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Assédio Sexual no Ambiente de Trabalho

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jusbrasil.com.br
14 de Setembro de 2021
Assédio Sexual no Ambiente de Trabalho
Resumo
Este trabalho tem como objetivo analisar o Assédio Sexual no ambiente de
trabalho desde o conceito, que é pacífico pela doutrina e jurisprudência,
cuja conduta está expressamente elencada na norma penalista, e como esse
crime afronta os princípios fundamentais da Magna Carta, em destaque o
princípio da dignidade da pessoa humana e o princípio da liberdade sexual.
Dessa forma tem como finalidade trazer as modalidades de assédio sexual,
suas características e os meios de provas admissíveis no direito, que
possam ser utilizados para comprovar tal fato. Sucedendo que os males
causados pelo assédio sexual nem sempre são de fácil percepção e
superação, ocasionando traumas na vítima cujos reflexos podem influenciar
em sua vida social, surgindo daí a necessidade de estabelecer formas de
combate de maneira mais eficaz, para que o assediador não fique impune e
o assediado possa ver a imediata resposta ao ato lesivo, para que possa
conduzir sua vida com sensação de justiça feita. Trata-se de um trabalho
descritivo que tem conceitos e princípios constitucionais do assédio sexual,
bem como decisões dos tribunais
1. Introdução
O Código Penal prevê em seu artigo 216-A, a tipificação do crime de assédio
sexual, no entanto, o texto configura apenas o crime que quando praticado
por agente que prevalece de sua condição de superior hierárquico
constrange alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento
sexual.
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28003933/artigo-216a-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
O assédio sexual é uma prática ilícita, tipificado como crime, que acontece
em diversos ambientes de trabalho. Tratando-se de situações vexatórias e
constrangedoras, o que acaba tornando-se oculta nos meios de publicação,
bem como dificilmente se exterioriza para o âmbito jurídico.
Vale destacar que não se fala em assédio sexual apenas em relações
hierárquicas de empregador e empregado, ocorrendo também entre colegas
de trabalhos e clientes.
O presente trabalho tem como objetivo enfatizar os direitos fundamentais
da pessoa humana e a igualdade que é destacada na Constituição Federal de
1988, a fim de demonstrar que o assédio sexual no ambiente de trabalho é
uma afronta a tais direitos e ao mesmo tempo propor uma solução para
esse crime que faz incontáveis vítimas.
2. Conceito de Assédio Sexual.
Assédio sexual é o constrangimento da pessoa com o intuito de receber
vantagens ou favorecimentos de cunho sexual, praticado pelo superior
hierárquico ou ascendências inerentes ao exercício de emprego, cargo ou
função como descreve o Artigo 216-A do Código Penal, visando o verbo
constranger, assim constrangendo a vítima a se submeter à vontade do
assediador para a concretização do ato.
Ainda, nas palavras de PINTO:
“De acordo com pesquisas, o crime de Assédio Sexual, em sua maioria, é
praticado por, gerentes, supervisores e diretores de empresas, que utilizam
de seu poder formal para pressionar uma funcionária a ter, com ele ou
terceiros, relações sexuais.” (Pinto, 2000. Pg. 24)
Nas palavras de BARRETO:
“O assédio sexual no trabalho requer a presença do constrangimento
praticado pelo agente contra qualquer pessoa, valendo-se da sua condição
de superior hierárquico da vítima, com o intuito de obter vantagem ou
favorecimento sexual. É importante que se destaque bem o tipo penal, haja
vista que não se confunde com outras atitudes impertinentes, insistências
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28003933/artigo-216a-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
inoportunas praticadas no ambiente de trabalho ou em razão deste, sem a
presença necessária da superioridade hierárquica ou a promessa de
vantagem sexual em troca de favorecimento na empresa.” (Barreto, 2018.
Pg. 20)
Para conceituarmos assédio sexual o entendimento doutrinário encontra-se
sedimentado. Para a Organização Internacional do Trabalho – OIT, o
conceito é “A conduta de natureza sexual, manifestada fisicamente, por
palavras, gestos ou outros meios, proposta ou impostas a pessoas contra
sua vontade, causando-lhe constrangimento e violando sua liberdade
sexual”.
A Lei Nº 10.224, de 15 de maio de 2001, introduziu no Código Penal, no
Capítulo de Crimes contra a Liberdade Sexual, o crime de assédio sexual
com a seguinte redação:
Artigo 216-A:Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de sua condição de
superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício do emprego,
cargo ou função.
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
Diferente do que se pensa o assédio sexual não acontece somente como
tendo seu agente ativo o homem e o passivo a mulher, sua incidência
necessita que o agente se prevalecendo de sua condição de superior
hierárquico ou ao exercício de emprego, função ou cargo, constranja
alguém com o objetivo de obter vantagem ou favorecimento sexual.
