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Oclusão OBJETIVOS DA AULA Entender os conceitos de Oclusão e sua evolução; Avaliar a importância da Oclusão no aparelho estomatognático; Verificar a relação da Oclusão com as demais especialidades odontológicas e médicas; EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS DE OCLUSÃO 1899 – Edward Angle: primeiro a descrever as relações entre os dentes; 1920 – Stillman e McCall: capacidade destrutiva das forças excessivas exercia nos dentes; Doença periodontal X Oclusão traumática; 1926 – McCollum: fundou a Sociedade Gnatológica da Califórnia, teve a finalidade de tratar o dente restaurando sua função mastigatória; 1945 - Stuart, Stallard e McCollum: oclusão balanceada bilateral; 1958 – D’Amico: oclusão protegida pelo canino ou oclusão orgânica; 1970 – oclusão individual e dinâmica; O que significa Oclusão? Etimologicamente, o vocábulo oclusão significa fecha para cima; Conceito estático: contato entre os dentes; Conceito dinâmico: inclui dentes e estruturas vizinhas com ênfase na dinâmica do sistema estomatognático; Sistema estomatognático: É composto por elementos constituintes interdependentes fisiologicamente, que se inter-relacionam com outros sistemas do organismo; Componentes anatômicos: ossos, músculos, articulações (temporo- mandibular, dento-alveolar), ligamentos periodontais e da ATM, dentes língua, bochecha, sistema vascular e sistema nervoso; Componentes funcionais: oclusão dentária, periodonto, ATM e mecanismo neuromuscular; POSICIONAMENTO E RELAÇÕES OCLUSAIS DOS DENTES Fatores e forças que determinam a posição dos dentes: 1. Forças geradas pela musculatura circundante: Força vestibulo-lingual (músculos orbiculares dos lábios) = força linguobucal (língua); Espaço neutro = estabiliza os dentes; 2. Superfícies proximais dos dentes X Contatos dentais: qualquer perda dentária resulta numa alteração na arcada dentária; Relacionamento normal dos dentes: 1. Plano de oclusão: é um plano médio estabelecido pelas superfícies incisais e oclusais de um dente; geralmente não é um plano mas representa a média da curvatura distais dos dentes superficiais; 2. Curva de Spee: caracteriza-se mais como uma curva, que vai da ponta do canino inferior até a cúspide disto- vestibular do 2º molar inferior; 3. Curva de Wilson: curva latero-lateral, curva individual de cada dente (vestibular para lingual); RELACIONAMENTO NORMAL ENTRE OS DENTES E ARCOS Relacionamento normal dos arcos: Oclusão 1. Relacionamento oclusal estático: quando realiza o fechamento da boca; Cúspide-crista e cúspide-fossa: monopodismos, bipodismo e tripodismo (quantidade de toques em cada dente); Relação central; MIH; 2. Relacionamento oclusal dinâmico (posições excêntricas); IMPORTÂNCIA DA OCLUSÃO AO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO Funções: mastigação, fonação, respiração; Alimento introduzido na boca, mandíbula realiza o movimento de protrusão; Guia anterior: movimento de toque entre os dentes anteriores que guia o movimento de protrusão Guia condilar: movimento que articulação realiza para frente para realizar a prisão do alimento; Estagio I: língua joga alimento para a face oclusal do dente – TRANSPORTE; Estagio II: língua joga o alimento processado para a orofaringe para realizar a deglutição; A oclusão se mantém preservada ao realizar a preservação dos dentes, porem, se houver perda dessas estruturas, é necessário realizar uma restauração funcional; RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR Dentística: contatos entre dentes após restaurações; Odontopediatria e ortodontia: prevenir e tratar mal-oclusões, restabelecendo oclusão funcional; Periodontia: oclusão traumatogênica – trauma oclusal – primário ou secundário; bolsa periodontal* = trauma oclusal com presença de biofilme; Anestesiologia e exodontia: abertura prolongada – instabilidade – episódios repentinos de fechamento – mioespasmos (fadiga por uso prolongado); Cirurgia bucomaxilofacial: diagnosticar e tratar cirurgicamente fraturas, mal-oclusões e DTM – devolver oclusão funcional; Radiologia: exames complementares, auxiliares no diagnostico das disfunções temporomandibulares; r