Portfolio interdiciplinar individual 0002

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		geografia
gleidiane oliveira santos
O ESTUDO DAS CATEGORIAS DE ANÁLISE GEOGRÁFICA A PARTIR DE UM ROTEIRO DE CAMPO.
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Santa Rita/MA
2020
gleidiane oliveira santos
O ESTUDO DAS CATEGORIAS DE ANÁLISE GEOGRÁFICA A PARTIR DE UM ROTEIRO DE CAMPO.
Trabalho apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas Cartografia; Fundamentos Epistemológicos da Geografia; Metodologia do ensino de Geografia; Fundamentos Filosóficos; Práticas pedagógicas em ciências humanas: espaço geográfico, identidades e organização cultural, social e política.
Professores: 
Bruno Jose Rodrigues Frank
Heloisa Gomes Bezerra
Jose Adir Lins Machado
Thiago Augusto Domingos
Tutora: 
Diego Armando dos Santo
	
Santa Rita/MA
2020
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
2.1 CATEGORIA E ANALISES................................................................................4
2.2 PRAÇA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA................................................................5
2.3 PRAÇA TIRADENTES.......................................................................................7
2.4 PARAÇA BENEDITO VALADARES...................................................................7
2.5 MAPA..................................................................................................................8
2.6 ROTEIRO...........................................................................................................8
3	CONCLUSÃO	10
REFERÊNCIAS	11
INTRODUÇÃO
O espaço geográfico compreende a totalidade da superfície terrestre, considerando o seu substrato físico de objetos naturais e objetos sociais, e também a ações que animam a sua dinâmica e o seu processo histórico de produção. Para leitura e compreensão do espaço, o geógrafo dispõe de um conjunto de categorias analíticas, que estão contidas no espaço geográfico, a saber: paisagem, lugar, território e região. Cada uma destas categorias de análise possuem múltiplas concepções que contribuem com a apreensão da natureza do espaço. Nesta direção, a ideia do presente texto é discorrer acerca das categorias analíticas da geografia, visando elucidar caminhos que podem ser trilhados para leitura e entendimento do espaço geográfico. Para isso, o texto está ancorado em autores da geografia crítica, corrente do pensamento geográfico calcada na dialética e no materialismo histórico. 
Por meio das atividades de campo, é possível associar a teoria e a empiria no sentido de contribuir no processo de aprendizagem dos alunos, auxiliando na elucidação de conteúdos complexos, bem como, nas suas práticas de campo relacionadas à geográfica. 
Este presente trabalho tem como objetivo analisar a utilização dos conceitos e categorias geográficas. Desse modo, estamos colocando cada coisa em seu lugar, isto é, que cada categoria tem seu uso específico e deve ser aplicada para dá conta de interpretar diferentes recortes da realidade. Vale ressaltar que a intenção de 
A primeira é a que se debruça na descrição das formas físicas (morfologias) e/ou ambientais de uma determinada região, área percebidas e às vezes determinantes, da realidade social.
A segunda tem a intenção de mostrar o espaço como algo, ativo, no processo de organização social. Isto é, o espaço é produto e produtor. 
Palavras- Chave: espaço; paisagem; lugar; território; região.
DESENVOLVIMENTO
2.1 - CATEGORIAS DE ANALISES.
Apresentamos categorias de analise geográfica embasadas no roteiro campo e de pesquisa de 3 pontos da cidade de Curvelo MG. Vamos utilizar as 4 categorias geográficas para subsidiar a realização do roteiro de campo.
 Assim, faz-se necessário considerarmos a importância da analise do espaço, do lugar, da paisagem e do território, com a intenção de debater a importância de observar e traçar estratégias de observação para ensinar geografia. 
O conceito lugar está, nas principais abordagens, vinculado a uma análise compreensiva e, portanto, não objetiva e nem racionalista da realidade. Nesse sentido, ele se articula a partir da relação ou compreensão do ser diante do espaço geográfico. O lugar nada mais é que o espaço percebido pelas relações humanas. Por exemplo, o início do trajeto do roteiro de campo é em uma praça de nome incomum, Voluntários da Pátria. Além de possuir uma praça bem arborizada, com bancos e jardins, na sua lateral se encontra a Basílica de São Geraldo, a principal atração turística da cidade. É inevitável que o lugar não seja percebido por todos que ali passa. 
Cada pessoa pode enxerga o mundo de forma específica, pois isso se relaciona com o conjunto de experiências dos indivíduos ao longo do tempo, suas concepções culturais e seus valores morais e até religiosos. Portanto, as análises geográficas pautadas no conceito de lugar concebem o espaço analisado não de uma maneira direta, mas por meio da compreensão humana e, muitas vezes, com base em valores afetivos ou de identidade.
Para Tuan (1983), espaço e lugar são expressões interligadas. Ao considerar essa concepção Holzer (1999), acredita que tanto para o indivíduo como para o grupo, o aumento da abrangência impossibilita, progressivamente, um relacionamento espacial direto, remetendo-nos a uma visão cada vez mais esfacelada dos lugares.
