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Wolfgang Bauer Gary D. Westfall Helio Dias Wolfgang Bauer Gary D. Westfall Helio Dias W o lf g an g B au er G ar y D . W es tf al l H el io D ia s B au er | W es tf al l | D ia s Fí si ca Fí si ca p ar a U n iv er si tá ri o s relat iv idade , oscilações , ondas e calor pa ra U n iv er si tá ri o s Fí si ca pa ra U n iv er si tá ri o s Física para Universitários www.grupoa.com.br | 0800 703 3444 Área do Professor: No site do Grupo A (www.grupoa.com.br), estão disponíveis materiais exclusivos para professores: manual de soluções (em inglês) e apresentações em PowerPoint® (em português). Física para Universitários utiliza discussões de pesquisas contemporâneas e de vários tópicos de energia para apresentar a física como uma ciência dinâmica e instigante, com um enorme impacto em todas as outras áreas da ciência. Além de mostrar o empolgante mundo da física, Bauer, Westfall & Dias utilizam um método inédito de resolução de problemas com sete passos para propiciar aos estudantes uma das grandes habilidades que eles devem desenvolver em um curso de física: a capacidade de resolver problemas e pensar logicamente sobre uma situação. O terceiro livro de Bauer, Westfall & Dias descreve e explica cuidadosamente inúmeros tópicos, entre eles: uma visão geral das características físicas de sólidos, líquidos e gases, a natureza do movimento oscilatório, propriedades e o comportamento de ondas, ondas sonoras, conceitos de temperatura, calor e entropia. Discute-se também a natureza do calor e os mecanismos de transferência de energia térmica, a física dos gases, máquinas térmicas e a teoria de relatividade especial. Os autores apresentam o conteúdo conectando-o intimamente com os maiores avanços da física atual. O texto é acompanhado de inúmeras imagens, exercícios e exemplos que envolvem o estudante universitário com as maravilhas da ciência, da tecnologia e da inovação. A Bookman Editora é parte do Grupo A, uma empresa que engloba diversos selos editoriais e várias plataformas de distribuição de conteúdo técnico, científico e profissional, disponibilizando-o como, onde e quando você precisar. O Grupo A publica com exclusividade obras com o selo McGraw-Hill em língua portuguesa. r e la t iv id a d e , o s c il a ç õ e s , o n d a s e c a lo r r e la t iv id a d e , o s c il a ç õ e s , o n d a s e c a lo r FÍSICA BAUER, WESTFALL & DIAS Física para Universitários: Mecânica Física para Universitários: Relatividade, Oscilações, Ondas e Calor Física para Universitários: Eletricidade e Magnetismo Física para Universitários: Ótica e Física Moderna COMINS & KAUFMANN III Descobrindo o Universo, 8.ed. FEYNMAN, LEIGHTON & SANDS Lições de Física de Feynman: A Edição definitiva HEWITT, P.G. Física Conceitual, 11.ed. HEWITT, P.G. Fundamentos de Física Conceitual KNIGHT, R.D. Física: Uma Abordagem Estratégica, 2.ed. Vol. 1 – Mecânica Newtoniana, Gravitação, Oscilações e Ondas Vol. 2 – Termodinâmica e Óptica Vol. 3 – Eletricidade e Magnetismo Vol. 4 – Relatividade e Física Quântica PRESS, TEUKOLSKY & COLS. Métodos Numéricos Aplicados: Rotinas em C++, 3.ed. *SAKURAI & NAPOLITANO Mecânica Quântica Moderna *Livros em produção no momento de impressão desta obra, mas que muito em breve estarão à disposição dos leitores em língua portuguesa. RELATIVIDADE, OSCILAÇÕES, ONDAS E CALOR FÍSICA www.grupoa.com.br 38964_Fisica_Universitarios_Relatividade.indd 1 09/08/12 11:39 B344f Bauer, Wolfgang Física para universitários [recurso eletrônico] : relatividade, oscilações, ondas e calor / Wolfgang Bauer, Gary D. Westfall, Helio Dias ; tradução: Manuel Almeida Andrade Neto, Trieste dos Santos Freire Ricci, Iuri Duquia Abreu ; revisão técnica: Helio Dias. