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introdução ao estudo do direito - 1º teste

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O homem é um ser cuja natureza é 
essencialmente social 
Animal político porque nasceu para 
viver em comunidade 
O homem sendo dotado de 
sentimentos e de razão, precisa de 
comunicar, de trocar experiências, de 
produzir bens para si e para os outros, 
de utilizar o produto do trabalho alheio, 
porque é absolutamente impossível 
criar tudo sozinho – o homem que viva 
absolutamente isolado, não é homem: 
é um nada 
O homem pertence a dois mundos: 
- ao mundo natural (ser)- Homem como 
parte constituinte do mundo dos seres 
animais, vegetais e minerais, 
submetido às leis físico-químicas com o 
objetivo de explicar o que É – normas 
invioláveis ex. gravidade 
- ao mundo cultural (dever-ser)- 
construído pela inteligência e o 
trabalho, é constituído pelos seres 
humanos e pelos bens por si produzidos 
para obterem melhores condições de 
vida. Caracteriza a vitória do homem 
sobre o mundo natural – leis violáveis 
É no mundo cultural que o homem 
afirma a sua racionalidade- realizações 
duma vida que decorre em convivência 
Dir-se-á que viver com os outros é o 
destino do Homem, a que não pode 
fugir sobre pena de deixar de ser 
homem – a convivência postula regras 
que disciplinem os comportamentos de 
cada homem e que transmitam a 
segurança necessária à vida de relação 
com os outros – ordem social 
 
instituição 
sentido etimológico: Aquilo que 
permanece numa sociedade em 
evolução 
sentido corrente: Obra constituída por 
elementos pessoais e patrimoniais 
regida por regulamentos/estatutos 
(Estado, universidade, hospital) 
sentido jurídico: conjunto de normas 
que, subordinadas a princípios comuns, 
disciplinam um tipo de relações sociais 
(ex. direito das obrigações, direito de 
propriedade, direito da família etc.) e, a 
realidade social que lhe está na base 
(ex. a obrigação, a propriedade, a 
família etc) 
As suas funções ajudam a resolver os 
problemas da sociedade e dos homens 
Funções: estabilidade normativa- 
orientar os membros na prossecução 
de objetivos comuns e transmite a 
Ordem social 
A natureza social do homem 
Aristóteles 
A ordem social. Instituições 
sociais 
segurança indispensável à planificação 
do futuro; integração numa 
organização que unifica e identifica os 
seus elementos 
Espécies das instituições: -
fundamentais: família, propriedade, 
Estado -
secundárias: Parlamento, Tribunal, 
Igreja, escola 
Instituto – Grupo menor de normas 
disciplinadoras de uma situação da 
vida; na propriedade- ocupação, 
demarcação; na família- casamento, 
poder paternal 
 
Necessidade: Característica 
relacionada com o facto de o homem 
ser considerado um ser inacabado que 
necessita de instituições que o 
orientem nas suas relações com vista 
ao seu progresso e segurança 
 
m 
É necessário que o comportamento do 
homem seja disciplinado por normas 
ou regras, pois este vive na companhia 
de outros homens, com quem 
estabelece várias relações (de 
coordenação, subordinação e de 
integração) – normas pertencem ao 
mundo cultural: caracterizam-se pela 
sua referência a valores ou por 
adequarem meios a fins – natureza 
axiológica ou teleológica 
Diferenças entre leis físicas e as 
normas: 
1- as leis físicas explicam relações 
necessárias entre os fenómenos 
naturais, a norma disciplina um 
comportamento (o dever-ser, fim é de 
ordem prática) 
2- lei física é válida quando as relações 
ocorrem exatamente na forma 
enunciada(factos devem confirma-la-
inviolável), as normas dirigem-se a 
seres livres que a podem violar ou 
obedecer) 
Leis ou normas éticas – expressam um 
dever-ser, orientam o inter-
relacionamento humano (religiosa; 
moral; trato social; jurídica) 
 
