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Exercício AT19: Metabolismo do Glicogênio; Gliconeogênese Quais são as três reações essencialmente irreversíveis da glicólise que precisam ser substituídas por outras reações na gliconeogênese? conversão de glicose a glicose 6-fosfato pela hexocinase fosforilação da frutose 6-fosfato a frutose 1,6-bisfosfato pela fosfofrutocinase I conversão do fosfoenolpiruvato a piruvato pela piruvato cinase Qual o papel da frutose 2,6-bisfosfato na regulação destas duas vias? inibe a desfosforilação de frutose 1,6-bisfosfato a frutose 6-fosfato pela frutose 1,6-bisfosfatase na gliconeogênese estimula a fosforilação da frutose 6-fosfato a frutose 1,6-bisfosfato pela fosfofrutocinase I Qual é o hormônio que estimula a degradação do glicogênio no músculo? E no fígado? R.: epinefrina (adrenalina) no músculo e glucagon no fígado. O piruvato e o ATP são os produtos finais da glicólise. Em células musculares em atividade mecânica muito intensa (acima da capacidae respiratória do indivíduo) o piruvato é convertido a lactato. O lactato é transportado pelo sangue ao fígado onde é reciclado a glicose, pela gliconeogênese, a qual é transportada de volta ao músculo para produção de mais ATP. Por quê o músculo não exporta piruvato, o qual também poderia ser transformado em glicose? R.: É vantajoso para o músculo transformar piruvato em lactato para que o NAD+ consumido na glicólise (transformado em NADH na desidrogenação de 2 moléculas de gliceraldeído 3-fosfato) possa ser regenerado, permitindo a continuidade da glicólise mesmo na insuficiência de O2 Por quê a biossíntese de glicose é tão crucial para mamíferos? A biossíntese de glicose é uma necessidade absoluta em mamíferos porque o sistema nervoso, os eritrócitos, testículos, medula renal e tecidos embrionários tem como única fonte de energia a glicose. O cérebro humano sozinho consome cerca de 120 g de glicose diariamente. Como podem tanto a glicólise quanto a gliconeogênese serem processos irreversíveis na célula? Tanto em um processo quanto no outro, há 3 reações essencialmente irreversíveis por terem um Compare as equações globais para a glicólise e gliconeogênese. Qual a necessidade do alto custo energético para a ocorrência da gliconeogênese? glicólise: glicose + 2 ADP + 2Pi + 2NAD+ ---> 2 piruvato + 2 ATP + 2 NADH + 2H+ + 2 H2O gliconeogênese: 2 piruvato + 4 ATP + 2 GTP +2 NADH + 4 H2O ---> GLICOSE + 4 ADP + 2 GDP + 6 Pi + 2 NAD+ + 2H+ Muito do alto custo da gliconeogênese é necessário para garantir a sua irreversibilidade: em condições intracelulares, a variação de energia livre da glicólise é de cerca de -63kJ/mol, e da gliconeogênese é de -16kJ/mol, o que torna ambos os processos essencialmente irreversíveis. Qual a contribuição da oxidação dos ácidos graxos para a gliconeogênese? Os animais não conseguem transformar lípides em açúcares, mas as plantas e alguns microrganismos o fazem, convertendo a acetil-CoA (da β-oxidação dos ácidos graxos) à glicose. Isso é muito importante na germinação de sementes, por exemplo. Em plantas a acetil-CoA é convertida a succinato no ciclo do glioxilato (nos glioxissomos), o succinato passa para a matriz mitocondrial onde é convertido pelo TCA a oxaloacetato, que passa ao citossol onde, pela gliconeogênese, é transformado a frutose 6-fosfato, precursor da sacarose. Qual a ação do glucagon nos níveis sanguíneos da glicose? Quando os níveis sanguíneos da glicose caem, o glucagon sinaliza ao fígado para que este produza e libere mais glicose para a corrente circulatória. Uma das fontes de glicose no fígado são os reservatórios de glicogênio, e outra é a gliconeogênese. O que impele a reação catalizada pela UDP-glicose pirofosforilase para diante? Essa reação, da síntese de glicogênio, é: Glicose 1-fosfato + UTP ---> UDP-glicose + PPi O que impele essa reação é a rápida hidrólise do pirofosfato a fosfato inorgânico, catalisada pela pirofosfatase inorgânica, com A glicogenina permanece imersa na partícula de glicogênio que ajudou a formar. Como isso difere do destino da maioria das enzimas? A maioria das enzimas se desliga do produto formado pela ação catalítica. A glicogenina (proteína-tirosina-glicosiltransferase) funciona ao mesmo tempo como enzima e como primer, permanecendo covalentemente ligada à extremidade redutora da molécula de glicogênio que vai sendo estendida pela glicogênio sintetase. Compare os mecanismos de regulação da glicogênio sintetase e da glicogênio fosforilase. Quais são os papéis do glucagon, adrenalina (epinefrina) e insulina nestes mecanismos? Quais são controles alostéricos e quais são controles covalentes? A glicogênio fosforilase (GF) acelera o desmonte do glicogênio, liberando glicose 1-fosfato para a produção de energia; a glicogênio sintetase (GS) acelera a síntese de glicogênio quando há pequena demanda por energia e grande disponibilidade de glicose. Ambas as enzimas ocorrem em duas formas, uma ativa, outra inativa, dependendo de estarem ou não fosforiladas, da seguinte maneira: Enzima Fosfato? Atividade Enzima p/ modificação covalente GF a sim ativa fosforilase a fosfatase GF b não inativa fosforilase b cinase GS a sim menos ativa proteínas cinases GS b não ativa fosfoproteína fosfatase Epinefrina (adrenalina): agindo principalmente no músculo, via receptores da membrana citoplasmática e cAMP, estimula a ativação da glicogênio fosforilase, resultando em maior degradação do glicogênio: Glucagon: agindo principalmente no fígado, tem ação semelhante à da adrenalina, favorecendo a degradação do glicogênio: A adrenalina e o glucagon também regulam a concentração de frutose 2,6-bisfosfato e, portanto, o balanço entre a glicólise e a gliconeogênese. Insulina: a insulina é liberada pelo pâncreas quando a concentração de glicose sanguínea aumenta. A insulina estimula a incorporação de glicose a glicogênio e aumenta a glicólise e o TCA, no músculo e no fígado. Controles covalentes: são os casos em que ocorre fosforilação/defosforilação de enzimas, ativando-as/inativando-as. Controles alostéricos: Os controles alostéricos são aqueles que envolvem a ligação de um metabólito ao sítio regulatório de uma enzima, como por exemplo a ligação de Ca2+ (o sinalizador para a contração muscular) à fosforilase b cinase (inativa), ativando-a (transformando-a em fosforilase a); o AMP, abundante no músculo em atividade, liga-se e ativa a fosforilase. Quando os níveis de ATP estão elevados, o ATP bloqueia o sítio alostérico ao qual se liga o AMP, inativando a fosforilase. Também a glucose exerce efeito alostérico, por exemplo sobre a glicogênio fosforilase, facilitando a sua desfosforilação e, portanto, inativação.
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