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013. Editado também como livro impresso em 2013. ISBN 978-85-8055-160-0 1. Física. 2. Princípios da física. 3. Relatividade. 4. Oscila- ções. 5. Ondas. 6. Calor. I. Westfall, Gary D. II. Dias, Helio. III. Título. CDU 530.1 Catalogação na publicação: Ana Paula M. Magnus – CRB 10/2052 56 Física para Universitários – Relatividade, Oscilações, Ondas e Calor Assim, a solução da equação de movimento de um pêndulo resulta em movimento har- mônico simples, exatamente como no caso de uma massa presa a uma mola. Todavia, no caso do pêndulo – e diferentemente da mola – a frequência independe da massa do objeto oscilante. Isso significa que dois pêndulos de massas diferentes, mas iguais no restante, terão o mesmo período. A única maneira de alterar o período de um pêndulo – a não ser que o levássemos a outro planeta ou para a Lua, onde a aceleração gravitacional é diferente – é por meio da va- riação de seu comprimento. (De fato, a aceleração gravitacional também apresenta pequenas variações na Terra, por exemplo, dependendo da altitude; portanto, o período de um pêndulo não é exatamente o mesmo em todo lugar na Terra.) Para diminuir o período de um pêndulo por um fator 2 é necessário diminuir o compri- mento do fio a um fator 4. Esse efeito é ilustrado na Figura 2.12, que mostra o movimento dos dois pêndulos, sendo um deles quatro vezes maior. Nessa sequência, o pêndulo menor comple- ta duas oscilações ao mesmo tempo em que o maior completa uma oscilação. EXEMPLO 2.3 Pêndulo restrito Um pêndulo de comprimento igual a 45,3 cm está pendurado em um teto. Seu movimento está restrito por um pino fixado em uma parede 26,6 cm diretamente abaixo do pivô (Figura 2.13). Qual é o período de oscilação? (Note que a especificação da massa é desnecessária.) SOLUÇÃO Devemos resolver o problema separadamente para o movimento do lado esquerdo e do lado direi- to do pino. Para o lado esquerdo, o pêndulo oscila com seu comprimento total, �1 = 45,3 cm. Para o lado direito, ele oscila com um comprimento reduzido, �2 = 45,3 cm – 26,6 cm = 18,7 cm. Em ambos os lados, ele efetua exatamente de oscilação total. Assim, o período total do pêndulo é a metade da soma dos dois períodos determinados com os diferentes comprimentos: 2.3 Trabalho e energia em oscilações harmônicas Nesta seção, analisaremos as energias associadas ao movimento de uma massa presa a uma mola. Depois, veremos que quase todos os resultados são aplicáveis a um pêndulo também, mas precisamos corrigir o erro introduzido pela aproximação de pequenos ângulos que usa- mos para resolver a equação diferencial do movimento pendular. Figura 2.12 Sequência de vídeo da oscilação de dois pêndulos cujos comprimentos estão em uma razão 4:1. Você dispõe de um pêndulo que oscila com período T na Terra. Você o leva para a Lua. Qual será o período do pêndulo na Lua em função de seu período na Terra? 2.3 Pausa para teste 26,6 cm 45,3 cm Figura 2.13 Pêndulo restrito. Um relógio de pêndulo marca o tempo usando um pêndulo formado por uma haste ligada a uma massa pequena e pesada. Qual deveria ser o comprimento da haste para que o período das oscilações fosse de 1,00 s? a) 0,0150 m. d) 0,439 m. b) 0,145 m. e) 0,750 m. c) 0,248 m. 2.3 Exercícios de sala de aula _Livro_Bauer_Vol_2.indb 56_Livro_Bauer_Vol_2.indb 56 09/08/12 11:1109/08/12 11:11 Capítulo 2 Oscilações 57 Massa presa a uma mola Sabemos que a energia armazenada em uma mola, Um é dada por Um = kx 2, onde k é a constante elástica da mola e x é o seu deslocamento em relação à posição de equi- líbrio. Também sabemos que