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Atividades avaliativas direito constitucional

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Atividades avaliativas – REGIME ESPECIAL (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 2022.2
1. Faça um texto dissertativo, com no mínimo 25 linhas, sobre o controle concentrado de constitucionalidade realizado pelos Tribunais de Justiça Estaduais.
2. Faça um texto dissertativo, como no mínimo 25 linhas, sobre o impacto do controle de constitucionalidade na evolução da democracia.
3. Faça um texto dissertativo, como no mínimo 25 linhas, sobre a tese da “abstrativização”do controle concreto de constitucionalidade no Supremo Tribunal Federal
CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE REALIZADO PELOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA ESTADUAIS
O movimento constitucionalista surgiu no Brasil para tentar limitar de forma legal o poder dos governantes, com a criação da primeira Constituição em 1824 por D. Pedro I; a segunda em 1891 por Marechal Deodoro da Fonseca; a terceira e a quarta em 1934 e 1937 por Getúlio Vargas; a quinta em 1946 por Eurico Gaspar Dutra; a sexta em 1967 por Arthur da Costa e Silva; e a sétima em 1988 por José Ribamar Ferreira Araújo da Costa Sarney; com regimes ora fechados, ora democráticos (PONTUAL, 2013).
A Constituição Federal de 1988 passou, desde então, a ter supremacia judicial sobre todas as leis e normas, a ponto de não criar hierarquia, mas de fundamentar a atuação dos três Poderes (executivo, legislativo e judiciário), pois disciplina a criação de leis e atos normativos (BARROSO, 2013). A jurisdição constitucional brasileira fornece a competência a todos os juízes e tribunais, a aplicação direta e indireta (para validar norma infraconstitucional) da Constituição (BARROSO, 2013).
Nesse sentido, a aplicação indireta da Constituição é que define o controle da constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público (BARROSO, 2013). No modelo do ordenamento jurídico brasileiro, esse controle divide-se em incidental ou difuso (qualquer juiz ou tribunal pode declarar, independente do processo, que leis e atos normativos são inconstitucionais) e abstrato ou concentrado (apenas o Supremo Tribunal Federal pode julgar ações autônomas) (MENDES, 2016).
Outrossim, o controle (modo difuso) de constitucionalidade nos tribunais estaduais possuem a competência tanto recursal quanto originária, e se distingue dos demais por sua forma de julgamento (caso concreto), que há a atuação interdependente do plenário (cabe o pronunciamento) e de um órgão fracionário (cabe a decisão), nas seguintes etapas: a arguição e admissibilidade; o plenário julga a questão de constitucionalidade; o órgão fracionário julga o mérito casuístico (SANTOS, 2017).
Portanto, nos tribunais estaduais existem algumas particularidades, como: possuem autonomia para analisar a constitucionalidade de leis estaduais e municipais de forma concentrada e abstrata; têm competência de realizar o controle concentrado com base na Constituição Estadual; pode instaurar o incidente de inconstitucionalidade de lei estadual sem identificar o tipo controle utilizado; pode controlar a lei federal com base na constituição federal na fase de debates no plenário (SANTOS, 2017).
Referências
BARROSO, L. R. Constituição, democracia e supremacia judicial: direito e política no Brasil contemporâneo. 2013. Revista Pensar, v. 18, n. 3, p. 864 – 939, Fortaleza – CE. 
MENDES, G. O Controle da Constitucionalidade no Brasil. 2016. Acessado em - 28/12/2022.
PONTUAL, H. D. 25 anos da Constituição Cidadã: uma breve história das constituições do brasil. 2013. Uma breve história das Constituições do Brasil. Disponível em: < https://www.senado.gov.br/noticias/especiais/constituicao25anos/historia-das-constituicoes.htm>. Acesso em: dezembro de 2022.
SANTOS, P. A. Controle de constitucionalidade estadual: o caso do tribunal de justiça do distrito federal e dos territórios. 2017. Revista de Doutrina e Jurisprudência, v. 108, n. 1, p. 101 – 124. Brasília – DF. 