OBJETIVOS DA AULA Entender os critérios de uma oclusão funcional; Entender a importância do conhecimento da Oclusão para a realização da reabilitação oral; Saber qual padrão oclusal empregar as diferentes reabilitações protéticas; TIPOS DE PRÓTESES ODONTOLÓGICAS Prótese parcial fixa: alguns dentes perdidos, substituídos por uma prótese fixada; Prótese removível total: rebordo totalmente desdentado; Prótese removível parcial: grupo de dentes remanescentes, geralmente, possui grampos; Prótese híbrida/conjugada: fixa + removível; Prótese implanto suportadas: implantadas no rebordo, com componente protética; Prótese bucomaxilofaciais; RELAÇÕES MAXILOMANDIBULARES Oclusão Constituem-se nas diversas posições estáticas e dinâmicas que a mandíbula ocupa espacialmente em relação à maxila; Paciente desdentado, paciente com bruxismo (desgaste dentário): relação maxilo-mandibular comprometida; SENTIDO HORIZONTAL SENTIDO VERTICAL Máxima intercuspidação habitual (MIH) Dimensão Vertical de Repouso (DVR) Relação Cêntrica (RC) Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) Oclusão em Relação Cêntrica (ORC) Espaço funcional livre (EFL) ESTÁTICAS DINÂMICAS Máxima intercuspidação habitual (MIH) Movimento de lateralidade Relação Cêntrica (RC) Movimento de protrusão Oclusão em Relação Cêntrica (ORC) 1. Máxima intercuspidação habitual (MIH): posição dos dentes; É a condição em que ocorre o maior numero possível de contato entre os dentes superiores e inferiores, independente da posição do côndilo na cavidade articular; Situação de “boca fechada”; 2. Relação Cêntrica (RC): posição dos côndilos; A relação da maxila com a mandíbula quando ambos os côndilos estão situados no seu eixo terminal de fechamento, independente do contato entre os dentes; Posição mandíbula reprodutível; Função muscular mais harmônica; “É o ponto de referência mais confiável que pode ser obtido num paciente sem estabilidade oclusal para anotar com precisão a relação entre a mandíbula e a maxila”; “Posição articular ortopedicamente estável, na qual os côndilos estão em suas posições mais ântero-superiores na fossa mandibular, apoiados nas vertentes posteriores das eminências articulares com os discos articulares adequadamente interpostos”; 3. Oclusão em relação cêntrica (ORC): coincidência entre a posição do côndilo e dos dentes; É a posição de intercuspidação dental correspondente à posição condilar no eixo terminal de fechamento; ORC = MIH + RC; 4. Movimento de abertura e fechamento: Os dentes posteriores recebem carga no sentido do longo eixo do dente (carga axial); Os dentes anteriores recebem forças oblíquas; Compressão – reabsorção óssea; Tração – neoformação óssea; Forças horizontais: Forças indesejadas nos posteriores; Melhor suportada pelos dentes anteriores; 5. Movimentos de lateralidade: Canino – mais apropriado (raiz longa); Lado de trabalho: lado para qual a mandíbula se movimenta; Oclusão Lado de não-trabalho ou balanceio: lado oposto ao de trabalho; Guia canino: o canino inferior desliza na concavidade palatina do canino superior, desocluindo os demais dentes, tanto do lado de trabalho, quanto no de não-trabalho; Função em grupo: grupo de dentes toca- se, simultaneamente, desde o inicio do movimento, desocluindo os dentes do lado de não trabalho; 6. Movimento de protrusão: Guia protrusiva: quando no movimento de protrusão, os dentes anterioresinferiores deslizam pela concavidade palatina dos anteriores superiores, desocluindo os posteriores (sentido ântero-posterior); MIH OU ORC? MIH: Os dentes devem apresentar morfologia oclusal adequada; Dentes presentes em numero suficiente para preservas a estabilidade das relações maxilomandibulares; Não deve haver sinais e/ou sintomas de desordem craniomandibular; Próteses unitárias; Espaços protéticos de pequena extensão; Perda dentária unilateral em uma das arcadas; Perda dentária unilateral em ambas as arcadas; ESTABILIDADE OCLUSAL ORC: Perda dentária posterior bilateral; Reabilitação oral extensa; Perda total dos elementos dentários de uma arcada; Perda total dos elementos dentários de ambas as arcadas; NÃO HÁ ESTABILIDADE OCLUSAL DIMENSÃO VERTICAL Medida vertical da face entre dois