Buscar

apostila TJSP-2020- Processo Civil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 189 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 189 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 189 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TJSP 
Manual Completo 
de Processo Civil 
ESCREVENTE 
PROF JUL IANA PERE IRA 
2 ª ED IÇÃO 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
SUMÁRIO 
 
1. Dos Deveres De Imparcialidade Do Juiz.............................................................1 
(artigos 144 a 148) 
 
2. Dos Auxiliares Da Justiça.................................................................................10 
 (artigos 149 a 155) 
 
3. Dos Atos Processuais.......................................................................................15 
 (artigos 188 a 275) 
 
4. Da Tutela Provisória........................................................................................46 
 (artigos 294 a 311) 
 
5. Do Procedimento Comum................................................................................60 
 (artigos 318 a 538) 
 
6. Das Provas.......................................................................................................98 
 (artigos 369 a 484) 
 
7. Do Cumprimento De Sentença.......................................................................131 
 (artigos 513 a 538) 
 
8. Dos Recursos.................................................................................................145 
 (artigos 994 a 1.026) 
 
9. Juizado Especial Cível Estadual.......................................................................171 
 (lei nº 9.099/95 – artigos 3º a 19) 
 
10.Juizado Especial Cível Da Fazenda Pública.....................................................175 
 (lei nº 12.153/2009) 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
1 
 
DOS DEVERES DE IMPARCIALIDADE 
DO JUIZ
 
 
Nesse tópico iremos estudar as regras de impedimento e suspeição do juiz. São regras 
importantes para o dever de imparcialidade do juiz no processo. No artigo 144, CPC, o legislador 
especificou as hipóteses de impedimento do juiz e no art. 145, CPC, especificou as hipóteses de 
suspeição. 
Os artigos 146 e 146 do Código de Processo Civil relacionam variados fatos que poderá afastar 
o juiz do julgamento de determinada causa. 
É importante mencionar que aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição do juiz (art. 
148) ao membro do Ministério Público, aos auxiliares da justiça e aos demais sujeitos imparciais do 
processo. A principal diferença está no procedimento para requerimento do impedimento ou 
suspeição dos “equiparados”. 
A forma estabelecida para requerer o afastamento do juiz da causa é a arguição de 
impedimento ou suspeição do juiz. Verificado o impedimento ou suspeição, o processo deve ser 
encaminhado ao substituto legal do juiz e os atos decisórios praticados devem ser invalidados, ou 
seja, o processo não é extinto. 
 
IMPEDIMENTO SUSPEIÇÃO 
- são de natureza objetiva, caracterizam 
presunção absoluta que o juiz não tem condições 
de atuar com imparcialidade 
- juiz deve se declarar impedido de ofício 
- admite ação rescisória (art. 966, II, CPC) 
- são de natureza subjetiva, caracterizam 
presunção relativa de imparcialidade 
- juiz pode se declarar suspeito de ofício 
 
 
 
 
HIPÓTESES DE IMPEDIMENTO 
 
As causas de impedimento abaixo relacionadas são de ordem objetiva, sendo impertinente 
indagar-se a intenção do juiz em julgar a causa com parcialidade. Se caracterizada, o juiz deve 
imediatamente ser afastado do processo, que será encaminhado ao seu substituto legal, segundo as 
normas de organização judiciária. Embora o juiz deva se declarar impedido de ofício, se não o fizer, 
o interessado poderá requerer seu afastamento por meio do incidente de arguição de impedimento 
do juiz, cujo procedimento veremos adiante. 
 
 
TÓPICO
1 
ARTS 144 A 148 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
2 
 
Causas de impedimento do juiz: 
 
1. Quando o juiz interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como 
membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha (art. 144, I, CPC). 
Exemplo: Uma pessoa atuou como advogado e posteriormente foi aprovado no concurso 
público de juiz de direito, não poderá julgar o processo em que já atuou como advogado 
(mandatário). Essa regra se aplica também para o caso do juiz que atuou com perito, membro do MP 
ou prestou depoimento como testemunha. 
 
2. De que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão. 
Exemplo: Juiz proferiu sentença em primeira instância, se promovido a desembargador 
(segunda instância), não poderá julgar recurso do mesmo processo (art. 144, II, CPC). 
 
3. Quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do 
Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em 
linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive (art. 144, III, CPC). 
 
 Observação 
 
a) Nesse caso o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do 
Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz. Após o 
processo ser livremente registrado ou distribuído, é proibido a parte contratar, por exemplo, a esposa 
do juiz para atuar como advogada (o advogado fica impedido de atuar). Art. 144, § 1º, CPC. 
 
b) Nesse caso o impedimento também se verifica no caso de mandato conferido a membro de 
escritório de advocacia que tenha em seus quadros advogado que individualmente ostente a 
condição nele prevista, mesmo que não intervenha diretamente no processo. Exemplo: haverá 
impedimento se a parte contratar um advogado que não tem vínculo com juiz, mas faz parte do 
mesmo escritório de advogado da esposa do juiz. Art. 144, § 3º, CPC. 
 
4. Quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer 
parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive (art. 144, 
IV, CPC). 
 
5. Quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no 
processo (art. 144, V, CPC). 
 
6. Quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes (art. 144, 
VI, CPC). 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
3 
 
 
 
 Atenção! 
No CPC revogado essa hipótese era suspeição. 
 
7. Em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou 
decorrente de contrato de prestação de serviços (art. 144, VII, CPC). 
Exemplo: Juiz professor está impedido de julgar processo da escola que ministra aulas. 
 
8. Em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro 
ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo 
que patrocinado por advogado de outro escritório (art. 144, VIII, CPC). 
 
 
 Atenção! 
 O novo CPC inovou aqui ao ampliar ainda mais as hipóteses de impedimento. 
 
 
Exemplo: Cônjuge do juiz é advogado e faz parte de uma banca de advocacia que tem como 
cliente a empresa X. Mesmo que em determinado processo a empresa X esteja representada pelo 
escritório Y, sem vínculo com o cônjuge do juiz, estará impedido, só pelo fato da parte (empresa X) 
ser cliente do escritório de advocacia de sua esposa. 
 
9. Quando promover ação contra a parte ou seu advogado (art. 144, IX, CPC). 
Exemplo: Se o juiz propõe ação contra a empresa de telefonia T, não poderá julgar processo 
que a empresa for parte. 
 
 Atenção! 
Em todos os casos, é vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do 
juiz (art. 144, § 2º, CPC). 
 
10. Impedimento no 2º grau de jurisdição (art. 147 CPC). 
Quando 2 (dois) ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou 
colateral, até o terceiro grau, inclusive, o primeiro que conhecer do processo impede que o outro 
nele atue, caso em que o segundo se escusará, remetendo os autosao seu substituto legal. 
 Importante 
Nesse caso o legislador optou por incluir apenas os parentes, consanguíneos ou 
afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive. Excluiu o cônjuge ou 
companheiro. 
 
 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
4 
 
HIPÓTESES DE SUSPEIÇÃO 
 
Os motivos enumerados no art. 145, CPC, indicam presunção relativa (de ordem subjetiva) de 
parcialidade do juiz, que podem ser afastadas mediante prova contrária. Se o interessado não arguir 
a suspeição do juiz no prazo determinado pela lei, ocorrerá a preclusão por inércia da parte e o juiz 
será considerado imparcial. O juiz também poderá, de ofício, se declarar suspeito para o julgamento 
de determinado processo, sem necessidade de invocar suas razões. 
 
Causas de suspeição do juiz: 
 
1. Quando for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados. (art. 145, 
I, CPC). 
 
2. Quando receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de 
iniciado o processo, aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar 
meios para atender às despesas do litígio (art. 145, II, CPC). 
Exemplo: Juiz que aconselha a parte deixa de ser juiz e passa a ser advogado dela. 
 
3. Quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro 
ou de parentes destes, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive (art. 145, III, CPC). 
Exemplo: juiz é locatário (devedor) do João. Se o João for parte em algum processo, o juiz estará 
suspeito de julgar essa causa em que seu credor (locador, João) é parte. 
 