As normas religiosas são criadas por 
(ou reduzidas) a um ser superior 
regulando a conduta íntima dos 
crentes na sua relação com Deus 
Características: 
1. Instrumentais: preparam a vida 
além-terrena 
2. Intra-individuais: destinam-se ao 
íntimo do homem crente 
3. Sanções do foro espiritual: crença e 
fé numa vida ultraterrena na qual cada 
homem será retribuído pela sua 
Ordens normativas 
Preliminares 
Ordem religiosa 
conduta. O remorso é, também, uma 
forma de sanção. 
Nas civilizações antigas, as normas 
religiosas confundiam-se com as 
normas jurídicas: Iustitia-deusa da 
justiça; ordálios como meio de prova; 
corão-direito muçulmano (vai buscar à 
religião o conteúdo dos seus critérios 
normativos) 
Nos países ocidentais a ordem jurídica 
foi-se secularizando e hoje não se 
confunde com a ordem religiosa(ao 
contrário de em alguns países 
muçulmanos, com um conjunto de 
normas religiosas que os tribunais 
devem aplicar à vida privada dos 
cidadãos) 
Relações direito-religião 
 
• Indiferença: normas jurídicas cujo 
conteúdo é completamente 
irrelevante do ponto de vista 
religioso ex. conduzir pela direita 
• Afinidade: há normas jurídicas de 
ordem religiosa ex. a proibição de 
matar ou o dia de descanso ao 
domingo 
• Antagonismo: normas jurídicas 
contrárias aos preceitos religiosos 
ex. divórcios nos casamentos 
católicos, aborto, eutanásia 
Direito canónico: tem como fonte a 
hierarquia da igreja. Destina-se à sua 
organização e relação com os fiéis 
 
 
Moral: Conjunto de preceitos, 
conceções e regras obrigatórias para 
com a consciência, pelos quais se rege 
a conduta do Homem numa sociedade 
A ordem moral caracteriza-se pela: 
interioridade; absolutidade e 
espontaneidade de dever moral 
A única sanção a que o homem está 
sujeito é o remorso ou o desgosto 
A moral individual tem pouco a ver com 
o direito, no entanto, a moral social ou 
coletiva coincide com o campo de 
aplicação do direito 
Critérios de separação entre a moral e 
o direito: 
1. Critério teológico – a moral 
interessa-se pela realização 
plena do homem (fim pessoal) e 
o direito tem em vista a 
realização da justiça para 
assegurar a paz necessária para 
a convivência em liberdade (fim 
social) 
Crítica: a moral tem também 
fim social e o direito satisfaz um 
fim pessoais, há normas 
jurídicas que se convertem em 
morais. E normas morais que se 
convertem em jurídicas 
2. Critério da perspetiva: moral 
incide sobre a interioridade 
(motivação) dos atos (lado 
interno) e o direito atende ao 
que se manifesta (lado externo) 
Crítica: desvalorização da 
importância que o direito 
Ordem moral 
atribui ao elemento interno e, 
não atende ao relevo que a 
moral confere ao externo. A 
moral também exige que 
atuemos retamente ex. não 
basta ter a intenção de visitar o 
nosso amigo doente, temos de 
colocar em prática o propósito. 
3. Critério da imperatividade: a 
moral é imperativa (porque visa 
a perfeição pessoal), limita-se a 
impor deveres, enquanto que o 
direito é imperativo-atributivo - 
impõe deveres e reconhece 
direitos correlativos. 
Fala-se de unilateralidade na 
moral e de bilateralidade no 
direito (moral- não há ninguém 
a exigir o cumprimento das 
obrigações enquanto que no 
direito há) 
Crítica: há obrigações naturais 
cujo cumprimento não é 
judicialmente exigível, há 
normas cuja violação nem 
sempre é suscetível de sanção; 
4. Critério do motivo da ação: A 
moral é autónoma ( o autor da 
norma moral é a pessoa que lhe 
deve obedecer) e o direito é 
heterónomo (implica a sujeição 
a um querer alheio) 
Crítica: o imperativo moral é a 
expressão de algo 
intrinsecamente valioso e não 
de uma vontade, o direito tem 
também uma dimensão de 
autonomia porque sendo a 
vigência a base fáctica da 
validade esta desvanece-sequando aquela deixe a um certo 
grau. 
No entanto, não deixa de se 
poder afirmar que a dimensão 
da autonomia domina na moral. 
a moral é um imperativo 
categórico e, portanto, permite 
ao indivíduo que aprecie as 
circunstâncias fora das quais a 
norma não tem validade, a 
norma jurídica é hipotética, 
porque estabelece os 
pressupostos da sua aplicação 
5. Critério da forma ou dos meios: 
as normas Morais são 
incoercíveis o seu cumprimento 
só poderá efetuar-se 
espontaneamente, as normas 
jurídicas gozam de 
coercibilidade há a 
possibilidade de se recorrer à 
força para que sejam 
observadas 
Crítica: ordinariamente o direito 
é observado sem pensarmos na 
possibilidade da imposição pela 
força, a coercibilidade não 
constitui uma dimensão 
essencial das normas jurídicas 
porque nem todas têm sanção; 
e há normas cuja sanção não 
pode ser coativamente imposta 
6. Critério do mínimo ético: o 
direito é parte da moral armada 
de garantias específicas e 
indispensáveis a existência da 
paz, da liberdade e da justiça na 
sociedade, constitui, portanto, 
um círculo menos amplo da 
moral: o círculo maior 
 
