Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Estratégia Saúde da Família (ESF) “A partir da promulgação da Constituição Federal em 1988, foram definidas como Diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) a universalização, a equidade, a integralidade, a descentralização, a hierarquização e a participação da comunidade. Ao ser desenvolvido sobre esses princípios, o processo de construção do Sistema Único de Saúde visa reduzir o hiato ainda existente entre os direitos sociais garantidos em lei e a capacidade efetiva de oferta de ações e serviços públicos de saúde à população brasileira”. O Programa Saúde da Família nasceu da indignação pelo fato de que, no Brasil, o acesso aos serviços de saúde continuava precário ainda em 1993 e cerca de 1000 municípios brasileiros não tinham nenhum profissional médico nessa época. Essa também foi a razão da existência do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) em 1991. Saúde da Família ➔ Princípios e Diretrizes Como consequência, o bom senso milenar do “prevenir para não remediar” foi sendo reescrito com o abandono da prevenção e promoção da saúde em todas as suas dimensões. ● A rede básica de saúde, constituída pelos postos, centros ou unidades básicas de saúde, passou a ser acessória e desqualificada. ● Perdeu seu potencial de resultados, alimentando a própria lógica que a excluía de antemão. ● O que era para ser básico se tornou “descartável” e o topo da cadeia de atenção se transformou em porta de entrada. ● Em 1994, no organograma do Ministério da Saúde o PSF foi incluído na Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). ● Financiamento da proposta da Saúde da Família, somente com orçamento e com recursos financeiros é possível fazer políticas públicas. ● Norma Operacional Básica - NOB 01/1996 ● Até os anos 2000, o modelo assistencial ainda predominante no país caracteriza-se pela prática “hospitalocêntrica”, pelo individualismo, pela utilização irracional dos recursos tecnológico disponíveis e pela baixa resolubilidade, gerando alto grau de insatisfação para todos os partícipes do processo - gestores, profissionais de saúde e população que utiliza os serviços. Características: ➔ O PSF não é uma peça isolada do sistema de saúde, mas um componente articulado com todos os níveis. ➔ Pelo melhor conhecimento dos usuários e pelo acompanhamento dos casos, o programa permite ordenar os encaminhamentos e racionalizar o uso da tecnologia e dos recursos terapêuticos mais caros. ➔ Não isola a alta complexidade, mas a coloca articuladamente à disposição de todos. ➔ Proposta de reorganização da atenção básica como eixo de reorientação do modelo assistencial, respondendo a uma nova concepção de saúde não mais centrada somente na assistência à doença mas, sobretudo, na promoção da qualidade de vida e intervenção nos fatores que a colocam em risco. ➔ Incorporação das ações programáticas de uma forma mais abrangente e do desenvolvimento de ações intersetoriais. Trabalho intersetorial Capacidade de propor alianças, seja no interior do próprio sistema de saúde, seja nas ações desenvolvidas com as áreas de saneamento, educação, cultura, transporte e etc. Com base na interdisciplinaridade e não mais na multidisciplinaridade, associada à não-aceitação do refúgio da assistência no positivismo biológico. Rede Saúde e Intersetorial “Um dos principais objetivos é gerar novas práticas de saúde, nas quais haja integração das ações clínicas e de saúde coletiva”. Atribuições específicas do médico Equipe da Atenção Básica I. Realizar a atenção à saúde às pessoas e famílias sob sua responsabilidade; II. Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações e entre outros); em conformidade com protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas, bem como outras normativas técnicas estabelecidas pelos gestores (federal, estadual, municipal ou Distrito Federal), observadas as disposições legais da profissão; III. Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas que possuem condições crônicas no território, junto aos demais membros da equipe; IV. Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando fluxos locais, mantendo sob sua responsabilidade o acompanhamento do plano terapêutico prescrito; V. Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento da pessoa; VI. Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS e ACE em conjunto com os outros membros da equipe; VII. Exercer outras atribuições que sejam de responsabilidade na sua área de atuação; “Apesar de os princípios da Universalidade, da equidade e da integralidade ainda não terem sido atingidos em sua plenitude, é impossível negar os avanços obtidos na última década no processo de consolidação do SUS, dentre os quais se destaca a descentralização com efetiva municipalização” (DAB - Secretaria da Políticas de Saúde, 2000).
Compartilhar