IMPACTO DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NA EVOLUÇÃO DA DEMOCRACIA
A democracia originou na Grécia Antiga, conceituada pela participação dos cidadãos nas decisões do Estado, o seu processo de evolução é influenciado pelas características sociais, políticas e culturais de um local, possui constante transformação diante dos conflitos e consequente reinvenção de direitos, pode sofrer restrições pelo poder constituinte, é passível de manipulação da elite e dos sistemas políticos, tem o poder de organizar a sociedade em conjunto ao constitucionalismo (CROCETTA, 2019).
No Brasil, a democracia tem um histórico de influências estrangeiras, políticas e ideológicas, seguida de tentativas de tornar o país num Estado Democrático de Direito, então consagrada na Constituição de 1988 pela necessidade de proteger os direitos e garantias individuais e coletivas, por isso, ficou conhecida como Constituição Cidadã, pois além da organização dos poderes que ocorrera na Constituição de 1824 de D. Pedro I, criou pilares para uma sociedade livre, justa e solidária (DIRCOM, 2022). 
Por isso, houve o fortalecimento nos últimos textos constitucionais de uma visão objetiva, que se sobrepõe à subjetiva, quanto ao entendimento sobre os direitos fundamentais, que são defendidos ao lado dos valores da dignidade da pessoa humana, como princípios norteadores do poder judiciário e da Constituição Federal (LEAL, 2003, p. 24-25 apud LIMA & LEAL, 2021). A exemplo das cotas raciais em concursos públicos, grupo de minorias, sem representatividade política (LIMA & LEAL, 2021).
Assim, o controle de constitucionalidade passou a ser visto como uma ferramenta para garantia da democracia, e esta, pode ser legitimada por meio das escolhas públicas no processo político, o que interfere na criação das leis (CYRINO, 2016). Os direitos e conquistas sociais puderam ser protegidos dos atos omissos do estado e dos governos autoritários, mas esse sistema de controle nas esferas política e judicial, ainda é permeado por falhas (CHIRITT, 2021).
Conforme Paes (2015), o controle de constitucionalidade brasileiro é um modelo misto, permite concentrar o poder político ao Supremo Tribunal Federal, tanto nas decisões quanto nas interpretações, acarreta deficiência no processo democrático. Esse mesmo autor, aponta como solução adequar um modelo de Teoria da Decisão Jurídica e adotar a rotatividade americana de magistrados. Ele ainda ressalta a importância de combater os problemas sociais, e os juristas ter a virtude de se posicionar para o ganho de todos e não individual.
Referências
CHIRITT, J. M. M. Controle de constitucionalidade: um (in)eficaz instrumento para defesa da democracia. 2021. Trabalho de conclusão de curso, Curso de Direito, Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Goiânia – GO. Disponível em: <https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1650/1/JOHANN%20MARAVIESKI%20MUNIZ%20CHIRITT.pdf>. Acesso em: janeiro de 2023.
CYRINO, A. R. Como se fazem as leis? Democracia, grupos de interesse e controle de constitucionalidade. 2016. Revista Brasileira de Estudos Político, n. 113, pp. 51-99. | Belo Horizonte – MG.
CROCETTA, P. A. Entre constitucionalismo e democracia. 2019. In: Anais do Seminário Internacional em Direitos Humanos e Sociedade, v. 2, 14 p. Seção Constitucionalismo Crítico na América Latina. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa – PB. 
DIRCOM (Diretoria Executiva de Comunicação). Constituição de 1988 consagra democracia no Brasil. 2022. Disponível em: <https://www.tjmg.jus.br/portal-tjmg/noticias/constituicao-de-1988-consagra-democracia-no-brasil.htm#.Y7ezS51KjIU. Acesso em: janeiro de 2023.
LEAL, M. C. H. A Constituição como princípio: os limites da jurisdição constitucional brasileira. São Paulo: Manole, 2003, p. 24-25. In: LIMA, S. S. & LEAL, M. C, H. O controle de constitucionalidade e a atuação do Supremo Tribunal Federal na proteção das minorias: análise crítica da ADC nº 41 (cotas raciais em concursos públicos). 2021. Revista de Investigações Constitucionais, 8 (2), Curitiba – PA.
LIMA, S. S. & LEAL, M. C, H. O controle de constitucionalidade e a atuação do Supremo Tribunal Federal na proteçãodas minorias: análise crítica da ADC nº 41 (cotas raciais em concursos públicos). 2021. Revista de Investigações Constitucionais, 8 (2), Curitiba – PA.
