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Histologia 09/09/2021 2º período EMBRIOLOGIA E HISTOLOGIA DA DENTINA E POLPA • Dentina e polpa tem a mesma origem embrionária, que é no ectomesenquima que forma a papila dentária • Nessa imagem, temos novamente o germe dentário • Inicialmente na periferia da papila dentária, na fase de campânula, a diferenciação dos odontoblastos. Esse odontoblastos vão começar a produzir e secretar a dentina • A dentina é o primeiro tecido dentário mineralizado a ser sintetizado e produzido • Para finalizar a diferenciação dos ameloblastos, é necessário a secreção e produção da primeira dentina • A primeira dentina a ser produzida pelos ameloblastos se chama dentina do manto • A produção vai se dar de fora para dentro, uma produção centrifuga • A dentina mais antiga vai ficar externamente e a mais recente vai ficar internamente próxima aos odontoblastos • Revestindo a dentina, teremos sempre um outro tecido. Na região de coroa, temos o esmalte que é um tecido dentário, mas revestindo a raiz teremos cemento, que não é um tecido dentário DENTINA • Constitui a maior parte da estrutura do dente • A dentina presente tanto na região de coroa quanto na região de raiz, e em ambas as regiões, ela está sempre recoberta por outros tecidos mineralizados • Recoberta por esmalte na porção coronária • Recoberta por cemento na porção radicular • Aloja no seu interior a polpa dentária • No interior da dentina encontramos o único tecido mole que forma o dente que é a polpa dentária. Fica aprisionado e restrito no interior da dentina • O cemento é um dos componentes do ligamento periodontal, o periodonto de inserção • O cemento reveste a dentina radicular, eles são intimamente associados, quando extraímos o dente, grudado na dentina radicular, vem o cemento. Isso pode causar uma falsa impressão que o cemento faz parte da estrutura dentária, mas ele não faz parte do dente, e sim do periodonto de inserção CARACTERÍSTICAS GERAIS DA DENTINA • Origem: Ectomesênquima • Calcificada - estrutura parecida com o osso. Mais dura que o osso e menos dura que o esmalte • Banco-amarelado • 1 a 3mm de espessura • Odontoblastos • Complexo dentino-pulpar • Elasticidade (estrutura tubular) - Amortece o impacto da mastigação que se da pelo esmalte • Permeabilidade •A constituição orgânica e mineral da dentina é semelhante à do tecido ósseo • O componente que vai predominar é o inorgânico •O componente orgânico que é formado por proteínas, representa 18% dos componentes da dentina •Pela dentina ser um tecido de origem ectomesenquimal, a natureza desse componente orgânico vai ser principalmente de fibras colágeno. O principal colágeno da dentina, o que vai predominar dentre todos os componentes orgânicos é o colágeno tipo I COMPONENTES ORGÂNICOS COMPONENTES INORGÂNICOS • Colágeno I - Cristais de hidroxiapatita • Colágeno III, IV, V e VI • Osteopontina • Osteocalcina • Osteonectina • Proteoglicanos - Atraem água para o tecido • Sialoproteina dentária - específica da dentina • Fosfoproteína dentária - específica da dentina • Proteína da matriz dentária - específica da dentina • Proteínas morfogenéticas dentária - específica da dentina DENTINOGÊNESE • Papila dentária - fase de campânula • A dentinogênese se inicia na fase de campânula da odontogênese. Durante o processo de indução recíproca, quando ocorre a mudança de polaridade das células do epitélio interno do órgão do esmalte, isso é um fator indutor para que as células ectomesenquimais da periferia da papila comecem a se diferencia • Se diferenciam de pré-odontoblastos para odontoblastos • A produção robusta de dentina se da na fase de coroa DIFERENCIAÇÃO DOS ODONTOBLASTOS •Pré-ameloblastos -> Células da papila dentária -> Odontoblastos -> Dentina •Aqui vemos a representação do processo de indução recíproca •Temos a representação do processo de indução recíproca entre as células do epitélio interno se transformando em ameloblastos e as células da periferia da polpa se transformando em odontoblasto. Então quando as células do epitélio interno interno mudam sua polaridade, elas se transformam em pré ameloblastos, as células então da periferia da papila dentária começam seu processo de diferenciação, resultando na diferenciação dos odontoblastos e esses primeiros odontoblastos a se formarem são os odontoblastos responsáveis pela produção da dentina do manto • Essa dentina do manto será importante para que esses pé-ameloblastos se formem e se diferenciem dos ameloblastos maduros • Primeiro é liberado e secretado o componente orgânico, e só