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– º Reabsorção e Secreção Renal Objetivo 1: Explicar a reabsorção e secreção renal - Após o FG entrar nos túbulos renais, ele passa pelo: 1-Túbulo Proximal 2- Alça de Henle 3-Túbulo Distal 4-Túbulo Coletor 5-Ducto coletor - Após passar por todas essas estruturas são excretados como urina - Ao longo desse curso algumas substâncias são absorvidas dos túbulos de volta ara o sangue, enquanto outras são secretadas do sangue para o lúmen tubular Excreção da urina = Filtração glomerular – Reabsorção Tubular = Secreção Tubular - A secreção é responsável por quantidades significativas de íons potássio, hidrogênio e de outras substâncias que aparece na urina - Algumas substâncias que passam pelos túbulos são reabsorvidas e outras são secretadas - As substâncias como Sódio, Potássio, Cloreto, glicose, tem que ser reabsorvidas porque são indispensáveis para os processos celulares - A reabsorção tem papel de maior destaque: Sódio, Cloreto, Bicarbonato, Glicose e Aminoácidos (então elas terão em menos quantidade na urina) - A secreção tem papel de maior destaque: Potássio, Hidrogênio (elas aparecem em maior quantidade na urina) - Glicose e aminoácidos são quase completamente reabsorvidas pelos túbulos, isso faz com que quase não seja encontrada na urina – º - Quando glicose e proteínas estão presentes na urina tem alguma falha no mecanismo de reabsorção (Glicosúria e Albuminúria) Reabsorção Tubular - Em tal tabela mostra as variadas substâncias filtradas livremente nos rins e reabsorvidas - A intensidade com que cada uma dessas substâncias são filtradas são calculadas como: Filtração = Taxa de Filtração Glomerular x Concentração Plasmática - Os processos de filtração glomerular e de reabsorção tubular são maiores que a excreção pela urina para muitas substâncias - Alterações na filtração glomerular ou da reabsorção tubular é capaz de causar alteração grande na excreção urinária - Na filtração glomerular praticamente todas as substâncias são filtradas (exceto proteínas e substâncias ligadas a ela), na reabsorção tubular é muito seletiva - Glicose, aminoácidos são quase completamente reabsorvidos pelos túbulos, de modo que quase não aparece na urina - Sódio, Cloreto de Sódio e Bicarbonato são muito reabsorvidos, mas suas intensidades de reabsorção e de excreção urinárias são variáveis, dependendo das necessidades do organismo – º - Ureia e creatinina, são poucos reabsorvidos pelos túbulos, sendo excretados em quantidades relativamente altas - Pode-se afirmar que pelo controle da reabsorção de diferentes substâncias, os rins regulam a excreção de solutos Reabsorção Tubular - O processo de reabsorção começa com o transporte das substâncias, que vão: Das Membranas Epiteliais Tubulares -> Para o Líquido Intersticial Renal -> Em seguida retornar ao sangue através das membranas dos capilares peritubulares - O transporte da substância do epitélio tubular para o líquido intersticial renal é através de transporte ativo ou passivo Exemplo: Água e solutos - Podem ser transportados tanto pelas próprias membranas celulares (via transcelular) -> Por difusão passiva ou transporte ativo - Podem ser transportados quanto através dos espaços intercelulares entre as junções celulares (via paracelular) -> Por difusão - OBS: Portanto, ocorre transporte de substâncias entre as células e entre os espaços de uma célula e outra - Após a absorção através das células epiteliais tubulares, para o líquido intersticial, a água e os solutos são transportados pelo restante do caminho através das paredes dos capilares peritubulares, para o sangue, por ultrafiltração, que é mediado pelas pressões hidrostáticas e coloidosmóticas – º Transporte Ativo - Ocorre contra o gradiente de concentração - Tem gasto de ATP - O soluto vai do meio mais concentrado para o meio menos concentrado - Transporte ativo primário – º - Acoplado diretamente ao ATP. Ex: Bomba de Sódio e Potássio - A bomba de sódio e potássio está presente ao longo do túbulo renal - Possibilita a movimentação do soluto contra o gradiente - A enrgia para que isso ocorra vem da hidrólise do ATP por meio da ATPase - A ATPase é uma proteína transmembranar, que é também um transportador de soluto - Ao longo dos túbulos renais há diversas outras ATPases além da sódio potássio como: Hidrogênio ATPase, Hidrogênio-Potássio ATPase e a Cálcio ATPase - As proteínas citadas acima estão relacionadas com o transporte dos seus respectivos íons - Um grande exemplo do sistema de transporte ativo primário é a reabsorção de íons sódio na porção tubular proximal Como funciona essa reabsorção - A membrana da célula epitelial tubular tem muitas bombas de sódio e potássio ATPase - Essas bombas vão hidrolisar o ATP e usar a energia dessa hidrólise para transportar o sódio para fora da célula em direção ao interstício - Ao mesmo tempo, o potássio é transportado do interstício para o interior da célula – º - Cada ATPase sódio e potássio transporta 3 íons sódio para o meio extracelular e 2 íons potássio para o meio intracelular - O funcionamento dessa bomba mantém o nível de sódio baixa e a de potássio alta dentro da célula - O meio intracelular fica menos positivo, do que o meio extracelular - Depois desse processo, é criado uma carga efetiva negativa de -70mV dentro da célula epitelial tubular - O sódio, ao ser encaminhado para o lúmen tubular, faz com que o sódio passe por difusão, do lúmen tubular para dentro da célula renal - O sódio vai para dentro da célula renal por conta do gradiente de concentração, que está menor dentro da célula (tem menos quantidade de sódio dentro da célula) por isso ele vai para lá - Porque a concentração de sódio no líquido tubular é alta e dentro da célula é baixa, por isso o sódio se encaminha para dentro da célula - Outra justificativa para o sódio ir do lúmen tubular para a célula, é por conta da carga negativa criada, que atrai as cargas positivas do sódio - A reabsorção de sódio, pela ATPase sódio potássio ocorre na maioria do túbulo renal - As bordas em escova presentes no lúmen do túbulo renal aumentam em 15x a reabsorção - Transporte ativo secundário (Reabsorção Ativa Secundária) – º - Acoplado indiretamente ao ATP. Ex: Fornecida por gradiente iônico -> Reabsorção da glicose no túbulo renal - 2 ou + substâncias interage com uma proteína transmembranar específica e são transportadas através da mesma - Se uma das substâncias, como o sódio, se difundir a favor do seu gradiente eletroquímico, vai haver liberação de energia, que será utilizada no transporte de outra substância, como a glicose, que irá contra o seu gradiente de concentração - A energia que será consumida é liberada por difusão facilitada - Transporte ativo secundário de glicose e aminoácidos no túbulo proximal - Em ambos os casos a proteína transportadora específica se combina com o íon sódio e uma molécula de aminoácido ou de glicose ao mesmo tempo - Após entrar na célula a glicose e o aminoácido saem pelas membranas, por difusão facilitada pelas proteínas transportadoras específicas, devido a alta concentração dessas substâncias