autora expõe que as cidades crescem de forma contínua, assim como sua 
população, e que esse desenvolvimento precisa ser acompanhado de obras e projetos 
urbanos que beneficiem a população da mesma. A engenharia civil é responsável pelo 
planejamento dessa “urbanização de maneira organizada”. A autora ressalta que apesar de 
está a frente desse desenvolvimento urbano, os impactos provocados por essas ações da 
engenharia é que são os pontos a serem discutidos, como os tipos de poluição desse 
seguimento. 
A autora aponta que essa poluição, provoca o aquecimento global (emissão de 
gases do efeito estufa) e agrava outros desequilíbrios ambientais, como falta de água 
natural no ambiente. Desse modo, a mesma autora afirma que são necessários critérios que 
visem à sustentabilidade na engenharia civil. Para isso, ela indica como uma saída 
interessante o uso de materiais sustentáveis na execução de projetos urbanos, que auxiliam 
na contribuição com o meio ambiente, como preservar o maior número de árvores próximo 
ao local a ser construído. 
O artigo trás a definição do desenvolvimento sustentável, demonstrando a 
importância de estabelecer uma relação de equilíbrio entre a conservação dos recursos 
naturais e o desenvolvimento sustentável nos projetos, tais como a preocupação com o 
isolamento acústico, estocagem de água da chuva e conservar a vegetação do local. Nesse 
sentido a autora introduz as construções sustentáveis na conta da engenharia civil, tendo 
em vista que ela deve buscar meios que não causem danos ao meio ambiente, ou que 
esses danos causados sejam mínimos. 
O artigo cita que o uso de materiais sustentáveis e reciclados é uma alternativa para 
se conseguir essa construção sustentável, são exemplos citados desses tipos de materiais o 
tijolo ecológico, as placas ecológicas, captação da água da chuva. A engenharia civil é 
quem faz o elo da relação social e ambiental porque integra tanto a geração de emprego e 
circulação da economia, como atua na sustentabilidade por meio de construções com 
materiais ecológicos, conhecer o espaço a ser construído e contar com ajuda de outros 
profissionais como engenheiros, arquitetos e ambientalistas. 
A autora menciona os princípios da sustentabilidade, baseada na referencia de Kibert 
(1994), que são eles: Minimizar o consumo de recursos; Maximizar a reutilização dos 
recursos; Utilizar recursos renováveis e recicláveis; Proteger o ambiente natural; Criar um 
ambiente saudável e não tóxico; Fomentar a qualidade ao criar o ambiente construído. A 
autora aponta que para considerar uma construção como sustentável deve-se seguir 
algumas variáveis adotadas por Mateus e Bragança (2004), nas quais se levam em conta os 
indicadores Ambiental, Funcional e Econômico. 
Nesse aspecto, a autora elenca prioridades necessárias na construção de um projeto 
de construção sustentável aliado aos fatores econômicos, são eles: a minimização da 
produção de resíduos sólidos, a economia de energia e água e a maximização da 
durabilidade cooperam para redução dos custos. As alternativas levantadas foram reduzir o 
consumo de materiais para evitar o lixo gerado por ele, economizar energia elétrica e captar 
água, aproveitar as potencialidades microclimáticas da região ou município. 
A autora conclui o artigo reiterando que a Engenharia Civil é necessária ao 
desenvolvimento urbano, mas que provoca danos ao meio ambiente. Para tanto é 
necessário um planejamento, no qual obedeça aos princípios de sustentabilidade e 
impliquem em construções sustentáveis. Ela ressalta também que há carência na expansão 
do conhecimento acerca da construção sustentável, falta um maior incentivo nos cursos de 
graduação e formação de engenheiros mais conscientes com a questão ambiental. A 
perspectiva é de que novas ideias inovadoras brotem sobre o tema, e que assegurem 
alternativas bem viáveis ao projeto de construção sustentáveis. 
O artigo é indicado para área acadêmica do curso de Engenharia Civil, a fim de 
contribuir para uma preocupação socioambiental e ajudar no desenvolvimento sustentável. 
Discute um tema muito relevante na atualidade, que é o dilema de crescer economicamente 
e proteger o meio ambiente, o tal do desenvolvimento sustentável. A autora conclui que são 
poucos os projetos de construções sustentáveis no país e faz um apelo que se amplie essa 
mentalidade nos cursos de graduação voltados para a construção civil, haja vista que esse 
tipo de construção demonstra preocupação ambiental. 
Diante do contexto de elevada exploração dos recursos naturais encontrados no 
ambiente, sem preocupação com o impacto ambiental causado ou suas consequências 
futuras, ou até mesmo o fim dessas fontes naturais (não-renováveis). A poluição de rios e 
solo tornou-se comum nas grandes cidades, a falta de uma legislação de pulso firme e que 
funcione para a finalidade criada de proteger o meio ambiente, são alguns dos empecilhos 
atuais ao cuidado socioambiental. 