depois o componente inorgânico é liberado. Promovendo então a mineralização dessa dentina • A primeira dentina produzida, que ainda não foi mineralizada, é chamada de pré-dentina • À esquerda temos uma imagem de microscopia eletrônica, onde no canto a direita da imagem, está o corpo do odontoblasto e vemos também um prolongamento do odontoblasto • A parte mais clara grudada ao odontoblasto é a dentina que ainda não foi mineralizada, ou seja, a pré-dentina • A parte mais escura, com prolongamentos presos no interior, temos a dentina • Esse processo se dá após o processo de indicação recíproca quando as células mesenquimais se diferenciam em pré-odontoblastos e em seguida em odontoblastos, nós vamos ter esse primeiro odontoblasto formado sempre na região da cúspide em direção a alça cervical. Esse odontoblasto jovem vai ser responsável pela produção da primeira dentina, que é a dentina do manto • Quando o odontoblasto adquire seu prolongamento, ele é considerado um odontoblasto adulto ou maduro, e ele vai ser responsável pela síntese do restante de dentina que é chamada de dentina circumpulpar que representa a maior parte da dentina REGIÕES DA DENTINA •Do manto (ou recobertura) - A primeira que foi produzida (odontoblasto jovem) - Fica por fora •Circumpulpar - Parte central, sua maior parte (odontoblasto maduro) - Forma o recheio da dentina •Pré-dentina - A dentina que acabou de ser sintetizada e está perto do odontoblasto, seja ele jovem ou maduro. A dentina que ainda não foi sintetizada é chamada de pré- dentina - fica aderida ao odontoblasto FORMAÇÃO DA DENTINA DO MANTO • 1º secreção de matriz orgânica • 2º surgem as Vesículas de Matriz • 3º as Vesículas iniciam a mineralização • A dentina do manto é formada por odontoblastos jovens, que acabaram de se diferenciar • Esses odontoblastos jovens, com vários prolongamentos curtos, vão começar a secretar a parte orgânica da matriz e em seguida vai ser formada a pré-dentina, e essa pré- dentina vai ser mineralizada, calcificada • E na dentina do manto, esse processo se dá através do processo de vesícula da matriz, o próprio odontoblasto jovem vai secretar vesículas da matriz sobre a matriz orgânica e a partir dessas vesículas, que vai se dar o processo de mineralização • Organizada de odontoblastos em diferenciação • Menos mineralizada que dentina circumpulpar, inferior a 70% • Ausência de dentina peritubular •Esquema mostrando a dentina do manto FORMAÇÃO DA DENTINA CIRCUMPULPAR • Formação da dentina que representa a maior parte da dentina, seja da região de coroa ou região de raiz • A dentina circumpulpar é formada pelo odontoblastos que finalizou o processo de diferenciação, o odontoblasto maduro/adulto. A dentina circumpulpar tem 2 áreas, a peritubular e a intertubular • Quando essa célula se forma, já existe uma camada de dentina do manto, que é produzida pelo odontoblasto jovem. E uma parte do prolongamento já está preso a essa dentina do manto que já mineralizou. Então o odontoblastoadulto vai começar seu processo de formação de dentina circumpulpar, e também vai secretar todos os componentes orgânicos, formando pré-dentina • O processo de mineralização dessa dentina se da diretamente,o odontoblasto vai começar a cambiar sobre a matriz orgânica os cristais de hidroxiapatita, e a medida que esses componentes vão caindo, vão gerando os centros de mineralização e a matriz vai então sofrendo o processo de mineralização • Então vemos (na imagem) que temos uma camada de pré-dentina e uma camada de dentina circumpulpar começando sua mineralização, e mais externamente, uma camada de dentina do manto já mineralizada e o prolongamento do odontoblasto no meio, ficando preso a medida que a dentina vai sendo mineralizada •Vemos nesse esquema tudo o que foi falado a cima •Na dentina circumpulpar, vai ter uma diferença, entre a dentina que vai formar a parede do tubulo dentinário, que é chamada de dentina peritubular da dentina que está mais longe, que está no meio, que é chamada de dentina intertubular. A dentina peritubular é uma dentina mais mineralizada, mais dura, a que forma a parede dos túbulos dentinários, enquanto que a dentina intertubular tem um grau de mineralização normal, vai estar dentro dos 70%. À intertubular representa a maior parte da dentina MINERALIZAÇÃO DA DENTINA CIRCUMPULPAR • Segue basicamente um padrão globular • Os odontoblastos vão liberar o componente inorgânico, inicialmente é pequeno, mas a medida que ele vai encorporando mais íons, vai crescendo e mineralizando a matriz • Começa com glóbulos pequenos, que vão