dentro da célula – º - A glicose será Co-transportada, isso é, transportada em conjunto no mesmo sentido pelas proteinas SGL-T1 e SGL-T2 presentes na borda em escova das células tubulares - 90% da glicose filtrada será reabsorvida pela proteína SGL-T2, na porção proximal e o restante será absorvida na porção inicial do tubo coletor, pela proteína SGL-T1 - Existe os transportadores ded glicose chamados GLUT’s, que ajudarão a glicose a se difundir do interior da célula para o espaço intersticial - O transporte ativo secundário de glicose acontecem na membrana luminal, acaptação passiva da glicose ocorre nos capilares peritubulares - Esse sistema é tão eficiente que quase todo o aminoácido e a glicose são reabsorvidos Contra- Transporte - Algumas substâncias acabam sendo excretadas nos túbulos por transporte ativo secundário, como parte do processo de formação da urina. - Esse mecanismos inclui o contra-transporte de algumas substâncias com os íons sódio, ou seja, são transportadas em sentidos opostos - Nesse Contra-Transporte, a energia será liberada pelo movimento ded uma das substâncias em um sentido, a exemplo, o sódio - Essa energia permite que haja o transporte ativo da outra substância, no sentido contrário - No contra- transporte há a reabsorção de sódio conjugada a secreção ativa de íons hidrogênio (no qual entra sódio e sai hidrogênio) , realizado pela proteína sódio hidrogênio Endocitose - Os rins adquiriram habilidades para reabsorver várias substâncias, umas dessas é de reabsorver substâncias grandes que acabam sendo filtradas no processo de filtração glomerular - Esse processo é considerado um tipo de transporte ativo - Nesse processo de endocitose, uma proteina irá se aderir a borda em escova da membrana luminal e essa porção irá se envaginar para dentro da célula até que se solte e forme a vesícula endocítica – º - A proteína, que está dentro da vesícula, irá sofrer hidrólise e será digerida até a formação dos aminoácidos - Esses aminoácidos serão encaminhados para os capilares sanguíneos Osmose da água - Quando os solutos são transportados por transporte para fora do tubulo por transporte ativo primário ou secundário, suas concentrações nos tubulos diminuem e as suas concentrações no interstício renal aumentam - Essa situação possibilita a ocorrência de osmose da agua na mesma direção em que os solutos foram transportados, isso é do lumen tubular para o interstício renal - O tubo proximal, são muito permeáveis a água e a reabsorção de água ocorre de maneira muito rápida - O tubo proximal tem permeabilidade relativa para os íons: Sódio, Cloreto, Potássio, Cálcio e Magnésio - A maior parte da água transportada por osmose dos tubulos proximais ocorrem nas junções oclusivas entre as células epiteliais - Essas junções não oferecem grande resistência na passagem de água, por isso a água e pequenos íons conseguem passar facilmente por ela - A medida que a água se desloca por osmose nessas junções, ela pode levar alguns solutos com ela, com o sódio (Porque aonde a água vai, o sódio vai atrás) - A água portanto, tem poder de atração sobre alguns íons - Portanto, quando a agua transita ela arrasta o sódio com ela Transporte Passivo - A favor do gradiente de concentração - De um meio que tem menos soluto para o que tem mais - Difusão do solvente de um meio para outro sem gasto de energia - A água é sempre reabsorvida por osmose Transporte do sódio por difusão facilitada – º - Transportado por outras proteínas presentes no lúmen para dentro da célula tubular - Essas proteínas ajudarão no transporte de outras substâncias, como glicose e aminoácidos Transporte máximo de algumas substâncias – º - É o limite de para o transporte de um determinado soluto - Isso ocorre porque não há transportadores suficientes caso haja uma sobrecarga de solutos que precisam ser transportados de um meio para o outro - Ex: Sistema de transporte da glicose no tubulo proximal - A glicose não aparece na urina, em condições normais, pois praticamente toda glicose filtrada será reabsorvida no tubulo proximal - Quando acontece hiperglicemia persistente, a carga filtrada supera a capacidade reabortiva dos tubulos e ocorre excreção urinária de glicose - Isso ocorre em pacientes com Diabetes Mellitus não controlada Diabetes Mellitus - Em pessoas que tem essa patologia, os néfrons já atingiram a capacidade máxima de reabsorver glicose, pelo fato da glicose presente no sangue estar sempre muito elevada - Portanto a reabsorção ficará prejudicada, uma vez que a filtração aumentada causará a excreção urinária de glicose -> Glicosúria Reabsorção do sódio – º *IPC: Reabsorção de água, cloreto, ureia está acoplada a reabsorção de sódio - Quando o sódio é reabsorvido, os íons negativo, como Cloreto, são transportados junto com o sódio devido ao potencial elétrico - Ou seja, o transporte dos íons sódio, que tem carga positiva, do lúmen para o interstício, deixa o interior do lúmen com carga negativa, em comparação com o líquido intersticial - Isso faz com que os íons cloreto se difundam passivamente para a via paracelular - O cloreto é transportado ativamente pela proteína co-transportadora sódio cloreto - A ureia é reabsorvida passivamente no túbulo, so que em menor quantidade que o cloreto - Porque o túbulo não é tão permeável a ureia quanto é a água - Em porçoes mais distais do néfron tem proteínas específicas transportadoras de ureia, entretanto metade da ureia filtrada é reabsorvida dos túbulos e o restante será excretada na urina - Outro residuo metabolico produzido é a creatinina, que é uma molécula grande que tem um transito dificultado na membrana tubular - A membrana tubular é impermeável a creatinina - A creatinina que é filtrada quase não é reabsorvida, praticamente toda a creatinina é eliminada na urina - A creatinina é usada como marcador da função renal, refletindo a taxa de filtração glomerular Reabsorção nos Túbulos Proximais – º - 65% da água, sódio e cloreto são reabsorvidos no túbulo contorcido proximal - Isso se dá, pelas características presentes nas células desse túbulo - As células tem alta demanda metabólica, ou seja, possui muitas mitocôndrias que irão fornecer altas concentrações de energia metabólica na forma de ATP para promover o transporte ativo de substâncias que ocorrerá nessa região - As células tem bordas em escova (que são evaginações da membrana plasmática) que estão na porção luminal - Possui canais intercelulares e basais que formar uma grande área de superfície, que possibilita a rápida passagem de sódio e de outra substâncias - A borda em escova possui proteínas transmembranares que permitem a passagem de grande parte dos íons, por mecanismo de Co-transporte, junto a outras substâncias como glicose e aminoácido - O sódio excedente será transportado do lúmen tubular para dentro da célula por meio de Contra- Transporte que permite a reabsorção desse sódio adicional, na medida que transportam outros íons no lúmen tubular, como íons hidrogênio - A secreção de íons hidrogênio é um evento fundamental para remover íons bicarbonato do túbulo renal - Maior parte do sódio e de