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Per-Operatório - Equipe cirúrgica, instrumentação e campos cirúrgicos - Habilidades Cirúrgicas

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1 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina 
 
 
Habilidades Cirúrgicas I | Aula 3 – Equipe cirúrgica, instrumental 
cirúrgico, montagem de mesa cirúrgica, sinalização, preparo do campo 
operatório e colocação dos campos cirúrgicos | UC 16 
EQUIPE CIRÚRGICA 
Anestesista 
• Responsável por promover a analgesia. 
• Mantém os parâmetros fisiológicos do paciente (função cardíaca e respiratória, drogas 
e administração de fluidos intravenosos). 
• É quem inicia a cirurgia e solicita sua suspensão ou interrupção na vigência de risco de 
vida. 
• No final, fiscaliza e orienta a recuperação anestésica até que o operado tenha condições 
de manter seus reflexos vitais. 
Cirurgião 
• Responsável pela intervenção, realizando as manobras básicas da cirurgia. Secciona as 
estruturas, faz hemostasia e promove a síntese dos tecidos até o término do ato 
cirúrgico. 
• Coordena o trabalho de toda a equipe e escolhe os colaboradores de acordo com 
afinidade. 
Assistente (1º auxiliar, cirurgião 
assistente) 
• Coloca o enfermo em posição adequada na mesa e prepara o campo cirúrgico. 
• Responsável pela ajuda ao cirurgião e deve ter um grande conhecimento da cirurgia a 
ser executada. 
• Deve ser capaz de antecipar os tempos cirúrgicos e de substituir o cirurgião com seus 
impedimentos. 
• Tem certas obrigações, como o controle da hemorragia, ajudar na exposição, e fazer as 
ligaduras, sem a solicitação do cirurgião. 
Instrumentador 
• Manter o instrumental limpo de sangue. 
• Ordenar o instrumental na mesa cirúrgica. 
• Antecipar os movimentos do cirurgião e assistente, alcançando o material sem 
solicitação. 
• Separar o material contaminado. 
• Preparar as suturas. 
• Fazer a limpeza após a cirurgia. 
• Em intervenções mais complexas, 
existe, ainda, o 2º assistente. 
 Colabora com as manobras de 
afastamento, permitindo o 1º assistente 
maior liberdade de ação, podendo ele 
também realizar pinçamento dos vasos, 
tendo maior facilidade para executar os 
nós de sutura. 
 
 
 
 
 
Per-Operatório – Equipe, Instrumental e Sinalização 
 
2 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina 
TEMPOS CIRÚRGICOS E INSTRUMENTAL CIRÚRGICO 
• O instrumentador deve montar a mesa de acordo com sua 
preferência e esta varia de acordo com a operação. 
• Normalmente a mesa fica oposta ao cirurgião e perpendicular 
a maca. 
• Por vezes uma mesa auxiliar pode ser utilizada (mesa de Mayo). 
• Deve seguir a ordem dos tempos cirúrgicos. 
• Hastes devem estar direcionadas para quem vai usar o 
instrumental. 
• A apresentação deve sempre ser firme para certeza de que o 
objeto foi definitivamente entregue. 
• Instrumental deve ser devolvido a posição original. 
• Instrumentador deve tentar prever os passos da cirurgia e 
antecipar o pedido dos instrumentos. 
DIÉRESE 
• INCISÃO: feita com instrumentos de corte, que secciona os tecidos moles por meio de uma lâmina produzindo ferimento inciso 
(ex: bisturi elétrico ou raio laser). 
• SECÇÃO: ato de cortar com tesoura, serra, lâmina afiada, bisturi elétrico, laser, ultra-som ou micro-ondas. 
• DIVULSÃO: separação dos tecidos com pinça, tesoura, tentacânula, afastadores etc. 
• PUNÇÃO: por meio de um instrumento perfurante, com várias finalidades, como: drenagem de coleção líquida das cavidades 
ou do interior de órgãos, coleta de fragmento de tecido e de líquidos orgânicos para exame de diagnóstico, ingestão de contraste 
e medicamentos. 
• DILATAÇÃO: usada para aumentar o diâmetro de canais e orifícios naturais, ou de trajetos fistulosos. 
• SERRAÇÃO: realizada por meio de serra, especialmente em cirurgia óssea. 
 
