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A gestão do plano de carreira no âmbito público

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DESCRIÇÃO
O desenvolvimento de carreira na Administração Pública, suas premissas e seus aspectos de diferenciação em comparação ao mercado
privado.
PROPÓSITO
Compreender a carreira pública e as formas de desenvolvimento na área para o domínio dos processos e a ampliação das oportunidades de
crescimento no setor.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Comparar a carreira pública à privada
MÓDULO 2
Identificar as formas de desenvolvimento na carreira pública
MÓDULO 3
Descrever a gestão de carreira de cargos de livre provimento
INTRODUÇÃO
Muito se debate sobre a gestão pública em um país com tantos desafios como o Brasil. Ao longo dos anos, foram propostos diversos
modelos de gestão na área; entre elas, a forma de gestão de carreira no serviço público.
Diversas características da Administração Pública fazem com que a forma de se pensar a carreira seja diferente em comparação com a da
iniciativa privada. O fato de ela ter de seguir regras rígidas e prestar contas à sociedade influencia diversos processos dessa esfera, inclusive
os planos de encarreiramento.
Dessa forma, o principal foto deste trabalho é entender a definição de carreira pública, os tipos de vínculos públicos e a forma de
desenvolvimento profissional na área. Por fim, também será debatida a gestão de carreira em cargos de livre provimento.
Conhecer como é gerida a carreira pública pode contribuir para uma reflexão sobre o papel do Estado na sociedade, já que uma importante
parte da estrutura pública será identificada neste conteúdo, principalmente aquela relativa à área de recursos humanos.
MÓDULO 1
Comparar a carreira pública com a privada
DEFINIÇÃO DE CARREIRA E ENCARREIRAMENTO
De acordo com Lucena (2013), existe uma importante diferença entre o conceito de “plano de carreira” e o encarreiramento (plano de
sucessão).
Estabeleceremos a seguir a definição dos dois conceitos:
PLANO DE CARREIRA COMPREENDE O PLANEJAMENTO DA CARREIRA DO
INDIVÍDUO A PARTIR DE UMA FORMAÇÃO PROFISSIONAL BÁSICA,
GERALMENTE IDENTIFICADA COMO “VOCAÇÃO PROFISSIONAL”. DEFINIDO
ESSE PLANO, O PROFISSIONAL PROCURA REALIZÁ-LO POR MEIO DE SEU
TRABALHO NA ORGANIZAÇÃO. [...]
PLANO DE SUCESSÃO COMPREENDE A IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DE PESSOAS
PARA OCUPAREM POSIÇÕES DE MAIOR CONTEÚDO E MAIORES
RESPONSABILIDADES, DE ACORDO COM AS LINHAS DE SUCESSÃO
ESTABELECIDAS E EM PRAZOS ESTIMADOS. AS INDICAÇÕES SÃO
FUNDAMENTADAS NO DESEMPENHO, NA CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E NO
POTENCIAL CONFRONTADOS COM AS EXIGÊNCIAS (NATUREZA DO NEGÓCIO,
OBJETIVOS, ESTRATÉGIAS EMPRESARIAIS, CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO E
AMBIENTE EXTERNO).
LUCENA, 2013, p. 122, 145
Pode-se observar que o plano de carreira se concentra no desenvolvimento profissional, ou seja, em aspectos relacionados às atividades
inerentes ao cargo, porque ele identifica o ponto atual de um funcionário e planeja seu ponto futuro.
EXEMPLO
Pensemos no crescimento de um funcionário na empresa. Ele ingressa nela na categoria júnior. Em determinado momento, torna-se pleno
e, posteriormente, atinge o nível sênior no cargo.
Por outro lado, o encarreiramento (também chamado de plano de sucessão) constitui um instrumento que ajuda a definir como será esse
caminho, podendo ocorrer de diferentes maneiras:
De forma gerencial ou técnica.
Na mudança de cargos ou de atividades.
EXEMPLO
Formação de líderes de uma empresa na qual são identificados talentos que, em longo prazo, podem substituir seus atuais líderes.
A CARREIRA NA INICIATIVA PRIVADA
Na iniciativa privada, há inúmeras possibilidades de se iniciar uma carreira, seja trabalhando para alguém ou por conta própria:
Foto: Shutterstock.com
ANÁLISE DE CURRÍCULO
Foto: Shutterstock.com
ENTREVISTA
Foto: Shutterstock.com
DINÂMICA
Esse processo, contudo, não se limita às três formas elencadas acima.
Uma característica geral do processo seletivo na iniciativa privada é a possibilidade de a empresa, ao recrutar um futuro funcionário, poder
utilizar critérios e modalidades de seleção de forma livre e flexível. Inclusive é possível, de forma subjetiva, definir a melhor pessoa para
ocupar determinada vaga.
Também é comum que os profissionais que se destacam em suas atribuições sejam convidados por outras empresas do ramo para ocupar
determinadas vagas com remuneração e benefícios superiores ao atual.
SAIBA MAIS
Alguns profissionais se dedicam a encontrar talentos e recrutá-los para sua empresa. Trata-se dos headhunters (caça-talentos).
HEADHUNTERS
Oliveira (2001) define headhunter como um profissional concentrado em encontrar a pessoa ideal para o cargo certo em uma empresa.
Outra forma de ser ter uma carreira privada é trabalhar como empreendedor. Nesse tipo de carreira, você é seu patrão. Cada vez mais essa
trajetória profissional vem sendo adotada, pois o empreendedorismo é uma nova forma de se rever as relações de trabalho. Devemos
reforçar que, nesse caso, você é o responsável por definir a própria carreira.
Foto: Shutterstock
CARREIRA NO SERVIÇO PÚBLICO
FORMAS DE INGRESSO
No serviço público, também é possível o ingresso de diversas formas; entretanto, para ser servidor de carreira, ele só pode ocorrer
por meio de concurso público.
Ele foi definido pela Constituição Federal de 1988 e, posteriormente, pela Emenda Constitucional nº 19 da seguinte maneira:
[...] A INVESTIDURA EM CARGO OU EMPREGO PÚBLICO DEPENDE DE
APROVAÇÃO PRÉVIA EM CONCURSO PÚBLICO DE PROVAS OU DE PROVAS E
TÍTULOS, DE ACORDO COM A NATUREZA E A COMPLEXIDADE DO CARGO OU
EMPREGO, NA FORMA PREVISTA EM LEI, RESSALVADAS AS NOMEAÇÕES PARA
CARGO EM COMISSÃO DECLARADO EM LEI DE LIVRE NOMEAÇÃO E
EXONERAÇÃO.
BRASIL, 1998
Ou seja, o ingresso em cargo ou emprego público, via de regra, deve ocorrer mediante concurso público – salvo no caso dos cargos em
comissão.
