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Patologia - Exames Laboratoriais Dislipidemias (Colesterol)

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Thais Alves Fagundes 
AVALIAÇÃO LABORATORIAL DAS DISLIPIDEMIAS 
DISLIPIDEMIAS 
Dislipidemias são alterações no perfil lipídico. Podem estar relacionadas à aterosclerose e consequente risco de 
doença cardiovascular. 
 
Hiperlipidemia e outros fatores lesionam o endotélio que reveste internamente os vasos, levando a uma disfunção 
endotelial. Com isso, ocorre uma alteração da permeabilidade endotelial para o LDL. Desse modo, o LDL penetra na 
parede dos grandes vasos e permanece na túnica íntima – túnica íntima é delgada (fina) – estimulando uma resposta 
inflamatória. Essa estimulação faz com que macrófagos migrem para a região para fagocitar o LDL, que será oxidado, 
estimulando a migração de mais células da resposta inflamatória para este local. As células do sistema imune irão 
produzir citocinas que promovem a saída de células musculares da túnica média d para a túnica íntima a artéria. 
Células musculares, por sua vez, ativam a síntese da matriz extracelular. 
A resposta inflamatória, as células e a migração das células musculares com maior síntese de matriz extracelular, faz 
com que a túnica íntima, inicialmente delgada, fique espessada para dentro do lúmen do vaso, dificultando o fluxo 
sanguíneo na região e, assim, provocando ainda mais lesões no endotélio. Além disso, o endotélio lesado possui 
grande probabilidade de formação de um coágulo e um trombo, impedindo ainda mais o fluxo sanguíneo. 
 
LIPOPROTEÍNAS 
Forma de transporte dos lipídeos no plasma (insolubilidade no meio aquoso). Apresentam composição variada: 
lípides-proteínas. Classificadas de acordo com sua densidade: 
 Quilomicrons 
 Lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL) 
 Lipoproteínas de baixa densidade (LDL) 
 Lipoproteínas de alta densidade (HDL) 
 Lipoproteínas de intermediária (IDL) 
Thais Alves Fagundes 
 LIPOPROTEÍNAS DO PLASMA 
 
QUILOMICRONS 
 Maior partícula. 
 Composta principalmente por triglicérides (da dieta). 
VLDL 
 Composta principalmente por triglicérides (de origem endógena – produzido pelo fígado). 
LDL 
 VLDL quando perde triglicérides. 
 Menor quantidade de triglicérides. 
HDL 
 Partícula menor. 
 Constituída principalmente por proteínas. 
PERFIL LIPÍDICO 
Perfil lipídico inclui: 
1. Dosagem do colesterol-total (CT). 
2. HDL-colesterol (HDL-C). 
3. Triglicérides (TG) 
4. Cálculos para estimativa do VLDL-colesterol e do LDL-colesterol (LDL-C). 
COLESTEROL TOTAL 
Dosagem: 
 Recomendado para rastreamento populacional de dislipidemias. 
Deve ser analisada com critério: 
 Mulheres apresentam níveis elevados de HDL. 
 Em situações como diabetes ou síndromes metabólicas, os níveis baixos de HDL estão baixos. 
Thais Alves Fagundes 
Determinação do HDL 
 Método colorimétrico enzimático. 
Determinação do VLDL 
 Cálculo: 
 VLDL = Triglicérides (TG) / 5 
Determinação do LDL 
 Equação de Friedewald: exames em jejum. 
 LDL = Colesterol total – HDL – VLDL 
 LDL = Colesterol total – HDL – triglicérides / 5 
Limitações para o uso dessa equação: casos em que LDL será obtido por dosagem direta (método colorimétrico). 
 Níveis séricos de triglicérides >= 400mg/dL 
o Valor de referência: até 150mg/dL em jejum. 
 Hepatopatia colestática crônica. 
 Diabetes mellitus. 
 Síndrome nefrótica. 
COLESTEROL NÃO HDL 
Fração colesterol não-HDL é usada como estimativa do número total de partículas aterogênicas no plasma 
(partículas aterogênicas são VLDL, IDL e LDL). 
 Colesterol não-HDL = CT – HDL 
Melhor estimativa do volume total de lipoproteínas aterogênicas em comparação à dosagem isolada do LDL, 
principalmente nos casos de hipertrigliceridemia associada a diabetes, síndrome metabólica ou a doença renal. 
DOSAGEM DE TRIGLICÉRIDES 
Triglicérides: formado por ácido graxo + glicerol 
Método colorimétrico: para análise o procedimento padrão utiliza a clivagem enzimática para quantificação do 
glicerol liberado. 
 Enzima do kit cliva (separa) o triglicérides em ácido graxo e glicerol. 
 Apenas o glicerol participa da formação do produto final corado. 
Condições que elevam o glicerol livre no plasma: Exercício físico recente; Estresse emocional; Diabetes mellitus; 
Nutrição parenteral; Hemodiálise. 
Normalmente há níveis baixos de glicerol livres circulando no plasma, mas essas situações podem alterar esse 
padrão, aumentando o glicerol livre. 
 Desse modo, a dosagem está sujeita a variações do glicerol livre no plasma, que entra na formação do 
produto final corado. 
Nessas condições ocorre a superestimação do valor do triglicérides. Superestimação do valor do triglicérides causa a 
subestimação do valor do LDL, afinal LDL é o colesterol total subtraído do HLDL e do VLDL (triglicérides/5). 
 
