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eBook da Unidade 2 - Neuroeducação e Tecnologias Educacionais

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Prévia do material em texto

Aula 02
Formação 
profissional 
e tecnologias 
educacionais
Franciane Heiden Rios
Neuroeducação 
e Tecnologias 
Educacionais
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
FRANCIANE HEIDEN RIOS
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor 
FRANCIANE HEIDEN RIOS
Olá. Meu nome é Thalyta Mabel. Sou formada em Pedagogia, 
especialista em Tecnologias Educacionais e Educação Especial e Inclusiva, 
com Mestrado em Educação. Estou na Educação desde o início da minha 
vida profissional, cursei Magistério e daí já iniciei com estágios em escolar e 
nunca mais sai. Esse espaço rico de aprendizagens humanas me oportunizou 
pensar sobre diferentes questões e perceber as pessoas em suas diferentes 
necessidades. Durante dez anos fui servidora concursada, educadora e 
professora dos Municípios de São José dos Pinhais, Curitiba e Araucária. 
Atuei como supervisora do curso de Pedagogia da UNIVESP, Universidade 
Federal do Paraná e lecionei em diversas instituições de ensino superior, 
sempre no curso de Pedagogia e em disciplinas correlatas à Educação. 
Atualmente sou diretora pedagógica da CuriosaIdade, instituição que atua 
em parceria com redes de ensino para desenvolvimento de boas práticas 
educativas tendo como subsídio a perspectiva do Desenho Universal para 
a Aprendizagem. Acredito no princípio básico da inclusão e no respeito pela 
diversidade, portanto, escrever, palestrar, capacitar ou qualquer outra ação 
ou prática profissional relacionada ao tema são hoje meu foco de atuação. E, 
nesse cenário, as tecnologias são essenciais, afinal, elas são ferramentas que 
permitem superar barreiras e ampliar possibilidades no processo ensino-
aprendizagem. Porém, como todo processo relacional, é fundamental 
compreender que a tecnologia por ela só não significa transformação, é a 
ação do educador, do professor, do ser humano por trás dessa ferramenta 
que significa a condição humana. 
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
SUMÁRIO
Competências docentes na interface das tecnologias 
educacionais ......................................................................................... 12
Definição de competências .................................................................................12
Conhecimentos, habilidades e atitudes para a Alfabetização 
em Tecnologia ................................................................................................................. 15
Conhecimentos, habilidades e atitudes para o aprofundamento 
do conhecimento .........................................................................................................16
Conhecimentos, habilidades e atitudes para a criação do 
conhecimento ................................................................................................................. 18
Ação docente, ensino-aprendizagem e tecnologias 
educacionais ......................................................................................... 21
Ensino-aprendizagem e a ação docente .................................................21
Mediação e interação: caminhos para o ensino-
aprendizagem .................................................................................................................24
Intenção pedagógica e a significação da tecnologia 
educacional ...................................................................................................................... 26
Cidadania digital: a prática docente reflexiva .......................29
Tecnologias educacionais e a prática social ........................................29
Ética na formação docente .................................................................................32
Desenvolvimento profissional ....................................................... 35
Autonomia e formação inicial, continuada e permanente ......35
A prática pedagógica decorrente ..................................................................37
Bibliografia ............................................................................................. 42
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 9
UNIDADE
FORMAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
02
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais10
Você já tentou ensinar algo que não sabe? Suponhamos a 
seguinte situação a seguir. Existe um doce austríaco tradicional chamado 
de strudel que é um pouco parecido com um doce de massa folheada, 
quase que uma torta, quase que um rocambole. Se alguém pedisse para 
que você ensinasse uma turma a fazer esse doce? Você conseguiria sem 
ao menos ter algum dia da sua vida provado?
Por mais absurdo que exemplo possa parecer, ele nos diz 
muito sobre a formação de professores na relação com as tecnologias 
educacionais. O professor deve ser competente para, o professore 
precisa ensinar os alunos a, o professor isso, o professor aquilo... Quem 
ensina ao professor? Como ensinar ao professor? O que ensinar ao 
professor? 
É possível ensinar diferente se aprendemos da mesma forma? 
É possível inovar se a formação docente insistir em nos tratar como 
instrumentos para uma finalidade? É possível ser parte de algo quando é, 
no fim das contas, a tecnologia que recebe o destaque nas discussões?
Essas questões é que nos motivam no percurso da aprendizagem 
dessa Unidade 02 e na busca de respondê-las, falaremos sobre o 
conceito de competências docentes para as tecnologias sob a premissa 
da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência 
e a Cultura), tida como referência mundial. Avançaremos para a relação 
dessas com o processo de ensino-aprendizagem e a interferência da 
formação docente, avançando para as reflexões e críticas necessárias 
a essas proposições nos capítulos 3 e 4. E aí? Pronto para esse desafio? 
Vamos juntos?
INTRODUÇÃO
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 11
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 02 – Formação profissional e 
tecnologias educacionais. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento 
das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de 
estudos:
 • Identificar as competências esperadas dos professores na 
interface das tecnologias educacionais. 
 • Compreender a formação docente frente ao uso das 
tecnologias educacionais no processo ensino-aprendizagem.
 • Debater a necessidade da formação docente sob os princípios 
éticos e democráticos para a apropriação tecnológica. 
 • Identificar o potencial das tecnologias educacionais para a 
formação continuada e para o desenvolvimento profissional docente.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho!
OBJETIVOS
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais12
Competênciasdocentes na interface das 
tecnologias educacionais
Ao término deste capítulo você será capaz de identificar as 
competências esperadas dos professores na interface das tecnologias 
educacionais. Isto será fundamental para que você, em sua trajetória 
profissional, compreenda a necessidade da formação constante, em 
todas as áreas, principalmente, quando relacionada às tecnologias. 