4. Quando for interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes (art. 
145, IV, CPC). 
Interesse no julgamento é o da vantagem, material ou moral, que possa tirar o juiz, com a 
decisão da causa em certo sentido; o interesse do juiz não pode ser confundido com o direito próprio 
do juiz, porque nesse caso ele é parte no processo e fica impedido para decidir, e não suspeito. 
 
5. Motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões (art. 145, § 1º), CPC). 
Exemplo: Juiz católico extremamente zeloso que tenha de julgar contra os interesses da própria 
igreja católica. 
 
 Observação (art. 145, § 2º) 
 
Será ilegítima a alegação de suspeição quando: 
a) houver sido provocada por quem a alega; 
b) a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido. 
 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
5 
 
PROCEDIMENTO PARA ARGUIÇÃO DO IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO DO JUIZ (art. 
146, CPC) 
 
- petição específica dirigida ao juiz do processo no prazo de 15 dias do conhecimento do fato. 
- suspense o processo principal (art. 313, CPC). 
- se o juiz aceita, remete ao seu substituto legal. 
- se o juiz rejeita, autua o incidente em apartado, apresenta sua defesa no prazo de 15 dias e 
encaminha ao tribunal para julgamento. 
- o incidente será distribuído no tribunal e o relator declarará os efeitos em que ser recebido: 
se suspensivo (processo fica suspenso) ou se não suspensivo (processo volta a correr). 
- eventual tutela de urgência deve ser requerida ao substituto legal do juiz, enquanto não 
declarado o efeito que é recebido. 
- se o tribunal julgar o incidente improcedente, rejeitará e o processo continua com juiz. 
- se o tribunal julgar o incidente procedente, o tribunal condena o juiz em custas, remete os 
autos ao substituto legal, podendo juiz recorrer dessa decisão, fixa o momento a partir do qual o juiz 
não poderia ter autuado e decreta nulidade dos atos do juiz se praticados quando já presente o 
motivo de impedimento ou de suspeição. 
 
Continuação..... 
15 DIAS 
15 DIAS 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
6 
 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO PARA ARGUIÇÃO DO IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO DOS 
EQUIPARADOS (art. 148, CPC) 
 
- petição fundamentada na primeira oportunidade que couber falar ao autos, sob pena de 
preclusão. 
- não suspende o processo. 
- o juiz mandará processar o incidente em separado, ouvindo o arguido no prazo de 15 (quinze) 
dias e facultando a produção de prova, quando necessária. 
- nos tribunais, a arguição será disciplinada pelo regimento interno. 
- esse procedimento não se aplica à arguição de impedimento ou de suspeição de testemunha 
(ver artigo 457, CPC). 
 
 Importante 
A arguição do impedimento e suspeição do perito deve ser feita no prazo de 15 dias a contar da 
intimação do despacho de nomeação (art. 465, § 1º, CPC). 
 
Juiz continuará 
no processo 
-Fixa o momento a partir do qual o juiz não poderia ter atuado e 
decretará a nulidade dos atos do juiz, se praticados quando já 
presente o motivo de impedimento ou suspeição. 
- Condenará o juiz nas custas 
-Remessa ao substituto legal 
- Juiz pode recorrer 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
7 
 
 
 
 VAMOS REVISAR 
 
IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO JUIZ --> Suspende o processo (art. 313, CPC). 
- PETIÇÃO ESPECÍFICA dirigida ao JUIZ. 
- PRAZO DE 15 DIAS A CONTAR DO CONHECIMENTO DO FATO (art. 146, caput, CPC). 
 
 
IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO MP, AUXILIARES DA JUSTIÇA E DEMAIS SUJEITOS IMPARCIAIS -
-> Não suspende o processo. 
- PETIÇÃO FUNDAMENTADA. 
 - PRIMEIRA OPORTUNIDADE QUE COUBER FALAR NOS AUTOS, SOB PENA DE PRECLUSÃO 
(art. 148, § 1º, CPC). 
 
 
 COMO FOI COBRADO EM PROVA 
 
Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição do juiz ao membro do 
Ministério Público. 
CERTO 
O juiz pode declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sendo-lhe obrigatório, 
para tanto, indicar as suas razões. 
ERRADO 
É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar o impedimento do 
juiz. 
CERTO 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
8 
 
Os motivos de impedimento e suspeição do juiz não se aplicam aos oficiais de 
justiça. 
ERRADO 
Se o tribunal acolher a arguição de impedimento do juiz, formulada pela parte, 
determinará a remessa dos autos ao seu substituto legal, sem condenar o 
magistrado nas custas. 
ERRADO 
As alegações de impedimento e de suspeição devem ser realizadas na 
contestação e constituem questões preliminares de natureza processual. 
ERRADO 
O impedimento do Juiz deve ser arguido por meio de exceção, em peça 
autônoma, mas no mesmo prazo para o oferecimento de contestação. 
ERRADO 
Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo 
quando receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou 
depois de iniciado o processo, quando aconselhar alguma das partes acerca do 
objeto da causa ou quando subministrar meios para atender às despesas do 
litígio. 
ERRADO 
Há suspeição do juiz no processo em que figure como parte instituição de ensino 
com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de 
serviços, cabendo ao magistrado analisar eventual existência de vício quanto à 
sua imparcialidade para julgar a demanda. 
ERRADO 
O NCPC não vedou expressamente a criação de fato superveniente a fim de 
caracterizar impedimento do juiz, embora tal conduta afigure-se verdadeira 
afronta à boa-fé e à lealdade processuais, que devem reger todo o processo 
judicial. 
ERRADO 
Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções em processo no 
qual figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, 
companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até 
o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro 
escritório. 
CERTO 
Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo 
quando interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. 
 
No prazo de 15 (quinze) dias,a contar do conhecimento do fato, a parte alegará 
o impedimento em petição dirigida ao Presidente do Tribunal ao qual o juiz está 
vinculado. 
ERRADO 
Foi distribuída para determinado juiz ação em que é parte instituição de ensino 
na qual ele leciona. Nessa situação, o magistrado tem de se declarar suspeito, 
haja vista que a suspeição independe de arguição do interessado. 
ERRADO 
Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo em 
que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, 
companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até 
o terceiro grau, inclusive, exceto se patrocinado por advogado de outro 
escritório. 
ERRADO 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
9 
 
Há suspeição do juiz que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na 
causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes 
acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas 
do litígio. 
CERTO 
No prazo de 10 (dez) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o 
impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, 
na qual indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos 
em que se fundar a alegação e com rol de testemunhas. 
ERRADO 
Considerar-se-á legítima a alegação de suspeição mesmo quando a parte que a 
alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido. 
ERRADO 
Pode o magistrado declarar-se suspeito no processo por razões de foro íntimo; 
contudo, para assim fazer, ele deve externar tais razões. 
ERRADO 
Há suspeição do juiz quando promover ação contra a parte ou seu advogado. ERRADO 
Há impedimento do juiz que for amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes 
ou de seus advogados. 
ERRADO 
Há impedimento do juiz quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, 
de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o 
terceiro grau, inclusive. 
ERRADO 
Há impedimento do juiz no processo em que figure como parte cliente do 
escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo 
ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive. 
CERTO 
H suspeição do juiz interessado no julgamento do processo em favor de qualquer 
das partes. 
CERTO 
Há impedimento do juiz quando figurar como parte cliente do escritório de 
advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em 
linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por 
advogado de outro escritório. 
CERT 
O juiz é impedido de exercer suas funções em processo em que figure como parte 
instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de 
contrato de prestação de serviços. 
CERTO 
É legítima a alegação de suspeição ainda que esta haja sido provocada por quem 
a alega. 
ERRADO 
Declarando-se suspeito por motivo de foro íntimo, deverá o juiz declinar suas 
razões, remetendo os autos a seu substituto legal. 
ERRADO 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
10 
 
 DOS AUXILIARES 
DA JUSTIÇA 
 
O juízo é composto pelo juiz e por seus auxiliares. 
Os auxiliares da justiça são as pessoas que de algum modo participam da movimentação da 
marcha processual, sob a supervisão do juiz, contribuindo com ele para se realizar a prestação 
jurisdicional. 
 
Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam determinadas pelas 
normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o oficial de justiça, o perito, o 
depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o 
distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias. 
 
O juízo é a célula mínima da jurisdição que permite o exercício da do poder jurisdicional. 
Em cada juízo (ou vara) existirá ao menos um ofício de justiça (art. 150, CPC), que corresponde 
ao complexo de pessoas e coisas por meio do qual os serviços auxiliares do juízo são prestados. 
O escrivão é o serventuário público encarregado da chefia dos ofícios de justiça. 
O oficial de justiça é o auxiliar da justiça encarregado de tornar operativo o comando da 
autoridade judicial. 
 
É o que dispõe o Código de Processo Civil: 
- Em cada juízo haverá um ou mais ofícios de justiça, cujas atribuições serão determinadas pelas 
normas de organização judiciária (art. 150, CPC). 
- Em cada comarca, seção ou subseção judiciária haverá, no mínimo, tantos oficiais de justiça 
quantos sejam os juízos (art. 151, CPC). 
O escrivão e o oficial de justiça são auxiliares que têm funções diferentes. Para garantir o acerto 
desse tipo de questão, é preciso entender a diferença entre as funções des ses dois auxiliares da 
justiça. 
As principais atividades do escrivão e oficial de justiça, estão descritas nos artigos 152 e 154 do 
Código de Processo Civil. 
 
 
O ESCRIVÃO 
É o principal auxiliar do juiz na condução do procedimento e documentação dos atos 
processuais. 
É também um chefe de seção (ofício de justiça), com funcionários subalternos sob sua direção 
(escreventes). 
TÓPICO
2 
ARTS 149 A 155 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
11 
 
Atribuições do escrivão: 
 
1. Redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as cartas precatórias e os demais atos que 
pertençam ao seu ofício; 
 
2. Efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, bem como praticar todos os 
demais atos que lhe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária; 
 
3. Comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar servidor para substituí-lo; 
 
4. Manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, não permitindo que saiam do cartório, 
salvo: 
a) conclusão do juiz; 
b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública; 
c) remessa ao contador ou ao partidor; 
d) remessa para outro juízo em razão da modificação da competência 
 
5. Fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, independentemente de despacho, 
observadas as disposições referentes ao segredo de justiça; 
 
6. Praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios (o juiz regulamenta o que são esses atos). 
 
 Observação: 
No impedimento do escrivão ou chefe de secretaria, o juiz convocará substituto e, não o havendo, 
nomeará pessoa idônea para o ato. 
 
Ordem cronológica de recebimento 
O escrivão ou o chefe de secretaria atenderá, preferencialmente, à ordem cronológica de 
recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais, salvo os atos urgentes e as 
preferências legais. A parte que se considerar preterida na ordem cronológica poderá reclamar, nos 
próprios autos, ao juiz do processo, que requisitará informações ao servidor, a serem prestadas no 
prazo de 2 (dois) dias. Constatada a preterição, o juiz determinará o imediato cumprimento do ato 
e a instauração de processo administrativo disciplinar contra o servidor. 
 
Art. 153. O escrivão ou o chefe de secretaria atenderá, preferencialmente, à ordem cronológica de 
recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais. 
§ 1o A lista de processos recebidos deverá ser disponibilizada, de forma permanente, para consulta 
pública. 
§ 2o Estão excluídos da regra do caput: 
I - os atos urgentes, assim reconhecidos pelo juiz no pronunciamento judicial a ser efetivado; 
II - as preferências legais. 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
12 
 
§ 3o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-ão a ordem cronológica de recebimento entre os 
atos urgentes e as preferências legais. 
§ 4o A parte que se considerar preterida na ordem cronológica poderá reclamar, nos própriosautos, 
ao juiz do processo, que requisitará informações ao servidor, a serem prestadas no prazo de 2 (dois) 
dias. 
§ 5o Constatada a preterição, o juiz determinará o imediato cumprimento do ato e a instauração de processo 
administrativo disciplinar contra o servidor. 
 
 
OFICIAL DE JUSTIÇA 
É também um auxiliar da justiça e suas principais atividades estão elencadas no art. 154. O oficial 
de justiça não pode delegar à terceiro as suas obrigações. 
A presença de duas testemunhas, conforme art. 154, I, só é exigida quando a lei tiver previsão 
específica. 
A avaliação (art. 154, V) será sempre materializada através de um laudo. Caso o oficial de justiça 
não possa proceder à avaliação, por depender de conhecimento especializado, o juiz nomeará um 
avaliador. 
 
 
Atribuições do oficial de justiça: 
 
1. Fazer pessoalmente citações, prisões, penhoras, arrestos e demais diligências próprias do 
seu ofício, certificando no mandado o ocorrido, com menção ao lugar, ao dia e à hora; 
 
2. Executar as ordens do juiz a que estiver subordinado; 
3. Entregar o mandado em cartório após seu cumprimento; 
 
4. Auxiliar o juiz na manutenção da ordem; 
 
5. Efetuar avaliações, quando for o caso; 
 
6. Certificar, em mandado, proposta de autocomposição apresentada por qualquer das partes, 
na ocasião de realização de ato de comunicação que lhe couber. Após a certificação o juiz ordenará 
a intimação da parte contrária para manifestar-se, no prazo de 5 dias, sem prejuízo do andamento 
regular do processo, entendendo-se o silêncio como recusa. 
 
 Observação: 
 
Segundo artigo 250 do Código de Processo Civil, o mandado que o oficial de justiça tiver de cumprir 
conterá obrigatoriamente: 
a) os nomes do autor e do citando e seus respectivos domicílios ou residências; 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
13 
 
b) a finalidade da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a 
menção do prazo para contestar, sob pena de revelia, ou para embargar a execução; 
c) a aplicação de sanção para o caso de descumprimento da ordem, se houver; 
d) se for o caso, a intimação do citando para comparecer, acompanhado de advogado ou de defensor 
público, à audiência de conciliação ou de mediação, com a menção do dia, da hora e do lugar do 
comparecimento; 
e) a cópia da petição inicial, do despacho ou da decisão que deferir tutela provisória; 
f) a assinatura do escrivão ou do chefe de secretaria e a declaração de que o subscreve por ordem do 
juiz. 
 
 Para memorizar 
ESCRIVÃO OFICIAL DE JUSTIÇA 
Efetivar as ordens judiciais, realizar citações e 
intimações, bem como praticar todos os 
demais atos que lhe forem atribuídos pelas 
normas de organização judiciária. 
Fazer pessoalmente citações, prisões, 
penhoras, arrestos e demais diligências 
próprias do seu ofício, certificando no 
mandado o ocorrido, com menção ao lugar, ao 
dia e à hora. 
Comparecer às audiências ou, não podendo 
fazê-lo, designar servidor para substituí-lo. 
Auxiliar o juiz na manutenção da ordem. 
 
Fornecer certidão de qualquer ato ou termo do 
processo, independentemente de despacho. 
Efetuar avaliações, quando for o caso. 
 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESCRIVÃO E DO OFICIAL DE JUSTICA (Art. 155, CPC) 
 
O escrivão e o oficial de justiça respondem civil e regressivamente perante as partes, terceiros 
e o Estado por danos gerados por sua atuação, nos seguintes casos: 
• Quando sem justo motivo, se recusarem a cumprir no prazo os atos impostos 
pela lei ou pelo juiz a que estão subordinados → dentro do prazo que a lei impõe ou que 
o juiz determine; 
• Quando praticarem ato nulo com dolo ou culpa. 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
14 
 
Art. 155. O escrivão, o chefe de secretaria e o oficial de justiça são responsáveis, civil e 
regressivamente, quando: 
I - sem justo motivo, se recusarem a cumprir no prazo os atos impostos pela lei ou pelo juiz a que 
estão subordinados; 
II - praticarem ato nulo com dolo ou culpa. 
 
