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Estudos de Mendel sobre hereditariedade 1. EXPERIMENTOS MONO-HÍBRIDOS Mendel promoveu diversos experimentos com ervilhas, para estudar a herança de características, como exemplo disso, tem-se o cruzamento mono-híbrido (uma única característica analisada) de ervilhas puras, altas e baixas, para investigar a herança da altura. As sementes produzidas por esse cruzamento foram cultivadas, produzindo híbridos (F1), todos altos, observando um aparente desaparecimento da característica anã na prole F1. Para investigar a constituição hereditária dos híbridos F1, Mendel deixou que as plantas se alto fecundassem. Desse modo, a 2ª prole ou geração F2 – gerada a partir da autofecundação – possuía plantas altas e baixas em uma proporção 3:1 (três altas para 1 baixa). Para explicar esses acontecimentos, Mendel deduziu que os híbridos F1 tinham um fator genético “escondido”, ao qual ele chamou de recessivo nas plantas baixas, que era mascarado por outro fator dominante, nesse caso, para altura elevada. Além disso, Mendel concluiu que os fatores recessivos e dominantes eram separados e novas combinações eram formadas quando as plantas híbridas se reproduziam, o que possibilitou a explicação do reaparecimento da característica para baixa estatura na geração F2. Outra conclusão também foi obtida por Mendel durante seus estudos; que os genes existem em pares, o que atualmente pode ser explicado do seguinte modo: as plantas puras/parentais utilizadas possuíam duas cópias idênticas de um gene (Cópias=alelos). Ou seja, eram diploides (cromossomos homólogos) e homozigotas, mas durante a meiose, essas cópias são separadas transformando-a em haploide, o número diploide, então, somente é reparado durante a formação do zigoto, que no caso da geração F1, recebe um dominante e outro recessivo, de cada planta parental, gerando uma estrutura diploide e heterozigota. Ou seja, dois alelos diferentes (alto e baixo) para a mesma característica (altura). Mendel ainda constatou que quando esse mesmo processo ocorre em plantas parentais com alelos diferentes (heterozigotas), os zigotos produzidos podem apresentar uma nova proporção, pois durante a fecundação tanto zigotos que contêm alelos somente dominantes, somente recessivos ou híbridos podem ser formados. Atualmente os fatores, assim chamados por Mendel, são denominados genes e as formas dominante e recessiva são denominados alelos, o que nada mais é que formas alternativas de um gene. Para melhor explicar seus experimentos, Mendel optou por utilizar símbolos para diferenciar os alelos de cada gene estudado, para os dominantes ele utilizava letras maiúsculas (ex.: AA) e nos recessivos, letras minúsculas (ex.: aa) – as letras representantes normalmente são as iniciais da característica recessiva. Para as plantas Homozigotas dominantes para uma determinada característica, como por exemplo as plantas parentais utilizadas na análise mono-hibrida pra altura, era utilizado “DD”, pois elas tinham dois alelos dominantes, do mesmo modo, as plantas que tinham características recessivas eram representadas por “dd”. Na geração F1, por ser fruto do cruzamento de ambas as plantas homozigotas recessiva e dominante parental, eram representadas como, “Dd”, já que as plantas parentais contribuíram igualmente para a prole. Na segunda geração esse tipo de classificação acaba sendo bem mais abrangente, pois durante a meiose gametas “D e d” podem ser produzidos e ainda durante a fecundação, zigotos DD, Dd, dD e dd podem surgir. Outro ponto importante são os aspectos genótipicos e fenótipicos, pois mesmo que o genótipo seja heterozigoto – presença de ambos os alelos recessivo e dominante – somente o dominante aparece no Fenótipo (aparência), no caso dos indivíduos heterozigotos. Com as análises mono-híbridas feitas por Mendel descobriu-se: a) O princípio da dominância: Em um heterozigoto, um alelo pode ocultar a presença de outro. Esse princípio é uma afirmação sobre a função genética. Alguns alelos controlam claramente o fenótipo mesmo quando estão presentes em uma única cópia. b) O princípio da segregação: Em um heterozigoto, dois alelos diferentes segregam-se um do outro durante a formação dos gametas. Esse princípio é uma afirmação sobre a transmissão genética. Um alelo é transmitido fielmente à próxima geração, mesmo que esteja presente com um alelo diferente em um heterozigoto. A base biológica desse fenômeno é o pareamento e a subsequente separação de cromossomos homólogos durante a meiose. 2. EXPERIMENTOS DI-HÍBRIDOS Mendel também fez análises simultâneas para duas características, um exemplo, é o estudo feito com sementes amarelas lisas e verdes rugosas, nesse caso, ele tinha o objetivo de analisar a herança da cor e textura dessas sementes e se elas eram transmitidas de forma independente ou não. Assim como nos estudos feitos para análise da herança da altura, Mendel escolheu plantas parentais puras, sedo que uma possuía sementes amarelas e lisas e a outra, verdes rugosas. Desse modo, então, ele fez o cruzamento entre elas e na geração F1 – originada dessa fecundação – todas as plantas tinham sementes amarela e lisa, Mendel concluiu que as mesmas tinham características dominastes sobre as sementes verdes e rugosas, ele, então, permitiu que houvesse autofecundação nessas plantas e a geração F2 resultante, tinha tanto a presença de sementes Amarelas lisas como a de sementes verdes e lisas, amarelas e rugosas e verde rugosa, as quais apareciam em uma proporção 9:3:3:1. Com esses resultados entendeu-se que cada característica (cor e textura) era controlada por um gene diferente (um gene controla a textura e outro a cor) com dois alelos, e os dois genes tinham herança independente. Para organizar melhor seus experimentos ele designou cada gene com uma letra maiúscula ou minúscula (assim como no mono-híbrido), no entanto, os dois genes eram utilizados juntos, no caso da parental: VV RR ou vv rr. Desse modo, os zigotos formados eram Vv Rr, originado a primeira geração, já na geração F2, uma grande variedade de características poderia aparecer, pois os gametas formados pela F1 poderiam ser VR, Vr, vR, vr, o que contribuía para uma grande variedade de zigotos. Os resultados desses experimentos levaram-no a um terceiro princípio essencial: a) os alelos de diferentes genes são segregados, ou como dizemos às vezes, distribuídos, de maneira independente uns dos outros. Referências: Snustad, D. Peter, 1940- Fundamentos de genética I D. Peter Snustad, Michael J. Simmons; tradução Cláudia Lúcia Caetano de Araújo. - 6. ed . -Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013 . 1. EXPERIMENTOS MONO-HÍBRIDOS
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