outras substâncias é reabsorvida no túbulo proximal, devido ao resultado final do trabalho realizado pela bomba sódio potássio ATPase - Ao longo do túbulo, as substâncias são reabsorvidas de maneira distinta – º - Na primeira metade do túbulo, o sódio é reabsorvido com a glicose, aminoácidos e outras substâncias por meio de Co-Transporte - Nessa primeira reabsorção, a solução tubular resultante fica bastante concentrada em cloreto - Na segunda metade do túbulo, o sódio é reabsorvido junto com o cloreto - A alta concentração de cloreto, nessa segunda metade, favorece a difusão do soluto do lúmen tubular para o líquido intersticial renal, pelas junções intercelulares - Os canais de cloreto são responsáveis por reabsorver uma pequena quantidade de cloreto - A medida que o sódio é reabsorvido do túbulo proximal e sua quantidade tubular diminui, a água é reabsorvida com ele, já que esse túbulo é bastante permeável a água - Pela água ser reabsorvida com o sódio, a osmolaridade desse soluto fica mais ou menos constante - Substâncias como glicose, aminoácidos e bicarbonato tem as suas concentrações tubulares reduzidas,por serem mais reabsorvidos que a água no túbulo proximal - A ureia e a creatinina, como são pouco reabsorvidas, tem suas concentrações tubulares aumentadas - A concentração final do fluido tubular é basicamente a mesma em toda extensão tubular proximal - No túbulo contorcido proximal ocorre a secreção de substâncias orgânicas como sais biliares, urato, oxalato e catecolaminas - Essas substâncias orgânicas são resíduos metabolicos celulares corporais e precisam ser eliminadas - As excreções dessas substâncias no túbulo proximal, somadas a filtração que ocorre pelos capilares peritubulares para o túbulo proximal e a ausência de reabsorção pelos túbulos, favorece a excreção desses resíduos pela urina - Os rins também secretam pelas células tubulares fármacos e toxinas que serão eliminados rapidamente na urina - Fármacos como Penicilina e Salicelatos as células mantem a concentração terapeutica desses fármacos, já que suas concentrações teciduais dependem da intensidade com que eles serão eliminados Reabsorção na Alça de Henle – º – º - Ela é dividida em 3 porções distinta: 1-Ramo descendente delgado - Contém células com a membrana epitelial fina - Não possuem bordas em escova - Tem poucas mitocôndrias e portanto baixa atividade metabólica - Permeável a água - Parcialmente permeável a solutos como sódio, potássio e ureia - A sua principal função é permitir a difusão simples de substâncias que serão reabsorvidas através das suas paredes - 20% da água filtrada nos glomérulos será reabsorvido na Alça de Henle e quase totalidade dessa água será reabsorvida nessa porção 2-Ramo ascendente delgado - Contém células com a membrana epitelial fina - Não possuem bordas em escova - Tem poucas mitocôndrias e portanto baixa atividade metabólica - Praticamente impermeável a água, característica importante no processo de concentração da urina - Absorve bem menos eletrólitos que a porção espessa 3-Ramo ascendente espesso - Possui célula Epiteliais espessas - Tem grande quantidade de mitocôndria e alta intensidade metabólica - Essa intensa atividade é necessária para reabsorver sódio, potássio e cloreto - Intensa reabsorção de eletrólitos (sódio, potássio, cloreto, cálcio, magnésio) sendo a maior parte na porção ascendente espessa - Tem uma considerável absorção de cálcio, magnésio, sódio e potássio pela via paracelular - É por essa via porque o lúmen tubular fica com uma carga ligeiramente positiva, em relação ao interstício, por conta do refluxo do potássio para o lúmen tubular, após a reabsorção – º - Essa carga positivo repele o cálcio e o magnésio e esses transitam do tubulo para o líquido intersticial - Tem a presença de bomba de sódio- potássio ATPase -> Mantém a baixa concentração intracelular de sódio, isso gera um gradiente de concentração e favorece que o sódio vai do líquido tubular ara dentro da célula - Co-transportadora sódio potássio 2-cloreto -> Realiza o transporte de sódio, ela usa a energia potencial liberada ela difusão do sódio para a célula, para que ela impulsione a reabsorção de potássio para dentro da células, contra o gradiente de concentração Os diuréticos de alça: Furosemida, Bumetanida e Ácido Etacrínico - Agem diretamente sobre a proteína Co-transportadora sódio potássio 2-cloreto, que é responsável por grande parte da reabsorção desses eletrólitos - Esses fármacos inibem a ação dessa proteína há uma redução na reabsorção desses eletrólitos - E por isso esses diuréticos são potentes e diminuem rapidamente a PA = Porque sem eletrólitos -> Não tem reabsorção de água -> Não aumenta a PA Túbulo Distal - Tem início após o ramo ascendente espesso da Alça de Henle - Primeira parte é a Mácula Densa: -> A Mácula é um conjunto de células epiteliais modificadas do túbulo distais, que fazem parte do Aparelho Justaglomerular -> Seu objetivo é promover o controle da filtração glomerular, por meio do Feed Back tubuloglomerular e assim controlar o fluxo sanguíneo renal - Tem também a porção contorcida do Túbulo Distal -> A função dessa parte se assemelha com a porção ascendente espessa (reabsorção de solutos) -> Reabsorve bastante sódio, potássio e cloreto, mas menos que o ramo espesso -> São quase impermeáveis a água e ureia -> Por ser quase impermeável tem carater diluidor, já que não reabsorve a água do líquido tubular – º -> 5% do cloreto de sódio é reabsorvido no início do túbulo distal -> A proteína Co-Transportadora Sódio Cloreto capta o cloreto de sódio do lúmen tubular para dentro da celula -> A bomba sódio potássio ATPase, transporta o sódio para fora da célula -> O cloreto sai da célula e vai em sentido ao líquido intersticial renal pelos canais de cloreto -> A proteína Co-transportadora Sódio Cloreto vai ser inibida pelos diuréticos tiazídicos (Hidrocloratiazida) -> Usados em insuficiência cardíaca, edema e hipertensão arterial Porção final do Túbulo Distal e Túbulo Coletor Cortical – º - Segunda metade do túbulo distal - Essas somas possuem funções semelhantes - Possuis tipos diferentes de células entre si - São compostas pelas células principais e pelas células intercalares - Células principais -> Tem a função de reabsorver água e o sódio do lúmen e também secreta potássio para o lúmen, por conta da atividade da sua bomba de sódio e potássio ATPase -> Essa bomba mantém baixa a concentração de sódio intracelular -> A baixa concentração de sódio, permite a difusão de sódio do túbulo para dentro da célula através de outras proteínas trans membranares, devido ao gradiente de concentração de sódio criado -> A secreção de potássio, do interstício para o lúmen tubular, envolve duas etapas: - O potássio entra na célula pela Bomba de Sódio e Potássio ATPase que mantém a concentração intracelular elevada de potássio - O potássio já dentro da célula se difunde por meio de canais iônicos, a favor do seu gradiente de concentração, sem sentido ao líquido tubular – º Diuréticos poupadores de potássio - Alguns fármacos anti-hipertensivos foram desenvolvidos e agem reduzindo