pontos quaisquer, selecionados arbitrariamente e convenientemente localizados um acima e outro abaixo da boca, normalmente na linha média; O termo dimensão vertical por si só não tem significado clínico, temos que distinguir entre: Dimensão vertical de repouso: é a posição assumida pela mandíbula, em caráter vertical, quando os músculos mastigatórios elevadores e abaixadores estão em estado de equilíbrio, com tônus muscular mínimo; Na ausência patológica, a relação é praticamente constante durante a vida; Dimensão vertical de oclusão: refere- se à posição vertical da mandíbula em relação maxila quando os dentes inferiores e superiores estão em contato intercuspídico na posição de fechamento máximo; Na ausência de dentes posteriores = perda de DVO; Espaço funcional livre: é uma pequena distancia intermaxilar que separa a dimensão vertical de repouso e a dimensão vertical de oclusão; DVO = DVR – EFL Oclusão REABILITAÇÃO PROTÉTICA: Estabilidade oclusal; Dimensão vertical adequada; Oclusão de relação central (ORC: RC = MIH); Guia anterior e lateral; CRITÉRIOS PARA OCLUSÃO FUNCIONAL Forças oclusais direcionadas para o longo eixo dos dentes posteriores; Cotatos dentários posteriores bilaterais e simultâneos; Dimensão vertical de oclusão adequada; Guias lateral e anterior; RC coincidente com MIH (ORC); Tipos de oclusão: 1. Oclusão mutuamente protegida: Dentes posteriores protegem os anteriores na posição estática da mandíbula; Dentes anteriores protegem os posteriores durante os movimentos excursivos; Máxima intercuspidação habitual coincidindo com a relação central; Lado de trabalho com função guia canino, função grupo total ou função grupo parcial sem interferência; Lado de balanceio em desoclusão e protrusiva com contatos nos dentes anteriores em grupo e desoclusão nos dentes posteriores; 2. Oclusão balanceada bilateral: Existência de contatos simultâneos bilaterais tanto em relação central, quanto nos movimentos excêntricos, respeitando os limites normais da função mandibular; Finalidade: Estabilizar as próteses totais em suas bases, principalmente durante os movimentos excêntricos; Preservar as estruturas de sustentação; Movimento em protrusão: contatos simétricos e equilibrados a partir da linha média e com a presença de contatos posteriores bilaterais; Movimento de lateralidade: contato de todos os dentes antagonistas a partir dos caninos; Contatos bilaterais simultâneos estando os côndilos na Relação Central; Oclusão bilateral equilibrada com pelo menos três pontos de contatos entre os antagonistas; Padrão oclusal em prótese fixa, removível, sobre implantes: oclusão mutuamente protegida – guia anterior, guia canino, função em grupo; OBJETIVOS DA AULA: Identificar os materiais e os instrumentais usados para moldagem em oclusão; Utilizar corretamente estes materiais; Executar a técnica de moldagem com alginato; MATERIAIS DE MOLDAGEM Classificação: 1. Elásticos: podem ser removidos de áreas retentivas sem fraturar ou distorcer; Elastômeros: polissulfetos (mercaptana), poliéster, silicona de condensação e a silicona de adição; Hidrocolóides: agar (reversível) e alginato (irreversível); 2. Anaelásticos: não ser removidos de áreas retentivas sem fraturar ou distorcer; Pasta Lisandra (ZOE); Godiva; Gesso; Oclusão CONCEITOS A moldagem dos dentes suportes e das estruturas adjacentes representa a passagem da situação clínica para a bancada de laboratório na forma de modelos articulados; Portanto os acidentes anatômicos da região do arco dentário a ser restaurado devem ser copiados com fidelidade e nitidez; Moldagem: é o ato de obter a cópia em negativo das estruturas (dentes e rebordos alveolares); Molde: é a cópia em negativo dos arcos dentais e tecidos adjacentes (Todescan); Modelo: é a reprodução dos elementos em positivo, é a cópia idêntica das estruturas moldadas; ALGINATO Sequência de moldagem: 1. Separar material a ser utilizado: Alginato; Moldeiras de estoque; Cuba de borracha; Espátula plástica; Cera utilidade; Frasco medido de pó e de água; Lâmpada a álcool; Espátula lecron; 2. Seleção de moldeira: Profilaxia da boca; Deixar folga de 3mm entre moldeira e os tecidos do arco; Envolver toda