 
 
 
 
Tempos cirúrgicos 
Diérese Manobra destinada a criar descontinuidade 
nos tecidos. 
Hemostasia Manobra destinada a evitar ou estancar uma 
hemorragia. 
Preensão Função de pinçar e prender órgãos viscerais. 
Exposição Expor o campo, para melhor visualização da 
operação. 
Exérese Retirada de algo do corpo, podendo ser 
tecidos ou órgãos. 
Síntese Reaproximação dos tecidos visando a 
cicatrização. Ex: sutura. 
Especial Varia de acordo com a especialidade 
cirúrgica. 
Instrumentos de diérese 
• Instrumentos de corte: bisturi, serra, tesoura, 
rugina, cisalha, faca, costótono, bisturi elétrico, 
osteótomo, goiva. 
• Instrumentos de divulsão: pinça hemostática, 
tesoura, afastador, tentacânula. 
• Instrumentos de punção: trocarte, agulha de 
veres. 
• Instrumentos de dilatação: vela de hegar, 
beniqué. 
• Instrumentos auxiliares: pinças de dissecação, 
pinças de tração ou preensão, afastadores 
(dinâmicos e estáticos). 
BISTURI 
O bisturi clássico, denominado escalpelo (lat. scalpellu) ou bisturi de lâmina fixa é pouco usado nos dias 
de hoje; deu lugar aos cabos de bisturi que utilizam lâminas descartáveis. Os cabos mais utilizados são: 
1. Cabo nº 3 - Utiliza lâminas menores, que possibilitam incisões mais críticas, delicadas (nº 10, 11, 12, 
15). 
2. Cabo nº 4 - Utiliza lâminas maiores, são mais usados em procedimentos em grandes animais (nº 20, 21, 
22, 23, 24, 25). Bisturi, cabos. 
 
 
3 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESOURAS 
Podem ser denominadas pelo nome de seus idealizadores, geralmente as tesouras são classificadas de 
acordo com a forma das extremidades de suas lâminas, que podem ser Rombas ou Finas. Das suas 
possíveis combinações, derivam as tesouras: 
• Romba-Romba (RR), 
• Fina-Fina (FF) 
• Romba-Fina (RF). 
Estes instrumentos são encontrados nas versões Reta (R) e Curva (C). 
Na rotina cirúrgica são usadas as tesouras de MAYO, na versão RRR, para fáscias e corte de fios. Também 
as tesouras de METZENBAUM, para a diérese mais delicada de tecidos e que, por serem mais longas e 
finas, são bem utilizadas em cavidades, alcançando estruturas mais profundamente situadas. 
Tesoura Metzenbaum Reta e Curva 
 
Tesoura Mayo Reta e Curva 
 
• Mayo geralmente é usada em tecidos mais resistentes e fios. 
• Tesoura de Mayo Reta – são projetadas para cortar os 
tecidos do corpo próximo à superfície de uma ferida. Também 
são utilizadas para o corte de suturas. 
• Tesoura de Mayo Curva – permite a penetração mais 
profunda na ferida do que as retas, cortes mais grosseiros. 
Serve para cortar tecidos grossos, como aqueles encontrados 
nos músculos torácicos, útero e membros. 
• A tesoura Metzebaum normalmente é utilizada para 
dissecção. 
• É mais delicada que a Mayo. 
• Proporção clássica: 1 terço cortante para 2/3 de haste. 
• Variação: Metzenbaum-Nelson. 
• Com Vídea: corte mais preciso. 
• Quando o cirurgião pedir uma tesoura a 1ª escolha será a 
Metzenbaum Curva. 
 