a reabsorção de sódio e potássio e consequentemente reduzindo a pressão arterial - Ex: -> Espironolactona: Antagonista do hormônio aldosterona, inibe os efeitos da aldosterona, que são a reabsorção de sódio e a secreção de potássio no lúmen tubular, ele ajuda a reduzir a reabsorção de sódio e secreta menos potássio -> Amilorida e Triantereno: Antagonistas do canal de sódio, eles inibem a entrada de sódio na célula, por meio dos canais de sódio, o que faz reduzir a quantidade de sódio intracelular que seria transportado para fora da célula pela bomba, com menos sódio disponível, menos potássio será reabsorvido pela bomba e consequentemente menos potássio terá dentro da célula para ser secretado para o líquido tubular - Células intercalares – º -> Tem função de reabsorver o potássio e secretar hidrogênio para o lumen tubular -> Secreção hidrogênio pelos transportadores Hidrogênio ATPase -> Para cada íon hidrogênio secretado 1 íon de bicarbonato fica disponível para reabsorção, para que haja um equilíbrio de cargas elétricas -> Essas células também reabsorvem íons de potássio - As membranas de ambos os tubos, são bastante impermeáveis a ureia - Quase toda ureia passará direto até chegar ao ducto coletor para ser secretada na urina – º Ductos Coletores Medulares - Reabsorvem cerca de 10% da água e do sódio filtrados - É o último local que irá processar a urina, no sentido de concentra-la ou diluí-la - Tem papel fundamental em determinar a quantidade final de água e solutos presentes na urina excretada - É uma zona permeável a água, mas ela é regulada pelo nivel de ADH - O ADH é responsável por realizar reabsorçãode água do ducto para as células - Altos níveis de ADH = Mais água será reabsorvida para o interstício medular = Reduzindo o volume urinário = Concentrando a urina - Esse ducto é permeável a ureia, então parte dela será reabsorvida para o interstício, o que ajuda a elevar a osmolaridade da região medular renal, contribuindo que os rins formem a urina concentrada - Secreta íons de H= contra o gradiente de concentração, que tem importância no controle do balanço ácido básico - O que define se um soluto será mais ou menos concentrado no líquido tubular é o grau de reabsorção desse soluto, comparativamente a reabsorção de água - Se a água for mais reabsorvido ou pouco soluto for reabsorvido, o soluto ficará mais concentrado na urina - Se maior quantidade de soluto for reabsorvido ou se houver menor reabsorção de água, o soluto fica mais diluído na urina Mecanismo de Regulação na Reabsorção e Secreção – º - Os túbulos renais tem a capacidade de controlar a sua intensidade de reabsorção, aumentando o potencial de reabsorção, quando ocorre o aumento da carga filtrada que chega aos túbulos - Quando mais filtrado chegar aos túbulos, maior será a sua reabsorção -> Esse é o fenômeno conhecido como Balanço Glomerulotubular - Esse balanço ocorre em diversos segmentos dos túbulos renais, sobretudo na Alça de Henle - Esse balanço é importante, porque evita que uma sobrecarga de volume chegue a porção final tubular, quanto tem o aumento da filtração glomerular - O balança glomerulotubular atua como segunda lia de defesa para atenuar os efeitos das flutuações da filtração glomerular sobre o débito urinário - As primeiras linhas de defesa são os mecanismos autorregulatórios renais, sobretudo o Feed Back TubuloGlomerular, realizado pelo aparelho Justaglomerular - O aparelho justaglomerular ajuda evitar alterações no fluxo sanguíneo renal e consequentemente na filtração glomerular - Tanto a primeira linha de defesa, quanto a segunda, atuam ara evitar alterações bruscas na carga de filtrado nos túbulos distais, como ocorre na alteração de Pressão Arterial por distúrbios de volume - Outro fato importante na regulação da reabsorção tubular é o balanço entre forças hidrostáticas e oncóticas, ao longo dos capilares peritubulares - Essas forças atuam da mesma forma que no filtrado glomerular - Algumas alterações no trânsito de solutos e solventes, podem alterar as pressões hidrostáticas e oncóticas do interstício renal e dessa forma alterar a intensidade de reabsorção de água e demais solutos pelos túbulo renais - O balanço de pressões que são a favor da reabsorção renal cria uma pressão efetiva resultante de 10mmHg -> Pressão de reabsorção -Determinantes da reabsorção: Pressão Hidrostática e Oncótica – º - Ambas as pressões sofrem influencia das alterações hemodinâmicas renais - A pressão hidrostática é influenciada por: 1- A pressão arterial -> Eleva a pressão arterial = eleva a pressão sanguínea renal = Eleva Pressão Hidrostáticas nos Capilares Peritubulares = Diminui a intensidade de reabsorção -> Esse efeito é diminuído pelos mecanismos auto regulatórios que mantém o fluxo sanguíneo renais e a pressão hidrostática nos vasos sanguíneos renais relativamente constante 2- Aumento nas Resistências das arteríolas aferentes e eferentes ->Maior resistência = Diminui a pressão hidrostática dos capilares peritubulares = Aumenta a intensidade de Reabsorção – º *Aumenta Pressão Hidrostática = Diminui Intensidade de Reabsorção nos capilares peritubulares Diminui Pressão Hidrostática = Aumenta Intensidade de Reabsorção nos capilares peritubulares - Pressão Oncótica nos Capilares Pertitubulares pode ser determinada: 1-Pela Pressão Oncótica Plasmática Sistêmica ->Aumento da concentração de proteínas nos vasos sanguíneos da circulação sistêmica = Aumenta a Pressão Oncótica nos Capilares Pertitubulares = Aumentando a Reabsorção 2- Fração de Filtração ->Quanto mais intensa é a filtração glomerular = Mais águas e eletrólitos passam dos capilares Glomerulares para os túbulos = Consequentemente as proteínas plasmáticas dentro dos capilares ficarão mais concentradas ->Aumento da Fração da Filtração = Aumenta a capacidade de reabsorção dos capilares peritubulares *Aumenta Pressão Oncótica nos Capilares = Aumenta a Reabsorção nos capilares peritubulares Diminui Pressão Oncótica nos Capilares = Diminui Reabsorção nos capilares peritubulares – º Natiurese e Diurese pressóricas (s3) - Aumentos discretos na pressão arterial são capazes de impactar aumentos acentuados da excreção urinária de sódio e água - Natiurese Presórica: - Processo de eliminação de sódio na urina, se realiza pela eliminação de água na urina formada, ambas mediadas por alterações na PA - Esse mecanismo ocorre quando um pequeno aumento na PA até cerca de 150mmHg faz aumentar discretamente a difusão renal e consequentemente aumenta discretamente a filtração glomerular, o que também aumenta o débito urinário, para tentar reduzir essa pressão - Quando há alteração na autorregulação da filtração glomerular, como ocorre em pacientes que possuem doenças renais, os aumentos da pressão arterial, produzem aumentos bem maiores da filtração glomerular, contribuindo para agravar ainda mais as lesões renais – º - Por isso que os indivíduos que tem hipertensão as vezes tem o acometimento renal 1 Efeito da PA: Aumenta Pa = Aumenta Perfusão Renal = Aumenta Filtrado Glomerular = Aumenta Débito Urinário (Que reduz a PA) - 2 Efeito da PA: PA aumentada = Aumenta