ATENÇÃO
O concurso público tem prazo de validade de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período.
Já o artigo 5° da Lei nº 8.112, de 1990, dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das
fundações públicas federais.
São descritos nessa lei os requisitos básicos para a investidura no cargo público:
SER BRASILEIRO.
ESTAR NO GOZO DOS SEUS DIREITOS POLÍTICOS, OU SEJA, CONSEGUIR
EXERCER SEU PAPEL DE CIDADÃO.
TER SUAS OBRIGAÇÕES MILITARES E ELEITORAIS EM DIA (QUITADOS).
APRESENTAR O NÍVEL DE ESCOLARIDADE EXIGIDA PARA O EXERCÍCIO DA
FUNÇÃO/CARGO.
TER, NO MÍNIMO, 18 ANOS DE IDADE.
TER APTIDÃO FÍSICA E MENTAL.
Dessa forma, percebemos que a maioria desses requisitos é objetiva, não lhes cabendo atributos mais subjetivos, estando eles,
assim, além da dimensão teórica. Essa é uma tendência dos últimos anos nos concursos, os quais, aliás, procuraram considerar tal
aspecto. Isso vem sendo um desafio para os responsáveis pela elaboração de processos seletivos no serviço público.
Antes dessa mudança, percebia-se que, em diversos concursos, o processo seletivo era composto somente por uma prova objetiva.
Atualmente, vêm sendo adotadas outras etapas de avaliação de títulos, considerando-se, com isso, alguns aspectos relacionados à vida
acadêmica e profissional do candidato.
Cabe destacar que a etapa de provas, no atual ordenamento jurídico, é obrigatória, pois ela garante a isonomia no processo.
Veja alguns exemplos:
EXEMPLO
Carvalho Filho (2014) reforça que não é mais juridicamente possível o concurso apenas de títulos. Ele deve estar associado à etapa de
provas, pois essa forma de seleção possibilita uma disputa em igualdade de condições.
Em contrapartida, uma prova só tem capacidade de mensurar aspectos teóricos, não sendo possível medir outras competências importantes
ao exercício do cargo público.
EXEMPLO
Habilidade interpessoal e comprometimento.
Conseguir criar meios para mensurar essas características mais subjetivas é um grande desafio para a área de gestão de pessoas dos
órgãos públicos.
EXEMPLO
Imaginemos um concurso para administrador de recursos humanos em um órgão público. Analisaremos dois candidatos para esse
concurso:Pedro tem 23 anos, nunca trabalhou e não tem experiência como gestor. No entanto, ele conhece toda a matéria da prova, pois vem, há
anos, estudando muitas horas por dia e sabe todas as teorias a serem abordadas nela. Com 32 anos, Alan tem 10 anos de experiência como
administrador, sendo 5 como gestor de recursos humanos. Ele vem, há alguns meses, estudando poucas horas por dia, já que não tem
tanto tempo para se dedicar à prova.
Provavelmente, Pedro terá um melhor desempenho na prova; entretanto, Alan seria o melhor profissional para a vaga, porque já possui
experiência na área.
Perceberam a dificuldade no recrutamento e na seleção de um profissional na área pública?
Obviamente, o exemplo acima é muito superficial, já que não foram consideradas nele diversas camadas. Ainda assim, ele serve para
refletirmos sobre o desafio das instituições públicas em contratar bons profissionais.
CATEGORIAS E FUNÇÕES DO AGENTE PÚBLICO
Começando com as funções estatais sabe-se que:
De acordo a Lei nº 8.429/1992, o agente público pode ser definido como “todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego
ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior”.
Percebe-se, com isso, que qualquer pessoa, mesmo que não seja ocupante de cargo público, pode exercer uma função estatal.
Apresentaremos agora os tipos de agentes públicos:
Tipo Característica Exemplo
Agentes políticos
Formam os primeiros escalões do governo, exercendo funções de
governo e Estado.
Presidente da República,
deputados e senadores
Agentes
honoríficos
Cidadãos convocados para prestar um serviço ao Estado de forma
transitória, sem vínculo empregatício.
Jurado do tribunal de júri e mesário
do TRE
Agentes
delegados
Particulares que exercem serviço público. Concessionárias e permissionárias
Agentes
credenciados
Particular credenciado pela Administração Pública para representar
o Brasil mediante renumeração.
Cientista e atleta olímpico
Servidores
públicos
Prestam serviços ao Estado mediante remuneração, ocupando um
cargo público.
Servidores e empregados públicos
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro de tipos de agentes públicos
ATENÇÃO
Ao falarmos de carreira pública, nos referimos especificamente aos servidores públicos, pois esses entes ocupam um cargo público com
vínculo empregatício entre ele e o Estado. Logo, podemos concluir que só existe carreira no serviço público quando um profissional ocupa
um cargo público.
E que é um cargo público?
Meireles (2008) o define como “lugar instituído na organização do serviço público com denominação própria, atribuições e responsabilidades
específicas”.
Esse cargo público pode ser preenchido mediante:
CONCURSO PÚBLICO
Servidores ocupantes de cargo efetivo.
NOMEAÇÃO
Servidores ocupantes de cargo comissionado.
DICA
Além dessas duas modalidades, ainda existe o ocupante de cargo temporário.
TIPOS DE SERVIDORES PÚBLICOS
Apontaremos agora os principais aspectos dos três tipos de servidores públicos:
SERVIDOR PÚBLICO OCUPANTE DE CARGO EFETIVO (SERVIDORES DE
CARREIRA)
Cargo efetivo é aquele que pode ser exercido exclusivamente por meio de aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos.
Após o ingresso no serviço público, por meio da posse, esse profissional estará submetido a um estatuto de acordo com a esfera para a qual
presta serviço (federal, estadual ou municipal).
EXEMPLO
Auditor da Receita Federal, professor do ensino público e médico do SUS.
Vinculado a uma carreira, ele pode evoluir no seu cargo por meio de promoções e progressões. Após três anos de exercício, esse tipo de
servidor adquire a estabilidade.
Segundo a Constituição Federal, após adquirir a estabilidade, um servidor público de cargo efetivo apenas pode ser desligado devido às
seguintes situações:
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (PAD)
DECISÃO JUDICIAL TRANSMITIDA EM JULGADO
INSUFICIÊNCIA DE DESEMPENHO (O QUE AINDA NÃO FOI REGULAMENTADO)
Também existe o empregado público, que ocupa um emprego público provido da mesma forma: por concurso público. Contudo, sua
relação de trabalho com a Administração Pública é regulamentada pela CLT.
EXEMPLO
Empregados da Petrobras, dos Correios e do Banco do Brasil.
Por conta disso, ele não possui estabilidade. Sua relação do trabalho, portanto, é regulamentada da mesma forma que a da iniciativa
privada.