4 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina 
HEMOSTASIA 
Hemostasia temporária Hemostasia definitiva 
• Executada no campo 
operatório (cruenta) ou a 
distância (incruenta), com 
instrumentos preensores, 
dotados de travas, 
denominados pinças 
hemostáticas. 
• Tipos de hemostasia 
temporária: pinçamento, 
garroteamento, ação 
farmacológica, parada 
circulatória com 
hipotermia ou oclusão 
endovascular. 
• Quase sempre cruenta e 
interrompe para sempre a 
circulação do vaso sobre o 
qual é aplicada. 
• Tipos de hemostasia 
definitiva: ligadura, 
cauterização, sutura, 
obturação, 
tamponamento. 
• Instrumentos: pinças 
hemostáticas curvas 
(traumáticas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PINÇA DE 
HALSTEAD 
• Pinça hemostática pequena, de ramos 
prensores delicados, prestam-se muito 
bem para pinçamento de vasos de menor 
calibre, pela sua precisão. 
• É totalmente ranhurada na parte prensora. 
Encontradas nas versões reta ou curva. 
• Também chamada pinça mosquito ou 
mosquitinho. 
PINÇA KELLY 
• Apresenta tipos curvos ou retos, com 
serrilhado transversal (ranhuras)em 2/3 da 
garra, com 13 a 15 em de comprimento. 
• OBS.: as hemostáticas apresentam formato 
semelhante ao da tesoura, diferindo-se 
delas pela presença da cremalheira entre as 
duas argolas, que permite o fechamento do 
instrumental de forma auto-estática com 
diferentes níveis de pressão de fechamento. 
• Em quase tudo é semelhante à de Crile, com 
exceção das ranhuras da sua parte prensora, 
que ocupam apenas 2/3 da sua extensão, 
com pequenas variações para mais ou para 
menos dependendo do fabricante. 
KELLY RETA 
KELLY CURVA 
HALSTEAD 
CURVA 
HALSTEAD 
RETA 
As pinças de Crile apresentam ranhuras em 
toda face interna, enquanto as Kelly 
apresentam ranhuras apenas até a metade de 
sua face interna. Por esse motivo, a escolha do 
tipo de pinça determina a segurança da 
hemostasia a ser realizada 
 
5 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PINÇA DE 
CRILE 
• Possuem ranhuras transversais em toda a extensão da sua parte preensora. Isto lhe confere utilidade 
também no pinçamento de pedículos, quando a pinça é aplicada lateralmente, não sendo utilizada a 
extremidade. 
• Por ser totalmente ranhurada, não desliza, fixa-se muito bem às estruturas que compõem o pedículo. 
Tamanhos variam entre 14-a 6 cm, nas versões reta ou curva. 
CRILE RETA CRILE CURVA 
PINÇA DE 
KOCHER 
• Semelhante às de Crile, as pinças de Kocher 
têm a face interna da sua parte preensora 
totalmente ranhuradas no sentido transversal. 
Diferem por possuírem "dente de rato" na sua 
extremidade, o que se por um lado aumenta 
muito a sua capacidade de prender-se aos 
tecidos, por outro a torna muito mais 
traumática. 
• São apresentadas em tamanhos variados, retas 
ou curvas. Ela é considerada uma pinça de 
tração para manusear tecidos rígidos, como 
aponeurose. 
PINÇA DE 
COLLIN 
• Pontas com formato de coração, com 16 a 23 
em de comprimento; utilizadas para 
pinçamento de vísceras ocas. Suas garras 
apresentam um formato mais arredondado do 
que as garras da pinça Foerster. 
KOCHER 
CURVA 
KOCHER 
RETA 
PINÇA DE 
DURVAL-
COLLIN 
• Formato triangular, com dentes ou serrilhados 
pequenos e delicados nas três faces do 
triângulo, com 18 a 25 cm de comprimento; 
também utilizadas para preensão de vísceras 
ocas. 
COLLIN 
DURVAL-
COLLIN 
 