superfície a ser moldada; 3. Individualização da moldeira: Vantagens: uniformidade do material, maior abrangência, condições de confinamento ao material de moldagem e serve de referência para o material de moldagem; 4. Posicionamento do paciente/operador: Paciente sentado: arco dental paralelo ao piso; Comissura labial na altura do cotovelo do operador; Superior: operador atrás do paciente; Inferior: operador na frente do paciente; 5. Preparo e manipulação do alginato: Proporção de 1:1; Colocar a água e em seguida o pó; Espatular durante 45 segundos; 6. Inserção do alginato na moldeira e em seguida na boca: Passar alginato na superfície oclusal dos dentes e fundo do vestíbulo; Colocar alginato na moldeira previamente selecionada; Posicionar na boca alinhado a linha média da face; Fazer compressão em toda extensão; Manter a moldeira imóvel aguardando a geleificação; Quebrar o selamento periférico e retirar com um só golpe; 7. Desinfecção do molde: Lavar em água corrente; Imersão ou spray – álcool 70%, hipoclorito ou glutaraldeído; Hipoclorito: 2% spray; 10% imersão; 8. Proporção e vazamento gesso: Selecionar todo o material; Proporcionar: 20 ml de água / 100g de gesso; Coloca água e depois pó na cuba; Manipular com espátula metálica e verter sobre o modelo sob vibração; 9. Confecção do modelo: 1º vazamento: Verte o gesso especial sobre a moldagem até completo preenchimento sob vibração; Fazer retenções na forma de pirâmides; No modelo inferior confecciona-se a “língua”; Aguarda a presa inicial (15 minutos); 2º vazamento: Acrescenta-se gesso comum ou tipo pedra até total preenchimento da moldeira; Oclusão Confeccionam-se retenções no gesso com espátula lecron; Retira por fim o modelo da moldeira; 10. Recorte do modelo: Recorta os modelos no recortador de gesso tendo cuidado de preservar os acidentes anatômicos; SISTEMA MASTIGATÓRIO Composto por: dentes, estruturas ósseas (maxila, mandíbula e temporal), músculos, ligamentos, ATM, vasos e nervos; MAXILA Composta por duas hemi-maxilas; Localizada no terço médio da face, forma a maior parte do esqueleto facial superior, sendo dentes maxilares considerados a maior parte estacionária do sistema mastigatório; Apófises: processo zigomático, processo frontal e tuberosidade da maxila; MANDÍBULA Localizada no terço inferior da face; Não tem nenhumainserção óssea no crânio, sendo sustentada abaixo da maxila por musculos, ligamentos e outros tecidos moles, os quais possibilitam a mobilidade necessária para a função com a maxila; Corpo da mandíbula + Ramo ascendente; Apófises: coronóide e condilar; Tuberosidade massetérica: inserção do músculo masseter; TEMPORAL O côndilo mandibular se articula na base do crânio com a porção escamosa do osso temporal; A eminência articular consiste de um osso espesso e denso, cuja inclinação determina a trajetória do côndilo; MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO 1. Masseter: Origem no arco zigomático; Inserção no ângulo da mandíbula (tuberosidade masssetérica); Ação: elevação e protrusão da mandíbula, estabilidade do côndilo; 2. Temporal: Ocupa a fossa temporal; Ação: elevação da mandíbula e contato entre os dentes; Porção anterior: elevação vertical; Porção média: eleva e retrui a mandíbula; Posterior: elevação e pouca retrusão; 3. Pterigoideo medial: Origem: fossa pterigoide e lamina lateral do processo pterigoide; Inserção: superfície interna do ângulo da mandíbula; Ação: elevação da mandíbula e contato dentário; É ativo durante protrusão; Contração unilateral: proporciona movimento de mediotrusão; 4. Pterigoideo lateral: Feixe superior: Origem: superfície infratemporal do esfenoide; Inserção: pescoço do côndilo; Ação: só é ativo em conjunto com músculos elevadores; Feixe inferior: Oclusão Origem: superfície externa da placa pterigoidea; Inserção: capsula articular, disco e pescoço do côndilo; Ação: protrusão da mandíbula, lateralidade, abaixamento (funcionando junto com os depressores); OBS: Músculo digástrico Feixe posterior e anterior; Abaixamento mandibular; Elevação do osso hioide – deglutição; LIGAMENTOS DA ATM Protegem as estruturas; São constituídos de tecido conjuntivo colagenoso que não se