É como se os lugares formassem a teia, as articulações do espaço. O lugar para essa corrente geográfica, focamos no espaço em torno das experiências ou casuais.
A paisagem é diretamente definida como o aquilo que a visão alcança ou como o mundo conforme a sua aparência. Porém a paisagem costuma ser definida como as formas com que a produção do espaço geográfico revela-se diante de nossos olhos.
Além disso, a paisagem muitas vezes é reveladora de experiências e atrelada a fatores da expressão humana e pessoais, o que dá à paisagem uma dimensão cultural. Um exemplo de paisagem é nosso terceiro ponto observado na cidade. A caminhada finaliza na Praça Benedito Valadares historicamente e atualmente o local é o era e ainda é o principal ponto de encontro da cidade. Desde o antigo caldeirão gigante a atual fonte de água com embalo da musical clássica e romântica ao anoitecer. A sua volta esta o prédio mais alto da cidade, o cinema, o jardim fantástico e a gruta. A visão 360 graus os olhos alcançam além da percepção do espaço, mas também os sentidos, com destaque para a audição e o olfato das lanchonetes e sorveterias.
Na realidade a paisagem é um entremeio entre o mundo das coisas e o da subjetividade humana. Cosgrove (1998) pontua que “a paisagem [...] é uma maneira de ver, [...] de compor e harmonizar o mundo externo em uma cena, em uma unidade visual” (p.98,99). Geografia Ensino & Pesquisa, v. 16, n.2 p. 23 - 30, maio/ago. 
Desse modo, a concluir que a paisagem é um campo de visibilidade, apresenta perspectivas variadas.
O conceito de região é amplamente utilizado no senso comum, sendo geralmente empregado em referência a uma área do espaço mais ou menos delimitada. Assim, existem regiões naturais, regiões econômicas, regiões políticas, entre muitos outros tipos.
Dessa forma, a região não existe diretamente, mas é uma construção intelectual humana, em uma ideia muito defendida pelo geógrafo estadunidense Richard Hartshorne (1899-1992) com base na filiação filosófica de Immanuel Kant. Exemplificando com o nosso roteiro, ao deslocar de um espaço para outro identificamos as diferenças, por mais perto que seja é possível observar o movimento de pessoas, transito de veiculo, pedestre, rua estreita e rua mais largas, rua com moradias e ruas de comércios. 
O território é muito utilizado no âmbito da política, é entendido como uma área delimitada por fronteiras. No entanto, nem sempre essas fronteiras são visíveis ou bem delineadas. Na grande maioria, o conceito de território está relacionado com uma configuração de poder. 
É portanto, uma área apropriada, uma porção do espaço geográfico onde uma relação hierárquicaestabelece-se.
O território possui uma característica importante, que é a sua multiplicidade em termos de tipificações e de escala.
O campo da Geografia política começa a valorizar a dimensão política do território, mas em referência ao território nacional, ou seja, na perspectiva do Estado-nação. A escola francesa, por sua vez, capitaneada, principalmente por Vidal de La Blache contrapõe essa ideia com o Possibilismo, final do século XIX e início do XX, trazendo o conceito de região em contraposição com o do território. Em resumo, a região entra em destaque frente aos outros conceitos geográficos (MORAES, 1997; GOMES, 2000).
Pesquisa
Diante da proposta, foi elaborado um roteiro de campo com o objetivo apresentar a crianças residentes nesta cidade os diferentes olhares sobre um espaço. 
Curvelo é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais, Região Sudeste do país. Localiza-se na região central mineira e sua população em 2019 era de 80 129 habitantes. [1] Seu nome tem origem em um dos seus primeiros moradores, o padre Antônio de Ávila Curvelo.[4] Ocupa o 14º lugar no ranking das 50 cidades pequenas brasileiras que apresentam melhor desenvolvimento econômico, segundo estudos recentes.[11]
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
Apesar de ser considerada uma cidade de interior, Curvelo possui grandes atrativos culturais, econômicos e sociais. Nela se encontra diversos pontos turístico além de bares ponto de encontro de jovens da região. Apresento 3 pontos.
2. 2 - PRAÇA VOLUNTÁRIA DA PÁTRIA 
 Em 18 de setembro de 1906 procedentes de Juiz de Fora chegaram a Curvelo os primeiros redentoristas, o Padre Tiago Boomer e José Goossem, com o Irmão Filipe. Na Praça Voluntários da Pátria, existia uma capela do Padre Corvelo, então se instalaram ali para um convento da congregação do Santissimo Redentor. Bem em frente adquiriram um terreno para construir a atual Basilica de São Geraldo, assentou a primeira pedra em 22 de março de 1912, e se estendeu até 1919. Em 1938, devido ao aumento do número de fieis, o santuário foi ampliado. Atual mede 42 metros de comprimento por 23,50 de largura. Recebendo o titulo de basílica por Paulo VI, no dia 30 de abril de 1966. 