6 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÍNTESE 
• Aproximação das bordas de tecidos seccionados ou ressecados. 
Facilita as fases iniciais do processo de cicatrização, a fim de que a 
continuidade tecidual seja reestabelecida. 
• Sutura manual e sutura mecânica. 
• Instrumentos utilizados na sutura manual: agudas (retas, curvas e de 
cabo), pinças, porta agulhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTA-AGULHA 
• Necessário da reconstrução, principalmente 
cavidades, oferece conforto ao cirurgião e 
melhor condução da agulha curva. 
• Agulha tem que estar firme para realizar 
passagem única pelos tecidos. 
• São de uso corrente os porta-agulhas de 
cabo tipo pinça (MAYO e HEGAR). E os que 
se fixam em cremalheiras (MATHIEU). 
 
PINÇA 
ANATÔMICA 
• Instrumento de preensão. 
• Possui ranhuras paralelas. 
PINÇA DENTE 
DE RATO 
• Diferentemente de anatômica, 
possui 3 pontos de fixação ao 
invés das ranhuras. 
PINÇA DE 
FOERSTER 
• Retas ou curvas, com 18 a 25 em de 
comprimento; para preensão de vísceras ocas; 
permitem que seus ramos permaneçam 
afastados, mesmo ao se encaixarem os 
primeiros dentes da cremalheira. 
• Suas garras são mais elipsoides quando 
comparadas com as garras da pinça Collin. 
FOERSTER 
 
7 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS.: lembrar que pinça 
anatômica gera mais lesão a pele 
do que a dente de rato, devido à 
quantidade de ranhuras, mas a 
pinça dente de rato não deve ser 
utilizada em vasos. 
PINÇA ADSON 
• São pinças delicadas, com ou sem dentes em 
suas pontas – reta ou anguladas - de grande 
utilização em operações estéticas e com 12 cm 
de comprimento. 
ANATÔMICA 
DENTE DE RATO 
AGULHAS 
• São utilizadas na reconstrução, com a finalidade 
de transfixar os tecidos, servindo de guia aos fios 
de sutura. 
• A ponta da agulha é de fundamental importância, 
deve favorecer a penetração adequada no tecido, 
com o mínimo de traumatismo. 
• As pontas devem ser cilíndricas ou cortantes. 
• Agulhas são retas, curvas e de cabo. 
• Agulhas traumáticas: diferença de diâmetro 
entre a ponta e corpo da agulha do fio. 
• Agulhas atraumáticas: fio montado de mesmo 
diâmetro da agulha (orifícios de entrada e saída 
uniformes). 
 
8 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina 
ESPECIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXPOSIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BACKHAUS 
• As pinças de campo têm por 
finalidade fixar os campos, 
fenestrados ou não, à derme do 
paciente, impedindo que a sua 
posição seja alterada durante o ato 
cirúrgico. 
• Sua extremidade é aguda, curva 
para a preensão do campo e da pele 
do paciente. As mais comuns são as 
pinças de Backhaus. 
ALLIS 
• Pode ser utilizada para preensão 
muscular, a exemplo de 
musculatura uterina na cesária. 
• Não devem ser utilizadas na pele. 
CHERON 
Devido ao grande comprimento pode ser 
utilizada com uma gaze, servido para a 
antissepsia e embrocamento. 
FARABEUF 
Afastadores de mão mais usados, 
apresentando hastes de comprimento e 
largura variados (6 a 20 em e 6 a 20 mm, 
respectivamente), e duas extremidades com 
lâminas discretamente curvas. Utilizado para 
afastar pele, subcutâneo e músculos 
superficiais 
DOYEN 
• Afastador dinâmico utilizado em 
cirurgias abdominais e urológicas 
• Bastante utilizado para afastar e isolar o 
leito hepático durante a retirada de 
vesícula biliar. 
 