O professor que não compreender que a principal competência do 
professor relacionada às tecnologias educacionais é o “perfil aprendente”, 
corre o risco de ficar desatualizado e, com isso, ter dificuldade de engajar 
seus alunos e cumprir seus objetivos de ensino. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Definição de competências
Para que, enquanto professores, possamos nos apropriar das 
tecnologias educacionais e, com isso, promover e fomentar situações 
significativas de ensino e aprendizagem para os estudantes, quais as 
competências que precisamos ter?
A princípio é necessário compreender o conceito de competência 
para que, assim, possamos significar as necessidades formativas ao 
professor que se define nesse cenário global e educacional. Em senso 
comum, a palavra competência é utilizada para indicar aquela pessoa 
que é qualificada para fazer/realizar algum serviço, em contraposição, 
temos o termo “incompetente” e todo o caráter depreciativo que ele 
carrega. Aqui, uma nova reflexão emerge: ao afirmarmos que é preciso 
determinadas competências aos professores na relação com as 
tecnologias educacionais, afirmamos que eles são “incompetentes”?
Por isso é necessário esclarecer o conceito de competência 
no cenário educacional, evitando essa polarização que marginaliza e 
deprecia o trabalho do professor e, consequentemente, desvaloriza a 
importância de sua figura frente à sociedade. Para Fleury e Fleury (2001), 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 13
competência avança do sentido de desempenho priorizado no senso 
comum para: 
[...] conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes (isto 
é, conjunto de capacidades humanas) que justificam um alto 
desempenho, acreditando-se que os melhores desempenhos 
estão fundamentados na inteligência e personalidade das 
pessoas. Em outras palavras, a competência é percebida 
como estoque de recursos, que o indivíduo detém. ]]
E, portanto, esses “estoques de recursos” em uma sociedade 
dinâmica ao extremo, com amplo avanço tecnológico, heterogênea 
em suas condições sociais, culturais e econômicas, ao falarmos de 
competências docentes na interface das tecnologias educacionais, 
falamos da “condição de aprendente” do professor. Assim, na tríade 
conhecimentos, habilidades e atitudes, o que determina as condições 
de “competência” do professor é sua condição para aprender, essa 
que não depende apenas da disposição individual do docente, mas, 
da promoção de políticas e ações formativas, questões que veremos a 
seguir.
É no processo formativo que o professor transcende a técnica 
e a teoria significando as tecnologias adquirindo novos saberes que: 
“[...] são transformados e passam a integrar a identidade do professor, 
constituindo-se em elemento fundamental nas práticas e decisões 
pedagógicas, sendo assim, caracterizados como um saber original”. 
(NUNES, 2001, p. 31). Esse processo é inacabado, constante e vital, afinal, 
conforme evidencia Imbernón (2010) é desse constante aperfeiçoamento 
que o professor tem a oportunidade de autoavaliação, aperfeiçoando 
seus conhecimentos, habilidades e repensando suas atitudes. 
Para isso, é fundamental compreender que não há receitas 
para a formação docente, pois, cada realidade é única e precisa ser 
contextualizada, entretanto, três competências podem ser destacadas: 
1. Utilização das tecnologias e suas potencialidades para apoiar o 
desenvolvimento social – alfabetização em tecnologia
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais14
2. Prover práticas que permitam aos estudantes agregar valor à 
sociedade – aprofundamento do conhecimento
3. Desenvolver práticas que possibilitem aos estudantes criar 
conhecimento e inovar – criação do conhecimento
Para isso, três elementos são fundamentais aos professores: 
conteúdos, habilidades e atitudes, que serão aqui referenciados a 
partir dos Padrões de Competências em Tecnologia da Informação e 
Comunicação-TIC para professores/UNESCO que apresenta uma matriz 
curricular com seis componentes do sistema educacional, são eles:
Figura 1 - Matriz Curricular – Competências em TIC/UNESCO. 
Fonte: Adaptado de UNESCO (2019) 
Política e Visão
TIC
Pedagogia
Desenvolvimento 
profissional e 
docente
Currículo e 
avaliação
Organização e 
administração
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 15
O Documento intitulado Padrões de Competência em TIC para 
professores em seu prefácio prevê: 
Para viver, aprender e trabalhar bem em uma sociedade 
cada vez mais complexa, rica em informação e baseada em 
conhecimento, os alunos e professores devem usar a tecnologia 
de forma efetiva, pois em um ambiente educacional qualificado, 
a tecnologia pode permitir que os alunos se tornem: usuários 
qualificados das tecnologias da informação; pessoas que 
buscam, analisam e avaliam a informação; solucionadores de 
problemas e tomadores de decisões; usuários criativos e efetivos 
de ferramentas de produtividade; comunicadores, colaboradores, 
editores e produtores; cidadãos informados, responsáveis e que 
oferecem contribuições. (UNESCO, 2009, p. 3).
Conhecimentos, habilidades e atitudes para 
a Alfabetização em Tecnologia
Com relação à Alfabetização em Tecnologia, diz respeito à 
competência inicial e mais básica na relação tecnológica. Ela prevê 
que o professor seja formado e capacitado para fomentar a melhoria 
das habilidades de alfabetização – tradicional e digital - por meio da 
variedade de recursos, ferramentas, equipamentos e programas 
disponíveis e acessíveis. 
Para isso, o professor precisa incluir práticas que empreguem a 
tecnologia e adicionem o desenvolvimento de habilidades relacionadas 
a ela aos contextos curriculares relevantes, o que requer dos professores 
a transformação de suas práticas pedagógicas. Será necessário que 
envolvam o uso de diversas tecnologias, ferramentas e conteúdo 
eletrônico como parte de todas as atividades da turma, do grupo e 
individuais. 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais16
Essas mudanças no perfil docente envolvem saber: onde, quando 
e se usar ou não a tecnologia no processo de ensino-aprendizagem e, 
consequentemente, no seu próprio desenvolvimento profissional. 
