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FICHAMENTO: A Antiguidade tardia, queda do Império Romano e o debate sobre o fim do mundo antigo (MACHADO, Carlos Augusto Ribeiro)

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O conceito de Antiguidade tardia 
aparece no final do século XIX e início 
do século XX, especialmente dentro da 
obra Die Spätantike Kunstin-dustrie 
(1901) de Alois Riegl. 
O texto deixa claro que essa concepção 
de Antiguidade tardia positiva foi 
apoiada pela ideia de continuidade e 
que ela não implicou em uma renúncia 
das visões tradicionais que se tinha. 
Com o surgimento de uma nova área, 
questionamentos também foram 
levantados, o mais importante deles é 
como se a Antiguidade tardia é 
realmente um período histórico a ser 
reconhecido. 
 O autor aponta que historiadores 
sempre tiveram dificuldade de definir 
cronologicamente um marco que 
colocasse fim a Antiguidade. Em 
função disso, a teoria de uma 
Antiguidade tardia (que perdurou do 
século II ao VIII) e que é defendida por 
Peter Brown e Averil Cameron não é 
considerada absurda. 
O que suscita uma pergunta importante 
“até que ponto uma ‘crise’, 
caracterizada por diversos processos e 
elementos comuns, precisa ser 
observável ao mesmo tempo e do 
mesmo modo em todos os lugares para 
ser reconhecida como ‘geral’?” (pp. 89). 
Essa reflexão é extremamente 
importante para que possamos 
entender as bases teóricas que 
sustentam a argumentação de que de 
fato existiu uma Antiguidade tardia. 
O problema de se considerar uma 
Antiguidade tardia é que o período em 
que ela se coloca é tanto um momento 
de transição quanto um período 
histórico que possuiu suas próprias 
regras e que elas não podem ser 
simplesmente ignoradas. 
Ao se levar em consideração o período 
em que se encontraria a Antiguidade 
tardia esbarramos com questões 
ligadas ao Império Romano e é preciso 
que se considere que o mesmo era 
formado por várias culturas diferentes e 
que por este motivo não havia uma 
unidade dentro dele, o que significa que 
ele não pode ser visto como a 
expressão do mundo antigo já que isso 
colocaria toda a diversidade 
MACHADO, Carlos Augusto Ribeiro. A Antiguidade tardia, queda do Império 
Romano e o debate sobre o “fim do mundo antigo”. Rev. Hist. (São Paulo), n. 173, p. 
81-114. São Paulo. 2015. 
sociocultural que existia naquele 
período em cheque. 
 
Fichamento por: Jéssica Fernandes Mourão 
https://www.instagram.com/jessicafernands/ 
 
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