SERVIDORES OCUPANTES DE CARGO COMISSIONADO
Os servidores que ocupam um cargo comissionado não precisam de concurso público para ingressar na Administração Pública. Seus
cargos são de livre nomeação e exoneração, ou seja, a autoridade que os nomeia pode, a qualquer momento, desligar esses
servidores.
EXEMPLO
Presidente do IBGE, assessor jurídico do Inmetro e chefe do setor de compras do Inca.
Mello oferece uma importante definição desse tipo de vínculo:
OS CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO (CUJO PROVIMENTO DISPENSA
CONCURSO PÚBLICO) SÃO AQUELES VOCACIONADOS PARA SEREM OCUPADOS
EM CARÁTER TRANSITÓRIO POR PESSOA DE CONFIANÇA DA AUTORIDADE
COMPETENTE PARA PREENCHÊ-LOS, A QUAL TAMBÉM PODE EXONERAR AD
NUTUM, ISTO É, LIVREMENTE, QUEM OS ESTEJA TITULARIZANDO.
MELLO, 2006, p. 280
Os ocupantes desse cargo podem desempenhar três tipos de atribuições:
Direção;
Chefia;
Assessoramento.
ATENÇÃO
Eles não se enquadram na perspectiva de carreira, ou seja, não existe uma “escada” para evoluir profissionalmente, o que ocorre com o
servidor efetivo.
O servidor de cargo comissionado é muito importante na gestão pública, pois essas “lideranças” são as responsáveis por coordenar e dirigir
os servidores “técnicos” conforme os objetivos institucionais.
DICA
Servidores de carreira também pode ocupar cargos em comissão.
SERVIDOR TEMPORÁRIO
A Constituição Federal estabelece que, para “atender necessidade temporária de excepcional interesse público”, é possível a contratação de
servidores por prazo determinado.
Esses servidores são regidos por uma legislação específica. Sua contratação deve ser feita por meio de um processo seletivo.
EXEMPLO
Professores substitutos de universidades e um agente censitário do IBGE.
DIFERENÇA ENTRE CARREIRA PÚBLICA E PRIVADA
O doutor em Administração Leonardo Bezerra fala sobre como identificar e comparar as principais diferenças entre carreira pública e privada:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DOS TIPOS DE PROCESSO SELETIVO A SEGUIR, QUAL DELES DEVE SER OBRIGATORIAMENTE
UTILIZADO NA SELEÇÃO DE PROFISSIONAIS PARA A OCUPAÇÃO DE CARGOS EFETIVOS (TAMBÉM
CHAMADOS DE SERVIDORES DE CARREIRA) NO SERVIÇO PÚBLICO?
A) Entrevista
B) Análise de currículo
C) Dinâmica de grupo
D) Concurso público
E) Sorteio
2. AGENTE PÚBLICO É TODO AQUELE QUE EXERCE ALGUMA FUNÇÃO PÚBLICA. ESSES AGENTES PODEM
TER DIVERSOS TIPOS DE VÍNCULOS COM O SERVIÇO PÚBLICO, CADA UM DELES DANDO SUA
CONTRIBUIÇÃO PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. UM BOM EXEMPLO DISSO SÃO OS MESÁRIOS
ELEITORAIS, QUE, A CADA DOIS ANOS, DE FORMA VOLUNTÁRIA, AUXILIAM NAS ELEIÇÕES.
COM BASE NAS INFORMAÇÕES ANTERIORES, INDIQUE O TIPO DE VÍNCULO QUE DEFINE ESSA RELAÇÃO:
A) Servidor público
B) Agente honorífico
C) Agente público
D) Agente credenciado
E) Particular
GABARITO
1. Dos tipos de processo seletivo a seguir, qual deles deve ser obrigatoriamente utilizado na seleção de profissionais para a
ocupação de cargos efetivos (também chamados de servidores de carreira) no serviço público?
A alternativa "D " está correta.
A única forma de ingresso no serviço público como servidor ocupante de cargo efetivo é por concurso público. Essa determinação consta na
Constituição Federal de 1988.
2. Agente público é todo aquele que exerce alguma função pública. Esses agentes podem ter diversos tipos de vínculos com o
serviço público, cada um deles dando sua contribuição para a Administração Pública. Um bom exemplo disso são os mesários
eleitorais, que, acada dois anos, de forma voluntária, auxiliam nas eleições.
Com base nas informações anteriores, indique o tipo de vínculo que define essa relação:
A alternativa "B " está correta.
O mesário eleitoral, assim como o tribunal de júri, exerce o papel de agente público na figura de agente honorífico. Sua principal
característica é a prestação de um serviço ao Estado de forma transitória, sem vínculo empregatício.
MÓDULO 2
Identificar as formas de desenvolvimento na carreira pública
DIFERENÇAS ENTRE A CARREIRA PÚBLICA E PRIVADA
A carreira pública e a privada possuem diversas diferenças. Vamos analisá-las de forma mais detalhada?
ESTABILIDADE: SERVIÇO PÚBLICO VERSUS INICIATIVA PRIVADA
No serviço público há uma garantia maior de estabilidade, uma vez que a Administração Pública é menos suscetível a influências externas.
Além disso, a “empresa” Brasil tem um orçamento trilionário, podendo resistir por mais tempo a eventuais crises – e de forma mais estável –
que as empresas menores.
Outro fator preponderante é que os servidores públicos, após a aprovação em estágio probatório e três anos de efetivo exercício, adquirem a
estabilidade.
Nesse caso, como já apontamos, eles só podem ser demitidos por três hipóteses:
PAD;
Sentença judicial transitado e julgado;
Avaliação de desempenho periódica (ainda não regulamentada).
ATENÇÃO
Regidos pela CLT, os empregados públicos não possuem estabilidade.
A iniciativa privada, por outro lado, está mais suscetível à influência do mercado e às eventuais crises. Desse modo, tal dinamismo e a
necessidade de se adaptar às exigências do mercado demandam reestruturações que podem gerar desligamentos.
Obviamente, algumas empresas são mais fortes economicamente, podendo aguentar eventuais crises; entretanto, a maioria das empresas é
de pequeno porte e fica exposta a situações de risco dessa natureza. Além disso, é comum, em empresas familiares, haver tomadas de
decisão baseadas em questões não relacionadas ao aspecto profissional.
Os empregados da iniciativa privada, portanto, têm um maior risco de demissão por:
Não possuírem estabilidade.
Estarem mais expostos às crises de mercado.
ROTINA: SERVIÇO PÚBLICO VERSUS INICIATIVA PRIVADA
O serviço público apresenta um ambiente mais estático se comparado ao da iniciativa privada. O gestor público, por outro lado, deve
obedecer a inúmeros dispositivos legais (legislação e normas internas) e também precisa prestar conta de todas as suas atividades e
decisões à sociedade.