Essa primeira competência resulta em pouca mudança na 
estrutura social, exceto por, talvez, ao promover o acesso e integração 
dos recursos tecnológicos, contribuindo para a inclusão digital. Porém, é 
o passo inicial e, portanto, opera em conjunto com as demais. 
Conhecimentos, habilidades e atitudes para 
o aprofundamento do conhecimento
O aprofundamento de conhecimento diz respeito à competência 
de utilizar as tecnologias para solucionar problemas complexos e de 
alta prioridade em situações reais, em diferentes contextos. Para isso, é 
esperado dos professores conhecimentos que os permitam elaborar e 
utilizar atividades a partir de situações problemas, alterando o currículo 
mediante a necessidade do objetivo de ensino-aprendizagem. 
As habilidades aqui, também, centram-se no aprendizado 
colaborativo, com base em problemas e projetos, em que os alunos 
exploram profundamente uma matéria e levam seu conhecimento para 
enfrentar questões, problemas e situações rotineiras e complexas. 
SAIBA MAIS:
Você sabe o que é Pedagogia de Projetos? Como ela 
se estrutura? Qual sua proposta metodológica? Essas 
questões, quando respondidas, contribuem para entender 
um pouco mais sobre as competências esperadas do 
professor nesse cenário de trabalho colaborativo. Para 
avançar em conhecimento, indicamos a leitura do artigo: 
“Trabalhocom projetos para criar aprendizagem significativa 
para os alunos”, disponível em: https://novaescola.org.br/
conteudo/4938/trabalho-com-projeto-uma-alternativa-
para-criar-atividades-significativas-para-os-alunos 
https://novaescola.org.br/conteudo/4938/trabalho-com-projeto-uma-alternativa-para-criar-atividades-s
https://novaescola.org.br/conteudo/4938/trabalho-com-projeto-uma-alternativa-para-criar-atividades-s
https://novaescola.org.br/conteudo/4938/trabalho-com-projeto-uma-alternativa-para-criar-atividades-s
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 17
Outra questão importante aqui é a mudança na perspectiva do 
professor para o estudante. O ensino tem como foco o aluno, cabendo ao 
professor estruturar e propor as situações problemas. Essa perspectiva 
altera todas as demais relações da escola, desde a sala de aula ao 
processo avaliativo. 
Para tanto, as competências docentes esperadas são: “[...] a 
capacidade de gerenciar informações, tarefas-desafio e integração 
de ferramentas de programa abertas e aplicativos específicos da 
matéria com os métodos de ensino concentrados no aluno e projetos 
cooperativos, como forma de aprofundar o entendimento dos alunos 
sobre os principais conceitos, assim como suas aplicações para 
solucionar problemas complexos do mundo real. (UNESCO, 2019, p. 10)
Figura 2 - Cooperação, Articulação e mediação
Fonte: Pixabay
Ao utilizar as tecnologias educacionais para aprofundar 
conhecimento, os professores, criam e monitoram processos de 
colaboração individuais e colaborativos, em rede, o que contribui para 
sua auto-formação. 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais18
Conhecimentos, habilidades e atitudes para 
a criação do conhecimento
Na criação de conhecimento os professores devem ter 
competências que os permitam criar e desenvolver propostas que, 
além dos conteúdos, possibilitem o desenvolvimento das habilidades 
do século XXI, que são necessárias para criar novo conhecimento. Veja 
a Figura 3 a seguir. 
Figura 3 - Habilidades para o século XXI. 
Fonte: a autora.
Solução de 
problemas Comunicação
Experimentação 
criativa
Experimentação
Pensamento 
crítico
Colaboração
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 19
Assim, o professor é o “arquiteto” que estrutura as situações para 
que os estudantes apliquem essas habilidades e mediam as relações para 
que os estudantes possam adquiri-las. É a construção de comunidades 
de aprendizagens, com a participação ativa de todos na construção de 
seus próprios conhecimentos e do conhecimento coletivo. 
O professor pode deixar de ser um transmissor de saberes para 
converter-se em um formulador de problemas, provocador 
de interrogações, coordenador de equipes de trabalho, 
sistematizador de experiências e memória viva de uma 
educação que, em lugar de prender-se à transmissão, valoriza 
e possibilita o diálogo e a colaboração. (SILVA, 2003, p.100).
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais20
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que quando falamos sobre competências no campo da 
Educação, na relação com as Tecnologias Educacionais, 
falamos do conjunto de conhecimentos, habilidades e 
atitudes que justificam o desempenho dos professores, ou 
seja, é o estoque de recursos que ele tem. Esse que, diante 
de uma sociedade que muda rapidamente, é possível 
relacionar as competências docentes como a “condição de 
aprendente” do professor. Vimos que essa condição permite 
ao professor transcender a técnica e a teoria significando 
as tecnologias de acordo com sua realidade e adquirindo 
novos saberes que passam a integrar sua identidade. A partir 
dessa visão, vimos que não há “incompetência” na docência, 
pois, a condição “aprendente” é inacabado e constante, 
precisando ser repensado sempre, não havendo fórmulas 
prontas, apenas alguns caminhos a serem seguidos. 
Desses caminhos, vimos os Padrões de Competências em 
Tecnologia da Informação e Comunicação para professores/
UNESCO, que aponta três competências: alfabetização em 
tecnologia, aprofundamento do conhecimento e criação 
do conhecimento. A primeira que prevê ao professor 
sua formação para promoção de práticas melhores de 
alfabetização na integração tecnológica; a segunda, que 
diz respeito à competência de utilizar as tecnologias para 
solucionar problemas e, por fim, a terceira, que diz respeito 
às competências que os permitam aos professores criar 
e desenvolver propostas que, além dos conteúdos, 
possibilitem o desenvolvimento das habilidades do século 
XXI, fundamentais para criar novos conhecimentos e inovar. 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 21
Ação docente, ensino-aprendizagem e 
tecnologias educacionais
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender a 
relação da formação docente no processo de ensino-aprendizagem 
frente à apropriação das tecnologias educacionais. Isto é fundamental 
para compreender o porquê o professor escolhe esse ou aquele caminho 
em suas propostas. Desconhecer essa relação “esvazia” os sentidos 
e significados que permeiam o processo educacional e contribuem 
para manter práticas que, por vezes, não avançam para a formação 
integral dos estudantes e que limitam a formação do professor. E então? 
Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Ensino-aprendizagem e a ação docente
O processo de aprendizagem do professor, assim como todos os 
outros, é perpassado por diversos fatores, sendo necessário reforçar que, 
na relação com às tecnologias, apenas a existência e disponibilidade 
do recurso não resolve qualquer que seja o problema educacional. 
Para Barreto (2014, p.19) é o professor que “[...] de fato, defini a melhor 
tecnologia a ser usada e como ela pode ser útil na formação do aluno”. 
Para isso, o professor precisa conhecer a tecnologia da qual se apropria. 
IMPORTANTE:
As tecnologias educacionais convergem com “[...] um 
princípio formativo, é uma tarefa social e cultural que, sejam 
quais forem as transformações que experimente, continuará 
dependendo, antes de tudo, de seus componentes 
humanos, de seus ideais e valores” (BARRETO, 2011, p.77). 
Assim, as tecnologias estão diretamente ancoradas a esses 
ideais e valores, comungando com a proposta pedagógica 
atribuída pelo professor. 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais22
Para a escola se atribuí a função de formar intelectualmente as 
pessoas, oportunizando acesso e a apropriação do saber adquirido 
historicamente, de maneira sistematizada, bem como a construção de 
novos saberes (SAVIANI, 2003). Ainda, é nesse espaço que se fomenta 
a formação do pensamento crítico, instrumentalizando o sujeito para 
o exercício da cidadania e a transformação social. Dessa função da 
escola temos o conceito de Educação na qual se insere as tecnologias 
educacionais e que o professor às significa. Assim, no processo de ensino-
aprendizagem as tecnologias carregam em si: “[...] conhecimento e cultura” 
(ALVES, 2015, p.7), mediam interações para a formação dos sujeitos. 
Desse princípio, ao “[...] transmitir criticamente o conhecimento 
científico e cultural produzido pelo conjunto da sociedade [...]” (SÁ, 2007, 
p. 7), as tecnologias educacionais contribuem para a democratização do 
conhecimento, “[...] em favor dos diferentes grupos sociais, oportunizando 
às pessoas a participação no processo produtivo material e educacional” 
(SÁ, 2007, p. 02). 
Assim, as tecnologias educacionais quando apropriadas pelos 
professores aproximam o estudante dos conteúdos e efetivam uma 
das comunicações propostas e essenciais ao processo educacional. 
Comunicação que podemos entender como “[...] o ato de educar 
[...]” (FREIRE, 2009, p. 94), que se constituí em interação e resulta na 
transformação de que integra esse processo. 
Afinal, processo de comunicação é dinâmicoe, portanto, a 
educação "[...] não se faz de A para B ou de A sobre B, mas de A com B, 
mediatizados pelo mundo" (FREIRE, 2009, p. 97), resultando em um “[...] 
modelo pedagógico e comunicativo” (MARTÍN-BARBERO, 2014, p. 12). 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 23
EXPLICANDO MELHOR:
Compreender que as tecnologias educacionais 
estabelecem uma comunicação com os estudantes, um 
novo diálogo, é importante para que possamos entender 
como elas atuam, interferem e interveem no processo 
ensino-aprendizagem. Quando o professor propõe o uso 
de uma tecnologia em um momento de aprendizagem ele 
estabelece “seus” objetivos, mas, quando essa tecnologia 
chega nos estudantes, ele estabelece novos diálogos. Em 
uma perspectiva freiriana, o estudante estabelece seu 
próprio diálogo a partir de suas ideias, reflexões, opiniões, 
conceitos e análises. Diálogo permanente de buscas e 
trocas de saberes.
Porém, nesse sentido a formação docente para compreender essa 
relação e sua disponibilidade para atuar nesses diálogos são essenciais. 
É importante discutirmos e pensarmos sobre o hiato comunicativo 
que se faz presente no modelo de tradicional de educação que: “[...] nega 
a educação e o conhecimento como processos de busca” (FREIRE, 2009, 
p. 58). Como vimos anteriormente, essa superação é uma das premissas 
quando se discutem as competências necessárias aos professores no 
processo de apropriação tecnológica. 
A tecnologia educacional: “[...] não pode, portanto, ser concebida 
enquanto um monólogo passiva [...] Deve ser pensada de forma 
criativa e crítica, possibilitando a construção de conhecimento 
descentralizado e plural” (MARTÍN-BARBERO, 2000, p. 58). 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais24
Figura 4 - Comunicação e atividade com as tecnologias educacionais.
Fonte: Pixabay
É preciso, portanto, considerarmos a natureza da tecnologia, 
valendo-nos das relações e inter-relações que elas possibilitam enquanto 
meio promissor para de comunicação e, para tanto, a formação docente 
deve seguir a premissa de que: “ensinar não é transferir conhecimento, 
mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua 
construção” (FREIRE, 1996, p. 21). 
Mediação e interação: caminhos para o 
ensino-aprendizagem
Não podemos, portanto, no processo ensino-aprendizagem 
estabelecer “interações silenciosas” com as tecnologias educacionais. É 
preciso considerar o potencial dessas ferramentas para:
[...] para desenvolver projetos/programas que superem a 
reprodução e levem à produção ou à (re)construção do 
conhecimento numa perspectiva de emancipação e elevação 
cultural e moral (ética) dos cidadãos. (OLIVEIRA, 2003 apud 
SÁ, 2007, p. 46) 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 25
Assim, a formação docente necessita considerar que “[...] mais 
importante que a tecnologia é a mudança da organização [...] na prática de 
ensino que é consequência do uso dessa tecnologia” (MOORE, 2003, p. 3). 