 
 COMO ISSO FOI COBRADO EM PROVA 
Legalmente, incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria: 
a) efetuar avaliações, quando for o caso. 
b) certificar proposta de autocomposição apresentada por qualquer das partes, na ocasião de 
realização de ato de comunicação que lhe couber. 
c) manter sob sua guarda e responsabilidade os bens móveis de pequeno valor penhorados. 
d)auxiliar o juiz na manutenção da ordem. 
e) comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar servidor para substituí-lo. 
Gabarito: E 
 
 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
15 
 
DOS ATOS 
PROCESSUAIS 
 
Para começar, é importante explicitar que o processo é o procedimento animado por uma 
relação jurídica processual e tem 2 aspectos: 
• Material ou externo (é o procedimento) → sequência de atos processuais coordenados 
tendentes ao ato fim que é a sentença. 
• Interno, incorpóreo ou imaterial (é a relação jurídica processual) → o vínculo jurídico 
invisível que cria direitos e obrigações entre as partes e elas e o juiz. 
Os atos processuais são todos os atos jurídicos que tem relevância para o plano do processo ou, 
de alguma forma, podem influenciar a atuação do Estado-juiz ao longo de todo o procedimento. O 
ato processual tem por fim instaurar, desenvolver, modificar ou extinguir a relação jurídico-
processual. A petição inicial do autor, o despacho, inspeções, decisão interlocutória e sentença do 
juiz, a contestação apresentada pelo réu, um termo de juntada elaborado pelo escrivão são exemplos 
de atos processuais. 
Assim, podemos dizer que atos processuais são manifestações de vontade de alguma das partes 
envolvidas no processo. Podem ser das partes (autor, réu, terceiros intervenientes), do juiz e dos 
auxiliares da justiça. Essa sequência de atos processuais formam o processo. 
 
DOS ATOS EM GERAL (ARTS. 188 ATÉ 192) 
 
a) ausência de solenidade (artigo 188): 
Por regra, os atos processuais não dependem de forma determinada, senão quando a lei 
expressamente a exigir. 
Serão válidos se realizados de outro modo, preencherem a finalidade essencial. 
 
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei 
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham 
a finalidade essencial. 
 
 
b) publicidade dos atos processuais (artigo 189): 
Em regra são públicos os atos processuais (princípio da publicidade, artigo 11 do CPC e art. 93, 
IX da CF), salvo os que devem tramitar em segredo de justiça. 
O Código de Processo Civil determina que devem tramitar em segredo de justiça: 
• que o exija o interesse público ou social; 
TÓPICO
3 
ARTS 188 A 275 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
16 
 
• que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, 
filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes; 
• em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; 
• que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a 
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. 
 
 Observação: 
Nos casos em que há decretação do segredo de justiça, o direito de consultar os autos e de pedir 
certidões de seus atos é restrito às partes e a seus procuradores. O terceiro, que demonstrar 
interesse jurídico, pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, de inventário e partilha 
resultante do divórcio ou separação. 
 
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos: 
I - em que o exija o interesse público ou social; 
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio,separação, união estável, filiação, 
alimentos e guarda de crianças e adolescentes; 
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade; 
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a 
confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. 
§ 1º O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões 
de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores. 
§ 2º O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da 
sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação. 
 
c) negócio jurídico processual (art. 190) 
O novo CPC permite as partes alterarem o procedimento e convencionar sobre os seus ônus, 
poderes, faculdades e deveres processuais previstos no Código de forma prévia (antes do processo, 
por contrato entre as partes) ou incidental (durante o processo), abrangendo alguns ou todos os 
atos do processo. Como exemplo, podemos citar a ampliação e redução de prazos processuais, 
acordo de rateio de despesas processuais, pacto de mediação obrigatória antes de procurar poder 
judiciário, dentre outros. 
Para tanto, a lei exige dois requisitos: partes plenamente capazes e direitos que admitem 
autocomposição. 
 
 Observação: 
De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções estabelecidas entre as 
partes, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato 
de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
17 
 
 
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes 
plenamente capazes estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa 
e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o 
processo. 
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas 
neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em 
contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. 
 
d) calendário processual (art. 191): 
O artigo 191 permite que o juiz e as partes formalizem um calendário processual para prática 
de atos processuais. Estabelecido calendário, o descumprimento do prazo acarreta preclusão (art. 
193). 
Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência 
cujas datas tiverem sido designadas no calendário. 
 
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos 
processuais, quando for o caso. 
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados 
em casos excepcionais, devidamente justificados. 
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de 
audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário. 
 
e) utilização do uso da língua portuguesa (artigo 192): 
Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa. 
 
f) documentos produzidos em língua estrangeira (artigo 192, parágrafo único): 
O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando 
acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade 
central (órgão responsável pela boa condução da cooperação jurídica internacional) ou firmada por 
tradutor juramentado. 
 
 
DA PRÁTICA ELETRÔNICA DOS ATOS PROCESSUAIS (ARTS. 193 ATÉ 199) 
 
Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que sejam 
produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei, inclusive 
para prática de atos notariais e de registro, no que for cabível. 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
18 
 
Os sistemas de automação processual respeitarão a publicidade dos atos, o acesso e a 
participação das partes e de seus procuradores, inclusive nas audiências e sessões de julgamento, 
observadas as seguintes garantias: 
• Disponibilidade 
• Independência da plataforma computacional 
• Acessibilidade 
• Interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e informações que Poder Judiciário 
administre no exercício de suas funções 
 
O registro de ato processual eletrônico deverá ser feito em padrões abertos, que atenderão aos 
requisitos de: 
• Autenticidade 
• Integridade 
• Temporalidade 
• Não repúdio 
• Conservação 
• Confidencialidade, nos casos que tramitam em segredo de justiça 
 
GARANTIAS (ART. 194) REQUISITOS (ART. 195) 
- Disponibilidade: não interrupção do acesso 
(art. 197, parágrafo único) 
- Independência da plataforma 
computacional: sistema não projetado para 
ser atrelado a determinado sistema 
operacional 
- Acessibilidade: garantia de utilização do 
sistema (arts. 198 e 199) 
- Interoperabilidade: o sistema de um tribunal 
deve se comunicar com outro, de modo que o 
advogado possa ter uma senha pra acessar 
cada Tribunal 
- Autenticidade: garante autoria 
- Integridade: garante conteúdo 
- Temporalidade: garante a data e hora da 
prática 
- Não repúdio: quem o praticou não pode 
negar autoria nem conteúdo 
- Conservação: conjunto de medidas para 
preservação 
- Confidencialidade: garantia de acesso 
somente aos interessados, em caso de 
segredo de justiça (art. 195, parte final) 
 
A quem compete regulamentar a prática e a comunicação oficial de atos processuais por meio 
eletrônico e velar pela compatibilidade dos sistemas? 
Resposta: Compete ao Conselho Nacional de Justiça e, supletivamente, aos tribunais. 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
19 
 
É importante mencionar que com o intuito de concretizar o princípio do acesso à justiça, prevê 
o CPC que as unidades do Poder Judiciário: 
- deverão manter gratuitamente, à disposição dos interessados, equipamentos necessários à 
prática de atos processuais e à consulta e ao acesso ao sistema e aos documentos dele constantes e, 
no local onde não estiverem disponibilizados, permite-se a prática de ato não eletrônico. 
- assegurarão às pessoas com deficiência acessibilidade aos seus sítios na rede mundial de 
computadores, ao meio eletrônico de prática de atos judiciais, à comunicação eletrônica dos atos 
processuais e à assinatura eletrônica. 
 
 
DOS ATOS DAS PARTES (ARTS. 200 ATÉ 202) 
 
a) momento em que o ato processual produz efeito (artigo 200): 
Regra geral → imediatamente. 
Exceção → a desistência da ação só produzirá efeito depois de homologada por sentença. 
 
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade 
produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais 
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial. 
 
b) protocolo (artigo 201). 
Poderão as partes exigir recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos que entregarem 
em cartório (importante para restauração dos autos, quando necessário). 
 
c) cotas marginais (artigo 202). 
É defeso lançar, nos autos, cotas marginais ou interlineares; o juiz mandará riscá -las, impondo 
a quem as escrever multa correspondente à metade do salário mínimo. 
 