Por isso, muitas vezes, os processos da gestão pública tornam-se mais lentos que os da iniciativa privada, já que prestações de contas e
justificativas demandam bastante tempo do gestor.
Uma questão a ser destacada é o princípio constitucional da legalidade:
A LEGALIDADE TRADUZ A IDEIA DE QUE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SOMENTE
TEM POSSIBILIDADE DE ATUAR QUANDO EXISTA LEI QUE O DETERMINE
(ATUAÇÃO VINCULADA) OU AUTORIZE (ATUAÇÃO DISCRICIONÁRIA), DEVENDO
OBEDECER ESTRITAMENTE AO ESTIPULADO NA LEI, OU, SENDO
DISCRICIONÁRIA A ATUAÇÃO, OBSERVAR OS TERMOS, CONDIÇÕES E LIMITES
AUTORIZADOS NA LEI.
PAULO; ALEXANDRINO, 2008, p. 194
De acordo com Meirelles (2008), na Administração Pública, só é permitido fazer o que a lei autoriza. Já na privada, existe o oposto: existe a
possiblidade de fazer o que ela não proíbe.
Dessa forma, na pública, só é permitido fazer o que está expressamente autorizado em lei. Assim, do ponto de vista administrativo, torna-se
mais custoso inovar, pois toda decisão no serviço público deve ter respaldo legal.
Como sabemos que é impossível o ordenamento jurídico acompanhar as necessidades da gestão e da sociedade de forma
imediata, tal realidade torna o serviço público mais rígido na comparação com a iniciativa privada.
A iniciativa privada possui mais liberdade para inovar que o serviço público, pois, como frisamos, a iniciativa privada pode fazer o que desejar
– salvo nos casos em que a lei o proibir.
EXEMPLO
Analisemos o caso dos aplicativos de transporte. Até recentemente, não existia nenhuma lei que proibia a utilização de carros particulares
para transportar pessoas.
A iniciativa privada resolve criar um aplicativo para facilitar essa relação exemplificada acima.
MAS COMO PODE FUNCIONAR A REGULAMENTAÇÃO DESSE SERVIÇO?
Apenas meses depois o serviço público conseguiu elaborar legislações para normatizar esse tipo de transporte.
Podemos concluir que, diante desse cenário, a rotina no ambiente privado é mais dinâmica que a do público.
ASPECTOS BUROCRÁTICOS NO SERVIÇO PÚBLICO E NO
PRIVADO
Ao pensarmos na burocracia, a associamos, na maioria das vezes, a algo ruim. No entanto, sua presença é fundamental na Administração
Pública, pois garante a impessoalidade e a padronização de procedimentos.
Para Motta (1985), a burocracia pode ser refletida por meio de três aspectos:
FORMALISMO
IMPESSOALIDADE
PROFISSIONALISMO
Analisaremos agora o impacto dela nos serviços público e privado:
SERVIÇO PÚBLICO
Segundo Max Weber (1971), a burocracia é implementada por meio de leis e normas administrativas que organizam os deveres e definem
as hierarquias dos cargos, assim como o grau de qualificação necessária para exercê-lo.
MAX WEBER
Alemão, o economista e jurista Max Weber (1864-1920) é considerado o pai da burocracia moderna.
Percebe-se, dessa maneira, que a burocracia está atrelada à profissionalização do serviço público.
Listaremos a seguir, de acordo com Weber (1971), algumas características de um aparato burocrático moderno:
Os funcionários são contratados devido à sua competência técnica e às suas qualificações específicas.
Os funcionários cumprem tarefas determinadas por meio de normas e regulamentos escritos.
A remuneração é baseada em salários estipulados em dinheiro.
Os funcionários devem obedecer a regras hierárquicas e códigos disciplinares que estabelecem as relações de autoridade.
Desse modo, verifica-se que a burocracia, em sua essência, é benéfica.
O que acaba acontecendo em muitas organizações, sejam elas públicas ou privadas, são as chamadas disfunções da burocracia.
Essas disfunções constituem os excessos dos padrões e das rotinas que tornam um processo mais complexo e extenso que o
necessário.
Veremos agora alguns exemplos de disfunções da burocracia reunidos por Merton (1970):
EXCESSO DE FORMALISMO: A NECESSIDADE DE DOCUMENTAR TODO TIPO DE
DOCUMENTAÇÃO NO PROCESSO;
INTERNALIZAÇÃO DAS REGRAS E APEGO AOS REGULAMENTOS: OS
NORMATIVOS SE TRANSFORMAM EM OBJETIVOS, E NÃO EM MEIOS PARA SE
ALCANÇAR UM RESULTADO;
RESISTÊNCIA À MUDANÇAS: COMO TUDO NA BUROCRACIA DEVE SEGUIR UMA
ROTINA, ALTERAR QUALQUER PROCEDIMENTO SE TORNA UM TRABALHO MAIS
DIFÍCIL.
INICIATIVA PRIVADA
É comum associar as disfunções à burocracia como uma característica exclusiva do serviço público, embora esse atributo também seja
habitual nas organizações privadas.
Quantas vezes somos surpreendidos com o excesso de burocracia em empresas privadas?
A burocracia é importante para a organização dos fluxos de trabalho; entretanto, reforçamos que ela deve ser vista como um meio – e não
como um fim.
PROGRESSÕES, PROMOÇÕES E DESLOCAMENTOS
Agora que falamos das principais diferenças entre a esfera pública e a privada, nos concentraremos no desenvolvimento de uma carreira no
setor público.
Um servidor efetivo que prestou concurso público está no início de sua vida pública. Ao longo do tempo, de acordo com os critérios
estabelecidos pela lei que rege sua carreira, ele pode se desenvolver profissionalmente, de forma geral, de duas formas:
Progressão
É a passagem do servidor para o padrão imediatamente superior dentro da classe ou da categoria atual de sua carreira funcional.
Exemplo
O servidor, que é júnior I, progride para júnior II.
Promoção
Trata-se da passagem do servidor do último padrão de uma classe ou da categoria para o primeiro da classe ou da categoria imediatamente
superior de sua carreira funcional.
Exemplo
O servidor é júnior e é promovido para sênior.
Você percebeu a diferençaentre progressão e promoção?
Enquanto aquela é apenas uma troca de padrão dentro da mesma classe/categoria, esta diz respeito à troca da classe/categoria atual para
uma superior até se atingir o topo da carreira.
ATENÇÃO
Essas duas modalidades são definidas em lei. O servidor deve permanecer por determinado período em cada classe/padrão a fim de estar
apto para progredir para a outra.
O servidor obedecerá a uma trilha de desenvolvimento na carreira já definida por força legal, ou seja, mesmo se apresentar uma
performance superior a seus colegas de trabalho, sua evolução na carreira terá a mesma velocidade.