a energia mecânica total de uma massa presa a uma mola que oscila com amplitude A é dada por E = kA2. A conservação da energia mecânica total significa que essa expressão fornece o valor da ener- gia em qualquer ponto da oscilação. Usando o princípio de conservação da energia, podemos escrever kA2 = mv2 + kx2. Depois, isolamos a velocidade em função da posição: (2.16) As funções v(t) e x(t) dadas pelas equações 2.16 descrevem a oscilação como função do tempo de uma massa presa a uma mola.Podemos usar essas funções para verificar a relação entre a posição e a velocidade expressa pela equação 2.16, que havíamos obtido a partir da conserva- ção da energia. Desse modo, podemos verificar diretamente se esse novo resultado é consisten- te com o que obtivemos antes. Primeiro, calculamos A2 – x2: Multiplicando ambos os lados por �0 2 = k/m, obtemos Extraindo a raiz quadrada de ambos os lados dessa equação, obtemos a mesma equação para a velocidade que havíamos encontrado usando argumentos de energia, a equação 2.16. A Figura 2.14 ilustra as oscilações da energia cinética e da energia potencial em função do tempo para uma massa que oscila presa a uma mola. Como é possível ver, mesmo que a energia cinética e a potencial oscilem com o tempo, sua soma – a energia mecânica total – mantém-se constante. A energia cinética sem- pre atinge seu máximo quando o deslocamento é nulo, enquanto a energia potencial atinge seu mínimo para a elongação máxima da mola em relação ao seu ponto de equilíbrio. Os vetores posição, a velocidade e a aceleração de uma massa presa a uma mola que descreve um movimento harmônico simples são mostrados na Figura 2.5. A Figura 2.15 reproduz essas figuras, mas mostra também as energias potencial e cinética (U e K) correspondentes a cada posição. Na Figura 2.15a, o bloco é solto a partir do repouso da posição x = A. Nes- se ponto, toda a energia do sistema está armazenada na forma de energia potencial da mola, e o bloco não possui energia cinética. Ele então acelera para a esquerda. Em x = A/ , mostrado na Figura 2.15b, a energia poten- cial armazenada na mola e a energia cinética do bloco são iguais. Na Figu- ra 2.15c, o bloco atinge a posição de equilíbrio da mola, x = 0, ponto para o qual a energia potencial da mola é nula e o bloco tem sua máxima energia cinética. Ele continua se movendo, passa pela posição de equilíbrio e, na Figura 2.15d, encontra-se em x = –A/ . Novamente, a energia potencial da mola e a energia cinética do bloco têm o mesmo valor. Na Figura 2.15e, o bloco encontra-se em x = –A, onde a energia potencial armazenada na (a) (b) t E E � U(t) � K(t) t x Figura 2.14 Oscilação harmônica de uma massa presa a uma mola: (a) deslocamento em função do tempo (o mesmo da Figura 2.2); energia potencial e energia cinética em fun- ção do tempo, em uma mesma escala. _Livro_Bauer_Vol_2.indb 57_Livro_Bauer_Vol_2.indb 57 09/08/12 11:1109/08/12 11:11 58 Física para Universitários – Relatividade, Oscilações, Ondas e Calor mola atinge seu máximo valor e a energia cinética do bloco é nula. O bloco retorna a x = –A/ na Figura 2.15f e, novamente, a energia potencial da mola é igual à energia cinética do bloco. Na Figura 2.15g, o bloco encontra-se em x = 0, onde a energia potencial da mola é nula e a energia cinética do bloco está em seu máximo. Ele prossegue e passa pela posição de equilíbrio e atinge x = A/ na Figura 2.15h, e, novamente, a energia potencial da mola se iguala à energia cinética do bloco. E ele volta à posição original na Figura 2.15a. Energia de um pêndulo Na Seção 2.2, a dependência do ângulo de inclinação de um pêndulo com o tempo é , se as condições iniciais de inclinação