Para isso, as tecnologias educativas devem ser pensadas para promover 
mediações e interações necessárias para a efetivação da comunicação 
e, consequente, do processo educativo. Esse que deverá possibilitar 
ao estudante relações entre os diversos conteúdos relacionados às 
tecnologias, permitindo a leitura do todo para a construção do diálogo 
e, assim, a construção do conhecimento. (MARTÍN-BARBERO, 2000). 
Esse diálogo é a interação que Andrade e Vicari (2011, p. 259) 
definem como parte: “[...] do processo de mediação que ocorre por 
meio de instrumentos [...] Ambos podem estar modelados [...] em toda e 
qualquer ferramenta que exerça a função de mediação”. 
IMPORTANTE:
Interação é a ação de estabelecer diálogo de forma ativa e 
consciente na qual “[...] cada um elabora e adiciona algo à 
contribuição de outra parte ou partes” (MOORE, 2003, p. 03). 
Figura 5 - Mediação, Interação e Comunicação. 
Fonte: Pixabay
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais26
Assim, as mediações estabelecidas pelos professores devem 
otimizar as interações aluno-conhecimento, buscando qualificar as 
relações que garantam os objetivos educativos e que promovam ao 
estudante, autonomia em relação ao conteúdo, à tecnologia e ao 
processo de construção de saberes. É a intenção pedagógica que 
significa a tecnologia. 
ACESSE:
Indicamos o acesso ao vídeo A formação de professores 
para uso das novas tecnologias, com a fala de Vera 
Cabral, ex-coordenadora da Escola de Formação de 
Professores da Secretaria Estadual de Educação de 
São Paulo, proferida durante o 5º Seminário Líderes em 
Gestão Escolar. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=j5iq23AQ2po
Intenção pedagógica e a significação da 
tecnologia educacional
A intenção pedagógica é, então, direcionada à apropriação 
tecnológica diante da demanda real observada pelo professor, 
dinamizando e qualificando o processo de ensino-aprendizagem. Para 
isso, quatro indicadores são essenciais: 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 27
Figura 6 - Quatro indicadores para a mediação tecnológica. 
Fonte: a autora. 
Conteúdo
Infraestrutura
Metodologia
Perfil
Desses indicadores é possível estabelecermos um roteiro de 
perguntas que orientam o planejamento didático do professor, sendo 
esse o primeiro elemento a ser elaborado na relação com a tecnologia: 
1. Conteúdo: Quais as tecnologias mais adequadas aos objetivos 
de ensino em relação ao conteúdo? 
2. Perfil: Quais as tecnologias mais adequadas ao perfil dos 
estudantes a quem se pretende ensinar esses conteúdos?
3. Infraestrutura: Quais as melhores soluções diante da 
infraestrutura e recursos disponíveis no espaço da escola?
4. Metodologia: Qual o melhor encaminhamento metodológico 
diante das expectativas de aprendizagem pretendida aos estudantes? 
Esses indicadores estão correlacionados e são fundamentais 
para os objetivos que propomos sejam atingidos, permitindo que 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais28
compreendamos o perfil global da tecnologia na relação do conteúdo 
com os estudantes. Ainda, desses indicadores vale a criatividade 
do professor e os caminhos que ela permitir. O importa é ampliar a 
interlocução do estudante com outros formatos e abordagens, ampliando 
seu repertório, o que permitirá a ele além da apropriação do conteúdo 
propriamente dito, competências e habilidades para comparar, analisar 
e tecer reflexões de maneira crítica. 
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter 
aprendido que o processo de aprendizagem do professor é 
perpassado por diversos fatores e adquirir conhecimentos 
é essencial para definir a melhor tecnologia a ser usada 
e como ela pode ser útil na formação do aluno. Vimos 
que para isso, a formação docente deve proporcionar 
conhecimento da tecnologia, avançando para seu princípio 
formativo enquanto tarefa social e cultural que nas quais os 
componentes humanos são os elementos fundamentais. 
Avançamos para compreender o papel da comunicação na 
relação com a educação, entendendo que o ato de educar 
se constituí em interação, sendo que ensinar não é transferir 
conhecimento. Vimos que a mediação e interação são os 
caminhos para o ensino-aprendizagem na relação com as 
tecnologias educacionais e, portanto, é preciso eliminar as 
interações silenciosas. Isso significa considerar na formação 
docente a mudança da organização na prática de ensino, 
afinal, intenção pedagógica é o que significa a tecnologia. 
E para tanto, vimos que quatro indicadores auxiliam o 
professor nesse processo: conteúdo, perfil, infraestrutura e 
metodologia. 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 29
Cidadania digital: a prática docente 
reflexiva
Ao término deste capítulo você será capaz de entender a necessidade 
da formação docente sob os princípios éticos e democráticos para a 
apropriação tecnológica. Esses conhecimentossão fundamentais para, 
principalmente, avançarmos na perspectiva da tecnologia educacional para 
a construção do conhecimento e inovação, afinal, desconhecer questões que 
regulam a sociedade da informação e que impactam nas relações humanas 
– seja no mundo virtual, seja no mundo real, impossibilita do professor de 
desenvolver um bom trabalho junto a seus estudantes. E então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Tecnologias educacionais e a prática social
Ao trabalharmos os elementos críticos como, por exemplo, violência, 
pornografia, crimes e outras condições da mazela social no mundo virtual 
ampliados em decorrência do advento da Internet, nos deparamos com 
uma esfera da formação docente que, no cenário tecnológico por vezes 
é um terreno a ser desbravado. Muito disso se deve ao que Freitas (2003, 
p.1.096) definiu como “abandono da categoria trabalho pelas categorias 
da prática, prática reflexiva”, que pode nos levar a uma simplificação das 
relações docentes e, consequentemente, o esvaziamento do trabalho 
do professor. Esse esvaziamento atinge todos os campos do trabalho do 
professor, inclusive sua formação e, consequentemente, a forma como ele 
irá promover o ensino e a aprendizagem, selecionando e se apropriando 
das tecnologias educacionais. O que nos permite pensar sobre, qual a 
posição que o professor ocupa na atualidade frente aos desafios que se 
apresentam nas relações tecnológicas?