No contexto do ordenamento civil, existe o dever de reparação de danos
causados à vítima, nesse sentido, BITTAR, diz:
“O lesionamento a elementos integrantes da esfera jurídica alheia acarreta
ao agente a necessidade de reparação de danos provocados. É a
responsabilidade civil, ou obrigação de indenizar, que compele advindas da
ação violadora, ressarcindo os prejuízos de ordem moral ou patrimonial,
decorrente de fato ilícito próprio, ou de outrem a ele relacionado.” (Bittar,
1994. Pg. 561)
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/100583/lei-10224-01
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
CARDONE diz o seguinte sobre o conceito de assédio sexual:
“A atitude de alguém que, desejado obter favores libidinosos de outra
pessoa, causa a esta constrangimento, por não haver reciprocidade (...). Se
assédio é insistência, para que exista o comportamento que estamos
pretendendo definir, necessário se torna que haja frequentes investidas do
assediador junto à pessoa molestada, em artigo intitulado.” (Cardone, 1994.
Pg. 393)
Como bem pontua o autor LIPPMANN:
“É o pedido de favores sexuais pelo superior hierárquico, [...] com
promessa de tratamento diferenciado em caso de aceitação e/ou ameaças,
ou atitudes concretas de represálias, no caso de recusa, como a perda do
emprego, ou de benefícios. É necessário que haja uma ameaça concreta de
demissão do emprego, ou da perda de promoções, ou de outros prejuízos,
como a transferência indevida, e/ou pela insistência e inoportunidade. É a
“cantada” desfigurada pelo abuso de poder, que ofende a honra e a
dignidade do assediado. [...] Enfim, o assédio caracteriza-se por ter
conotação sexual, pela falta de receptividade, por uma ameaça concreta
contra o empregado.” (Lippmann, 2002. Pg. 22/23)
A Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência
contra a Mulher, Convenção de Belém do Pará, adotada no Brasil, em 9 de
junho de 1994, no Vigésimo Quarto Período Ordinário de Sessões da
Assembleia Geral, tal Convenção foi o primeiro tratado internacional de
proteção aos direitos humanos das mulheres a reconhecer expressamente a
violência contra a mulher como um problema generalizado na sociedade.
Com base no tema exposto, apresenta-se aqui o artigo 2º da Convenção,
que:
Artigo 2º. Entende-se que a violência contra a mulher abrange a violência
física, sexual e psicológica: a. ocorrida no âmbito da família ou unidade
doméstica ou em qualquer relação interpessoal, quer o agressor
compartilhe, tenha compartilhado ou não a sua residência, incluindo-se,
entre outras formas, o estupro, maus-tratos e abuso sexual; b. ocorrida
na comunidade e cometidapor qualquer pessoa, incluindo, entre outras
formas, o estupro, abuso sexual, tortura, tráfico de mulheres, prostituição
forçada, sequestro e assédio sexual no local de trabalho, bem como em
instituições educacionais, serviços de saúde ou qualquer outro local; e c.
perpetrada ou tolerada pelo Estado ou seus agentes, onde quer que ocorra.
Portanto, constitui-se em um padrão de violência específico, baseado no
gênero, que cause, morte dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à
mulher.
Ainda que o assédio sexual tenha sua previsão legal no Código Penal, seu
conceito vem a cada dia mais se estabelecendo em outros ramos do direito,
em especial na área trabalhista, onde se vê cada dia mais demandas que
visam rescisões contratuais e reparações civis pelos ilícitos causados e
sendo que nem sempre atende na mesma proporção à ofensa sofrida pela
vítima.
3. MEIOS DE PROVA
Os meios de provas que devem ser utilizados pela vítima devem ser meios
legais, não só os determinados na nossa Constituição Federal ou nas
normas infraconstitucionais, mas utilizando também os moralmente
legítimos para provar o fato alegado.
Os principais meios de provas utilizados são: testemunhal, documental,
gravação e também o pericial.
A prova testemunhal nada mais é do que o depoimento de um terceiro que
possa ter presenciado ou ter conhecimento do fato.
Temos também a prova documental ao qual podem ser bilhetes, convites, e-
mails, etc.
Nas palavras de DONIZETTI, em seu artigo sobre Prova Documental:
Documento é a prova histórica real, consistente na representação física de
um fato. Em sentido lato, documento compreende não apenas os escritos,
mas também desenhos, pinturas, mapas, fotografias, gravações sonoras,
filmes, por exemplo. (Donizetti, 2015)
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
Por fim, temos a prova pericial ao qual consiste em exames, vistoria ou
avaliação.
Tais provas se tratando de assédio moral são de difícil constatação, pois se
trata de danos psicológicos, não cabendo à realização de exames de
matérias como os mencionados acima. Já no assédio sexual, podemos
utilizar várias das provas acima citadas para comprovar o assédio sofrido
pela vítima.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho buscou avaliar a questão do assédio sexual no
ambiente de trabalho e suas modalidades, seu conceito no âmbito penal,
bem como sua conceituação no Artigo 216-A no Código Penal e na área
trabalhista. E o fato desse tema ter tido grande relevância na área laboral,
razão pela qual passou a ser matéria de discussão para a doutrina.