Em relação a esse ponto, devemos realizar um paralelo com a iniciativa privada, na qual um trabalhador que se destaque pode “pular” níveis
e atingir rapidamente o topo da carreira.
No serviço público, essa promoção tem de obrigatoriamente apresentar regras objetivas para que o princípio da impessoalidade e
isonomia não prejudique um servidor. Entretanto, muitas vezes, aqueles que se destacam não conseguem ser premiados pelo seu
desempenho. Um servidor, afinal, permanece no cargo no qual foi efetivado até o final de sua carreira independentemente de ter, ao longo
da vida profissional, se qualificado para um cargo superior.
EXEMPLO
Você presta concurso para assistente administrativo, cargo que só exige o ensino médio completo. Se, ao longo de sua vida profissional,
você se formar em Administração, não será possível fazer a alteração de seu cargo para o de analista administrativo.
DICA
O nome da mudança de cargo dentro do serviço público era ascensão.
DESLOCAMENTOS
Em qualquer organização, é comum os funcionários mudarem de setor para se sentirem mais eficientes. Essa iniciativa também pode partir
da empresa na busca da melhor alocação de seu pessoal. Já no serviço público, tudo deve ser feito de acordo com a lei para que tal
mudança também seja possível.
Observaremos agora duas modalidades de deslocamento estipuladas pela Lei nº 8.112/1990:
REMOÇÃO
Trata-se do deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro com ou sem mudança de sede.
Existem três modalidades de remoção:
De ofício, no interesse da Administração, ou seja, por discricionaridade, o gestor público pode remover um servidor de uma lotação
para outra.
A pedido, a critério da Administração, ou seja, o servidor, por motivos particulares, pode solicitar a remoção; entretanto, é necessário
haver uma aprovação do gestor público, ratificando que a remoção não prejudicará o interesse público.
A pedido, independentemente do interesse da Administração, quando o cônjuge do servidor(a) for deslocado de sede ou por questões
de saúde; assim, nessas duas situações, o servidor tem direito à movimentação independentemente da discricionaridade do gestor
público.
REDISTRIBUIÇÃO
É o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do
mesmo Poder (Executivo, Legislativo ou Judiciário) após uma prévia apreciação do órgão central do Sipec.
A redistribuição é uma forma de movimentação mais rara. Nesse tipo de deslocamento, o cargo ocupado do servidor, em tese, que é
movimentado; consequentemente, o ocupante do cargo se move ao mesmo tempo.
Apontaremos agora seis critérios que uma redistribuição deve considerar:
Interesse da Administração;
Equivalência de vencimentos;
Manutenção da essência das atribuições do cargo;
Vinculação entre os graus de responsabilidade e a complexidade das atividades;
Mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
Compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou da entidade.
PORTARIA DE MOVIMENTAÇÃO DE PESSOAL
A partir de 2019, o governo federal publicou uma série de legislações para facilitar a movimentação de empregados públicos entre os órgãos
federais.
Essa portaria teve como eixo central a possibilidade de adequação dos perfis e das necessidades dos órgãos públicos. Com isso,
ela permitiu que:
AS INSTITUIÇÕES DIVULGASSEM EDITAIS COM OPORTUNIDADES EM SEM
QUADRO.
QUALQUER SERVIDOR OU EMPREGADO PÚBLICO FEDERAL PUDESSE SE
CANDIDATAR.
Essa portaria teve como objetivo, portanto, o dimensionamento adequado da força de trabalho dos servidores públicos federais.
DESENVOLVIMENTO DA ESFÉRA PÚBLICA
O doutor em Administração Leonardo Bezerra fala sobre como identificar as formas de desenvolvimento na carreira pública.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UM DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS DAS ORGANIZAÇÕES, PRINCIPALMENTE AS PÚBLICAS, SÃO AS
DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA. APONTE UM EXEMPLO DE DISFUNÇÃO DA BUROCRACIA EM UMA
ORGANIZAÇÃO:
A) Profissionalismo
B) Organização
C) Isonomia nos procedimentos
D) Impessoalidade no atendimento
E) Internalização das regras
2. ASSINALE O TIPO DE DESENVOLVIMENTO NA CARREIRA NA QUAL O SERVIDOR PÚBLICO PASSA DO
ÚLTIMO PARA O PRIMEIRO PADRÃO DA CLASSE IMEDIATAMENTE SUPERIOR À SUA FUNÇÃO:
A) Progressão
B) Ascenção
C) Transferência
D) Promoção
E) Reaproveitamento
GABARITO
1. Um dos principais problemas das organizações, principalmente as públicas, são as disfunções da burocracia. Aponte um
exemplo de disfunção da burocracia em uma organização:
A alternativa "E " está correta.
A internalização das regras é um exemplo de disfunção da burocracia, uma vez que a organização transforma os normativos em objetivos, e
não em meios para se alcançar os resultados desejados.
2. Assinale o tipo de desenvolvimento na carreira na qual o servidor público passa do último para o primeiro padrão da classe
imediatamente superior à sua função:
A alternativa "D " está correta.
A promoção é a mudança de padrão de uma classe ou de uma categoria de um servidor, como, por exemplo, a promoção de um analista
júnior para o cargo de analista pleno.
MÓDULO 3
Descrever a gestão de carreira de cargos de livre provimento
O INGRESSO DO SERVIDOR EM CARGOS DE LIVRE INGRESSO
CONCEITOS, ATUAÇÕES E DISTRIBUIÇÃO DOS CARGOS
Em regra, como já vimos, o ingresso no serviço público se dá por concurso. Entretanto, existe a possibilidade de o gestor público nomear um
determinado profissional para ocupar um cargo público de livre provimento.
A Constituição Federal define que os cargos em comissão são de livre ingresso e exoneração no serviço público:
II - A INVESTIDURA EM CARGO OU EMPREGO PÚBLICO DEPENDE DE
APROVAÇÃO PRÉVIA EM CONCURSO PÚBLICO DE PROVAS OU DE PROVAS E
TÍTULOS, RESSALVADAS AS NOMEAÇÕES PARA CARGO EM COMISSÃO
DECLARADO EM LEI DE LIVRE NOMEAÇÃO E EXONERAÇÃO [...]
V - AS FUNÇÕES DE CONFIANÇA, EXERCIDAS EXCLUSIVAMENTE POR
SERVIDORES OCUPANTES DE CARGO EFETIVO, E OS CARGOS EM COMISSÃO, A
SEREM PREENCHIDOS POR SERVIDORES DE CARREIRA NOS CASOS,
CONDIÇÕES E PERCENTUAIS MÍNIMOS PREVISTOS EM LEI, DESTINAM-SE
APENAS ÀS ATRIBUIÇÕES DE DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO
BRASIL, 1988, II, V, grifos nossos
Precisamos pontuar a diferença dos termos funções de confiança e cargos em comissão.