 
representa as normas morais 
que o direito não protege e o 
mais pequeno o direito. Pode-
se afirmar que tudo o que é 
jurídico é moral, mas nem tudo 
que é moral é jurídico 
crítica: há normas jurídicas 
moralmente indiferentes 
(Circular pela direita de 
automóvel) E também há 
normas jurídicas contrárias à 
moral (art. 2194) 
 
As regras da moral não estão 
sujeitas a juízos de valor 
exteriores. 
 
 
As normas de trato social são usos de 
convencionalismos sociais destinados 
a tornar a convivência mais agradável, 
dirigem a maioria dos nossos atos 
Características: 
Impessoais- têm origem não numa 
vontade concreta, mas em usos de 
práticas sociais regularmente 
observadas 
Coativas- impõem-se através da 
pressão exercida pelo grupo social a 
que pertence e a sua inobservância é 
punida com várias sanções (ex. perda 
de dignidade) As normas de trato social 
não se confundem com as de moral, 
pois estas não exigem uma boa 
intenção 
 
 
Relações direito-trato social: 
- indiferença genérica entre os usos e o 
direito: os usos são práticas seguidas à 
margem do direito 
-relevância jurídica dos usos: os usos 
podem tornar-se juridicamente 
relevantes por força da lei (art 3/1) 
Trato social vs normas jurídicas: não há 
sanção quantificada. Não há tribunais 
Trato social vs normas morais: 
irrelevância da intenção, basta 
cumprimentar 
 
Critério Direito Moral 
Teológico Fim social: 
realização da 
justiça, para 
assegurar paz social 
Fim pessoas: 
realização plena 
do homem 
Perspetiva Foro externo: 
incide sobre a 
exterioridade. Lado 
externo/ estado 
Foro intimo: incide 
sobre a 
interioridade. 
Pensamentos, 
motivações 
Imperatividade Imperativo-
atributivo: 
(bilateral) – impõe 
deveres e 
reconhece direitos 
Imperativa 
(unilateral) 
Limita-se a impor 
deveres 
Motivo da ação Heterónomo: 
implica a sujeição a 
um querer alheio 
Autónoma: o autor 
da norma é a 
pessoa que lhe 
deve obedecer 
Forma/Meios Coercibilidade: 
possibilidade do 
recurso a força 
Não 
coercibilidade: não 
há recurso à força 
Minímo ético Círculo menor: tudo 
o que é jurídico é 
moral 
Círculo maior: nem 
tudo o que é moral 
é jurídico 
Ordem de trato social 
 