Thais Alves Fagundes 
 AMOSTRA LIPÊMICA (TURVA) 
 Triglicérides elevado (soro turvo ou lipêmico). 
 VLDL elevado: rico em triglicérides endógeno. 
 Quilomícrons elevado: rico em triglicérides exógeno. 
Normal Turvo 
OBS.: característica lipêmica do soro indica aumento do triglicérides, mas o fato da amostra estar normal não 
significa que não há dislipidemia, porque o LDL pode estar elevado e este não turva a amostra. 
 EXAME DO PLASMA EM REPOUSO (NATA) 
Utilizado para verificar a presença de quilomícrons. 
 Plasma após repouso de 12h, sob refrigeração, observa-se a presença de camada flutuante “cremosa” 
(quilomícrons). 
 Presença de quilomícrons no plasma em jejum não é normal. 
 Presença de turvação do plasma é indicativa de quantidades excessivas de VLDL ou quilomícrons. 
 CLASSIFICAÇÃO DE FREDRIKSON 
 Claro + nata = quilomícrons. 
 Claro = LDL (não turva a amostra) 
 Lig. Turvo = LDL + VLDL 
 Turvo = IDL 
 Turvo a leitoso = VLDL 
 Turvo + nata = VLDL + quilomícrons. 
 
 VALORES DE REFERÊNCIA 
 
 Exame não exige jejum para colesterol total. 
 Triglicérides sofre influência do jejum. 
Thais Alves Fagundes 
 
 Baixo (baixo risco de doença cardíaca): LDL menor que 130 
 Intermediário (médio risco de doença cardíaca): LDL menor que 100 
 Alto (alto risco de doença cardíaca): LDL menor que 70 
 Muito alto (muito risco de doença cardíaca): LDL menor que 50. 
o Diabetes, doença aterosclerótica diagnosticada, etc. 
 PERFIL LIPÍDICO E DISLIPIDEMIAS 
Perfil lipídico permite identificar quatro tipos de dislipidemias: 
1. Hipercolesterolemia isolada: 
 CT e/ou LDL > ou = 160 mg/dl. 
2. Hipertrigliceridemia isolada: 
 TG > ou = 150 mg/dl. 
3. Hiperlipidemia mista: 
 LDL > ou = 160 mg/dl 
 TG > ou = 150 mg/dl 
 Quando TG > 400 mg/dl, o cálculo do LDL-C pela fórmula de Friedewald é inadequado, devendo-se, 
então, considerar a hiperlipidemia mista quando CT > 200 mg/dl. 
4. HDL baixo: 
 HDL-C mulheres < 50 mg/dl 
 HDL-C homens < 40 mg/dl 
 Isolada ou em associação a aumento de LDL-C ou de TG. 
EXAMES LABORATORIAIS NA AVALIAÇÃO DAS DISLIPIDEMIAS 
Utilização adequada do perfil lipídico deve levar em consideração variáveis biológicas e analíticas que podem 
modificar os resultados dos exames. Os fatores pré-analíticos são os principais responsáveis pela variabilidade. 
Isso significa que mesmo indivíduos saudáveis possuem uma variação normal nos valores de colesterol (HDL e LDL) 
de 10%. E uma variação de 25% de triglicérides. 
 
AMOSTRA: SORO 
Thais Alves Fagundes 
 Exames são feitos com soro. 
 Parte líquida do sangue obtida da coleta no tubo sem anticoagulante (tampa vermelha ou amarela). 
o Amarela: possui gel separador, localizado entre a parte líquida e as células. Preserva a amostra. 
CUIDADOS PRÉ-ANALÍTICOS 
 Não é mais necessário jejum de 12 a 14 horas. 
 Evitar ingestão alcoólica nas 72 horas prévias à coleta. 
 Estado metabólico estável. 
 Dieta habitual e peso mantidos por 2 semanas. 
 Doença aguda: aguardar 8 semanas após a resolução. 
 Gestantes: aguardar 3 meses após o parto. 
 Evitar atividade física vigorosa nas 24 horas prévias à coleta. 
 Dosagens seriadas no mesmo laboratório. 
Pacientes comalterações no perfil lipídico: 
 Exames confirmados pela repetição de nova amostra. 
 Nova dosagem deverá ser realizada com o intervalo mínimo de uma semana e máximo de dois meses após a 
coleta da primeira amostra. 
 Nova dosagem deverá ser realizada no mesmo laboratório. 
 Objetivo de reduzir a variabilidade entre os ensaios e aumentar a precisão diagnóstica. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
No Brasil observa-se um aumento significativo da mortalidade por causas cardiovasculares. 
 Doença aterosclerótica é multifatorial: fatores genéticos, dislipidemias, etc. 
Prevenção: 
 Identificação e controle das dislipidemias, afinal dislipidemias não apresenta sintomas!!! 
 Identificação e controle dos fatores de risco: tabagismo, hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade.

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