 
9 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINALIZAÇÃO INSTRUMENTAL 
• É a sequência de movimentos nas intervenções cirúrgicas para a solicitação de instrumentos e materiais, podendo ser adotados 
sinais especiais. 
• Tem como objetivos eliminar a troca de palavras durante o procedimento a fim de evitar a contaminação e garantir maior presteza 
na tarefa do instrumentador. 
• Em equipes bem treinadas torna-se desnecessária: já existe a previsão do instrumento ou material a ser solicitado. 
• Quando o instrumentador desconhece os sinais utilizados pelo cirurgião é melhor solicitar o instrumento pelo seu nome próprio 
em voz alta e firme para perfeita compreensão. 
• Pode ser aplicada a todos os instrumentos, porém na prática os sinais são limitados aos instrumentos e materiais mais utilizados, 
sendo preferível solicitar os outros pelo nome. 
• Palavras de cortesia ou agradecimento são dispensáveis. 
BISTURI - O pedido é feito com a mão 
direita com a face palmar voltada para 
baixo, com os três últimos dedos fletidos, 
estando o indicador apoiado ao polegar. O 
instrumentador toma o bisturi pela ponta, 
apresentando o cabo ao cirurgião. Nesta 
manobra deve ter o cuidado de não colocar 
a borda cortante do bisturi voltada para 
sua mão. 
 
TESOURA - A solicitação da tesoura é feita 
com a mão direita estendida em pronação 
tendo os dois últimos dedos fletidos. O 
indicador e o médio estendidos imitando o 
corte das lâminas de tesoura. Tratando-se 
de tesoura curva, o instrumentador a 
entrega com a curvatura-voltada para a 
mão do cirurgião. 
 
GOSSET 
• Afastador autoestático, ou seja, possui 
um mecanismo de trava para estabilizar 
sua posição uma vez sendo fixado. 
• Outro exemplo de afastador é o 
Finocchietto (utilizadoem cirurgias do 
tórax). 
 
WELTILANER 
Apresenta cabos articuláveis e não-
articuláveis, e três ou quatro ramos (ou 
garras) rombos ou agudos, em ancinho, em 
suas extremidades. 
 
10 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina 
PINÇA HEMOSTÁTICA – O pedido da pinça 
hemostática é feito com a mão direita tendo 
a face palmar voltada para cima e os dedos 
estendidos. O instrumentador, tomando as 
pinças pela ponta, oferecendo primeiro as 
curvas e depois as retas, a menos que haja 
solicitação especial. As pinças curvas 
devem ter sua curvatura voltada para a mão 
do cirurgião. As hemostáticas utilizadas 
com fins específicos devem ser solicitadas 
pelo nome. 
PORTA AGULHA – O pedido do fio de 
sutura.com o porta-agulhas é feito com o 
punho tendo os dedos fletidos, executando 
sucessivos movimentos de pronação e 
supinação, simulando a maneira de utilizar 
o instrumento. Ao entregar o porta-agulhas 
segura-o pela ponta e afasta o fio para que 
o mesmo não seja empalmado junto com o 
instrumento. 
 
PINÇA DE DISSECÇÃO – O pedido da pinça 
anatômica ou da pinça com dente de rato é 
feito executando o movimento de pinça, 
pela aproximação e separação do polegar e 
do indicador. Quando se trata da pinça 
anatômica os dedos conservam-se 
estendidos. Quando se trata da pinça de 
dente mantêm-se fletidos. O instrumento 
deve ser apresentado fechado para evitar 
que o cirurgião ao segurá-lo prenda o dedo 
do instrumentador. 
BACKHAUS 
 
ALLIS 
 
 
11 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina 
AFASTADORES FARABEUF 
 
DOEYN 
 
AFASTADOR GOSSET 
 
COMPRESSA 
 
MONTAGEM DA MESA CIRÚRGICA 
• Na área habitual são colocados os instrumentos mais usados durante a cirurgia, correspondendo a diérese, hemostasia e síntese. 
• Na área eventual de pegada são colocados instrumentos de intervenção, utilizados somente em momentos determinados. 
• OBS: O objetivo dessa separação é propiciar melhor conforto ao instrumentador! 
 