Ao falarmos do conceito de assédio sexual, podemos identificar não
somente o objetivo do seu regramento, mas também os elementos que o
constituem. Verificamos também o seu combate, numa ferramenta para a
proteção e efetivação dos direitos e garantias fundamentais previstas na
Constituição Federal.
O assédio sexual atenta contra a dignidade da pessoa humana e outros
direitos e garantias fundamentais pertencentes ao ser humano como a
liberdade sexual, assim afligindo a honra e moral da vítima, devendo o
assediador, responder por suas atitudes no âmbito penal e trabalhista.
No entanto para que o assediador responda por suas atitudes, é necessário
que a vítima provoque o judiciário, e que de fato demonstre a conduta
lesiva que sofreu, porém sua demonstração é de difícil comprovação, sendo
que o assédio ocorre sempre nas escuras, ou seja, são escassos os meios de
comprovação.
A sanção para quem comete assédio sexual é aplicada pelo artigo 216-A,
sendo a pena de um a dois anos, tal artigo veio com o intuito de acabar com
a prática do ato descrito pelo legislador, primeira providência a ser tomada
para que haja punição ao assediador é a comunicação dos fatos para
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/28003933/artigo-216a-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/188546065/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
autoridade competente, entretanto o assédio nem sempre é punido, pois
muitas vezes a vítima se cala, por vergonha de expor o fato e ser
desacreditada ou por medo de alguma ameaça que tenha sofrido pelo
assediador.
Esse crime abrange outras áreas do direito não somente penal e trabalhista,
como dentro da esfera civil, cabendo a indenização de reparação por danos
morais, no qual o valor será postulado por aquele que julgar a causa.
O empregador deveria ter zelo pelo ambiente de trabalho, não aceitando
que ocorra tal constrangimento na sua empresa, assim garantindo a todos
os seus funcionários a devida proteção legal.
Empresas poderiam fazer apresentações sobre o tema, ao qual demonstre
as responsabilidades em que o assediador terá que arcar com a prática do
delito, na esfera penal e trabalhista, dando orientações às pessoas que
sofreram ou sofrem esse tipo de crime que elas podem denunciar sem
coação alguma, mostrando que terá todo apoio, evidenciando que o
interesse da empresa é visar pelos seus empregados e tutelando as suas
garantias fundamentais.
Para a concretização do assédio, pode ser na forma verbal, escrita ou gestos
que levem a vítima a se sentir constrangida.
As empresas deveriam adotar normas de segurança para garantir a todos os
funcionários a devida proteção e que o judiciário passe a tomar medidas
mais severas, dando a devida sanção para aquele que comete o ato, sendo
os mesmo, responsabilizados pela reparação de danos morais ou prejuízos
ao qual veio acarretar contra a vítima.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARRETO, Marco Aurélio Aguiar. Assédio Sexual e os Limites
Impostos pela Tipificação Penal e Outras Abordagens de Apelo
Sexual no Ambiente de Trabalho.
BRASIL, Decreto-Lei nº 2.848 de 07 de dezembro de 1940. CÓDIGO
PENAL
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
PINTO, Welington Almeida. Assédio Sexual no Ambiente de
Trabalho, disponível em:
https://www.passeidireto.com/arquivo/5068554/welington-almeida-
pinto-assedio-sexual-no-ambiente-de-t....
BITTAR, Carlos Alberto. Curso de direito civil. 1 ed. Rio de Janeiro:
Forense, 1994.
CARDONE, Marly. in artigo O "Assédio Sexual" Como Justa Causa”.
publicado no "Repertório IOB de Jurisprudência", n.º 23/94
LIPPMANN, Ernesto. Assédio Sexual nas relações de trabalho:
prevenindo indenizações caras após a Lei 10.224/2001. ADCOAS
Trabalhista. Ed Esplanada. Ano III. Mar. 2002. Vol. 27
Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a
Violência contra a Mulher Convenção de Belém do Pará.
Disponível em
http://www.cidh.org/Basicos/Portugues/m.Belem.do.Para.htm
DONIZETTI, Elpídio. Artigo Prova Documental. Disponível em
https://portalied.jusbrasil.com.br/artigos/439824815/prova-documental
Disponível em: https://paulajanainadosreis.jusbrasil.com.br/artigos/780919006/assedio-sexual-no-
ambiente-de-trabalho
https://www.passeidireto.com/arquivo/5068554/welington-almeida-pinto-assedio-sexual-no-ambiente-de-trabalho
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/100583/lei-10224-01
http://www.cidh.org/Basicos/Portugues/m.Belem.do.Para.htm
https://portalied.jusbrasil.com.br/artigos/439824815/prova-documental

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