Débito Urinário = Diminui Sódio e Água filtrtados (que serão reabsorvidos nos túbulos renais) -> Redução da PA - Esse segundo efeito ocorre porque a PA aumentada, faz aumentar a pressão hidrostática capilar pertitubular, e assim aumentar a pressão hidrostática do líquido intersticial renal - Aumento da Pressão Hidrostática do Líquido Intersticial Renal, intensifica o retorno do sódio para dentro do túbulo, o que faz reduzir a reabsorção efetiva de sódio e água e assim aumenta ainda mais o débito urinário, quando a PA renal se elevar - 3 Fator que contribui para a formação da Natriurese e Diurese Presóricas é a Redução na formação de Angiontensina II - A Angiontensina II é um potente agente vasopressor, que é produzida na circulação pulomanar - Ela é derivada na conversão da Angiotensina I, por meio da Enzima conversora da Angiotensina -> ECA - A Angiotensina II tem a função de aumentar a reabsorção de sódio pelos túbulos e estimular a secreção da aldosterona na zona glomerulosa do córtex adrenal - A aldosterona faz aumentar ainda mais a reabsorção de sódio, contribuindo em conjunto com a Angiotensina II ara o aumento da PA - Diminuição da Angiotensina II = Menor ocorrência de reabsorção tubular de sódio = Que ocorre quando a PA está aumentada Controle Hormonal da Reabsorção e Secreção (s3¿) – º - Rins fazem uma regulação bastante eficiente nos volumes de água contida nos compartimentos corporais e das cocnetrações dos solutos - Os hormônios promovem maior ou menor reabsorção e excreção urinária, que varia de intensidade de acordo com as condições fisiológicas momentâneas do indivíduo, até a sua maior ou menor de manter ou depletar volume, que ocorre em casos de: Hiperidratação e Desidratação - Aumento na ingestão de potássio = o organismo vai aumentar a excreção desse potássio = mas que não altere a excreção normal dos demais eletrólitos = já que estes não estão nem aumentados nem diminuídos Aldosterona - Hormônio secretado na zona glomerulosa do córtex adrenal - Possui a função de promover a reaborção de sódio e secreção de potássio pelos túbulos renais - Age principalmente nas células principais do túbulo coletor principal - Estimula a bomba de sódio e potássio- A aldosterona é secretada quando: -> O aumento na concentração de potássio extracelular -> Elevação dos níveis de Angiotensina II, que ocorre quando tem depleção de sódio e ded volume e em situações de hipotensão - Quando há maior secreção de aldosterona nessas condições, haverá retenção de água e sódio, promovendo o aumento de volume do líquido extracelular e eleva a pressão sanguínea nos valores normais Angiotensina II – º - É uma substância de ação hormonal - Faz um potente retenção de água e sódio no organismos, o que o da a grande função de elevar a PA - Aumento na produção de Angiotensina II promove a normalização das taxas de PA e do volume extracelular, por meio do aumento da reabsorção de água e sódio nos túbulos renais - Tais eventos citados acima ocorre por meio de 3 eventos principais: 1-A Angiotensina estimula a secreção de Aldosterona, e essa aumenta a reabsorção de sódio 2-A Angiotensina induz a contração das arteríolas eferentes causando a reabsorção de água e sódio - A contração da arteríola eferente reduz a pressão hidrostática dos capilares peritubulares e isso aumenta a reabsorção efetiva, principalmente nos túbulos proximais, porque o corpo entende que precisa aumentar os volumes nos capilares - A contratação da arteríola eferente reduz o fluxo sanguíneo renal, aumentando assim a filtração glomerular, havendo assim o aumento na concentração de proteínas nos capilares pelo fato de muito solvente ter sido filtrado no glomérulo e consequentemente haverá o aumento da pressão oncótica nos capilares peritubulares - Essa sequência de eventos faz aumentar a força de reabsorção nos capilares eritubulares e eleva a reabsorção tubular de sódio e água – º - A Angiotensina também estimula diretamente a reabsorção de sódio nos túbulos proximais, na alça de henle, nos túbulos distais e túbulos coletores - Isso acontece devido a Angiotensina II estimular a bomba de sódio e potássio ATPase, além disso estimula a troca de sódio e hidrogênio na membrana luminal do túbulo proximal - Esse hormônio também estimula o Co-trtansporte de sódio e bicarbonato ADH - Hormônio Anti-Diurético ou Vasopressina - Aumenta a reabsorção de água por meio do aumento da permeabilidade do túbulo distal, túbulo coletor e ducto coletor - Esse efeito do ADH é muito importante para evitar grandes perdas de água pela urina - Quando há redução na secreção de ADH a permeabilidade dos túbulos a água fica muito baixa, fazendo com que os rins secretem grandes quantidades de urina diluída – º - O ADH é muito imortante para o contrtole no nível de diluição ou concentração da urina - O ADH se liga aos receptores V2 nas células da porção final dos túbulos distais, túbulos coletores e ductos coletores, aumento a formação do AMP cíclico, o que leva a ativação de proteinas sinases - A ativição dessas proteínas estimula o movimento da aquoporina II, proteína intrtacelular, para o lado luminal das membranas celulares - A Aquoporina II se fundem a membrana plasmática celular, formando canais para a passagem de pagua e isso permite a difusão rápida de água dos túbulos para dentro das células Peptídeo Natridiurético Atrial (PNA) - Produzidos nos átrios cardíacos, quando ocorre distensão em função da expansão do volume sanguíneo - Quando ele está alto no sangue, ele promove inibição direta da reabsorção de sódio e agua pelos túbulos renais, especialmente nos ductos coletores - Inibe a secreção de Renina e assim a formação de Angiotensina II, o que irá provocar a redução da reabsorção de tubular renal - Essa diminuição na reabsorção de Sódio e água aumenta as suas excreções urinárias e auxiliam o retorno do volume sanguíneo ao normal Controle Nervoso - A ativação do SNS caso intensa, pode contrair as arteríolas renais e diminuir a excreção de sódio e água, além de promover um expressivo aumento na reabsorção de água no túbulo proximal e no ramo ascendente espesso da Alça de Henle - Tal evento ocorre devido a ativação de receptores alfa-adrenérgicos nas células epiteliais do túbulo renal - A estimulação do SNS, aumenta a liberação de Renina e consequentemente a formação de Angiotensina II, que vai promover o aumento da reabsorção tubular e diminuição da excreção renal de sódio Objetivo 2 e 3: Descrever os mecanismos de mensuração renal e os exames solicitados para verificar a função renal – º - A cada minuto os rins recebem cerca de 1.200 a 1.500 ml de sangue (os quais são filtrados pelos glomérulos) e geram 180 ml/minuto de um fluido praticamente livre de células e proteínas, tendo em vista que essa membrana biológica permite a passagem de moléculas de até 66 kDa. - Os túbulos proximal e distal, a alça de Henle e o ducto coletor se encarregam de reabsorver e secretar íons e outras substâncias, garantindo o equilíbrio homeostático, tudo isso regulado por uma série de hormônios, destacando-se o sistema renina- angiotensina-aldosterona e o hormônio antidiurético (ADH) - Os exames laboratoriais que avaliam a função renal tentam estimar a taxa de filtração glomerular (TFG), definida como o volume plasmático de uma substância que pode ser completamente filtrada pelos rins em uma determinada unidade de tempo. - A TFG é uma das mais importantes ferramentas na análise da função renal, sendo também um indicador do número de néfrons funcionais, ela já provou ser o mais sensível e específico marcador de mudanças na função renal. Ureia - Apesar de ser filtrada livremente pelo glomérulo, não ser reabsorvida nem secretada ativamente, a ureia é um preditor fraco da filtração glomerular, pois 40%-70% retornam para o plasma por um processo de difusão passiva tubular, que é dependente do fluxo urinário. Dessa forma, a estase urinária leva a um maior retorno de ureia ainda nos túbulos renais e a uma subestimação da filtração glomerular calculada pelo clareamento de ureia.