Funções de confiança: As funções de confiança podem ser exercidas exclusivamente por servidores estatutários, ocupantes de cargos
efetivos (servidores de carreira).
Cargos de comissão: Os cargos em comissão, por sua vez, podem ser ocupados por qualquer pessoa, servidor público ou não.
ATENÇÃO
Para o servidor que ocupa exclusivamente um cargo de confiança, aplica-se, diferentemente dos servidores efetivos, o regime geral da
Previdência Social.
ATUAÇÕES E DISTRIBUIÇÃO DOS CARGOS
Versaremos agora sobre as atividades que os servidores podem exercer na máquina pública.
Um cargo em comissão, por exemplo, é de livre nomeação e exoneração, ou seja, a Administração Pública é livre para nomear e exonerar
qualquer pessoa para ocupá-lo, seja ela um servidor efetivo ou não.
Nos últimos anos, guiado pelo princípio da eficiência, diversas legislações se preocuparam em criar requisitos mínimos para o ingresso em
cargos em comissão. Seu objetivo era tornar as nomeações mais profissionais e menos políticas, inclusivecriando processos seletivos para
elas.
Quanto à distribuição dos cargos, pensemos no exemplo da Administração Pública Federal. Ela apresenta seis níveis de cargos em
comissão que são chamados de DAS (sigla de grupo-direção e assessoramento superiores).
O quadro a seguir contém a descrição de cada cargo e as atividades a serem exercidas na Administração Pública Federal direta, autárquica
e fundacional:
Código do cargo Atividade correspondente
DAS 101.6
Secretário de órgãos finalísticos, dirigentes de autarquias e fundações e subsecretários de órgãos
da Presidência da República.
DAS 101.5
Chefe de gabinete de Ministro de Estado, diretor de departamento, consultor jurídico, secretário de
controle interno e subsecretário de planejamento, orçamento e administração.
DAS 101.4
Coordenador-geral, chefe de gabinete de autarquias e fundações e chefe de assessoria de
gabinete de Ministro de Estado.
DAS 101.3 Coordenador.
DAS 101.2 Chefe de divisão.
DAS 101.1 Chefe de seção e assistência intermediária.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: Descrição de cargos e atividades
Extraído de BRASIL, 2003.
CRITÉRIOS GERAIS DE OCUPAÇÃO
Observaremos alguns critérios estabelecidos a partir da publicação do Decreto nº 9.727, que criou requisitos para os ocupantes de cargo de
comissão. Sua abrangência engloba desde um ocupante de tipo de cargo até um servidor efetivo que tenha uma Função Comissionada do
Poder Executivo (FCPE):
DAS OU FCPE
Art. 2º São critérios gerais para a
ocupação de DAS ou de FCPE:
I - idoneidade moral e reputação ilibada;
II – perfil profissional ou formação acadêmica compatível com o cargo ou a função para o
qual tenha sido indicado; e
III - não enquadramento nas hipóteses de inelegibilidade previstas no inciso I do caput
do art. 1º da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: DAS ou FCPE
Extraído de BRASIL, 2019.
De acordo com o parágrafo único, os ocupantes de DAS ou de FCPE deverão informar prontamente a superveniência da restrição de que
trata o inciso III do caput à autoridade responsável por sua nomeação ou designação.
DAS E FCPE de níveis 2 e 3
Art. 3º Além do disposto no art. 2º, os ocupantes de
DAS ou de FCPE de níveis 2 e 3 atenderão, no
mínimo, a um dos seguintes critérios específicos:
I - possuir experiência profissional de, no mínimo, dois anos em atividades
correlatas às áreas de atuação do órgão ou da entidade ou em áreas
relacionadas às atribuições e às competências do cargo ou da função;
II - ter ocupado cargo em comissão ou função de confiança em qualquer
Poder, inclusive na Administração Pública indireta, de qualquer ente
federativo por, no mínimo, um ano;
III - possuir título de especialista, mestre ou doutor em área correlata às
áreas de atuação do órgão ou da entidade ou em áreas relacionadas às
atribuições do cargo ou da função;
IV - ser servidor público ocupante de cargo efetivo de nível superior ou
militar do círculo hierárquico de oficial ou oficial-general; ou
V - ter concluído cursos de capacitação em escolas de governo em áreas
correlatas ao cargo ou à função para o qual tenha sido indicado, com
carga horária mínima acumulada de cento e vinte horas.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: DAS e FCPE de níveis 2 e 3.
Extraído de BRASIL, 2019.
DAS e FCPE de nível 4
Art. 4º Além do disposto no art. 2º, os ocupantes de
DAS ou de FCPE de nível 4 atenderão, no mínimo, a
um dos seguintes critérios específicos:
I - possuir experiência profissional de, no mínimo, três anos em atividades
correlatas às áreas de atuação do órgão ou da entidade ou em áreas
relacionadas às atribuições e às competências do cargo ou da função;
II - ter ocupado cargo em comissão ou função de confiança em qualquer
Poder, inclusive na Administração Pública indireta, de qualquer ente
federativo por, no mínimo, dois anos; ou
III - possuir título de especialista, mestre ou doutor em área correlata às
áreas de atuação do órgão ou da entidade ou em áreas relacionadas às
atribuições do cargo ou da função.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: DAS e FCPE de nível 4.
Extraído de BRASIL, 2019.
DAS e FCPE de níveis 5 e 6
Art. 5º Além do disposto no art. 2º, os ocupantes de
DAS e FCPE de níveis 5 e 6 atenderão, no mínimo,
a um dos seguintes critérios específicos:
I - possuir experiência profissional de, no mínimo, cinco anos em atividades
correlatas às áreas de atuação do órgão ou da entidade ou em áreas
relacionadas às atribuições e às competências do cargo ou da função;
II - ter ocupado cargo em comissão ou função de confiança equivalente a
DAS de nível 3 ou superior em qualquer Poder, inclusive na Administração
Pública indireta, de qualquer ente federativo por, no mínimo, três anos; ou
III - possuir título de mestre ou doutor em área correlata às áreas de atuação
do órgão ou da entidade ou em áreas relacionadas às atribuições do cargo
ou da função.
Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Quadro: DAS e FCPE de níveis 5 e 6.
Extraído de BRASIL, 2019.
O FCPE é uma função gratificada exclusiva para os servidores ocupantes de cargos efetivos que têm equivalência a um cargo comissionado.
Essa legislação teve como objetivo estimular fatores técnicos em detrimento dos políticos, ou seja, devem ser consideradas questões
profissionais na escolha de um profissional para ocupar um cargo em comissão na Administração Pública Federal. Podemos observar que,
quanto maior o nível do DAS, mais exigências existem para se ocupar o cargo.