Para Barreto (2009) referenciando André (2004), como base os 
documentos oficiais da educação nacional podemos identificar uma 
“comodificação” dos elementos pedagógicos, atribuindo à formação dos 
professores:
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais30
[...] inserir as diversas tecnologias da informação e das 
comunicações no desenvolvimento dos cursos de formação 
de professores, preparando-os para a finalidade mais nobre da 
educação escolar: a gestão e a definição de referências éticas, 
científicas e estéticas para a troca e negociação de sentido, 
que acontece especialmente na interação e no trabalho 
escolar coletivo. Gerir e referir o sentido será o mais importante 
e o professor precisará aprender a fazê-lo em ambientes reais 
e virtuais (ANDRÉ, 2004 apud BARRETO, 2009, p. 25). 
Ou seja, de um lado, a proposta formativa se abre para a 
diversidade, de outro, restringe a um padrão único. O trabalho docente é 
expandido e reduzido em constante contradição: ao mesmo tempo que 
se flexibiliza e se democratiza, se convive com o monopólio e o controle.
O que deveria ser proposto não é a “receita” e sim espaços para 
uma maior interação para a formação docente: da discussão, para o 
confronto, à produção de sínteses integradoras. 
DISCUSSÃO
 • das informações 
coletadas e dos 
processos vividos
CONFRONTO
 • dos diferentes 
percursos 
individuais
PRODUÇÃO
 • com vistas à produção 
coletiva de sínteses 
visando à produção 
coletiva de sínteses 
integradoras
Figura 7 - Espaços de interação
Fonte: Adaptado de Barreto (2009)
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 31
EXPLICANDO MELHOR:
Cada escola é única, assim como cada pessoa que está 
nessa escola, seja estudante, seja professor, é única. 
Há vários grupos, com suas diferenças e distâncias que 
faz do espaço de cada escola único e especial, local de 
“juntar” pessoas e produzir conhecimentos que pouco, ou 
quase nada, tem relação com competência técnica: bons 
professores podem sim ser exitosos no trabalho com a ética, 
cidadania, humanidade, empatia, entre outras, mesmo que 
sua “competência técnica” com o celular seja deficitária. 
É essa contradição que esse capítulo propõe e é por isso que 
optamos por desenvolvê-lo: para sempre ficarmos alertas as “fórmulas 
mágicas” relacionadas às tecnologias, subjulgando o professor e seu 
potencial de formação e transformação social. 
SAIBA MAIS:
Indicamos a leitura da entrevista de Anthony Salcito, VP 
de Educação Global da Microsoft, para a Revista Época 
que, entre outros temas, defende que é preciso celebrar 
papel do professor diante das transformações digitais. Uma 
afirmação que se destaca em sua fala é: “Não precisamos 
de tecnologias incríveis, mas de professores motivados”. 
Acesse em: https://epocanegocios.globo.com/Carreira/
noticia/2018/07/nao-precisamos-de-tecnologias-
incriveis-mas-de-professores-motivados.html
O que queremos efetivamente é destacar que o professor deve 
ser visto e respeitado enquanto profissional que atua e não considerado 
“instrumento para finalidade”: deve isso, para aquilo, etc. Assim, a 
formação é um exercício da cidadania e manter a lógica instrumental 
apenas contribui para “[...] uma espécie de apartheid educacional” 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais32
(BARRETO, 2009, p. 14), na qual estamos divididos assim como os 
estudantes em dois grupos: os incluídos e os excluídos, principalmente, 
ocupando a segunda posição, ao não conseguir significar a tecnologia 
e/ou acessar a informação que lhe faz sentido. 
Ética na formação docente
Assim, a ética passa a ser objetivo formativo a ser alcançado, 
porém, como se formar um profissional ético para além de conceitos?
SAIBA MAIS:
Você sabe o que é ética? E moral? E valores? Você sabe 
como esses três elementos se relacionam? Para responder 
essas questões, ninguém melhor que Mario Sérgio Cortella 
em uma de suas clássicas entrevistas. Acesse em: https://
www.youtube.com/watch?v=2gVCs2fIILo
Os conhecimentos relacionados à ética devem ser rigorosos e 
coerentes. Para Vasquez (1998):
[...] didaticamente, costuma-se separar os problemas teóricos 
da ética em dois campos: no primeiro os problemas gerais e 
fundamentais (como liberdade, consciência, bem, valor, lei e 
outros) e no segundo, os problemas específicos, de aplicação 
concreta, (como os problemas de ética profissional, de ética 
política, de ética sexual, de ética matrimonial, de bioética, etc.). 
É um procedimento para fins didáticos e acadêmicos pois, na 
vida real eles não vêm assim separados (VASQUEZ, 1998, p. 06).
Na ética reside a condição do respeito e com isso o professor, 
quando em formação, passaria a reconhecer a diversidade de 
pensamento que compõe sua prática, resultado de processos de 
https://www.youtube.com/watch?v=2gVCs2fIILo
https://www.youtube.com/watch?v=2gVCs2fIILo
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 33
colaboração e não de imposição do de pontos de vistas externos que 
podem limar a curiosidade e a autonomia no processo de construção de 
conhecimento do docente. 
Não haveria exercício ético-democrático, nem sequer se 
poderia falar em respeito do educador ao pensamento 
diferente do educando se a educação fosse neutra – vale 
dizer, se não houvesse ideologias, política, classes sociais. 