A construção mobilizou milhares de voluntários da cidade, do pais e de toda região. A praça era a referencia para se chegar o lugar. Por isso recebeu o nome Voluntários da Pátria. Em 114 anos desde o inicio da sua construção continua sendo ponto de referencia para os Curvelanos e turista de todo Brasil. De 2016 a 2018 tanto a igreja quanto a praça passou por restruturação. A igreja teve a pintura interna quanto externa restaurada. A praça ganhou bancos, novos canteiros de jardinagem com foco na arborização. 
 
2. 3 - A PRAÇA TIRADENTES 
Foi projetada por um engenheiro europeu e inaugurada em junho de 1927. Na praça se encontra o coreto mais famoso da cidade, projetado juntamente com a praça após sua inauguração por muito anos foi ponto de realização de solenidades politicas e publicas. Recebeu esse nome do então agente municipal da época Dr. Oscar Araújo. A sua frente se encontra a igreja de Santo Antônio, padroeiro da cidade. Durante 56 anos a festa em comemoração ao dia do padroeiro era realizado na praça, musica comidas típicas, danças e a famosa quadrilha junina. Com o aumento do numero de pessoas, o espaço ficou pequeno e passou a ser realizado em outra praça maior na cidade. Em 2018 houve uma campanha na cidade para levantar fundos para a reforma da igreja, a campanha foi um sucesso e a reforma se estendeu também a praça. Mantendo sempre seu estilo original.
2. 4 - PRAÇA BENEDITO VALADARES
Um dos cartões postais mais importantes de Curvelo, no território central, ganhou nova roupagem e tornou-se ainda mais atrativa na cidade.
Fundada na década de 70, a praça localizada na região central de Curvelo era o principal ponto de encontro das rodas políticas e da sociedade curvelana, como relembra o funcionário público, José Arnaldo Dayrell de Souza, 64. “Muita gente importante circulou por ali. Isso porque, o tradicional Curvelo Clube, onde aconteciam os bailes e banquetes para as autoridades, está localizado na região da praça”. Existia um caldeirão de ferro gigante considerado patrimônio da cidade. 
Há 8 anos a praça passou por uma reforma que durou cerca de 13 meses, o caldeirão foi retirado, ação que repercutiu e gerou muita revolta na cidade, uma vez que ele era o símbolo da praça. Atualmente a tração da praça é a fonte de água segue o embalo da musica clássica e romântica ao anoitecer.
 
2. 5 - MAPA
2. 6 - ROTEIRO
O eixo escolhido é a Avenida Dom Pedro II com 3 pontos. 
Praça Voluntária da Pátria, Praça Tiradentes e Praça Bendito Valadares.
Pesquisa dos espaços. A caminhada terá duração de aproximadamente 30 minutos levando em conta algumas paradas para observações e apresentação da historia dos espaços. 
 Público Alvo – 12 alunos de 9º ano. 
Horário – Inicio da caminhada observatório as 7:30hs. 
Ação - O encontro com toda a turma deverá ocorrer as 7:30hs na praça Voluntários da Pátria. A turma reunida em circulo participará de uma breve conversa para relembrar o objetivo principal da caminhada e os combinados que envolve comportamentais, segurança e aprendizado. Em seguida os alunos serão convidados a fazer uma caminhada e observar as 4 categorias do espaço. Paisagem, território, região e lugar. Após observação do primeiro ponto, a turma será pela avenida Dom Pedro II, sentido centro, caminhando pela lateral direita, onde se encontra calçadas mais largas e seguras. Em sentido reto, logo chegará a Praça Tiradentes, a observação será a mesma com todos combinados propostos no inicio. 
Em direção ao terceiro e último ponto, a caminhada seguirá reta na mesma avenida. A praça fica a direita da avenida. 
Perspectiva histórica: A história do local é uma parte importante para a contextualização e entendimento das categorias estudadas no momento em geografia pela equipe. 
CONCLUSÃO
O que mostramos foi que os conceitos e categorias espaciais têm suas singularidades e suas concepções não devem ser utilizadas aleatoriamente, sem critérios de diferenciação, de modo genérico, sem fundamento teórico. Para uma análise territorial devemos perceber as relações de poder frente ao controle e à gestão do espaço, na medida em que isto seja salutar para a compreensão da sociedade do espaço utilizado, nesse caso o conceito de paisagem é o mais indicado. 
Ao encerrar esta exposição sobre algumas categorias da Geografia, é importante frisar que a realidade geográfica possuiu uma determinada disposição. 
Entender o espaço que vivemos vai muito além de olhar, de passar por um determinado região ou lugar. “É necessário olhar” diferente, pesquisar e entender sobre o contexto geográfico e das ciências humanas onde a sociedade desenvolve com os espaços, lugares, paisagens e territórios, dentro de suas especificidades de compreensão e análise.
REFERÊNCIAS
https://www.openstreetmap.org/
Biblioteca municipal de Curvelo- Caderno Inventario Acervo cultural volume 01 e 02
https://pt.wikipedia.org/wiki/Curvelo https://www.google.com/search?q=pra%C3%A7as+de+curvelo+mg&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjr4afwvfDsAhXBDrkGHdwyB4wQ_AUoAnoECBUQBA&biw=1330&bih=598