Características do direito: 
necessidade- A sociedade onde o 
Homem convive postula normas 
jurídicas que disciplinam o 
comportamento 
Alteridade- o direito não disciplina a 
conduta do homem isolado, mas sim 
em sociedade 
Imperatividade- o direito orienta as 
nossas condutas independentemente 
da nossa vontade, pois só assim 
cumprirá a sua função ordenadora 
indispensável à subsistência da 
sociedade 
Coercibilidade- suscetibilidade de 
recurso à força 
Exterioridade-comportamentos 
exteriores 
Estatalidade-criação e aplicação pelos 
órgãos do estado 
Sistematicidade-unidade, coerência 
 Definição de direito 
 
Dificuldade do conceito de direito 
1. Não se deve confundir lei, 
justiça e direito 
2. Uma coisa é o direito outra é a 
sua aplicação aos casos 
concretos 
3. Os juristas do ius romanum 
eram adversos ao uso de 
conceitos 
 
• O direito é a arte do bom e do 
justo 
• O direito é a própria coisa justa 
• A natureza do direito deve ser 
retirada da natureza humana 
• Direito positivo: conjunto de 
normas que são necessárias 
para a convivência humana e 
que se inspiram e fundamentam 
na ideia de justiça e têm na 
coercibilidade uma importante 
condição de eficácia 
 
É a faculdade ou poder reconhecido 
pela ordem jurídica a uma pessoa de 
exigir ou pretender de outra um 
determinado comportamento positivo 
ou negativo ou de produzir 
determinados efeitos jurídicos que 
inevitavelmente se impõem a outra 
pessoa 
TEORIA DA VONTADE (savigny e 
windscheid) 
O direito subjetivo é o poder da 
vontade reconhecido pela ordem 
jurídica- é a vontade juridicamente 
protegida(filosfia de kant) 
Críticas: 
Os menores e os deficientes mentais 
carecem de vontade e, todavia são 
titulares de direitos subjetivos 
As pessoas coletivas, que não possuem 
vontade humana também são titulares 
de direitos subjetivos 
Ordem jurídica 
Direitos subjetivos 
Há direitos, temporariamente, sem 
titular 
Se o pai morre antes de o filho nascer, 
este já tem direito de herdar após o seu 
nascimento 
Windscheid reconheceu as críticas e 
esclareceu que a vontade não é 
psicológica, mas sim jurídica 
TEORIA DO INTERESSE (Ihering) 
Os direitos subjetivos como interesses 
juridicamente protegidos Elementos: 
formal-tutela da lei; material-interesse 
Críticas: 
• O interesse é o fim do direito 
subjetivo, mas não se identifica 
totalmente com este 
• Pode existir direito subjetivo 
sem interesse 
• Há interesses juridicamente 
protegidos que não 
correspondem a direitos 
subjetivos 
Reação Ihering: O interesse não é do 
homem concreto, mas sim do homem 
médio 
Crítica: o interesse do homem médio 
pode não coincidir com o do homem 
concreto 
TEORIA NORMATIVISTA (Hans Kelsen) 
– O direito é a norma. O fundamento 
dos direitos subjetivos seria a própria 
norma jurídica 
 
Crítica: 
• Prevalência do formal sobre 
o material 
• Instrumentalização do 
direito pelos detentores do 
poder 
RECUSA DOS DIREITOS SUBJETIVOS 
(Karl Larenz)-Base: o homem só tem 
deveres. A comunidade nacional em 
que se integra determina a sua 
capacidade jurídica. Efeito: desaparece 
o homem-pessoa e fica a comunidade 
TEORIA NORMATIVO-INTEGRANTE 
(Castanheira Neves) – traduz o 
entendimento da participação pessoal, 
mas convoca também a comunidade, 
onde a autonomia individual se integra 
e realiza 
TEORIA DE ORLANDO DE CARVALHO: o 
direito subjetivo como um mecamismo 
de regulamento, tutelado pelo direito, 
que consiste na concreta situação de 
poder que se reconhece a uma pessoa 
em sentido jurídico de intervir 
autonomamente na esfera de outrem 
 
Traduz a faculdade ou poder, que a 
ordem jurídica reconhece a uma 
pessoa, de exigir ou pretender de outra 
um determinado comportamento que 
pode ser positivo(facere) ou 
negativo(non facere). Corresponde-lhe 
um dever de colaboração. 
 