estiram; Agem como agentes limitadores ou de restrição de movimentos; 1. Colaterais: Ligamentos dos discos; Ligam os bordos materal e medial do disco aos respectivos polos condilares; Divide a articulação em duas cavidades: superior e inferior; Restringe o movimento do disco fora do côndilo; Permitem o movimento de abertura da ATM; Possuem vascularização e inervação = inflamação; 2. Capsular: Formado por duas camadas; a. Camada superficial: Forma de leque, orientação obliqua das fibras; Limita o deslocamento inferior do côndilo; Inserção no colo; b. Camada profunda: Banda de fibras horizontais; Limita o movimento posterior do côndilo; Inserção no polo lateral e na margem lateral do disco; 3. Temporomandibular: Reforça a cápsula articular lateralmente; Divide-se em dois feixes: a. Superficial: do tubérculo articular ao colo da mandíbula, oblíquo e limita a abertura mandibular; b. Profundo: do tubérculo articular ao polo lateral do côndilo, horizontal e limita o movimento posterior do côndilo; 4. Acessórios: a. Esfenomandibular: Eleva-se a partir da espinha do osso esfenoide e se insere na língula da mandíbula; É passivo durante os movimentos da mandíbula mantendo a mesma intensidade de tensão durante a abertura e fechamento da boca; Limita distensão inferior; b. Estilomandibular: Estende-se a partir do processo estiloide para o ângulo medial, cobrindo a superfície exterior do processo e do ligamento estiloide; É frouxo quando as arcadas estão fechadas ou quando a mandíbula está em repouso; O ligamento torna-se tenso somente na postura protrusiva forçada; Limita movimentos protrusivos; INERVAÇÃO E VASCULARIZAÇÃO Trigêmeo: ramos maxilar e mandibular; Carótida externa: artéria maxilar e artéria temporal superficial; BIOMECÂNICA DA ATM Estruturas passivas: ossos; Estruturas ativas: ligamentos, disco, músculos; Posição do disco articular: Oclusão 1. Boca fechada ou MIH: Em MIH ou boca fechada (oclusão) considera-se como uma posição adequada aquela em que a borda superior da banda posterior do disco encontra-se sobre o zênite (ápice) da cabeça da mandíbula; 2. Boca aberta (máxima abertura): Em boca em máxima abertura, considera-se como uma posição adequada aquela em que a banda intermediaria do disco encontra-se sobre ou entre a cabeça da mandíbula (vertente posterior desta) e vértice do tubérculo articular; 3. Função do disco – DDR: Caso deslocado para anterior em MIH, o disco pode retornar a sua posição normal na máxima abertura (deslocamento de disco com redução – DDR); Movimento disco/côndilo durante abertura: 1. Rotação: movimento disco-côndilo da mandíbula; No início da abertura bucal, a cabeça da mandíbula e o disco rotacionam em sentidos contrários, em torno de seus próprios eixos horizontais; 2. Translação: movimento complexo disco-côndilo da mandíbula sob osso temporal; Movimentos estáticos: Posições no plano vertical: dimensão vertical de repouso (DVR) e dimensão vertical de oclusão (DVD); Posições no plano horizontal: MIH, relação cêntrica e oclusão em relação cêntrica; Movimentos dinâmicos: Protrusão: há o deslizamento para haver a abertura da boca, até chegar o movimento de topo (desolusão dos posteriores); Lateralidade: “protrusão unilateral”; Guiada pelo canino; Função em grupo: parcial (canino – pré-molar) e total (canino – molar); Lado de trabalho: para onde se desloca; Lado de balanceio: lado que se deslocou; Ângulo de Bennett: formado entre a trajetória condilar e o plano sagital projetado no plano horizontal (relação com a anatomia da parede interna da fossa); acontece no lado de balanceio; HISTÓRICO Os primeiros pesquisadores que perceberam a importância da anatomia da ATM e dos movimentos mandibulares na oclusão sentiram necessidade de criar um aparelho que pudesse simular as ATMs, posicionar os modelos e reproduzir uma oclusão satisfatória; Oclusão ARTICULADOR Aparelho que representa as ATM’s, a maxila e a mandíbula, destinado à função dos moldes de gesso para registrar as relações intermaxilares em três dimensões e reproduzir os movimentos mandibulares de interesse protético; Vantagens: Visão geral dos dentes e estruturas adjacentes; Visualização de regiões de difícil