DOS PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ (ARTS. 206 ATÉ 205) 
 
Existem duas categorias de atos processuais dos juízes: 
 
- Atos reais (ou materiais): são aqueles que não têm caráter de determinação ou resolução e podem 
ser instrutórios (inspeções, ouvir alegações, interrogatório de partes) e de documentação (rubricar, 
assinar). 
 
- Provimentos: são pronunciamentos do juizno processo, expressões verbais ou escritas de seu 
pensamento. Poderão ser finais (decidir a causa) ou interlocutórios (ao longo do processo). Os 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
20 
 
provimentos são as sentenças, as decisões interlocutórias, os despachos. Nos termos do art. 203, os 
pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. 
 
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e 
despachos. 
§ 1° Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o 
pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase 
cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. 
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se 
enquadre no § 1°. 
§ 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou 
a requerimento da parte. 
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de 
despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. 
 
Sentença: 
É o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 485 e 487, põe fim a fase 
cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. Importante: só os órgãos 
jurisdicionais de primeira instância proferem sentença. 
Como regra geral, contra a sentença cabe interposição do recurso de Apelação (Prazo: 15 dias) 
e de Embargos de Declaração (Prazo 5: dias). 
 
Decisão interlocutória: 
É todo pronunciamento judicial de natureza decisória, que não se enquadre como sentença. São 
as decisões do juiz que ocorrem durante o processo, mas não coloca fim ao processo. Ex.: 
deferimento de um pedido de Tutela Provisória de Urgência. Contra decisão interlocutória poderá ou 
não ser cabível Recurso (Agravo de Instrumento), nos termos da lei (arts. 1.015, CPC, 354, parágrafo 
único e 356, § 5º). 
 
Despachos: 
Todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a 
cujo respeito a lei não estabelece outra forma. São atos de mero impulso oficial. Não cabe recurso 
contra despacho (art. 1.001 CPC). 
 
Acórdão: 
É julgamento proferido pelos tribunais (órgãos colegiados). 
Possuem caráter decisório, podem causar prejuízo e, por consequência, desafiam recurso 
(embargos de declaração, recurso ordinário constitucional, recurso especial, recurso extraordinário 
ou embargos de divergência). 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art485
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art487
21 
 
 Observação: 
Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, 
devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários. O que 
distingue os atos meramente ordinatórios dos despachos é a pessoa que os pratica. 
 
Exigências formais para os despachos, decisões, sentenças e acórdãos (art. 205, CPC): 
- Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos serão redigidos, datados e assinados 
pelos juízes. 
- Quando os pronunciamentos forem proferidos oralmente, o servidor os documentará, 
submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura. 
- A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na 
forma da lei. 
- Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos 
serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico. 
 
 
 CASOS PRÁTICOS 
 
Professora, me dê um exemplo de decisão interlocutória do juiz? 
 
DECISÃO 
 
Teor do ato: "Vistos Trata-se de ação em que foi atribuído à causa o valor de R$ 
920.000,00. Urge reconhecer a incompetência deste Juízo para processar e julgar a 
presente demanda. O valor da causa ultrapassa o limite do Foro Regional equivalente 
a 500 (quinhentos) salários mínimos, o qual está previsto nas Resoluções nºs: 1, 2 , 
148 do Egrégio Tribunal de Justiça e Lei 3.947/83, e atualizações posteriores. Logo, 
não é possível a continuidade do processamento da presente ação nesta Regional. 
Sendo a competência na Comarca da Capital de natureza absoluta, deve ser declarada 
de ofício pelo Juízo (art. 113, do CPC), sob pena de a nulidade ser reconhecida a 
qualquer tempo. A Colenda Câmara Especial do Egrégio Tribunal de Justiça firmou 
entendimento no sentido de que a competência na Comarca da Capital tem natureza 
absoluta e, portanto, improrrogável, pois regulamenta a distribuição de Juízos e não 
de Foros (CC, nº 13.909-0, 13.697-0, 13.676-0, 13.488-0, 14.337-0, 14.998-0, 16.178-0, 
21.994-0 e 31.991-0/3, dentre outros). Ante o exposto, DECLINO DE OFÍCIO da 
competência, determinando a redistribuição dos autos a uma das E. Varas Cíveis do 
Foro Central da Comarca da Capital, efetuando-se as necessárias anotações. Int." 
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME 
IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA 
 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
22 
 
Professora, me dê um exemplo de despacho do juiz? 
 
DESPACHO 
 
Processo Digital nº: 0000000-88.2014.8.26.0000 Classe – Assunto: Procedimento Ordinário - 
Prestação de Serviços Requerente: EMPRESA X EIRELI ME. Requerido: EMPRESA Y LTDA. 
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Michael Jackson 
Vistos. Tendo em vista a Cláusula de Eleição de Foro indicar a Comarca de São Paulo (fl. 15), 
esclareça o Autor a distribuição do feito em Guarulhos. Intime-se. 
Guarulhos, 30 de junho de 2014. 
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, CONFORME 
IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA 
 
 
 Para complementar os seus estudos nesse tópico, quero que você se imagine lá no fórum 
trabalhando como escrevente. Quando um juiz profere um despacho como esse acima, qual o 
próximo ato do processo? É trabalho seu, perceba que o juiz ordenou a intimação. Como você vai 
fazer isso? Veja abaixo. 
CERTIDÃO DE REMESSA DE RELAÇÃO 
 
Certifico que o ato abaixo consta da relação nº 0297/2014, encaminhada para publicação. 
Advogado 
João da Silva (OAB 000000/SP) D.J.E 
Teor do ato: "Vistos. Tendo em vista a Cláusula de Eleição de Foro indicar a Comarca 
de São Paulo (fl. 15), esclareça o Autor a distribuição do feito em Guarulhos. Intime-se". 
Do que dou fé. 
Guarulhos, 26 de agosto de 2014. 
Michael Jordan Escrevente Técnico Judiciário 
 
 
Professora, me dê ume exemplo prático de ato ordinatório? Quero VIDA REAL! 
 
CERTIDÃO - Ato Ordinatório 
 
Certifico e dou fé que, nos termos do art. 162, § 4º, do CPC, preparei para remessa ao Diário da 
Justiça Eletrônico o(s) seguinte(s) ato(s) ordinatório(s): 
Providencie o autor o recolhimento da(s) diligência(s) do Oficial de Justiça (Prov.08/85). Bem como, 
providencie o recolhimento das custas para impressão da contra-fé, conforme COMUNICADO CG 
Nº 165/2014. Nada Mais. São Paulo, 24 de junho de 2014. Eu, ___, Barack Obama Silva, Escrevente 
Técnico Judiciário. 
 
 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
23 
 
 
DOS ATOS DO ESCRIVÃO OU CHEFE DE SECRETARIA (ARTS. 206 ATÉ 211) 
Ao escrivão cabe a atividade documental do processo, velar pela integridade física do processo. 
Principais atividades: 
 
- Autuação (capa, nome do juízo, natureza do feito, número de registro, nome das partes,data 
de início e encerramento) → art. 206 CPC. 
- Preparação dos atos a serem assinados pelo juiz e pelas partes, como por exemplo, termo de 
audiência. 
 
a) todas as folhas dos autos serão rubricadas e numeradas (obrigação) pelo escrivão ou chefe 
de secretaria, para que se evite a inserção de outras folhas ou a retirada de folhas existentes → art. 
207, CPC. 
 
b) É facultado à parte, o procurador, o membro do MP, o defensor público e os auxiliares da 
justiça rubricar as folhas correspondentes aos atos que intervierem. 
 
c) os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas e 
rubricadas pelo escrivão ou chefe de secretaria → art. 208. 
O termo certifica um fato ou ato processual ocorrido no juízo (termo de juntada), enquanto o 
auto certifica um fato ou ato processual ocorrido fora da sede do juízo (auto de penhora). 
 