Falaríamos apenas de equívocos, de erros, de inadequações, 
de “obstáculos epistemológicos” no processo de 
conhecimento, que envolve ensinar e aprender. A dimensão 
ética se restringiria apenas à competência do educador ou da 
educadora, à sua formação, ao cumprimento de seus deveres 
docentes, que se estenderia ao respeito à pessoa humana dos 
educandos (FREIRE, 2001, p. 38-39).
Portanto, a formação docente na relação com a ética se direciona 
para uma formação integral atendendo os aspectos pessoais e globais 
para o exercício da cidadania. E, portanto, o processo de incorporação 
das tecnologias nas ações docentes guia professores para uma 
educação libertadora e humanista, na qual homens e mulheres imergem 
na construção do conhecimento, se tornando sujeitos da condução de 
sua própria aprendizagem, ou seja, um sujeito participativo e responsável 
pela sua própria construção, deixando de lado o sujeito passivo para 
se tornar autônomos e cidadãos democráticos do saber, exercendo a 
cidadania digital. 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais34
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu otema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve 
ter aprendido que em decorrência do advento da 
Internet há uma nova esfera na formação docente que 
precisa ser esclarecida e repensada para que a profissão 
“professor” não seja esvaziada de seu sentido. Vimos 
que esse esvaziamento decorre, muitas vezes, pelos 
discursos e propostas “prontas” de formação para e com 
as tecnologias educacionais destinadas aos professores 
que, ao mesmo tempo que flexibilizam as oportunidades 
de conhecimentos e conteúdos, restrigem a autonomia do 
professor frente a eles, limitando suas ações à reprodução 
de “receitas”. Assim, refletimos sobre a importância de que 
a formação do professor seja pautada pela da discussão, 
avance para o confronto e resulte na produção de sínteses 
integradoras. Esse caminho que permite ações efetivas em 
termos personalizados e, com isso, garantiriam o respeito 
aos processos vividos, dos diversos percursos individuais 
e resultariam em conhecimentos compartilhados. Vimos 
que o objetivo desse capítulo foi de apresentar um 
contraponto em um cenário que muitas vezes destaca a 
tecnologia em detrimento do professor, sendo que é esse 
o que “faz a diferença” e deve ser respeitado e não ser visto 
como “instrumento para finalidade”. Avançamos dessas 
discussões para a necessidade da formação ética que, 
ao reconhecer a diversidade de pensamento resultando 
em processos de colaboração e não de imposição do que 
ele – o professor – e seu ponto de vista em relação à sua 
curiosidade se estenderia ao respeito à pessoa humana em 
exercício da cidadania digital.
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 35
Desenvolvimento profissional
Ao término deste capítulo você será capaz de identificar o potencial 
das tecnologias educacionais para a formação continuada e para o 
desenvolvimento profissional docente. Conhecer essas potencialidades 
é fundamental para entender que, em se tratando de tecnologia, não 
haverá um “ponto de chegada”, “um ponto de conclusão” no processo 
de aprendizagem e formação do professor, afinal, a sociedade muda 
e demanda novas soluções que são atendidas via tecnologia, que 
“ingressam” nas relações de ensino-aprendizagem, em um ciclo infinito. 
Sem percepção dessa condição, o professor corre o risco de perder 
oportunidades de aprender, inovar e transformar sua prática, a si mesmo, 
suas relações e a sociedade. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
Autonomia e formação inicial, continuada 
e permanente
Quando falamos de formação docente seja em qualquer oferta 
– inicial, continuada ou permanente -, falamos do desenvolvimento 
profissional do professor, ação essencial não apenas quando se trata das 
tecnologias educacionais. Muitas são as possibilidades e abordagens 
que essa formação é proposta e efetivada, mas, é possível sistematizá-
las em dois grandes grupos: aquelas que buscam a aquisição de 
conhecimentos e aquelas que buscam ofertar apoio profissional. 
Para Marcelo (1999) as ofertas relacionadas com a aquisição de 
conhecimentos podem ser entendidas como uma espécie de treino 
profissional. Nessa perspectiva, na interação com conteúdos pré-
desenvolvidos por especialistas, espera-se que os professores adquiram 
conhecimentos e desenvolvam competências sobre determinados 
assuntos. 
No modelo de apoio profissional, a busca vai além da aquisição: 
espera-se que o professor planeje e desenvolva seu percurso formativo. 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais36
Para tanto, privilegia-se o trabalho cooperativo, colaborativo, a troca de 
experiências e a avaliação por pares. 
Desses dois modelos gerais, podemos ampliar as possibilidades 
de formação em outras cinco ofertas: 
Figura 8 - Modelos de desenvolvimento profissional. 
Fonte: Adaptado de Simonian (2018). 
Autônomo
Reflexivo
Investigação
Desenvolvimento 
curricular
Cursos de 
formação
 • O professor decide como, para que e o modelo da 
formação. 
 • Considera o professor autosuficiente para dirigir seu 
processo de aprendizagem.
 • Os seminários são exemplos desse modelo.
 • Modelo baseado na reflexão, observação e 
supervisão. 
 • Consiste da escrita, análise e reflexão de casos. 
 • A supervisão com profissionais mais experientes é um 
exemplo desse modelo. 
 • Propõe o desenvolvimento de projetos de inovação 
curricular.
 • Os professores planejam, adaptam, implementam e 
avaliam os projetos. 
 • Consiste no treinamento por meio de atividades 
propostas por especialistas. 
 • O professor é visto como um pesquisador. 
 • Propõe a pesquisa e a reflexão. 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 37
Fundamentalmente o que nos cabe evidenciar em relação a 
esses modelos é que, como o professor “se forma” é também aprendido 
para “formar”, ou seja, a experiência formativa vivida pelo professor irá 
repercutir em sua prática pedagógica. 
REFLITA:
Se a vivência formativa do professor for tradicional, imóvel, 
em caráter de recepção de informações, estática e nesse 
processo não houver momento de construção, elaboração 
e ação, poderá esse professor, em decorrência dessas 
vivências, promover outras experiências à frente de suas 
turmas?
