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Introdução a INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA

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SEMANA DE INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
Erros fatais dos farmacêuticos em interações medicamentosas
1. Confiar nas interações de:
· Bulas
· Livros
· Sites aleatórios na internet
Por mais que o site tenha respaldo cientifico, faltam informações. Procurar informações e pesquisas mais robustas.
2. Não levar em consideração a RELEVÂNCIA CLÍNICA da interação.
Ex: AAS + Clopidogrel
Hidroclorotiazida + enalapril
Enalapril + ASS
Porque são interações que existem mas não são relevantes na prática clínica
Pode ser dividida em 3 tipos: (severidade)
Depende do estado clínico do paciente
· Alta ou maior = preocupação
· Moderada = alerta
· Baixa = atento mas não se preocupar muito (raramente vai se manifestar)
3. Não saber o que é para monitorar e o que é para intervir
Muitas vezes ela é um beco sem saída. Nem toda interação a gente tem com intervir, as vezes só pode monitorar
Considerar o risco x benefício
4. Deixar de considerar os estudos sobre interações:
· In vitro?
· Relato de caso?
· Ensaios clínicos?
· Revisões sistemáticas com metanálise?
Não pesam risco x benefício, os tipos de estudo, saber ponderar
5. Fazer intervenções erradas e se queimar com a equipe de saúde
Quando o médico perguntar o que deve ser feito ficar “e agora, o que eu faço?”
Acontece quando não se tem uma base de conhecimento e pesquisa boas.
Estudar muito bem o caso antes de fazer a intervenção
· O que causa?
Pessoas hospitalizadas.
Grande oportunidade: se capacitar e aprender sobre interações medicamentosas. De criar um sistema de saúde melhor, ajudar pessoas, crescer na profissão.
Código certificação aula 1: zAe20bscX
Trabalhando com interações da maneira correta
De onde obter informações confiáveis sobre interações medicamentosas
· Micromedex drug int. (pago, mas o melhor)
· UpToDate (também é pago mas ótimo também)
· Medscape (gratuito mas não tão completo assim)
· Drugs.com (gratuito)
Drugs.com: clicar em Interentions Checker, lá dentro ele já seleciona as interações levando em conta também a relevância clinica dela. 
Buscar o nome em inglês. Ele cruza os dados. Ir para a aba profissional
Gestão, manejo, conduta clínica: o sistema sugere o que fazer, mas tem que avaliar
A clínica é soberana 
Gerenciamento: sempre olhar se teve atualização. Em baixo tem as referências, pode conversar com o autor.
Se pega associação contraindicada ou gravidade alta, ver se as referências, tem que comunicar o prescritor pra ele reavaliar (SUGERINDO POSSIVEIS ALTERAÇÕES)
Perguntar se a interação medicamentosa está acontecendo (anamnese). Se SIM, avisar o prescritor. Se NÃO estiver acontecendo: monitorar com frequência o paciente. Com: Exames laboratoriais, se tem sintomas, sinais físicos e queixas do paciente. Se SIM, teve alteração do quadro, comunicar ao prescritor. Se NÃO, monitorar com frequência
O fluxo sugerido, não substitui a perícia do profissional.
VER SE TEM ALTERNATIVA TERAPEUTICA SE PODE DIMINUIR A INTERAÇÃO
Olhar sempre a situação clínica
Código da segunda aula: EstouSeguro10
Análise completa dos tipos de interações com casos clínicos
Correlação com a clínica
· Tipos de interação 
Medicamento x Medicamento
Medicamento x Alimento
Medicamento x Álcool (etanol contido em bebidas)
Medicamento x doença
· As interações medicamentosas podem ser maléficas. Ex: o uso de tetraciclina com antiácidos e alimentos lácteos podem promover quelação do antibiótico, fazendo com que o mesmo seja excretado nas fezes sem produzir o efeito terapêutico.
· Também podem ser benéficas. Ex: penicilinas + probenecida: a probenecida interfere na secreção tubular renal das penicilinas, aumentando a concentração plasmática das mesmas. Logo, tem-se um efeito antibacteriano acentuado das penicilinas. 
· Diferentes situações clínicas podem exigir condutas diferentes para uma mesma interação
· Casos clínicos 
Anlodipino 5mg (1-0-0)
Sivastatina 40 mg (0-0-1)
1. Passo 1: Checar as interações no sistema (drugs.com)
Caso 1: Júlia, 45 anos, contadora na cidade de São Paulo. Descobriu que é hipertensa recentemente, com hipertensão estágio 1 e risco cardiovascular baixo. Também possui dislipidemia (perfil lipídico ta ruim). Resultados dos últimos exames de perfil liídico: Colesterol total = 230 mg/dL, HDL = 63 mg/dL, LDL = 137 mg/dL e TG = 150 mg/dL
Caso 2: Sr. Manoel, 76 anos, aposentado e residente no Rio de Janeiro. Sofreu um infarto há 4 meses, com implanta de stent (mola que coloca no coração) não-farmacológico
Ele faz uso de: anlodipino 5mg, sinvastatina 40 mg, clopidogral 75 mg, enalapril 20mg, AAS 100 mg.
Interpretação tem que mudar
Julia: 
Baixo risco cardiovascular (precisa de 40 mg de sinvastatina?)
Pode diminuir a dose de sinvastatina para 20 mg e compensar com mudança de estilo de vida
Acompanhar perfil lipídico (farmacêutico pode pedir exame para avaliar a farmacoterapia)
Acompanhar CPK, aparecimento de mialgia (se houver alteração pensar na mudança da estatina)
Sr. Manoel
Alto risco cardiovascular (precisa de estatina de alta potência segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia)
Não pode diminuir a dose da sinvastatina para 20 mg
Porém: pode substituir a sinvastatina por atorvastatina (menos efeito de interação) presente no componente especializado, se o paciente for atendido no SUS, ou a rosuvastina (menos lipofílica, menos chance de ter mialgia e dor muscular) se o paciente tiver condições para comprar
Pesar na balança o risco x benefício
FLUXO SUGERIDO, NÃO SUBSTITUI A PERÍCIA DO PROFISSIONAL
Os dados devem ser correlacionados com a clínica do pacienta
Código aula 3: amoSC10

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