(1) – º - Esse é o principal metabólito nitrogenado derivado da degradação de proteínas pelo organismo, sendo 90% excretados pelos rins - O restante da uréia é eliminado basicamente pelo trato gastrintestinal e pela pele. - Após a lise das proteínas em aminoácidos, a biossíntese da uréia se dá exclusivamente em processo hepático intracelular, no qual o nitrogênio contido no aminoácido é convertido em uréia por um ciclo enzimático. - Apesar de ser filtrada livremente pelo glomérulo, não ser reabsorvida nem secretada ativamente, a uréia é um fraco preditor da TFG, pois 40%-70% retornam para o plasma por um processo de difusão passiva, que é dependente do fluxo urinário. - A estase urinária leva a um maior retorno de uréia ainda nos túbulos renais e a uma subestimação da TFG calculada pelo clearance de uréia. - - Outros fatores podem mudar significativamente os valores séricos da ureia sem terem relação com a função renal, como a dieta, a taxa de produção hepática, desidratação, trauma, insuficiência cardíaca congestiva, infecção, depleção de sódio e uso de corticosteroides, diuréticos ou tetraciclinas. - - Embora apresente estas limitações, alterações nos níveis plasmáticos da ureia decorrentes de insuficiência renal surgem mais precocemente quando comparado à creatinina. - A principal utilidade clínica da ureia consiste na determinação da razão ureia:creatinina séricas. - Essa relação pode ser útil particularmente quando se avaliam pacientes com quedas abruptas da taxa de filtração glomerular (TFG), podendo apresentar-se alterada em estados patológicos diferentes, bem como na discriminação da azotemia pré e pós- renal. - Em condições normais, a relação ureia:creatinina é em torno de 30, mas este valor aumenta para > 40-50 quando, por exemplo, ocorre contração do volume extracelular (desidratação, insuficiência cardíaca congestiva, estados febris prolongados euso inadequado da terapia diurética por via intravenosa). - Ureia Creatinina valor abaixo do esperado ela pode indicar: 1- Necrose tubular aguda 2- Baixa ingestão de proteínas 3- Condições de privação alimentar ou redução da síntese de uréia por insuficiência hepática. – º - Ureia elevada pode indicar: 1- Processos que levam a diminuição do fluxo sangüíneo renal 2- Aumento na ingestão protéica 3- Sangramento gastrintestinal; - Creatinina acima do valor normal pode indicar: 1- Processos obstrutivos pós-renais, como tumores ou estenose de vias urinárias. - Os métodos laboratoriais mais usados para a dosagem de ureia baseiam-se em técnicas enzimáticas colorimétricas. - Outra utilidade da uréia está na sua dosagem urinária, que pode fornecer informação crucial no campo da nutrição e tem sido utilizada em pacientes internados para monitoramento de dietas especiais. Creatinina - A creatinina é um produto residual da creatina e da fosfocreatina oriunda do metabolismo muscular e da ingestão de carne. - Aproximadamente 98% da creatina é mantida no músculo e 1,6% a 1,7% desta é convertida em creatinina por dia, que é rapidamente excretada pelo rim. -. A geração de creatina é diretamente proporcional à massa muscular, que varia de acordo com a idade, sexo e etnia e é afetada por condições que causam perda muscular. - O consumo de carne pode elevar o nível de creatinina porque a carne contém creatina, que pode ser convertida em creatinina pelo cozimento. - A dosagem sérica de creatinina é o método mais usado para avaliação da função renal, embora apresente limitações, como interferências na dosagem e baixa sensibilidade na detecção de graus menos avançados de perda de função renal. - A creatinina é livremente filtrada pelo glomérulo e não é reabsorvida nem metabolizada pelo rim. - Entretanto, aproximadamente 25% da creatinina urinária é proveniente da secreção tubular, sendo esta mais significativa quanto menor for a TFG. - A quantidade secretada não é constante e depende do indivíduo, da concentração sérica de creatinina e pode ser afetada por medicamentos como a cimetidina e o trimetoprim, dificultando sobremaneira a determinação de uma constante de secreção. – º - A eliminação extrarrenal de creatinina através do trato gastrointestinal, em particular na insuficiência renal avançada, contribui também para uma superestimação da TFG. - Outro problema é o fato do valor da creatinina sérica acima do normal adotado pela maioria dos laboratórios (1,3 mg/dL) só ocorrer a partir de diminuição da ordem de 50%-60% da TFG. - Somente após a perda de aproximadamente 50% da função renal é que a creatinina sérica começa a se elevar e não há proporcionalidade entre a perda da função e seus níveis séricos. - Valores reduzidos são observados em: -> Distrofia muscular, paralisia, anemia e leucemia - Valores aumentados ocorrem na: -> Glomerulonefrite, insuficiência cardíaca congestiva, necrose tubular aguda, choque, doença renal policística, desidratação e hipertireoidismo. - Dessa forma, para monitorar a progressão da doença renal, a avaliação da depuração endógena da creatinina (DEC), medida em urina de 24 horas, constitui uma alternativa para avaliação mais fidedigna quando comparada aos níveis de creatinina plasmática. - Em indivíduos adultos, a variação intraindividual da DEC pode chegar a 25%.Em pacientes com doença renal crônica (DRC) e uremia, ocorre uma redução eventual da excreção de creatinina, tanto glomerular quanto tubular - As principais limitações técnicas na determinação da DEC são a coleta inadequada da urina, que pode levar a uma subestimação do valor da depuração, e o aumento da secreção tubular de creatinina, que ocorre quando a TFG diminui, levando a uma superestimação do valor desta. - Alguns pacientes com DRC avançada podem ter a DEC duas vezes maior que a TFG. - Outro fator que pode afetar a acurácia da DEC é o aumento da depuração extrarrenal da creatinina na DRC avançada. Nessa situação, ocorre um aumento de bactérias intestinais com atividade de creatininase. Como resultado, a creatinina sérica diminui, elevando falsamente o valor da DEC. Cistatina C - A cistatina C é uma proteína inibidora da proteinase da cisteína - Apresenta propriedades interessantes: – º 1-Tem baixo peso molecular 2- Não é glicosilada 3- Tem