O artigo chama atenção para a Engenharia civil como responsável por fazer o 
planejamento desses espaços urbanos e sua expansão projetada, já comecem a introduzir a 
mentalidade sustentável e seus princípios desde os cursos de graduação das instituições de 
ensino superior. Desse modo o acadêmico já vem com o intuito de pensar de forma 
sustentável e assim transformar a sociedade, tudo é um passo a passo. Em época de 
sustentabilidade o tema é importantíssimo para um debate acerca de como estão sendo 
feitos os projetosexpansionistas das cidades. 
Como exemplo pode-se citar Teresina (capital do estado do Piauí), a qual detinha até 
2009 o título de cidade-verde, devido a muita vegetação local presente no território. Nessa 
ultima década a referida cidade tem sofrido uma perca da sua vegetação, por conta do 
avanço da urbanização e criação de condomínios e residenciais nas áreas periféricas da 
capital, mas também pela falta de planejamento adequado de querer manter o máximo 
possível a vegetação do local, como as praças que são revitalizadas e tem suas arvores 
cortadas, por consequência percebe-se que a temperatura da capital subiu nos últimos 
anos. 
O artigo é do final de 2016, publicado em uma revista referência em gestão 
ambiental e sustentabilidade considerando as 16 referências utilizadas, algumas são atuais 
dentro do contexto discutido, outras são referências clássicas, como o conceito de 
desenvolvimento sustentável dado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento (1987) e outras referências contém dados já defasados. Outro ponto a se 
comentar é que muitas referências citadas no corpo do artigo não se encontram no final do 
mesmo, enquanto outras referências que nem se quer foram citadas no artigo estão 
presentes no final, bem como algumas não seguirem o padrão da ABNT, para referências. 
Pela metodologia utilizada pode-se reproduzir tranquilamente a pesquisa bibliográfica 
de caráter exploratório realizada pelo artigo. Faltou ao artigo trazer exemplos concretos de 
projetos planejados e executados pela Engenharia Civil, com esse passo a passo de 
construções sustentáveis em alguma cidade grande, bem como quais foram os impactos e 
se pode ser mensurado o grau de preservação do ambiente. 
Algumas perguntas podem ser elaboradas acerca do tema do artigo, tais como: O 
que é construção sustentável? Qual o papel da Engenharia Civil no equilíbrio socioambiental 
e sustentável? Qual a alternativa viável para reduzir ou minimizar os problemas ambientais 
decorrentes da urbanização? Quais os princípios para se considerar uma construção 
sustentável? Quais as variáveis/indicadores devem ser observados para julgar a 
sustentabilidade de uma construção sustentável? Quais as prioridades a serem seguidas no 
projeto de uma construção sustentável? 
O artigo mostrou-se de uma leitura de fácil compreensão, a autora abordou o tema 
de forma geral, porém com pilares de contexto, que sustentaram a sua argumentação e 
alcançaram o objetivo proposto no estudo, ao mostrar a relação da construção sustentável, 
da Engenharia Civil e do desenvolvimento sustentável com a conservação do meio 
ambiente. 
Pode-se recomendar o artigo para a leitura, como forma de introdução ao assunto da 
sustentabilidade nos dias atuais frente ao crescimento das cidades e excessiva urbanização 
por vezes desordenada. Sugere-se como pesquisas futuras o estudo sobre: Quais os 
desafios para adoção de projetos de construções sustentáveis; O uso da tecnologia nas 
construções sustentáveis; Como é a formação do Engenheiro Civil sustentável; Qual o novo 
padrão de produção sustentável no Brasil; Quais as melhores práticas de sustentabilidade 
adotadas no Brasil. 
Conclui-se que apesar da relevância da temática ambiental e sustentável, há 
entraves para a disseminação dessa mentalidade de crescer economicamente, mas tendo 
que preservar o meio ambiente também. Algumas causas para isso podem ser levantadas, 
como os interesses de grandes empresários, ausência de fiscalização de órgãos 
competentes, flexibilidade das leis de cunho ambiental, o próprio “jeitinho brasileiro” de 
resolver as coisas, entre outros. Percebe-se que uma saída em longo prazo é formar 
engenheiros, arquitetos, ambientalistas, engenheiro florestal, e outros cursos envolvidos 
com o meio ambiente, uma mentalidade definida e bem estabelecida acerca da preservação 
dos recursos naturais e da sustentabilidade das novas gerações. 
Portanto, o debate acerca da questão ambiental e o desenvolvimento econômico 
como tendência a sustentabilidade será intensificado cada vez mais nessa nova década do 
século. Teremos de um lado o aquecimento global e seus efeitos, já sentidos em todo 
planeta, aliado a escassez dos recursos naturais e não-renováveis utilizados nos 
combustíveis ou para fabricação/ produção de algum bem de consumo, e do outro lado 
confrontando a necessidade de crescimento econômico a todo custo, aliado acumulação de 
riquezas e produção de bastantes resíduos sólidos ou não. Convida-se o leitor dessa 
resenha a refletir o dilema entre construir, produzir e transformar e lutar pela preservação do 
meio ambiente. Preocupa-se com o futuro das gerações também é viver e é ser sustentável.

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