gradativamente aumentando e de unindo • Então a dentina circumpulpar é uma dentina globular. Pois, ela é formada a partir do crescimento de glóbulos de minerais • Isso vai promover duas partes também da dentina circumpulpar, por conta das falhas de encaixe, partes não se mineralizam, e são áreas menos mineralizadas, que são chamadas de dentina interglobular, ou seja, está entre os glóbulos • A primeira dentina circumpulpar a ser formada, segue muito esse padrão, tem áreas globulares bem mineralizadas e áreas interglobulares pouco mineralizadas (só acontece na dentina circumpulpar inicialmente formada) FORMAÇÃO DA PRÉ-DENTINA • Imagem de microscopia óptica com coloração, descalcificado e desmineralizado • Conseguimos ver essa camada mais clara, que representa a pré-dentina • A pré-dentina é a dentina que só possui o componente orgânico e ainda não foi mineralizado. Sempre vai haver uma camada de pré-dentina separando os odontoblastos da periferia da polpa da dentina em si • Essa camada existe para evitar que a sentina mineralizada entre em contato com a polpa e sofra um processo de reabsorção/desmineralização, serve para proteger • Essa pré-dentina separa os odontoblastos (a polpa em si) da dentina mineralizada ESTRUTURA DA DENTINA •Complementando a estrutura da dentina, vimos que internamente temos pré-dentina, temos a circumpulpar e a dentina do manto •Na circumpulpar mais externa, a dentina interglobular, que tem ponto com pouca mineralização •Em toda a dentina, em toda a extensão, vamos observar os túbulos dentinários, que são os túbulos que contém no seu interior o prolongamento do odontoblasto. É a característica mais marcante, e isso ocorre tanto na dentina coronária quanto na radicular •A dentina ainda pode ser classificada em de tina primária e dentina secundária, isso quer dizer que a primária é formada antes do fechamento do ápice radicular, a primária é a mais velha, a que fica mais externamente. Representante de dentina primária: Dentina do manto. Uma pare da dentina circumpulpar, também é dentina primária, normalmente a parte da dentina que ter a dentina que tem a dentina interglobular, com áreas de pouca mineralização • Dentina secundário é aquela que é procurado após o fechamento do ápice radicular, o restante da dentina circumpulpar e a própria pré-dentina que é a dentina mais recente GRANULOSA DE TOMES •Camada Granular de Tomes: Encontrada com maior frequência na parte periférica da dentina radicular, profundamente ao cemento, adjacente a junção cemento dentária (JCD), separando o cemento da dentina •Esses fios da imagem são os túbulos dentinários •Mais para a ponta, vemos várias estruturas granulosas, essa área é chamada de granulosa de tomes ESTRUTURA DA DENTINA •Dentina primária (até o fechamento do ápice radicular) -Dentina do manto -Dentina circumpulpar -Túbulos dentinários -Dentina peritubular -Dentina intertubular -Dentina interglobular -Linhas incrementais -Camada granulosa de tomes • Dentina secundária (após o fechamento do ápice radicular) - Dentina circumpulpar • Dentina terciária - Dentina reacional ou preparadora • Pré-dentina - Dentina ainda não mineralizada DENTINA PRIMÁRIA/MANTO • Formada até o fechamento do ápice radicular • Formada por odontoblastos em diferenciação • Mineralizada por vesículas de matriz • Fibrilas grossas e perpendiculares a lâmina basal • Fibras de Von Korff - fibras grossas (presentes na dentina do manto). Fica entre os odontoblastos e depois vão se afastando, e a medida que vão se afastando juntas, vão sofrendo mineralização • Estabelece a junção Amelodentinária • Um dos componentes da dentina primária é a dentina do manto, formada pelos odontoblastos jovens, mineralizada pelas vesículas da matriz • A dentina do manto é responsável pelo estabelecimento e formação, junto com o esmalte, pela junção amelodentinária DENTINA PRIMÁRIA/ SECUNDÁRIA DENTINA CIRCUMPULPAR • A dentina circumpulpar tem uma parte que é primária e uma parte que é secundária, a mais externa é a primária e a mais interna é a secunda. A mais interna mais recente e a externa mais velha • A diferença da dentina circumpulpar primária e secundária é que o túbulo dentinário muda totalmente sua orientação TÚBULOS DENTINÁRIOS • É na circumpulpar que encontramos os túbulos dentinários • Seguem um trajeto sinuoso • São ramificados no limite amelodentinário DENTINA TERCIÁRIA DENTINA REACIONAL E REPARADORA • Dentina terciária - de natureza patológica • É uma dentina que precisa de um estímulo agressor, um agente patológico • Pode ser uma dentina reacional, tentando proteger uma