d) os atos e termos do processo serão: 
- Assinados pelas pessoas que neles intervierem. Na impossibilidade ou recusa, o escrivão 
certificará a ocorrência; 
- Quando se tratar de processo total ou parcialmente documentado em autos eletrônicos, os 
atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo 
integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo, 
que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos 
advogados das partes. Nesse caso, eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas 
oralmente no momento de realização do ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano 
e ordenar o registro, no termo, da alegação e da decisão. 
 
e) taquigrafia, estenotipia, ou de outro método idôneo. 
É permitido o uso, nos termos do art. 210 CPC. 
Taquigrafia é a escrita abreviada a mão e a estenotipia é a escrita abreviada por aparelho 
eletrônico chamado estenótipo. 
 
f) não se admitem, nos atos e termos, espaços em branco, bem como entrelinhas, emendas ou 
rasuras, salvo se aqueles forem inutilizados e estas expressamente ressalvadas (artigo 211). 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
24 
 
 
DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS (arts. 212 a 217) 
Horário para realização dos atos processuais: 
 
a) Realização em dias úteis, das 6 às 20 horas (atos externos), admitindo-se que sejam 
concluídos após as 20:00 se iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a providência ou causar 
grave dano (art. 212, CPC). 
 
b) No Juizado Especial Cível poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as 
normas de organização judiciária (Lei nº 9.099/95, art. 12). 
 
c) Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão 
realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário 
estabelecido, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal. 
 
d) O ato processual que deva ser praticado por meio não eletrônico, deverá ser protocolado no 
horário de funcionamento do fórum ou tribunal. 
 
e) A prática de ato eletrônico pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas 
do último dia do prazo. 
 
f) Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os 
dias em que não haja expediente forense (art. 216, CPC). 
 
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. 
§ 1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento 
prejudicar a diligência ou causar grave dano. 
§ 2o Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão 
realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário 
estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal. 
§ 3o Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá 
ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de 
organização judiciária local. 
 
Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte 
e quatro) horas do último dia do prazo. 
Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será 
considerado para fins de atendimento do prazo. 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art5xi
25 
 
Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e 
os dias em que não haja expediente forense. 
 
 
Atos processuais e férias/feriados: 
 
a. Durante as férias e feriados NÃO se realizam atos processuais, salvo (art. 214): 
I - citações, intimações e penhoras; 
II - a tutela de urgência. 
 
b. Processam-se durante as férias e NÃO se suspendem, de forma que continuam tramitando 
normalmente nesse período (art. 215): 
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando 
puderem ser prejudicados pelo adiamento; 
II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador; 
III - os processos que a lei determinar. 
 
Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-
se: 
I - os atos previstos no art. 212, § 2º; 
II - a tutela de urgência. 
 
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela 
superveniência delas: 
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando 
puderem ser prejudicados pelo adiamento; 
II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador; 
III - os processos que a lei determinar. 
 
LUGAR PARA PRÁTICA DE ATOS PROCESSUAIS (art. 217) 
 
O Código de Processo Civil (art. 217) prevê que os atos processuais realizar-se-ão 
ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de 
interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interes sado e acolhido pelo juiz. 
 
Exemplo de atos processuais que realizam-se excepcionalmente em outro lugar: 
 
• Deferência: oitiva do Presidente da República (art. 454). 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm#art212§2
26 
 
• Interesse da Justiça: inspeção judicial fora do juízo (art. 481). 
• Natureza: oitiva de testemunha por Carta Precatória (art. 453, II). 
• Obstáculo: oitiva de testemunha com enfermidade (art. 449, parágrafo único). 
 
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, 
em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo 
arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz. 
 
 
DOS PRAZOS (arts. 218 a 234) 
 
O impulso do processo rumo ao provimento jurisdicional (composição do litígio) está presidido 
pelo sistema da oficialidade, de sorte que, com ou sem a colaboração das partes, a relação processual 
segue sua marcha procedimental em razão de imperativos jurídicos lastreados, precipuamente, no 
mecanismo dos prazos. 
Os prazos devem ser exercidos nos prazos estabelecidos pela lei, sob pena de preclusão. Prazo 
é lapso de tempo em que o ato processual pode ser validamente praticado. 
A preclusão é a perda, extinção ou consumação do direito de praticar um ato processual. 
Existem 3 tipos de preclusão: 
• Preclusão temporal: ocorre quando há perda do direito de praticar o ato processual, 
pelo decurso do tempo, como por exemplo, protocolar embargos de declaração no 10º dia. 
O prazo dos embargos de declaração é de 5 dias, conforme art. 1.023 do CPC.• Preclusão lógica: ocorre quando há incompatibilidade entre os atos praticados pela 
parte, como por exemplo, cumpre um julgado, mas logo em seguida recorre da decisão 
cumprida. Ao cumprir o julgado, perde o interesse ao recurso. 
• Preclusão consumativa: ocorre quando a parte já cumpriu o ato, não podendo praticá-
lo novamente. Exemplo: efetua o protocolo de uma contestação no 5º dia do prazo, restando 
mais 10 dias. Se arrepende, e no 10º dia, protocola nova contestação. A segunda defesa 
deverá ser desconsiderada, em decorrência da preclusão consumativa. 
 
Como regra, o prazo começa a fluir da data da intimação, citação ou notificação da parte e se 
encerra no momento em que se encerra o lapso previsto em lei (art. 230, CPC). Ambos devem ser 
documentados nos autos pelo escrivão. Essa regra se aplica às intimações aperfeiçoadas 
(comunicadas) pela imprensa oficial. 
Em outros casos, a comunicação pode ser consumada através de mandados ou pelo correio e, 
nessa hipótese, o prazo para a prática do ato processual correspondente é contado a partir da juntada 
dos mandado aos autos (art. 231, CPC). 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
27 
 
Art. 230. O prazo para a parte, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o 
Ministério Público será contado da citação, da intimação ou da notificação. 
 
a) Classificação dos prazos (art. 218): 
 
• LEGAIS ➔ dispostos expressamente na lei. Ex.: art. 1.003, § 5º, CPC. 
• JUDICIAIS ➔ fixados pelo juiz. Ex.: art. 303, I, CPC. 
• CONVENCIONAIS ➔ ajustados entre as partes. Ex.: suspensão do prazo para que a obrigação 
seja voluntariamente cumprida (art. 922, CPC). 
 
Prazos para praticar atos processuais: 
• Regra geral: o ato processual deverá ser praticado no prazo prescritos na lei. 
• Lei omissa: juiz fixa prazo. 
• Lei e juiz omisso: prazo 5 dias 
 
 Observação: 
Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento 
após decorridas 48 horas. 
 
É importante você não se esquecer que: 
1. Quem determina o prazo processual é a lei. 
2. Quando a lei for omissa, o juiz determina qual prazo para realização do ato processual de 
acordo com a sua complexidade. 
3. Se o juiz também for omisso, o ato processual deve ser praticado pela parte no prazo de 5 
dias. 
4. A parte que não realiza o ato processual no prazo sofrerá a pena de preclusão temporal e não 
poderá realizar o ato processual. 
5. O prazo de 48 horas não é para prática de ato processual e sim o prazo mínimo que deve 
decorrer quando alguém é intimado para comparecer em juízo e a lei e o juiz são omissos quanto ao 
prazo. 
 
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. 
§ 1o Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato. 
§ 2o Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a 
comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 3o Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a 
prática de ato processual a cargo da parte. 
§ 4o Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo. 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
28 
 
b) Suspensão dos prazos (artigos 220 e 221): 
 
1. Suspende-se o curso do prazo processual durante os dias compreendidos entre 20 de 
dezembro e 20 de janeiro, inclusive. 
- Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do 
Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão 
suas atribuições durante a suspensão dos prazos. 
- Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento. 
 
2. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo 
qualquer das hipóteses do art. 313, devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava 
para sua complementação (art. 221, caput). 
 
3. Suspendem-se os prazos durante a execução de programa instituído pelo Poder Judiciário 
para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais especificar, com antecedência, a 
duração dos trabalhos (art. 221, parágrafo único); 
 
c) Natureza dos prazos: dilatórios ou peremptórios (art. 222). 
 