 
Direitos subjetivos em sentido estrito 
eestrtir 
 
Faculdades ou poderes, reconhecidos 
pela ordem jurídica a cada pessoa de, 
por ato da sua livre vontade ou produzir 
um determinado efeito jurídico que 
inevitavelmente se impõe a outra 
pessoa, interferindo com a esfera 
jurídica alheia-obrigação de sujeição 
1. Constitutivo- criam uma nova 
relação jurídica 
2. Modificativos- modificam uma 
relação jurídica pré-existente 
3. Extintivos- Extinguem uma 
relação jurídica anterior 
 
Direito subjetivo: 
Inatos- os direitos que nascem com a 
pessoa ex.direitos de imagem 
Não inatos- direitos que se adquirem 
posteriormente ao nascimento 
ex.direitode propriedaded 
Essenciais- direitos indissoluvelmente 
ligados à pessoa ex. direitos de 
personalidade 
Não essenciais- direitos conceb´íveis 
sem a pessoa ex. direitos de crédito 
Pessoais- direitos que não podem ser 
reduzidos a um valor pecuniário ex. 
direitos de personalidade 
Patrimoniais- direitos susceptíveis de 
avaliação pecuniária ex. direitos de 
crédito 
Absolutos- direitos que se impõe à 
generalidade das pessoas, traduzem 
uma obrigação negativa de não agir ou 
agir, são poderes diretos e imediatos 
sobre uma coisa ex. poder paternal 
Relativos- direitos que se impõem 
apenas \ás partes e exigem a 
colaboração da pessoa que se obrigou 
através de um comportamento ex. 
direito de crédito 
Disponíveis- direitos que se podem 
desligar do seu titular (transmissíveis) 
ex. de propriedade e crédito 
Indisponíveis- direitos que não se 
podem desligar do seu titular ex. 
direitos de personalidade e de família 
Simples- direitos que se traduzem 
numa prestação e numa contra-
prestação especifica(obrigação) ex. 
contrato de depósito 
Complexo- direitos constituídos por 
uma multiplicidade de pretensões ex. 
direito de propriedade, 
responsabilidades parentais 
 
 
São direitos acompanhados de deveres 
– o titular não é totalmente livre de 
exercer essas faculdades, é também 
obrigado a atuar, porque em causa 
estão interesses que não são apenas 
seus; O titular não pode deixar de 
praticar as respetivas funções; não lhe 
corresponde uma prestação ou dever 
jurídico 
Direitos subjetivos potestativos 
Classificação 
Direitos de direção-poderes-deveres ou 
poderes funcionais 
Não são direitos subjetivos, nos 
subjetivos há liberdade de atuação 
 
 
Expectativas jurídicas- situação 
tutelada pelo direito, (a que não é 
protegida pelo direito - mera, simples, 
vã expectativa (ex. expectativa de 
casar com alguém)), uma expectativa 
jurídica está protegida pelo direito (ex. 
expectativa de herdar dos nossos pais) 
art 2194 - "É nula a disposição a favor 
do médico ou enfermeiro que tratar o 
testador, ou do sacerdote que lhe 
prestar assistência espiritual, se o 
testamento for feito durante a doença 
e o seu autor vier a falecer dela." - 
anula o testamento e protege a 
herança dos filhos 
Proteção jurídica- doação nula a favor 
de médico, enfermeiro, padre e 
testamento nulo a favor das mesmas 
pessoas. 
Faculdades em sentido estrito- 
faculdades primárias, elementares, 
possibilidades de agir. 
Direitos reflexos- direitos que provêm 
de obrigações dos outros art. 495 nº3 - 
"Têm igualmente direito a 
indemnização os que podiam exigir 
alimentos ao lesado ou aqueles a quem 
o lesado os prestava no cumprimento 
de uma obrigação natural." 
 