acesso; Permitem uma vista lingual; Reprodução dos movimentos mandibulares; O articulador auxilia no estudo da oclusão, no planejamento e encerramento diagnóstico; Auxilia na confecção de próteses fixas, próteses removíveis, próteses totais e aparelhos inter-oclusais; 1. Articulador não-ajustável: Não reproduzem nenhum movimento da mandíbula; Não reproduzem nenhum determinante oclusal – ANATOMIA; Arco de abertura e fechamento incorreto; Distancia dente x eixo terminal de rotação (raios diferentes); São responsáveis por trabalhos protéticos com grandes interferências oclusais, que resulta em lesões no sistema estomatognático do paciente; 2. Articulador semi-ajustável (ASA): Permitem, normalmente, três ajustes: distância condilar, guia condilar e ângulo de Bennett; Reproduz parcialmente os movimentos da mandíbula e os determinantes da morfologia oclusal; Reproduz parcialmente os movimentos da mandíbula e os determinantes da morofologia oclusal; Modelo Arcon e Não Arcon; 3. Articulador totalmente ajustável (ATA): Conceito de gnatologia: é fundamental a reprodução de todos os movimentos mandibulares para a confecção de trabalhos protéticos; Reproduz todos os determinantes da morfologia oclusal; Registros realizados pelo partógrafo (reprodução gráfica); Além dos ajustes presentes no ASA, também permite o ajuste do Ângulo de Fisher (ânguloformado entre o plano horizontal e a trajetória de movimento para medial do côndilo de balanceio; Desvantagens: complexidade, tempo e custo; OBS: ASA X ATA Apesar dos ASA apresentarem limitações, elas podem ser compensadas gerando trabalhos comparáveis aos obtidos com o ATA; Você pode realizar uma reabilitação oral em um articulador semi-ajustável desde que tenha um cérebro totalmente ajustável; De maneira alguma a sofisticação superará a capacidade do dentista em saber utilizá-lo; MOVIMENTOS MANDIBULARES Anatomia das ATMs: As cavidades glenóides apresentam duas paredes: 1. Parede medial: responsável por guiar o côndilo nos movimentos de lateralidade; 2. Parede de eminência articular do temporal: responsável por guiar o côndilo durante o movimento de protrusão; Abertura e fechamento: movimento realizado e torno de um eixo que passa pela porção mas superior dos côndilos; Movimento de lateralidade: esquerda e direita; Oclusão Protrusão: movimentação para anterior; COMPONENTES DO ARTICULADOR Ramos: são os prolongamentos horizontais, neles estão fixadas as guias e as placas de montagem; Postes condilares: representam os côndilos, possuindo distancia intercondilar pequena, média ou grande; Guias condilares: guiam os movimentos protrusivos do articulador; Guia incisiva: localizada na parte anterior do ramo inferior, apoia o pino incisivo; Mesa metálica: mais utilizada para trabalhos de prótese total; Pino incisivo: apoia-se na mesa da guia incisiva e mantém a altura entre os ramos; Placas de montagem: recebem o gesso que fixará os modelo ao articulador; ARCO FACIAL DO ASA TIPO ARCOM Localiza a maxila em relação à base do crânio; Orienta a fixação do modelo superior no articulador; Distância intercondilar; Eixo terminal de rotação; Dispositivo acessório que tem a finalidade de transferir para o articulador a mesma disposição espacial da maxila, em relação ao crânio, e especialmente em relação a cavidade glenoide; Dispositivo acessório que tem a finalidade de promover a montagem do modelo superior ao articulador; Componentes do arco facial: Garfo de mordida para dentados: possui penetrações para a retenção da godiva; Garfo de mordida para desdentados: garfo específico para unir-se ao plano de orientação em cera; Braços articulados: possibilitam movimentos de abertura e fechamento do arco facial; Parafusos de fixação: responsáveis pela imobilização dos braços articulados; Olivas auriculares: têm a função de adaptar os braços articulados ao meato acústico externo do paciente; Posicionador de glabela: fixa o conjunto em conformidade com o ponto Nasium (glabela); Presilha da haste horizontal: responsável pela união da haste de garfo de mordida ao arco facial; Presilha da haste vertical: responsável pela fixação final do conjunto;
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