1. Dilatório: embora fixado na lei, admite prorrogação ou redução. Exemplos: art. 190 e art. 
313, II, CPC. 
2. Peremptório: é o que está estabelecido previamente pela lei e é vedado ao juiz reduzir sem 
anuência das partes (art. 222, § 1º). 
 
Observações (artigos 222, caput e § 2º): 
- Os prazos na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, poderão ser 
prorrogados pelo juiz por até 2 (dois) meses. 
- Os prazos em caso de calamidade pública, poderão ser prorrogados por prazo superior a 2 (dois) 
meses. 
 
d) Encerramento do prazo e preclusão temporal (art. 223): 
 
Encerrado o prazo, perde a parte o direito de praticar ou emendar o ato, independentemente 
de declaração judicial, ocorrendo a preclusão, salvo se provar justa causa (evento alheio à vontade 
da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por mandatário). 
 
Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, 
independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o 
realizou por justa causa. 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
29 
 
§ 1o Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato 
por si ou por mandatário. 
§ 2o Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar. 
 
e) Contagem dos prazos: 
 
- Os prazos processuais determinados em dias no Novo CPC são contados APENAS em DIAS 
ÚTEIS (art. 219, CPC). 
- Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os 
dias em que não haja expediente forense (art. 216, CPC). 
- Salvo disposição em contrário, os prazos são contados excluindo o dia do começo e incluindo 
o dia do vencimento (art. 224, caput, CPC). 
Para saber o dia do começo, é necessário identificar o ato processual que foi praticado: 
* Se a intimação é aperfeiçoada pela imprensa oficial, os prazos processuais começam a 
fluir da data da intimação (art. 230, CPC). 
* Quando a comunicação é realizada através de mandados ou correios, o artigo a ser 
consultado é o 231, CPC. 
- Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, 
se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora 
normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica (art. 224, § 1º, CPC). 
- Diário da Justiça Eletrônico: Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte 
ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. A contagem do prazo terá início 
no primeiro dia útil que seguir ao da publicação (art. 224, § § 2º e 3º). 
 
 VAMOS REVISAR AS PRINCIPAIS PREMISSAS: 
Para contar prazos, considere a combinação dos seguintes artigos: 216, 219, 224 e 231. 
1. Os prazos processuais determinados em DIAS são contados APENAS em DIAS ÚTEIS (art. 219, 
CPC). 
2. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias 
em que não haja expediente forense (art. 216, CPC). 
3. Salvo disposição em contrário, os prazos são contados excluindo o dia do começo e incluindo o 
dia do vencimento (art. 224, caput, CPC). 
4. O dia do começo do prazo dependerá da forma como o ato processual foi praticado e será 
determinado pelas regras dos artigos 230 e 231, CPC. 
 
Regra especial para contagem de prazos → DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO: 
- Quando a intimação for realizada pelo diário da justiçaeletrônico, considere como data de 
publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça 
Eletrônico (DJE) (art. 224, §2º, CPC). 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
30 
 
- A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação (art. 224, 
§3º, CPC. 
 
Exemplo de contagem de prazo através de intimação recebida pelo Diário da Justiça Eletrônico: 
 
Suponha a existência de um processo que tramita em autos virtuais (PROCESSO ELETRÔNICO). A 
intimação da sentença foi disponibilizada no DJE (diário da justiça eletrônico) dia 20/03/2018. Qual 
será o termo final do prazo? 
PREMISSAS BÁSICAS: 
1. O prazo para APELAÇÃO é de 15 dias (art. 1.003, § 5º). 
2. Por regra, o prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a 
sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são 
intimados da decisão (art. 1.003, caput). 
3. Os prazos processuais determinados em DIAS no Novo CPC são contados APENAS em DIAS ÚTEIS 
(art. 219). 
4. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias 
em que não haja expediente forense (art. 216). 
5. Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da 
informação no Diário da Justiça Eletrônico (art. 224, §2º). 
6. A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação (art. 224, §1º). 
DATAS IMPORTANTES: 
Data da disponibilização no DJE: 20.03.2018 
Data da publicação: 21.03.2018 (observar item 5) 
Data do início do prazo: 22.03.2018 (observar item 6) 
Feriado Nacional: 30.03.2018 (observar item 4) 
CONCLUSÃO: 
Se contarmos APENAS os dias úteis, o prazo de 15 dias que teve início em 22.03.2018 (quinta-feira) 
vence dia 12.04.2018 (quinta-feira). 
 
Professora na prática, como a parte recebe essa publicação? Dê um exemplo da “vida real” por 
favor! 
 
TJ-PR 
Disponibilização: segunda-feira, 14 de maio de 2018. 
Arquivo: 223 Publicação: 16 
Fóruns Regionais e Distritais - Cascavel Cível ___ª Vara Cível 
Processo 0000000-00.0000.0.00.0000 (processo principal 0000000-00.0000.0.00.0000) - 
Cumprimento de sentença - Responsabilidade do Fornecedor – João da Silva – Empresa X S/A - Fica 
a parte- exequente intimada a manifestar-se, em dez dias, sobre os resultados das consultas aos 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
31 
 
sistemas Infojud e Renajud (fls. 18/20). - ADV: MINOTAURO BEZERRA (OAB 000000/SP), LADY 
GAGA (OAB 000000/SP) 
 
Data da disponibilização no DJE: 14.05.2018 
Data da publicação: 15.05.2018 (observar item 5) 
Data do início do prazo: 16.05.2018 (observar item 6) 
Vencimento do prazo: 29.05.2018 (último dia do prazo para o interessado se manifestar, sob pena 
de preclusão). 
 
f) Renúncia (art. 225): 
 
Permite-se à parte renúncia do prazo a seu favor, desde que de maneira expressa (art. 225). 
Exemplo: a parte pode renunciar o prazo de um recurso e a consequência é que a partir da renúncia, 
haverá o transito em julgado da decisão. 
 
Art. 225. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor, desde que 
o faça de maneira expressa. 
 
g) Prazos do Juiz (art. 226 e 227): 
 
- 5 dias para despachar; 
- 10 dias para proferir decisões interlocutórias; 
- 30 dias para proferir sentenças. 
Obs.: prazo poderá ser excedido por igual tempo com motivo justificado (art. 227, CPC). 
 
h) Serventuário (art. 228): 
 
- 1 DIA para enviar os autos à conclusão do juiz; 
- 5 DIAS para executar atos processuais. 
 
Contagem: 
- da data que concluiu o ato anterior, se imposto pela lei; 
- da data que tiver ciência da ordem, se determinada pelo juiz. 
 
Obs.: Nos processos em autos eletrônicos, a juntada de petições ou de manifestações em geral 
ocorrerá de forma automática, independentemente de ato de serventuário da justiça. 
 
Art. 228. Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos no prazo de 1 (um) dia e executar 
os atos processuais no prazo de 5 (cinco) dias, contado da data em que: 
I - houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi imposto pela lei; 
II - tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz. 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
32 
 
§ 1o Ao receber os autos, o serventuário certificará o dia e a hora em que teve ciência da ordem 
referida no inciso II. 
§ 2o Nos processos em autos eletrônicos, a juntada de petições ou de manifestações em geral 
ocorrerá de forma automática, independentemente de ato de serventuário da justiça. 
 
i) Prazos especiais: 
 
Litisconsortes com diferentes procuradores (advogados distintos) de escritórios de advocacia 
distintos tem prazo em dobro para todas suas manifestações, cessando quando houver apenas 2 
(dois) réus, for oferecida defesa por apenas um deles. NÃO se aplica essa regra em autos eletrônicos 
(art. 229). 
 
PROCESSO FÍSICOS + LITISCONSORTES + ADVOGADOS DISTINTOS DE ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA 
DISTINTOS = PRAZO EM DOBRO 
 
j) Da Verificação dos Prazos e das Penalidades (arts. 233 até 235): 
 
Os artigos 233 até 235 do Código de Processo Civil cuidam da verificação dos prazos e das 
penalidades a serem aplicadas quando descumpridas pelo Serventuário, Advogado, Defensor 
Público, Ministério Público e Juiz. 
 