área da dentina que está sendo agredida, ela tenta formar camadas adicionais para proteger contra agressão. Isso é característica dd dentina reacional, respondendo a uma agressão • Ou pode ser também, uma dentina reparadora, é quando a uma perda de parte do tecido e ela tenta reparar/tampar aquele tecido, gerando uma área reparadora ou reparativa. Ou seja, é um “tapa buraco” • Terão os mesmos componentes orgânicos e inorgânicos, mas a estruturação e organização serão diferentes. É uma dentina que não possui um padrão de túbulos dentinários DENTINA - UNIDADES ESTRUTURAIS BÁSICAS • Observamos as unidades estruturais básicas. Os túbulos dentinários e o espaço entre um túbulo e outro, é a matriz intertubular, a maior parte da matriz mineralizada • Desenho e esquema dos túbulos dentinários • A direita temos o odontoblasto que está na periferia da papila, e o seu prolongamento no interior do túbulo dentinário. E em volta do túbulo dentinário, a dentina mineralizada • A dentina que está perto do odontoblasto é a pré-dentina, a que não está mineralizada • A dentina que preenche o maior espaço - dentina intertubular • A dentina que está aderindo ao túbulo - dentina peritubular • Onde ficam as ramificações, tanto do prolongamento quanto do túbulo, temos a dentina do manto• O limite entre o esmalte e dentina forma a junção amelodentinária • Mais uma imagem da dentina mostrando os túbulos dentinários • Eles vão se abrindo em aspecto de leque • No maior aumento, mostra cada risquinho, que representa um túbulos dentinário DENTINA PERITUBULAR E INTERTUBULAR • Aqui mostrando o túbulo, que é o centro • A dentina peritubular e as adjacências desse túbulo • A maior parte é dentina intertubular que fica no meio, entre os dois túbulos DENTINA INTERGLOBULAR • Aquela em que os glóbulos de mineralização que não se encaixaram corretamente, formando áreas que tem um grau de mineralização menor • Dentina circumpulpar primária é produzida inicialmente • Na imagem superior a direita, essas manchas, a dentina reflete área de dentina hipomineralizadas, ou seja, área de dentina interglobular • Os fiozinhos são os túbulos dentinarios LINHAS INCREMENTAIS Linhas de von Ebner •Peculiaridades aos túbulos dentinários •Essas linhas se dão por cinta dos intervalos de sínteses e repouso, nesses intervalos, se formam sínteses de crescimento Owen •Diferencia na mineralização Neonatal •Reflete a alteração busca do meio ambiente •Mudança muito grande na hora do nascimento que causará um repouso maior dos odontoblastos DENTINA TEORIAS DE INVERSÃO DO COMPLEXO DENTINO-PULPAR •Inversão direta e indireta - 1º teoria •Odontoblastos como receptores dos estímulos - 2º teoria •Hidrodinâmica - 3º teoria HIDRODINÂMICA •Teoria da inervação do complexo dentino-pulpar •A hidrodinâmica é a mais aceita até hoje •Que tem como princípio o movimento, a alteração da sua movimentação seria captado pela célula nervosa e repassada ao sistema nervoso POLPA DENTÁRIA •CARACTERÍSTICAS GERAIS -Origem: ectomesênquima -Não mineralizada (restrito no interior da dentina) -Tecido conjuntivo frouxo -Coronária/radicular -Complexo dentino-pulpar -Vascularizada -Enervada • CÉLULAS -Odontoblastos -Fibroblastos -Macrófagos -Células dendríticas -Células tronco •MATRIZ EXTRACELULAR -Fibras de colágeno -Fibras do sistema elástico -Substância fundamental •Na periferia da polpa temos as células que são responsáveis pela produção da dentina. Que são os odontoblastos • Numa região abaixo dos odontoblastos, nós vamos ter uma parte que tem poucas células e uma que tem muitas células. É isso que difere a polpa do tecido conjuntivo normal (tudo na periferia da polpa) • Na região central da polpa, ela é um tecido conjuntivo frouxo normal, apresentando entre suas células fibras de colágeno, fibras elásticas e substâncias fundamental • Só a organização da região dos odontoblastos e sub-odontoblastica que vai diferi-las CAMADAS DA POLPA DENTÁRIA •Camada de odontoblastos •Região subodontoblástica -Zona pobre em células ou oligocelular -Zona rica em células •Região central da polpa SUPRIMENTO SANGUÍNEO D NERVOSO DA POLPA •Tecido conjuntivo é vascularizado e enervado •A partir do ápice radicular entram vasos sanguíneos e vão se ramifica por tida polpa dentária e esses vasos também vão próximo aos odontoblastos para poder nutrir essas células •Então forma uma parede de vasos sanguíneos que entram como vasos maiores e vão se ramificando em vasos menores, para nutrir toda a polpa dentária •A nutrição dos odontoblastos vem toda da polpa
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