A justiça é a vontade constante e 
perpetua de atribuir a cada um aquilo 
que é seu (jurisconsulto romano 
ulpiano);O direito ou é justo ou não é 
direito 
justiça: 
impessoalidade - não é criada 
individualmente, mas sim em 
sociedade, realidade cultural 
dinamismo - a cultura transforma-se 
então também a justiça o faz 
alteridade - relações de nós com os 
outros 
Há a justiça formal e a material 
formal: incide sobre a forma - 
proporcionalidade ( entre o que damos 
e o que recebemos)e igualdade (tratar 
os casos iguais igualmente e os 
desiguais desigualmente) 
material: tem a ver com o conteúdo - é 
a sociedade em que nos movemos 
marcada pela solidariedade e co-
responsabilidade - justiça material - 
ponto de equilibrio entre o que a 
sociedade nos exige e o que lhe damos 
justiça comutativa ou corretiva - corrige 
as relações de desigualdade 
justiça distributiva - distribuição que o 
estado faz de determinados bens, de 
acordo com o critério da necessidade 
ou do mérito 
justiça geral ou legal - a justiça do 
direito publico,(quem tem mais 
rendimentos paga mais impostos), a 
nossa contribuição para a sociedade 
em função dos nossos rendimentos, é o 
contrário da distributiva 
 
A equidade é a resolução de conflitos 
jurídicos, assente na aplicação da 
justiça conforma as circunstâncias de 
cada caso concreto, opõem se à justiça 
geral. Não se confunde, mas também 
não é totalmente distinta da justiça; 
equidade- irracional, emocional; 
justiça- racional, fria 
Figuras afins 
Fins do direito 
Desempenha as seguintes funções: 
Dulcificadora: suavizar o rigor da lei e 
humanizar o direito em certos valores: 
benignidade, compaixão etc-o excesso 
de direito provoca grande injustiça 
Resolutótia ou decisória: decisão 
jurídica alternativa ao direito estrito 
Flexibilizadora: ajusta o direito ao caso 
concreto 
Interpretativo-aplicadora: fator a 
ponderar na interpretação( justiça do 
caso concreto) 
Integradora: fator a ponderar na 
integração de lacunas 
Corretiva: corrige, modifica ou 
restringe a lei, afastando as soluções 
injustas ou absurdas e apelando à ideia 
de justiça comutativa 
Art. 987, 988 
 
Segurança – é o outro fim do direito, 
visa garantir a paz, a tranquilidade e a 
segurança; Pode ser entendida no 
sentido de: 
Ordem imanente: garante a existência 
humana 
Conferir certeza ao direito e permite ao 
homem prever a planificar a sua vida 
Segurança perante o estado: impõe o 
respeito do Estado pela participação 
individual. É tutelada pelo princípio da 
legalidade; Separação de poderes 
(independência dos poderes legislativo, 
executivo e judicial);Direitos 
fundamentais ;Princípio da legalidade 
Segurança social: constitui a base 
material do sustento humano 
Segurança e justiça devem manifestar-
se em simultâneo, no entanto, existem 
institutos e princípios em que a 
exigência da segurança jurídica pode 
sacrificar a justiça: 
O princípio da ignorância da lei não 
escusa o seu cumprimento 
Caso julgado: garante o desfecho dos 
litígios; pode converter-se numa 
grande injustiça, no caso de existir erro 
judiciário ex.pena de morte 
Não retroactividade da lei: A lei só 
dispõem para o futuro daqui em diante 
Usocapião: segurança jurídica 
manifesta-se para impedir que se 
perpetuem situações de incerteza, se 
uma coisa fosse possuída por alguém 
que não é seu proprietário, o equívoco 
que esta situação poderia gerar não 
deixaria de causar graves prejuízos à 
segurança jurídica 
Prescrição: determina a extinção de 
direitos subjetivos quando não 
exercitados durante certo tempo fixado 
na lei, fundamenta-se na negligência do 
titular do direito que o não utiliza 
durante esse período de tempo 
Caducidade: extinção de direito por 
decurso de prazo: não sacrifica a justiça 
quando decorre da vontade. Das partes 
e não da lei 
Segurança jurídica

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