PAES, A. M. P. Democracia, controle de constitucionalidade e direitos fundamentais - o novo centro de concentração do poder político. 2015. Revista de Direitos Fundamentais & Democracia, v. 17, n. 17. Curitiba – PA.
A TESE DA “ABSTRATIVIZAÇÃO” DO CONTROLE CONCRETO DE CONSTITUCIONALIDADE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
A “tese da abstrativização” foi criada para resolver problemas advindos das decisões do Supremo Tribunal Federal e de seus futuros resultados, em que envolvem o controle de constitucionalidade concreto, difuso ou incidental, como um mecanismo formal para: proteger a segurança jurídica e os interesses sociais nas causas julgadas; mitigar ou limitar os efeitos da declaração de inconstitucionalidade; reinterpretar norma ou dispositivo da Constituição (ARAÚJO et al., 2021).
Também chamada de “objetivação”, essa tese tem aplicação apenas às partes ou a terceiros alheios do caso concreto, ou seja, não à coletividade, visto que não se extrai de ato normativo ou de lei do ordenamento jurídico, e ainda, pode variar o momento dos seus efeitos no processo; é requerida na falta de consenso na doutrina (judiciário e legislativo) para editar uma súmula vinculante pela suprema corte ou para produzir um efeito suspensivo de lei pelo Senado Federal (MORAES, 2012 apud SIQUEIRA, 2020).
Alguns autores a conceituam como teoria da “transcendência dos efeitos das decisões do Supremo Tribunal Federal em matéria de controle incidental de constitucionalidade”, pois surgem os efeitos erga omnes e vinculante no caso concreto, com eficácia tanto no Poder Judiciário quanto na administração pública; divide-se em transcendência forte, há supressão de recursos repetidos, e transcendência fraca, admite-se a manifestação de terceiros (MENDES & BRANCO, 2017 apud JOOS, 2017).
Outrossim, houve o surgimento similar da teoria da mutação constitucional, conforme o inciso X, do artigo 52 da Constituição Federal, que explica ser a única função do Senado, a de publicar decisões de inconstitucionalidade do Supremo Tribunal Federal no controle difuso, devido aos efeitos ex tunc; e baseado nos motivos da tese de nulidade da lei inconstitucional, as decisões do Senado de suspender a execução de lei ou de ato normativo impugnado, possui efeitos políticos (MENDES et al., 2009).
Portanto, a “tese da abstrativização” proporcionou uma alta demanda de processos judiciais diante do aumento de recursos e consequente criação de instrumentos processuais do Senado para serem decididos de forma mais rápida e uniforme, como: a suspensão da lei inconstitucional e uso de súmula vinculante pelo Senado; a coisa julgada limita-se até a sentença; votação do plenário para declaração de inconstitucionalidade após inércia dos órgãos especiais; comprovar a repercussão geral de questões indispensáveis (BARACHO, 2015).
Referências
ARAÚJO, L. A. L.; ALVES, T. S.; EIDELWEIN, T. MUTAÇÃO CONSTITUCIONAL: a tese da abstrativização (ou objetivação) do controle difuso e seus reflexos no controle de constitucionalidade brasileiro. 2021. Revista Eletrônica do Ministério Público do Estado do Piauí, Ano 01 - Edição 02, 22 pp. Piauí.
BARACHO, L. F. A abstrativização do controle concreto de constitucionalidade. 2015. Revista Eletrônica do Curso de Direito – PUC Minas Serro – nº 12.
JOOS, A. M. A transcendência dos efeitos das declarações de inconstitucionalidade em controle concreto: a teoria da abstrativização do controle difuso. 2017. Direito & Realidade, v.5, n.3, p.30-53. In: MENDES, G. F.; BRANCO, P, G. G. Curso de direito constitucional. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
MENDES, G. F.; COELHO, I. M.; BRANCO, P. G. G. Curso de direito constitucional. 4ª edição revisada e atualizada, Editora Saraiva, 2009. São Paulo.
MORAES, A. Direito constitucional. 2019. 35ª edição. São Paulo. In. SIQUEIRA, C. V. Abstrativização do controle difuso de constitucionalidade. 2020. Monografia. Faculdade de direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie. São Paulo.

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