 
 
 
 
 
12 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina 
• A mesa de instrumental cirúrgico, de formato retangular, é dividida de acordo com os tempos cirúrgicos e agrupados da seguinte 
forma: 
 INSTRUMENTOS DE DIÉRESE: destinados à separação de tecidos ou planos para se atingirem os órgãos a serem 
manipulados. Neste grupo, encontram-se tesouras, bisturis, serras e trépanos, dentre outros. 
 INSTRUMENTOS DE HEMOSTASIA : destinados à prevenção, detenção ou impedimento do sangramento. Este grupo é 
representado pelas pinças hemostáticas. 
 INSTRUMENTOS DE SÍNTESE: destinados às suturas, junção e união de tecidos ou planos para o restabelecimento de 
sua continuidade, facilitando o processo de cicatrização. São representados por porta agulhas e agulhas. 
 INSTRUMENTOS DE EXÉRESE: determinados pelo tipo de operação, sendo utilizados no ato cirúrgico propriamente dito. 
 INSTRUMENTOS AUXILIARES : destinados ao auxílio à dissecção tecidual. São exemplo as pinças elásticas anatômicas 
e “dente de rato”. 
 AFASTADORES: instrumentos de exposição que permitem a melhor visualização de estruturas superficiais e da cavidade. 
 
 
PREPARO DO CAMPO OPERATÓRIO – COLOCAÇÃO DOS CAMPOS CIRÚRGICOS 
• Os campos cirúrgicos são tecidos grossos e estéreis de formato retangular ou quadrado. 
• A função deles é delimitar e isolar o campo operatório: 
• Evitar contaminação e proteger a equipe; 
• Dar espaço para o anestesista. 
• Dois tipos: 
 Reutilizável: feitos de tecido com trama pesada, algodão com tratamento químico o 
 Descartável: material sintético, de uso único 
• A disposição dos campos cirúrgicos varia de acordo com o tipo de cirurgia. 
 
13 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina 
• Nunca se deve colocar os campos cirúrgicos esterilizados em uma superfície molhada. 
• Uma vez colocados, os panos de campos não devem ser movidos. 
 A única exceção é nas bordas da fenestra que podem ser afastadas do local de incisão. 
• Se o antisséptico não secou, use esponja de gaze esterilizada e uma pinça para secar a pele. 
1º - COLOCAR O CAMPO INFERIOR 2º - COLOCAR O CAMPO SUPERIOR 
• O instrumentador entrega ao cirurgião um dos campos 
maiores para este fim. 
• O cirurgião desdobra-o, segurando em uma ponta e o 
auxiliar em outra. 
 
 
• O instrumentador entrega ao anestesista um dos campos 
maiores para este fim. 
• O anestesista segura as pontas superiores e o auxiliar as 
inferiores. 
• Delimita a “tenda do anestesista”. 
 
 
3º - COLOCAR OS CAMPOS LATERAIS 
• São menores. 
• Devem ser dispostos delimitando 
lateralmente o campo cirúrgico. 
• Após isto, deve se colocar as pinças de 
campo, as Backhaus, que unem os campos 
entre si. 
• Após aplicadas as Backhaus não devem 
ser movidas. 
 
 
 
 
 
14 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina 
 
 
15 HABILIDADES CIRÚRGICAS I | P6 - UC 16 | MEDICINA UNIT AL 2021.2 - Mayra Alencar @maydicina

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