máxima e velocidade nula no ins- tante zero, �(t = 0) = �0, forem conhecidas. Podemos, então, obter a velocidade linear em cada instante de tempo tomando a derivada, d�/dt = �, e multiplicando-a pelo raio do círculo, �: Uma vez que , podemos inserir a expressão para o ângulo de inclinação em função do tempo nessa relação para a velocidade e obter a velocidade do pêndulo em função do ângulo: (2.17) U K U K U K U K U K U K U KU K (a) (b) (c) (d) (e) (f) (g) (h) a x A0�A v a x A0�A v a x A0�A a x A0�A v a x A0�A v a x A0�A v x A0�A v x A0�A Figura 2.15 Vetores posição, veloci- dade e aceleração de uma massa pre- sa a uma mola (como na Figura 2.5), com a energia potencial e a cinética indicadas para cada posição. _Livro_Bauer_Vol_2.indb 58_Livro_Bauer_Vol_2.indb 58 09/08/12 11:1109/08/12 11:11 Capítulo 2 Oscilações 59 Qual é a energia do pêndulo? No instante zero, o pêndulo possui apenas energia potencial gravitacional. Podemos atribuir o valor nulo para a energia potencial no ponto mais baixo do arco. Conforme a Figura 2.16, a energia potencial correspondente à inclinação máxima, �0, é E = K + U = 0 + U = mg�(1 – cos �0). Isso também fornece o valor da energia mecânica total, porque por definição o pêndulo tem energia cinética nula no ponto de máxima inclinação, da mesma forma como uma mola faz. Para qualquer outra inclinação, a energia será a soma das energias cinética e potencial: E = mg� (1 – cos �) + mv2. Combinando as duas equações anteriores para E (porque a energia total é conservada), chega- mos a Isolando o módulo da velocidade, obtemos (2.18) A equação 2.18 é uma expressão exata para a velocidade do pêndulo em qualquer ângulo �, que obtivemos quase que diretamente e sem a necessidade de resolver uma equação dife- rencial. Essa equação, entretanto, não coincide com a equação 2.17, que foi obtida resolvendo uma equação diferencial. Para ângulos pequenos, podemos aproximar cos � ≈ 1 – �2 + . . . , de modo que a equação 2.17 é um caso especial da equação 2.18. Nossa derivação da equa- ção 2.18 usando considerações de energia não fez uso da aproximação para pequenos ângu- los e, portanto, ela é válida para todos os valores de ângulo. Entretanto, as diferenças entre os valores obtidos com as duas equações são muito pequenas, como você pode verificar na Figura 2.17. EXEMPLO 2.4 Velocidade de uma trapezista PROBLEMA Uma trapezista de circo inicia seu movimento partindo do repouso com a corda formando um ângulo de 45° com a vertical. A corda tem 5,00 m de comprimento. Qual será a velocidade da trapezista no ponto mais baixo da trajetória? SOLUÇÃO A condição inicial é �0 = 45° = �/4. Estamos interessados em obter v(� = 0). Aplicando a conser- vação da energia, usamos a equação 2.18: Inserindo os valores numéricos, temos Com a aproximação de pequenos ângulos, obtemos Esse valor está próximo do resultado exato, mas para muitas aplicações ele não é suficientemente preciso. v � � cos � � sen � � (1�cos �) � Figura 2.16 A geometria de um pên- dulo. � v(�)(m/s) 3 2 1 Cálculo para ângulo pequeno Cálculo exato � 4 � 4 � 6 � 6 � 12 � 12� � � Figura 2.17 Comparação entre os valores de velocidade de um pêndulo (com comprimento de 1 m) em função do ângulo de inclinação, calculados com a aproximação de pequenos ân- gulos (curvas vermelhas) e a fórmu- la exata baseada na conservação da energia (curvas azuis). Os três con- juntos de curvas correspondem a ân- gulos iniciais de 15°, 30° e 45° (da mais interna para a mais externa). _Livro_Bauer_Vol_2.indb 59_Livro_Bauer_Vol_2.indb 59 09/08/12 11:1109/08/12 11:11 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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