reação básica 4- É sintetizada por um gene expresso em todas as células nucleadas 5- Tem ritmo constante de produção - Todas essas peculiaridades juntas propiciam a sua utilização como marcador da função renal, já que ela é livremente filtrada pelos glomérulos. - Uma das suas características mais interessantes é que, depois de filtrada, ela é completamente reabsorvida e metabolizada, não sendo excretada na urina nem retornando à corrente circulatória. - Sendo assim, esse marcador endógeno poderia estimar a TFG sem a necessidade de dosagem urinária, dispensando a coleta minutada de urina e solucionando um dos principais problemas dos outros marcadores endógenos da TFG. - Outra vantagem da cistatina C é que não há variação significativa de intervalos de referência entre população masculina e feminina, em função de sua produção ser constante em todos os tecidos do organismo, diferente da creatinina, que depende da massa muscular. Apesar de ser reconhecidamente um avanço da medicina laboratorial, a dosagem de cistatina C ainda é muito pouco utilizada, por conta do seu custo Inulina e quelatos marcados - Em 1935, a inulina foi proposta como a substância ideal para a medida da TFG, uma vez que é filtrada pelos glomérulos, não é sintetizada ou metabolizada pelos túbulos, é fisiologicamente inerte e não é reabsorvida ou secretada pelos túbulos renais. - Exceto por ser um marcador exógeno, preenche os demais critérios que um marcador ideal de filtração glomerular deveria apresentar. - A partir desta época, diversos pesquisadores propuseram a depuração da inulina como método padrão da medida da TFG tanto para animais como para seres humanos. - Quanto aos métodos de depuração, a inulina tem sido considerada como o “padrão- ouro”. No entanto, a despeito da precisão, esse método é invasivo e demorado, requer infusão constante e volume significativo de amostra de sangue e dosagem laboratorial complexa, o que torna a implementação do teste complicada. - Atualmente seu uso é limitado à pesquisa experimental. – º - As pesquisas se voltaram para o uso de radiofármacos, as vantagens de avaliar a TFG usando radioisótopos incluem a possibilidade de determinar, com grande precisão, quantidades extremamente reduzidas desses, além de utilizar doses reduzidas e não tóxicas. Alguns deles são o 125I-iodotalamato, o 51Cr-EDTA e o 99mTc-DTPA.(7) Depuração de 125I-iodotalamato - Teste simples e preciso, realizado com uma única injeção subcutânea. - Essa técnica é eficiente, reprodutível, simples e prática, inclusive em crianças saudáveis e em pacientes com doença renal leve ou em estágio avançado. O quelante 51Cr-EDTA - Considerado o radiofármaco de escolha para a determinação da TFG por depuração plasmática na rotina clínica - Apresenta depuração plasmática muito semelhante à da inulina e é quantificado no cintilador. - Esta técnica é sugerida a pacientes com suspeita de lesão renal, mesmo quando a concentração de creatinina sérica e a DEC são normais. 99Tcm-DTPA - Tem meia-vida longa, o que pode resultar em dificuldades práticas para sua utilização - Permite menor exposição à radiação, além de possuir eliminação exclusivamente renal. - As desvantagens desses marcadores radioativos são a complexidade e o alto custo e exigência de uma licença especial para o seu manuseio, além disso, é preciso avaliar a exposição do paciente e o pessoal técnico, assim como do destino dos resíduos radiativos. Avaliação laboratorial da lesão renal Proteinúria– º - Em indivíduos saudáveis é possível detectar uma quantidade de até 150 mg de proteína durante um período correspondente a um dia. - Em torno de 200 proteínas diferentes (derivadas tanto do plasma quanto do próprio trato urinário) podem estar presentes na urina. - Proteínas com peso molecular inferior a 60 kDa são filtradas livremente pelos glomérulos e logo reabsorvidas nos túbulos proximais. Dessa forma, condições que aumentem a quantidade de proteínas no filtrado glomerular ou diminuam a reabsorção tubular levam a proteinúria. - A proteinúria pode ser dividida em padrões: 1-Padrão glomerular - Que é caracterizado pela perda da albumina sérica na urina junto com proteínas de tamanho semelhante, como antitrombina, transferrina, pré-albumina, a1-glicoproteína ácida e a1-antitripsina. - Nesse padrão, pode ser detectada a gravidade do dano glomerular quando da presença de proteínas maiores, como a a2-macroglobulina e a lipoproteína b. - Em geral, o padrão eletroforético das proteínas urinárias na lesão glomerular é bastante semelhante ao encontrado no plasma. Por isso, é recomendada a realização simultânea de eletroforese de proteínas séricas e urinárias. 2- O padrão tubular - É caracterizado pela perda protéica, em geral inferior a 1 g/dia. - As proteínas presentes na urina são as de baixo peso molecular, que são livremente filtradas pelos glomérulos e não são reabsorvidas nos túbulos devido ao distúrbio de base. - As proteínas mais comumente observadas nesse caso são a1-microglobulina, b2- microglobulina, globulinas b e as cadeias leves de imunoglobulinas. 3- O padrão de aumento de fluxo - É visto em pessoas que aumentam o nível sérico de certas proteínas. - É observado em hemólise intravascular (hemoglobina), rabdomiólise (mioglobina), ou em gamopatias monoclonais como o mieloma múltiplo (imunoglobulinas). - Inicialmente, essas proteínas não estão associadas a doença renal, mas podem levar a necrose tubular devido ao aumento da concentração intracelular nos túbulos proximais, posteriormente ocasionando dano celular. – º - A avaliação da proteinúria pode ser realizada em amostra de urina de 24 horas ou em amostra isolada normalizada pela creatinina urinária. - A relação proteínas totais/creatinina tem sido mais recomendada por ser um método menos sujeito a erros de coleta. Os valores de referência dependem do tipo de amostra utilizada, sendo < 300 mg/24 horas ou < 200 mg/g de creatinina. - As fitas reagentes são frequentemente utilizadas para avaliação da proteinúria na primeira urina da manhã. - Estas fitas são específicas para detecção de albumina e não de proteínas totais, podendo apresentar resultados divergentes do encontrado em análises quantitativas. - Além disso, podem fornecer resultados falsamente positivos se a urina estiver muito alcalina ou contaminada com amônia quaternária, clorexidina e corrimento vaginal. - Dessa forma, é recomendada a confirmação quantitativa da presença de proteínas na urina em pacientes que apresentem fita reagente positiva em amostra isolada. Dismorfismo eritrocitário - Na prática clínica, é muitas vezes difícil a discriminação entre causas glomerulares e não glomerulares de hematúria. - A análise da morfologia das hemácias na urina, por microscopia de contraste de fase, tem sido utilizada para diferenciar a hematúria glomerular da extraglomerular. - Na hematúria extraglomerular as hemácias apresentam-se na forma isomórfica, semelhante à forma sanguínea. - Na forma glomerular, as hemácias apresentam-se dismórficas devido à deformação que sofrem ao passar pela membrana glomerular lesada. A forma chamada dismórfica inclui