Artigo 233 
 
O artigo prevê que incumbe ao juiz verificar se o serventuário excedeu, sem motivo legítimo, os 
prazos estabelecidos em lei. Constatada a falta, o juiz ordenará a instauração de processo 
administrativo, na forma da lei. Qualquer das partes, o Ministério Público ou a Defensoria Pública 
poderá representar ao juiz contra o serventuário que injustificadamente exceder os prazos previstos 
em lei. 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
33 
 
Artigo 234 
 
O artigo prevê que os advogados públicos ou privados, o defensor público e o membro do 
Ministério Público devem restituir os autos (físicos) no prazo do ato a ser praticado. Permite a 
qualquer interessado exigir os autos do advogado que exceder prazo legal. Se, intimado, o advogado 
não devolver os autos no prazo de 3 (três) dias, perderá o direito à vista fora de cartório e incorrerá 
em multa correspondente à metade do salário-mínimo. Tratando-se de advogado, comunicará o fato 
à seção local da Ordem dos Advogados do Brasil para procedimento disciplinar e imposição de 
multa. Se a situação envolver membro do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da Advocacia 
Pública, a multa, se for o caso, será aplicada ao agente público (individualmente considerado) 
responsável pelo ato. Nesse caso, verificada a falta, o juiz comunicará o fato ao órgão competente 
responsável pela instauração de procedimento disciplinar contra o membro que atuou no feito. 
 
Artigo 235 
 
Prevê que qualquer parte, o Ministério Público ou a Defensoria Pública poderá representar ao 
corregedor do tribunal ou ao Conselho Nacional de Justiça contra juiz ou relator que 
injustificadamente exceder os prazos previstos em lei, regulamento ou regimento interno. 
Distribuída a representação ao órgão competente e ouvido previamente o juiz, não sendo caso de 
arquivamento liminar, será instaurado procedimento para apuração da responsabilidade, com 
intimação do representado por meio eletrônico para, querendo, apresentar justificativa no prazo de 
15 (quinze) dias. Sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis, em até 48 (quarenta e oito) horas 
após a apresentação ou não da justificativa de que trata o § 1o, se for o caso, o corregedor do tribunal 
ou o relator no Conselho Nacional de Justiça determinará a intimação do representado por meio 
eletrônico para que, em 10 (dez) dias, pratique o ato. Mantida a inércia, os autos serão remetidos ao 
substituto legaldo juiz ou do relator contra o qual se representou para decisão em 10 (dez) dias. 
 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
34 
 
 
 
 
 
 
DA COMUNICACAO DOS ATOS PROCESSUAIS 
 
Por regra, os atos processuais são CUMPRIDOS por ordem judicial (dentro da Comarca) ou 
REQUISITADOS por carta (fora da Comarca). 
As formas de comunicação dos atos processuais são: CARTA, CITAÇÃO, INTIMAÇÃO. 
Admite-se a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro recurso 
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real (art. 236, § 3º). 
 
Citação 
 
a) conceito. 
A citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a 
relação processual (art. 238, CPC). 
 
b) indispensabilidade da citação. 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
35 
 
A citação é indispensável para validade do processo, ressalvadas as hipóteses de indeferimento 
da petição inicial ou de improcedência liminar do pedido. 
O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a nulidade da citação, 
fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à execução. 
Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de: 
I - conhecimento, o réu será considerado revel; 
II - execução, o feito terá seguimento. 
 
c) regra da pessoalidade da citação (art. 242 CPC). 
Citação será feita em regra pessoalmente ao réu (tanto por correio quando por oficial de 
justiça). 
 
Exceções: 
Em alguns casos a lei, excepcionalmente, admite a citação por meio de pessoa interposta. 
• Representante legal ou procurador legalmente autorizado a receber citação. 
• Administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis (será habilitado para 
representar o locador em juízo) quando locador que se ausenta do país sem cientificar locatário 
de que deixou procurador com poderes para receber citação. 
• Ausente: citação será feita na pessoa do mandatário, administrador, feitor ou gerente, quando a 
ação se originar de atos por eles praticados. 
• A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas 
autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública 
responsável por sua representação judicial. 
• Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a entrega do 
mandado a funcionário da portaria responsável pelo recebimento de correspondência, que, 
entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito, sob as penas da lei, que o 
destinatário da correspondência está ausente (art. 248, § 4º, CPC). 
 
d) lugar da citação. 
Regra geral: qualquer lugar (art. 243). 
 
 Observação 
O militar, em serviço ativo, será citado na unidade em que estiver servindo se não for conhecida a 
sua residência ou nela não for encontrado. 
 
Situações que não se fará citação: 
 
1. Não se fará citação, salvo para evitar perecimento do direito (art. 244): 
• de quem estiver participando de ato de culto religioso; 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
36 
 
• de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em 
linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias 
seguintes; 
• de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento; 
• de doente, enquanto grave o seu estado. 
 
2. Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz ou está 
impossibilitado de recebê-la. 
• Nesse caso, o oficial de justiça descreverá e certificará minuciosamente a ocorrência. Para 
examinar o citando, o juiz nomeará médico, que apresentará laudo no prazo de 5 (cinco) dias. 
• Dispensa-se a nomeação se pessoa da família apresentar declaração do médico do citando 
que ateste a incapacidade deste. 
• Reconhecida a impossibilidade, o juiz nomeará curador ao citando, observando, quanto à sua 
escolha, a preferência estabelecida em lei e restringindo a nomeação à causa. 
• A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa dos interesses do 
citando. 
 
e) efeitos da citação válida, ainda quando ordenada por juiz incompetente (art. 240). 
 
1. induz litispendência – ações idênticas (por isso que se extingue a ação com citação mais 
recente); 
2. torna litigiosa a coisa (gera a ineficácia da alienação do objeto litigioso); 
3. constitui o devedor em mora – atraso (nas obrigações sem prazo de vencimento); 
4. interrompe a prescrição, que será operada pelo despacho que ordena a citação, ainda que 
proferido por juízo incompetente e retroagirá à data de propositura da ação. Aplica-se à decadência. 
 
 Observação 
• Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias para viabilizar 
a citação, sob pena de não se ser interrompida a prescrição, mas a parte não será prejudicada 
pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário. 
• O efeito retroativo (interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, 
ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de propositura da ação) aplica-
se à decadência e aos demais prazos extintivos previstos em lei. 
 
f) modalidades de citação (art. 246). 
I - pelo correio; 
II - por oficial de justiça; 
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório; 
IV - por edital; 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
37 
 
V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei. 
 
 Observação: 
• Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e 
privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, 
para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas 
preferencialmente por esse meio (art. 246, § 1º). Aplica-se essa regra à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal, aos Municípios e às entidades da administração indireta (art. 246, § 2º). 
• Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando 
tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio , caso em que tal citação é 
dispensada (art. 246, § 3º). 
 
Art. 246. A citação será feita: 
I - pelo correio; 
II - por oficial de justiça; 
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório; 
IV - por edital; 
V - por meio eletrônico, conforme regulado em lei. 
§ 1o Com exceção das microempresas e das empresas de pequeno porte, as empresas públicas e 
privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito 
de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio. 
§ 2o O disposto no § 1o aplica-se à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às 
entidades da administração indireta. 
 
§ 3o Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver 
por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada. 
 
Citação pelo Correio (artigos 247 e 248) → exige-se carta registrada com recibo. 
 
A citação pelo correio depende da vontade do réu, pois só se aperfeiçoa com a sua assinatura 
no aviso de recebimento. 
A carta de citação deverá conter os requisitos do art. 250, CPC. 
 
Não pode ser feita citação pelo correio (art. 247): 
 
• ações de estado; 
• citando pessoa incapaz; 
• citando pessoa jurídica de direito público. 
 
Licenciado para - Raphael Rodrigues Ribeiro - 21584497807 - Protegido por Eduzz.com
38 
 
Art. 247. A citação será feita pelo correio para qualquer comarca do país, exceto: 
I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3o; 
II - quando o citando for incapaz; 
III - quando

Outros materiais