ATIVIDADE DE GESTÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO
DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO
A direção trata-se da função administrativa responsável por lidar com pessoas. A principal função dela é colocar em prática o que foi
planejado e organizado.
Depois que o planejamento for concluído, é na direção que serão geridos os recursos e as pessoas. Ao dirigir, é necessário saber influenciar
corretamente sua equipe, já que o objetivo é atingir os objetivos propostos.
Uma pessoa na função de direção, portanto, deve saber liderar. Um servidor que ocupe um cargo de direção precisa se concentrar em
motivar, liderar e saber se comunicar com as pessoas para alcançar as metas propostas no planejamento. No serviço público, a função de
direção é relacionada à alta cúpula dos órgãos.
EXEMPLO
Presidência e diretorias.
A função de chefia também é uma forma de direção no contexto da Administração Pública, estando vinculada a ela (direção) em níveis
inferiores na estrutura.
EXEMPLO
Seções e divisões.
O ocupante de um cargo em comissão geralmente possui um conhecimento técnico na área de atuação, pois ela é a responsável por fazer a
interface entre a governança da instituição e a área técnica.
Souza (2011, p. 4) define assessoramento como:
[...] UMA ATIVIDADE-MEIO QUE VEM SENDO CADA VEZ MAIS DIFUNDIDA NO
MUNDO DO TRABALHO. ESSE SERVIÇO É PRESTADO POR EMPRESA
ESPECIALIZADA EM ASSESSORIA, COM UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL, OU
POR UM ASSESSOR INDEPENDENTE. EM AMBOS OS CASOS, É NECESSÁRIO
QUE O ASSESSOR POSSUA GRANDE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E
EXPRESSIVA EXPERIÊNCIA NOS ASSUNTOS ENVOLVIDOS, CONHECIMENTO
TÉCNICO E HABILIDADE PARA ORIENTAR E ESTIMULAR AS AÇÕES A SEREM
DESENVOLVIDAS.
SOUZA, 2011, p. 4
Em relação às instituições públicas, podemos destacar a tese de Goerck e Viccar (2004). Para os dois autores, a assessoria é a
realização de um serviço de prestação de serviço a um órgão, podendo ser realizado individualmente ou de forma interdisciplinar.
Um assessor tem, portanto, a função de staff. Isso significa que ele opera como uma “consultoria” ao tomador de decisão, devendo
aconselhar e fundamentar as possibilidades e as justificativas para uma correta decisão administrativa.
Conheça as áreas nos quais esse profissional pode atuar:
JURÍDICA
Prestasuporte no âmbito jurídico acompanhando processos relacionados à área.
IMPRENSA
É responsável pelas estratégias de comunicação adotadas ao se comunicar com a impressa, as empresas e os cidadãos.
ADMINISTRATIVO
Auxilia no fluxo administrativo da área, monitorando e organizando os processos pertinentes a ela.
TÉCNICA
Pode explicar determinado processo para o tomador de decisão com objetivo de auxiliar na tomada de decisão.
A grande vantagem do cargo comissionado para a Administração Pública é poder admitir um profissional com base em critérios
mais subjetivos.
EXEMPLO
Entrevista e análise do currículo.
Esse processo é mais rápido e flexível que o de um concurso público. Entretanto, o ocupante de cargo em comissão não tem um plano de
carreira. Dessa forma, muitas vezes, ocorre uma rotatividade, pois não existe um desenvolvimento profissional como o de um servidor efetivo.
REFLEXÃO SOBRE OS CARGOS COMISSIONADOS
Várias questões podem ser debatidas ao falarmos de cargos comissionados no serviço público.
Pensemos na questão política e profissional.
Esse debate é bem interessante. Como o cargo comissionado é de livre nomeação e exoneração, ele não exige um processo seletivo. Assim,
desde que cumpridos os requisitos mínimos, qualquer pessoa pode exercê-lo.
Do ponto de vista empresarial, é importante que o gestor público tenha a facilidade de “contratar” um profissional capaz de
contribuir para uma necessidade específica da instituição de forma ágil e flexível. Afinal, um processo de concurso público pode
demorar anos para ser autorizado. Como falamos anteriormente, ele não consegue analisar características importantes no âmbito
profissional.
Veja um exemplo:
Um prefeito necessita de um gerente de projetos com experiência em liderança, pois ele chefiará dez engenheiros na construção de uma
ponte em sua cidade. Essa construção é de caráter emergencial, já que está deixando um bairro isolado do resto da cidade.
Essa equipe é formada por engenheiros que, trabalhando há muito tempo na Secretaria de Obras municipal, estão desmotivados em seus
postos de trabalho.
Se o prefeito optar por fazer um concurso, além de ter de cumprir uma série de exigências (o que demanda tempo), poderá contratar um
profissional com pouca experiência em trabalhar no serviço público, necessitando de um período maior para se adaptar à cultura
organizacional da prefeitura.
Contudo, se resolver contratar alguém para um cargo comissionado, ele poderá entrevistar candidatos e analisar de forma criteriosa as
características necessárias (que não se restringem aos conhecimentos técnicos e acadêmicos) para a função. Nesse sentido, tal processo é
rápido e menos burocrático.
Imagem: Shutterstock.com
Ponte em construção.
Podemos observar, assim, que a contratação de profissionais para ocupar cargos de liderança é importante no contexto público. Afinal, o
gestor deve alocar pessoas em quem confia e que possuam uma forma de trabalhar alinhada com as suas diretrizes, pois seu objetivo é
conseguir cumprir as metas estabelecidas, fazendo a instituição atingir sua função na sociedade.
ATENÇÃO
Em geral, a Administração Pública tem de ser composta, em sua maioria, por servidores efetivos. No entanto, o cargo comissionado tem
extrema relevância nela.
O que acontece em algumas instituições são disfunções em relação à nomeação de servidores comissionados, pois, algumas vezes, são
usados critérios que transcendem a esfera profissional.
EXEMPLO
Influência do aspecto político.
Como esse cargo é de livre nomeação e exoneração, alguns gestores públicos se voltam apenas para questões políticas e particulares,
escolhendo profissionais com formação e experiência incompatíveis com o cargo que ocupa. Tal medida é uma disfunção da finalidade da
política de cargos comissionados.
GESTÃO DE CARREIRA DE CARGOS DE LIVRE PROVIMENTO
O doutor em Administração Leonardo Bezerra fala sobre como descrever a gestão de carreira de cargos de livre provimento.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. (TJ/GO – 2019) AO TRATAR DOS TEMAS CONCURSO PÚBLICO E ACESSO A CARGOS PÚBLICOS, A
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE 1988 DISPÕE QUE:
A) As funções de confiança são exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo e destinam-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento.