esquizócitos, anulócitos, equinócitos, estomatócitos, codócitos, acantócitos, dentre outras. - Os mecanismos patogênicos responsáveis pelas características dismórficas são: 1- Passagem através da membrana basal glomerular 2- Alterações contínuas na pressão osmótica e pH tubular 3- Destruição enzimática do glicocálix e de células tubulares epiteliais que leva à degradação de proteínas de superfície renal 5- Perda de proteínas do citoesqueleto da membrana 6- Hemólise, o que resulta em sangramento glomerular de eritrócitos distorcidos. - Também tem sido relatado que a concentração de hemoglobina é muito reduzida em eritrócitos dismórficos. Estes parecem ser em forma de anel, – º - Portanto, saliências da membrana ou bolhas e deformidades em forma de “rosquinha” (perda de cor citoplasmática) são consideradas as mudanças mais características dos eritrócitos dismórficos glomerulares. A Associação Americana de Urologia propõe o encontro de 80% de hemácias dismórficas como diagnóstico da hematúria glomerular. - As vantagens da avaliação do dismorfismo eritrocitário incluem a baixa complexidade e o custo reduzido do mesmo, além de não ser invasivo. No entanto, a análise microscópica das hemácias é subjetiva e é baixa a sensibilidade para detectar lesão glomerular. Albuminúria A albuminúria ou microalbuminúria é definida como: 1- A presença de 30 mg a 300 mg de albumina em amostra de urina de 24 horas, 2- A presença 30 mg a 300 mg de albumina por g de creatinina em amostra de urina isolada 3- Uma taxa de excreção de 20 mg a 200 mg de albumina por minuto. - Albumina é o principal componente da proteína urinária em doenças renais; recomendações recentes para medição de proteínas na urina enfatizam a quantificação de albuminúria em vez proteína total; - Recomendações posteriores a essas diretrizes estabelecem a classificação da doença renal por nível de albuminúria e TFG. - O mecanismo fisiopatológico que explicaria a albuminúria está embasado em um processo inflamatório sistêmico que levaria a uma disfunção endotelial e um conse- quente aumento da permeabilidade capilar. - A determinação da albuminúria tem sido utilizada para acompanhamento de pacientes com diabetes mellitus, hipertensão e pré-eclampsia, uma vez que a intervenção clínica precoce pode preservar a capacidade de filtração glomerular. - A elevação da excreção urinária de albumina nestes pacientes deve ser confirmada em pelo menos duas de três coletas, em um período de três a seis meses. - A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Associação Americana de Diabetes (ADA) recomendam que a determinação da albuminúria seja feita logo após o diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 e cinco anos após diagnóstico do diabetes tipo 1, sendo – º posteriormente repetida a cada ano caso o paciente não apresente complicações metabólicas. - A utilização desse marcador pode ser feita ainda em pacientes com hipertensão, pois ele está associado à morbimortalidade nesse grupo de pacientes e é marcador prognóstico na terapia clínica. - Estudos recentes demonstram que valores abaixo do ponto de corte para definição de albuminúria também estão associados à mortalidade por doença cardiovascular em indivíduos aparentemente sadios. - Outras situações clínicas podem levar à albuminúria transitória sem relevância médica. As mais comuns são a presença de processo infeccioso urinário, febre, insuficiência cardíaca, obesidade mórbida, hiperglicemia, gestação e atividade física intensa. Tais fatores devem ser levados em consideração na interpretação do resultado do exame, e um teste confirmatório deve ser realizado quando necessário. - As metodologias mais utilizadas na prática laboratorial para a dosagem da albuminúria são nefelometria e turbidimetria. - Porém, as duas tendem a subestimar o real valor da albumina, pois no ambiente urinário, ou na passagem pela membrana glomerular inflamada, podem ocorrer alterações da estrutura proteica dessa molécula, impedindo a sua interação com o anticorpo. - Dessa forma, a cromatografia líquida de alta performance (HPLC) continua sendo a maneira mais eficaz de mensurar a albuminúria, embora apresente alto custo, além da complexidade do procedimento. Proteínasligadas a ácidos graxos: fração hepática - É um grupo de proteínas intracelulares pertencentes à família das lipocalinas. - Elas desempenham um papel fundamental no transporte intracelular de ácidos graxos livres no túbulo proximal após reabsorção conjunta desses ácidos com a albumina. - A L-FABP está expressa no túbulo proximal, e sua presença na urina está associada à lesão tubulointersticial renal. - Um exemplo elucidativo seria a isquemia renal, a qual promoveria aumento do estresse oxidativo, levando à oxidação dos ácidos graxos ligados a essas proteínas. - Nesse complexo, as espécies reativas de oxigênio lesariam a membrana celular, permitindo a saída das L-FABP para o lúmen do túbulo proximal e a posterior excreção urinária. – º - A vantagem desse marcador é sua especificidade renal. Marcadores tradicionais que são usados atualmente, como proteinúria, albuminúria e clearance de creatinina, estão baseados na produção endógena à distância, ao contrário da L-FABP. - Ademais, nos testes tradicionais, a idade, o sexo, a massa muscular e patologias não- renais podem interferir no resultado. Estudos de 2005, mostrou que a L-FABP tem aplicabilidade clínica em diabetes do tipo 2, doença glomerular crônica, doença renal policística, glomeruloesclerose focal, nefropatia por IgA, nefropatia induzida por contraste radiológico, choque séptico, após transplante em doadores renais, e em crianças prematuras Interleucina-18 - A interleucina-18 (IL-18) é uma citocina mediadora da inflamação, liberada no túbulo proximal, sendo utilizada como marcador precoce de lesão renal aguda. - Os níveis de IL-18 elevaram-se após seis horas em pacientes que fizeram cirurgia cardiopulmonar/by-pass e desenvolveram IRA. - A IL-18 mostrou-se um bom marcador da gravidade da disfunção renal em pacientes com síndrome nefrótica.(58) - A comparação da relação albumina:creatinina urinária e marcadores de lesão tubular revelou que a IL-18, assim como o KIM-1, são específicos para o túbulo proximal e têm sido implicados na lesão de isquemia-reperfusão renal. - A IL-18 é secretada por células do sistema imune e tecidos extrarrenais em situações como sepse, traumas, após grandes cirurgias, doenças autoimunes e inflamatórias, o que limita a sensibilidade e a especificidade dessa citocina como biomarcador de IRA.(37) *No problema a quantidade se sódio plasmático e séricos encontrados na urina, remete um problema na reabsorção do mesmo *Qual a diferença de sódio plasmático e sérico¿ Referências: 1- Tratado de Fisiologia Médica – Gyton e Hall – 13 ed. 2- Fisiologia- Linda Constazo – 6 ed. 3- Biomarcadores da Função Renal: do que dispomos atualmente- Revista Brasileira de Análises Clínicas, 2016 4- Avaliação da Função e Lesão Renal: Um desafio laboratorial – Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial – º
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