A prática pedagógica decorrente
Portanto, é fundamental a compreensão da complexidade que 
a formação docente resulta na identidade do professor, principalmente 
sobre como “se ensina” a partir de como “se aprendeu”. Afinal, como 
aponta Zabala (1998, p.16) “[...] a estrutura da prática docente obedece 
a múltiplos determinantes, tem sua justificação em parâmetros 
institucionais, organizativos, tradições metodológicas [...]”. 
Assim, a formação docente deve ser planejada com a 
intencionalidade focada na transformação, na educação liberadora, 
voltada para que o professor entendido com um sujeito histórico 
que produz e é capaz de se apropriar do conhecimento de forma 
significativa exerça sua condição crítica, para que possam aprender e, 
consequentemente ensinar: 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais38
IMPORTANTE:
“[...] a realidade como algo concreto, bem como perceber 
que há vínculos entre os meios e os fins da educação. 
Desse modo, professor e alunos buscam nas atividades 
didáticas pedagógicas um significado e uma finalidade, 
além dos métodos e técnicas fechadas em si mesmas, 
estabelecendo vínculos entre a teoria e a prática” (VEIGA, 
2007, p. 160). 
ACESSE:
Indicamos que você acesse e assista a palestra do professor 
António Nóvoa, reitor honorário da Universidade de Lisboa, 
que no dia 31 de maio de 2017, no evento organizado 
pelo SinfprofNH, falou sobre os “Desafios do Trabalho e 
Formação Docentes no Século XXI”. 
Acesse em: https://www.youtube.com/watch?v=sYizAm-j1rM 
Portanto, as formas como se “forma” e se capacita o professor 
devem considerar as demandas relacionadas à sociedade e 
inegavelmente, as mudanças que tanto se cobra desse profissional 
em sua prática pedagógica. É necessária convergência entre oferta e 
cobrança, sendo fundamental a: “[...] diversificação dos modelos e das 
práticas pedagógicas atuais instituindo novas relações dos professores 
com o saber pedagógico e científico. Assim, os professos têm de se 
assumir como produtores da sua profissão, articulando com as escolas 
onde desenvolvem suas funções e os projetos nelas em ação.” (KULLOK, 
2000, p. 16). 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 39
Figura 9 - Para pensar além. 
Fonte: Pixabay
Essa ideia de que para fazer é necessário experimentar não é 
novidade, já discutimos essa essência quando se trata do processo de 
ensino-aprendizagem dos estudantes, portanto, nada mais justo que na 
formação docente essa condição também seja respeitada e fomentada. 
Moran (2012) afirma:
[...] aprendemos mais quando estabelecemos pontes entre a 
reflexão e a ação, entre a experiência e a conceituação, entre 
a teoria e a prática, quando ambas se alimentam mutuamente. 
(MORAN, 2012, p. 12)
Essa relação óbvia muitasvezes é esquecida e em decorrência 
retornamos a crítica feita: o professor passa a ser “instrumento para algo”, 
perdendo nesse processo o sentido necessário entre a teoria e a prática 
frente a seu contexto e a necessidade de transformação social, extirpa-
se o pensamento reflexivo que possibilita essas transformações e que 
possibilitaria novas experiências e novos saberes. 
Assim, a consciência da prática pedagógica não avança. A ação 
docente passa a reproduzir modelos: acesse, avance, faça, etc. E, 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais40
aos poucos o significado desse caráter instrucional na relação com a 
tecnologia se perde e o professor cada vez menos se pergunta: por que 
acessar? Por que avançar? Por que fazer? Essas reflexões não significam 
dizer que o professor não irá fazer o uso da tecnologia, mas que, ao 
fazer seu uso, estará se apropriando dessa tecnologia e refletindo sobre 
ela em sua prática pedagógica. É o desafio constante do professor em 
“[...] repensar sua intervenção pedagógica, buscando dinamizá-la e/ou 
reestruturá-la para que o aprendizado se efetive”. (BRITO, 2006, p. 46). 
Figura 10 - Eterno repensar. 
Fonte: Pixabay
Para tanto, a formação docente no cenário tecnológico deve, 
como brilhantemente aponta Freire (2006, p.22) fomentar “A reflexão 
crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática 
sem a qual a teoria pode ir virando blablablá e a prática, ativismo”. 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais 41
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que quando falamos de formação docente falamos do 
desenvolvimento profissional do professor que é essencial 
não apenas quando se trata das tecnologias educacionais. 
Vimos que é possível sistematizar a oferta dessas formações 
em dois grandes grupos: aquelas que buscam a aquisição 
de conhecimentos e aquelas que buscam ofertar apoio 
profissional. Que o primeiro grupo privilegia a aquisição 
de conhecimentos podem ser entendidas como uma 
espécie de treino profissional, esperando que o professor 
adquira conhecimentos e desenvolva competências 
sobre determinados assuntos. Já o segundo, espera que 
o professor planeje e desenvolva seu percurso formativo, 
portanto, faz como que ele “coloque a mão na massa” 
individualmente e em grupo. Destacamos que a proposta 
da formação é fundamental pois, como o professor “se 
forma” interfere em como ele “forma” os outros, assim, 
sua experiência frente a formação continuada interfere 
em sua prática pedagógica. Portanto, aprendemos que é 
necessário planejar e promover formações docente com 
intencionalidades de transformação, com perspectiva 
libertadora, capaz de instrumentalizá-lo para apropriação 
do conhecimento de forma significativa para que, com 
isso, ele possa exercer sua profissão de forma crítica. Afinal, 
na relação com as tecnologias educacionais espera-se 
que esse professor “ensine os preceitos da criticidade” 
aos estudantes, mas, em sua formação pouco se propõe 
a isso, por vezes. Por fim, vimos que essa transformação 
na proposta de formação docente é fundamental para 
que reflexão transforme teoria e prática em uma unidade 
indissociável. 
Neuroeducação e Tecnologias Educacionais42
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