B) A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou títulos de acordo com a
natureza e a complexidade do cargo ou emprego.
C) Constituem exceções à regra geral da exigência de concurso público as nomeações para cargo em comissão e funções de confiança,
ambos declarados em lei de livre nomeação e exoneração.
D) O prazo de validade do concurso público será de dois anos, prorrogável uma vez por igual período a critério da autoridade que preside a
banca do concurso.
E) Os cargos em comissão são exercidos exclusivamente por servidores não concursados, pois seu provimento ocorre por livre nomeação e
exoneração, destinando-se às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
2. (DPE/RJ-2019) ANTÔNIO TOMOU POSSE COMO PREFEITO DO MUNICÍPIO BETA E CONVIDOU O SEU
AMIGO JOÃO, EMPRESÁRIO DO RAMO HOTELEIRO E PESSOA DE SUA INTEIRA CONFIANÇA, PARA CHEFIAR
DETERMINADA REPARTIÇÃO PÚBLICA.
À LUZ DA SISTEMÁTICA VIGENTE, É CORRETO AFIRMAR QUE JOÃO:
A) Somente pode ser nomeado caso seja aprovado em concurso público.
B) Somente pode ser nomeado para ocupar um cargo em comissão.
C) Somente pode ser nomeado para exercer uma função de confiança.
D) Pode ser nomeado para ocupar um cargo de provimento efetivo ou um em comissão.
E) Pode ser nomeado para ocupar um cargo em comissão ou exercer uma função de confiança.
GABARITO
1. (TJ/GO – 2019) Ao tratar dos temas concurso público e acesso a cargos públicos, a Constituição da República de 1988 dispõe
que:
A alternativa "A " está correta.
Funções de confiança devem ser exercidas apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo, ou seja, os estatutários, conforme aponta o
inciso V do artigo 37 da Constituição Federal.
2. (DPE/RJ-2019) Antônio tomou posse como prefeito do município Beta e convidou o seu amigo João, empresário do ramo
hoteleiro e pessoa de sua inteira confiança, para chefiar determinada repartição pública.
À luz da sistemática vigente, é correto afirmar que João:
A alternativa "B " está correta.
O cargo de comissão pode ser exercido por alguém externo à Administração Pública, ou seja, não é necessário ser servidor público.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observamos neste texto que o desenvolvimento na carreira pública tem diversas singularidades provenientes da obrigação de seguir
dispositivos específicos na nossa legislação. As organizações públicas têm procurado melhorar cada vez mais seu desempenho frente às
demandas da sociedade.
Por conta disso, os profissionais que desejam se tornar servidores precisam compreender que as características da função podem ser
desafiadoras. Além disso, para ingressar no serviço público com o intuito de “fazer carreira”, é necessário ser aprovado em um concurso
público.
Pontuamos que também é possível haver um ingresso mediante a nomeação para ocupar um cargo em comissão a fim de exercer atividades
relacionadas à direção, à chefia e ao assessoramento. Demonstramos que, nesse caso, não é necessário o concurso, embora o servidor não
tenha condições de desenvolver uma carreira na área.
Destacamos, por fim, que conhecer as formas de ingresso e de evolução na Administração Pública brasileira pode auxiliar na reflexão sobre
o significado da gestão pública e para saber se a carreira dentro do serviço público pode ser considerada melhor que a da iniciativa privada.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto nº 4.567, de 1º janeiro de 2003. Dispõe sobre o quantitativo de cargos em comissão e funções de confiança da
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, estabelece metas e diretrizes relativas à revisão de estruturas dos
ministérios, autarquias e fundações federais, fixaos parâmetros a serem observados para a criação, por transformação, ou transferência de
cargos em comissão ou funções gratificadas, e dá outras providências. Consultado na internet em: mar. 2021. Brasília, 2021.
BRASIL. Decreto nº 9.727, de 15 de março de 2019. Dispõe sobre os critérios, o perfil profissional e os procedimentos gerais a serem
observados para a ocupação dos cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS e das Funções
Comissionadas do Poder Executivo – FCPE. Consultado na internet em: mar. 2021. Brasília, 2021.
BRASIL. Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998. Modifica o regime e dispõe sobre princípios e normas da Administração
Pública, servidores e agentes políticos, controle de despesas e finanças públicas e custeio de atividades a cargo do Distrito Federal, e dá
outras providências. Consultado na internet em: mar. 2021. Brasília, 2021.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Consultado na internet em: mar. 2021. Brasília, 2021.
BRASIL. Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992. Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito
no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na Administração Pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.
Consultado na internet em: mar. 2021. Brasília, 2021.
CARVALHO FILHO, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
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MEIRELES, H. L. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2008.
MELO, C. A. B. de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2009.
MERTON, R. K. Sociologia, teoria e estrutura. São Paulo: Mestre Jou, 1970.
MOTTA, F. P. O que é burocracia?. São Paulo: Abril Cultural/Brasiliense, 1985.
PAULO, V.; ALEXANDRINO, V. Direito Constitucional descomplicado. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2008. p. 194.
OLIVEIRA, M. Nas miras dos headhunters: como se tornar um profissional cobiçado. São Paulo: Campus, 2001.
SOUZA, L. R. Assessoria e consultoria em programas e projetos sociais. Indaial: Uniasselvi, 2011.
WEBER, M. Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.
EXPLORE+
Leia estes livros:
ALEXANDRINO, M.; PAULO, V. Direito Administrativo descomplicado. 26. ed. Rio de Janeiro: Gen, 2018.
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo versam sobre todos os temas relevantes deste trabalho, contemplando o conteúdo dos principais
editais de concursos públicos e dos programas das universidades do Brasil.
ALEXANDRINO, M.; PAULO, V. Direito Constitucional descomplicado. 19. ed. Rio de Janeiro: Gen, 2020.
Com uma abordagem simples, os dois autores explicam conceitos do Direito Administrativo.
Consulte a Constituição Federal:
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Todo brasileiro deveria saber seus deveres e direitos, principalmente os que trabalham para o governo, “servindo” ao povo. Por isso,
sempre vale a leitura da Constituição Cidadã, muito elogiada por diversos juristas.
Pesquise na internet este relatório do Banco Mundial:
BANCO MUNDIAL. O que os dados dizem? In: Gestão de pessoas e folha de pagamentos no setor público brasileiro. Consultado em
meio eletrônico em: 23 mar. 2021.
Essa análise do Banco Central faz diversos comentários ao serviço público brasileiro, analisando principalmente a questão salarial. O
relatório tece críticas ao quantitativo de carreiras (mais de 300 carreiras) e ao excesso de gratificações.
CONTEUDISTA
Leonardo Ferreira Bezerra
CURRÍCULO LATTES

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